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Malleus Maleficarum
I - Instrumentos de Execução
2 - O Garrote
3 - Emparedamento
4 - As Gaiolas Suspensas
putrefação eram, na maior parte das vezes, deixados in situ, até o desfazimento do
esqueleto.
A roda para despedaçar era, depois da forca, a forma mais comum de execução na
Europa germânica, desde a Baixa Idade Média até princípios do séc. XVIII; na
Europa latina e gálica, o despedaçamento era feito por meio de barras maciças de
ferro e maças, em lugar da roda.
6 - Submersão em Azeite
7 - A Serra
8 - Empalamento
empregada pelos exércitos turcos que invadiam o leste da Europa. O método era
simples: deitava-se a vítima de bruços e enfiava-se-lhe no ânus, no umbigo ou, talvez,
tratando-se de uma mulher, na vagina - uma estaca suficientemente longa para
transfixar o corpo no sentido longitudinal. Para que a estaca ficasse firme, era
introduzida no corpo do condenado a golpes de marreta. Em seguida, simplesmente
plantava-se a estaca no chão; a força da gravidade fazia o resto. O corpo
simplesmente era puxado em direção ao solo, enquanto a estaca rasgava lentamente
as entranhas, num processo que podia durar dependendo da espessura da estaca e da
capacidade de resistência da vítima - várias horas ou até dias. Ainda mais terrível era
o "empalamento ao contrário", tal como era feito pelas tropas turcas de janízaros que
invadiam o leste da Europa no século XV. Segundo este método, a vítima era
suspensa pelos pés, o que impedia a hemorragia e facilitava a oxigenação do cérebro;
assim sendo, o condenado demorava a perder os sentidos, permanecendo consciente
durante a maior parte da operação.
9 - Cremação
10 - Mesa de Evisceramento
Este terrível suplício era levado a cabo em um aparelho especial, constante de uma
mesa ou tábua sobre a qual havia uma roldana e um sistema de cordas e pequenos
ganchos. O verdugo abria o ventre da vítima amarrada sobre a tábua, de maneira a
não poder debater se; em seguida, introduzia-lhe os ganchos na abertura, prendendo-
os firmemente às entranhas do condenado. Ao manipular a roldana, as entranhas eram
puxadas para fora, com a vítima ainda viva; esta era então abandonada e deixada para
morrer neste estado. A morte demorava por horas ou até dias. Quanto mais tardasse -
Instrumentos de Tortura da Santa Inquisição – pdf by: A.H.S. - 5
Malleus Maleficarum – O Martelo das Bruxas
1 - As Cunhas ou Borzeguim
Este era um dos suplícios mais dolorosos que se poderia imaginar. A vítima era
amarrada e esticada no chão, com as pernas encerradas entre quatro pranchas de
carvalho, das quais o par do lado externo era fixo, enquanto o interno era móvel.
Introduzindo cunhas no espaço de separação entre as duas pranchas móveis, era
possível esmagar as pernas da vitima contra a estrutura fixa da máquina. Havia a
tortura dita comum e a extraordinária; a diferença entre as duas era avaliada pela
quantidade de cunhas cada vez mais espessas que eram cravadas na parte interna.
Este tipo de tortura, pelo fato de ser sempre - embora nem sempre imediatamente -
fatal, só era administrada a condenados à morte que devessem ser executados sem
demora.
2 - O Esmaga-Cabeças
4 - A Roda Vertical
5 - Gaiola de Cravos
6 - O Cavalo de Estiramento
1- As Aranhas Espanholas
2 - O Esmagador de Testas
O esmagador era uma faixa de ferro, algumas vezes com aguilhões no seu interior,
que se colocava ao redor da testa da vítima, sendo então, progressivamente apertado,
pelos parafusos situados em roscas laterais, provocando cortes e lacerações e
podendo provocar fraturas cranianas fatais. Este
era um instrumento usado sobretudo em
mulheres e quase nunca em homens.
3 - O Berço de Judas
4 - Cadeira de Interrogatório
5 - O Esmagador de Polegares
6 - A "Extensão"
7 - A Escada de Estiramento
A chamada "escada de estiramento" era nada mais que uma simples escada de
madeira, à qual se dava um uso a mais, o de instrumento de interrogatório. Foi usada
no processo de Eischtadt, no qual uma velha foi acusada de bruxaria, em meados do
séc. XV. A vítima era deitada sobre a escada, tendo seus pés atados a um dos
degraus; aos braços, igualmente atados, eram progressivamente puxados para trás,
fosse por meio da força humana, fosse por meio de pesos cada vez maiores. Se depois
de tudo isso a vítima ainda se recusasse a confessar, estando paralisada e com os
ombros destroçados, o tribunal era forçado a reconhecer sua inocência. Esta tortura
era largamente usada pelos inquisidores alemães.
8 - Potro
9 - Quebrador de Joelhos
10 - A Estrapada ou Polé
Uma tortura fundamental, que consistia na deslocação dos ombros, pelo movimento
de içar violentamente a vítima, com os braços atados às costas, com o corpo
suspenso.
