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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA PÁGINA 1

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – FDUFBA


CONTEÚDO DO CADERNO DE CIÊNCIA POLÍTICA – 2009.1

Assuntos de Ciência Política

POLÍTICA – TÓPICOS ABORDADOS


- Obra recomendada: Ciência Política, de Paulo Bonavides
- O termo política deriva da palavra polis (cidade-estado);
- Maior compreensão de política na obra “A República”, de Platão;
- Fenômeno é um acontecimento, fato ou evento observável;
- A ciência política estuda os fenômenos políticos;

- CONCEITO DE PODER – Vem do latim potere, com alguns resultados relativos a possuir. Dá
a idéia de domínio. O poder não é bom nem ruim, está acima do bem e do mal.
- Tipos de Poder – Galbraith sintetizou em: baseados na força ou baseados na persuasão;
- LEGALIDADE – Que está de acordo com a lei (lex = lei);
- LEGITIMIDADE – Que está de acordo com valores do grupo, mesmo que não
necessariamente de acordo com a lei;
- AUTORIDADE – Poder exercido com legitimidade. Pode ser carismática, tradicional ou legal,
segundo divisão por Max Weber:
- Autoridade carismática – Qualidades pessoais do líder; missão que ele diz ter; líderes
religiosos, por exemplo;
- Autoridade tradicional – Segue-se pela tradição, tendo por exemplo os reis. Baseia-se no
privilégio;
- Autoridade legal – Segue o ordenamento jurídico por competência (sentido jurídico do termo).
Observado nas democracias;
- IDEOLOGIA – É o conjunto de idéias compartilhadas por uma pessoa ou grupo. Manipulação
de massas. Não é bom nem ruim;
- UTOPIA – Vem do grego (ou-topos: não-lugar), é um termo que inexiste até a Idade Média,
sendo cunhado na obra de Thomas More. Essa obra, “Utopia”, foi inspirada no arquipélago de
Fernando de Noronha e cita um governo totalmente baseado na realidade. Atualmente o termo
significa “idéia sem possibilidade”, “modelo ideal”.
- Mannheim – Redigiu a obra “Ideologia e Utopia”, onde cita as forças de conservação e as de
mudança. Nasceu em 1920;
- NECESSIDADE – Seria a carência, a falta de algo necessário ao ser humano. Podem ser
básicas (sono, alimentação, comunicação) ou não-básicas (ascensão no emprego);
- INTERESSE – Vontade de que algo ou algum fato se suceda, mesmo que não seja
diretamente benéfico a você;
- DOMINAÇÃO – Exige o dominador e o (s) dominado (s) para manter o sistema. Ao dominado
há duas opções caso queira o fim da situação: fugir ou lutar;

CONCEITOS DE PODER
- Segundo Afonso Arinos: “A faculdade de tomar decisões em nome da coletividade”;
- Segundo Paulo Bonavides: “A energia básica que anima a existência de uma comunidade
humana em um determinado território”;
- Segundo Foucault: “É uma ação que se dirige às ações dos outros, a fim de interferir nelas”.

- Recomendação de Pesquisa: Ciência Política, Herbert Adams, 1880, professor de História;


- POLÍTICA (etimologia do termo):
- Polis – Cidade-estado;
- Politéia – Estudo dos assuntos relacionados com a “polis”;
- Civitas, Res publica – coisa pública;

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- Conceito Moderno – “Política é a arte de conquistar, manter e exercer o poder”, segundo


Nicolau Maquiavel, na obra “O Príncipe”;
- Democracia – Conceito atual;
- Atividade de veto e participação popular;
- Militância – grupos organizados na sociedade;
DESENVOLVIMENTO DOS ESTUDOS POLÍTICOS
- ARISTÓTELES – Pai da ciência política, dizia que a política é a ciência mais importante e
uma ferramenta para cuidar do bem-estar do povo. (384-322 a. C.), foi discípulo de Platão,
nascido na Macedônia, é autor de extensa obra em forma de grandes tratados;
- NICOLAU MAQUIAVEL – Autor da obra “O Príncipe”, onde afirma que “os fins justificam os
meios”; “o governo não deve ter preocupações morais ou éticas”; e “o importante não é a
realização geral, mas sim a realização pessoal”;
- BODIN – Autor da obra “República”. Para ele, a república significava Estado. Foi, talvez, a
primeira pessoa a falar em soberania;
- Soberania interna – Não há poder igual;
- Soberania externa – Não há poder maior;
- MONTESQUIEU – Autor de “O Espírito das Leis”. Para ele, a finalidade do Estado deveria ser
a de promover o bem comum;
- MONARQUIA – Poder exercido pelo monarca;
- REPÚBLICA – Poder exercido pelo povo ou por uma parte esclarecida do povo;
- DESPOTISMO – Poder exercido de maneira individual;
- Separação de Poderes – Uma maneira que Montesquieu criou para dificultar a posse única:
Executivo, Legislativo e Judiciário. É importante frisar, acerca do despotismo, que o déspota
não tem legitimidade;
- KARL MARX – “A economia é a mola de tudo”, dizia ele. (1818-1883). Incrementa o
materialismo. Identifica estrutura e superestrutura. Para ele, há uma grande relação entre
política e economia. O domínio dos meios de produção concede poder. Inclusive, Marx propõe
o domínio dos meios de produção nas mãos do proletariado.

TEORIA GERAL DO ESTADO


Disciplina que sistematiza conhecimentos jurídicos, sociológicos, políticos, históricos,
econômicos e psicológicos, buscando um aperfeiçoamento do Estado para atingir os seus fins
com eficácia e justiça;
Conceito de Dalmo Dalari – A palavra foi cunhada pela primeira vez em 1672 pelo alemão Ulric
Huber;

CLASSIFICAÇÃO DOS GRUPOS POLÍTICOS


Para que um animal sobreviva é preciso:
INSTINTO – Solidariedade (por exemplo, com os filhotes). Tentar ajudar ao outro em certas
circunstâncias;
COMUNIDADE – Veio primeiro, antes da sociedade. É um pequeno grupo de pessoas que têm
interesses iguais, solidariedade;
SOCIEDADE – Grupo político que surgiu com o crescimento da população. Tem o interesse
que haja uma boa vida em comum, mas não há plena solidariedade. Se preocupa com a moral,
direito;
ESTADO – Grupo político em que as pessoas são dominadas pelo Direito. Também envolve
instituições, ou seja, estrutura. É uma evolução da sociedade;
GRUPOS DE PRESSÃO / PARTIDOS POLÍTICOS – Grupo com a mesma ideologia.
Intermediação entre o Estado e o Povo. Pensa em chegar ao poder para impor as suas idéias

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para o bem comum (teoricamente). Mesmos interesses. Como exemplo de pressão, pode-se
citar a Igreja Católica.

CONCEITO DE SOCIEDADE
VISÃO ORGANICISTA – Original de Aristóteles e Platão. O indivíduo é mais do que a soma
das partes. Fazia analogias com o corpo humano. Visão condenada, que leva a regimes
tirânicos (de direita);
VISÃO MECANICISTA – Existe uma soma de indivíduos que elabora um grupo de idéias e
interesses próprios. É a mais aceita atualmente. Leva à democracia.

CONCEITO DE ESTADO
- Acepção Filosófica;
- Acepção Jurídica – O Estado é regulado por leis;
- Acepção Sociológica – Cada qual tem o seu papel social;

TÓPICOS ABORDADOS
- Filosofia – Hegel;
- Emmanuel Kant;
- Del Vecchio;
- Sociologia – Oppenheimes;
- Diguit;
- Shering;
- Max Weber;
- Família x Sociedade;
- Sociedade X Estado;
- MARX E ENGELS – O Estado é um fenômeno histórico passageiro oriundo da luta de classes
na sociedade;
- 1º Estágio – Estado natural, meios de produção comuns;
- 2º Estágio – Apropriação individual dos meios de produção. Estado social. Classe dominante
x classe proletária;
- 3º Estágio – Voltar ao estado natural. Comunização. Meios de produção comuns. Achava que
a solução deveria ser revolucionária.

