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Pioneiro 1
Estratigráfico 2
Extensão 3
Pioneiro adjacente 4
Jazida mais rasa 5
Jazida mais profunda 6
desenvolvimento 7
Injeção 8
Especial 9
MÉTODOS DE PERFURAÇÃO
MÉTODO ROTATIVO
Neste método uma broca fragmenta a rocha comprimida e girada sobre ela, os cascalhos
são levados ate a superfície por um fluido, o fluido de perfuração que é bombeado por
dentro da coluna e retorna pelo espaço anular entre a coluna e o poço. O peso sobre a
broca é aplicado através de tubos pesados (drill collars), colocados logo acima da broca.
Há vários meios de se impor rotação à broca: girando toda a coluna de perfuração
através da mesa rotativa, girando toda da coluna de perfuração através do top drive ou
girando apenas a broca através de um motor de fundo.
BROCAS DE PERFURAÇÃO
Brocas de diamantes naturais: Até cerca de vinte anos atrás as broas deste tipo eram
consideradas exclusivas de para perfuração de rochas duras e abrasivas, explorando as
conhecidas propriedades dos diamantes: altíssima dureza, resistência compressiva e
condutividade térmica. Entretanto, com os avanços no projeto, nos processos de
fabricação e na escolha dos diamantes, esta broca esta sendo usada atualmente na
perfuração de vários tipos de rocha.
No método mais comum de fabricação destas brocas, diamantes são colocados na
superfície interna de um molde oco (de grafite) com a configuração do corpo da broca.
Em seguida, é colocada uma haste vazada de aço no centro do molde, preenchendo-se
com carbureto de tungstênio em pó o espaço entre o molde e a haste. O carbureto é
então infiltrado com uma liga metálica (normalmente cobre) num forno sujeito a
temperaturas de 1050 ºc a 1170 ºc, formando o material que constitui o corpo da broca.
Após este processo de formação da matriz uma haste adicional de aço é soldada à
primeira para formar, após usinagem, a rosca do broca.
Quando esta broca é operada apropriadamente, apenas os diamantes entram em contato
com a formação, criando um pequeno espaço entre a rocha e o corpo da broca. O fluído
de perfuração passa por um orifício no centro da broca e por sulcos moldados em sua
face. Estes sulcos são estreitos de modo a forçar parte do fluido de perfuração a escoar
pelo espaço entre a rocha e a matriz, limpando e resfriando os diamantes.
SISTEMAS DE SUPERFICIE
Sistemas de geração e transmissão de energia: Neste sistema é o coração de uma sonda
de perfuração. A energia gerada pelo sistema é basicamente usada para três operações
fundamentais; rotação da coluna, movimentação vertical da coluna e circulação de
fluidos de perfuração.
Sistema de movimentação de cargas: No método rotativo a coluna é movimentada
através de cabo de perfuração e dois conjuntos de polias: um estacionário no topo da
torre ou mastro – o bloco de coroamento – e outro móvel – a catarina. A coluna se eleva
quando é acionado o tambor do guincho onde se enrola o cabo de perfuração.
Sistema de rotação: Nas sondas convencionais a coluna de perfuração é girada pela
mesa rotativa localizada na plataforma da sonda. O torque é transmitido a um tubo de
parede externa poligonal – a Kelly – que fica enroscado à coluna de perfuração
Nas sondas equipadas com top drive a rotação é transmitida diretamente ao topo da
coluna de perfuração por um motor acoplado à catarina. O conjunto desliza em trilhos
fixados a torre, onde o torque é absorvido.
Quando perfuramos com motor de fundo, colocado logo acima da broca, o torque é
gerado pela passagem de fluido de perfuração. Este motor pode ser de deslocamento ou
de turbina.
Sistema de circulação: São equipamentos que permitem a circulação do fluido de
perfuração, cuja função básica é transportar os cascalhos geados pela broca para a
superfície.
Este se compõe em geral, de uma fase líquida (água ou óleo) e sólidos dispersos (argila,
baritina, etc.). Para o bombeio deste fluido existem as chamadas bombas de lama, os
tanques de tratamento e sucção além de dos equipamentos estratores de sólidos ou
incorporados.
