ESCOLA SUPERIOR DOM HELDER CÂMARA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO - MESTRADO EM DIREITO

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM DIREITO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A constitucionalização do direito ambiental a partir de uma

perspectiva da educação e da dignidade humana:
parâmetros para a consideração de um Direito
Fundamental à educação ambiental.
 TEXTOS DE BASE:

● Direito Fundamental ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado: Uma Análise da Tríplice

Responsabilidade ambiental a partir do diálogo epistemológico entre o giro Linguístico e a Teoria dos
Sistemas - MESSIAS, Ewerton Ricardo.
● Estado Atual do Direito Ambiental: visões em conflitos, capturas políticas e crítica. - MENDONÇA, Guilherme Cruz
● Educação Ambiental Enquanto Direito Fundamental no Caminho do Desenvolvimento Sustentável - FRAGA,
Fellipe Vilas Bôas; GODOY, Sandro Marcos; OLIVEIRA, Bruno Bastos de.

● Prudência na Educação Ambiental do Ensino Jurídico em Tempos de Complexidade - ARAÚJO, Liane Cavalcante;
TASSIGNY, Mônica; FREITAS, Ana Carla Pinheiro.

MATERIAIS COMPLEMENTARES

● Livro: Alfabetização Ecológica - A Educação das crianças para um mundo sustentável - Capra, Fritjot e outros
● Desenvolvimento, ambiguidades de um conceito difuso. Siedenberg. D. R. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/cebape/a/6ftpyfyv84tKqZrxW4h9Wfr/?lang=pt#
● Apresentação Projeto Ecologia Vivencial _ Parceria SEE/MG - SESP/MG e SMMA/PBH. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=PinQa0CvbWI (De 1:30:28 - até 2:05:08)
 VAMOS INICIAR COM ALGUNS CONCEITOS

Dignidade Humana : Valoração moral Educação Ambiental : “Processos por

absoluta, intrínseca, não instrumental e meio dos quais o indivíduo e a
inalienável própria dos Seres Humanos coletividade constroem valores sociais,
que estabelece, em âmbito jurídico, conhecimentos, habilidades, atitudes e
direitos e deveres fundamentais competências voltadas para a
conservação do meio ambiente (...)” LEI
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/507/edicao-1/di No 9.795/99
gnidade-humana

Direito Fundamental: Direito constitucionalmente assegurado, sustentado por

princípios e regras direcionados a conferir-lhe status distinto no âmbito de determinado
regime jurídico.
Vamos discutir a temática do DIREITO AMBIENTAL a partir dos textos:

Estado Atual do Direito Ambiental: visões em conflitos, capturas políticas e crítica

Direito Fundamental ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado: Análise da Tríplice

Responsabilidade ambiental
 Estado Atual do Direito Ambiental:

Cenário: crises socioambientais (ecológicas, políticas e de visão de mundo) que colocam em risco as
condições materiais e simbólicas das vidas humanas, não humanas e o próprio planeta.

Será que todos (vidas humanas, vidas não humanas e o planeta) correm o mesmo risco?

“Para que as vidas, dentre elas a humana, sejam organicamente viáveis, fatores ambientais são
condições essenciais. Sem elementos da natureza, não há vida possível. Sem ar, morremos em
poucos minutos. Sem água, morremos, no Brasil, em quatro dias. Sem alimentação, morremos entre
4 a 7 semanas. Também morremos em eventos climáticos extremos, como secas, inundações,
furacões, deslizamentos, dentre outros. Sem condições ambientais, morremos.” Mendonça, 2022
 Realidade Global

GEO-6 Global Environment Outlook (2019) enfatiza a necessidade de medidas imediatas para abordar questões
ambientais voltadas a alcançar os ODS, bem como outros Objetivos Ambientais Acordados Internacionalmente,
como o Acordo de Paris.

Problemas socioambientais globais contemporâneos

● perda de biodiversidade por mudança de uso da terra,

● fragmentação do habitat,
● superexploração e comércio ilegal de animais selvagens e espécies invasoras;
● superexploração e má gestão dos recursos naturais, incluindo água doce e oceanos;
● padrões e tendências de produção e consumo insustentáveis;
● emissões passadas e atuais de gases de efeito estufa;
● poluição do ar, da água e do solo;
● uso excessivo e inadequado de pesticidas, metais pesados, plásticos e outras substâncias;
● doenças decorrentes de maior exposição ao meio

