Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Toxicologia Ocupacional
Professor Doutor
Henrique Vicente Della Rosa
Faculdade de Ciências Farmacêuticas – USP
Toxikon Assessoria Toxicológica
hdellarosa@toxikon.com.br
Tópicos selecionados de
Toxicologia Ocupacional
• Material particulado
• Líquidos
• Gases
• Vapores
Principais vias de introdução
• Respiratória
• Pele
• Oral digestiva
Absorção Através da Pele
• Formaldeído.
• Compostos de níquel.
• Resinas epóxi e catalisadores utilizados na
fabricação de produtos plásticos.
• Agentes germicidas que levam o sabão e outros
produtos de limpeza, em particular o
hexaclorofeno, bitionol e as salicilanilidas
halogenadas.
• Cromatos.
Sistema Respiratório
• Mineiros de bauxita
• Mineiros de carvão
• Engenhos de açúcar
• Amianto
• Indústria química
• Indústria farmacêutica, etc
Maior possibilidade de contrair doenças
respiratórias que outros trabalhadores em
outras atividades.
Gases e vapores
•Irritantes
o Primários
o Secundários
•Asfixiantes
o Simples
o Sistêmicos
• Os gases e vapores podem também
penetrar no organismo através do
sistema respiratório.
• Efeitos locais no trato respiratório
superior e nos pulmões e, outras
serão absorvidos passando para a
corrente sangüínea e provocar
efeitos adversos nos órgãos alvo.
______________________
Amônia – irritante respiratório.
Gás sulfídrico – irritante e depressor do SNC.
O organismo dispõe de vários mecanismos que
podem “emitir” sinais de alarme quando ocorrem
riscos:
• Odor
• Tosse
• Irritação no nariz
• Dissolução Combustíveis
• Extração Alimentos
• Desengraxamento Drogas de abuso
• Tintas, corantes, Bebidas
pinturas, coberturas Anticongelante
• Diluição, dispersante Explosivos
• Limpeza a seco Poluentes
Classes Químicas dos
Solventes (1)
• Hidrocarb. Alifáticos Gasolina
• Hidrocarb. Cíclicos Ciclohexano
• Hidrocarb. Aromáticos Benzeno, tolueno
• Cetonas Ciclohexanona,
• Aldeídos acetona
• Álcoois Acetaldeído
• Éteres Etanol, metanol
• Ésteres Éteres Glicólicos
Acetato de Etila
Classes Químicas dos
Solventes (2)
• Hidrocarbonetos Nitro • Etilnitrato, TNT
• Querosene,
• Misturas • “white spirit”
Toxicocinética dos
Solventes (A)
• Absorção rápida
• Via inalatória (solventes voláteis, por difusão)
• Via cutânea
• Ingestão (incomum)
• Distribuição
• De acordo com o teor de lipídeos e
vascularidade
• Tecidos:adiposo e os ricos em lipídeos (são
depósitos para armazenamento)
Toxicocinética dos
Solventes (B)
• Metabolismo
• Geralmente hepático, pelo sistema MFO
• Bioativação de alguns para metabólitos
tóxicos
• Excreção
• urina, produtos conjugados
• fezes, produtos conjugados
• ar expirado, solventes voláteis
• Mecanismos da hepatotoxicidade
desalogenação
formação de radicais livres
• Hidrocarbonetos Halogenados têm maior
toxicidade
• tetracloreto de carbono, clorofórmio
• 1,1,1-tricloretano, tricloretileno
• Narcose
• Euforia
• Agitação (desinibição)
• Incoordenação motora, ataxia, disartria
Neurotoxicidade Central
Crônica
Controversa, difícil atribuir
• Efeitos motores
• Fraqueza motora
• Atrofia de nervos
Neurotoxicidade
Periférica e os Solventes
Eletrofisiologia
• Padrão de inervação
• Condução nervosa lenta
Diagnostico diferencial
• Outros agentes tóxicos (etanol - induz
neuropatia)
• Mecânica (compressão) - trauma
• Deficiências nutricionais, metabólicas,
hereditárias (proteínas loucas)*
• Desmielinização, proteínas pré-neoplásicas
(SSxs)
* SSxs madprotein
Neurotoxicidade Periférica
(produto Hexanodiona)
[Ca] : carcinógeno
Etanol (1)
Metanol
→ formaldeído CH2O (pela AD) → acido fórmico
CHOO- (pela aldeído desidrogenase)
Metabolismo muito lento nos primatas (a partir
do formato)
Toxicidade na retina ⇒ visual ∆ ⇒ cegueira
Retardo da acidose metabólica (não da acidose
láctica)
Com indicação de hemodiálise, etanol
Etanol inibe competitivamente a AD
Glicóis
C6H6
CAS = 71-43-2
PM = 78,1
P.E. = 80°C
Benzeno
TLVs/ACGIH MAK/DFG
(2005) (2005)
Efeitos críticos
(base para o TLV): Câncer
Biomarcadores
Ác.S-fenilmercaptúrico
(S-PMA)
Benzeno
Limites Biológicos de
Exposição
(acido t,t, mucônico)
ACGIH/BEI DFG/EKA
ambiental urina
(mg/m3) (mg/L)
500 µg/g creat
2,0 1,6
3,3 2
6,5 3
13 5
B = basal 19,5 7
Limites Biológicos de
Exposição
(ác. fenil mercaptúrico)
ACGIH/BEI DFG/EKA
ambiental urina
(mg/m3) (µg/g cre)
25 µg/g creat B
1,0 0,010
2,0 0,025
3,0 0.040
3,3 0,045
6,5 0,090
B = basal 13 0,180
19,5 0,270
Limites Biológicos de
Exposição
(Benzeno no sangue)
ACGIH/BEI DFG/BTV
Não é relacionado
ambiental sangue
(mg/m3) (mg/L)
1 0,9
2 2,4
3 4,4
3,3 5.
