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RELATÓRIO N0 1
Elaborado por:
1. Jean-Claude Frajmund – MC
2. Rogério Vianna – MDIC
3. Rodrigo Lamego de Teixeira Soares – MEC
4. Gilberto Lima – ABDI
5. Rodrigo Mesquita - Radim System
6. Marcelo Knörich Zuffo – USP/LSI
7. Roseli de Deus Lopes – LSI-EPUSP
8. Victor P. Mammana – MCT/Cenpra
9. Laercio Aneceto Silva - Certi
10. Gutemberg Vieira - Serpro
SUMÁRIO
> o projeto tem sido entendido por muitos como “revolucionário”, na medida em que introduz
novos conceitos (principalmente educacionais) e novos meios (principalmente o Laptop de
U$100, a arquitetura da conectividade, e os aplicativos educacionais), em larga escala: esta
larga escala é parte integrante do conceito básico do projeto, ou seja, seus objetivos não
seriam alcançados sem esta escala mínima (1 milhão de máquinas/alunos, sob um universo
total de 35 milhões), e não contaria com o interesse do Media Lab sem esta proposição.
> o cronograma proposto pelo Media Lab implica em que o governo brasileiro tome esta
decisão em dezembro deste ano, após ser disponibilizado o protótipo ora em
desenvolvimento, o que ocorrerá em 16/18 de novembro. Implica a decisão na alocação de
recursos e na metodologia de operação do projeto (business plan, com a possível formação de
uma nova organização para executa-lo).
> a proposição do Media Lab considera a fabricação de outro milhão de máquinas, para
exportação. Ainda não está claro para quais países, e como se dará a implantação do projeto
nesses países. O Media Lab/MIT fará proposição a respeito.
> um projeto de tal envergadura necessariamente trará outros impactos “no mercado”, seja em
outros públicos, seja no meio empresarial, os quais seria conveniente analisar desde logo,
tanto do lado da oferta (tecnologias brasileiras) quanto do lado da demanda (esses novos
públicos).
> Registros:
"Se formos bem sucedidos, teremos criado uma sociedade vibrante que será movida por uma
população que aprende através da expressão." Walter Brendan/MIT Media Lab.
” Quer sejam construídas com base em sistemas proprietários ou abertos, arquiteturas que
permitem manipulação direta pelo usuário final são uma fonte extraordinária para criação (e
portanto aprendizagem), ao abrir acesso, nos níveis adequados de expressão, a aquilo que os
outros criaram.”. David Cavallo, Media Lab.
“As comunicações estão prestes a se tornar características pessoais e embutidas no mundo
que nos cerca. As novas tecnologias nos permitem construir dispositivos com e sem fio, que
são cada vez mais instalados e presentes, praticamente sem limites. Não precisam de um
backbone ou infra-estrutura para funcionar. Em vez disso, utilizam vizinhos para improvisar
tanto a distribuição de bits como a geo-localização. Isto redistribui o domínio das
comunicações, de um provedor integrado verticalmente, para o usuário final ou dispositivo
final, segregando a distribuição de bits e os serviços. As comunicações podem se tornar algo
que você faz, em vez de algo que você compra.” Andrew Lippman, David P.Reed, MIT-
Media Lab.
O projeto pode ser encarado (especialmente pela mídia) como “adesão” do Governo
Brasileiro a proposta/liderança do Media Lab, ou como iniciativa brasileira que conta
com a expertise e o apoio do Media Lab.
> ao nosso ver a segunda opção será necessária. Implica em ativa participação do
Brasil na especificação e no desenvolvimento da tecnologia, que já foi acordada com o
Media Lab.
Porém implicará em desdobramentos ainda por equacionar, relativos a participação do
Media Lab e em questões de propriedade intelectual.
> há a idéia de que o projeto (caso aprovado pelo Governo Brasileiro) seja anunciado –
em conjunto - na Conferência Mundial sobre a Sociedade da Informação, a se realizar
em novembro na cidade de Tunis.
2.3) parte importante do conceito deste projeto – para fins de real utilização nas escolas
– é o conceito de “comunicação viral”, pelo qual o projeto não é implantado de forma
tradicional (planejamento detalhado e prévio da implantação geral), mas sim por
“contaminação” progressiva dos usuários. Baseia-se em redes sem fio tipo “mesh”, para
a qual padrões ainda não estão definidos, de forma que uma implementação será
desenvolvida mesmo que ainda não haja um padrão.
