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Curso de Especialização Tecnológica ( CET )

Condução e Acompanhamento de Obra

DESENHO TÉCNICO

Arq. Pedro Lemos Cordeiro


Curso de Especialização Tecnológica ( CET )

Condução e Acompanhamento de Obra

Capítulo 1 – Desenho Técnico

1.4. Geometria Descritiva


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Condução e Acompanhamento de Obra

OBJECTIVOS
- Introdução aos fundamentos do método de Monge
- Identificação e estudo dos elementos fundamentais da Geometria
Descritiva:
- O ponto
- A recta
- O plano
- Introduzir métodos de representação bidimensional da realidade
tridimensional
- Desenvolver a capacidade de descrição de objectos por via da sua
representação bidimensional
- Apresentação da disciplina de Geometria Descritiva enquanto fundamento
teórico da disciplina de Desenho Técnico
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Condução e Acompanhamento de Obra

1.4.1. Introdução à Geometria Descritiva


1.4.2. Representação das projecções do ponto. Alfabeto do Ponto
1.4.3. Segmento de recta
1.4.3.1. Posições do segmento de recta em relação aos planos de projecção
1.4.4. Recta
1.4.4.1. Projecções da recta. Traços da recta nos planos de projecção e bissectores
1.4.4.2. Rectas projectantes
1.4.4.3. Rectas não projectantes
1.4.4.4. Quadro resumo das rectas
1.4.4.5. Posição relativa de duas rectas
1.4.5. Figuras Planas
1.5.1. Figuras contidas em planos horizontais
1.5.2. Figuras contidas em planos de frente
1.5.3. Figuras contidas em planos de perfil
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1.4..6. Plano
1.4.6.1. Definição do plano
1.4.6.2. Traços do plano e rectas notáveis
1.4.6.3. Posição de um plano em relação aos planos de projecção
1.4.6.4. Quadro resumo dos planos
1.4.6.5. Pontos e rectas pertencentes ao plano
1.4.7. Intersecção (plano/plano, recta/plano)
1.4.7.1. Intersecção de dois planos projectantes horizontais
1.4.7.2. Intersecção de dois planos projectantes verticais
1.4.7.3. Intersecção de dois planos projectantes de tipo contrário (horizontal/vertical)
1.4.7.4. Método geral da intersecção de planos
1.4.7.5. Intersecção de dois planos de rampa
1.4.7.6. Intersecção recta/plano
1.4.7.7. Quadro resumo das relações recta/plano
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1.4.1. Introdução à Geometria Descritiva


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Geometria Descritiva é a disciplina que tem por


objecto de estudo os métodos de representação da
realidade num sistema bidimensional.

A Geometria Descritiva constitui a base teórica


para as representações que são criadas no âmbito do
Desenho Técnico.

Gaspard Monge inicia no final do século XVIII o


primeiro curso de Geometria Descritiva, onde
apresenta uma sistematização de um método capaz
de “representar com exactidão por meio de
desenhos que têm duas dimensões os objectos que
têm três e que são capazes de definição rigorosa”
(Monge, Géométrie Descriptive. Leçons Données
aux Écoles Normales l’an 3 de la République)
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Sistema de representação diédrica do espaço

Rebatimento

4 semi-planos, 4 quadrantes (ou diedros) Semiplano vertical ou frontal


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Passagem à figura plana - linhas de referência


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A cota do ponto P é igual, na figura planificada, a P’’P0 ou à distância de P’’


à linha de terra; o afastamento é igual a P’P0 ou à distância de P’ à linha de
terra.
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Sistema de representação diédrica do espaço

Rebatimento

4 semi-planos, 4 quadrantes (ou diedros) Semiplano vertical ou frontal


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Sistema de representação diédrica do espaço

Planos Bissectores (β13 e β24 )


dividem Quadrantes em
Octantes
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Designam-se por planos bissectores ou simplesmente bissectores


os planos que fazem ângulos de 45º com os planos coordenados e
contêm a linha de terra.
O bissector que atravessa o 1º e 3º diedros é designado por primeiro e
representa-se por ß13.
O bissector que atravessa o 2º e 4º diedros é designado por segundo
e representa-se por ß24.
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1.4.2. Representação das projecções


do ponto. Alfabeto do Ponto.
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Sistema de representação diédrica do espaço


