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PARLAMENTAR
Vander Lúcio Gomes Penha
Advogado-Pós Graduado em Direito Público
Técnico Legislativo
www.twitter.com/vanderpenha
http://vanderpenha.blogspot.com
Outra implicação que advém do uso da abstenção é com relação ao quorum. Quando
ocorrer a abstenção do voto, o “quorum” legal será determinado com a exclusão
daqueles que fizeram esta opção. É feita uma recontagem, excluindo da casa legislativa
o número daqueles que optaram pela abstenção.
A esse respeito Celso Antônio Bandeira de Mello, faz pequeno reparo, no sentido de
que a expressão mais correta a ser utilizada seria Dever-Poder, mas o sentido final dessa
asserção, também redunda na impossibilidade do agente político deixar de cumprir com
seus deveres, em virtude do poder que lhe foi outorgado, o qual é irrenunciável.
E no art. 48, estabelece como atribuição do Poder Legislativo, dispor sobre todas as
matérias de sua competência.
Trata o dispositivo acima de exigir do parlamentar o exercício das atribuições que lhe
são inerentes, as quais ele não pode se recusar a desempenhar. Se é pacífico o fato de
que os parlamentares não podem se negar a participar de reuniões, não podem recusar a
nomeação para comissões especiais ou permanentes, não podem deixar de emitir os
pareceres que lhe competem, por consentâneo, não poderia lhe ser dada a oportunidade
de deixar de votar, pois o voto é a expressão da democracia colocada em suas mãos
quando da apreciação de proposições de interesse público.
Referências:
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 35ª Ed. Malheiros, p. 107.