FINS E FUNÇÕES DO ESTADO


- Manter a ordem interna;
- Proteger-se contra ameaças externas;
- Estado Clássico;
- Capitalismo e Socialismo.

ORIGEM DO ESTADO
- Deu-se nas cidades gregas;
- Apropriação individual dos meios de produção;
- Elementos constitutivos do Estado (Povo, Território e Poder/Soberania);
- Desaparecimento do Estado – Se perder qualquer um de seus elementos.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO:


- Teorias sobre a origem do Estado:
- Contratualistas – John Locke, Thomas Hobbes;

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- Não-contratualistas – família, força, economia, desenvolvimento social, Durkheim;


- Formas de Estado: Nômades, cidades-estado, império burocrático (China, Pérsia), feudal e
Estado moderno;
- O Estado oriental antigo: teocracia (deuses vivos, delegados divinos, investidura
providencial), escravagismo;
- A cidade-estado grega. O Estado romano: transformações
- O Estado grego: autarquia, auto-suficiência, não-expansão territorial, não-integração dos
vencidos;
- Estado Romano – gens Civita, patrícios;

- TEORIA CONTRATUALISTA – Conceitua que, em algum momento do decurso da História,


um grupo de indivíduos decidiu, por vontade própria, reunir-se para debater uma forma de
organização da estrutura social que promovesse o bem-comum;
- TEORIA NÃO-CONTRATUALISTA – Imagina diversas hipóteses: algo instintivo, como o
sentimento de solidariedade entre familiares, deu início ao Estado; a ação de um determinado
povo ao conquistar outros povos; a visão de Karl Marx, que intuía que através da formação de
excedentes houve a necessidade de organização; ou ainda o desenvolvimento social que
impôs essa nova necessidade.

- O Estado Medieval. Instituições Feudais. A Igreja Católica;


- Origem do Feudalismo;
- Características do Feudalismo;
- Igreja Católica;
- Declínio do Feudalismo;
- O Estado Nacional. O Absolutismo Monárquico;
- Características;
- Unificação de Estados;
- Jean Bodin, Thomas Hobbes.
- A revolução liberal. Estado de Direito. Constitucionalismo;
- Iluminismo;
- Liberalismo – Socialismo, democracia, social-democracia, estado-providência;
- Constitucionalismo.

TÓPICOS ABORDADOS NA AULA:


- Império Romano;
- Teodósio – Invasão dos bárbaros, corrupção
- Ocidente – Roma (476 d. C.);
- Oriente – Constantinopla (1453 d. C.);
- Bretanha;
- Gália;
- Hispânia;
- Preferência em invadir as cidades;
- Aristocracia romana e tribos germânicas (vilas);
- Partes do Império Romano dominadas por reis, príncipes;
- Rei;
- Nobre – extensão de terra – feudo;
- Agricultura de subsistência;
- Exército;
- No tempo do feudalismo a mobilidade social era praticamente nula;
- Estamentária – classes;

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- Senhor Feudal – nobres, generais;


- Servos;
- Clero;
- Camponeses – pequenas propriedades;
- Quem herdava o feudo era o primogênito, sendo que o segundo filho do Senhor Feudal faria
parte do clero;
- Igreja Católica;
- Constantino – Imperador Romano;
- 300 d. C.;
- Ele cultuou o Deus Sol durante toda a vida;
- Constantino decretou o catolicismo como religião oficial. Ele era o sumo pontíficie do
cristianismo;
- Naquele tempo havia uma “confusão” muito grande entre Igreja e Estado;
- O declínio do feudalismo – aconteceu por razões econômicas e políticas;
- Cruzadas;
- Crescimento espetacular da atividade comercial;
- Crescimento das cidades;
- Iluminismo;
- Enciclopedismo;
- Desenvolvimento científico;
- Constitucionalismo;
- Constituição;
- Limitar poderes do governante;
- Assegurar direitos dos indivíduos;
- Bill of Rights;
- Petition of Rights;
- Common Law – Sistema de tradição oral;
- Problemas do Estado Contemporânio;
- O Estado e o Capitalismo;
- Meios de Produção;
- Mercantilhismo;
- Capitalismo puro;
- Capitalismo misto;
- Anticapitalismo;
- Economia com planificação central;
- Influências do socialismo;
- Sindicalismo;
- Estado Social Democrata;
- LIBERALISMO – O homem declarou a sua própria independência. O hino era “laissez faire”.
Individualismo, cada um por si e o Estado com poderes mínimos.
- Meios de produção citados por Karl Marx: terra, capital e trabalho;
- Terra – O local, mesmo pequeno;
- Capital – Dinheiro e tudo o que ele pode comprar: equipamentos, utensílios;
- Trabalho – Assalariado ou não assalariado (escravo ou voluntário);
- Nas idéias de Karl Marx:
1. Comunismo – Os meios de produção pertenciam à comunidade. Estado ideal;
2. Capitalismo – “O grande mal”, conforme Marx;
3. Comunismo – Ele acreditava que, ao evoluir, voltaríamos para este patamar.

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CAPITALISMO
- Vem do latim “caput” (cabeça), porque a riqueza, anteriormente, era conceituada a partir da
quantidade de cabeças de escravos ou de gado;
- O surgimento da classe dos comerciantes;
- As corporações de ofício: formavam mestres;
- Capitalismo puro – os meios de produção são privados, quem escolhe o que vai produzir,
preço, mercadoria, é a propriedade privada;
- Capitalismo – mais-valia (lucro) e “escravização”;
- Anticapitalismo – Uma doutrina que considerava que o capitalismo deveria ser totalmente
banido da sociedade;
- Sistemas Econômicos;
- Meios de Produção – Ou ficam nas mãos dos indivíduos, nas mais do Estado ou nas mãos de
ambos.
- Meios de Produção – Indivíduos – Capitalismo puro;
- Meios de Produção – Estado – Socialismo (economia central) – Produzir só para si – Classe
dominante;
- Meios de Produção – Indivíduos e Estado – Capitalismo misto;
- Estado Social Democrata;
- Revolução do Proletariado;
- Revoluções Comunistas;
- Revoluções Socialistas.

- Weber: análise do catolicismo e do protestantismo;


- O valor mais importante do catolicismo é a pobreza, enquanto o do protestantismo é o
trabalho.

PROBLEMAS DO ESTADO CONTEMPORÂNEO


- O Estado e o Socialismo. Comunismo Soviético e Chinês;
- Socialismo;
- Comunismo Soviético;
- Comunismo Chinês;
- Marxismo;
- Revolução Proletária;
- Fim do Capitalismo;
- Marxismo-leninismo;
- Estado Socialista;
- Centralismo Democrático;
- Industrialismo massivo;
- Stalinismo;
- Planos qüinqüenais;
- Desenvolvimento Industrial;
- Socialismo de um só país;
- Trotskismo;
- Revolução Proletária Internacional;
- Ditadura do Proletariado baseada em Princípios Democráticos;
- Maoísmo;
- Marxismo-leninismo anti-revisionista;
- Anarco-comunismo;
- Estado e capitalismo são interligados;
- Devem existir sindicatos de trabalhadores e não partidos comunistas;

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- Comunismo cristão;
- Críticas ao socialismo.
- CAPITALISMO – Liberdade – desigualdade social; Tende a um sistema de social democracia;
- SOCIALISMO – Igualdade – ineficiência econômica; Tende a um sistema de capitalismo
parcial.
- Críticas ao Capitalismo e ao Socialismo: Economicamente o socialismo é um desastre.
Ademais, não há liberdades individuais aceitáveis.