GEO -7 Com as políticas atuais: nenhum dos ODS ambientais será alcançado e nenhum dos principais objetivos
ambientais acordados internacionalmente (por exemplo, Acordo de Paris, Metas de Aichi, etc.) será alcançado.
Urgência da transformação de três sistemas interdependentes, energia, alimentos e resíduos, bem como seus
sistemas econômicos e financeiros de apoio.
 Brasil: maior biodiversidade do mundo.
Do total de 1,5 milhão de espécies de animais e vegetais
que já foram catalogadas pela ciência, o Brasil possui em
torno de 20%
Desde 1985 dados apontam para drástica redução da
Biodiversidade.
Fatores:
- Atividade agropecuária
- Extração mineral
- Queimadas
- Redução da disponibilidade hídrica
- Diversas formas de poluição

Perda de 12% 19,6% do Mineração:

de vegetação território aumento de 600%
nativa: queimado e
agropecuária, desse total Brasil “secou” 7,6%
queimadas e 65% em área e reduziu a
exploração de cobertura qualidade das
Disponível em: mineral vegetal nativa águas disponíveis.
http://www.cursosonline.uff.br/ead/mod/page/view.php?id=3442
 Você sabia que a jabuticaba é um fruto que corre risco de extinção?

Atualmente das 09 espécies catalogadas:

- 01 é considerada extinta
- 05 podem ser encontradas apenas em alguns sítios de pesquisa
- 03 tem dispersão natural e cultivo no Brasil, principalmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais
E não é apenas por uma questão ecológica mas também por uma questão cultural.
As atividades socioeconômicas (cultivo e comercialização) da fruta e seus derivados são insignificantes no
território brasileiro.
Revista Brasileira de Fruticultura Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-29452010000200001

Na página do Núcleo de Extensão da USP sobre alimentação sustentável existe a

referência ao catálogo Arca do Gosto da fundação Slow Food que identifica,
localiza, descreve e divulga alimentos em risco de extinção pelo mundo inteiro.
Disponível em: https://www.fsp.usp.br/sustentarea/2019/01/27/alimentos-ameacados-de-extincao/

No livro Alfabetização Ecológica existem dois capítulos que abordam a temática: Mas educação é
Cap. 6: Os valores da fast food e os valores da slow food assunto para daqui a
pouco…
Cap. 7: A ideia da slow school: é hora de desacelerar a educação?
 Problemas Socioambientais do Brasil Contemporâneo

Redução da
Perda da Desmatamento e Uso de
Indissociabilidade de sistemas
ecológicos e sistemas sociais

disponibilidade e
Biodiversidade queimadas agrotóxicos
qualidade hídrica

Assimetria na Poluição dos

Modelos de
apropriação dos Poluição do ar mares e
urbanização
recursos naturais microplástico

Como falar de Art. 5º (...) a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à

“Direitos e segurança e à propriedade(...)
Garantias Art. 6º (...) direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
Fundamentais" no moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a
cenário atual? proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados (...)
 Trajetória Histórica do Direito Ambiental

Evidências históricas da presença de elementos relacionados à crise socioambiental e ao direito

ambiental desde a época da colonização:

Categorias centrais para

a construção do Direito
Real Decreto sobre o Pau Brasil:
Função social da propriedade Ambiental Brasileiro:
Reconhece a importância econômica do Pau Atuação do Estado na limitação
Brasil e sua escassez. Combate à exploração
desenfreada e estabelecimento de Licença
administrativa do direito de propriedade
em razão de interesse coletivo ou de
1. Proteção de áreas
para corte e Pena de morte pelo
desmatamento ilegal. Meados do
soberania. como mecanismo de
Séc. XIX proteção da Natureza

1605 CF 1934 2. Controle e Combate

Desapropriação de Fazendas de Café no à poluição
Parque Nacional da Tijuca
(parâmetros de
Solução para a crise hídrica vivenciada no RJ pelo
reflorestamento e recuperação de mananciais qualidade ambiental)
 Relevância da Constituição de 1988 para a Consolidação do Direito Ambiental

● Repartição de competências e estabelecimento de direitos e deveres

● Consolidação de áreas de proteção relevante e combate à poluição
● Instituição de responsabilidades ambientais
● Presença expandida das questões ambientais (economia, saúde, propriedade, questões indígenas…)

Nos últimos 30 anos, podemos observar crescimento do Direito Ambiental em:

Gênero: expansão do campo de Números: ampliação quantitativa da Graus: composição por

proteção da Natureza para a
vida humana e não humana,
incluindo temáticas como
mudanças climáticas, segurança
alimentar, agroecologia,
desastres ambientais, direitos da
natureza e dos animais
oferta da disciplina na graduação e pós múltiplos gêneros que
graduação assim como participação de caracterizam o grau de
diversos profissionais em carreiras especificidade e
jurídicas (e não jurídicas) especialização na tratativa
das temáticas.
Para saber mais:
http://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/a
rticle/view/2315
 Imbricações entre sistemas socioambientais e política

Construção, Constitucionalização e Institucionalização de Direitos e Políticas ambientais não têm

sido suficientes para evitar retrocessos e desmontes.

