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Está chegando a
hora da festa da
credibilidade!
Q
uando chega o final de ano, para nós, a festa é
em dobro. Este ano, entramos no sétimo ano da
Revista ClienteSA e nove do portal Callcenter.inf.
br. E a comemoração é em alto estilo: reunindo ami-
34
gos, profissionais e empresários neste período em torno tendência
do VI Encontro com Presidentes, dia 28 de novembro. Padronização cultural, inovação
Se o ano passado o evento foi muito bom, este promete e diferenciação são os desafios
ainda mais. E é imperdível. Além dos Presidentes que já que as instituições financeiras
enfrentam para abrir novos
foram capa na ClienteSA, muitos outros que acabaram se canais de relacionamento
convencendo da qualidade do evento estão se unindo a
nossa iniciativa que, mais do que festa para as comemo-
rações, abre uma grande reflexão sobre a atividade e a
importância estratégica dentro das organizações. Nesta
edição, em particular, trazemos outro presidente de uma
importante empresa, a Golden Cross. João Carlos Rega-
do, como ocorre em todas as entrevistas, fez uma grande
reflexão sobre o papel do cliente dentro da organização,
fala sobre cultura-cliente, resultados para o negócio,
continuidade e evolução do conceito, que invariavel-
mente precisa pulsar entre os clientes internos. Outros
trabalhos jornalísticos também se destacam. Entre eles,
28
a matéria Tendência, uma grande seqüência onde mos- conference
tramos o que várias organizações em vários segmentos Mobile Meeting reúne
econômicos fazem para se relacionar com seus clien- profissionais e discute
tes. Nesta edição é a vez das instituições bancárias, que o uso do celular como
ferramenta de negócio
mereceu atenção especial pelo momento em que vem
passando com a obrigatoriedade pelo Banco Central de
criação de ouvidorias. Temos ainda outro trabalho jor-
nalístico sobre cobrança. E tem mais. Muito mais. Como
demonstra a seção Portal, onde revelamos grande parte
das discussões que levamos para nosso mundo virtual.
Imperdível o acesso aos blogs! Boa leitura.
10 portal
De cara nova, e com
muito mais conteúdo,
Callcenter.inf.br se
reafirma como líder
de informações no
Vilnor Grube segmento
44
especial
20
O setor de cobrança arma-se com
novas tecnologias para atender um
número maior de inadimplentes
entrevista
João carlos regado
Prsidente da Golden Cross
Comenta o relacionamento
8 Blogueiros
Veja o que os blogueiros
da ClienteSA comentam
sobre o mercado e dê
com um cliente sensível e o sua opinião nos blogs
reposicionamento da marca,
apostando na inovação
articulistas
seções
Contact Center 12
Frases 64
14
42 Leonardo V. Azevedo 60 32 On-line 56
Enio Klein 26 Marcos Fábio Mazza Ricardo Luiz
João Batista Ferreira
Ouvidoria 18
62 66 Players 58
54 Marco Barcellos Miguel Ignatios
Fernando Guimarães
Na Pele do Cliente Ênio Klein 2 De repente, sem avisar ninguém, Número 66 – Novembro 2007
travar as catracas, fazendo voltar
Promessa cumprida? para casa os “atrasadinhos”, que
Diretores
“Acho que já está na hora dos “instru- perderão o dia. Vilnor Grube
mentos de marketing”, assim como 3 Tomar uma atitude mais drástica: editor@clientesa.com.br
Solange Teles
a “retórica”, estarem associadas à escolher ao acaso um dos falto- solange@clientesa.com.br
responsabilidade e respeito com o sos e demiti-lo, para servir como
Editor Assistente
cliente ou consumidor. “Sinal de exemplo, não aceitando quais- Vides Júnior
Qualidade” é promessa. Logo, deve quer justificativas. vides.junior@clientesa.com.br
ser cumprida. Quando não é, alguém 4 Para servir como exemplo, demi-
Redação
deve ser punido. Severamente. Além tir um dos faltosos, porém antes Natiê Amaral, Nathália Braga e