2.4) o produto não será “comercial”, mas apenas acessível via doação direta aos
estudantes de escolas públicas. No nosso ver, a escola privada também deveria estar
no projeto, embora sob modalidade financeira diferente.
2.5) deverá haver seleção das localidades onde o projeto será inicialmente implantado
(1 milhão de máquinas), e nestas localidades a implantação deverá ser “total”, de forma
a nelas não haver estudantes/escolas sem participação: trata-se de aspecto essencial
do conceito do projeto, o que recomendará vigorosa articulação com Estados e
Municípios.
2.7) a proposta do Media Lab implica na criação de uma nova organização, nos moldes
da OLPC Foundation (Fundação One Laptop per Child, já criada pelo Media Lab nos
EUA), que concentraria toda a operação, e seria depositária dos direitos de propriedade
intelectual do projeto. Esta organização receberia fundos públicos brasileiros para a
encomenda da fabricação das máquinas e sua distribuição nas escolas. Também seria a
responsável pela exportação das maquinas para outros países (que estão sendo
“trabalhados” pelo Media Lab).
Trata-se de importante aspecto, a ser analisado em profundidade até novembro. O
modelo deverá ser objeto de estudos pelo governo brasileiro, de forma a confirmar sua
adequação e viabilidade, ou adaptação a outros imperativos.
3. Resoluções propostas:
Obs: os contatos diretos dos coordenadores com o Media Lab irão determinar quantas
pessoas de cada área irão em cada viagem, mas em princípio apenas uma por área
precisaria ir.
3.3) Estimativa de custos desta fase pré-decisão (posição final após os contatos
específicos com o Media Lab).
a) cenário 1: viagem de 8 pessoas, por cinco dias úteis, por 3 vezes = 24 viagens e 144
diárias = 24 x U$ 1.800 = U$ 43.200 + 144 x U$ 250 = U$ 36.000 = U$ 79.200 (R$
190.080,00).
b) cobrimento: propõe-se que esta fase pré-decisória seja custeada com recursos do
MCT, preferencialmente alocado em rubrica já existente (ex: convênio Softex). Outra
opção é o compartilhamento das despesas com MDIC. MCT, MC, MEC, após analisadas
as disponibilidades orçamentárias de cada órgão.
c) este GT que irá participar de trabalhos no Media Lab é parte de um GT maior, que
executará trabalhos no Brasil: levantamento de ferramentas – e alternativas - brasileiras,
desenvolvimento de software, pilotos de comunicação, etc. e que será organizado nas
próximas duas semanas.
B) Principais questões a serem levadas ao Media Lab, e respondidas pela equipe técnica
Lista-se a seguir os principais pontos a serem trabalhados pela equipe que irá ao Media Lab
para aprofundar-se nas tecnologias do projeto:
> implica na decisão sobre a forma de atuação (ONG proposta, ou outro modelo, neste
caso seria necessário obter a aprovação do Media Lab); no equacionamento da logística
(fornecedores locais); na fixação de orçamentos (entre U$ 330M e U$ 600M); na
aprovação da tecnologia; na seleção das cidades em que todas as escolas públicas
seriam contempladas; no desenvolvimento das metodologias educacionais e
planejamento pedagógico, treinamento de professores; entre outras possíveis ações.
Este aspecto essencial carece de melhor explanação sobre como se daria a participação
do Media Lab, e com que financiadores. E ainda, as organizações brasileiras envolvidas.
a)
b)
4. Quanto ao laptop:
As observações da equipe técnica que foi ao Media Lab levantou uma série de questões,
as quais deverão estar esclarecidas após as visitas técnicas que ocorrerão entre agosto e
dezembro de 2005.
Em especial, quanto a viabilidade, e usabilidade, do display proposto, sob as quais pesam
dúvidas importantes.
5. Com relação ao custos estimados:
Trata-se de objetivo ambicioso, que igualmente será objeto de estudos pela equipe técnica
brasileira, em conjunto com o Media Lab.
Este aspecto não se encontra esclarecido de todo, na medida em que não se conhece a
extensão da propriedade intelectual do Media Lab e de terceiros, e sua conexão com a
forma de implementação do projeto no Brasil. Será objeto de avaliação da equipe técnica.
7. Sobre a conectividade:
Observação:
Vide os anexos.
E) Atividades realizadas no Brasil
Em elaboração.
F) Lista de participantes