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Setembro de 2010
A Iniciativa Novas Oportunidades contempla dois eixos distintos: um que estrutura vias
profissionalizantes de qualificação para os jovens e um outro orientado para a população adulta
que não concluiu o ensino secundário.
Entre 2005/06 e 2009/10 o número de jovens em Cursos de Dupla Certificação mais do que
duplicou: eram 62.266 em 2005/06 e ascenderam a 139.334 no ano lectivo 2009/10.
Esse crescimento foi apoiado fundamentalmente no aumento muito expressivo do número de
alunos em Cursos Profissionais. Trata-se da modalidade de jovens com a dinâmica de
crescimento mais forte no período da Iniciativa Novas Oportunidades: existiam cerca de
37.000 matriculados em 2005/06, valor que vinha oscilando entre 25.000 e o referido há mais
de uma década, e as estimativas apontam para mais de 124.000 alunos em Cursos Profissionais
em 2010/11, o que significa que o número de jovens em Cursos Profissionais mais do que
triplicou.
Este crescimento foi concomitante com o progressivo esvaziamento dos cursos tecnológicos
que, oferecendo apenas 10 opções (contra as 120 dos cursos profissionais) não representavam
uma via de dupla qualificação reconhecida enquanto tal nem pelos jovens nem pelo mercado
de trabalho.
Quadro 1 – Número de jovens em ofertas de educação e formação de nível secundário desde 2005/06,
por tipo de modalidade
Taxa de
2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11
Tipo de modalidade crescimento
Cursos Científico-Humanísticos 1) 188 460 196 023 196 216 195 330 195 380 n.d. 3,7%
Cursos de Dupla Certificação 3) 62 266 75 055 96 221 113 237 139 334 143 052 129,7%
Cursos Profissionais 36 943 49 660 70 177 93 438 108 643 124 265 236,4%
Fontes:
1)
Os dados entre 2005/06 e 2008/09 provêm das Estatísticas da Educação (GEPE/Ministério da Educação). Dos 7736 alunos
inscritos nos cursos tecnológicos no ano de 2009/10, 5.956 estavam no curso de desporto, o único que se encontra activo,
enquanto não for substituído por cursos profissionais nessa área. Os dados relativos a 2009/10 são provisórios.
2)
Os dados relativos aos Cursos Profissionais, Cursos de Educação e Formação e Cursos do Ensino Artístico Especializado entre
2005/06 e 2008/09 provêm das Estatísticas da Educação (GEPE/Ministério da Educação) e do Turismo de Portugal (Cursos
Profissionais em 2006/07)., enquanto que a informação relativa aos Cursos de Aprendizagem no período entre 2005/06 e 2007/08
foi fornecida pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional e provém das Estatísticas de Educação em 2008/09
(GEPE/Ministério da Educação). Os dados relativos a 2009/10 são provisórios.
Este crescimento foi concomitante com o crescimento dos alunos matriculados nos cursos científico-
humanísticos. No total, o sistema de ensino, num contexto da contracção demográfica das gerações dos
A forte expansão dos Cursos Profissionais foi apoiada na generalização das escolas públicas
com esta oferta de dupla certificação. Em 2005/06 o número de alunos a frequentar Cursos
Profissionais em estabelecimentos de ensino públicos correspondia apenas a 12% do total de
alunos nesta modalidade, enquanto que em 2009/10 quase 60% do total de alunos frequentava
Cursos Profissionais promovidos por escolas da rede pública. É sublinhar, neste contexto, que
em termos absolutos as escolas profissionais conheceram um crescimento de 41,4%, tendo
atingido, de longe, o maior volume de alunos nos 21 anos da sua existência.
Quadro 2 – Número de jovens em Cursos Profissionais desde 2005/06, por tipo da entidade promotora
Fontes: Os dados para os anos lectivos entre 2005/06 e 2008/09 provêm das Estatísticas da Educação (GEPE/Ministério da
Educação) e do Turismo de Portugal (Cursos Profissionais em 2006/07). Os dados relativos a 2009/10 são provisórios.
