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Tópicos selecionados de

Toxicologia Ocupacional

Professor Doutor
Henrique Vicente Della Rosa
Faculdade de Ciências Farmacêuticas – USP
Toxikon Assessoria Toxicológica
hdellarosa@toxikon.com.br
Tópicos selecionados de
Toxicologia Ocupacional

 Princípios gerais de Toxicologia


Ocupacional

 A importância da Toxicologia no dia


a dia do Médico do Trabalho:
exemplos práticos
Princípios gerais de
Toxicologia
• Relação dose/resposta
• Fatores que influenciam na toxicidade
• Toxicocinética
• Toxicologia dos metais: Pb; Hg; Cd; As.
• Toxicidade dos solventes
• Gases e vapores irritantes e asfixiantes
• Agrotóxicos
Introdução
• O corpo humano possui sistemas naturais de defesa
que ajudam a proteger contras muitos riscos
ambientais e ocupacionais.
• Esses sistemas de defesa ajudam também o
organismo a curar-se quando sofre um dano e/ou
fica doente.
• Os riscos ocupacionais podem ser por bactérias;
vírus; substâncias químicas (material particulado,
líquidos, gases, vapores); ruído, temperatura,
procedimentos de trabalho (fatores anti-
ergonômicos)
Os trabalhadores podem estar expostos a esses riscos
que podem debilitar seus sistemas de defesa do
organismo.
Riscos ocupacionais:
Substâncias químicas

• Material particulado
• Líquidos
• Gases
• Vapores
Principais vias de introdução

• Respiratória
• Pele
• Oral digestiva
Absorção Através da Pele

A pele constitui-se numa importante


camada protetora do organismo.
Mas....
• Não protege sempre contra os
riscos presentes no ambiente de
trabalho porque as substâncias
químicas podem ser absorvidas
diretamente pelo organismo
através da pele saudável.
• Uma vez absorvidas, as substâncias
químicas através da circulação são
transportadas para os órgãos alvo
produzindo efeitos nocivos.
Pele

• Vários materiais ou situações no ambiente de


trabalho podem causar moléstias ou lesões.

• O trabalho mecânico em que realiza fricções,


pressão e outras formas de força (p. ex.,
trabalhadores que utilizam rebitadeiras, retiram
lascas, verrumas e martelos) podem produzir calos,
bolhas, lesões nos nervos, cortes, etc.
Pele
• As centenas de novas substâncias químicas que
ingressam nos ambientes de trabalho a cada ano,
algumas delas podem ocasionar irritação da pele e
reações alérgicas da derme.

• Algumas substâncias tais como ácidos e álcalis


fortes provocarão lesões na pele quase
imediatamente.

• Outras como ácidos e álcalis diluídos e solventes


em geral, provocarão efeitos na pele só se houver
contacto da pele com a substância química durante
vários dias.
Quais substâncias pode podem
danificar a pele?

• Todas as formas de petróleo, entre elas o diesel,


lubrificantes, combustíveis, solventes, diluentes e
desengraxantes, (parafina, tricloroetileno, e os
produtos derivados do petróleo);
• Produtos do alcatrão da hulha, compreendidos os
fenóis e os cresóis.
• Algumas substâncias podem tornar a pele
enrijecida, após a formação de bolhas ou produzir
escamas isto é, dermatites.
Dermatites: sintomatologia

Habitualmente os sintomas somente aparecem


quando a substância química entra em contacto com
a pele e desaparecem quando o trabalhador deixa de
estar em contacto com a mesma.
Algumas substâncias químicas que
causam dermatites de contacto

• Formaldeído.
• Compostos de níquel.
• Resinas epóxi e catalisadores utilizados na
fabricação de produtos plásticos.
• Agentes germicidas que levam o sabão e outros
produtos de limpeza, em particular o
hexaclorofeno, bitionol e as salicilanilidas
halogenadas.
• Cromatos.
Sistema Respiratório

• O sistema respiratório dispõe de mecanismos muito


eficazes para filtrar os poluentes normais que
ocorrem no ar.
• Os sistemas de filtração do nariz (pelos) e do trato
respiratório superior (mucosa, cílios vibráteis)
impedem que grandes partículas penetrem no
organismo e atinjam os pulmões produzindo efeitos
adversos à saúde.
Sistema Respiratório

• Em geral filtra as partículas de pós de


diâmetros grandes, entre as quais as fibras.
• É muito difícil eliminar as partículas de
diâmetros pequenos que pode atingir partes
mais profundas dos pulmões e ocasionar
graves problemas respiratórios locais.
• Quando os pulmões estão expostos a
concentrações elevadas de pós, vapores,
fumos do cigarro, poluentes da atmosfera, os
mecanismos de filtração podem ficar
sobrecarregados e sofrer um dano.
Sistema Respiratório

• Uma vez sofrido o dano é provável que se


desenvolvam nos pulmões, diferentes
bactérias,vírus etc, provocando
pneumonias.
• Tarefas em locais cheios de pós (mineiros
de bauxita e carvão; engenhos de açúcar;
de amianto; indústria química; indústria
farmacêutica, etc) ⇒ maior possibilidade
de contrair doenças respiratórias que
outros trabalhadores em outras atividades.
Sistema Respiratório