Fluidos de perfuração: As principais funções dos fluidos de perfuração são:
Limpar o fundo do poço dos cascalhos gerados pela broca e carrega-los para a
superfície;
Exercer uma pressão hidrostática em frente às rochas de subsuperficie de modo a evitar
a entrada de fluidos indesejáveis e o desmoronamento das paredes;
Resfriar e lubrificar a coluna de perfuração e a broca;
Alterar as propriedades da rocha produtora que impliquem em restrições ao fluxo de
hidrocarbonetos;
Minimizar a corrosão dos equipamentos de perfuração com que tem conato;
Quanto a sua composição pode e existem vários tipos diferentes, pois são desenvolvidos
de acordo com cada situação.
Figura extraída da apostila do programa de formação da Petrobras “perfuração de
poços” autor Heitor Rodrigues de Paula Lima(RH/UP/ECTEP).
Os fluídos mais usados são à base de água, a perfuração a base de óleo, quando
comparados com os de água, são geralmente mais caros e necessitam de maior controle
de riscos ambientais.
Sistemas auxiliares: São os equipamentos que dão apoio aos sistemas anteriores:
compressores para alimentar a rede pneumática da sonda; geradores de corrente
alternada, para alimentação dos alojamentos e iluminação da sonda.
Não existe poço rigorosamente vertical, pois o poço desvia-se naturalmente da vertical.
Estes desvios devem ser quantificados e, se ultrapassarem certos limites de inclinações,
normalmente 5º, ações corretivas devem ser implementadas no sentido de reduzir a sua
inclinação. Poços verticais que se desviam bastante da vertical trazem problemas de
mapeamento de sub superfície e podem atingir a profundidade final em uma posição
bastante afastada do objetivo desejado. Estes poços são denominados tortuosos.
Existem várias causas que determinam à perfuração de um poço tortuoso. As mais
importantes são a variação das características das formações (dureza, inclinação, etc.),
mudança brusca no peso sobre a broca, diâmetro de poço grande para os comandos
usados, perfuração com coluna não estabilizada e desbalanceamento dos parâmetros de
perfuração (peso sobre broca e rotação). A mudança brusca na trajetória do poço traz
sérios problemas à perfuração, tais como:
1. Desgaste por fadiga dos tubos de perfuração devido às tensões cíclicas causadas pela
rotação do tubo num trecho de desvio excessivo;
2. Formação de chavetas, que são sulcos que aparecem no trecho de desvio excessivo,
devido às ações de compressão e rotação dos tubos na parede do poço. No momento da
retirada da coluna, os comandos podem ficar retidos nestes sulcos causando uma prisão
de coluna;
3. Dificuldade na descida de colunas de revestimentos.
CONTROLE DE KICKS
Um kick é a invasão de um poço por fluídos da formação que esta sendo perfurada, ou
de alguma outra já perfurada, porém não isolada do poço.
É um evento indesejável que, se não for adequadamente controlado, pode levar a perda
de controle do poço, caracterizado por fluxo descontrolado de fluidos na superfície, o
chamado blowout, que traz riscos de incêndio e perdas de todo o tipo.
A severidade de um kick, isto é, a dificuldade para controlá-lo, cresce com o aumento
da diferença entre a pressão de poros da formação e com o aumento do volume de
fluido que invade o poço, o volume ganho. Veremos brevemente algumas de suas
causas e como controla-lo:
Um kick ocorre sempre que a pressão no poço, em frente à formação permeável, for
menor que a pressão de poros dessa formação; esta é a causa básica dos kicks,
chamaremos, porém, de causa dos kicks as situações que fazem com que aquela
condição para ocorrência dos kicks exista, as principais são:
Perda de circulação (perde-se o fluido injetado para vazios ou fraturas abertas nas
formações, podendo ser parcial ou total).
Pistoneio (ocorre durante a movimentação para cima da coluna).
Gás dos cascalhos perfurados ou fluidos cortado por gás (ocorre um kick mais freqüente
em poços rasos).
TESTEMUNHAGEM
TESTE DE FORMAÇÃO
PERFILAGEM
É a operação realizada após a perfuração de uma fase do poço para obter uma imagem
visual de uma ou mais características (ou propriedades) de uma formação em relação à
profundidade. Tais imagens - perfis elétricos são obtidos através de um aparelho de
perfilagem (sonda) descido a cabo até a profundidade de interesse. As propriedades
medidas podem ser elétricas (resistividade elétrica, potencial eletroquímico natural),
acústica (tempo de trânsito de ondas sonoras) e radioativas (radioatividade natural
induzida).