Certificações
Inscrições
Total 2000/05 Desde 2006
Centros Novas Oportunidades 1) 1 088 316 372 455 44 192 328 263
Fontes:
1)
Relatórios mensais (2000/2006) e plataforma SIGO (desde 2007, dados provisórios de 30 de Setembro de 2010).
2)
Inscrições: GEPE/Ministério da Educação + IEFP (2006) e plataforma SIGO (2007, dados provisórios actualizados a 31 de
Dezembro de 2010; desde 2008, dados provisórios actualizados a 30 de Setembro de 2010). Certificações: Carteiras de
competências homologadas pela DGFV, IEFP e plataforma SIGO (desde 2008, dados provisórios de 30 de Setembro de 2010).
3)
Plataforma SIGO, dados provisórios de 30 de Setembro de 2010.
4)
Informação fornecida pelas Direcções Regionais de Educação.
Quadro 4 – Principais indicadores de actividade dos Centros RVCC e dos Centros Novas
Oportunidades
N.º de Encaminhamentos para Ofertas Formativas 10 839 179 840 190 679
Fontes: Relatórios mensais enviados à DGFV (2000/2006) e plataforma SIGO (desde 2007, dados provisórios de 30 de Setembro
de 2010).
Quadro 5 – Principais indicadores de actividade dos Centros RVCC e dos Centros Novas
Oportunidades, por nível de ensino
Nível de ensino 2000/05 2006/10
Inscrições N.º % N.º %
Básico 153 719 100% 580 015 53%
Secundário 0 0% 508 301 47%
Total 153 719 100% 1 088 316 100%
Certificações N.º % N.º %
Básico 44 192 100% 252 385 77%
Secundário 0 0% 75 878 23%
Total 44 192 100% 328 263 100%
Fontes: Relatórios mensais enviados à DGFV (2000/2006) e plataforma SIGO (desde 2007, dados provisórios de 30 de Setembro
de 2010).
7
Notas:
1) Correspondem a candidatos encaminhados para RVCC profissional ou para Formações Modulares Certificadas de
Nível 3.
2) O total das inscrições não coincide porque há casos de ausência de informação.
3) A distribuição regional é feita de acordo com a localização geográfica dos Centros Novas Oportunidades.
Em 2008, dando cumprimento aos objectivos traçados para a Iniciativa Novas Oportunidades,
procedeu-se a um forte alargamento da rede nacional de Centros Novas Oportunidades. A
rede é agora composta por 448 Centros em Portugal Continental e 6 na Região Autónoma da
Madeira.
500
450
400
350
300
250
459 455 454
200
150
270 269
100
50 98
6 56 73
28 42
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
1%
4%
11%
41%
Norte
Centro
19%
Lisboa
Alentejo
Algarve
24%
Madeira
Gráfico 3 – Rede actual de Centros Novas Oportunidades por tipo de entidade promotora (%)
1% 7%
2%
3%
Escola Básica e/ou Secundária
3%
Centro de Formação Profissional
6%
Escola Profissional
44%
Associação Empresarial
6%
Associação de Desenvolvimento Local
Empresa de formação
9%
Instituição de Solidariedade Social
Outra entidade
10
Inscrição e Acolhimento
Diagnóstico
Encaminhamento
Ofertas educativas e
Processo de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências formativas
Inscrição numa
Certificação Certificação parcial entidade formadora
Certificação
Os cidadãos com mais de 18 anos de idade e que não tenham concluído o ensino básico
ou secundário ou uma qualificação profissional constituem o público-alvo dos Centros Novas
Oportunidades.
11
Os processos RVCC são, pois, uma das modalidades do actual Sistema Nacional de
Qualificações, podendo apenas ser desenvolvidos nos Centros Novas Oportunidades,
baseados em metodologias e técnicas especializadas, as quais foram já testadas e trabalhadas
amplamente por diferentes países, incluindo o nosso, no contexto dos percursos de
aprendizagem ao longo da vida.
12
1%
2% Até ao 9.º Ano
1%
7%
10.º Ano Incompleto
8%
10.º Ano
5% 11.º Ano
Os processos de RVCC têm uma duração variável em função do perfil dos candidatos
e do nível de escolaridade/qualificação proposto. Uma equipa técnica composta por um
profissional de reconhecimento, validação e certificação de competências (Profissional RVC) e
por uma equipa de formadores (técnicos com habilitação para a docência em diferentes grupos
de recrutamento validam as competências inscritas nos Portefólios construídos pelos
candidatos e ministram formação complementar em áreas onde existem lacunas de
conhecimento face aos referenciais de competências-chave existentes para o nível de
qualificação adequado a cada caso).
