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ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO
Segundo o sistema de avaliação da disciplina, os alunos devem apresentar relatório referente a
cada aula prática realizada. Os relatórios são trabalhos em grupo e devem ser entregues nos
prazos estabelecidos. Vale ressaltar que os membros da equipe só terão nota se participarem
efetivamente da prática.
2 – Objetivos do experimento
Devem ser formulados de forma direta e com o verbo no infinitivo.
3 – Introdução teórica
É uma fundamentação teórica sobre os experimentos a serem realizados. Para tanto, será
necessário uma pesquisa bibliográfica.
ATENÇÃO!!! A introdução teórica não é uma copia da introdução do roteiro de prática.
4 – Parte experimental
É dividido em: a) Material utilizado (aparelhagens, vidrarias, reagentes e materiais diversos); b)
Procedimento, onde se descreve todas as etapas realizadas.
5 – Resultados e discussões
Todos os resultados e tratamento de dados devem ser indicados e discutidos nesse tópico,
sendo que a discussão deve estar relacionada com a pesquisa realizada na introdução teórica. As
medidas e os dados obtidos devem ser organizados em forma de tabela e/ou gráficos. Quando
houver cálculos, estes devem constar nesse item.
7 – Anexos
Deve-se incluir neste item o questionário (incluindo as perguntas), ilustrações (quando
necessário), curiosidades ou outro item solicitado pelo professor em momento oportuno.
8 – Bibliografia
Deve constar neste tópico todas as referências bibliográficas utilizadas para a confecção do
relatório, inclusive do roteiro de prática, seguindo as normas da ABNT. Para tanto, está disponível
na página da Unifacs um link de serviços que inclui a biblioteca.
Neste link o aluno encontrará um manual de normalização para apresentação de trabalhos
acadêmicos. Não indicar no relatório sites que não são confiáveis!
O laboratório de química é um local empregado para obtenção de dados sobre certo processo ou
sistema químico. O emprego adequado dos recursos que oferecem um laboratório pode
possibilitar a observação de vários fenômenos. Durante o curso, normalmente será necessária a
manipulação de reagentes e equipamentos, que quando inadequadamente manuseados, podem
se tornar perigosos. Ao realizar experimentos, atentar para as precauções e medidas de
segurança que devem ser tomadas para o uso desses materiais, visto que, a ocorrência de
acidentes em laboratório, infelizmente, não é tão rara como possa parecer.
Para evitar acidentes no laboratório de Química, é necessário ler com atenção e seguir algumas
NORMAS DE SEGURANÇA antes de realizar qualquer trabalho experimental. É fundamental estar
consciente dos riscos que todos estão expostos ao desenvolver atividades no laboratório. O
trabalho exige o máximo de atenção, concentração e responsabilidade.
1. Usar óculos sempre que necessário. Lentes de contato não deverão ser
usadas sob qualquer pretexto.
3. Não manipular ou provar qualquer substância no laboratório. Isto se aplica aos alimentos,
refrigerantes, reagentes e substâncias de qualquer espécie. Observar que o laboratório não é
refeitório.
5. Cabelos longos deverão estar presos para evitar acidentes. Não é recomendado o uso de anéis
e colares.
10. Lavar as mãos após eventual contato com as substâncias e ao sair do laboratório.
14. Ter cuidado com o manuseio de vidraria. O vidro é frágil e fragmentos de peças quebradas
podem ocasionar ferimentos sérios.
15. Nunca olhar diretamente para dentro de um tubo de ensaio ou outro recipiente onde esteja
ocorrendo uma reação, pois o conteúdo pode espirrar nos seus olhos. Ao aquecer um tubo de
ensaio faça com movimentos circulares e não volte a boca deste para si ou para uma pessoa
próxima.
16. Nunca realize reações químicas nem aqueça substâncias em recipientes fechados.
17. Tenha cuidado com o bico de gás. Não o deixe aceso desnecessariamente. O PERIGO DE
INCÊNDIO É REAL!!!. Evitar vazamentos de gás, fechar a torneira e o registro geral ao final do
trabalho.
18. Ter cuidado com os equipamentos elétricos, verificar sua voltagem antes de conectá-los.
SOLVENTES INFLAMÁVEIS:
Muitos solventes usados no laboratório químico como ACETONA, BENZENO, ETANOL, ÉTER
ETÍLICO, ÉTER DE PETRÓLEO, HEXANO, METANOL, HEPTANO, GASOLINA, TOLUENO,
PENTANO, CICLOHEXANO, etc., são inflamáveis. Portanto, para realizar a transferência de
solventes certificar que o mesmo se encontra a uma distância segura de qualquer chama aberta;
quando possível, realizar essa operação dentro de uma capela. Após retirar a quantidade
necessária de solvente, feche bem o frasco e guardá-lo em lugar adequado.
