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(Enciclopédia Adventista do CBASD, vol. 10, pág. 1185-1189, recreation and amusements)
Cedo em sua história, os ASD dedicaram pouco tempo à recreação e divertimento. Três
razões para isto podem ser citadas:
(1) a IASD surgiu na Nova Inglaterra, uma área notável por suas origens puritanas;
(2) a igreja surgiu durante a era Vitoriana, notável por seu conservadorismo;
(3) provavelmente, o mais importante, os pioneiros ASD criam que a vinda do Senhor
estava tão iminente que o tempo deveria ser ocupado na proclamação do *Segundo Advento e
preparação para tão solene evento.
Ao passar o tempo e crescer o número de membros, a necessidade de satisfazer as
exigências sociais dos jovens tornou-se aparentemente crescente. Foram feitos esforços para
estabelecer princípios diretivos na escolha de formas aceitáveis de recreação e divertimentos. Em
1865, a *Review and Herald tratou assim do problema:
Em 1868, L. D. Santee descreveu uma festa de Ano Novo Adventista, que indica o tipo de
atividade que era considerada própria para os ASD há cem anos:
Talvez possa interessar a alguns saber como a igreja neste lugar (Gridley,
Illinois) passa o Ano Novo. Foi determinado prover uma cesta de jantar e uma
recreação para a Igreja e estudantes da *Escola Sabatina. Alguns queriam saber o
que poderia ser feito como divertimento, por não crermos nos divertimentos
populares atuais. ... Os pequenos se reuniam de maneira agradável ... Eles se
divertiam de várias maneiras até o jantar. Um dos estudantes da Escola Sabatina leu
o Salmo 150, após o que as crianças se reuniram ao redor de uma grande mesa
repleta de alimentos saudáveis, sendo que os adultos se serviam depois. Encerrado o
jantar, outro pequeno Salmo era lido, quando quase todos se dirigiam a um grande
espaço e se engajavam em simples jogos atléticos programados para dar tônus e
vigor aos músculos. Após jogarem durante o tempo adequado, todos voltaram para
casa, onde o Irmão J. M. Santee nos falou por pouco tempo sobre a dívida de
gratidão que temos para com o Criador e Preservador e sobre o dever das crianças
para com seus pais (Review and Herald, 21 de janeiro de 1868).
Alguns anos mais tarde, em 1873, G. I. Butler, então presidente da Associação Geral,
estabeleceu na Review and Herald certos princípios para direcionar os ASD em termos de
recreação:
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que possam manter-se com coragem sob adversidade e sofrimento. Queremos que
tenham mentes, capazes de discernir, rápidas para detectar e com coragem para
expor e resistir ao erro. Queremos que eles também tenham corpos propriamente
desenvolvidos e fortalecidos pelo exercício. ...
Até agora, então, sendo os divertimentos consistentes e auxiliadores para trazer boa
formação de tais caracteres como nós nos referimos, deveriam ser estimulados; de outra maneira,
deveriam ser desencorajados. Desenvolvimento adequado do físico, da moral e da mente é o grande
fim a ser tido em vista na educação de crianças e da mente; a moral, sendo o mais alto e mais
importante dos três.
Perguntamos primeiramente, “Precisam as crianças de divertimentos
realmente? Cremos que sim. ...
As crianças devem ser ativas e alegres. Qualquer sistema de educação
repressivo em seu caráter, de molde a tornar as crianças como pessoas idosas tolherá
o desenvolvimento natural, amargará a disposição e tornará os espíritos sombrios e
taciturnos. ... Bom ânimo é melhor do que desânimo; esperança é melhor do que o
desalento; a coragem melhor do que a melancolia. Seja tomado tal curso que será
mais propenso a produzir tais resultados. ... Pensamos em uma certa quantidade de
divertimento para conseguir tal objetivo.
Mas enquanto eu desta maneira falo em favor de divertimento inocente,
guardaria as crianças contra a impressão de que os divertimentos são o alvo da vida.
... O pai que dá recreação razoável e “entretenimento agradável” a suas crianças,
será mais capaz de fazer a adequada distinção aparecer na mente das crianças, do
que aquele que o mantém sempre no mesmo nível de trabalho útil. ...
Se for aceito que algum divertimento é próprio, o senso comum parece
ensinar a permitir somente os que são inocentes e rejeitar os que são desmoralizantes
ou os que porão as crianças sob más influências. ...
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tão fascinantes à mente, que são capazes de tomar mais tempo e atenção do que
merecem. ... Eu penso que deveriam ser desestimulados como divertimentos.
Jogar cartas consiste em uma mistura de perícia e azar, e é tão
universalmente associado com jogatina e associações aviltantes, que deveriam ser
intimidados.
I. Apresentações Aceitáveis
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o desenvolvimento da vida dos insetos, plantas, peixes, pássaros (excluindo os que
enfatizam a crueldade).
e. Arqueologia e Arte. — Filmes que se conformam com nossos padrões de modéstia cristã.
f. Jornais e História Corrente. — (Excluindo-se filmes que sejam contrários aos nossos
padrões).
g. Filmes Educacionais. — Filmes que divulgam informação e ensinam verdades em
qualquer ramo do ensino.
h. Históricos. — Filmes de eventos autênticos precisamente retratados, e preenchendo os
requisitos estabelecidos neste artigo.
i. Nossa Obra e Atividades Denominacionais.
j. Biografias. — Filmes de caráter honroso, dignos de elogios e precisamente ou
precedendo os padrões estabelecidos neste artigo.