13
12
10
10
8
Número médio de meses
6 7
6 7
4 5
Para cada nível de certificação no nível básico (B1, B2 ou B3) é necessário evidenciar e serem
validadas pelos formadores a partir do Portefólio um conjunto muito diversificado de
competências integradas em 16 Unidades de Competência (4 por cada Área de
Competências-Chave – Cidadania e Empregabilidade; Matemática para a Vida; Tecnologias de
Informação e Comunicação; e Linguagem e Comunicação) – ver Referencial de Competências-
Chave de Nível Básico.
14
Em qualquer dos níveis e face à validação das competências efectuadas pela equipa técnica em
sessões de validação específicas para o efeito, os candidatos podem ser encaminhados para
formações complementares (até ao máximo de 50 horas no Centros Novas Oportunidades)
ou após uma certificação parcial sem limite de horas de formação através da integração em
Cursos EFA ou Formações Modulares promovidos por entidades formadoras privadas, escolas
públicas ou centros de formação profissional (operadores do Sistema Nacional de
Qualificações).
Gráfico 6 – Número médio de horas nas acções realizadas pelos candidatos nos Centros Novas
Oportunidades entre a inscrição e a certificação, por nível de ensino
3 500
3 000 3 134
3 003
2 863 2 929 2 867 2 903
2 500
2 562
2 457
N.º médio de horas
2 000
1 500
1 000
500
0
Certificação em 2007 Certificação em 2008 Certificação em 2009 Certificação em 2010
15
100
90
N.º acumulado de protocolos nacionais de cooperação
92
80
70 76
60
50
40
41
30
20
20
10
1
7
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
16
100
N.º acumulado de protocolos nacionais de cooperação
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
50 000
N.º acumulado de inscrições ao abrigo de protocolos nacionais
45 000
40 000 42 928
35 000
36 555
30 000
25 000
20 000 22 674
15 000
10 000
5 000
5 813
0
Dezembro 2007 Dezembro 2008 Dezembro 2009 Setembro 2010
17
Data de
Nome da entidade assinatura
Portugal Telecom 26-11-2005
AEP - Associação Empresarial de Portugal 19-05-2006
Ministério da Defesa Nacional 30-05-2006
Colégio António Aurélio Costa Ferreira da Casa Pia de Lisboa, Associação dos Cegos e Amblíopes de
04-07-2006
Portugal (ACAPO), Associação Portuguesa de Surdos (APS)
Trivalor 28-03-2008
Programa Escolhas 10-04-2008
APDL - Administração dos Portos do Douro e Leixões 11-04-2008
Associação de Saúde Mental do Algarve - ASMAL 18-04-2008
Universidade Autónoma de Lisboa 28-05-2008
Martifer 26-06-2008
Grupo Sonae Distribuição (Modelo Continente) 04-07-2008
Associação de Municípios da Ria de Aveiro - AMRia 08-07-2008
SOFLUSA 09-07-2008
Companhia Carris de Ferro de Lisboa, SA 09-07-2008
Transtejo 09-07-2008
CNA - Confederação Nacional da Agricultura 09-07-2008
Direcção-Geral dos Impostos 09-07-2008
Associação Nacional dos Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias - ANTRAM 09-07-2008
Instituto da Segurança Social, ISS 24-07-2008 18
20
9 000
8 000
8 258
N.º acumulado de protocolos regionais
7 000 7 325
6 000
5 000
4 930
4 000
3 000
2 000 2 450
1 000 1 359
280
0
Antes de 2006 2007 2008 2009 2010
2006
21
879; 11%
264; 3%
2 030; 25%
Mobilização da população
5 085; 61%
Divulgação da oferta formativa
Apoio logístico
Outro
38; 0%
221; 3%
834; 10%
787; 10%
Norte
4 135; 50%
Centro
Lisboa
Algarve
R. A. Madeira
22