Podem causar ferimentos com sérias seqüelas na pelo ou nos olhos. Portanto, seu contato com a
pele dever ser terminantemente evitado. Algumas substâncias muito cáusticas utilizadas no
laboratório:
- OUTRAS SUBSTÂNCIAS: BROMO (Br2), METAIS ALCALINOS (Na, Li, K), PENTÓXIDO DE
FÓSFORO (P2O5), ETC.
Certas reações químicas exotérmicas (que liberam calor) podem ocorrer de forma violenta ou até
explosiva, caso sejam realizadas com substâncias concentradas e sem as devidas precauções,
tais como:
a) Ler, com antecedência, e com bastante atenção, o roteiro dos experimentos antes da sua
execução.
b) Elaborar um fluxograma referente ao roteiro da prática em questão para ser apresentado
ao seu professor antes do início dos experimentos.
INCÊNDIO
É um acidente provocado pelo fogo, o qual, além de atingir temperaturas bastante elevadas,
apresenta alta capacidade de se conduzir, fugindo ao controle do ser humano. Nesta situação se
faz necessária a utilização de meios específicos a sua extinção. Os incêndios são classificados em
quatro classes:
CLASSE A
CLASSE B
Compreende os materiais inflamáveis, ou seja, produtos que queimam somente em sua superfície,
não deixando resíduos, como os líquidos petrolíferos e outros líquidos inflamáveis (óleo, graxas,
tintas, vernizes, etc.). Para sua extinção, usa-se o sistema de abafamento (extintor de espuma).
CLASSE C
CLASSE D
Compreende os incêndios ocasionados por elementos pirofóricos, ou seja, elementos que iniciam
a combustão espontaneamente com o ar, como zircônio, titânio, dentre outros.
Como usar um agente extintor de incêndio classe A
Agentes Extintores
Classes de Incêndio Gás
Água Espuma Pó Químico Carbônico
(CO2)
A Madeira, papel, tecidos etc. Sim Sim Sim* Sim*
B Gasolina, álcool, ceras, tintas etc. Não Sim Sim Sim
C Equipamentos e Instalações elétricas
Não Não Sim Sim
energizadas.
D Elementos pirofóricos. Não Não Sim Não
* Com restrição, pois há risco de reignição. (se possível utilizar outro agente)
De uma maneira simplificada, podemos associar o fogo à figura geométrica abaixo, um tetraedro,
cujos lados, de igual tamanho entre si, atribuem aos elementos que o compõem, igual importância
à produção ou manutenção do fogo. Neste caso, o fogo só existirá se os quatro elementos
representados na figura, combustível, comburente, calor e reação em cadeia, se combinarem em
proporções adequadas.
Agente extintor é todo material que, aplicado ao fogo provoca uma descontinuidade em um ou
mais lados do tetraedro do fogo, alterando as condições para que haja fogo.
Combustível
É toda a matéria susceptível à combustão, existente na natureza nos estados sólido, liquido e
gasoso. De maneira geral, todas as matérias são combustíveis a uma determinada temperatura,
porém, para efeito prático, foi arbitrada a temperatura de 1000ºC como um marco divisível entre os
materiais considerados combustíveis (entram em combustão a temperaturas iguais ou inferiores a
1000ºC) e os incombustíveis (entram em combustão a temperaturas superiores a 1000ºC).
Comburente
São elementos químicos capazes de alimentar o processo de combustão, dentre os quais o
oxigênio se destaca como o mais importante, por ser o comburente obtido de forma natural no ar
atmosférico que respiramos, o qual é composto por 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de
outros gases. Para que haja uma combustão completa é necessário que a porcentagem de
oxigênio esteja entre 13% - 21%. Abaixo desta faixa a combustão será incompleta, ou ainda, não
se processará, em porcentagens inferiores a 4%.
Calor
É a condição favorável que provoca a interação entre os dois reagentes, sendo este o elemento de
maior importância no triângulo do fogo, uma vez que é responsável pelo início do processo de
combustão, já que os dois outros reagentes, em condições naturais, encontram-se
permanentemente associados.
Reação em cadeia
A combustão é uma reação em cadeia, que após a partida inicial, é mantida pelo calor produzido
durante a reação. A cadeia de reações propicia a formação de produtos intermediários instáveis,
principalmente radicais livres, prontos a se combinarem com outros elementos, dando origem a
novos radicais, ou finalmente, a corpos estáveis. Conseqüentemente, sempre teremos a presença
de radicais livres em uma combustão. A estes radicais livres cabe a responsabilidade de transferir
a energia necessária à transformação da energia química em calorífica, decompondo as moléculas
ainda intactas e, desta vez, provocando a propagação do fogo numa verdadeira cadeia de reação.