disso, o processo precisa fluir com analisar se o mesmo bate metas, Alba Cardoso (Flávia Ghiurghi,
Nara Damante colaboradoras) e
transparência, e esta, falta e muito. pois sabe como é, o cara é bom.” Vera Moraes (revisora)
redacao@clientesa.com.br
Web Service
Cobrança preparada? Muita discussão... Rafael Galvão (Web designer)
“Fiz um levantamento das previ- “Há muito tempo se fala da necessi- Ricardo Cantini (Tecnologia)
sões de entrada de dinheiro no mer- dade de alinhamento da área de TI às Fotografia
cado em função do 13º salário desde áreas de negócio das organizações. Po- Manoel Nascimento e Divulgação
fotografia@clientesa.com.br
2001. No ano passado, a estimativa rém, a discussão fica reduzida a infindá-
foi de R$ 53 Bi e uma simples proje- veis tentativas de diálogo, entendimen- Colaboradores
ção na série nos leva a R$ 61 Bi para tos, como se pudesse ser resolvida com Ana Maria Moreira Monteiro,
Enio Klein, Fernando Guimarães,
2007. Será que a Cobrança está pre- uma espécie de pacto corporativo. Kátia Valente, Marcos Calliari, Leonardo
parada para disputar este montão de Vieiralves Azevedo, Marcos Fábio Mazza,
Augusto Mello, Marcos Barcellos, Miguel
dinheiro no bolso do cliente? Eu nun- Ignatios, Alexandre Borin, Ronaldo Fernandes
ca vi anúncio de Cobrança na TV. Qualidade Wladimir Valladares
Administração
Solange Teles
FCR é coisa séria
Marketing de Relacionamento A única recomendação, antes de Comercial / Marketing
Danilo Krochmalnik (diretor)
Fernando Guimarães adotar o FCR é que a empresa esteja danilo.kroch@clientesa.com.br
realmente preparada e interessada em Alberto Kohn (gerente nacional)
alberto@clientesa.com.br
É preciso reconhecimento promover as mudanças necessárias. Fábio Gandini (gerente de contas)
“Recompensa é o sistema de premia- Isso porque, ao contrário de alguns in- fabio.gandini@clientesa.com.br
Eliane Rocha (assistente comercial)
ção, a parte mais visível de um progra- dicadores, cujos resultados ficam apli-
ma. Importante, mas não o mais impor- cáveis aos limites de atuação da central Regional Paraná
tante, ao contrário da crença popular. de atendimento, o FCR indica clara- Valdeci Carneiro (Gerente Regional)
Tel.: (41) 3015-4740 / (41) 8818-8061
Reconhecimento é a estrutura de dife- mente o nível de saúde, de agilidade e
renciação, as categorias dos participan- de contribuição dos processos corpora- ClienteSA CONFERENCE
Joana Teles
tes. Este, sim, é crucial para a operação tivos para a satisfação dos clientes. joana@grube.com.br
bem sucedida de um programa. Rela-
Gestor TVip
cionamento é o Planejamento Estratégi- Jonas Grube
co de Contatos. Quando e como falar Da Redação jonas@grube.com.br
com cada um dos participantes. Rede
Jornalista Responsável
de Parcerias é auto-explicativo”. Mercado super aquecido Vilnor Grube (MTB. 14.463)
“A julgar pelas notícias que ainda
Fale com a Cliente S.A.
não são oficiais, podemos afirmar Rua Ezequiel Freire, 35 cj. 64
Carrapato José Teófilo sem medo de errar que o mercado CEP 02034-000 – São Paulo/SP
Tel.: (11) 6972-2340/3634/3635
de callcenter está entrando em uma
Cortando atrasos nova fase. Pelo menos dois fundos es- Visite nosso portal
“Ações mais comuns para eliminar tão avaliando algumas empresas para www.clientesa.com.br
www.callcenter.inf.br
absenteísmo e atrasos: consolidar um grande negócio, sem
1 Criar um Plano de Incentivo e falar em outras empresas internacio- A Grube Editorial não se responsabiliza pelos
artigos assinados e permite a reprodução dos
Premiação durante um período, nais que estão peregrinando à busca textos publicados, desde que com expressa
premiando os cinco melhores. de alternativas para entrar no País. autorização e condicionada à menção da fonte.