“(...) conjuntura política dominante no país não reconhece os sistemas socioambientais como
essenciais à vida, tampouco os considera estratégicos nos processos de desenvolvimento.”

Zhouri e Laschefski em seu texto “Conflitos Ambientais” problematizam sobre a apropriação do discurso
sobre “Desenvolvimento Sustentável” pela sociedade urbano-industrial -> emergência de paradigma que
pretende “adequar” o pleito socioambiental ao modelo clássico de desenvolvimento.

POTENCIAL EMANCIPATÓRIO DO DIREITO AMBIENTAL

possibilidade crítica de impor limites ao capital em prol das vidas humanas, não humanas e
do próprio planeta
Diferentes interesses em jogo no tabuleiro ambiental

Diferentes atores sociais se relacionam e se apropriam

da natureza de modo distinto -> interesses divergentes e
conflitantes.

Atuação profissional no campo do direito ambiental:

também apresenta conflitos e divergências.

“(...) é preciso superar a herança positivista que

considera o Direito apenas como as normas neutras do
Estado, instrumentalizadas por neutros operadores
constituindo um Direito único, uníssono e universal.”

Diversidade e Complexidade como característica do

estado atual do direito ambiental
 Giro Liberal no direito ambiental (2010 - 2020)
1. Novo Código Florestal e debate sobre aplicação do princípio da vedação do retrocesso
2. Medida Provisória 727/2013 - Programa de Parcerias de Investimento convertida na Lei 13334/16
3. Lei Federal 13.874/2019 - Direitos de Liberdade Econômica

Tensionamento explícito entre Desenvolvimento Econômico e Proteção Ambiental

Captura do poder político do Estado, mobilizando os mecanismos jurídicos para neutralizar o próprio
Direito e o Estado.

Existe a defesa da redução do controle ambiental pelo Estado,

argumentando que o Estado Atual do Direito Ambiental seria,
supostamente, desequilibrado, em favor da proteção,
preservação e conservação e em desfavor das atividades
??
econômicas. Será?
 Giro Liberal no direito ambiental (2010 - 2020)

ADI impetrada pelo PT -> STF declarou constitucionalidade em razão da eficiência, economicidade e segurança jurídica

Lei 13334/2016 Art. 17. “Os órgãos, entidades e autoridades estatais, inclusive as autônomas e independentes,
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com competências de cujo exercício dependa a
viabilização de empreendimento do PPI, têm o dever de atuar, em conjunto e com eficiência, para que sejam
concluídos, de forma uniforme, econômica e em prazo compatível com o caráter prioritário nacional
do empreendimento, todos os processos e atos administrativos necessários à sua estruturação,
liberação e execução.”

O voto da Relatora Ministra Carmen Lúcia:

“Tampouco pela norma se autoriza diminuição ou amesquinhamento, sob qualquer pretexto, do direito
fundamental ao meio ambiente equilibrado, cabendo aos agentes públicos e órgãos estatais responsáveis
pelo controle, fiscalização e implementação dos empreendimentos do Programa de Parcerias e de
Investimentos a observância das regras de direito ambiental e dos princípios que lhes são inerentes,
notadamente os princípios do desenvolvimento sustentável, da prevenção e da precaução.”
 Giro Liberal no direito ambiental (2010 - 2020)

Existe certa expectativa de que a atuação no campo dos Direitos Ambientais é a defesa do meio
ambiente em uma perspectiva progressista à esquerda.

“O Direito Ambiental é de esquerda?” Zapater, 2021

“ … expectativa de viés mais progressista dos Direitos Ambientais, talvez em razão do seu passado
anti-hegemônico e das suas raízes críticas…”

As diversas vozes dos Direitos Ambientais explicitam visões em conflitos na contemporaneidade,

principalmente no que se refere às imbricações entre os Direitos Ambientais e a política.

Debate sobre o princípio da vedação do retrocesso ambiental-> exemplo da multiplicidade de visões

que caracterizam o estado atual dos Direitos Ambientais

“Separar direito e ambientalismo, logo, direito e política.” Zapater, 2021

??
Será?
 Uma pausa para pensar…

Estado: “Poder que detém o monopólio sobre determinado território e o povo que ali habita”
“Ente que governa, protege e garante a soberania de um povo em determinado território.”
Estado de direito: Poder exercido com base em Leis
3 Poderes - sistema de pesos e contrapesos - ( média salarial muito discrepante entre os 3 poderes)
Governo: Conjunto de atores que em determinado tempo fazem o Estado funcionar

Política Pública Política de Governo (Partidária)

Diagnósticos socioambientais revelam a multidimensionalidade constituinte das crises socioambientais:

ecológica, política e, sobretudo, crises de visões de mundo.
Os Direitos Ambientais, como processos culturais, não estão isolados dos contextos sociais e políticos
nos quais estão inseridos.