2. Lavar com bastante água qualquer reagente que tenha caído nos olhos, seguida de uma
solução de bicarbonato de sódio a 25% ou ácido bórico a 2%, a depender se for ácido ou base o
agente contaminante. Se algum reagente respingar em qualquer outra parte do corpo, lavar o local
com bastante água e informar ao Professor. Notificar também ao Centro Médico o aparecimento
de algum sintoma. Jamais utilizar solventes orgânicos para remover qualquer tipo de substância
orgânica que tenha caído sobre a pele. Eles irão espalhar a substância e facilitar o processo de
absorção. Água e sabão são mais eficazes.
3. As queimaduras leves devem ser lavadas com água fria e aplicação de uma pomada adequada,
bicarbonato de sódio 3% ou água boricada (3% de ácido bórico).
TOLERÂNCIA DE HORÁRIO!!!
O aluno deve comparecer pontualmente ao laboratório no horário da aula prática. A
tolerância é de 10 minutos. Não será permitida a entrada no laboratório após este horário
sob nenhuma hipótese, bem como a realização em outra turma.
BIBLIOGRAFIA
- Giesbrecht, E. et al.; Experiências de Química: técnicas e conceitos básico; Ed. Moderna; São
Paulo, 1982.
- Chemical Bond Approch Committee; Química: Parte I; Editora Universidade de Brasília; Brasília,
1964.
- Chemical Education Material Study; Química: uma ciência experimental; Editora Ltda:S P, 1967.
MATERIAIS DE VIDRO :
Vidro Comum : não podem ser aquecidos pois não resistem a variações bruscas de
temperatura. Possuem baixa resistência química e mecânica e são os mais baratos.
Vidro Pirex : resistente ao choque térmico. Possui boa resistência química, suportando
ácidos fortes, cloro, bromo e solventes orgânicos como benzeno e fenol. É atacado pelos
ácidos fluorídrico e fosfórico concentrado e a quente e por soluções de bases fortes como soda
cáustica (NaOH) e potassa cáustica (KOH). Apresentam-se incolores ou levemente âmbar e,
apesar do custo elevado, são os mais utilizados em laboratório.
BALÃO VOLUMÉTRICO : Usado para preparar e diluir soluções com volumes precisos e
prefixados.
BÉQUER : Usado para dissolver uma substância em outra, preparar soluções em geral,
inclusive soluções exotérmicas, aquecer líquidos sobre tela de amianto e realizar reações.
PIPETAS GRADUADAS : Medem volumes variáveis de líquidos com boa precisão, dentro
de uma determinada escala.
PLACA DE PETRI : Recipientes rasos de vidro com tampa utilizados para secagens de
substâncias ou realização de reações químicas em pequena escala.
UTENSÍLIOS GERAIS :
CADINHO : Recipiente feito de porcelana, ferro, prata ou platina. Pode ou não ter tampa.
Resiste a elevadas temperatura, sendo utilizado para calcinações (processo de
decomposição de substâncias sem oxidação).
ALMOFARIZ E PISTILO : São usados para triturar sólidos. Normalmente são feitos de
porcelana ou ágata.
BICO DE BUNSEN : Aparelho ligado ao gás, que serve para o aquecimento de materiais
não inflamáveis. Possui em sua base um regulador de entrada de ar para controlar o tipo
de chama, impedindo a entrada de ar, a chama torna-se amarela e relativamente fria (ou
melhor, com temperatura mais baixa), a combustão é incompleta. Aumentando a entrada
de ar, a chama torna-se azul, mais quente, e forma um cone interior, distinto, mais frio.
TELA DE AMIANTO : Trata-se de uma tela metálica ( de aço ), com o centro recoberto de
amianto ou cerâmica, utilizada para distribuir uniformemente o calor recebido do bico de
Bunsen para todo o recipiente, durante um aquecimento indireto.
ESPÁTULAS : Podem ser feitas de aço , de plástico ou de madeira. São utilizadas para
transferência de sólidos, pesagens ou como instrumento cortante.
ESTUFA: Empregada na secagem de materiais por aquecimento, em geral até 200 OC.
PAPEL DE FILTRO: Utilizado nas filtrações simples e a vácuo. É encontrado em diversos
diâmetros cuja medida deve ser escolhida em função do sólido que será retido e não do
líquido filtrado. Pode ser utilizado de duas maneiras:
Papel de filtro dobrado liso: deve ser dobrado quando se deseja produzir uma filtração
mais lenta, utilizado quando o que mais interessa no processo é o líquido. A técnica para
obter o papel de filtro dobrado segue o esquema abaixo:
Bibliografia
Notam-se duas regiões cônicas distintas: a interna, mais fria, chamada de zona redutora, e a
externa, quase invisível, chamada de zona oxidante. A parte mais quente da chama está situada
logo acima do cone interno. Este é o tipo de chama mais usado nas operações de laboratório.
