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Leituras indicadas:
- Um discurso sobre as ciências, de Boaventura Santos;
- O nó górdio epistemológico, de Andrea Sampaini;
- As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão, de Edgar Morin.
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- Karl Popper;
- Thomas Kuhn;
- Estado/ Função Governamental;
- Constituição – Dirigente e programática;
- O que é ciência?
- Ciência Jurídica = regra + princípio jurídico;
- Imperatividade;
- Abstração;
- Bilateralidade;
- Positivismo Jurídico;
- Hierarquia Normativa;
- Norma Jurídica;
- Teoria do Ordenamento Jurídico;
- Norma Hipotética Fundamental.
FILOSOFIA DA CONSCIÊNCIA
- PARADIGMA FILOSÓFICO DA MODERNIDADE;
- RELAÇÃO SUJEITO-OBJETO;
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IMMANUEL KANT
- Filósofo alemão que operou, na epistemologia, uma síntese entre o Racionalismo Continental
e a tradição empírica inglesa;
- Ele é famoso sobretudo pela elaboração do idealismo transcendental: todos nós trazemos
formas e conceitos a priori para a experiência concreta do mundo, as quais seriam de outra
forma impossíveis de determinar.
- A filosofia da natureza humana de Kant é historicamente uma das mais determinantes fontes
do relativismo conceptual que dominou a vida intelectual no século XX;
- No livro “Crítica da Razão Pura”, Kant desenvolve a noção de um argumento transcendental
para mostrar que, em suma, apesar de não podermos saber necessariamente verdades sobre
o mundo “como ele é em si”, estamos forçados a percepcionar e a pensar acerca do mundo de
outras formas, podemos saber com certeza um grande número de coisas sobre “o mundo
como ele nos aparece”;
- Na obra “Crítica da Razão Prática”, havia a análise da moralidade de forma similar ao modo
como a primeira crítica lidava com o conhecimento;
- Na obra “Crítica do Julgamento”, havia o trabalho sobre os vários usos dos nossos poderes
mentais, que não conferem conhecimento factual e nem nos obrigam a agir: o julgamento
estético e o julgamento teleológico – que conectam os nossos julgamentos morais e empíricos
um ao outro, unificando o seu sistema;
- A “Fundamentação da Metafísica dos Costumes” delimita as funções da ação moralmente
fundamentada e apresenta conceitos como o “Imperativo Categórico” e a “Boa vontade”;
- Os trabalhos de Kant são a sustentação e o ponto de início da moderna filosofia alemã. Ele
ainda elaborou alguns ensaios medianamente populares sobre história, política e a aplicação
da filosofia à vida;
- O método de Immanuel Kant é a “crítica”, isto é, a análise reflexiva. Consiste em remontar do
conhecimento às condições que o tornam eventualmente legítimo.
- Robert Kurz é um filósofo e ensaísta alemão com trabalhos que abrangem a área da teoria da
crise e da modernização, a análise crítica do sistema mundial capitalista, a crítica do iluminismo
e a relação entre a cultura e economia. Publica regularmente ensaios em jornais e revistas na
Alemanha, Áustria, Suíça e Brasil.
- TÓPICOS ABORDADOS PELO AUTOR
- Conceitos de liberdade e igualdade – slogans centrais do Iluminismo, apropriados pelo
liberalismo e – paradoxalmente – pelo marxismo e anarquismo;
- Espécie “bem determinada” de liberdade e igualdade;
- O raciocínio de Marx, dizendo que nem os trabalhadores nem os proprietários de capital e os
empresários seguem, do ponto de vista da produção, os princípios da ordem e obediência;
- Só na aparência a liberdade e a igualdade da circulação, por um lado, e a ditadura da
produção empresarial, por outro, se contradizem;
- A ascensão do mercado universal foi acompanhada pelo declínio dos produtores
independentes (camponeses e artesãos);
- A esfera da liberdade e da igualdade só existe de modo geral porque a esfera da não-
liberdade se constitui na produção;
- Nas relações pessoais predomina um determinado código dos sexos que implica às mulheres
uma relação de dependência estrutural, esmo que esta seja algumas vezes quebrada ou
modificada na pós-modernidade;
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- O caráter do capital como fim em si mesmo, isto é, fazer do dinheiro mais dinheiro e assim
acumular “riqueza abstrata” (Marx) em um progresso ao infinito;
- A liberdade e a igualdade da circulação não são nada mais que uma engrenagem para o fim
da “realização” do capital;
- A liberdade burguesa moderna possui, portanto, um caráter peculiar: ela é idêntica a uma
forma superior, abstrata e anônima de servidão. A emancipação social seria libertar-se dessa
espécie de liberdade, em vez que “realizá-la”;
- Liberdade e igualdade representam exatamente o que Adorno designou de “contexto de
cegueira”. Aliás, a esquerda também herdou tal cegueira, sem reconhecer que esses dois
ideais se restringem à esfera da circulação e sem enxergar o nexo interno de liberdade e não-
liberdade existente na modernidade;
- O problema não é “mostrar boa vontade” de maneira recíproca e individual, mas sim aplicar
com sentido, e não de forma destrutiva, as potências sociais;
- A emancipação social aparece então como mera conseqüência de uma utopia da liberdade e
igualdade do sujeito da circulação, supostamente “realizada” em pequenos grupos.