Um exemplo: História do Projeto Ecologia Vivencial. Parceria entre SEE/MG, SESP/MG e SMMA/PBH
“A mercantilização da vida e de tudo que está fora do mercado
implica em constantes ataques à própria vida.”

Os retirantes, Cândido Portinari

 E nesse cenário de tamanha complexidade, como pensar em um
direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado?

Direito fundamental à vida com qualidade: impulsionador dos primeiros entrelaçamentos entre
DIREITO & ECONOMIA

Meados do Séc. XX: Surgimento do conceito de Desenvolvimento Sustentável

Direito passa a tutelar o Meio Ambiente - Em razão de revolta da natureza

Equilíbrio ambiental como condição de continuidade da existência de vida no planeta Terra

Ser humano precisa adotar novo modo de agir, do ponto de vista econômico, tecnológico e jurídico

Surgimento de um novo ramo do Direito: o Direito Ambiental

 Cartas do jogo Magic The Gathering

“Um dia a terra terá aparência “A terra se levanta para se “O segredo da natureza pode
de carne e desafiará até a defender contra aqueles que ser lido em cada árvore, cada
lâmina do arado” estragam sua beleza” galho, cada folha.”
 Direito

Direito positivo Ciência do Direito Linguagem social

se projeta sobre a região material das condutas humanas, disciplinando-as nas suas relações de
intersubjetividade, tendo por objeto a realidade social

Direito Ambiental: conjunto de princípios e regras jurídicas voltadas à proteção jurídica do meio
ambiente.
Objetivo: garantir equilíbrio do meio ambiente, através do desenvolvimento econômico, social e
ambiental A
O MI
Finalidade:garantir a existência de vida digna para as presentes e futuras gerações ON
EC
 Direito Ambiental e economia interagem para:
garantir a internalização dos lucros e das externalidades negativas -> gerando funcionamento
sustentável dos empreendimentos econômicos -> para a evitar a socialização dos riscos ambientais,
que passam a integrar os custos financeiros dos empreendimentos

Pelas normas constitucionais, no território brasileiro, as atividades econômicas devem ser

desenvolvidas para assegurar a existência digna do ser humano.

Equilíbrio entre: DESAFIO:

Indicadores de cenário onde produção,
qualidade ambiental distribuição e consumo
como deveres jurídicos desenfreados de bens e
Economia Ecologia serviços, não respeitam
Desenv. Econômico Qualidade de Vida fronteiras.
Crescimento Proteção
socioeconômico Ambiental Necessidade de novas
Limite às atividades
econômicas soluções para demandas
criadas pela “Sociedade
Responsabilidade Coletiva: de risco”
necessária uma eficiente, eficaz e efetiva tutela jurídica dos recursos ambientais
 Noção de sustentabilidade e conceituação de riscos: toleráveis
intoleráveis
Direito Ambiental:
Por meio da tríplice tutela:
● limita riscos
Administrativa, Civil e Criminal
● protege os interesses coletivos

Responsabilidade:
● Objetiva: conduta humana lícita ou ilícita, evento danoso, nexo de causalidade
● Subjetiva: conduta humana ilícita, evento danoso, nexo de causalidade, comprovação da culpa

1. O PRESSUPOSTO DA AÇÃO OU OMISSÃO LÍCITA OU ILÍCITA DO AGENTE

2. O PRESSUPOSTO DO EVENTO DANOSO

3. O NEXO DE CAUSALIDADE E A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NA RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

 O PRESSUPOSTO DA AÇÃO OU OMISSÃO LÍCITA OU ILÍCITA DO AGENTE

1o elemento da responsabilidade ambiental: conduta humana exteriorizada por ação ou omissão

Responsabilidade civil ambiental: teoria do risco integral -> nexo de causalidade: conduta - dano
Logo: toda conduta humana, comissiva ou omissiva, lícita ou ilícita, que cause dano ao meio ambiente é
pressuposto da responsabilidade civil ambiental objetiva e integral.
Pessoa Física como a Pessoa Jurídica podem ser responsabilizadas civilmente: indenização
reparação

Responsabilidade penal ambiental: natureza subjetiva -> prévia comprovação de culpa ou dolo
Pessoa Física e/ou* Jurídica (jurisprudência) que concorrer culposa ou dolosamente para crimes
ambientais (conduta ilícita) -> *possibilidade de responsabilização conjunta e cumulativa