Um ponto será
definido por:
 Abcissa P0 – distância
ao plano de perfil π 0
 Afastamento P’ ou
(P1) – distância ao
plano vertical φ0
 Cota P’’ ou (P2) –
distância ao plano
horizontal ν 0

Representa-se o ponto
nas notações
P(P0,P1,P2) ou
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Sistema de representação diédrica do espaço


Um ponto será definido por:
 Abcissa P0 – distância ao plano de
perfil π 0
 Afastamento P1 – distância ao plano
vertical φ0
 Cota P2 – distância ao plano
horizontal ν 0
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Alfabeto do ponto
Posições do ponto
 H – no plano ν 0 C=0
 V – no plano φ0 A=0
 A – 1º octante A+C+
 B – 2º octante A+C+
 C – 3º octante A-C+
 D – 4º octante A-C+
 E – 5º octante A-C-
 F – 6º octante A-C-
 G – 7º octante A+C-
 J – 8º octante A+C-
 Q– plano β13 A=C
 I – plano β24 A=C
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Alfabeto do ponto

Posições do
ponto
 H – no plano ν 0
C=0
 V – no plano φ0 A=0
 A – 1º octante A+C+
 B – 2º octante A+C+
 C – 3º octante A-C+
 D – 4º octante A-C+
 Q – plano β13 A=C
 I – plano β24 A=C
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Posições do ponto
 H – no plano ν 0 C=0
 V – no plano φ0 A=0
 E – 5º octante A-C-
 F – 6º octante A-C-
 G – 7º octante A+C-
 J – 8º octante A+C-
 Q – plano β13 A=C
 I – plano β24 A=C
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1.4.3. Segmento de Recta


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Definição e projecções

 [A’B’] – projecção horizontal do segmento [AB]


 [A’’B’’] – projecção vertical do segmento [AB]
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Posições particulares do segmento de recta

Segmento de nível Segmento de frente (ou frontal)


 Todos os pontos de [AB] têm  Todos os pontos de [AB] têm
mesma cota mesmo afastamento
 [A’B’] – projecção horizontal do  [A’’B’’] – projecção frontal (vertical)
segmento [AB] representa a sua do segmento [AB] representa a sua
verdadeira grandeza verdadeira grandeza
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 Oblíquo – [AB]
 Perpendicular a φ0 – [AA’’] e
[BB’’]
 Perpendicular a ν 0 – [AA’] e
[BB’]
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1.4.4. Recta
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Traços de recta - Definição e Notações


Definição
 Definida por dois pontos
 Definida por um ponto e uma
direcção
Notação
 Recta definida por letras latinas
minúsculas r, s, t, …
 Projecção horizontal definida por r1
ou r’
 Projecção vertical definida por r2
ou r’’
 Traço horizontal – ponto H de
intersecção da recta com plano ν 0
 Traço vertical – ponto V de
intersecção da recta com plano φ0
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Definição
Definição e Notações
 Definida por dois pontos A e B
 Definida por um ponto e uma direcção
Notação
 Recta definida por letras minúsculas r,
s, t
 Projecção horizontal definida por r’
 Projecção vertical definida por r’’
 Traço horizontal – ponto H de
intersecção da recta com plano ν 0
 Traço vertical – ponto V de intersecção
da recta com plano φ0
 Q – intersecção da recta com plano β13

I – de intersecção da recta com plano
β24 no IV quadrante
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Rectas projectantes
Alfabeto da recta – recta projectante horizontal ou recta vertical
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Alfabeto da recta – recta projectante vertical ou recta de topo


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Rectas não projectantes


Alfabeto da recta – recta horizontal ou recta de nível
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Alfabeto da recta – recta de frente


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Alfabeto da recta – recta fronto-horizontal


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Alfabeto da recta – recta oblíqua


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Alfabeto da recta – recta passante


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Alfabeto da recta - recta perfil


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Posição relativa de duas rectas – rectas complanares