• Mineiros de bauxita
• Mineiros de carvão
• Engenhos de açúcar
• Amianto
• Indústria química
• Indústria farmacêutica, etc
Maior possibilidade de contrair doenças
respiratórias que outros trabalhadores em
outras atividades.
Gases e vapores

•Irritantes
o Primários
o Secundários

•Asfixiantes
o Simples
o Sistêmicos
• Os gases e vapores podem também
penetrar no organismo através do
sistema respiratório.
• Efeitos locais no trato respiratório
superior e nos pulmões e, outras
serão absorvidos passando para a
corrente sangüínea e provocar
efeitos adversos nos órgãos alvo.
______________________
Amônia – irritante respiratório.
Gás sulfídrico – irritante e depressor do SNC.
O organismo dispõe de vários mecanismos que
podem “emitir” sinais de alarme quando ocorrem
riscos:
• Odor
• Tosse
• Irritação no nariz

Estes sinais de advertência apenas dirão que há um


provável risco.

Todavia muitas substâncias químicas não


apresentam odor e assim não podemos
identificar.
• Outras substâncias químicas só
apresentam odor quando se apresentam
em concentrações muito acima dos “níveis
de segurança” e já podem estar
provocando danos à saúde.
• Alternativamente, outras não apresentam
odor após determinado tempo próximo a
elas, pois o nariz se habitua com o seu
odor (adaptação).
• Dessa forma o olfato nem sempre é um
sinal de alarme confiável.
Aspectos Toxicológicos
dos
Solventes Orgânicos
O que é um Solvente?

De interesse para a Toxicologia Ocupacional:


• Liquido
• Compostos Orgânicos
• Dissolve outros compostos orgânicos
• Lipofílicos
• Habitualmente volátil
• Alguns compostos em outros contextos
Usos

Como Solvente Como algo mais

• Dissolução  Combustíveis
• Extração  Alimentos
• Desengraxamento  Drogas de abuso
• Tintas, corantes,  Bebidas
pinturas, coberturas  Anticongelante
• Diluição, dispersante  Explosivos
• Limpeza a seco  Poluentes
Classes Químicas dos
Solventes (1)
• Hidrocarb. Alifáticos  Gasolina
• Hidrocarb. Cíclicos  Ciclohexano
• Hidrocarb. Aromáticos  Benzeno, tolueno
• Cetonas  Ciclohexanona,
• Aldeídos acetona
• Álcoois  Acetaldeído
• Éteres  Etanol, metanol
• Ésteres  Éteres Glicólicos
 Acetato de Etila
Classes Químicas dos
Solventes (2)
• Hidrocarbonetos Nitro • Etilnitrato, TNT

• Alcanos Halogenados • 1,1,1-tricloretano,


• tetracloreto de
carbono,
• clorofórmio
• Alcenos Halogenados
• Tricloretileno,
• Cloreto de vinila

• Querosene,
• Misturas • “white spirit”
Toxicocinética dos
Solventes (A)

• Absorção rápida
• Via inalatória (solventes voláteis, por difusão)
• Via cutânea
• Ingestão (incomum)
• Distribuição
• De acordo com o teor de lipídeos e
vascularidade
• Tecidos:adiposo e os ricos em lipídeos (são
depósitos para armazenamento)
Toxicocinética dos
Solventes (B)
• Metabolismo
• Geralmente hepático, pelo sistema MFO
• Bioativação de alguns para metabólitos
tóxicos
• Excreção
• urina, produtos conjugados
• fezes, produtos conjugados
• ar expirado, solventes voláteis

MFO = função oxidase mista


Características comuns na
Toxicidade dos Solventes

• Efeitos dérmicos locais devido a


extração dos lipídeos da derme
• Efeito depressor do SNC
• Efeitos Neurotóxicos
• Efeitos Hepatotóxicos
• Efeitos Nefrotóxicos
• Risco variável de câncer
Efeitos Hepáticos dos
Solventes (1)

• Hepatite química, com ↑ transaminases indicando


dano hepatocelular
• Esteatose (fígado gorduroso), ocasionalmente
progredindo para necrose hepática
• Possível cirrose (na recuperação)
• Metabolismo reduzido de outros xenobióticos
Efeitos Hepáticos dos
Solventes (2)

• Mecanismos da hepatotoxicidade
 desalogenação
 formação de radicais livres
• Hidrocarbonetos Halogenados têm maior
toxicidade
• tetracloreto de carbono, clorofórmio
• 1,1,1-tricloretano, tricloretileno

Hidrocarbonetos não halogenados


Toxicidade Renal dos
Solventes
• Necrose tubular aguda
• Exposição aguda severa
• Hidrocarbonetos halogenados, glicóis, tolueno,
destilados do petróleo
• Glomérulonefrite
• crônica, exposição crônica
• a gasolina está implicada
Neurotoxicidade Central
Aguda
Atividade como um anestésico geral ou por
uma inibição seletiva

