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Tema:

Uso de operações aritméticas no tratamento de


números inteiros relativos. Caso da 8ª classe da
Escola Secundária de Lalaua-Sede, 2022/2023

Candidato: Danito Miguel Martins Assua


Supervisor: MA Celso Teodor Gervásio Mueria
Estrutura da apresentação

1.1. Notas Introdutórias


1.2. Problema
1.3. Objectivo Geral
1.4. Objectivos específicos
1.5. Questões de investigação
2. Metodologia da Pesquisa
3. Apresentação e análise de dados
4. Conclusões
5. Sugestões
1.1. Notas introdutórias

A história da Matemática confunde-se com a história da civilização


humana, que foi marcada com a crescente necessidade de resolver
os problemas de ordem prática surgidos na vida em comunidade. A
contagem de animais desde os tempos primitivos, deu origem aos
números naturais. Com o desenvolvimento do comércio entre os
seres humanos, a necessidade de calcular créditos, débitos e capitais
de juros, deu origem aos números inteiros. Já nas antigas
civilizações, a divisão de terras assim como o cálculo do tributo a
ser pago ao Rei no fim das colheitas pode ter originado os números
fraccionários.
Ensinar os conteúdos matemáticos, significa preparar o aluno para
dota-lo de conhecimentos que lhe permite lidar com as situações do
dia-a-dia. Sendo que durante este processo nota-se a existência de
dificuldades de aprendizagem que tem como consequências no
baixo aproveitamento pedagógico nos finais dos trimestres, do ano
lectivo ou de um ciclo de aprendizagem. Este facto remete a um
repensar sobre os métodos e técnicas de ensino para que respondam
a necessidade de apropriação de conhecimentos por parte dos
alunos, assim como das adversidades que o quotidiano tem vindo a
proporcionar.
1.2. Problema
o Que dificuldades encaram os alunos da 8ª classe nas operações
aritméticas com números inteiros relativos?

1.3. Objectivo Geral


o Analisar as dificuldades encaradas pelos alunos da 8ª classe nas
operações aritméticas com números inteiros relativos.

1.4. Objectivos específicos


o Identificar as dificuldades dos alunos nas operações com números
inteiros relativos.
o Descrever os erros cometidos pelos alunos da 8ª classe nas operações
aritméticas com números inteiros relativos.
o Propor estratégias didácticas no uso de operações aritméticas para a
minimização das dificuldades de aprendizagem durante o tratamento de
números inteiros relativos.

1.5. Questões de investigação


o Que dificuldades encaram os alunos da 8ª classe nas operações
aritméticas com números inteiros relativos?
o Quais são os erros cometidos pelos alunos da 8ª classe nas operações
com números inteiros relativos?
o Que estratégias didácticas devem ser usadas nas operações aritméticas
para a minimização das dificuldades de aprendizagem de números
inteiros relativos?
2. Metodologia da pesquisa

2.1. Tipo de pesquisa

a) Quanto a abordagem – qualitativa

b) Quanto aos objectivos – descritiva

c) Quanto aos procedimentos técnicos – estudo de caso.

2.2. Técnica de colecta de dados


o Entrevista e questionário, antecedida pela revisão bibliográfica.

2.3. Sujeitos Participantes – 13 indivíduos:


o 3 professores de Matemática – submetidos a entrevista
o 10 alunos da 8ª classe – submetidos ao questionário.
2.4. Análise conteúdo

A análise dos resultados consistiu em duas vertentes: qualitativa e quantitativa.


A análise qualitativa baseou-se na descrição das dificuldades encaradas pelos
alunos nas operações aritméticas de números inteiros relativos. Enquanto a
análise quantitativa centrou-se na sintese dos dados por meio de procedimentos
estatísticos assim como na apresentação em tabelas e gráficos que permitem
maior visualização aos leitores.

Em primeiro lugar foi analisado o inquérito por entrevista dirigido aos

professores e em seguida o inquérito por questionário dirigido aos alunos, tendo

em último lugar sido analisadas essas respostas em função daquilo que os

outros autores dizem a volta do assunto assim como do juízo assumido pelo

proponente do tema.
3. Apresentação e análise de dados

3.1. Análise da entrevista aos professores

Questionados os professores se durante a leccionação detectaram a


existência de dificuldades nas operações aritméticas com números
inteiros por parte dos alunos. Em resposta a esta questão, houve
unanimidade por parte dos entrevistados da existência sim de
inúmeras dificuldades apresentadas pelos alunos nessa matéria. O
entrevistado P1 acrescenta ainda nas seguintes palavras “as
dificuldades nesse conteúdo são inúmeras, apesar de ser um
conteúdo que a sua abordagem vem sendo tratada a partir do ensino
primário”.
Com estas palavras nota-se que P1 reconhece embora seja um conteúdo
que vem sendo tratado desde as classes do ensino primário (que a sua
consolidação já deveria ter sido feita), é evidente que ainda prevalecem
dificuldades de aprendizagem sobre o mesmo, e tratando-se de um pré-
requisito para novas aprendizagens, compromete a compreensão e
aquisição de novos conhecimentos.