Duas rectas são


complanares se têm um
ponto comum próprio, isto
é, se se intersectam
(rectas secantes)
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Posição relativa de duas rectas – rectas complanares

Rectas complanares Rectas complanares Rectas complanares,


pertencentes a um pertencentes a um pertencentes a um
plano frontal plano projectante plano de perfil
vertical
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Posição relativa de duas rectas – rectas complanares

Duas rectas são


complanares se têm um
ponto comum impróprio, isto
é, se são paralelas
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Posição relativa de duas rectas – rectas complanares

Rectas paralelas Rectas paralelas Rectas de topo


pertencentes a um pertencentes a um paralelas, pertencentes
plano projectante plano de perfil a um plano projectante
vertical vertical
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Posição relativa de duas rectas – rectas não complanares

Rectas não complanares


são rectas que não se
intersectam
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1.4.5. Figuras planas


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Se uma figura plana tiver os seus elementos constituintes


(segmentos no caso dos polígonos e circunferências no caso dos
círculos) paralelos a um dos planos de projecção, a figura está
em Verdadeira Grandeza nessa projecção

Nesta situação é possível determinar de forma directa as projecções de


figuras planas, na medida em que estão em verdadeira grandeza numa
projecção e na outra projectam-se sobre uma única linha
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Figuras planas contidas em planos horizontais


 Quadrado [EFGI] mede 3
unidades de lado - contido no
plano horizontal ν0, tem cota
nula, os vértices F e G tem 2
unidades de afastamento.
 Os lados [FG] e [EI] são
paralelos a X
 Os lados [EF] e [IG] são
segmentos de topo
 Projecção vertical - [E’’I’’] e
[F’’G’’] em X
 Projecção horizontal - [E’F’G’I’]
coincide com o próprio
quadrado [EFGI] apresenta-se
em verdadeira grandeza
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 Circunferência - contida num


plano horizontal com uma
unidade de cota, tem 2 unidades
de raio e o seu centro tem 3
unidades de afastamento
 Projecção vertical – [A’’B’’]
paralelo a X
 Projecção horizontal – é a
verdadeira grandeza da
circunferência
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 Quadrado [ABCD] mede 3


unidades de lado – contido num
plano horizontal com 2 unidades
de cota, o seu vértice B tem
afastamento nulo, e o lado [BC]
faz com X um ângulo de 600 de
abertura para a direita
 Projecção vertical – [A’’C’’]
paralelo a X
 Projecção horizontal – é a
verdadeira grandeza do
quadrado
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Figuras planas contidas em planos de frente

 Triângulo [EFG] equilátero de 4


unidades de lado, [EF] é vertical
e o vértice G situa-se mais à
direita.
 Projecção horizontal – [F’G’]
paralelo a X
 Projecção vertical – é a
verdadeira grandeza do
triângulo
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Figuras planas contidas em planos de perfil

 Uma figura geométrica plana


contida num plano de perfil
apresenta as suas projecções
ortogonais em ν 0 e em φ0
reduzidas a segmentos de recta
perpendiculares a X
 A terceira projecção ortogonal
sobre o plano de perfil de
referência π 0 apresenta-nos a
sua verdadeira grandeza,
permitindo obter o
conhecimento completo da
figura
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1.4.6. Plano
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Um plano fica completamente definido por um dos três


conjuntos de elementos:

- Três pontos não colineares


(não alinhados)
- Um ponto e uma recta
- Duas rectas complanares
(concorrentes ou paralelas)

Os planos são representados por letras gregas minúsculas: α, β,


ω, ν , φ, π , …
Algumas destas letras são reservadas para planos particulares
(planos de projecção, planos de perfil)
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3 pontos não 1 recta e 1 ponto


colineares

2 recta paralelas 2 rectas concorrentes


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Traços e rectas notáveis do plano