- O Estado e o Fascismo. Nazismo. Populismo. Demagogia;


- Autoridade Carismática;
- Salvacionismo;
- Retórica;
- “A favor do povo, contra as elites”;
- Mudanças sociais e políticas urgentes;
- Apelo para preconceitos, medos, emoções e expectativas populares;
- Definição de demagogia para Mencken;
- Métodos;
- Demagogia: (demos + agein) / Populismo (“populos”);
- Nazismo;
- Origem do nome;
- A república de Weimar;
- Características do Nazismo;
- Reações estrangeiras;
- Fascismo;
- Origem do nome;
- Características;
- Terceira via entre capitalismo e socialismo;
- Nacionalismo com imperialismo expansionista.
DEMAGOGO – “É aquele que prega uma doutrina que ele sabe que é falsa para pessoas que
ele sabe que são idiotas”. Esta é a definição sintetizada por Mencker;
- Métodos usados pelos demagogos para manipular as massas:
- Misturar coisas diferentes;
- Falsa-autoridade;
- Demonização;
- Meia-verdade.
- O demagogo pode ser de direita (conservadores) e de esquerda (mudanças);
- “status quo” – situação atual.

NAZISMO
Vem do alemão “Nationalsozialimus” para os trabalhadores alemães. Regime político de
caráter totalitário da Alemanha, entre 1919 e 1933.
O nazismo era anti-parlamentarista; havia um partido único; pan-germanista (queria
transformar todo o mundo numa Alemanha); racista (acreditava na superioridade do ariano);
anti-semitismo (ódio aos judeus, que eram vistos como traidores que se aliavam aos inimigos
na ocasião da Iª Guerra Mundial); anti-comunista; o sistema econômico adotado demonstrava
uma grande característica demagógica, mas Hitler conseguiu melhorar bastante a economia;
Baseia-se na doutrina do nacional-socialismo, formulada por Adolf Hitler, que orienta o
programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP). A essência da
ideologia nazista se encontra no livro de Hitler, “minha luta”.

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FASCISMO
Sistema político-nacionalista, antidemocrático, liderado por Benito Mussolini (1883-1945), na
Itália.

O Estado e o Subdesenvolvimento. Regimes Militares.


- Subdesenvolvimento (conceito, origens e efeitos);
- Regimes militares (localização histórica, natureza e localização geográfica);
Intervencionismo e neoliberalismo. Democracia Social:
- Intervencionismo (político e econômico);
- Neoliberalismo;
- Liberalismo Clássico;
- Neoliberalismo (benefícios e críticas);
- Democracia Social (início; moderno; diferenças);

SUBDESENVOLVIMENTO – É um desenvolvimento mal produzido, mal conduzido. É um


conceito que aparece em contra-posição ao de desenvolvimento. Sua origem é um
colonialismo político e econômico, principalmente. Seus efeitos são: a concentração abusiva de
recursos nas mãos dos países desenvolvidos. Há também má-utilização dos recursos humanos
e naturais.
REGIMES MILITARES – Sob a ótica da contemporaneidade, ocorreram no período
compreendido entre os anos 50-80;
- Locais em que ocorreram (e ocorrem, em certos casos) regimes militares: Na América latina
(Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai), na África, na Ásia (extremo oriente);
INTERVENCIONISMO;
NEOLIBERALISMO – Depois do liberalismo veio o Estado do Bem-Estar Social e,
posteriormente, o Estado Assistencial. Nesse ínterim estava o Neoliberalismo.
- Características do Liberalismo – Propriedade privada, livre concorrência e estado mínimo;
- Características do Estado do Bem-Estar Social – Intervencionismo, pleno emprego;
- Características do Neoliberalismo – Propriedade privada, desregulação do marcado,
privatização e remoção de barreiras alfandegárias.
DEMOCRACIA SOCIAL – Pareto, ao pedir a significação exata do termo “democracia”, acaba
por reconhecer que “é ainda mais indeterminado que o termo completamente indeterminado
“religião” enquanto Bryce, dando-lhe a mais larga e indecisa amplitude, chega a defini-la, de
modo um tanto vago, como a forma de governo na qual “o povo impõe sua vontade de todas as
questões importantes”.
Churchill exclamava: “A democracia é a pior de todas as formas imagináveis de governo, com
exceção de todas as demais que já se experimentaram”.
Para Kelsen, a democracia é sobretudo um caminho: o da progressão para a liberdade.

REGIMES POLÍTICOS
- Elementos caracterizadores: Monarquia, aristocracia e democracia;
- Democracia: Formal e Substancial;
- Ditadura: Conservadora e Revolucionária;
- Sistema Social/Econômico: Imperial; Feudal; Mercantilhista; Capitalista; Socialista com
planificação central; misto; mudança política, revolução, reforma; movimentos sociais;
- Movimentos sociais – desordem; motim; manifestação/protesto; demonstração;
ocupação/piquete; greve; rebelião; tipos de rebelião (revolta, insurreição, guerra civil,
revolução, reforma, golpe e resistência).

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MONARQUIA – É caracterizada por uma dinastia, uma linhagem, na qual há vitalicidade e


hereditariedade. Outra característica é a irresponsabilidade do monarca caso faça algo
“errado”. A renovação ocorre quando há conspiração. Há concentração de poderes.

PENSAMENTO DE BOM RUIM


PLATÃO
Um Monarquia Tirania
Poucos Aristocracia Oligarquia
Muitos/todos República Democracia

Para Platão, um sistema político bom é aquele no qual os líderes almejam um bem comum. Já
um sistema político ruim é aquele no qual os líderes almejam somente o bem próprio;
ARISTOCRACIA – Envolve estirpe, títulos e benefícios. Esses benefícios poderiam ser terras,
isenção de produtos, exércitos ou milícias próprias. O governo é feito para favorecer os seus
próprios membros;
DEMOCRACIA – O povo tem acesso a direitos, como políticos (votar e ser votado; liberdade de
expressão); sociais (previdência, saúde, educação); econômicos (propriedade privada,
economia de mercado); individuais (liberdade, igualdade, intimidade, vida);
DITADURA – O governador ditava que deveria ser a lei;
Ditadura conservadora – Alguém entra no poder para evitar mudanças iminentes;
Ditadura revolucionária – Alguém insatisfeito com o sistema e busca assumir o poder mediante
uma ditadura.

SISTEMA SOCIAL / SOCIAL ECONÔMICO


ECONÔMICO
IMPERIAL Escravos, imperadores, Exploração de colônias
aristocratas, plebe, (tributos, remessas de
estrangeiros mercadorias),
exploração de escravos,
vilas (feudos);
FEUDAL Nobres, servos, Feudos auto-suficientes,
burguesia, reis comércio;
MERCANTILHISTA Nobres, reis, súditos, Saldo na balança
burguesia comercial, reserva de
metais nobres e pedras
preciosas;
CAPITALISTA Livre comércio
internacional, pouca
intervenção estatal;
SOCIALISTA Forte industrialização,
saldo das balanças
comerciais;
MISTO Capitalismo, intervenção
estatal.

MUDANÇA POLÍTICA

A LEGITIMAÇÃO não é unânime;

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- DESORDEM – Se caracteriza por ser caótica. Envolve agressão, violência física, vandalismo.
Se for “organizada”, deixa de ser desordem;
- MOTIM – Algum tipo de movimento no âmbito militar;
- MANIFESTAÇÃO;
- DEMONSTRAÇÃO – Passeatas, caminhadas;
- OCUPAÇÃO/PIQUETE – Ocupar lugares públicos;
- GREVE – Normalmente trabalhista;
- REBELIÃO – Envolve a desobediência da autoridade constituída;
- REVOLTA – De menor porte, mais localizada;
- INSURREIÇÃO – Está “lado-a-lado” com a guerra civil;
- GUERRA CIVIL;
- REVOLUÇÃO – Movimento de apoio da massas populares. Seria uma grande mudança.
- REFORMA – Quer fazer mudanças expressivas nas instituições.
- GOLPE – Usualmente feito por militares, milícias ou grupos armados. O golpe pode ser feito
por quem está no poder (por exemplo, o Estado Novo de Getúlio Vargas);
- RESISTÊNCIA – Movimento feito quando o seu país está ocupado por uma nação
estrangeira.

