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DIFERENA ENTRE CONTO E CRNICA

CONTO Histria completa e fechada como um ovo. uma clula dramtica, um s conflito,
uma s ao. A narrativa passiva de ampliar-se no conto.
Poucas so as personagens em decorrncia das unidades de ao, tempo e lugar. Ainda em
conseqncia das unidades que governam a estrutura do conto, as personagens tendem a ser
estticas, porque as surpreende no instante climtico de sua existncia. O contista as imobiliza
no tempo, no espao e na personalidade (apenas uma faceta de seu carter).
A crnica um gnero hbrido que oscila entre a literatura e o jornalismo, resultado da viso
pessoal, particular, subjetiva do cronista ante um fato qualquer, colhido no noticirio do jornal ou
no cotidiano. uma produo curta, apressada (geralmente o cronista escreve para o jornal
alguns dias da semana, ou tem uma coluna diria), redigida numa linguagem
descompromissada, coloquial, muito prxima do leitor. Quase sempre explora a humor; mas s
vezes diz coisas srias por meio de uma aparente conversa fiada. Noutras,
despretensiosamente faz poesia da coisa mais banal e insignificante.

A crnica o relato de um flash, de um breve momento do cotidiano de uma ou mais


personagens. O que diferencia a crnica do conto o tempo, a apresentao da personagem e
o desfecho.
No conto, as aes transcorrem num tempo maior: dias, meses, at anos, o que no se d na
crnica, que procura captar um lance curioso, um momento interessante, triste ou alegre. No
conto, a personagem analisada e/ou caracterizada, h maior densidade dramtica e
freqentemente um conflito, resolvido em desfecho. Na crnica, geralmente no h desfecho,
esse fica para o leitor imaginar e, depois, tirar suas concluses. Uma das finalidades da crnica
justamente apresentar o fato, nu, seco e rpido, mas no conclu-lo. A possvel tese fica a
meio caminho, sugerida, insinuada, para que o leitor reflita e chegue a ela por seus prprios
meios.

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