• Narcose
• Euforia
• Agitação (desinibição)
• Incoordenação motora, ataxia, disartria
Neurotoxicidade Central
Crônica
Controversa, difícil atribuir

“Síndrome dos Pintores”


• Depressão
• Desempenho psicomotor retardado
• Alteração da personalidade
• Diminuição da memória recente

Bateria de Testes Neurocomportamentais


da WHO
Problemas na Avaliação da
Neurotoxicidade dos
Solventes

• Definição de casos não especifica


• Índice de prevalência na reprodução
• Variabilidade nos testes neurocomportamentais
• Exames fisiológicos não específicos
• Confundida com etanol, trauma, outros fatores
• Exposições mistas
Neurotoxicidade
Periférica e Solventes
• Neuropatia axonal distal
• Solventes conhecidos especificos ou
suspeitos de causar NP:
NP
• n-hexano, metil-n-butil cetona, dissulfeto de
carbono (conhecidos)
• estireno, tetracloretileno (suspeitos)

Apresentam-se inicialmente nas


baixas extremidade
Neurotoxicidade
Periférica e Solventes
• Parestesias sensoriais precoces
• Dormência
• Perda da capacidade de receber estímulos
dos músculos e tendões (posteriormente).
Ex: reflexos no tendão de Aquiles,
vibração.

• Efeitos motores
• Fraqueza motora
• Atrofia de nervos
Neurotoxicidade
Periférica e os Solventes
Eletrofisiologia
• Padrão de inervação
• Condução nervosa lenta
Diagnostico diferencial
• Outros agentes tóxicos (etanol - induz
neuropatia)
• Mecânica (compressão) - trauma
• Deficiências nutricionais, metabólicas,
hereditárias (proteínas loucas)*
• Desmielinização, proteínas pré-neoplásicas
(SSxs)

* SSxs madprotein
Neurotoxicidade Periférica
(produto Hexanodiona)

Síndrome clássica em Mecanismos comuns do


Medicina do Trabalho n-Hexano e da MnBK*

• Reconhecida em 1964  Ambos metabolizados a


no Japão (manufat. 2,5-hexanodiona
sandal.)  Maciça morte axonal
• Mais tarde: prevalente  Desenervação
• Inicio rápido (meses)  Degeneração distal do
• MEK poderia potenciar axônio
• Controle pela  Tri-o-cresil fosfato
substituição

•MnBK – metil n butil cetona


•MEK – metil etil cetona
Toxicologia Geral dos
Solventes Halogenados Alifáticos

• Severa hepatotoxicidade (CCl4 - CHCl3)


• Nefrotoxicidade
• Arritmias Cardíacas
• Carcinogenicidade
 alcanos: polihaletos, cloretos
 alcenos: monohaletos, cloretos
Toxicologia especifica
dos Solventes Alifáticos
• Gasolina
• Glomérulonefrite (?)
• Aspiração ⇒ pneumonite
• Teor de Pb ?
• Nitratos alifáticos (inclusive o TNT)
 Metemoglobina
 Hipotensão
 Severa hepatotoxicidade
Toxicologia especifica dos
Solventes Halogenados
Alifáticos
• Tricloretileno [Ca]
• Tetracloreto de Carbono, clorofórmio - [Ca]
 Severa hepatotoxicidade
• Diclorometano (cloreto de metileno,
CH2Cl2) [Ca]
 Metabolisado a CO

[Ca] : carcinógeno
Etanol (1)

• Etanol é um bom exemplo para os álcoois


o → acetaldeído (CH3CHO)→ acetato (CH3COO-)
• Álcool desidrogenase
o cinética zero-ordem
o inibida pelo disulfiram, metranidazol
• Catalase (limitada pela H2O2)
• Induzida pelo MEOS
Etanol - 2

• Efeitos Adversos - numerosos



Intoxicação aguda
o Embriaguez
o Abuso crônico do álcool (dependência)
o Síndrome alcoólica fetal
 Síndrome de abstinência
o Delerium tremens
o Outros sintomas
Outros Álcoois

Metanol
 → formaldeído CH2O (pela AD) → acido fórmico
CHOO- (pela aldeído desidrogenase)
 Metabolismo muito lento nos primatas (a partir
do formato)
 Toxicidade na retina ⇒ visual ∆ ⇒ cegueira
 Retardo da acidose metabólica (não da acidose
láctica)
 Com indicação de hemodiálise, etanol
 Etanol inibe competitivamente a AD
Glicóis

• Etileno glicol (etanodiol) → → oxalato


o Cálculos de oxalato,
o Nefrotoxicidade, deposição de oxalato no
túbulos
o Hipocalcemia (pela quelação)
o Acidose com grande perda de anions
o Etanol, hemodiálise
• Éteres glicólicos
o Toxicidade reprodutiva
Toxicologia específica dos
Solventes Aromáticos

• BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno, xileno) -


contaminantes comuns do solo e água.
• Tolueno - potente toxicidade no SNC, desordem
cognitiva crônica
• Xileno - irritante das membranas mucosas,
especialmente a ocular.
Benzeno