Zona Neutra : é uma zona interna próxima da boca do tubo, limitada por uma “camada”
azulada que contém os gases que ainda não sofreram combustão ( na zona neutra não ocorre
combustão do gás). É a região de menor temperatura da chama, variando entre 300oC e
530oC.
Zona Redutora : é uma zona intermediária, luminosa, que fica acima da zona neutra e forma
um pequeno “cone”, onde se inicia a combustão do gás, caracterizada por ser incompleta
devido a deficiência no fornecimento de gás oxigênio. Na zona redutora forma-se gás
monóxido de carbono, que se decompõe por ação do calor,dando origem a pequenas
partículas de carbono, que, sendo incandescentes, dão luminosidade à chama e espalham-se
sobre a tela de amianto na forma de “negro de fumo” (carbono finamente dividido). É uma
região da chama de temperatura intermediária, variando entre 530oC e 1540oC.
Zona Oxidante (comburente) : é uma zona externa de cor violeta-pálido, quase invisível, que
compreende toda região acima e ao redor da zona redutora, onde os gases que são expostos
ao ar sofrem combustão completa, formando gás carbônico e água. É a região de maior
temperatura da chama, podendo chegar a 1570oC.
3 - Filtração
3.1 - Filtração simples: Utiliza-se um funil simples em que foi adaptado um cone de papel de filtro
(Figura 6). Inicialmente, umedece o papel com uma pequena quantidade de solvente com que está
trabalhando. Efetua-se a filtração como indicado na Figura 6, tomando o cuidado para não encher
o filtro até a borda. Os últimos traços do sólido são transferidos para o papel de filtro com o auxílio
de jatos de solventes, utilizando uma pisseta.
3.2 - Filtração à vácuo ou por sucção: É efetuada utilizando uma aparelhagem como o da Figura
7: o frasco kitassato A, provido de um funil de Büchner, é ligado a um frasco de segurança B,
vazio, que por sua vez está conectado a uma trompa de água C (ou uma bomba a vácuo). Corta--
se um circulo de papel de filtro, cujo diâmetro deve ser 1 a 2 mm menor que o diâmetro interno do
funil de Büchner. Coloca-se o papel no funil de modo a cobrir os orifícios do funil sem, entretanto,
chegar às paredes do mesmo. Liga-se a trompa de água, umedece o papel de filtro com o solvente
e efetua-se a filtração. Terminada esta, abre-se a entrada de ar do kitassato do frasco de
segurança, antes de fechar a torneira da trompa de água.
A extração líquido-líquido é uma técnica em que uma solução é posta em contato com um
segundo solvente (usualmente orgânico), essencialmente imiscível com o primeiro, a fim de
efetuar uma transferência de um ou mais solutos para o segundo solvente. Em muitos casos, a
separação pode ser feita por agitação num funil de separação durante alguns minutos. O
equipamento utilizado é o funil de separação onde são colocados os solventes e o(s) soluto(s).
Durante a agitação o soluto se distribui nos solventes. Deve-se em períodos curtos abrir a torneira
com o funil invertido para que seja aliviada a pressão interna do funil. Deve-se ter em mente que
uma agitação por demais violenta da mistura de extração em nada ajuda. Após certo tempo de
agitação, o funil é posto em repouso para que as duas camadas se depositem completamente
para então se fazer a amostragem.
6 - Técnica de Titulação
Bibliografia
-E. Giesbrecht et al.; Experiências de Química: técnicas e conceitos básico; Ed. Moderna; São
Paulo, 1982.
-Chemical Bond Approch Committee; Química: Parte I; Editora Universidade de Brasília; Brasília,
1964.
- Vogel, A.; Análise Inorgânica Quantitativa; Editora Guanabara; Rio de Janeiro, 1986.
ENSAIO DE CHAMA
1- INTRODUÇÃO
O cientista dinamarquês Bohr elaborou, em 1913, uma teoria sobre a distribuição e o
movimento dos elétrons. A teoria de Bohr parte do modelo atômico de Rutherford e fundamenta-se
na teoria quântica da radiação, criada em 1900, pelo cientista alemão Max Planck. Bohr recebeu o
Prêmio Nobel em 1922 por suas contribuições à teoria atômica. Bohr contribui com a teoria
atômica ao explicar porque os gases emitem ou absorvem radiação com determinados
comprimentos de onda.
