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Regra geral, os escravos do campo viviam em condições muito piores que os da cidade.
Fechados como gado, em grandes barracões sem as mínimas condições (os
“ergulastum”), trabalhavam nas enormes plantações pertencentes a senadores ou
cavaleiros romanos.
Os escravos das minas e das galés eram, sem dúvida alguma, os que tinham pior sorte.
Geralmente eram criminosos condenados por crimes de sangue, mas, por vezes, eram
simples escravos comprados para o efeito. Nas profundezas das insalubres minas do
Baixo Egito, ou nos porões dos trirremes imperiais, estes escravos levavam uma
existência verdadeiramente subumana. Geralmente, não duravam mais de três ou quatro
anos em tais condições.
O escravo não era cidadão romano, não possuía direitos sociais e políticos. O escravo
não usufruía de nenhuma liberdade: ele não possuía bens imóveis, não tinha proteção
contra a detenção ilegal, não tinha liberdade de movimento e não tinha liberdade de
escolher seu trabalho. Sua vida e atividade dependia da vontade do seu senhor; sua
situação só podia mudar se o senhor consentisse, se fosse vendido ou se morresse.
A ampla utilização da mão-de-obra escrava, entretanto, gerou resistência por parte dos
escravos através de rebeliões dos cativos. A rebelião mais significativa foi comandada
pelo gladiador escravo trácio Spartacus, de 74 a 71 a.C., ameaçando a própria cidade de
Roma. Escapando de Cápua, cidade ao sul de Roma, 74 gladiadores refugiaram-se
próximo ao vulcão Vesúvio, onde reuniram mais de 120 mil pessoas.
Para os romanos o conceito de família era bem mais abrangente, englobava tudo o que
estava sob a responsabilidade do pai: a esposa e filhos, escravos, animais e todos os
bens móveis e imóveis (família extensa). Existiam as diferenças sociais, os escravos não
eram cidadãos romanos, poderiam ser depois de sua libertação, e os pobres podiam ou
não ser cidadãos. O casamento para os ricos, antes de tudo, era uma união de famílias.
Era casamento arranjado, pouco importando o amor e sim, a posição social do noivo,
sua capacidade de tornar-se um bom chefe de família e sua possível riqueza (noiva com
12 a 15 anos, e o noivo um homem já maduro). Os escravos não podiam casar-se, o que
não impedia que namorassem entre eles, e depois se libertados a união era reconhecida.
Mas diferente dos ricos, os casais tinham mais ou menos a mesma idade e envolviam-se
basicamente por amor. Os pobres podiam casar-se, mas visavam ajudar-se na
sobrevivência diária, claro que também havia amor e paquera, como os escravos, e as
idades também não tinham muita diferença.
O casamento dos ricos era uma grande festa, a partir dali a menina se tornava uma dona
de casa. Já entre os pobres era diferente, uma vez que se uniam também para se ajudar.
Homem e mulher trabalhavam juntos arduamente, em geral eram as mulheres que
gerenciavam as de casa e dos negócios. A gravidez era sempre muito importante
primeiro porque era a geração de herdeiros e segundo porque muitas vezes a mãe morria
no parto. Quando acontecia a criança era criada pela família do pai ou por uma
madrasta. As crianças das classes ricas brincavam e eram ensinadas por um
preceptor (professor particular), as outras entre 7 e 10 anos iam para escola (pequena
sala perto de uma loja), aprendiam basicamente a ler, escrever e contar. Apenas uma
parte dessas crianças, com mais de 10 anos, passavam para escola secundária. Uma
parte menor ainda, a partir dos 14 anos, seguia os estudos superiores.