Responsabilidade administrativa ambiental: discussão doutrinária sobre a natureza jurídica: objetiva

ou subjetiva?
Jurisprudência STJ: “responsabilidade no âmbito administrativo-ambiental é de natureza subjetiva”
Pessoa física ou jurídica: conduta comissiva ou omissiva viola regras jurídicas de uso, gozo, promoção,
proteção e recuperação do meio ambiente, positivadas no ordenamento jurídico brasileiro.
 O PRESSUPOSTO DO EVENTO DANOSO
ite
í p i o do lim :
Princ de
Regra do Direito Ambiental: Prevenção do Dano Ambiental l e r a bilida ades
da to e ativ
ntr
id
Reparação difícil e onerosa e difícil restabelecimento do status quo ante brio e seres
equilí entivas dos ito às
inte r v resp e
nos e os
huma aturais e a .
le is n ur is
a
O risco ambiental capaz de gerar a tríplice responsabilidade ambiental s cult
valore
pode ser concreto ou abstrato. Risco ambiental concreto é visível e
previsível pelo conhecimento humano a
ípio d
Princ ção
Risco ambiental abstrato é invisível e imprevisível pelo conhecimento n
Preve
humano mas apesar de sua invisibilidade e imprevisibilidade, existe a
i n c íp io da
probabilidade de o risco existir mesmo não detendo o ser humano a Pr
r e c a ução
capacidade de compreender fenômeno integralmente. P

Risco e Dano Ambiental: aqueles resultantes de atividades aptas a causar a degradação da qualidade
ambiental e que “[...] direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da
população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem
desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente.
Lei nº 6.938/1981
 O NEXO DE CAUSALIDADE E A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NA
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado

Nexo de Causalidade:
● Relação de causa e efeito entre a conduta (comissiva ou omissiva) do
agente e o dano ambiental
● Elemento que une a conduta do agente ao dano ambiental ocorrido

Fundamento da teoria da responsabilidade por risco: socialização dos

lucros e internalização das externalidades negativas resultantes da atividade
econômica.

Reconhecimento da presunção da causalidade (não empírico):

● complexidade das demandas ambientais Princípio da Precaução
● dificuldade de comprovação do nexo de causalidade
● necessidade de proteção e recuperação ambiental Princípio do Poluidor
Pagador
Inversão do ônus da prova
 Direito Fundamental a um meio ambiente ecologicamente equilibrado

Direito Ambiental evoluiu com o passar do tempo, se consolidando como um sistema no âmbito do
sistema jurídico, com princípios e regras próprias e aptas a atender satisfatoriamente toda a
complexidade de questões existentes no âmbito das relações humanas, inclusive as atinentes à tríplice
responsabilidade ambiental.

Dada a sua especialidade e essencialidade, o bem ambiental submete-se ao regime próprio do

sistema de Direito Ambiental, de forma a afastar a incidência da norma geral. Assim, a questão dos
pressupostos da tríplice responsabilidade ambiental deve ser analisada sob a égide de tal sistema, em
privilégio ao princípio da especificidade.

Ao criar o bem ambiental, a Constituição Federal/88, em seu art. 225, consagra a garantia ao direito à
vida com qualidade como um direito fundamental.

A proteção do equilíbrio ambiental alcançou status constitucional de direito fundamental, e é

levada a efeito por meio da tríplice responsabilidade ambiental.
Vamos discutir a temática da EDUCAÇÃO AMBIENTAL a partir dos textos:

Educação Ambiental Enquanto Direito Fundamental no Caminho do Desenvolvimento

Sustentável

Prudência na Educação Ambiental do Ensino Jurídico em Tempos de Complexidade

 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: MARCOS LEGAIS

● Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

Art. 205 – A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 225 – Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

● Lei 9.394 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

Art. 12 - A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada, interdisciplinar,
transdisciplinar e transversal no currículo escolar de forma crítica, transformadora, emancipatória,
contínua e permanente em todos os níveis e modalidades.

Art. 13 - Os profissionais da educação em suas áreas de atuação, devem receber formação continuada
no período de suas atividades regulamentares com o propósito de atender adequadamente ao
cumprimento dos princípios e objetivos das Políticas Nacionais e Estaduais de Educação Ambiental.
 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: MARCOS LEGAIS

● Lei 6.938/1981 POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE –

Art 2º: objetiva: E tem como um dos

➔ a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental princípios:
propícia à vida, “Educação ambiental a todos
➔ assegurar condições ao desenvolvimento sócio-econômico, os níveis do ensino, inclusive
a educação da comunidade,
➔ aos interesses da segurança nacional,
objetivando capacitá-la para
➔ à proteção da dignidade da vida humana.
participação ativa na defesa
do meio ambiente.”

Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações

Unidas (ODS 4 – assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos)
 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: MARCOS LEGAIS

● Lei nº 9.795/99 -Política Nacional de Educação Ambiental,

afirma que esta deve ser desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e
privadas, englobando:
I - educação básica: a) educação infantil; b) ensino fundamental e c) ensino médio;
e
9 6 defin
LDB/ etapas e
II - educação superior;
s,
nívei dades da
III - educação especial; li
moda ão
ç
IV - educação profissional; Educa
a.
Básic
V - educação de jovens e adultos.

Art. 10. EA desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os
níveis e modalidades do ensino formal

Art. 1° - Conceito de educação ambiental

Art. 4° - princípios básicos da educação ambiental

Art. 5° - objetivos fundamentais

 CENÁRIO

Globalização e Hiperconsumismo

Avanços tecnológicos - transporte e comunicação (troca de informações

numa velocidade cada vez maior)

Consumismo elevado a escala hiper construção de abismos e

desigualdades
“Como pode a prudência atuar na educação ambiental do ensino jurídico de
modo a favorecer a formação de profissionais do Direito comprometidos com a
construção de sociedades justas e sustentáveis?”

Conceito de prudência:

“virtude da inteligência voltada para a razão prática, que envolve uma

apreciação da realidade objetiva e a realização do bem”.

(AMARAL, 2011)
 Cenário para educação e desenvolvimento humano

O desenvolvimento humano clama pela inclusão da sustentabilidade em seu contexto, o que passa
pela implementação da educação ambiental.

A educação ambiental pode contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável?

Modos de Ser, Transformações

Viver, Relacionar, industriais,
Produzir e tecnológicas,
Consumir científicas e
culturais
 A cultura Pós Moderna e o Hiperconsumismo

4 grandes forças com papel fundamental na
manipulação e no estímulo ao hiperconsumo:
(1) o poder de persuasão;
(2) cultura de comprar agora e pagar depois;
(3) a lei dos ciclos de vida; e
(4) o fator “apenas mais um”
3 ingredientes necessários para que a sociedade de
consumo possa prosseguir na sua ronda diabólica:
(1) a publicidade, que cria o desejo de consumir;
(2) o crédito, que fornece os meios; e
(3) a obsolescência acelerada e programada dos
produtos, que renova a necessidade deles

“Consumismo e competitividade levam ao emagrecimento moral e intelectual da pessoa, à

redução da personalidade e da visão do mundo, convidando, também, a esquecer a oposição
fundamental entre a figura do consumidor e a figura do cidadão”
Milton Santos

(BOTSMAN e ROGERS, 2011)

(LATOUCHE, 2009)
Guernica, Pablo Picasso
Desenvolvimento: um conceito em construção

Da Antigüidade até o limiar da Idade Moderna: conceito de

desenvolvimento teve caráter antropológico e teológico. referindo-se
a um processo de revelação gradual, semelhante ao broto de uma
flor que desabrocha aos poucos.

Em meados do século XVII, os conceitos “evolutio e développement”

passaram a ter um significado de direção e foram associados a
espécies de mudanças sequenciais que ocorrem em estágios pré
definidos e inevitáveis.

Séculos XVIII e XIX: conceito associado a uma concepção otimista

segundo a qual os indivíduos e as sociedades seriam capazes de
moldar, pelas próprias forças, um novo mundo cada vez melhor, e o
desenvolvimento passou a significar também movimento, processo,
mudança e libertação.

Mais recentemente: conceito de desenvolvimento associado a um

significado de transição, durante a qual as chamadas "sociedades
tradicionais" foram sendo "ocidentalizadas" pela imposição de valores e
modelos culturais, econômicos e políticos, com o quais se buscava o
progresso e a modernização.
 Crescimento, Desenvolvimento e Progresso

O Modelo Global de desenvolvimento possui altos custos ecológicos e sociais e segundo Edgar Morin,
é uma viagem que conta com mais náufragos do que passageiros.

No Brasil:
A indispensabilidade do progresso que leve em consideração a sustentabilidade da vida humana na
Terra se constitui como proposta pacificada nos discursos e normas nacionais.

O termo “desenvolvimento” aparecer 55 vezes no texto constitucional e todas as vezes em que o

desenvolvimento econômico foi mencionado, este veio correlacionado ao de desenvolvimento
social, adotando o Brasil, como preceito para o crescimento e desenvolvimento da economia nacional,
o respeito e dever ao desenvolvimento social, o que oportuniza o desenvolvimento humano.

de modo contraditório e apesar dos fatos:

De acordo com o relatório de desenvolvimento humano da ONU (2021-2022), o Brasil ocupa a 87ª
posição no IDH, indicador que mede o bem-estar da população em termos de renda, escolaridade e
saúde, etc.
 Desenvolvimento e Sustentabilidade:
conceitos constitucionais conflituosos ou complementares?