C6H6
CAS = 71-43-2
PM = 78,1
P.E. = 80°C
Benzeno

ESPOSIÇÃO OCUPACIONAL ESPOSIÇÃO EXTRA-


OCUPACIONAL
• Refinarias de petróleo • Fumo do cigarro
• Petroquímicas • Poluição do tráfego
• Coquerias veicular
• Distribuidores de
combustíveis
• Síntese de outros
solventes (estireno, fenol,
clorobenzeno)
• Industria do couro
• Laboratórios químicos e
biológicos
Metabolismo

• A taxa de biotransformação do benzeno


após a exposição ocupacional é superior a
50%.
• A primeira reação é a conversão a
benzeno-epóxido (BE), principal
intermediário reativo.
• O BE é sucessivamente biotransformado a
metabólitos fenólicos que representam
cerca de 30% da dose de benzeno
absorvida (fenol - 15%; quinol - 12%;
catecol - 2%; 1,2,4-benzenotriol - 2%).
Metabolismo

• O BE reage com a glutationa e o conjugado (<1%)


origina o acido S-Fenilmercaptúrico que é
eliminado na urina.
• O anel aromático é quimicamente estável mas
cerca de 2% sofre uma abertura para formar um
metabólito de estrutura linear, o ac. trans,trans
mucônico.
Biotransformação do benzeno
Metabolismo: distribuição e
eliminação
• O benzeno é distribuído para varias partes do
corpo: sangue, medula óssea, tecido adiposo e
fígado

• É transportado do sangue para os pulmões:


eliminado

• Cerca de 12% do benzeno absorvido é eliminado


inalterado pelos pulmões e 1% pela urina

• A meia-vida do benzeno é estimada em 9 horas,


mas estes valores podem alcançar também 24
horas porque o benzeno tende a depositar-se no
tecido adiposo de onde é lentamente liberado
Toxicidade

Intoxicação aguda Intoxicação crônica


• Os sintomas mais
evidentes estão a cargo o Efeito tóxico mais
do SNC relevante esta a cargo do
sistema hematopoiético,
caracterizado por uma
menor produção de
eritrócitos, leucócitos e
plaquetas pela medula
(anemia aplástica e indução
de leucemia)
Benzeno

∀ → epóxido → fenol → catecol, →→ acido t, t-


mucônico
• Carcinógeno não genotóxico (?)
• Anemia aplástica, leucemia mielóide aguda
• Muconaldeído, quinonas na medula óssea
Limites de Exposição

TLVs/ACGIH MAK/DFG
(2005) (2005)

TWA = 0,5 ppm TRK = Limite de


STEL = 2,5 PPM Exposição Técnica

Efeitos críticos
(base para o TLV): Câncer
Biomarcadores

Urina Sangue Ar exalado

Ác. t,t- mucônico Benzeno Benzeno

Ác.S-fenilmercaptúrico
(S-PMA)

Benzeno
Limites Biológicos de
Exposição
(acido t,t, mucônico)

ACGIH/BEI DFG/EKA
ambiental urina
(mg/m3) (mg/L)
500 µg/g creat
2,0 1,6
3,3 2
6,5 3
13 5

B = basal 19,5 7
Limites Biológicos de
Exposição
(ác. fenil mercaptúrico)

ACGIH/BEI DFG/EKA
ambiental urina
(mg/m3) (µg/g cre)
25 µg/g creat B
1,0 0,010
2,0 0,025
3,0 0.040
3,3 0,045
6,5 0,090
B = basal 13 0,180

19,5 0,270
Limites Biológicos de
Exposição
(Benzeno no sangue)

ACGIH/BEI DFG/BTV
Não é relacionado
ambiental sangue
(mg/m3) (mg/L)

1 0,9
2 2,4
3 4,4
3,3 5.
6,5 14.
13. 38.
BTV – Biological Tolerance Value
Valores de referência

Acido S-fenilmercaptúrico urinário:


< 5 µg/g creat (não fumantes)

Acido trans,trans-mucônico urinário:


< 0,3 mg/g creat (não fumantes)

Benzeno no sangue: < 0,5 µg/L


Interferentes

• Acido S-fenilmercaptúrico urinário


O habito de fumar representa um fator aditivo.

• Acido trans,trans-mucônico urinário


O habito de fumar representa um fator aditivo.
Metabólito do acido sórbico (aditivo alimentar).

• Benzeno no sangue
O hábito de fumar e contaminação ambiental.
TOLUENO
(metilbenzeno)

C7H8
CAS = 108-88-3
PM = 92,1
P.E. = 111°C
EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL

• Petroquímicas • Produtos de limpeza


• Refinarias de Petróleo • Colas
Metabolismo

o O tolueno é absorvido através dos pulmões e mais


lentamente pela pele
o No organismo é encontrado primeiramente no
sangue
o Em seguida deposita-se no tecido adiposo
o 20 % da dose absorvida é eliminado inalterado pelo
trato respiratório
o 80% é biotransformado: os principais metabólitos
são o ácido hipúrico, o o-cresol e o ácido benzóico.
Toxicidade