Em seguida procurou-se saber dos professores sobre que erros são


cometidos pelos alunos nas operações aritméticas. Em resposta a esta
questão, os entrevistados P2 e P3 afirmam a existência de erros de
conjugação de sinais, pois enúmeras vezes ignoram o sinal menos e
mesmo com termos de sinais diferentes, adicionando os números em valor
absoluto.
Enquanto P1 afirma que até parece que os alunos desaprendem com
o tempo, uma vez que até cálculos básicos que um miúdo da
primária acerta estes cometem erros. Em termos gerais, os alunos
têm graves dificuldades de conjugação de sinais assim como de
resolver uma expressão numérica com mais de 2 operações, em que
uma é do primeiro grau e outra do segundo grau, pois estes não
obedecem a regra de prioridade das operações, resolvendo na ordem
em que são escritas.
Questionados sobre que implicações dos erros cometidos para a

aprendizagem dos conteúdos matemáticos. Em resposta a esta questão,

houve unanimidade por parte dos inqueridos de que na falta de domínio

das operações aritméticas elementares (adição, subtracção, multiplicação e

divisão) complica todo um processo de aprendizagem da disciplina, uma

vez que este conteúdo é de extrema relevância para a compreensão dos

conteúdos subsequentes. Os professores indicam a necessidade de

submeter aos alunos em exercitação constante, como forma de manter

maior tempo do aluno em contacto com o conteúdo de ensino, como

condição necessária para a consolidação da matéria.


3.2. Análise do questionário aos alunos

Quando submetidos ao questionário, os alunos cometeram inúmeros erros


durante a resolução, facto que confirma com as respostas dadas pelos
professores. Dos erros cometidos pelos alunos durante a resolução,
podemos destacar:
o Erros de conjugação de sinais, sobretudo quando o sinal negativo
antecede o número inicial ou sobre o número com maior valor
absoluto.
o Falta de priorização das operações de segundo grau (multiplicação e
divisão), resolvendo de acordo com a ordem da escrita.
o Cálculos matemáticos inconsistentes, que denunciam falta de domínio
de procedimentos matemáticos.
4. Conclusões

As respostas dadas pelos professores assim como as resoluções apresentadas


pelos alunos demonstraram falta de domínio dos alunos nos seguintes aspectos:
o Na conjugação de sinais durante as operações aritméticas, em que muitas
vezes desconhecem a presença do sinal menos, sobretudo quando o sinal é
antecedido ao número inicial na operação, assim como estiver sobre o maior
valor absoluto.
o Erros no cálculo de múltiplos e divisores (falta de domínio da tabuada);
o Falta de priorização das operações aritméticas do 2º grau (multiplicação e
divisão) nas expressões numéricas;
o Erros nos procedimentos matemáticos genéricos, pois muitas vezes
apresentam passos inconsistência de difícil identificação do tipo de erro
cometido.
Os erros cometidos revelam uma enorme preocupação para a
aprendizagem da matemática no ensino geral, uma vez que estas
operações são uma ponte para que o aluno possa perceber os
conteúdos subsequentes tanto da classe assim como do ciclo de
aprendizagem, facto que muitas vezes se fazem sentir no
aproveitamento pedagógico final da disciplina, por falta de
aquisição das competências básicas exigidas no final de cada ciclo
de aprendizagem.
Este facto requer por parte do professor a adopção de medidas
estratégicas que visam dum lado manter em contacto permanente o
aluno com o conteúdo de ensino e por outro lado, procurar sempre
levar ao aluno a perceber que os conteúdos matemáticos leccionados
no contexto escolar não é apenas um processo de abstracção da
ciência matemática, mas que por via disto, visa preparar o aluno
para resolução de problemas do quotidiano
5. Sugestões

Diante do exposto em relação o presente estudo, sugere-se:

Aos professores, a sistemática procura de estratégias que permitam

tornar o processo de ensino-aprendizagem uma actividade interactiva

e de troca de experiencias, garantindo com que o aluno esteja

motivado para se predispor para aprendizagem. Neste caso os

professores devem repetir a abordagem dos conteúdos que os alunos

apresentam dificuldades e submeter-lhes a exercícios continuados

tanto na sala de aula como em casa, assim como o respectivo

controlo permanente para garantir a execução das mesmas.


Aos alunos, da necessidade de se predisporem para a aprendizagem, pois esta

é a condição fundamental para que a aprendizagem tenha lugar. Sendo assim,

os alunos devem cumprir com todas tarefas orientadas pelo professor para que

aumentem o tempo de contacto com a matéria de ensino, o que reduzirá os

níveis de dificuldades o qual apresentam.

Aos gestores escolares, na adopção de medidas estratégicas que garantam a

motivação dos alunos no seu comprometimento para a aprendizagem assim

como a exortação dos pais e encarregados de educação para o

acompanhamento da aprendizagem dos seus educandos. Esta acção poderá ser

feita nos momentos da concentração e nos encontros com pais, assim como em

outros momentos que se achar conveniente para o efeito.


Obrigado pela atenção

dispensada

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