NOVIDADE
CallCenter.inf.br de cara nova
Design mais moderno e tecnologia avançada tornam
a navegação mais agradável e fácil
2 3 4 5 6
enquete Ranking
Qual canal de comunicação é mais efetivo? Por Número de Operadores Total
C
omo parte do processo de cres- que, até o segundo semestre de 2008,
cimento, a Tivit inaugurou, em a capacidade total (3500) seja preen-
São José dos Campos, seu 18º chida. Inicialmente, a nova operação
site. Com investimentos de R$ 16 mi- atende a três clientes: BV Financeira,
lhões e cerca de 8,46 mil metros qua- Unicard e Vivo. “Acreditamos que a
drados, a nova unidade está sediada no excelência dos nossos serviços faz
Centro Empresarial do Vale (antiga Ko- com que a empresa cresça por si só.
dak) e contará com sistema de telefonia Temos uma equipe motivada para bus-
totalmente VoIP. “A abertura do novo site car a satisfação de nossos clientes. Afi-
vai ao encontro desse grande momento nal, o mercado de prestação de servi-
de expansão pelo qual nós passamos”, ços vive do boca-a-boca, seja de boas da escolha do local do novo site. “Os
afirma Luiz Mattar, presidente da Tivit. ou más notícias”, explica Mattar. segmentos de TI e callcenter com-
Atualmente, 1500 operadores já es- O executivo ressalta ainda a com- petem com o mundo, e não mais só
tão trabalhando, porém, a previsão é petitividade da área e a importância em termos regionais. Temos de estar
atentos para saber quais são os fatores
competitivos para disputar um clien-
te e em qual lugar montaremos nosso
site. Temos certeza de que fizemos a
escolha certa”, afirma.
Entre os principais motivos da es-
colha de São José dos Campos, estão
a mão-de-obra qualificada, o fácil
acesso, a proximidade dos grandes
centros econômicos (São Paulo e Rio
de Janeiro) e o apoio da prefeitura.
“Analisamos o que tínhamos de com-
petitivo, como o setor de logística e
formação de mão-de-obra, e também
Luiz Mattar, presidente da Tivit vimos os pontos em que não éramos
U
m dos aspectos que deveria merecer vidor (leia-se número
maior atenção em projetos de Business de CPU), viabiliza a
Intelligence (BI) é a gestão das oportu- distribuição de infor- Leonardo Vieiralves Azevedo
é presidente da WG Systems,
nidades de mudanças que são criadas. Curio- mações para um gran- tecnologia para tomada de decisão.
samente, essa questão é negligenciada na de número de poten- E-mail: leo@wgsystems.com.br
maioria dos projetos que tive oportunidade de ciais consumidores.
acompanhar. Isso sem falar nas op-
O perfil técnico de uma equipe de implan- ções Open Source, já tratadas nessa coluna em
tação de BI, com arquitetos de dados, profis- ocasiões passadas. Outros argumentam que BI
sionais de ETL e especialistas em ferramentas, não seja propício para missão-crítica, mas esse
reforça muito as preocupações com a estrutu- argumento está carregado demais de preconcei-
ra tecnológica do projeto. Assim, rotinas de tes- tos técnicos para se realizar.
tes e homologação procuram assegurar que as Em minha opinião, o desafio é transformar a
tarefas de armazenamento e processamento dos cultura da organização inteira, direcionando-a
dados serão realizadas de acordo com as espe- para a tomada de decisão baseada mais em fa-
cificações e requisitos. Da mesma forma, a do- tos que em palpites. Para tanto, acredito que
cumentação traz um grande viés técnico, mas a única maneira é compor os times de BI com
trata com superficialidade a forma de usar a so- pessoas que consigam ter melhor entendimen-
lução no dia-a-dia do negócio. to e ação nas questões organizacionais e cul-
Caro leitor, não me entenda mal! Todas as turais. Passa por definir melhores critérios de
verificações descritas até o momento são in- governança de BI, estabelecendo prioridades e
dispensáveis, mas não são suficientes para o responsabilidades de uma forma mais transpa-
sucesso do projeto de BI. Note: a eficácia da rente. Finalmente, pessoas na equipe devem ser
iniciativa de BI será maximizada quando ela capazes de redesenhar processos de negócio,
suportar as decisões cotidianas, tomadas pelo aproveitando todas as oportunidades de melho-
pessoal de operação. Concedo ou não descon- rias que são jogadas à mesa quando um projeto
to para esse cliente? Como devo tratar essa re- de BI é bem sucedido.