O elétron de um átomo ao receber energia (térmica, elétrica ou luminosa) do exterior, o
elétron “salta” de uma órbita mais interna para outra uma mais externa, sendo essa quantidade de
energia recebida bem definida (um quantum de energia). Ao voltar de uma órbita mais externa
para outra mais interna, o elétron emite um quantum de energia na forma de luz de cor bem
definida ou outra radiação eletromagnética, como ultravioleta ou raios x (daí o nome fóton, que é
dado para este quantum de energia). Estes saltos se repetem milhões de vezes por segundo,
produzindo assim uma onda eletromagnética que é uma sucessão de fótons de energia.
8
A velocidade de propagação de uma onda eletromagnética é igual a 3 x 10 m/s e esta
velocidade é dependente da freqüência e do comprimento de onda: c = f , onde c= a velocidade, f
= freqüência, = comprimento de onda.
O chamado ensaio (ou teste) de chama é um teste simples para identificar cátions em
laboratório. Um fio de cobre ou platina é mergulhado na amostra que se quer identificar e depois
levado a chama azul de um bico de Bunsen. Cada elemento emitirá na chama uma cor
característica (como ocorre na queima dos fogos de artifício).
2 - OBJETIVO
3 - PARTE EXPERIMENTAL
4 - QUESTIONÁRIO
a) Por que quando o bico de Bunsen está aceso e com a janela fechada, há produção de fuligem?
b) Existe alguma relação do experimento realizado com os efeitos provocados pelos fogos de
artifício? Justifique.
c) De acordo com a sua observação das cores da chama e sabendo que a cor violeta tem o
comprimento de onda de 400 nm; a cor vermelha tem comprimento de onda de 700 nm e a cor
verde tem o comprimento de onda de 530 nm. Organize as amostras em ordem decrescente de
energia liberada e de freqüência, justificando a sua resposta.
5 - BIBLIOGRAFIA
- E. A. de Oliveira; Aulas Práticas de Química; Editora Moderna Ltda.; São Paulo,1993, p81.
- R. Feltre; QuímicaQuímica Geral vol. 1;Editora Moderna Ltda.; São Paulo, 2000, p562.
- E. Giesbrecht et al.;Experiências de Química: técnicas e conceitos básicos; Editora Moderna Ltda.; São
Paulo, 1982, p 152.
FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS
1 - INTRODUÇÃO
A matéria encontra-se em permanente transformação. Sob a ação de agentes físicos ou
químicos, as substâncias podem sofrer alterações de estado ou de composição, modificando-se
não raramente de forma discreta, perceptível apenas sob a luz de sofisticados instrumentos.
Certas transformações conduzem à variações drásticas na composição química das espécies por
meio de ruptura e formação de ligações interatômicas, quase sempre acompanhada de trocas
energéticas para o ambiente. Estas transformações podem ser descritas através de equações
químicas e recebem a denominação específica de reações. Transformações de estado
representadas, por exemplo, pela fusão, ebulição, sublimação, condensação e solidificação,
também envolvem ruptura e formação de ligações; porém não alteram a composição química das
espécies.
Indícios de reações químicas podem ser observados por modificações no sistema em
reação quando se comparam os seus estados iniciais e finais. As alterações que podemos
perceber são, por exemplo: mudança de cor, mudança de fase, formação de gases, formação de
um sólido insolúvel (precipitado), variação na temperatura do sistema, formação de produtos com
outra solubilidade. Outro indício é a quantidade de energia envolvida. Uma reação química na qual
energia é liberada, é chamada exotérmica e uma na qual energia é absorvida, é chamada
endotérmica.
2 - OBJETIVO
Estudar vários sistemas químicos, procurando dados qualitativos que possam indicar a ocorrência
de transformações químicas.
3 - PARTE EXPERIMENTAL
a) Com auxílio de uma pinça, leve à chama de um bico de Busen um pedaço de fita de magnésio
previamente lixada e observe. CUIDADO! AO QUEIMAR A FITA DE MAGNÉSIO NÃO OLHE DIRETAMENTE
NA CHAMA!
b) Coloque em um tubo de ensaio uma pequena quantidade de sulfato de cobre pentaidratado
previamente triturado.
c) Aqueça na chama de um bico de Busen e observe o que ocorre. Após resfriamento, adicione
uma gota de água e observe novamente.
3.3 - Ensaios por via úmida
Os experimentos a seguir devem ser feitos em tubos de ensaio. Sempre lave os tubos de ensaio
após seu uso para que possam ser utilizados nos experimentos seguintes.
a) Coloque uma solução de ácido clorídrico 1 mol/L em um tubo de ensaio até ¼ do volume do
tubo e adicione um pequeno pedaço de fita de magnésio previamente lixado. Observe a
reação.
4 – Questionário
c) Para os experimentos feitos com o enxofre, identifique e explique o(s) fenômeno(s) envolvidos.
