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novas formas de representao, o sindicalismo e as teses corporativistas so discutidas, tendo-se em vista criar no Brasil as
novas condies necessrias reorganizao nacional.
Propostas para reorganizao do Estado Nacional
Os autores que se ocupam em sugerir mudanas para a
vida poltica brasileira partem de uma anlise da Revoluo e
do Governo Provisrio inseridos em um a crise. Para Franco
(1 9 3 3 ), seria a crise do esprito; para Almeida (1932) e Ama
ral (1 9 3 5 ), a crise fundamentalmente econmica; grande par
te dos autores, entretanto, acentua a crise poltica (Rodrigues,
1933; Pati, 1931; Belo, 1936), seja pela falha dos homens, da
Constituio de 1891, ou do sistema presidencial.
A Constituio de 1891, consideram alguns autores (R o
drigues, 1933; Viana, 1930), no permitiu que se criasse uma
verdadeira nao. A autonom ia dos Estados e o sistema eleito
ral ento vigente impediam que o poder central, fortalecendo-se,
representasse os interesses nacionais. As razes deste impedi
mento vo ser explicadas por diferentes caminhos: o mimetis
mo das elites culturais e polticas em relao a esquemas euro
peus e /o u norte-americanos; o desconhecimento do pas real,
levando formulao de leis sem possibilidade de eficcia; a
importao de modelos polticos; e tambm a concepo rousseauniana do homem, considerado como bom . As institui
es polticas no se adaptam ao pas; as reformas falham dian
te do homem brasileiro. Este que precisa ser reformulado (F a
ria, 1933); a Revoluo de 30 tinha seu germe na Constituio
de 1891, cuja caracterstica liberal supunha o homem como
bom.
Partidos e Constituinte
Para alguns autores, que centram sua anlise na crise po
ltica, a inviabilidade do Governo Provisrio estaria relacionada
ausncia de verdadeiros partidos polticos. Sem partidos que
tenham programas definidos, e principalmente sem represen
tao (Amado, 1931), no se conseguir encaminhar as pro
postas amplas e pouco claras da Aliana Liberal. H necessi
dade de um debate amplo para se chegar a um consenso intra-elites; da ser importante, para o encaminhamento da vida po
ltica, a questo da Constituinte s um a nova Constituio
garantiria estabilidade ao novo sistema (Cabanas, 1932).
A questo das elites tratada em correlao com o pro
blema anterior. A necessidade de entregar o pas aos mais cul
tos, aos homens bons, elite intelectual (Franco, 1933),
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