A estrapada era um meio de extraordinária eficiência; como não provocava
derramamento de sangue, o que era proibido pela Igreja a seus agentes, era
largamente usado pelos inquisidores. O aparelho era muito simples: compunha-se
apenas de uma corda e de uma roldana. Os pulsos do condenado eram atados atrás
das costas e ligados a uma corda, que, passando pela roldana, permitia que fosse
içado no ar, pelo que as articulações dos ombros passavam a suportar a totalidade da
massa corporal. De imediato, as clavículas e as omoplatas se desarticulavam, o que
provocava deformações que podiam ser irreversíveis. A agonia podia ser agravada
por uma série de medidas adicionais:
Esses instrumentos em forma de pêra - daí o nome - eram colocados na boca, no reto
ou na vagina da vítima, e ali eram abertos, por meio de um parafuso, até atingir sua
total abertura. O interior da cavidade afetada ficava, invariavelmente, danificado,
com efeitos muitas vezes irreversíveis. Por vezes, além da abertura exagerada, a pêra
era dotada, na extremidade mais interna, de pontas em gancho, que destroçavam a
garganta, o reto ou a raiz do útero, pois penetravam bastante fundo. A pêra oral
aplicava-se aos casos de predicadores hereges ou a criminosos laicos de tendências
anti-ortodoxas. A pêra vaginal estava destinada a mulheres consideradas culpadas de
conluios e acordos com Satanás ou quaisquer outras forças sobrenaturais (o processo
das feiticeiras bascas,* no qual foi utilizada, falava dos "espíritos dos mortos"), a
Instrumentos de Tortura da Santa Inquisição – pdf by: A.H.S. - 12
Malleus Maleficarum – O Martelo das Bruxas
12 - Tortura da Água
14 - As Garras de Gato
IV - Instrumentos de Mutilação
Desde o Antigo Egito, e antes, a mutilação serviu como método eficaz de castigo para
crimes menores, considerados não tão graves que merecessem a pena de morte, tais
como furtos, danos à propriedade alheia, e às vezes - por incrível que possa parecer -
estupros. A mutilação, além de ter um efeito arrasador sobre os culpados, tanto física
quanto moralmente, também era considerada um esplêndido método de prevenir a
reincidência, visto que o criminoso ficava marcado como tal para o resto da vida,
bastando às pessoas de bem lançar-lhe um olhar para estarem prevenidas acerca de
seus atos ilícitos no passado. Geralmente, os condenados a ser mutilados recebiam a
pena em público, a fim de servir de exemplo a quem quer que, por desespero ou
inclinação, estivesse tentado a desobedecer a lei.
1 - Pinças e Tenazes
3 - Destroçador de Seios
V - Instrumentos de Contenção
A cegonha consistia numa espécie de algema ou grilhão que quase unia os pés e as
mãos do torturado, impedindo qualquer movimento. Ainda que pareça, à primeira
vista, mais um meio de imobilização que de tortura, não mais terrível que milhares de
outros artefatos semelhantes, a Cegonha provoca, depois de poucos minutos, fortes
cãibras, primeiro nos músculos retais e abdominais, depois nos peitorais, cervicais e
nas extremidades do corpo; cãibras que, com o passar das horas, transformam-se em
uma contínua e atroz agonia, sobretudo no abdome e no reto. Em tal situação, a
vítima pode ser maltratada, queimada, açoitada e mutilada, ao bel prazer de seus
interrogadores.
2 - A Mordaça de Ferro
Esta invenção era muito útil na medida em que abafava os gritos e gemidos dos
torturados, para não importunar os debates de seus interrogadores entre si.
Compunha-se de um aro de ferro, no interior do qual havia uma protuberância
chamada "caixa", a qual colocava-se na boca da vítima, fechando-se o aro metálico
na nuca. Uma minúscula abertura permitia a entrada do ar; o que podia ser
interrompido pela ação do verdugo. Uma simples pressão dedos poderia provocar a
asfixia do condenado. Freqüentemente os condenados ao tronco eram assim
amordaçados; ou quando se tratava de autos-de-fé, para que seus gemidos não
perturbassem a audição da música sacra que acompanhava esses autos. Este
instrumento era usado desde a época romana, mas na Idade Média foi aperfeiçoado,
com a colocação de farpas na caixa, de maneira não só de silenciar, mas também de
ferir. Giordano Bruno, um dos intelectuais mais brilhantes de sua época, foi
queimado na Praça do Campo del Fiori, em Roma em 1600. Tinha colocado um
açaime de ferro com cravos, um dos quais lhe perfurava a língua e outro, o céu da
boca. A mordaça era usada tanto durante os interrogatórios como durante as
execuções, ou simplesmente para calar ou punir os prisioneiros recalcitrantes.