PARTIDOS POLÍTICOS
- Tipos de Democracia: direta, semidireta (referendum, plebiscito, iniciativa, revogação, recall);
representativo;
- Teorias da representação: duplicidade (voto restrito) e identidade (voto universal – mandato
imperativo);
a) Facções, grupos de pressão, partidos de quadro, partidos de massa;
b) Pluripartidarismo, bipartidarismo, monopartidarismo;
c) Representação profissional, classes sociais e partidos políticos;
d) Propaganda e opinião pública;
e) Partidos políticos no Brasil.

- burguesia x monarquia, aristocracia;


- interferência estatal mínima;
- direitos individuais;
- desfavor a partidos políticos;
- liberdade, igualdade, fraternidade.

LIBERALISMO DEMOCRACIA
Burguesia x monarquia, aristocracia Povo
Interferência estatal mínima Intervenção do Estado
Direitos individuais Direitos sociais e individuais
Desfavor a partidos políticos Multipartidarismo

FACÇÕES – Grupos que se preocupam com interesses particulares;


PARTIDOS DE QUADRO – Personalidades, líderes políticos, caudilhos. Interesses de grupos.
Governam em concorrência. Abertos.
PARTIDOS DE MASSA – Partidos de Ideologia, na direção de ruptura (pacífica ou com luta) do
sistema político. Monopólio-monopartidarista. Querem que os afiliados abandonem as suas
autonomias em proveito do grupo.
MONOPARTIDARISMO – Preferível pelo regime socialista;
BIPARTIDARISMO – Ao se colocar cláusulas de barreira, tende-se a esta situação;
PLURIPARTIDARISMO;

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PARTIDOS POLÍTICOS NO BRASIL


IMPÉRIO – liberal, conservador; republicano (radical), conservador.
REPÚBLICA VELHA – partidos não-nacionais; não havia obrigação de filiação partidária;
REPÚBLICA (1945) Código Eleitoral – Partido Nacional, obraigatoriedade de filiação partidária;
Golpe Militar (1964)
Constituição de 1967
ARENA – Braço forte com o Governo;
MDB – Visto com desconfiança pelos militares;
Inovações trazidas pela Constituição Federal de 1988.

ELEMENTOS ESSENCIAIS DO ESTADO

POVO – A razão de existir do Estado advém do ser humano. É o primeiro elemento. Pode ser
constituído de nacionais ou estrangeiros. No conceito jurídico/democrático, povo é encarado
como um conjunto de cidadãos.
Hannah Arendt menciona que a cidadania é o direito de ter direitos. Diga-se, de
passagem, que Jürgen Habermas também trabalhava muito com a noção de espaço público.
- Tópico abordado: Fatores formadores de nações;
- Nacionalidade jurídica originária – “jus soli” e “jus sanguinis”;
- Nacionalidade jurídica adquirida (secundária) – Anexação de território e naturalização;
- Apatria e heimolosia;
- Polipatridia;
OUTROS TÓPICOS ABORDADOS
- O Direito Internacional não tolera a apatridia;
- Exceção do “jus soli” no Brasil – filhos de diplomatas;
- Filho de brasileiro é brasileiro também, mesmo que nasça em outro país (jus sanguinis);
- Caso da União Européia;
- Caso da Moldávia;
- Caso de Portugal e dos Estados Unidos;
- De um país de língua portuguesa para o Brasil, a naturalização é concedida em um ano. Já
de um país de língua estrangeira para o Brasil, se dá em quinze anos;
- NATURALIZAÇÃO – A pessoa pode perder;
- NACIONALIDADE – Uma vez dada, há a proibição de ser retirada pelo Direito Internacional;
- Caso da Espanha e da Alemanha;
- RECOMENDAÇÃO DE LEITURA: Os Direitos do Homem e o Neo-liberalismo, de Gilmar
Antônio Bedin; Direitos Humanos e Não-Violência, de Guilherme Assis de Almeida;

ELEMENTOS FORMADORES DO ESTADO-TERRITÓRIO

TERRITÓRIO ARTIFICIAL

DIPLOMÁTICO NAVEGANTE (NAVIOS) VOLANTE (AVIÕES E


MARES)

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TERRITÓRIO NATURAL

TERRESTRE ESPAÇO SIDERAL AQUOSO AÉREO

SUPERFICIAL (SOLAR) SUBSOLO PLATAFORMA ALTO-MAR MARÍTIMO FLUVIAL


(SUBSOLAR) CONTINENTAL

MAR RIOS
TERRITORIAL NACIONAIS

ZONA RIOS
CONTÍGUA INTERNACIONA
IS
ZONA SUCESSIVOS
ECONÔMICA
EXCLUSIVA
CONTÍGUOS

OUTRA FORMA DE CLASSIFICAÇÃO

TERRITÓRIO

CONTÍNUO DESCONTÍNUO

VERDADEIRO FALSO

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU

ASSEMBLEIA GERAL – A principal instância da ONU, sobre a qual todas as demais giram. É
formada por todos os membros que aderiram à organização.
A ONU tem como objetivo manter a paz, defender os direitos humanos e as
liberdades fundamentais e promover o desenvolvimento dos países em escala mundial. A
organização atua em diversos conflitos por meio de suas forças internacionais de paz.
Atualmente se discute a necessidade de reformas na entidade. São membros 191 países, pois
Taiwan (Formosa) e Vaticano não são membros.

SECRETARIA GERAL – O Secretário-Geral das Nações Unidas (atualmente Ban Ki-Moon) é o


mais alto funcionário da ONU. Tem de exercer a sua atuação dentro do respeito da Carta das
Nações Unidas e dos princípios da independência e da imparcialidade.

CONSELHO DE SEGURANÇA – O mecanismo para o consenso é o veto no Conselho de


Segurança – um privilégio restrito a seus cinco integrantes permanentes: EUA, Federação
Russa, Reino Unido, França e China. Uma proposta do comitê de especialistas internacionais é
uma reforma geral na organização, com a ampliação do Conselho de Segurança, que passaria
de 15 para 24 membros. Quatro países reivindicam a participação permanente no Conselho:
Brasil, Alemanha, Índia e Japão. O órgão tem o poder de autorizar uma intervenção militar em
algum país.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA PÁGINA 13
FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – FDUFBA
CONTEÚDO DO CADERNO DE CIÊNCIA POLÍTICA – 2009.1

CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL – Tem 54 membros, eleitos pela Assembléia Geral por
um período de três anos. Este destina-se ao estudo de questões relativas à saúde,
organização econômica, direitos da mulher, varas internacionais de infância e vários outros
aspectos.

CONSELHO DE TUTELA – Cabe a ele a supervisão da administração dos territórios sob


regime de tutela internacional. As principais metas desse regime de tutela consistiam em
promover o progresso dos habitantes dos territórios e desenvolver condições de progressiva
independência.

CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA – É o principal órgão judiciário da ONU. Tem sede em


Haia, nos países baixos. Por isso também costuma ser denominada de Corte de Haia. Sua
principal função é de deliberar sobre disputas a ele submetidas por Estados.

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL – O objetivo é promover o Direito Internacional, e seu


mandato é julgar os indivíduos e não os Estados. Ele é somente competente para os crimes
mais graves cometidos por indivíduos (genocídios, crimes de guerra, crimes contra a
humanidade e talvez os crimes de agressão quando estes tiverem sido definidos).

OUTROS ÓRGÃOS DA ONU – A ONU possui 15 agências especializadas, que atuam em


áreas como finanças, agricultura, saúde, telecomunicações, entre outras. São elas: Banco
Mundial, Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação (FAO), Fundo
Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Fundo Monetário Internacional (FMI),
Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), Organização Internacional do Trabalho
(OIT), Organização Marítima Internacional (OMI), Organização Meteorológica Mundial (OMM),
Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), Organização Mundial de Saúde
(OMS), União Internacional de Telecomunicações (UIT), Organização das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Organização das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Industrial (UNIDO), União Postal Universal (UPU) e Organização Mundial de
Turismo (OMT).
A ONU mantém ainda escritórios, programas e fundos que trabalham para
melhorar as condições econômicas e sociais das populações.