Rectas e direcções importantes no estudo de um plano qualquer que o
caracterizam e simplificam a sua representação:
- Traços dos planos nos planos de projecção – lugar geométrico dos
pontos do plano com cota nula (traço horizontal) e de afastamento
nulo (traço vertical); são as rectas de intersecção do plano com os
planos de projecção
- Traços dos planos nos planos bissectores – lugar geométrico dos
pontos do plano com cota e afastamento iguais em valor algébrico
(β13 ) e iguais em valor absoluto (β24 ); são as rectas de intersecção do
plano com os planos bissectores
- Direcções das rectas frontais do plano
- Direcções das rectas horizontais do plano
- Direcção da recta de maior declive
- Direcção da recta de maior inclinação
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Construção dos traços de um plano definido por duas rectas


complanares, nos planos de projecção
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Construção dos traços, de um plano definido por duas rectas, nos


planos de projecção

(H’,H’’) – projecções do traço horizontal H


da recta AB e da recta BC (projecções do
ponto de cota nula de cada uma das rectas)
hα - traço horizontal do plano
h’’α - projecção horizontal do traço
horizontal do plano
(V’,V’’) – projecções do traço vertical V das
rectas(projecções do ponto de afastamento
nulo de cada uma das rectas)
vα - traço vertical do plano
v’’α - projecção vertical do traço vertical do
plano
N - ponto de intersecção do plano α com a
linha de terra (cota nula e afastamento nulo)
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Construção dos traços de um plano α definido por duas rectas


paralelas a e b
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fα ,hα - Traços dos q - Traços dos


f – direcção das
planos nos planos plano no plano
rectas frontais
de projecção bissector β13
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n – direcção das d – direcção das i – direcção das


rectas horizontais rectas de maior rectas de maior
ou de nível declive inclinação
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Construção das rectas horizontais ou


de nível de um plano

As projecções horizontais das rectas


horizontais de um plano são todas
paralelas entre si, logo paralelas ao
traço horizontal do plano
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Construção da direcção das rectas de


maior declive

d1 – projecção horizontal da recta de maior declive (é perpendicular ao traço


horizontal do plano)
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Construção da direcção das rectas de maior declive ( máximo


declive - rectas do plano dado que fazem um maior ângulo com H, de maior
inclinação são as rectas do plano dado que fazem o maior ângulo com F ) de um
plano definido por duas rectas complanares
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r1, r2 – projecções da recta r


s1, s2 – projecções da recta s
Recta auxiliar de nível n pertencente ao
plano definindo por r e por s
A projecção horizontal de n, n1, é, por
definição, paralela ao traço horizontal do
plano definido por r e por s
A projecção horizontal da direcção de maior
declive d, d1, é perpendicular ao traço
horizontal do plano, sendo
consequentemente perpendicular à
projecção horizontal da recta de nível n, n1
As intersecções da projecção horizontal de
d, d1, com duas outras rectas pertencentes
ao plano permitem determinar as
projecções verticais de dois pontos da
projecção vertical de d, d
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Posição do plano em relação aos planos de projecção

Plano projectante horizontal – plano perpendicular ao plano horizontal de


projecção que pode apresentar-se relativamente ao plano vertical de projecção

Oblíquo Paralelo Perpendicular

Plano Vertical Plano Frontal Plano de Perfil


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O plano projectante horizontal é representado no método da dupla


projecção ortogonal pelo seu traço vertical perpendicular ao eixo X, com traço
horizontal qualquer
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O plano frontal é representado no método da dupla projecção ortogonal pelo


seu traço horizontal paralelo a X, contendo todas as projecções do plano
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O plano de perfil é representado no método da dupla projecção ortogonal


pelos seus traços horizontal e vertical coincidentes e perpendiculares ao eixo
X, contendo todas as projecções do plano
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Plano projectante vertical (ou frontal) – plano perpendicular ao plano


vertical de projecção que se pode apresentar relativamente ao plano de
projecção horizontal de três formas

Oblíquo Paralelo Perpendicular

Plano de Topo Plano de Nível Plano de Perfil


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O plano de topo pode ser representado no método da dupla projecção


ortogonal pelo seu traço horizontal perpendicular ao eixo X , com traço vertical
qualquer
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O plano de nível pode ser representado no método da dupla projecção


ortogonal pelo seu traço vertical paralelo a X, contendo todas as projecções do
plano

