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Não há coisa que mais pasma

É mais dor do que asma


Quaresma sua vida traça
Na ajuda ao País
Criticar todos “soube”
Ajudar ninguém quis.

Como mestre Zé da Luz


Que disse que viu Jesus
Ou mestre Zé Limeira
Que rimava a noite inteira
Não vou falar com papo
Da obra e vida de Policarpo.

O Major muito estudioso


Os livros apertava
Conhecimento não lhe faltava
Exaltar o Brasil não era forçoso
Fala dele com todo gozo
Alegre e esperançoso.

Começou a aprender violão


Com Ricardo de todo Coração
Queria conhecer a alma
Conhecia a fauna e flora
Agora já era hora
De, de novo aprender
O velho saber
Das cantigas cantadas.

Tal aprendizado tem momentos cômicos


Recebe seu “cumpádi” e sua sobrinha em prantos
Porque assim era costume de tantos e tantos
Antes de Cabral ou de Caminha
Não pensaram: “loucura , besteira minha”.
Olharam feio pro coitado
Que se sentiu envergonhado.

Barreto o grande autor


Tempo achou para além criticar
A sociedade dalém-mar
Com o noivado da Ismênia e o “muleque” do Albernaz
Policarpo como louco
Até internado foi um pouco
Por causa de um documento
Que nenhum jumento
Conseguiu entender
AHHH!!! Maldita falta de saber.
Depois na zona rural
São salvo e aposentado
E pra “num” ficar parado
Comprou um grande terral
Na terra do Brasil
Ninguém vive da terra
O povo só se ferra.

Lá no Curuzu encontrou o Sossego


À terra teve muito apego
Lucro ele não teve
A “mardita” da saúva
Fez da terra viúva
O País não ajuda
Quem quer plantar e colher
Só da terra “nóis” num pode viver.

Se meteu, sem se meter


Na política sem saber
Porque sua opinião não dava
Sua imagem foi defamada.

A Floriano mandou uma carta


Que por sinal era muito amarga
Ao saber da revolta armada
Saiu do seu Sossego, saiu agora, pra lutar
“Peço energia sigo já”

Criticando o positivistas
Acreditavam no Brasil da republica fascista
Decidido a ficar
Ficar para lutar
A revolta criava tensão
Quaresma comandava um pelotão
Junto com o Ricardo
Que não veio de “bom grado”.

Finda a revolta Policarpo tem uma visão


De que a sua pátria era uma ilusão
Coitado! Se iludiu a vida toda
E tudo que fez foi à toa
Como o vento sopra a proa
Seu destino foi marcado
Por proteger prisioneiros este como traidor foi julgado
O maior dos patriotas morreu foi fuzilado.

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