UNIÃO DE ESTADOS

UNIÃO DE
ESTADOS

PESSOAL (Ex.: REAL (Ex.: Império CONFEDERA- COMUNIDADE DE


Bélgica e Congo Austro-húngaro) ÇÃO ESTADOS
Belga)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA PÁGINA 14
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FORMAS DE ESTADOS

ESTADO UNITÁRIO ESTADO FEDERAL ESTADO REGIONAL

CENTRALIZADO DESCENTRALIZADO

POLITICAMENTE

ADMINISTRATIVAMENTE

- Portugal é um exemplo de Estado Misto;


- Estado Regional – Dividido em regiões autônomas;

TÓPICOS ABORDADOS NA AULA

- Eclosão da Iª Guerra Mundial e a criação da Iugoslávia;


- Informações acerca da Sérvia, Kosovo e Hungria;
- Conflito entre o governo nacional Sérvio e a província húngara;
- Países que não compõem a União Européia – e os motivos;
- “Commonwealth”;
- “Francofonia” – Está muito mais para uma comunidade;
- CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa;
- Mercosul – Admite que indivíduos de seus países membros viajem unicamente com carteira
de identidade, ou seja, sem passaporte;
- CEI – Comunidade dos Estados Independentes – É muito mais uma aliança militar
problemática;
- OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte;
- Estado unitário tem-se aplicado para países pequenos ou de pequena população. Quando é
aplicado em um país extenso, pode ter um regime ditatorial;
- Vaticano (unitário centralizado) e Mongólia (unitário centralizado, devido à pequena
população e ao baixo PIB);
- PARAÍSO FISCAL – Impedimento de países deste tipo adentrarem na União Européia, como
a Áustria, a Suíça e o Mônaco;
- Partidos neo-nazistas – Descentralizados, discurso discriminatório voltado aos imigrantes,
xenofobia, não têm uma figura central;
- Análise do Sul e do Nordeste do Brasil;

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA PÁGINA 15
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CONTEÚDO DO CADERNO DE CIÊNCIA POLÍTICA – 2009.1

- Estado Regional é um modelo de regiões autônomas, com a diferença do Federalismo porque


cada departamento pode deter parcela diferenciada de poder;
- Caso de Portugal, Ilha de Açores e Ilha da Madeira;
- Caso da Grã-Bretanha: não aderiu ao Euro;
- Caso da Dinamarca: não aderiu ao Euro;
- Guiana Francesa: departamento francês;
- Caso do Tibete e da China;
- Caso de Taiwan (Formosa);
- Caso dos Países Baixos (Holanda).

- TÓPICO APRESENTADO NA AULA – FILOSOFIA POLÍTICA DOS DIREITOS HUMANOS;

- TÓPICO DISCUTIDO NA AULA – FUNDAMENTOS DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E


POLÍTICOS
- Declaração de Direitos da Virgínia;
- Classificação dos Direitos do Homem segundo T. H. Marshall;
- Classificação dos Direitos Civis, que constituem um elemento fundamental da democracia
moderna;
- As liberdades físicas visam garantir a fonte primária de Direitos ao homem, a integridade
física e a liberdade humana;
- As liberdades de expressão, que estabelecem uma garantia mínima de espaço público
democrático. É suprimida por regimes autoritários;
- A liberdade de consciência assegura o Direito que cada homem tem de seguir as suas
concepções. Está intimamente ligado às liberdades de expressão e de pensamento;
- O Direito da Propriedade Privada, que é um dos alicerces do sistema capitalista. Karl Marx e
seus seguidores analisavam os outros direitos apenas como reflexos deste. Foi (e é) o mais
polêmico de todos os direitos civis;
- O Direito da Pessoa Acusada, que transformam a pessoa acusada em um sujeito de direitos
assegurados;
- As Garantias dos Direitos, como o Mandado de Segurança e o habeas corpus;
- Os Direitos Políticos, que são tidos como direitos positivos;
- Direito ao Sufrágio Universal;
- O Direito de Constituir Partidos Políticos. Sendo os partidos políticos um fenômeno recente,
apesar que o Direito de constituí-los seja antigo;
- O Direito do Plebiscito, de Referendo e de Iniciativa Popular, que garantem maior participação
popular nas decisões políticas. São elementos importantes para o funcionamento da
democracia moderna.

- TÓPICO DISCUTIDO NA AULA – FUNDAMENTOS DOS DIREITOS ECONÔMICOS,


SOCIAIS E CULTURAIS

- História comentada – Antiguidade (cilindro de Siel); Idade Moderna (Iluminismo); Idade


Contemporânea (1945 – Carta das Nações Unidas) (1948 – Declaração Universal dos Direitos
Humanos);
- 1966 – Tratados sobre direitos humanos da ONU: Pacto Internacional dos Direitos
Econômicos, Sociais e Culturais;
- Direitos dos trabalhadores – sindicato, greve, 08 horas semanais em sua jornada, férias,
participação nos lucros das empresas, etc;
- OIT – Organização Internacional do Trabalho;

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA PÁGINA 16
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- Direitos Sociais: Os Direitos relativos ao homem consumidor: Direito à Seguridade Social,


Direito à Educação, Direito à Habitação;
- Lei nº. 8.078/1990 – Código de Defesa do Consumidor – Brasil;
- O Direito à Seguridade Social: Saúde, Previdência Social, Assistência Social às pessoas,
Brasil (CF/88 Arts 194 a 204);
- O Direito à Educação;
- Garantido no Século XVIII (1973 – Revolução Francesa);
- Direitos de Solidariedade;
- O Direito à Paz;
- O Direito à Auto-determinação dos Povos;
- COMENTÁRIO – Será que estamos sendo estudantes proativos em aplicar o que
aprendemos à sociedade?

- TÓPICO DISCUTIDO NA AULA – DIREITOS HUMANOS E NEO-LIBERALISMO

- Críticas aos direitos humanos: direita tradicional e posicionamento da esquerda;


- Obras de Hayec;
- Dicotomias fundamentais;
- Racionalismo construtivista / Racionalismo evolucionista;
- Ordem resultante da evolução (kosmos) / Ordem feita (taxis);
- Norma de conduta justa X Normas de Organização; Nomos X Thesis;
- Direito e Legislação, segundo Hayec;
- Direito seria visto como um conjunto de normas de conduta justa;
- Legislação seria visto como um conjunto de normas de organização;
- Direito Público e Privado, segundo Hayec;
- Ordem de Mercado (Catalaxia) / Justiça Social;
- Justiça (formal ou social);
- Ordem de Mercado ou Catalaxia – Conceito e Natureza;
- Justiça Formal X Ordem de Mercado = Harmonia;
- Justiça Social X Ordem de Mercado = Conflito;
- Crítica à Justiça Social: Sociedade ruma ao totalitarismo;
- Sociedades abertas X Sociedades planificadas;
- Críticas às Sociedades planificadas;
- Neoliberalismo no Mundo;
- Primeiro país a adotar: Chile, governado por Pinochet;
- Governo de Margaret Thatcher (Inglaterra);
- Dinamização da Economia;
- Governo de Tony Blair;
- Neoliberalismo no Brasil:
- Fernando Henrique Cardoso (1995-2002);
- Falência e venda de patrimônio de empresas;
- Multinacionais mais participativas no Brasil;
- Luís Inácio Lula da Silva
- Não muda a orientação da política econômica, que antecede o seu governo;
- Pagamento da dívida externa;
- A generalização da ilusão jurídica;
- Autores comentados: Meszáros; José Saramago; Boaventura de Sousa Santos; Norberto
Bobbio;
- Ao término, crítica ao “vazio” concernente ao pensamento dos Direitos Humanos.
- TÓPICO DISCUTIDO NA AULA – DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

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- Precedentes históricos dos Direitos Humanos;