clamação? Ofereço um produto superior pelo Um exemplo ajudará a tornar mais cla-
mesmo preço? São milhares de decisões como ro meus argumentos. Pense no callcenter de
essas que são tomadas pelas áreas operacionais uma das empresas que você é cliente. Imagi-
que fazem a diferença para os clientes e, em úl- ne o quanto seria bom se o operador pudes-
tima instância, para a própria empresa. Como o se ter, no momento que estivesse realizando
BI é tipicamente direcionado para níveis hierár- seu atendimento, as suas informações históri-
quicos a partir da gerência média, não há qual- cas combinadas com estatísticas dos demais
“
quer impacto nas decisões operacionais. clientes. Seria simples perceber a sua impor-
Há quem argumente tância para a empresa, assim como a recor-
que os custos são a prin- rência do problema relatado por você nos de-
A documentação cipal barreira para a im- mais clientes. Note que o pulo do gato seria
traz um grande viés plantação de um BI com fazer com que o operador usasse toda essa
técnico, mas trata com abrangência operacional. massa de informações com habilidade, au-
Ousarei discordar. O uso mentando a inteligência das decisões toma-
superficialidade a de soluções de BI através das enquanto você está na linha. Uma estória
forma de usar a solu- da plataforma internet, como essa ainda parece ficção científica, mas
aliado a modelos de licen- acredito que empresas líderes em relaciona-
ção no dia-a-dia ciamento por capacidade mento com clientes chegarão brevemente a
do negócio de processamento do ser- esse estágio. Mãos à obra!
O
compromisso de levar o puro companhia viu que só teria
espírito do Brasil para o mun- bons resultados se produ-
do e mostrar a versatilidade zisse algo realmente di-
que um produto brasileiro pode ofe- ferente. “Até porque
recer ao exterior. Com esses desafios a cachaça não era
em mente, Marcos de Moraes fun- um hype, pois
dou a Sagatiba, empresa que fabrica existe há 400
uma das cachaças mais consumidas anos. Tivemos
na Europa. Em uma de suas viagens que desenvol-
à Europa, Moraes observou que não ver um produ-
existia uma empresa internacional to que tivesse
que produzisse uma cachaça com a contato com o con-
mesma qualidade que o público do sumidor e carregasse o “Puro
exterior estava acostumado. E identi- Espírito do Brasil”, sua atitude despo-
ficou aí uma oportunidade de merca- jada e positiva, sempre de bem com mento para que
do para atender essa demanda. a vida. Esse é o espírito que levamos os barmen aprendes-
“As pessoas consumiam muita cai- a todos os países onde colocamos sem seus vários aspectos e apostamos
pirinha naquela região, no entanto a nossa marca”, conta Flávio. Definido em ações de degustação para mostrar
cachaça utilizada era tratada como o nome do produto, seu lançamen- o sabor da bebida”, comenta Flávio.
commodity, pois não se sabia a mar- to foi realizado durante a “Brasil 40 Uma figura importante no processo
ca contida no drinque. A cachaça tem graus”, evento que acontece na Sel-
história e público consumidor já for- fridges, em Londres. “Nós montamos
mado, só faltava um produto que ti- um quiosque que lembrava as praias
vesse a mesma qualidade dos destila- cariocas, e o público fez degustações.
dos encontrados no exterior”, lembra Tivemos ótima aceitação. A Sagatiba
Flávio Stadnik, diretor de marketing foi um dos destilados mais vendidos
da Sagatiba. Para conquistar esse na história do evento. Depois disso
exigente mercado, a empresa fez lançamos o produto na Itália, na Ho-
um levantamento de todas as com- landa e no Brasil. Hoje, estamos pre-
panhias que trabalhavam a ca- sentes em 17 países, e começamos
chaça fora do País, e buscou uma operação nos Estados Unidos”,
entender o comportamento comemora Flávio.
do público em relação aos
destilados. “Vimos que, em Como chegar ao cliente
determinados países, o con- Um dos desafios da Sagatiba foi le-
sumo é muito forte, e a ca- var o produto a diferentes públicos.