5 - Bibliografia
• E. Giesbrecht et al.; Experiências de Química: técnicas e conceitos básico; Ed. Moderna; São Paulo,
1982.
• Chemical Education Material Study; Química: uma ciência experimental; Livraria Editora Ltda.; São
Paulo,1967.
• L. do Amaral; Trabalhos Práticos de Química, Livraria Nobel S.A. Editora; São Paulo, 1975.
• E.A. de Oliveira; Aulas Práticas de Química; Editora Moderna LTDA.; São Paulo, 1993, p 36 e 58.
PROPRIEDADES PERIÓDICAS
1 - INTRODUÇÃO
2 - OBJETIVO
3 – PARTE EXPERIMENTAL
a) Sódio
Cuidadosamente, retire um pequeno pedaço de sódio metálico do recipiente, utilizando uma pinça,
o qual está imerso em querosene e coloque-o sobre um pedaço de papel de filtro.
Corte com uma espátula um pequeno fragmento de sódio metálico (tamanho de uma cabeça de
palito de fósforo) e observe a superfície metálica recém cortada.
ATENÇÃO: o sódio é um metal muito reativo, por isso deve ser conservado imerso em querosene
para que não reaja com o oxigênio do ar. Em contato com a pele produz queimaduras gravíssimas.
Se uma grande quantidade sódio reagir com água ou com oxigênio, pode ocorrer grande explosão!
b) Magnésio
- Coloque água destilada até ¼ de um tubo de ensaio e adicione 5 gotas de fenolftaleína. Observe.
- Coloque um pedaço de fita de magnésio previamente lixado no tubo de ensaio e observe após 5
minutos.
c) Alumínio
Repita o procedimento do item b, substituindo o magnésio pelo alumínio. Observe após 5 minutos.
a) Obtenção do bromo.
Coloque brometo de sódio 0,1 mol/L em um tubo de ensaio até ¼ do volume. Adicione 0,5 mL de
um solvente orgânico indicado pelo professor, agite o tubo de ensaio e observe a coloração das
duas fases.
Adicione ao tubo algumas gotas de água de cloro e agite com auxílio de um bastão de vidro.
Observe.
b) Obtenção do iodo
Repita o experimento acima utilizando agora uma solução de iodeto de sódio 0,1 mo/L.
o
3.3 - Comparação da acidez/ basicidade relativa dos óxidos dos elementos do 3 Período
a) Magnésio
Divida a suspensão em duas partes e adicione HCl 6 mol/L em uma das porções e na outra
porção, adicione NaOH 6 mol/L até observar alguma alteração no sistema.
b) Fósforo
Coloque 1 mL de água destilada num tubo de ensaio e adicione uma pequena quantidade de
pentóxido de fósforo. Verifique o pH da solução com papel indicador.
4 - Questionário
a) Sabendo que o sódio é um bom agente redutor e que a fenolftaleína é vermelha na presença de
íons OH, discuta a reação do sódio com a água.
b) Com base nos experimentos realizados, discuta a força redutora do sódio, magnésio e alumínio.
c) Sabendo que o cloro é um bom agente oxidante, explique a reação deste com os íons iodeto e
brometo? Por que o cloro é um agente oxidante mais forte que bromo e iodo?
d) Qual a função do solvente orgânico nos experimentos do item 3.2?
Bibliografia
- Chemical Education Material Study; Química: uma ciência experimental; Volume 1, Livraria Editora Ltda.;
São Paulo,1967, p 107.
- L.V. Quagliano, L.M. Vallarino; Química; Guanabara Dois; Rio de Janeiro, 1985, p 220.
- E.A. de Oliveira; Aulas Práticas de Química; Editora Moderna LTDA.; São Paulo, 1993, p 81.
SOLUBILIDADE E CONDUTIVIDADE DAS SOLUÇÕES
1- INTRODUÇÃO
As substâncias iônicas são formadas por partículas de carga elétrica positiva (íon positivo
ou cátion) e por partículas com carga elétrica negativa (íons negativos ou ânions), sendo que
essas partículas se mantém ligadas umas às outras por forças de natureza elétrica. Já com as
substâncias moleculares ou covalentes, as moléculas não são partículas com cargas elétricas,
embora apresentem pólos elétricos (moléculas polares) ou não (moléculas apolares). Para uma
molécula ser polar, é necessário que a mesma tenha uma ou mais ligações polares e uma
geometria que não cause o cancelamento dos dipolos das ligações. As polaridades das ligações
podem ser estimadas facilmente a partir das eletronegatividades dos elementos ligados, mas a
polaridade depende também da geometria. É exatamente por causa de atrações de natureza
elétrica, que se pode estabelecer a seguinte regra geral: compostos iônicos e compostos
covalentes polares são solúveis em solventes polares, e substâncias apolares são solúveis em
solventes apolares. Quando a molécula é relativamente grande e possui "parte polar" e "parte
apolar", terá solubilidade tanto em substância polar quanto em apolar. As semelhanças e
diferenças entre as moléculas originam tipos de forças intermoleculares que estão relacionadas
com a polaridade das moléculas. Uma generalização muito utilizada em química (mas que como a
maioria das generalizações tende a simplificar demais a situação) é que "semelhante dissolve
semelhante". Isto significa que, quando duas ou mais substâncias possuem partículas
semelhantes, em estrutura e propriedades elétricas, elas devem se misturar formando uma
solução. Ou seja, a polaridade molecular tem um efeito significativo na solubilidade.