- Conceito;
- Contexto no qual surgiu o Direito Internacional dos Direitos Humanos como forma
institucionalizada: Pós-Guerra; Possibilidade de destruição do Planeta;
- Carta de São Francisco (ou Carta da ONU – 1945): Primeiro Instrumento Normativo do Direito
Internacional dos Direitos Humanos; Proteção Universal dos Direitos Humanos;
- Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos: Influência liberal;
- Três Gerações de Direitos Humanos: Liberdade, Igualdade e Fraternidade;
- Outras convenções;
- Histórico da Proteção Internacional dos Direitos Humanos;
- Mecanismos de Proteção: Global e Regional;
- Direito Internacional dos Direitos Humanos – Fase Legislativa e Fase de Implementação;
- Comissão de Direitos Humanos (principal órgão supervisor) – Soberania Nacional X Proteção
Internacional dos Direitos Humanos; Regra do Esgotamento dos Recursos Internos; Artigo 20
(discorre acerca da investigação fact finding);
- Conferência – Teerã (1968) e Viena (1993);
- Especificidade Normativa do Direito Internacional dos Direitos Humanos: Diferenças do Direito
Internacional Público; Transformação da pessoa humana em sujeito de Direito; Positivismo
Jurídico;
- Lei Fundamental de Bonn (1949);
- Constituição Brasileira de 1988;
- Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948;
- Teoria Tridimensional do Direito e Não-Violência;
- Liberdade X Dignidade;
- Artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948;
- Não-violência: princípio normativo do Direito Internacional dos Direitos Humanos;
- Conclusões: Artigo I; Objetivo Principal do Direito Internacional dos Direitos Humanos; A
Democracia; Direito ao Desenvolvimento; A Organização das Nações Unidas.

- TÓPICO DISCUTIDO NA AULA – NÃO-VIOLÊNCIA E DIREITOS HUMANOS


(MANIFESTAÇÕES HISTÓRICAS E TEÓRICAS)

- O que é violência? – Conceito de Norberto Bobbio;


- Elementos que permitem a caracterização da violência;
- Definição de não-violência (não é uma resistência passiva, mas uma forma de agir);
- Immanuel Kant – À paz perpétua: uma ordem internacional não violenta;
- Artigos preliminares de Kant ligados aos Estados;
- Artigos definitivos do Direito necessários à instituição da paz perpétua: “ius civitatis”; “ius
gentium” e “ius cosmopoliticum”;
- O poder não-violento: Mahatma Ghandi;
- “A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável” Mahatma
Ghandi;
- Direito Internacional Humanitário;
- A organização responsável de aplicar Direito Internacional Humanitário é o Comitê da Cruz
Vermelha;
- As duas vertentes do Direito Internacional Humanitário: O Direito de Haia e o Direito de
Genebra;
- Os médicos sem-fronteiras;
- Artigo 49 da Convenção de Genebra;

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- Conflito em Biafra, Nigéria (1967) – Povos Ibas X Governo Central Nigeriano;


- Diferenças entre os Médicos sem-fronteiras e a Cruz Vermelha;
- Médicos sem-fronteiras no Brasil e Médicos sem-fronteiras no mundo;
- O humanismo transcendental de Luc Ferry;
- Razões para a Ação Humanitária – Motivação pela solidariedade; A noção do sagrado;
Divinização do ser humano; Humanismo transcendental;
- A não-violência como princípio jurídico.

ESTADO FEDERAL

- Federalismo – Dual e Cooperativo;


- Quanto à origem – Centrípeta e Centrífuga;
- O Federalismo no Brasil: O Papel do Senado;
- Federalismo é uma forma de Estado na qual há uma grande descentralização política e
administrativa. No Brasil, contudo, ainda persevera uma grande concentração de poderes pela
União. Foi criado em 1787, na Convenção da Filadélfia, Estados Unidos;
- História dos Estados Unidos e de seus principais estados federais;
- Por que alguns territórios dos Estados Unidos são quadriláteros?
- Federalismo em outros locais do planeta;
- Situação do Acre, no Brasil: história, atualidade, classificação;
- Extinção de um estado brasileiro;
- A Constituição permite a criação de novos territórios;
- História do Estado do Tocantins;
- Origem centrípeta;
- Origem centrífuga;
- Reclamações dos Estados à União: repasse da receita dos produtos e impostos para os
estados;
- Imposto sobre o Valor Agregado – IVA. Estudo dos Conceitos;
- Competência no sentido jurídico – aquele que tem o poder de fazer determinada tarefa;
- Nos Estados Unidos o sistema político e administrativo é bem mais centralizado do que no
Brasil;
- Para o Federalismo evoluir no Brasil seria imprescindível uma série de mudanças políticas;
- Corrupção em Salvador-BA: A construção do metrô; importância do TCU para combater a
corrupção;
- Proposta que a União administre a polícia no país para que haja equiparação salarial e
melhores equipamentos;
- Federalismo cooperativo é o modelo adotado pelo Brasil;
- Há resquícios de Federalismo dual nos Estados Unidos;
- O papel do Senado representando os Estados;
- Crise de representatividade do Senado;
- A busca do equilíbrio entre a Câmara dos Deputados e o Senado;
- Comentários sobre a proposta de terceiro mandato para reeleição do Presidente da
República;
- Importância do Supremo Tribunal Federal para análise de anti-constitucionalidade;
- Estudo da situação da França em respeito a reeleições;
- “O poder absoluto corrompe absolutamente”;
- O ser humano, quanto mais tem poder, mais tem a tendência de abusar do mesmo poder.

FORMAS DE GOVERNO

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- Monarquia – Absoluta; Executiva; Constitucional;


- República – “res publica” – “coisa do povo”;

CONCEITUAÇÃO DE ARISTÓTELES
FORMAS PURAS FORMAS IMPURAS
Monarquia Tirania
Aristocracia Oligarquia
Democracia Demagogia

- MONARQUIA – O líder do governo é escolhido aristocraticamente, ou por hereditariedade, ou


seja, sem a participação do povo;
- MONARQUIA ABSOLUTA;
- MONARQUIA EXECUTIVA;
- MONARQUIA CONSTITUCIONAL;
- Segundo Aristóteles – Formas Puras de Governo:
- MONARQUIA;
- ARISTOCRACIA;
- DEMOCRACIA.
- Segundo Aristóteles – Formas Impuras de Governo:
- TIRANIA;
- OLIGARQUIA;
- DEMAGOGIA.

- Situação do Parlamentarismo na Grã-Bretanha;


- História do Brasil: a Monarquia Executiva de D. Pedro;
- Abordagem das idéias de Platão: teoria das formas de governo;
- Abordagem das idéias de Aristóteles;
- Sistemas de Governo;
- Contraste em Unicameralismo e Bicameralismo;;
- A importância do Senado, justificada pelo Federalismo;
- Sistema semi-parlamentarista ou semi-presidencialista, por exemplo, França e Portugal;
- Alemanha, Itália e Israel – O Presidente detém apenas importância simbólica;
- Os atributos do Vice-presidente e sua função;
- Comentários acerca dos partidos políticos;
- SISTEMAS DE GOVERNO: PRESIDENCIALISTA, PARLAMENTARISTA E DITATORIAL
- Situação do Uruguai na atualidade – Aproximação com o Brasil devido ao Mercosul;
- Dica de livro de Ciência Política: Dalmo Dalari; Darcy Azambuja.