Exposição aguda Exposição crônica

• Intolerância ao álcool
• Irritação dos vias aéreas
superiores • Cefaléia
• Distúrbios do ritmo sono-
• Depressão do SNC
vigília
• Hepatotoxicidade
(hepatomegalia)
• Nefrotoxicidade
Limites de Exposição

ACGIH (2005) DFG (2005)


TLV-TWA 50 ppm MAK 50 ppm
190 mg/m3

Efeitos críticos
(base para o TLV):SNC
Biomarcadores

Urina Sangue

• Acido hipúrico  Tolueno


• o-cresol
• Tolueno
Limites Biológicos de
Exposição
(ácido hipúrico urinário)

ACGIH/BEI DFG/BTV
(2005) (2005)
1,6 mg/g creatinina Não é relatado

Notações: B; Ne
B – basal
Ne – não especifico
Limites Biológicos de
Exposição
(orto-cresol urinário)

ACGIH/BEI DFG/BTV
(2005) (2005)

0,5 mg/L 3,0 mg/L

Notações: B
B – basal
Limites Biológicos de
Exposição
(tolueno no sangue)

ACGIH/BEI DFG/BTV
(2005) (2005)

0,5 mg/L Não relatado

Notações: nenhuma
Valores de Referência

ácido hipúrico urinário 1,5 g/g creat

o-cresol urinário 30-350 µg/L.

tolueno no sangue < 0,6 µg/L.

tolueno urinario < 1 µg/L


Interferentes

Ácido hipúrico urinário


A ingestão de álcool inibe a biotransformação do tolueno
ao ácido hipúrico

o-cresol urinário
Exposição ao fumo do cigarro; co-exposição com outros
solventes

Tolueno no sangue: não conhecido

Tolueno urinario: não conhecido


XILENOS
(dimetilbenzeno)

C8H10
CAS = 1330-20-7
o = 95-47-6
m = 108-38-3
p = 106-42-3
PM = 106,2
P.E. = o-=144°C m-=139°C p-=137°C
EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL

• Industria de solventes  Gás de descarga da


(freqüentemente em
gasolina verde
combinação com tolueno),
• Resinas sintéticas
 Fumo do cigarro,
• Plastificantes  Diluentes
• Borracha
• Preparações farmacêuticas
(vitaminas),
• Laboratórios de anatomia
patológica
METABOLISMO
o As principais vias de absorção: trato respiratório e a pele

o No organismo: reações semelhantes ao metabolismo do


tolueno

o Oxidação de um grupo metílico formando o ácido


metilbenzóico

o Ácido metilbenzóico conjuga com a glicina ⇒ acido


metilhipúrico ⇒ excretado na urina (95% da dose
absorvida)

o Pequena parte é excretada como xilenol


Toxicidade

Toxicidade aguda Toxicidade crônica:

Exposição prolongada aos


460 ppm: irritação vapores:
• olhos • Conjuntivite
• pele (dermatite). • Irritação da pele e
cavidade nasal
• SNC: inicialmente
excitação e depois
depressão.
depressão
Biomarcadores

ácidos metilhipúrico urinários

xilenos no sangue

xilenos na urina
Limites de Exposição

ACGIH - TLVs DFG

TWA 100 ppm


MAK 100 ppm
TLV-STEL/C 150 ppm

Em concentrações superiores podem


ocorrer distúrbios da visão, depressão do
SNC, confusão e coma.

Efeitos críticos (base para o TLV):


Irritação
Limites Biológicos de
Exposição
(ácidos metilhipúrico urinários)

ACGIH/BEI DFG/BTV

1,5 g/g creat 2000 mg/L


Limites Biológicos de
Exposição
(xilenos no sangue)

ACGIH/BEI DFG/BTV

Não relatado 1,5 mg/L


Valores de Referência

Ac. Metilhipúricos urinários: < 1 mg/L

Xilenos no Sangue: < 3 µg/L

Interferentes

Não conhecidos
n-HEXANO

C6H14
CAS = 110-54-3
PM = 86,2
P.E. = 69°C
P.F. = -95°C
Exposição

OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL

No passado era utilizado


• Industria de calçados
em vernizes,colas e
(solvente de cola) solventes.
• Usado em laboratório
como agente de extração
na determinação do
índice de refração dos
minerais.
METABOLISMO

Absorção:
• Sistema respiratório
• Pele

Acumulação
• Tecido adiposo.
METABOLISMO

Metabólitos do n-hexano:

2-hexanol → 2,5-hexanodiol + 2-hexanona →


5-hidroxi-2-hexanona → 2,5-hexanodiona +
4,5-dihidroxi-2-hexanona → 4-hidroxi-2,5-
hexanodiona.
METABOLISMO

• Principal via de excreção: hexano


inalterado ⇒ pulmonar ⇒ ar exalado

• Principal via de excreção dos metabólitos:


urinaria
TOXICIDADE

• A exposição elevada ao hexano produz um


efeito narcótico
• A exposição as concentrações
ocupacionais: podem causar neuropatias
periféricas
• Efeito neurotóxico: aumentado por uma
exposição simultânea a metil etil cetona
(MEK)
Limites de Exposição

ACGIH DFG

TLV-TWA 50 ppm BAT 180mg/m3

Efeitos críticos (base para o


TLV):
o SNC
o Irritação
Biomarcadores

2,5-hexanodiona urinária
Interferentes

• Consumo de álcool, variações metabólicas de


origem genética

• A metil-n-butilcetona tem entre seus metabólitos


também a 2,5-hexanodiona

• n-hexano urinário: não encontrado


Limites Biológicos de
Exposição
ACGIH/BEI DFG/BTV
(2005) (2005)

2,5-hexanodiona urinária 2,5-hexanodiona + 4,5-


dihidroxi-2-hexanona
5 mg/g creat
5 mg/L
Notações:
o Ne
o Sq
Valores de Referência

2,5-hexanodiona: < 0,5 mg/g creat.