Através da interpretação dos dados de perfis podemos conhecer a temperatura e a
geometria do poço e a estrutura adjacente, e estimar a porosidade, litologia e
resistividade das rochas e a resistividade da água dentro das formações, identificar os
fluidos das formações e calcular a saturação de óleo, caso acorra.
Os serviços de perfilagem são executados por companhias especializadas contratadas,
sendo seu acompanhamento normal feito por um geólogo. Os perfis com maior interesse
para a perfuração são aqueles que indicam a geometria do poço, sua temperatura e a
aderência do cimento. Em casos de prisão da coluna de perfuração, a unidade de
perfilagem pode posicionar e detonar explosivos, visando o desenroscamento da coluna.
Os tipos de perfis são: raios gama – GR; neutrônico – NPHI; indução – ILD; sônico –
DT; densidade – RHOB; existem outros perfis, com aplicações mais diversas, todos
com o objetivo de melhor avaliar as formações geológicas. A perfilagem pode assim
como o teste de formação ser realizado a poço aberto ou revestido.
COLUNAS DE REVESTIMENTO
CIMENTAÇÃO
Ex: Poço horizontal Poço multilateral Poço jazida mais rasa e mais
profunda.
A) ELEMENTOS E PLANEJAMENTO DE UM POÇO DIRECIONAL
TIPO I - Neste tipo, o ponto de desvio é raso e o trecho inclinado prossegue até atingir o
objetivo.
B) INSTRUMENTOS DE ORIENTAÇÃO
Single Shot – Este instrumento é lançado por dentro da coluna, indo se alojar em um
comando especial conhecido como ¨K-Monel¨, de material não magnético, acima da
broca para registrar, numa única foto, a direção e a inclinação do poço, conseguidos
através de uma bússola e um pêndulo, respectivamente. Após a tomada da foto, o
instrumento é retirado a cabo para interpretação da leitura na superfície.
Multishot – Ao contrário do Single Shot, que registra apenas uma foto de cada vez, este
instrumento registra um número grande de fotos por possuir um pequeno filme
fotográfico. O instrumento é descido pelo interior da coluna até alojar-se no¨K-Monel¨.
Giroscópio – Neste instrumento, a bússola é substituída por um giroscópio. Ele é
utilizado em situações nas quais existem interferências magnéticas, como é o caso de
poços revestidos.
Atualmente existem ferramentas que permitem o registro contínuo e instantâneo da
inclinação e da direção do poço. Um deles, conhecido como MWD (Measurement
While Drilling), envia as informações de inclinação e direção através do fluido de
perfuração, em forma de pulsos de pressão, que são captados e interpretados na
superfície. Num outro tipo, o Steering Tool, a um cabo elétrico transmite as
informações desejadas durante a fase em que o motor de fundo ou turbina é utilizado.
C) OPERAÇÃO DE DESVIO
PERFURAÇÃO MARÍTIMA
As primeiras unidades de perfuração marítima (UPM) eram simplesmente sondas
terrestres montadas sobre uma estrutura para perfurar em águas rasas. Eram empregadas
as mesmas técnicas utilizadas em terra, que funcionaram com sucesso por algum tempo.
Mas a necessidade de se perfurar em águas mais profundas fez surgir novos tipos de
equipamentos e técnicas especiais orientadas especificamente à perfuração marítima.
TIPOS DE UNIDADES
Plataformas Auto-eleváveis: São constituídas por uma balsa equipada com estruturas de
apoio, ou pernas, que mecanicamente ou hidraulicamente movimentam-se para baixo
até atingirem o fundo do mar, em seguida inicia-se a elevação da plataforma acima do
nível do mar fora da ação das ondas.
São plataformas móveis, sendo transportadas por rebocadores ou com propulsão
própria, destinadas à perfuração de poços exploratórios na plataforma continental, em
lâminas d’água que variam de 5 a 130 metros.
Plataformas Submersíveis: Constam de uma estrutura montada sobre um flutuador.
Utilizadas basicamente em águas calmas, rios e baías com pequena lâmina d’água. São
deslocadas com o auxílio de rebocadores. São lastreadas no fundo do mar.
PLATAFORMAS FLUTUANTES