Plano horizontal ou de
nível com cota positiva
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Plano Oblíquo Plano Paralelo a LT


ou Plano de Rampa
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Um plano oblíquo pode ser representado no método da dupla projecção


ortogonal do seguinte modo
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Para o plano de rampa, os traços representam-se paralelos a LT e localizam-


se acima ou abaixo dependendo do quadrante em que o plano se situa
O plano de rampa pode atravessar o I, II e IV quadrantes

I Quadrante
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O planos de rampa pode ainda atravessar: I, II e III quadrantes de projecção;


II, III e IV quadrantes de projecção e I, III e IV quadrantes de projecção

II Quadrante III Quadrante IV Quadrante


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Pontos e rectas pertencentes ao plano


Obtenção de um ponto pertencente a um plano

A condição para que um ponto


pertença a um plano é que pertença
a uma recta do plano.
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Obtenção de um ponto com afastamento x e cota y pertencente a


um plano através da intersecção de uma recta horizontal ou de
nível e uma frontal

O raciocínio e execução é idêntico para um


plano definido por os seus traços, por duas
rectas concorrentes ou paralelas, por uma
recta e um ponto ou por três pontos.

fα , hα - traços vertical e horizontal do plano


nos planos de projecção
f1, f2 – projecções verticais e horizontais de
uma recta frontal de afastamento x
pertencente ao plano.
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Identificar o ponto de cota y na recta frontal de


afastamento x pertencente ao plano

Considerar-se uma recta de nível do plano


de cota y.
As duas rectas irão intersectar-se segundo
um ponto que verifica simultaneamente as
duas condições ter afastamento x e cota y.
A1, A2 – projecções verticais e horizontais
pertencentes ao plano
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Se o plano for projectante, basta marcar a


coordenada respectiva do ponto sobre o
traço do plano, no plano de projecção
relativamente ao qual é projectante. A
outra coordenada marca-se na respectiva
linha de referência.
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Determinação de um plano passando por uma recta

Para que uma recta pertença a


um plano basta que os traços da
recta pertençam aos traços do
mesmo nome do plano, isto é,
que os traços do plano
contenham os traços da recta.
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Exemplo: determinação de um plano projectante passando por uma recta dada

fα , hα - traço fα , hα - traço
vertical e vertical e
horizontal do horizontal do
plano de topo plano vertical
nos planos de nos planos de
projecção projecção
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Intersecção de dois planos projectantes horizontais


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Intersecção de dois planos projectantes verticais


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Intersecção de planos projectantes vertical e horizontal


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Método geral de intersecção de planos


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Intersecção de dois planos de rampa


Os traços paralelos dos planos de rampa obrigam a rebater as suas
projecções num plano de perfil, por exemplo π0
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Método geral para intersecção de dois planos cujos traços não se


intersectam recorrendo a planos projectantes auxiliares (1)

Recorre-se a um plano
projectante vertical π, a partir do
qual se determinam as rectas de
intersecção deste com os dois
planos de rampa.
A intersecção destas duas rectas
identifica um ponto que pertence
simultaneamente a π e aos dois
planos de rampa, pertencendo
consequentemente à recta de
intersecção dos dois planos de
rampa.
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Método geral para intersecção de dois planos cujos traços não se


intersectam recorrendo a planos projectantes auxiliares (2)
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Intersecção Recta-Plano
Método geral de intersecção de uma recta com um plano projectante

Construção usando um plano


proj. vertical auxiliar β
Determinar os traços do plano
projectante vertical β que contém a
recta r (r’’≡vβ)
Determinar a recta i de intersecção

dos dois planos
Determinar o ponto de intersecção

T das rectas r e i
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Método geral de intersecção de uma recta com um plano projectante

Construção usando um plano


proj. horizontal auxiliar β
Determinar os traços do plano

projectante horizontal β que contém


a recta r (r’≡hβ)
Determinar a recta i de intersecção

dos dois planos


Determinar o ponto de intersecção

T das rectas r e i
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Bibliografia
- Cunha, Luís Veiga da – “Desenho técnico”, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 1991
- Ricca, Guilherme – “Geometria Descritiva – Método de Monge”, Ed. Fundação Calouste
Gulbenkian, 2006

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