Aspectos toxicológicos do
As, Cd, Pb e Hg
Arsênico

CAS = 7440-38-2
PA = 75
P.E. = 613°C
Arsênico

Exposição Exposição
Ocupacional extra-ocupacional

•Industria siderúrgica Consumo de frutos do


•Do vidro mar com a arsenobetaína
(não tóxica)
•Da cerâmica
Traços no ar urbano
•Preparação de fármacos
Na água (variações
•Preparação de corantes
geográficas)
Fumo do cigarro.
Metabolismo

o O As é absorvido pela via inalatória (a mais


importante no âmbito ocupacional) e a
gastrintestinal.
o No organismo se acumula sobretudo na pele e
anexos, pulmões, fígado, rins e músculos.
o As tende a se ligar aos grupos SH presentes nas
proteínas
o As3+ pode ser oxidado a As5+ mas pode também
ser metilado seja para acido monometilarsônico
(MMA) como dimetilarsínico (DMA).
o A principal via de excreção do As inorgânico e de
seus metabólitos metilados é a urinaria.
o Na urina é encontrado cerca de 20% do As
inalterado, 20% de MMA e 60% de DMA, nas
exposições a baixas doses de As inorgânico.
Toxicidade

Intoxicação aguda Intoxicação crônica


Ocorre em ambientes de
trabalho com exposições
Casos de suicídio e em baixas doses
homicídio
Sintomas:
Sintomas:
o Fadiga
oGastrintestinais o Problemas
oCardíaco gastrintestinais
oVascular o Melanodermia
o Hiperqueratose
Provoca a morte entre o Hepatomegalia que pode
30-60 minutos. evoluir para uma cirrose
o Neoplasias pulmonar,
hepática e cutânea.
Limites de Exposição

ACGIH-TLV DFG

TWA 0,01 mg/m3 TRK 0,1 mg/m3

Trióxido de As,
Pentóxido de As
Acido arsenioso
Acido arsênico
Arseniato de chumbo
Arseniato de cálcio
Limites Biológicos de
Exposição
ACGIH – BEI DFG - BAT (BLV)

o arsênico inorgânico + o arsênico inorgânico +


metabólitos metilados metabólitos metilados
30 µg/L 50 µg/L
Interferentes

• Consumo de água potável contaminada


• Fumo do cigarro
• Dieta rica em crustáceos
Valores de Referência

Arsênico urinario: 2-25 µg/L


Cádmio

Cd
CAS = 7440-43-9
PM = 112,41
P.E. = 765°C
P.F. = 320,9°C
Exposição

OCUPACIONAL EXTRA - OCUPACIONAL

Industria do zinco o Adubos com fosfato


Ligas de cádmio com outros o Fumo do cigarro
metais o Proximidades de
Baterias níquel-cádmio fundições de material não
Ligas de solda manganês- ferroso.
cádmio
Pigmentos de tintas
Estabilizantes de plásticos
Metabolismo
• Atividade industrial:principal via de absorção é o
sistema respiratório.
• A dieta diária contem de 30 a 60 µg de cádmio, cuja
absorção é de 2-7%, com pico de 20% nos indivíduos
com teor de ferro limitado.
• O Cd embora presente em todos os tecidos,
possuem maior afinidade pelo fígado e rim, pela
elevada presença, nesses órgãos, da metalotioneína.
Metabolismo

•No sangue o Cd é intra-eritrocitário.


•O Cd é eliminado principalmente através da urina e
pouco pelas fezes.

Meia- vida biológica

•Cádmio no sangue é de um a três meses.


•Cd no organismo: meia vida muito longa (10-30
anos).
Toxicidade

•O Cd liga-se a: grupos sulfidrílas das enzimas,


grupos carboxílicos, grupos fosfóricos, cisteína,
histidina, ácidos nucléicos.
•A intoxicação por via oral: menos grave do que por
via respiratória.
•Via oral:náuseas, vômito e diarréia.
Toxicidade

•Câimbras, vertigens, dores ósseas.


•Proteinúria e glicosúria.
•Via respiratória:
o Rinorréia
o Dispnéia
o Dor torácica
o Edema pulmonar
o Enfisema progressivo (por inibição da antitripsina)
o Proteinúria
o Anemia hipocrômica.
Limites de Exposição

ACGIH – TLV DFG

TWA - Cd e compostos Cd e compostos inorgânicos


como Cd Não são relatados limites

0,01 mg/m3

Efeitos críticos
(base para o TLV): Rins
Biomarcadores

Cádmio urinário
Interferências:
Hábito de fumar, idade, alimentação.