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- A realidade parece ter tomada definitivamente a dianteira sobre a teoria. Com isto, a realidade
torna-se hiper-real e parece teorizar-se a si mesma;
- Vivemos uma condição complexa: um excesso de realidade que se parece com um déficit de
realidade; uma auto-teorização da realidade que mal se distingue da auto-realização da teoria;
- A tradição da sociologia tem oscilado entre a distância crítica em relação ao poder instituído e
o comprometimento orgânico com ele, entre o guiar e o servir;
- Os desafios começam sempre por manifestar como perplexidades produtivas, sendo as cinco
seguintes as previstas a ocupar nos próximos anos:
- 1ª PERPLEXIDADE – Uma análise pelas agendas políticas dos diferentes países revela que
os problemas são, como nunca, de natureza econômica. Contudo, a teoria e a análise
sociológica dos últimos dez anos têm vindo a desvalorizar o econômico, em detrimento do
político, do cultural e do simbólico, têm vindo a desvalorizar os modos de produção em
detrimento dos modos de vida;
- 2ª PERPLEXIDADE – No nosso cotidiano raramente somos confrontados com o sistema
mundial e, ao contrário, somos obsessivamente confrontados com o Estado, que ocupa os
espaços midiáticos;
- 3ª PERPLEXIDADE – O indivíduo parece hoje menos individual do que nunca, a sua vida
íntima nunca foi tão pública. Será que a distinção indivíduo-sociedade é outro legado
oitocentista de que nos devemos libertar?
- 4ª PERPLEXIDADE – Iniciamos o século com clivagens sócio-políticas muito profundas, entre
o socialismo e o capitalismo, entre revolução e reforma, clivagens que, por tão importantes, se
inscreveram na tradição das ciências sociais. Chegamos, no entanto, ao fim do século com um
surpreendente desaparecimento ou atenuação dessas clivagens e com a sua substituição por
um não menos surpreendente consenso a respeito de um dos grandes paradigmas sócio-
políticos da modernidade: a democracia. Por um lado, se a democracia é hoje menos
questionada do que nunca, todos os seus conceitos satélites têm vindo a ser questionados e
declarados em crise. Por outro lado, se atentarmos na história européia desde meados do
século XIX, verificamos que a democracia e o liberalismo econômico foram sempre má
companhia um para o outro. Contudo, surpreendentemente, hoje a promoção da democracia a
nível internacional é feita conjuntamente com o neoliberalismo e de facto em dependência dele.
Haverá aqui alguma incongruência ou armadilha?
- 5ª PERPLEXIDADE – A intensificação da interdependência transnacional e das interações
globais faz com que as relações sociais pareçam hoje cada vez mais desterritorializadas.
Contudo, e aparentemente em contradição com esta tendência, assiste-se a um desabrochar
de novas identidades regionais e locais alicerçadas numa revalorização do direito às raízes. O
aumento da mobilidade transnacional inclui funômenos muito diferentes e contraditórios.
Acresce que a mobilidade transnacional e a aculturação global de uns grupos sociais parece
correr de par com o aprisionamento e a fixação de outros grupos sociais. Será que esta
dialética de territorialização/desterritorialização faz esquecer as velhas opressões?