Em uma solução, quando um componente está presente em grande excesso em relação ao
outro, ele é geralmente denominado solvente. Os outros componentes presentes em menores
proporções são chamados solutos. O grau de dissolução de um solvente depende de vários
fatores. Os mais importantes são:
- a natureza das partículas do solvente e do soluto e as interações entre ela.
- a temperatura na qual a solução é formada.
- a pressão, quando se trata principalmente de gases.
Quando o limite de solubilidade de um determinado soluto é atingido e a partir daí passa a
existir um equilíbrio entre a solução e excesso de soluto, a solução é dita saturada. Uma solução é
dita insaturada quando a concentração de soluto na solução é menor que a de uma solução
saturada. Uma solução supersaturada é aquela na qual a concentração do soluto é maior que a de
uma solução saturada. O estado supersaturado é uma condição instável e tende a voltar ao estado
saturado precipitando o soluto com perturbações ao sistema. Em se tratando de líquidos, quando
dois líquidos misturam-se formando uma solução, esses são chamados líquidos miscíveis. Quando
os líquidos não se misturam completamente formando fases distintas, são chamados de líquidos
imiscíveis. A solubilidade é dependente da temperatura e da pressão. Dependendo das
substâncias envolvidas, o processo de solubilização pode ser endotérmico ou exotérmico.
Já em relação à pressão, a solubilidade de sólidos e líquidos em solventes líquidos é
praticamente independente da pressão.
O processo de dissolução normalmente é acompanhado de dissociação ou quebra de
moléculas. Os fragmentos dissociados são, em geral, eletricamente carregados, de modo que
determinações elétricas podem mostrar se houve, ou não, dissociação. Em função do seu
comportamento quando dissolvidas, as substâncias podem ser classificadas em: substâncias que
dão soluções condutoras e substâncias que geram soluções não condutoras. Os solutos da
primeira classificação são chamados eletrólitos, e os da segunda, não eletrólitos. Os eletrólitos
podem ainda ser sub-dividido em fortes e fracos. São fortes quando dão soluções que são boas
condutoras de eletricidade e fracos quando dão soluções que conduzem fracamente eletricidade.
2 – OBJETIVOS
- Constatar na prática que algumas substâncias são formadas por moléculas polares e outras por
moléculas apolares.
- Verificar a solubilidade de alguns compostos, constatando que a natureza iônica, polar ou apolar,
de uma substância influi na sua solubilidade em determinados solventes.
3 – PARTE EXPERIMENTAL
- Monte uma bureta de 50 mL em suporte universal e encha a mesma com água destilada.
- Abra a torneira da bureta com água de modo a deixar correr um fio de água mais fino possível
(um fio, e não gota a gota) de uma altura de aproximadamente de 10 cm entre o bico da bureta e a
boca de um béquer.
- Atrite um bastão de plástico (caneta esferográfica) contra uma flanela e chegue-a para bem
próximo do fio de água (sem encostar). Observe.
- Adicione mais 3,0 g do sal no tubo de ensaio e agite. Se não houver a solubilização do sal após
agitação do tubo de ensaio, aqueça o tubo com auxílio de um bico de Busen até que o sal esteja
todo dissolvido.
- Deixe a solução contida no tubo resfriar a temperatura ambiente cuidadosamente, sem oscilar ou
mexer.
- Depois que o sistema atingir a temperatura ambiente, adicione alguns cristais de acetato de sódio
ao tubo de ensaio e observe.
- Numere três tubos de ensaio e coloque água destilada até 1/5 do volume no primeiro tubo; álcool,
no segundo; e hexano, no terceiro, sempre na mesma proporção.
- Coloque duas gotas de óleo em cada um dos três tubos e agite. Observe os solventes que
solubilizaram o óleo e os solventes que não solubilizaram.
- Repita o procedimento usando dessa vez uma pequena porção de cloreto de sódio ao invés do
óleo (procure colocar a mesma quantidade em cada tubo). Observe a facilidade e a quantidade do
sal que é solubilizado em cada solvente.