Apesar do nome, este instrumento não era sempre um cinto, embora fosse esta a sua
forma mais comum. Podia tomar tanto a forma de um cinto como a de uma túnica ou
vestimenta, de malha de arame, com inúmeras pontas de ferro dirigidas para seu
interior. Bastante apertado em volta da vítima, feria e destroçava a carne a cada
pequeno movimento ou respiração. Depois, vinham a infecção, a putrefação e a
gangrena. Por vezes, a fim de ampliar o sofrimento, eram colocados insetos ou
vermes carnívoros nos ferimentos. Segundo uma tradição do séc. XIV, este cinturão
teria sido aplicado a uma jovem e bela senhora chamada Márcia Orsini, esposa de um
rico nobre milanês, por um condontieri. O salteador havia raptado a dama, mas sendo
contrário ao estupro, por princípios morais e escrúpulos religiosos, atou-a à cama e
colocou-lhe o cinturão, deixando-a assim até que resolvesse entregar-se-lhe por
vontade própria. Sabe-se que felizmente, o covil do bandido foi descoberto e
assaltado pelos homens de armas do marido, e a dama foi posta em liberdade,
ficando, finalmente, a salvo. Diga-se, porém, que não se sabe se o resgate foi anterior
ou posterior à anuência da dama.
4 - A Forquilha do Herege
5 - Cinturão de Castidade
A função deste instrumento foi sempre mistificada, não só pelo povo, mas também
pelo círculos acadêmicos. A opinião tradicional é que o cinturão de castidade se
usava para garantir a fidelidade das esposas durante as ausências do marido, e
sobretudo - uma convicção que em nada se aproxima da verdade, não havendo
evidências que suportem tal idéia - para as mulheres dos cruzados que partiam para a
Terra Santa. Na verdade, ainda que a função primordial do aparelho fosse esta, tal
constrição limitava-se sempre a breves períodos de tempo, como algumas horas ou,
no máximo, dois ou três dias; jamais o cinturão era utilizado por períodos dilatados.
Uma mulher "impedida" desta forma corria risco de vida, pelas infecções originadas
por acumulações tóxicas prejudiciais ao organismo, e isso para não falar nas
queimaduras e lacerações provocadas pelo contato contínuo do ferro com a pele ou a
possibilidade de uma gravidez em curso. Contudo, havia uma segunda utilidade para
o cinturão, esta bem pouco mencionada: constituía-se numa barreira contra a
violação. Uma barreira eficiente em ocasiões "perigosas", tais como o aquartelamento
de soldados na cidade, ou a permanência em uma estalagem, durante a noite, em meio
a uma viagem qualquer. Nestas ocasiões, eram as próprias mulheres as mentoras da
idéia de colocar o referido
cinto, segundo comprovam
vários testemunhos.
6 - Cinturão de Contenção
9 - Colar de Puas
10 - O Cavalete
vítimas durante a tortura ou mutilação como para expô-la em público como punição
para crimes menores, insignificantes; como dormir na igreja, por exemplo.
VI - Instrumentos de Açoitamento
Esta é uma família toda especial dentre o arsenal dos instrumentos e tortura: a família
dos açoites. É um grupo de instrumentos interessante e incrivelmente variado, a
despeito da semelhança da forma. Os açoites ou chicotes podem ir desde o gigante
"Gato de Nove Caudas" e o Knut dos boiardos russos, que podia destroçar de um só
golpe um braço ou ombro, até os mais finos e pérfidos, como o chicote egípcio, cujas
finas tiras de couro eram entrelaçadas de laminas de ferro (ou de metais preciosos
como ouro e prata) afiados como navalhas e que faziam o sangue correr no primeiro
golpe. Particularmente interessante e digno de ser citado é o "Nervo de Boi", que com
dois ou três golpes podia cortar a carne das nádegas até chegar à pélvis. Dentre as
punições menores, a flagelação era muito apreciada pelo público. O suplício era
considerado sobretudo humilhante - e seus aplicadores faziam o possível para
acentuar tal característica. Para a flagelação pública, o condenado, nu da cinta para
cima, era amarrado às traseiras de uma carroça e assim arrastado pelas ruas até o
pelourinho público, onde o executor aplicava-lhe as chicotadas ou varadas prescritas
na sentença. A flagelação poderia também dar-se no interior das prisões; como
método de interrogatório, era utilizado sobretudo em crianças que ainda não haviam
atingido a puberdade, por ser considerado relativamente leve, a não ser que os juízes
requeressem expressamente o emprego dos meios usuais.
1 - Chicotes de Correntes
2 - A Cauda de Gato
A cauda de Gato era um chicote de cordas entrançadas que servia para esfolar a pele
da vítima. As cordas eram embebidas numa solução de sal e enxofre, de maneira que,
devido às características da fibra do cânhamo e dos efeitos do sal e do enxofre, para
além das mais de cem lâminas de ferro afiadíssimas, cada uma delas colocada no
final de cada corda, a carne ia sendo reduzida a uma polpa, até se encontrarem
expostos os pulmões, os rins, o fígado e os intestinos. Durante esse procedimento, a
zona afetada ia sendo coberta com a mesma solução, em ebulição
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Retirado da internet (.txt) através de compartilhamento de arquivos.
Lay-out e pdf: A.H.S. – Brasil (outono de 2007)