- RESUMO DAS PERPLEXIDADES – Em condições de aceleração da história como as que
hoje vivemos é possível pôr a realidade no seu lugar sem correr o risco de criar conceitos e
teorias fora do lugar?
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- A linguagem se tornou, em nosso século, a questão central da filosofia. O estímulo para sua
consideração surgiu a partir de diferentes problemáticas: tanto na teoria do conhecimento, na
lógica, na antropologia e na ética;
- A linguagem se transformou em interesse comum de todas as escolas e disciplinas filosóficas
da atualidade;
- A “virada” filosófica vem a significar uma virada da própria filosofia, ou seja, uma mudança na
maneira de entender a própria filosofia e na forma de seu procedimento. Num primeiro
momento, isso significa uma nova maneira de articular as perguntas filosóficas. Foi de tal modo
intensa a concentração em questão da linguagem, que se chegou a identificar filosofia e crítica
da linguagem. Pouco a pouco se tornou claro que se tratava, no caso da “reviravolta
lingüística”, de um novo paradigma para a filosofia enquanto tal.
- A linguagem passa de objeto da reflexão filosófica para a “esfera dos fundamentos” de todo
pensar, e a filosofia da linguagem passa a poder levantar a pretensão do ser “a filosofia
primeira” à altura do nível da consciência crítica dos nossos dias;
- É impossível tratar qualquer questão filosófica sem esclarecer previamente a questão da
linguagem. Numa palavra, não existe mundo que não seja exprimível na linguagem. A
linguagem é o espaço da expressividade do mundo, a instância de articulação de sua
inteligibilidade;
- A reviravolta lingüística do pensamento filosófico do Século XIX se centraliza, então, na tese
fundamental de que é impossível filosofar sobre algo sem filosofar sobre a linguagem, uma vez
que esta é momento necessário constitutivo de todo e qualquer saber humano, de tal modo
que a formulação de conhecimentos intersubjetivamente válidos exige reflexão sobre sua infra-
estrutura lingüística.
- A filosofia primeira é a reflexão sobre a significação ou o sentido das expressões lingüísticas.
A superação da ingenuidade da metafísica clássica implica, hoje, a tematização não só da
mediação consciencial, como se fez na filosofia transcendental da modernidade enquanto
filosofia da consciência, mas também da mediação lingüística.
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- A teoria é a expressão da atitude puramente cognoscitiva que o homem assume perante uma
certa realidade e é, portanto, constituída por um conjunto de juízos de fatos, que têm a única
finalidade de informar os outros acerca de tal realidade;
- A ideologia é a expressão do comportamento avaliativo que o homem assume face a uma
realidade, consistindo num conjunto de juízos de valores relativos a tal realidade, juízos estes
fundamentados no sistema de valores acolhido por aquele que o formula, e que têm o escopo
de influírem sobre tal realidade;
- Concepção Hegeliana de Estado – Segundo esta concepção (dita do Estado ético), o Estado
não tem um puro valor técnico, não é um simples instrumento de realização dos fins dos
indivíduos (como é no pensamento liberal), mas um valor ético, é a manifestação suprema do
Espírito no seu devir histórico e, portanto, é ele mesmo o fim último ao qual os indivíduos estão
subordinados;
- A distinção entre teoria e ideologia do juspositivismo é importante porque ajuda a
compreender o significado da polêmica anti-positivista. Os críticos do positivismo jurídico vêm
de duas “praias” diferentes e se dirigem a dois aspectos diversos: de um lado, a corrente do
realismo jurídico e de outro a renascida corrente do jusnaturalismo. Esta critica os aspectos
ideológicos do juspositivismo e aquela critica os seus aspectos teóricos;
- O positivismo jurídico foi considerado como uma das causas que provocaram ou favoreceram
o advento dos regimes totalitários europeus e, em particular, do nazismo alemão;
- Podemos dizer que a ideologia típica de todo o positivismo jurídico, supostamente consiste
em afirmar o dever absoluto ou incondicional de obedecer à lei enquanto tal. É evidente que,
com tal afirmação, não estamos mais no plano teórico, mas no plano ideológico: não estamos
mais diante de uma doutrina científica, mas de uma doutrina ética do Direito;
- A afirmação do dever absoluto de obedecer à lei encontra sua explicação histórica no fato de
que, com a formação do Estado Moderno, não só a lei se tornou a fonte única do Direito, mas o
direito Estatal-Legislativo se tornou o único ordenamento normativo, o único sistema de
regulamentação do comportamento do homem em sociedade;
- O absolutismo ou incondicionalismo da obediência à lei significa para a ideologia positivista
que: a obrigação de obedecer à lei não é apenas uma obrigação jurídica, mas também é uma
obrigação moral. Ou seja, obediência não por constrição, mas por convicção;
- Entre a concepção juspositivista e a tradicional há uma diferença radical, que se manifesta na
última parte da fórmula por nós usada para definir o positivismo ético: “obediência às leis
enquanto tais”; o pensamento tradicional, em lugar disto, afirma o dever de obedecer às leis
enquanto justas, já que o requisito da justiça é parte integrante da definição do conceito de lei.