6,5 14.
13. 38.
BTV – Biological Tolerance Value
Valores de referência
• Benzeno no sangue
O hábito de fumar e contaminação ambiental.
TOLUENO
(metilbenzeno)
C7H8
CAS = 108-88-3
PM = 92,1
P.E. = 111°C
EXPOSIÇÃO
OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL
• Intolerância ao álcool
• Irritação dos vias aéreas
superiores • Cefaléia
• Distúrbios do ritmo sono-
• Depressão do SNC
vigília
• Hepatotoxicidade
(hepatomegalia)
• Nefrotoxicidade
Limites de Exposição
Efeitos críticos
(base para o TLV):SNC
Biomarcadores
Urina Sangue
ACGIH/BEI DFG/BTV
(2005) (2005)
1,6 mg/g creatinina Não é relatado
Notações: B; Ne
B – basal
Ne – não especifico
Limites Biológicos de
Exposição
(orto-cresol urinário)
ACGIH/BEI DFG/BTV
(2005) (2005)
Notações: B
B – basal
Limites Biológicos de
Exposição
(tolueno no sangue)
ACGIH/BEI DFG/BTV
(2005) (2005)
Notações: nenhuma
Valores de Referência
o-cresol urinário
Exposição ao fumo do cigarro; co-exposição com outros
solventes
C8H10
CAS = 1330-20-7
o = 95-47-6
m = 108-38-3
p = 106-42-3
PM = 106,2
P.E. = o-=144°C m-=139°C p-=137°C
EXPOSIÇÃO
OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL
xilenos no sangue
xilenos na urina
Limites de Exposição
ACGIH/BEI DFG/BTV
ACGIH/BEI DFG/BTV
Interferentes
Não conhecidos
n-HEXANO
C6H14
CAS = 110-54-3
PM = 86,2
P.E. = 69°C
P.F. = -95°C
Exposição
OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL
Absorção:
• Sistema respiratório
• Pele
Acumulação
• Tecido adiposo.
METABOLISMO
Metabólitos do n-hexano:
ACGIH DFG
2,5-hexanodiona urinária
Interferentes
CAS = 7440-38-2
PA = 75
P.E. = 613°C
Arsênico
Exposição Exposição
Ocupacional extra-ocupacional
ACGIH-TLV DFG
Trióxido de As,
Pentóxido de As
Acido arsenioso
Acido arsênico
Arseniato de chumbo
Arseniato de cálcio
Limites Biológicos de
Exposição
ACGIH – BEI DFG - BAT (BLV)
Cd
CAS = 7440-43-9
PM = 112,41
P.E. = 765°C
P.F. = 320,9°C
Exposição
0,01 mg/m3
Efeitos críticos
(base para o TLV): Rins
Biomarcadores
Cádmio urinário
Interferências:
Hábito de fumar, idade, alimentação.
Cádmio no sangue
Interferências:
Hábito de fumar, idade, alimentação.
Biomarcadores
B - basal
Valores de Referência
Hg
CAS = 7439-97-6
PA = 200,6
P.E. = 356,7°C
P.F. = -38,8°C
Exposição
OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL
• Preparações de
amalgamas dentários o Água potável
• Lâmpadas o Peixes
• produção de aparelhos
científicos de precisão
(termômetros, barômetros,
manômetros)
• Plantas de produção de
cloro-soda.
Metabolismo
DFG
ACGIH - TLV
Mercúrio metálico e
Formas inorgânicas compostos inorgânicos
incluindo o Hg0 como mercúrio
ACGIH DFG
ACGIH/BEI DFG/BAT
(2005) (2005)
Pb
CAS = 7439-92-1
PA = 207
P.E. = 1740°C
P.F. = 327,5°C
Exposição
OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL
EUA ALEMANHA
ACGIH TLV-TWA DFG - MAK
0,05 mg/m3 0,1 mg/m3
Efeitos críticos (base para o
TLV):
SNC; sangue; rins; sistema
reprodutivo
0,15 mg/m3
Limites Biológicos de
Exposição
Chumbo no sangue
Itália
60 µg/100 mL
40 µg/100 mL (mulheres em
idade fértil)
PCMSO - Brasil
60 µg/100 mL
Valores de Referência
Chumbo no sangue:
5-160 µg/L (de acordo com a zona geográfica)
Interferências
• Idade
• Fumo do cigarro
• Amostras sensíveis a contaminação
Biomonitoramento:
Introdução