Cádmio no sangue
Interferências:
Hábito de fumar, idade, alimentação.
Biomarcadores

ACGIH - BEI ACGIH – BEI

Cádmio urinário Cádmio no sangue

5 µg/g creat B 5 µg/L B

B - basal
Valores de Referência

Cádmio urinário: 0,1 - 4 µg/L

Cádmio no Sangue: 0,1 - 3 µg/L


Mercúrio

Hg
CAS = 7439-97-6
PA = 200,6
P.E. = 356,7°C
P.F. = -38,8°C
Exposição

OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL
• Preparações de
amalgamas dentários o Água potável
• Lâmpadas o Peixes
• produção de aparelhos
científicos de precisão
(termômetros, barômetros,
manômetros)
• Plantas de produção de
cloro-soda.
Metabolismo

• Na natureza: mercúrio elementar (Hg0), mercúrio


inorgânico (Hg2+) e mercúrio orgânico.
• O mercúrio inorgânico (Hgi): liberado na água
pelas industrias; pode ser convertido a
metilmercúrio pela flora bacteriana e
sucessivamente concentrado em peixes, que
representam a principal fonte de exposição para os
indivíduos não expostos ocupacionalmente.
Metabolismo

• No âmbito ocupacional o mercúrio é absorvido


principalmente por inalação ou através da pele.
• O Hg0 é eliminado nas fezes, na urina, no ar
expirado e na saliva
• O Hg0 atravessa a barreira hemato-encefálica e se
acumula no SNC.
Metabolismo

• O Hg2+ desnatura as proteínas do trato


gastrintestinal com efeitos corrosivos.
• Pode causar necrose do túbulo renal.
• Em mineiros expostos simultaneamente ao
mercúrio e selênio: observado um menor efeito
neurotóxico.

Possível formação do complexo Hg-Se


efeito protetor (?)
Metabolismo

• O mercúrio orgânico, em particular o


metilmercúrio, é distribuído ao SNC,
fígado, e rim.
• Nas mulheres grávidas atravessa a
placenta produzindo um efeito
teratogênico.
Limites de Exposição

DFG
ACGIH - TLV
Mercúrio metálico e
Formas inorgânicas compostos inorgânicos
incluindo o Hg0 como mercúrio

TWA = 0,025 mg/m3 MAK = 0,1 mg/m3

Efeitos críticos (base para o TLV):


SNC; rins; sistema reprodutivo
Biomarcadores
Exposição ao Hg elementar e inorgânico

Mercúrio Total Inorgânico Urinário

Mercúrio Total Inorgânico no Sangue


Limites Biológicos de
Exposição
(Mercúrio total inorgânico urinário)

ACGIH DFG

BEI 35 µg/g creat B BAT 100 µg/L


Limites Biológicos de
Exposição
(Mercúrio total inorgânico no sangue)

ACGIH/BEI DFG/BAT
(2005) (2005)

15 µg/L B Não é relatado


Valores de Referência

Mercúrio urinário: < 7 µg/L.


Interferência: Consumo de peixes.

Mercúrio no sangue: < 5 µg/L.


Interferência: Consumo de peixes.
Chumbo

Pb
CAS = 7439-92-1
PA = 207
P.E. = 1740°C
P.F. = 327,5°C
Exposição

OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL

• Produção de baterias o Presente em tintas a base


• Corantes de chumbo
• Ligas metálicas o Descargas industriais
o Alimento contaminado
Exposição

Dimensões das partículas desempenham


um papel muito importante na absorção
(1µm) através do trato respiratório
Metabolismo

o Partículas de maiores dimensões são retidas no


trato respiratório e as que são removidas podem
ser em parte deglutidas

o Outra via de absorção é o trato gastrintestinal e a


pele

o Uma vez absorvido o Pb é distribuído no plasma,


fluidos extracelulares, atravessa a barreira
hemato-encefálica

o Acumula-se nos tecidos moles e no esqueleto


Metabolismo

• Mais de 95% do Pb no sangue está nas hemácias


ligado a hemoglobina e outras substancias

• A excreção do Pb ocorre pela urina e fezes


Biossíntese do HEME

o Glicina + Succinil CoA ALA SINTETASE ⇒ ALA ⇒


Porfobilinogênio ⇒ Uroporfobilinogênio ⇒
o Coproporfirinogênio ⇒ Protoporfirina + Ferro Ferro
Quelatase ⇒ HEME.

o Provoca um aumento da protoporfirina, porque


estimula a protoporfirina sintetase e inibe a ferro
quelatase
Toxicidade

Intoxicação aguda Intoxicação crônica


(saturnismo)
• Não é observada na Pb atua nos níveis:
• industria o Gastrintestinal
• Ingestão acidental de o SNC
compostos de Pb o Rins
o Tecido muscular
o Anemia normocítica
o Encefalopatia
o Aminoacidúria
o Coproporfirinúria
Toxicidade