Em lugar disto, na definição da lei dada pelo positivismo jurídico não está compreendido o
requisito da justiça, mas somente o da validade;
- Como se justifica a concepção da obediência absoluta à lei, própria do positivismo ético?
1 – Concepção cética, ou melhor, realista da justiça: a justiça é a expressão da vontade do
mais forte, que procura o seu próprio proveito. Porém, como observa Rousseau, que no início
do seu Contrato Social critica essa concepção, não podemos afirmar o dever absoluto ou de
consciência de obedecer à lei;
2 – Concepção convencionalista da justiça: a justiça é o que os homens concordaram em
considerar justiça. Esta concepção, que já nasce não do ceticismo, mas do relativismo ético,
encontra sua expressão mais típica no pensamento de Hobbes;
3 – Concepção sagrada da autoridade: é a concepção segundo a qual o poder de mandar se
funda num carisma, vale dizer sobre uma investidura sagrada, divina. Conforme o sociólogo
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Max Weber, três são os modos nos quais, nas várias sociedades, se justifica o fundamento do
poder:
a) fundamento racional do poder. Inspira as teorias contratualistas e hoje se acha na base das
sociedades democráticas;
b) fundamento tradicional do poder. O poder se funda na força do costume, da tradição
histórica, obedecendo-se ao soberano porque pertence a uma dinastia que governa há muito
tempo;
c) fundamento carismático do poder. É precisamente este último caso da concepção sagrada
da autoridade;
4 – Concepção do Estado Ético: Pode ser considerada como a transposição em termos
racionais ou como a laicização da concepção sagrada da autoridade.
- Existem duas “versões” fundamentais do positivismo ético: a versão que podemos chamar de
“extremista‟ ou “forte” e que a podemos chamar de “moderada” ou “fraca”. Para o positivismo
ético, portanto, tem sempre um valor, mas, enquanto para sua versão extremista trata-se de
um valor final, para a moderada trata-se de um valor instrumental;
- A ordem, de fato, é o resultado da conformidade de um conjunto de acontecimentos a um
sistema normativo. A concepção da ordem como fim próprio do direito explica a importância
que o elemento da coação tem na doutrina juspositivista;
- Poder-se-ia objetar que o fim próprio do Direito não é a ordem, mas sim um fim superior: a
justiça;
- A justiça nada mais é do que a legalidade, isto é, respeito e correspondência à lei e, portanto,
ordem. Ação justa significa ação conforme à lei. Ainda assim, lei justa é aquela em
conformidade com uma lei superior (natural ou divina);
- sum cuique tribuere e neminem laudere: Instaurar a ordem e não destruir a ordem, eis o
significado desses dois princípios;
- A generalidade e abstração são característica peculiares à forma mais perfeita do direito – a
lei.
- Generalidade da lei: A lei é geral no sentido de que disciplina o comportamento não de uma
única pessoa, mas de uma classe de pessoas. Destarte, também realiza a igualdade formal.
- Abstração da lei: A lei é abstrata no sentido de que comanda não uma ação singular, mas
uma categoria de ações. Destarte realiza a certeza jurídica.
- O positivismo jurídico conduziu uma áspera polêmica contra as fontes do Direito diferentes da
lei, pois sustentava que essas fontes não garantiam esses dois requisitos do Direito, igualdade
formal e certeza.
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