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Índice
1.Introdução ...............................................................................................................................2
2.Caracterização do efectivo Suíno em “Open Air” da ESAS....................................................3
2.1.Efectivo Suíno...................................................................................................................3
2.1.1.Raças..........................................................................................................................3
2.2. Instalações e Equipamentos.............................................................................................5
3. Maneio Geral...........................................................................................................................8
3.1.Maneio Reprodutivo.........................................................................................................8
3.1.1. Detecção de cios........................................................................................................8
3.1.2. Inseminação Artificial (IA).......................................................................................9
3.1.2.1. Análise e Preparação do Sémen para IA..............................................................10
3.1.3.Diagnóstico de Gestação (DG).................................................................................11
3.2.Maneio Alimentar............................................................................................................11
3.2.1.Alimentação de Leitões............................................................................................11
3.2.2.Alimentação de porcas.............................................................................................12
3.3.3.Consumo de Água....................................................................................................13
3.3.Maneio Higio-Sanitário...................................................................................................14
3.3.1.Vacinação.................................................................................................................14
3.3.2.Desparasitações........................................................................................................14
4.Sistema de Produção “Open Air” Vs Suínos ao Ar Livre da ESAS.......................................14
5.Conclusão...............................................................................................................................17
6.Bibliografia............................................................................................................................18
_____________________________________________________índice
Escola Superior Agrária de Santarém
1.Introdução
A produção suína na Europa e em Portugal tem sofrido nos últimos anos algumas
modificações nos sistemas produtivos tradicionais, graças às exigências relativas
aos factores do bem-estar animal e do ambiente. Tais exigências na implementação,
por toda a Europa, em particular no Reino Unido e em França, deram origem ao
aparecimento de um novo sistema de criação de suínos ao ar livre.
O que fundamenta o sistema “open air” é o seu interesse económico, em
resultado do baixo custo do investimento inicial. Para além disso, pode servir como
um meio de investimento lucrativo na planificação agrícola tendo em vista a
ocupação de terrenos marginais ou mesmo rotacionais de culturas mais intensivas.
Apesar de ser caracterizado por uma produção intensiva, os produtos do sistema
“open air” podem transmitir uma ideia positiva na mente do consumidor, resultado da
preocupação com o bem-estar animal e o impacto ambiental.
O núcleo de suínos em “open air” da Escola Superior Agrária de Santarém está
instalado na Quinta do Bonito, em 11 parques, e é constituído na totalidade por 19
animais de raças autóctones (Bisara e Alentejana) e raças exóticas (Duroc e
Cruzado Large White x Land Race x Pietrain).
O objectivo desta produção é obter leitões com 12 kg PV para venda.
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2.1.Efectivo Suíno
Marrãs: 6 alentejanas jovens
Porcas à Reprodução: 7 bísaras e 4 alentejanas
Varrascos: 2, um Duroc e outro cruzado Large White x Land Race x Pietrain
(Fig.1)
Total: 19 animais
2.1.1.Raças
• Raças Autóctones
Raça Alentejana
A raça alentejana (Fig.2) tem origem no Sus Mediterraneus (porcos ibéricos), e é
uma raça muito bem adaptada às características edafoclimáticas do seu
ecossistema tradicional, o montado de sobro e azinho. É a raça autóctone
portuguesa com maior efectivo (9500 reprodutores inscritos no LG, 250
explorações), encontrando-se dispersa pelo Alentejo, Beira Baixa, Ribatejo,
Estremadura e Algarve.
A fêmea atinge peso vivo adulto de 150 kg e o macho de 180 kg.
A carne tem óptimas qualidades sápidas, particularmente para a confecção de
presuntos e produtos de salsicharia, dando origem a produtos certificados como
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• Raças Exóticas
Duroc
Esta raça tem relevância pela utilização de machos como varrascos terminais,
puros ou híbridos, pois produzem elevados rendimentos em carne, bons índices de
conversão, e boa qualidade da carne, sem perda de rusticidade ao nível da
produção. Tem o inconveniente de produzir ninhadas reduzidas.
Large White
É uma raça grande, com corpo longo mas não pesado, membros fortes e
excelente mobilidade. Tem grande capacidade de adaptação (rusticidade) e boa
qualidade da carcaça e da carne.
• Instalações de Apoio
• Um barracão como infra-estrutura de apoio (Fig.4);
• Instalações do núcleo de suínos intensivo em ciclo fechado.
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• Parques
• 8 Parques de maternidades;
• Um parque de maneio (Fig.4) com manga;
• Um parque de habituação à cerca eléctrica;
• Um parque mais pequeno de gestação.??? Tava no relatório de apec
• Um parque grande para porcas em gestação; ???
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Fig.5 – Cabana.
Fig.7 – Manga;
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Fig.9 – Bebedouro.
3. Maneio Geral
• Limpeza dos bebedouros semanalmente (Fig.10);
• Enchimento das charcas (Fig.11) (durante todo ano, apesar de serem mais
importantes no verão devido ao calor e para proteger dos parasitas;
• Colocação de arganel, devido ao seu hábito inerente de foçar e revolver a
terra. Através desse hábito destroem as pastagens de cobertura do solo,
favorecendo a erosão.
3.1.Maneio Reprodutivo
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• Porcas Alentejanas:
Três inseminações:
1ª IA – durante o cio;
2ª IA – 24 h após o cio;
3ª IA – 48h após o cio.
