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Cura

Por Patrícia Kenney

Pelo mundo a fora nos deparamos continuamente com pessoas que foram curadas pelos
mais diversos meios de cura. Há gente que se salvou usando a medicina alopática e há
gente que se curou através da homeopatia, fitoterapia, do Reike, do curandeirismo,
acupuntura, Ayurveda, medicina chinesa, cromoterapia, iridologia, reflexologia,
medicina ortomolecular... Enfim, a cura do ser humano pode se dar de infinitas formas.

Cada ser humano é diferente, tem ascendentes diferentes, formação cultural diferente e
experimenta circunstancias na vida que podem diferenciá-lo até entre irmãos
consangüíneos. Cada ser humano é o espelho de sua mente e de suas crenças pessoais,
sendo um receptáculo até daquelas crenças que ele mesmo não sabe por que as adotou.
Cada ser humano tem ainda um histórico espiritual, oriundo de outras vidas e gostos e
preferências que moldam o seu caráter e sua personalidade. Enfim, cada um de nós é um
ser único, moldado a partir de infinitas variáveis.

Sendo assim tão diferentes, aquilo que é capaz de curar nosso corpo também pode ser
diferente. A verdade é que qualquer coisa que o faça pensar diferente o tornará uma
pessoa diferente. A força da sua fé em qualquer método também produz o resultado da
cura. Qualquer mudança no seu modo de pensar e sentir altera o quadro em que está
inserido. Se você muda suas crenças, se torna outra pessoa, não pode mais estar sujeito a
o que quer que fosse que lhe afligia anteriormente.

Nunca somos os mesmos ao longo da vida e por essa razão vivemos e atraímos pessoas
e circunstâncias novas continuamente. Qualquer mudança lhe trás novas experiências,
boas e ruins, conforme as novas crenças adotadas.

Para exemplificar vou relatar uma experiência pessoal. Uma vez, depois de sofrer uma
grande perda, resolvi dar um tempo em minha vida e embarcar numa aventura. Fiz uma
longa viagem trabalhando num navio mercante até a Europa e passei três meses
experimentando novos ares e novas culturas. A aventura, a liberdade, receptividade e
vontade de ser diferente foram tamanha que percebi mudanças surpreendentes, que se
repercutiram imediatamente no meu corpo. Para começar, todo o meu dinamismo se
alterou e eu perdi 15 kg em duas semanas. O curioso é que nunca comi tão mal, meu
dinheiro só me permitia comer “junkfood”, e eu comia com gosto e comia bastante, mas
mesmo assim eu emagreci e estava linda, forte e saudável. Em quatro meses não tive
sequer uma dor de cabeça, uma TPM, ou mal estar. Eu era pura luz e força. Descobri na
prática que nem mesmo o que você come pode interferir naquilo que você é, se você
estiver vivendo intensamente a sua vida. A plenitude de ser comanda o seu corpo e
influencia sua mente. É claro que aquilo foi um intervalo na minha vida; eu me sentia
segura e solta no mundo, e por causa da minha grande perda, não temia nada mais.
Quando você passa por aquilo que mais lhe aterroriza, só lhe resta depois a liberdade.

A volta para casa me trouxe à antiga realidade e aos pequenos e velhos problemas, mas
nunca me esqueci de que quando se está segura e solta no mundo, vivendo plenamente o
presente, sem se preocupar com o futuro... Quando se está aberto às experiências sem
qualquer expectativa e ansiedade, você descobre a alegria de viver, e você está em Deus
e se torna um ser vivo, puro e saudável, como sempre deveria ser. Não interessa as suas
experiências passadas. Você pode dar um salto da dor à plenitude se souber livrar-se do
ser limitado que você acredita ser.

Infelizmente, presos a nossa vida diária sucumbimos aos reflexos dessa existência
limitada. Vivemos mergulhados na incerteza, porque o mundo do homem não dá
segurança a ninguém. Carregamos o fardo do ego e sua história, seja ele bom ou ruim,
Temos, também, família e obrigações e não haveria nada errado nisso tudo se
pudéssemos viver esse contexto lembrando quem realmente somos: filhos de Deus
criados imagem e semelhança Dele e portanto, leve, livres, soltos, saudáveis, bonitos e
cheios de vida! Esse estado divino de espírito só existe quanto estamos seguros em
Deus. E isso não quer dizer um estado de contemplação religiosa, sobriedade,
introspecção, longe disso... Deus nos quer ver num estado de plena confiança e jubilosa
alegria. Aquela alegria que nos dá vontade de cantar e dançar pela sala de estar. “Eu
venci o mundo” significa viver no mundo, mas não estar jamais preso a ele.

A Cura verdadeira, então, é a cura espiritual. Aquela que te liberta do ser humano que
você pensa que é para viver a plenitude do ser divino.

Todo o repertório e metodologia de curas humanas que eu citei no começo do artigo


tratam do homem terreno, do ego, do personagem dessa vida, que se sente acorrentado
às crenças universais humanas.

O ser espiritual que você é nunca está doente. Esse ser superior é o Filho de Deus
amado, criado imagem e semelhança do Pai e, portanto, perfeito. Quando você vive
consciente desse fato, seu mundo na terra se trasnforma.

O ser doente é SEMPRE o Ego humano. Esse personagem preso ao mundo não tem
culpa de sua doença, pois toda forma de doença é uma crença universal no poder do
medo, da dor, da fome, da miséria, da enfermidade, do vírus, etc... É a crença num
poder e numa existência separada de Deus, é a crença numa realidade criada pelo
homem. Nunca ninguém deve se sentir culpado ou imaginar que produziu esta ou aquela
doença ou limitação. Se fosse assim, crianças pequenas não poderiam ficar doentes.
Enquanto seres humanos, somos o retrato genético de nossa origem, e de nosso contexto
social. Absorvermos e refletimos o mundo humano quase que por osmose, por puro e
natural contato.

Assim, se você se pergunta qual é a melhor forma de cura, vai descobrir que todos os
métodos disponíveis podem ajudar ao homem, principalmente se acreditar neles. O
Filho de Deus tem poder e tudo o que ele conceber como real, o será, no seu mundo.
Enquanto você quiser “consertar” a pessoa física, qualquer método pode servir.
Entretanto, há momentos que parece que nada pode nos ajudar, e apenas quando não há
mais esperanças, é que clamamos por Deus. Quando reconhecemos que nada, por nós
mesmos, podemos fazer, e que nossos recursos humanos se esgotaram, nós gritamos por
Ele e abrimos aquela porta mágica para o ser espiritual que somos e o milagre acontece.
O mundo de Deus se manifesta e mostra que nosso mundo não é real como pensamos
que seja, que há apenas Deus, e em seu mundo, o Ser é pleno.

A cura definitiva passa pelo despertar do espírito para a única realidade verdadeira: o
Ser de Deus que todos somos. Quando nos deparamos com a realidade de “o Pai e Eu
somos Um”, ou “Meu Reino não é deste mundo”, ou quando nos lembramos de
“Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus” e ainda” Buscai primeiro o Reino de Deus, e
todas as coisas vos ser serão acrescentadas”, repousamos seguros em seu Ser. Nestas
condições nenhuma doença jamais teve qualquer poder e nenhuma limitação ou falta
podem lhe alcançar, jamais.

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