TÓPICOS DA OBRA RECOMENDADA: CIÊNCIA POLÍTICA, DE PAULO BONAVIDES

CAPÍTULO 04 – POPULAÇÃO E POVO

- Todas as pessoas presentes no território do Estado, num determinado momento, inclusive


estrangeiros e apátridas, fazem parte da população. [...] A população é um conceito puramente
demográfico e estatístico. Seu estudo científico tem sido feito pela demografia. (p. 68);
- Naturalmente, o significado político da população vai depender do correlato significado
econômico da mesma população no Estado. (p. 68);
- Dizia Malthus que a população crescia em proporção geométrica, ao passo que os gêneros
alimentícios aumentavam segundo regra aritmética, de modo que na linha do tempo, a

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constante, a tendência permanente vinha a ser a de alargar a brecha entre a capacidade de


manter as populações e a taxa de crescimento dessas mesmas populações.
Quando esse fosso se alarga demasiado, surgem então, segundo Malthus, as
guerras, as revoluções, as epidemias, as fomes devastadoras, para restaurarem, com a
violência do sacrifício imposto, o equilíbrio rompido. (p. 69);
- Em que se apóia fundamentalmente a crítica antimalthusiana? A ciência, por meio da técnica
adiantada e racional, técnica altamente aprimorada, pode produzir, com capacidade ilimitada,
quase infinita, os bens necessários à existência humana. (p. 70);
- O grande enigma consiste em criar na sociedade as formas políticas e sociais de aplicação da
ciência e da técnica. (p. 70);
- O tema populacional volveu, porém, a preocupar os cientistas sociais de nossa época numa
perspectiva que é agora imensamente mais ampla: não se trata somente de saber se haverá
comida suficiente, mas de conhecer como será a vida humana em face da explosão
populacional. (p. 70);
- O professor Eynern, da Universidade de Berlim, distiguiu quatro fases no quadro da
impressionante crise demográfica:
1. As taxas de natalidade e mortalidade se equiparam;
2. Se dá a queda da taxa de mortalidade em virtude dos progressos espetaculares na
medicina, na farmacêutica e no saneamento. Nesta segunda fase a taxa de nascimento
permanece alta e uma vez rompido o equilíbrio anterior verifica-se em conseqüência rápido
incremento populacional. (Ex.: povos da Ásia, África e de maior parte da América Latina);
3. A taxa de nascimento entra em declínio em decorrência de uma limitação racional do
número de filhos no casamento. A taxa de mortalidade continua, todavia, a diminuir. (Ex.
Japão);
4. Há a reaproximação das duas taxas: a da natalidade se situa um pouco acima da de
mortalidade e a tendência de crescimento se manifesta ligeiramente atenuada, a baixo nível,
restaurando-se, por conseguinte, uma situação que se assemelha à da primeira fase. (Ex.:
Estados Unidos) (p. 71-72);
- A taxa de incremento demográfico absorve toda a taxa de acréscimo da produtividade. As
conseqüências dolorosas são o rebaixamento contínuo das condições de vida dos povos
subdesenvolvidos. Há ainda uma “infra-estrutura onerosa” que faria fútil todo o esforço de
elevar “os níveis de conforto e bem-estar da população viva”. (p. 72);
- Aqueles que contestam o sistema capitalista vêem a possibilidade de contar com as futuras
massas famintas e impacientes como um aliado em potencial para movimentos revolucionários.
(p. 72);
- O maior incremento populacional ocorre nos países subdesenvolvidos, segundo a ONU. (p.
73);
- A situação dos países desenvolvidos é privilegiada, com todas as previsões indicando um
vertiginoso aumento do padrão de vida nas próximas décadas. Com elas ocorre o aumento da
produção econômica maior do que o da população. (p. 73);
- Os povos desenvolvidos dispõem não só de larga experiência como de um know how superior
no domínio tecnológico. Mas a coexistência com o subdesenvolvimento não desenha, todavia,
uma paisagem tão risonha para os desenvolvidos (p. 74);
- O conceito de povo pode ser estabelecido do ponto de vista político, jurídico e sociológico. (p.
74);
- O conceito de povo fora desconhecido à Idade Média. No Absolutismo o povo fora objeto,
com a democracia ele se transforma em sujeito. (p. 75);
- O princípio de povo teve início com o Estado Liberal, constitucional e representativo. Povo é
um quadro humano sufragante que assumiu capacidade decisória, ou seja, corpo eleitoral. (p.
75);

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- Escreveu Afonso Arinos: Povo é aquela parte da população capaz de participar, através de
eleições, do processo democrático, dentro de um sistema variável de limitações, que depende
de cada país e de cada época. (p. 75);
- Para o conceito jurídico salienta-se: “Com efeito, o povo exprime o conjunto de pessoas
vinculadas de forma institucional e estável a um determinado ordenamento jurídico” (p. 76);
- A cidadania é a prova de identidade que mostra a relação ou vínculo do indivíduo com o
Estado. É mediante essa relação que uma pessoa constitui fração ou parte de um povo. (p.
77);
- O “status civitatis” ou estado de cidadania define basicamente a capacidade pública de um
indivíduo, a soma dos direitos políticos e deveres que ele tem perante o Estado. Da cidadania,
que é uma esfera de capacidades, derivam direitos e deveres. (p. 77);
- Três sistemas determinam a cidadania:
O “jus sanguinis” – Determinação da cidadania pelo vínculo pessoal;
O “jus soli” – Determinação da cidadania pelo vínculo territorial;
Sistema misto – Admite ambos os vínculos. (p. 77);
- O conceito sociológico vê uma equivalência do povo com a nação. O povo é compreendido
como toda a continuidade do elemento humano, projetado historicamente no decurso de várias
gerações e dotado de valores e aspirações comuns.

CAPÍTULO 06 – DO TERRITÓRIO DO ESTADO

- Definiu Pergolesi o território como “a parte do globo terrestre na qual se acha efetivamente
fixado o elemento populacional, com exclusão da soberania de qualquer outro Estado”. Alguns
autores se têm limitado, todavia, a dizer que o território é simplesmente o espaço dentro do
qual o Estado exercita seu poder de soberania;
- Tem-se verificado, todavia, dúvidas quando se trata de indagar se o território é ou não um
elemento constitutivo do Estado;
- A reflexão acerca da importância do território se estende também à hipótese já formulada por
alguns juristas que procuram determinar se uma tribo nômade poderia ou não constituir um
Estado. Para Anschuetz, é decerto asseverar que sim.
- Indaga-se, ainda, se a preocupação bélica do território provoca ou não a extinção imediata do
Estado;
- São partes do território a terra firme, com as águas aí compreendidas, o mar territorial, o
subsolo e a plataforma continental, bem como o espaço aéreo;
- No domínio das relações internacionais figura como um dos problemas mais delicados e
complexos a delimitação das águas territoriais, ou seja, o chamado mar territorial, em virtude
da revisão de limites que numerosos estados têm feito recentemente, ampliando seu faixa
sobre a qual recai o poder de Império do Estado. Até mesmo uma doutrina já se estaria
formando na América Latina com que justificar a ampliação do mar territorial por alguns países,
aos quais o Brasil aderiu também em 1970, quando aumentou para 200 milhas o limite de suas
águas territoriais;
- Compreende-se por mar territorial aquela faixa variável de águas que banham as costas de
um Estado e sobre as quais exerce ele direitos de soberania;
- A extensão ou largura do mar territorial, segundo Monaco e Conssachi, se calcula a partir da
linha de baixa maré, acompanhando sempre a sinuosidade da costa;
- Chile, Peru, Equador, Argentina, Panamá, Nicarágua, El Salvador, Uruguai e Brasil
celebraram em maio de 1970, em Montevidéu, a Primeira Conferência Latino-Americana sobre
Direito Marítimo, ratificando nesse ensejo o direito dos Estados de estender os limites do mar
territorial para 200 milhas;