- Repita novamente os testes de solubilização colocando um cristal de iodo no tubo de ensaio com
água; outro cristal de iodo no tubo contendo álcool e um terceiro cristal de iodo no tubo contendo
hexano.
3.5 Condutividade
Usando o circuito elétrico montado no laboratório, teste a condutividade elétrica das seguintes
espécies:
a) Água destilada: coloque água destilada em um béquer em quantidade suficiente para que os
fios do circuito fiquem parcialmente imersos na água. Observe a lâmpada.
c) Solução aquosa de sacarose: repita o procedimento para uma solução de sacarose e com a
água do mar.
d) Solução aquosa de HCl 1,0 mol/L: teste a condutividade da solução de HCl. Dilua levemente o
ácido com água destilada e observe a lâmpada. Dilua um pouco mais e observe.
e) Solução aquosa de ácido acético 1,0 mol/L: repita o procedimento para a solução de ácido
acético.
4 - QUESTIONÁRIO
a) Sabendo que as moléculas apolares não sofrem desvios por ação de um campo elétrico,
enquanto que as moléculas polares são desviadas pela ação de um campo elétrico, que
conclusões a respeito da polaridade da água, do etanol e do hexano podem ser tiradas a partir do
experimento 3.1 ?
b) Escreve e analise as fórmulas estruturais das moléculas de água, etanol e hexano. Discuta e
justifique os resultados observados no experimento 3.2 ?
e) Sendo um composto iônico, o NaCl é mais solúvel em solventes mais polares. Com base no
teste de solubilidade do NaCl, qual dos solventes é o mais polar ? Qual é apolar?
h) O que foi observado quando se diluiu a solução de HCl? Qual sua conclusão?
i) Com base nos testes de solubilidade feitos com o iodo, o que se pode concluir a respeito da
polaridade dessa substância? Elabore uma explicação teórica para mostrar que as moléculas de
iodo são apolares.
j) No teste de condutividade com a água destilada o que foi observado com a lâmpada? Com o uso
da água do mar, o resultado é o mesmo? Por que?
Bibliografia
- W.L. Masterson, E.J. Slowinski, C.L. Stanitski; Princípios de Química; LTC Editora; Rio de Janeiro, 1990, p
260.
- E.A. de Oliveira; Aulas Práticas de Química; Editora Moderna LTDA.; São Paulo, 1993, p 103.
ÁCIDOS E BASES
1 - INTRODUÇÃO
3 - PARTE EXPERIMENTAL
a) Papel de Tornassol
- Numere quatro tubos de ensaio e encha 1/3 do volume desses tubos com HCl (tubo 1), H2SO4
(2), NaOH (3) e NH4OH (4), todos com concentração de 0,1 mol/L.
- Com auxílio de um bastão vidro, molhe com a solução do tubo 1 um pedaço de papel de
tornassol azul e um de tornassol vermelho. Anote as cores observadas. Repita o procedimento
para o conteúdo dos outros tubos de ensaio.
b) Fenolftaleína
c) Alaranjado de Metila
d) Azul de bromotimol
3.2 Neutralização
4 - QUESTIONÁRIO
c) Explique o que foi observado no experimento 3.2. Por que a solução descorou? Qual a reação
envolvida?
d) Discuta como varia o pH de uma solução básica à medida que ela vai sendo neutralizada até se
tornar ácida.
Bibliografia
1 - INTRODUÇÃO
2 - OBJETIVOS
3 - PROCEDIMENTO
2. Unir estes béqueres por ponte salina construída com papel de filtro embebido por NaCl saturado
(faixa azul). Para tanto, dobra uma folha inteira de papel de filtro várias vezes, de forma a ter um
tamanho aproximadamente de 1mmx15mm;
3. Utilizar um multímetro conectado ao jacaré (pólo + e pólo -, acoplados aos eletrodos e estes
mergulhados nas soluções, conforme a tabela abaixo.
4. Fazer o teste separadamente com uma pilha, anotar a ddp. Depois fazer com as duas pilhas
ligadas em série e anotar a ddp. Lembre-se que o contato de uma pilha para outra deve ser feita
utilizando os eletrodos presos no jacaré.
5. Mude os eletrodos, conforme tabela abaixo, e depois repita o experimento utilizando uma laranja
na pilha três. Anote a ddp.
4 - QUESTIONÁRIO
b) Por que foram utilizadas 2 pilhas em série? Ao inverter os pólos, o relógio funcionou? Por que?
d) O que foi observado ao ligar o relógio em apenas uma pilha? Explique o observado.
Bibliografia
- E. Giesbrecht et al.; Experiências de Química: técnicas e conceitos básico; Ed. Moderna; São
Paulo, 1982; p 117.