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35-O MISTÉRIO DA ASTROLOGIA-11/Março/2005

Mais um mistério que, para não fugir à regra, é tema para debate. Será que o ser
humano realmente tem sua vida controlada pela ação dos astros? Eis a polêmica
astrologia. Assunto controverso que possui seus adeptos fervorosos e, claro, estudiosos
de todas as tendências. Não se discute aqui o mérito, ou seja, se de fato há uma efetiva
influência astronômica dos planetas e satélites que circundam a Terra, como por
exemplo, a Lua que atua sobre os oceanos formando as marés, e também nos animais e
vegetais. Mas, será mesmo que o ser humano recebe tanta influência assim dos astros,
estrelas e satélites? Não seria uma espécie de auto-sugestão provocada pelos
horóscopos, que fazem previsões e ditam regras de comportamento? Há indivíduos que
não agem sem antes consultar seu horóscopo do dia. Outros cortam o cabelo, ou ficam
mais ou menos sensíveis, de acordo com a fase lunar. E por aí vai. A capacidade criativa
humana é imensurável, mas às vezes exacerba, como não podia deixar de ser. E o
mistério continua. A título de informação, não custa repetir o que a maioria já sabe: qual
o significado de “signo”. Segundo os estudiosos, os signos comporiam um determinado
campo da consciência do ser humano, e que seriam em número de 12. É o chamado
“Zodíaco”. Através da leitura desse “campo”, os especialistas elaborariam o que se
conhece como “mapa astrológico”, onde constaria o horário de nascimento da pessoa,
que indicaria o seu “ascendente”, além de outras casas ou setores da vida, sempre
concomitante ao seu signo. Apregoam, ainda, que é o signo que fornece os indícios da
forma física que a pessoa vai ter e a maneira espontânea de agir que esta irá desenvolver
ao longo da vida. O signo ascendente seria, pois o que ocupa a região correspondente ao
Leste na carta astrológica no momento em que um evento ou pessoa está nascendo. Tal
signo, portanto, "nasceria" ao mesmo tempo em que a pessoa respira pela primeira vez.
Além disso, continuam, esse ascendente informa como é que cada um começou no
mundo em que habitará, uma vez que este se torna a marca da sua primeira entrada no
mundo. Em suma, para descobrir o ascendente, é necessário ter em mãos o dia, mês,
ano, local e horário de nascimento. Alegam, enfim, que apenas quatro minutos na
diferença de horário de nascimento poderia comprometer em um ano as análises de um
prognóstico astrológico. Assim, em duas horas, o signo ascendente muda, tal como a
Lua que se move cerca de um grau nesse mesmo intervalo de tempo. Apesar das
explicações, o assunto continua oculto, por conseguinte, misterioso. A verdade, é que as
pessoas se fiam na astrologia como esta fosse o pré-requisito para continuarem vivendo
e sobrevivendo, ajudando-lhes a evitar os percalços que a vida poderá apresentar. Seria,
esta área um instrumento de precaução e de auto-conhecimento? Por outro lado, se a
vida de cada pessoa no mundo é rigorosamente diferente como uma impressão digital,
então como se explica a leitura do horóscopo que é genérica? E o que dizer dos mapas
astrológicos de duas pessoas nascidas exatamente no mesmo hospital, hora e minuto?
Seriam também idênticos? Mas, aí esbarraria na mencionada individualidade, única e
personalíssima. Será que seriam os segundos entre um nascimento e outro o que faria a
diferença? Alegam os astrólogos que é a localidade de nascimento e o fuso horário que
alteram o ascendente e as demais casas astrológicas. Mas, não respondem quando um
nascimento é rigorosamente na mesma hora e local, pois as pessoas se tornam tão
diferentes entre si. Sendo, ou não, um método de adivinhação, a astrologia deve ser
respeitada, uma vez que sua finalidade é, sobretudo, ajudar as pessoas. No mais, é certo
que a ciência precisa de provas cabais para autenticar mais um enigma humano,
mormente esses correlatos à astronomia.
Se o homem mal conhece o seu habitat, imagine-se fora dele. Em outras palavras, se a
Terra continua desconhecida, o que dizer do Universo. Mesmo assim, todos devem
continuar buscando, em respeito à velha máxima socrática: “Conhece-te a ti mesmo”.

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