PREÂMBULO: Estado Democrático,

destinado a assegurar (...) o Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente
desenvolvimento ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
Art. 3º - objetivos fundamentais da impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
República Federativa do Brasil: garantir o dever de defendê-lo e preservá- lo para as
desenvolvimento nacional presentes e futuras gerações.

(...) para a plena consecução do desenvolvimento, em respeito aos mandamentos constitucionais,

devem ser respeitados todos os direitos e deveres necessários à preservação da dignidade da
pessoa humana, sobretudo o direito fundamental de estar e permanecer vivo, o direito inalienável
de existir e de ter sua dignidade respeitada e mantida.
 A cultura Pós Moderna, o Desenvolvimento e o Hiperconsumismo

Sociedade de consumo: alimentada pela propaganda, pelo crédito e pela obsolescência programada
e planejada, através da globalização e de seus instrumentos úteis.

Desenvolvimento: dignifica a existência da pessoa humana enquanto ser racional com finalidade em
si mesmo, proporcionando o desfrute de uma vida mais justa, próspera, sadia e solidária, com redução
das desigualdades socioeconômicas, trazendo oportunidades às subjetividades humanas.

Declaração sobre o direito ao desenvolvimento, 1986: direito ao desenvolvimento como direito

humano inalienável -> toda pessoa humana e todos os povos estão habilitados a participar do
desenvolvimento econômico, social, cultural e político, a ele contribuir e dele desfrutar,
possibilitando que os direitos humanos e liberdades fundamentais possam ser plenamente realizados.
 ROMPIMENTO COM A DUALIDADE

Personificação da natureza versus objetificação do ambiente

Vínculos e limites entre homem e natureza são totalmente desconsiderados, visão fragmentada de
mundo

Qual seria “o alimento” para o desenvolvimento sustentável no sentido da construção de uma

sociedade mais sadia, solidária e consciente de seu dever de respeito e preservação do meio
ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações de forma a não pôr em
risco as condições necessárias à existência humana na Terra para a posteridade?
 Uma premissa e um caminho

Então:
● se a humanidade pode e deve encontrar meios de tomar as rédeas do mundo em descontrole,
● se para o ser humano se tornar plenamente cidadão da Terra é preciso mudar o modo de habitá-la,

“é a partir do conceito de desenvolvimento que se pode afirmar que o homem é um elemento de

transformação, agindo tanto sobre o contexto social e ecológico como sobre si mesmo, partindo a
sustentabilidade do pressuposto de que é preciso encontrar novos caminhos ao crescimento econômico
capazes de desembocar no desenvolvimento, considerando o direito, mas também e acima de tudo o
dever, de respeito e preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado não apenas para as
presentes, mas também para as futuras gerações.”
 Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável

● considerar que a complexidade do desenvolvimento deve comportar a solidariedade e o

envolvimento

● pactuar que, em todas as suas ações o ser humano deve agir de modo a usar a
humanidade, tanto na sua pessoa quanto na pessoa de outrem, a todo instante e ao
mesmo tempo, como um fim, mas jamais apenas como um meio

● avaliar a viabilidade econômica dos empreendimentos e políticas públicas considerando a

responsabilidade ambiental, a justiça social, a coerência jurídico política e a adequação
ética

● aplicar de princípios de gestão democrática, com mudanças mobilizadas pelo Estado e o

fortalecimento das organizações da sociedade civil

Educação: elemento fundamental para tornar o indivíduo consciente das mazelas que a
degradação ao meio ambiente ecologicamente equilibrado pode causar à sua pessoa, à sua
família, à sua sociedade, à sua espécie.
 A Educação Ambiental como direito fundamental

● O hiperconsumismo degrada o meio ambiente ecológico, colocando em risco a existência

humana;

● Não é possível depreender ser o desenvolvimento um simples elemento relacionado ao

aspecto econômico.

● O “desenvolvimento” que acontece sem levar em consideração o devido respeito a este meio
ambiente ecologicamente equilibrado é tudo, menos desenvolvimento.

● A preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado um direito coletivo, a educação

ambiental consubstancia um direito de todos e dever do Estado, capaz de inserir o cidadão
no contexto ambiental em prol da proteção do direito e do cumprimento do agir de forma a
não pôr em risco as condições necessárias à existência da vida humana sobre a Terra para a
posteridade.