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justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável; tudo o que é de boa fama, se há
alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. (Fil. 4:8)
Assistência ao Teatro e Esportes Comercializados. Diferentes de outras formas de
entretenimentos visuais que foram discutidos neste artigo, o palco (inclusive dramas e operas) e
esportes comercializados (inclusive entretenimentos comercializados) empregam pessoas, mas
muitos dos princípios que se aplicam para as histórias em quadrinhos, desenhos animados e
televisão, também se aplicam a eles. Ellen G. White escreve a respeito do palco:
“Há diversãos tais como a dança (Veja abaixo), cartas, xadrez, damas, etc.,
que não podemos aprovar, porquanto o Céu as condena. Estes divertimentos abrem a
porta para grande mal”. (MJ, 392).
Outros tais como jogos sobre natureza, jogos bíblicos, certos jogos de palavras, são
reconhecidos como sendo instrutivos e até mesmo de valor, salvo não ser gasto muito tempo com
eles.
Geralmente, se o caráter do jogo e o espírito com que ele é jogado são saudáveis, a questão
de ser próprio a um adventista participar em tal é determinada grandemente pela quantidade de
tempo gasto jogando-o e as associações envolvidas. Qualquer gasto de tempo que tenda a privar de
um desenvolvimento equilibrado deveria ser evitado; qualquer associação que provavelmente leve
para longe de Deus devem ser evitados.
Esportes. Incluem atividades físicas ao ar livre e em ambientes fechados, freqüentemente
competitivas, embora possam ser puramente recreativas. A IASD geralmente estimula os esportes
recreativos feitos ao ar livre em detrimento de esportes realizados em ambientes fechados. Os
últimos não são condenados quando são as melhores formas de exercício disponíveis, salvo que
sejam cuidadosamente avaliados, que não sejam levados a excessos e que um espírito cristão seja
mantido. Mas são reconhecidos como sendo uma segunda melhor forma de exercício:
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Os exercícios ginásticos preenchem uma útil lacuna em muitas escolas; mas
sem uma supervisão cuidadosa, são freqüentemente levados ao excesso. Muitos
jovens, pelas proezas de força que tentam realizar nos salões de ginástica, têm
trazido lesões para toda a vida.
O exercício em um salão de ginástica, embora bem conduzido, não pode
substituir a recreação ao ar livre (Ed., 210)
Jogatina. Em comum com a maioria das Igrejas Cristãs, os ASD objetaram quanto ao jogo
em várias bases. Eles crêem que ele viola o princípio da mordomia cristã de propriedade, é
antisocial, e é oneroso, pois não acrescenta à riqueza da comunidade e tende a tornar o acaso uma
base de conduta. Os que jogam não são abertamente mantidos como membros.
O jogo de cartas, as apostas, jogo, as corridas de cavalo e as representações
teatrais são todas de sua [de Satanás] própria invenção, e ele tem induzido homens a
levarem avante esses divertimentos com tanto zelo como se estivessem ganhando
para si a própria dádiva da vida eterna (CM, 134).
Dança. A dança, de alguma forma, tem sido uma prática mundial através da história. A
dança ritual é encontrada entre os povos mais primitivos. Em tempos bíblicos, as danças religiosas
eram associadas ao culto, como quando Míriam dirigiu o canto e a dança em gratidão pela
libertação no Mar Vermelho (Êx. 15:20, 21), e quando Davi “dançou perante o Senhor” (II Sam.
6:14).
Porém, a dança social como é conhecida hoje não é encontrada nas Escrituras, e desde o
início a IASD tem-se objetado a ela. “O divertimento da dança, como orientado em nosso dias, é
uma escola de depravação, uma terrível maldição para a sociedade” (MJ, 399). Ensinando-se que a
dança tende a diminuir o interesse na vida espiritual, geralmente envolve associações não-cristãs e
cria uma excitação que pode levar à imoralidade. Os candidatos ao batismo são aconselhados a se
absterem dela.
Possibilidades de Recreação Cristã. Os ASD têm-se esforçado sempre que possível a
tomar uma atitude positiva com respeito à recreação. Desta forma as organizações e os
departamentos jovens das associações locais estimulam tais tipos de esportes ao ar livre como
caminhada, acampar, explorações e canoagem. Sociedades jovens locais podem oferecer
oportunidades para companheirismo sadio no serviço e na recreação. Clubes de Desbravadores e
outros patrocinam várias recreações externas e internas. Entretenimentos escolares de vários tipos
— alguns deles dirigidos por estudantes — atividades manuais, coleções e projetos de JA, hobbies
em casa, bem como festas de caráter sadio, oferecem oportunidades maiores para recreação cristã
agradável para a juventude da igreja.
Ver também:
Brian E. Strayer ("Os adventistas e os filmes", Diálogo 5:1 - 1993, p. 12-15).