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• Parâmetros macroscópicos:
Cor
Cheiro
Volume
• Parâmetros microscópicos:
Mortalidade massal
Mortalidade individual
Avaliação quantitativa - percentagem de espermatozóides com
movimentos progressivos
Avaliação qualitativa – classificação dos espermatozóides quanto ao tipo
de movimentos
Aglutinação dos espermatozóides
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3.2.Maneio Alimentar
3.2.1.Alimentação de Leitões
Os leitões, ainda em fase de aleitamento, começam a ser alimentados com
alimento pré-starter a partir dos 15 dias de idade. Este alimento tem composição
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3.2.2.Alimentação de porcas
O fornecimento de alimento às porcas deve fazer-se consoante a condição
corporal (CC), de modo a mantê-la adequada durante todo o ciclo produtivo. Pode
por isso ser variável entre os animais.
Porcas Alentejanas:
- Vazias – 1 kg de alimento para reprodutoras 831;
- Gestantes – 2 a 3 kg de alimento para reprodutoras 831;
- Lactantes – 3 a 4 kg de alimento para reprodutoras 831.
Porcas Bísaras:
- Vazias – 2 a 3 kg de alimento para reprodutoras 831;
- Gestantes – 3 a 4 kg de alimento para reprodutoras 831;
- Lactantes – 6 a 7 kg de alimento para reprodutoras 831.
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Para porcas em gestação os efeitos da dieta são muito relevantes pois pode-se
não atingir os objectivos desejados, que são a obtenção de leitões com peso ao
nascimento de 1,5kg (mín. 1,2kg) e reservas energéticas mobilizáveis na lactação. A
dieta reflecte-se no peso da porca, mas os depósitos uterinos são pouco afectados.
No entanto deficiências energéticas em gestações sucessivas podem afectar o
desenvolvimento de leitões e fisiologia reprodutiva da fêmea.
3.3.3.Consumo de Água
Deve haver sempre água disponível e livre de contaminações. Na exploração ao
ar livre da ESAS existe um bebedouro por cada parque e a água é mudada uma vez
por semana para evitar a estagnação. Existe também um charco por cada parque
para os animais se poderem refrescar.
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3.3.Maneio Higio-Sanitário
3.3.1.Vacinação
Vacina contra a Aujeszky, doença infecto-contagiosa causada por um vírus:
3.3.2.Desparasitações
Todo o efectivo é desparasitado internamente e externamente, 3 vezes por ano
(Janeiro, Maio, Setembro), com um desparasitante cuja substância activa é a
Invermectina.
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Carga animal
• 20 Porcas / ha (500 m2 / porca)
- Pluviosidade <750 mm
- Terreno permeável
• 15 Porcas / ha (650 m2 / porca)
- Pluviosidade> 750 mm
- Terreno pouco permeável (Pardal, 2008).
• Máximo de 20 reprodutores / ha área utilizável.
Aspectos do Sistema:
• Os cuidados ao parto são os mesmos das explorações intensivas;
• Desmame: 3 – 4 Semanas;
• Colocação de anel no focinho de reprodutores – evita fossarem e
consequente deterioração do solo (Pardal, 2008).
Em relação a uma exploração intensiva de ciclo fechado, no sistema “open air” da
ESAS não se fornece Ferro aos leitões, pois estes já o conseguem adquirir pelo
facto de estarem num ambiente com terra onde existe esse mineral. Tanto o
desmame como a colocação do anel são técnicas obrigatórias neste núcleo.
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• Vantagens:
Investimento inicial inferior (D 1/3);
Bem-estar animal superior;
Menores custos com mão-de-obra;
Problemas de estrumes inexistentes;
Rendibilidade similar;
Menos problemas de unhas e membros.
• Desvantagens:
• Produtividade inferior;
• Índice de conversão superior (mais 0,15-0,2);
• Maior incidência de afecções, nomeadamente mais parasitismo;
• Taxa de mortalidade superior, especialmente dos leitões;
• Adaptação dos animais às cercas;
• Alguns problemas com animais silvestres (ataque a leitões e ao alimento);
• Menor vida produtiva das porcas;
• Explorações restritas;
• Solos leves, com boa drenagem podendo a lama de Inverno causar
problemas.
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5.Conclusão
Durante a realização deste relatório e das actividades práticas efectuadas nas
aulas pode foi possível constatar que realmente este tipo de sistema tem grandes
vantagens a nível económico no que diz respeito ao baixo custo de instalação,
eventualmente superiores rendimentos em relação a um sistema extensivo e tem o
ponto forte de ter um produto que se pode distinguir da carne de porco em intensivo
em ciclo fechado. O factor de ser uma criação a campo poder+a transmitir uma ideia
ao consumidor de menor impacto ambiental, bem como um maior bem-estar dos
animais.
A nível de mão-de-obra em certos aspectos pode ser menor. Contudo, quando se
trata de fazer operações que provoquem alguma agitação nos animais, como
desparasitar e vacinar a mão-de-obra pode aumentar.
Este sistema apresenta como vantagem, um maior bem-estar animal e é certo
que os animais conseguem desempenhar melhor comportamentos típicos da sua
espécie. No entanto com as chuvas que ocorrem durante o Inverno, o piso elameado
pode provocar problemas nos aprumos dos animais e os animais jovens e
progenitoras ficam sujeitos a essas condições climáticas adversas.
Interessante é também a semelhança entre princípios teóricos do sistema “open
air” e a forma como se desenvolve a criação de porcos a campo na Quinta do
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Bonito, podemos assim concluir que nesta área temos um núcleo de suínos
enquadrado no sistema de produção intensivo a campo “open air”.
6.Bibliografia
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