(OLIVEIRA, GODOY e FRAGA, 2022)

 Prudência da Educação Ambiental do Ensino Jurídico

● o ensino prudencial destaca-se como meta na educação ambiental do ensino jurídico

Marcos Legais

● Constituição Federal de 1988 Art. 207 - liberdade necessária para organização de cursos,
currículos e programas, nas diferentes áreas do conhecimento

● Parecer CNE/CP n. 14/2012 - institucionalização da EA na educação superior

● Lei 9394/96 - estabelecimento de planos, programas e projetos de pesquisa científica…

● Lei que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior/2004

● Política Nacional do Meio Ambiente/1999

 Prudência da Educação Ambiental do Ensino Jurídico

● Decreto n. 4281/2002, nos termos do Art. 14 da PNEA - regulação da avaliação da educação

ambiental no ensino superior (metodologias qualitativas e quantitativas de EA):

➢ (inc. VII) - indicar critérios e metodologias qualitativas e quantitativas para a avaliação de

programas e projetos de EA
➢ (inc. VIII) - estimular o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando o
acompanhamento e avaliação de projetos de EA;
➢ (inc. X) - definir critérios considerando indicadores de sustentabilidade para alocação de recursos
para a área não formal;
➢ (inc. XI) - assegurar que sejam contemplados como objetivos do acompanhamento e avaliação das
iniciativas em EA; entre outros
 DESAFIOS DAS UNIVERSIDADES

PROMOVER CURSOS E PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, FIXAR NOS

CURRÍCULOS O TEMA E PROMOÇÃO DE PROGRAMAS/PLANOS E PROJETOS DE
PESQUISA CIENTÍFICA OBJETIVANDO A INTERAÇÃO DO HOMEM COM O MEIO AMBIENTE

Devem caminhar para uma:

● Edificação
● Gestão
● Currículo típicos de espaços educadores sustentáveis

(CONAE, 2010)
 ATOS PARA O CAMINHO DA PRUDÊNCIA

➔ DELIBERAR SOBRE DETERMINADO ASSUNTO PARA A CONSTRUÇÃO DO

CONHECIMENTO, DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES, ATITUDES E VALORES
SOCIAIS
➔ PROCESSO CONTÍNUO DE APRENDIZAGEM DAS QUESTÕES REFERENTES AOS
ESPAÇOS DE INTERAÇÕES MULTIDIMENSIONAIS
➔ INTERFACE ENTRE A NATUREZA, A SOCIOCULTURA, A PRODUÇÃO, O TRABALHO, O
CONSUMO (ABORDAGEM COMPLEXA E MULTIDISCIPLINAR)

(AMARAL, 2011)
 SURGIMENTO DA ÉTICA AMBIENTAL

“AQUELA QUE VEM DA NECESSIDADE DE REEXAMINARMOS NOSSOS VALORES E

PRINCÍPIOS EM RAZÃO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS E À NECESSIDADE DE
COMPREENDERMOS AS RAZÕES QUE DEFINEM A RELAÇÃO DO HOMEM COM A NATUREZA”.

“A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO SE ESGOTA NO ASPECTO FORMAL DO ENSINO, EM SALA DE

AULA, DEVE COMPREENDER PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL”

EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM TODOS OS NÍVEIS DE ENSINO, INTEGRAL, PERMANENTE,

CONTÍNUA E TRANSFORMADORA.

(WOLKMER; PAULITSCH , 2011)

Neste livro, no Capítulo 2 “Falando a linguagem da Natureza: princípios da
sustentabilidade", Capra propõe uma mudança de ponto de vista, uma
nova maneira de ver e pensar o mundo, estruturadas em termos de
relações, conexões e contextos. No contexto da educação, isso implica
em, a partir do pensamento sistêmico integrar disciplinas acadêmicas
antes fragmentadas.
Para isso, estabelece a necessidade de currículos que ensinem sobre os
princípios da sustentabilidade, ou como ele chama, os fatos básicos da vida.
Neste sentido, define conceitos estruturais importantes, quais sejam:

● Redes ● Ciclos Fluxos

● Sistemas Aninhados ● Desenvolvimento
● Interdependência ● Equilíbrio Dinâmico
● Diversidade
A Educação Ambiental como direito fundamental

REFLEXÃO

“… lojas não são farmácias, repletas de

remédios, para curar ou, pelo menos,
mitigar as doenças e aflições das vidas
particulares e das vidas em comum”.

(BAUMAN, 2015)
 Dicas e Inspirações:

Documentário Biocentricos: https://biocentricos.com.br/

One Earth - Environmental Short Film: https://youtu.be/QQYgCxu988s

Coleção Nature is speaking: https://www.youtube.com/@ConservationInternational/featured

Contos da Capivara: https://www.youtube.com/channel/UCVjl9TJfxx1eoCnrYW-cRVg

E afinal: quais poderiam ser os parâmetros para a consideração de
um Direito Fundamental à educação ambiental?