• A toxicidade do Pb deve-se a sua afinidade pelas


membranas celulares das mitocôndrias

• Uma indicação evidente de uma futura intoxicação


é o aumento das porfirinas no sangue e na urina

• Entre os sintomas estão o aparecimento da orla


gengival e a cólica saturnínica
Principais inibições
enzimáticas
O Pb liga-se com grupos sulfidrílas de
diversas enzimas

As mais importantes são:

• Acido δ -aminolevulínico desidratase (δ -ALA-D)


• Ferro quelatase.
Limites de Exposição

EUA ALEMANHA
ACGIH TLV-TWA DFG - MAK
0,05 mg/m3 0,1 mg/m3
Efeitos críticos (base para o
TLV):
SNC; sangue; rins; sistema
reprodutivo

ITÁLIA - (D.Lgs. 25-2-2002)

0,15 mg/m3
Limites Biológicos de
Exposição
Chumbo no sangue

ACGIH - BEI* DFG/BAT


30 µg/100 ml 400 µg/L
* Mulheres em idade fértil cujo
Pb-S > 10 µg/100 ml: risco 300 µg/L
de gerar crianças com Pb-S >
10 µg/100 ml ⇒ déficit (em mulheres< 45 anos)
cognitivo

Itália
60 µg/100 mL
40 µg/100 mL (mulheres em
idade fértil)

PCMSO - Brasil
60 µg/100 mL
Valores de Referência

Chumbo no sangue:
5-160 µg/L (de acordo com a zona geográfica)
Interferências

• Idade
• Fumo do cigarro
• Amostras sensíveis a contaminação
Biomonitoramento:
Introdução

o Trata-se de uma metodologia de fundamental


importância, atualmente de ampla aplicação pratica
seja nas investigações transversais seja nas
longitudinais, pois permite avaliar o andamento
das exposições no tempo.
o O biomonitoramento é também importante na
pesquisa, particularmente nos estudos
epidemiológicos.
o Em tais investigações o valor dos biomarcadores
fornece uma informação sobre a exposição e
prognosticar um eventual desenvolvimento no
tempo, de efeitos adversos a saúde dos expostos.
Conceitos

BIOMONITORAMENTO: consiste na determinação de


biomarcadores de exposição e biomarcadores de
efeitos, nos indivíduos expostos (tecidos,
secreções, ar expirado, metabólitos) aos agentes
presentes no ambiente de trabalho, para avaliar a
exposição e o risco a saúde comparando com
referências apropriadas.

MONITORAMENTO AMBIENTAL: consiste na medida,


dos agentes químicos presentes na atmosfera do
ambiente de trabalho para avaliar a exposição
ambiental e o risco a saúde comparando com
referências apropriadas.
Limites de Exposição
Ambientais
(DFG)
• MAK (Máxima Concentração Tolerável): é a máxima
concentração de uma substancia química (gás, vapor ou
partículas aerodispersas) presente no ambiente de
trabalho que não produz efeitos adversos nos
trabalhadores expostos durante um período de 8 horas
diárias ou 40 horas semanais.

 TRK (Limite de Exposição Técnico): é o nível mais


baixo de concentração que pode ser obtido nas industrias
com a tecnologia atual.
Limites de Exposição
Ambientais
(ACGIH)
TLV-TWA (Valor limite “limiar” - média ponderada no tempo):
concentração media ponderada no tempo (calculada para uma
jornada de trabalho convencional de oito horas e/ou 40 horas de
trabalho semanal) para as quais se acredita que quase todos os
trabalhadores possam estar repetidamente expostos dia após dia
sem apresentar efeitos adversos.
TLV-STEL (Valor limite “limiar” - limite para um breve período
(tempo) de exposição): concentração a qual se acredita que os
trabalhadores possam estar expostos continuamente por um
breve período de tempo sem que surjam irritações, dano crônico
ou irreversível nos tecidos e redução do estado de atenção.
TLV-C (Valor limite “limiar” - Ceiling): concentração que não deve
ser superada durante qualquer momento da exposição da
jornada de trabalho.
Limites biológico segundo a
ACGIH e a DFG
• BEI (Índice Biológico de Exposição - ACGIH): representa
o valor do biomarcador que é possível encontrar em
amostras colhidas de trabalhadores saudáveis, expostos
aos níveis de concentração do ar da ordem de grandeza do
TLV-TWA.
o BAT (Nível Biológico Tolerado - DFG): representa a
máxima quantidade da substancia química ou de seu
metabólito presente nas amostras colhidas dos
trabalhadores expostos num período de 8 horas diárias ou
40 horas semanais.
o Os BAT são validados referindo-se aos valores do MAK.
o EKA (Limite de Exposição Equivalente para Substancias
Cancerígenas - DFG): para as substancias cancerígenas os
BATs foram substituídos pelo EKA.
Servem para investigar a relação entre a concentração da
substancia carcinogênica na atmosfera do ambiente de trabalho e
a dos metabólitos presentes no material biológico.
Considerações Finais

Os LBEs não se destinam a:

o Determinar os efeitos nocivos a saúde


ou
o Diagnosticar uma patologia ocupacional

Correspondem a uma avaliação


biológica da exposição

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