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- Da Conferência sobre o Direito do Mar, celebrada em Genebra a 29 de abril de 1958, por


iniciativa daquela organização internacional, resultaram quatro convenções sobre matéria
distinta, porém correlata: a) mar territorial e zona contígua; b) alto-mar; c) pesca e conservação
dos recursos biológicos do alto-mar; e d) plataforma continental;
- No Brasil, o decreto que dispôs acerca do novo limite de 200 milhas ressalvou o direito de
passagem inocente para os navios de todas as nacionalidades. E foi adiante, definindo a
passagem inocente: “O simples trânsito pelo mar territorial, sem o exercício de quaisquer
atividades estranhas à navegação e sem outras paradas que não as incidentes à mesma
navegação”;
- A concepção política e jurídica do território já o apresenta modernamente como um espaço
concebido de maneira geométrica em três dimensões, sob a forma de um cone;
- Já em julho de 1951, a Comissão de Direito Internacional da ONU admitia a plataforma
continental “como sujeita ao controle e jurisdição do Estado ribeirinho, mas somente para os
fins de explorar e aproveitar seus recursos naturais”;
- A soberania do Estado sobre o espaço aéreo estende-se em altitude até onde haja um
interesse público que possa reclamar a ação ou proteção do Estado;
- A questão, no entanto, continua em debate, visto que “nem os limites superiores do espaço
aéreo, nem os limites inferiores do espaço extra-atmosférico foram objeto de uma definição
geral;
- A conferência de Chicago, celebrada em 07 de dezembro de 1944, produziu regras
fundamentais observadas pela aviação civil internacional, tais como as relativas à liberdade de
vôo ou trânsito inofensivo de aeronaves civis, pelo território de um Estado, exceto o sobrevôo
de áreas eventualmente interditadas por motivos de segurança nacional ou presença de
instalações e fortificações militares;
- O princípio consagrado exclui a dominação do espaço cósmico pela soberania estatal. Com
essa área acontece algo que lembra o entendimento dominante acerca do alto-mar;
- Podemos, em suma, referir às seguintes disposições como parte do direito cósmico positivo
que a ONU intenta estabelecer: a) extensão ao domínio cósmico dos princípios e normas de
direito internacional gravados na Carta daquele organismo; b) interdição de experiências
nucleares no espaço cósmico; c) proibição de envio ao cosmos de artefatos portadores de
cargas nucleares ou armas de destruição em massa; e d) proibição de propaganda de guerra
no espaço cósmico;
- Admitem-se duas exceções ao poder de Império do Estado sobre o território: a
extraterritorialidade e a imunidade dos agentes diplomáticos;
- Segundo Ranelletti, a extraterritorialidade significa o seguinte: “uma coisa que se encontra no
território de um estado é de direito considerada como se estivesse situada no território de outro
Estado”;
- Tocante à imunidade, os agentes diplomáticos, em termos de reciprocidade, se acham
isentos do poder do império do Estado onde quer que venham ser acreditados;
- O primeiro tema que aqui se oferece é o de saber se o território entra por elemento
constitutivo do Estado, como algo que lhe seja de todo indispensável ou como elemento
meramente condicionante da existência do Estado;
- Observa-se que a doutrina de mais peso se inclina para a consideração do território como
elemento essencial ao conceito de Estado, a despeito das teses contrárias propugnadas por
Kelsen, Heinrich e Smend, tidas já por inválidas;
- As principais teorias que intentam determinar a natureza jurídica do território são: a Teoria do
Território-Patrimônio; a Teoria do Território-Objeto; a Teoria do Território-Espaço e a Teoria do
Território-Competência;
- A TEORIA DO TERRITÓRIO-PATRIMÔNIO – Temos aqui a Teoria mais antiga, de grande
voga na Idade Média, quando não se distinguia nitidamente o direito público do direito privado

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e se explicava a noção do território através do direito das coisas, confundindo-se o território


com a propriedade ou com outros direitos reais;
- A TEORIA DO TERRITÓRIO-OBJETO – É a teoria dos juristas que vislumbram no território o
objeto de um direito das coisas público ou de direito real de caráter público. Segundo os
adeptos dessa corrente, o direito do Estado sobre o seu território é direito especial, eminente,
soberano.
É o território posto na sua exterioridade, sobretudo na sua acepção corporal,
como coisa, como objeto frente ao Estado, que seria o titular, a pessoa do qual aquele estava
desmembrado, mas a cuja vontade ficava sujeito.
Considerando coisa o território do Estado, a soberania territorial se decompõe em
duas partes: uma negativa, outra positiva. A parte positiva encerra a competência do Estado de
empregar as terras ou o território para atender os fins estatais. A parte negativa, também
chamada face do direito internacional de soberania estatal, importa na exclusão do poder de
qualquer outro Estado sobre o mesmo território;
- A TEORIA DO TERRITÓRIO-ESPAÇO – O território do Estado nada mais significa que “a
extensão espacial da soberania do Estado”. O território é o “palco da soberania estatal”, o
âmbito espacial onde, ao lado da ação soberana, se desenrolam também as atividades
econômicas, sociais e culturais do Estado;
- A TEORIA DO TERRITÓRIO-COMPETÊNCIA – A teoria do território-espaço acabou por
desembocar na teoria do território-competência, obra dos juristas austríacos da chamada
Escola de Viena, que passaram a ver no território simplesmente um elemento determinante da
validez da norma, sobretudo em meio de localização da validez da regra jurídica. Admite de
modo especial um conceito jurídico de competência e de modo geral um conceito de validade
do direito.
Essa teoria se desdobra em duas acepções de território. A primeira, mais restrita,
faz do território a esfera de competência local, a “diocese do poder estatal”. A segunda encara
o território de maneira significativamente ampla, como âmbito de validez da ordem estatal,
como delimitação espacial da validez das normas jurídicas.

CAPÍTULO 07 – O PODER DO ESTADO

- Elemento essencial constitutivo do Estado, o poder representa sumariamente aquela energia


básica que anima a existência de uma comunidade humana num determinado território,
conservando-a unida, coesa e solidária;
- Autores há que preferem defini-lo como “a faculdade de tomar decisões em nome da
coletividade” (p. 106);
- Com o poder se entrelaçam a força e a competência, compreendida esta última como a
legitimidade oriunda do consentimento. (p. 106);
- Se o poder repousa unicamente na força, [...] será sempre um poder de fato. Se, todavia,
busca o poder sua base de apoio menos na força do que na competência, menos na coerção
do que no consentimento dos governados, converter-se-á então num poder de direito. O
Estado moderno resume basicamente a um processo de despersonalização do poder (p. 106);
- A nosso ver, a força exprime a capacidade material de comandar interna e externamente; o
poder significa a organização ou disciplina jurídica da força e a autoridade enfim traduz o poder
quando ele se explica pelo consentimento, tácito ou expresso, dos governados. Com respeito
ao poder do Estado, urge considerá-lo através dos traços que lhe emprestam a fisionomia
costumeira: a imperatividade e natureza integrativa do poder estatal, a capacidade de auto-
organização, a unidade e a indivisibilidade do poder, o princípio de legalidade e legitimidade e
a soberania (p. 107).

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PRESIDENCIALISMO E PARLAMENTARISMO

TÓPICOS ABORDADOS
- No parlamentarismo há uma coesão maior entre os poderes;
- Duplicação: chefe de Estado e chefe de Governo;
- Sistema semi-presidencialista e semi-parlamentarista
- No parlamentarismo os deputados podem perder o mandato a qualquer instante;
- É mais vantajoso ser deputado do que senador;
- A sua origem se deu na Grã-Bretanha. Contudo, atualmente, o sistema se aproxima mais do
presidencialismo. É quase que um governo imperial;
- Os ministros hão de ser as pessoas mais populares entre os partidos;
- A estrutura partidária interfere na estrutura do parlamentarismo;
- Majoritário – um único partido detém maior poder
Bipartidário – que mais concilia estabilidade com o povo;
Aliança – vários partidos no poder.
- Situação no Brasil caso o parlamentarismo fosse adotado;
- Mensalinho e Mensalão;
- O referendo sem um projeto pronto, algo concreto;
- Respaldo do impeachment no Brasil: melhorias atuais;
- O impeachment foi um “divisor de águas”;
- A principal melhoria na estabilidade da Itália adveio do seu contexto de inclusão na
Comunidade Econômica Européia;
- Diferenças entre o norte e o sul da Itália. As cidades italianas do norte são uma das mais ricas
do mundo;
- Presidencialismo – a sua essência foi montada nos Estados Unidos;
- Maradona incita os italianos, em Nápoles, a torcer contra a seleção italiana;
- Metrô de Salvador-BA – o menor metrô do mundo, com 6 km;
- Futura mobilização soteropolitana para a Copa do Mundo;
- Situação do Piauí – A saúde tem sido referência no Nordeste;
- Maranhão e as catástrofes naturais;
- Santa Catarina e as catástrofes naturais;

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