chaça é uma bebida muito Para conquistar o cliente brasileiro,
presente, como é o caso habituado com as várias receitas
na Inglaterra, onde temos com cachaça, a companhia investiu
nosso melhor mercado no processo de multidestilação, dan-
consumidor fora do Bra- do maior grau de pureza à bebida. Já
sil”, explica Flávio. para o público estrangeiro, que pos-
A partir desse cená- sui uma cultura de destilados mais
rio, a Sagatiba buscou forte, a companhia apostou na versa-
entregar mais do que tilidade do produto. “O consumidor
um simples destilado. brasileiro sabe o que é a cachaça e
Com tantos lança- para que serve. No exterior, tivemos
mentos de bebidas, a que instituir um programa de treina-
16 cliente sa www.clientesa.com.br
“ Desenvolver um produto
que carrega o puro espírito
do Brasil e sua atitude
“ Outros produtos se
posicionaram como
cachaças Premium, mas
”
despojada e positiva isso não é uma ameaça
para nós, e quem se
”
beneficia é o consumidor
de consolidação da marca é seu em- Flávio Stadnik, diretor de marketing da Sagatiba
baixador mundial, John Gakuru, que
corre o mundo mostrando a versatili-
dade do produto.
Também fez parte da estratégia da A comunicação com o cliente
companhia campanhas de comuni- também acontece por meio do SAC,
cação junto aos principais veículos forte na Internet como meio de co- um site próprio localizado no Brasil,
de comunicação. Para fortalecer o municação com o cliente. “Como onde as mensagens são direcionadas
“brasileirismo” da marca, a empre- estamos presentes em mais de 17 aos setores responsáveis. Outro ca-
sa contou com a ajuda de Seu Jorge, países, a internet acaba sendo mais nal de contato da companhia são os
que cuja representatividade da cultu- prática e viável para os diversos ti- eventos, onde os clientes têm a opor-
ra brasileira é forte na Europa, para pos e nacionalidades dos clientes. E tunidade de degustar e conhecer o
narrar o documentário “Puro Espírito porque fazemos contato com países produto.
do Brasil”, para o qual compôs uma aonde nem chegamos ainda”, des- Abrindo o segmento da cachaça Pre-
música chamada Sagatiba. taca Flávio. Através do site o cliente mium nos Estados Unidos e Europa, a
tem dicas de como preparar drinques, Sagatiba Preciosa alcançou a impres-
Como atender o cliente além de um guia com os melhores e sionante classificação de 96 pontos
Como uma empresa que atua in- mais badalados bares das melhores pelo Beverage Testing Institute (BTI),
ternacionalmente, a Sagatiba aposta cidades do mundo. de Chicago. “Apenas 30 destilados na
história conseguiram atingir essa pontu-
ação”, orgulha-se Flávio.
No Brasil, a marca ainda é nova e
não tem a tradição nem o posicio-
namento de preço de outras marcas.
Ainda assim, uma pesquisa realizada
pela Nielsen mostrou que a marca é
a quarta mais vendida em São Paulo
e no interior. “Outros produtos tam-
bém se posicionaram como cachaças
Premium, mas isso não é uma ame-
aça para nós, e quem se beneficia é
o consumidor. Nos preocupamos em
construir a marca e trabalhamos para
liderar a categoria”, esclarece Flávio.
A estratégia da Sagatiba agora é so-
lidificar a marca nos países onde está
presente, além de conquistar novos
mercados. “Queremos buscar novos
investidores e distribuidores em outros
países, mas o que nos interessa agora
é construir a marca de forma sólida e
consistente nos países onde já estamos.
Hoje, o mercado externo representa
35% para a Sagatiba, mas a intenção é
que essa situação seja revertida e que
o volume do negócio aumente fora do
País”, aposta Flávio.
www.clientesa.com.br cliente sa 17
ouvidoria
Ouvidoria da
Ouvidoria no setor público Unimed Cuiabá
Deputados buscam regulamentação do setor comemora
P aniversário
ara regulamentar a ou- que obriga as empresas com
vidoria na iniciativa pri- mais de 300 empregados a
vada, o deputado Sérgio manter serviços de ouvidoria,
Barradas Carneiro (PT-BA), au-
tor do Projeto de Lei 342/07,
participou de um debate sobre
a proposta de regulamentação
P ara festejar seu terceiro aniver-
sário, a Ouvidoria da Unimed
Cuiabá realizou um evento com pa-
do setor na Comissão de Defe-
lestras sobre o tema, ministradas por
sa do Consumidor. Na ocasião,
diretores e convidados.
Carneiro observou que o texto
Na ocasião, o presidente da Uni-
visa melhorar a relação com o
med Cuiabá, Kamil Fares, destacou
consumidor e estabelecer um
a importância da criação da Ouvi-
estágio anterior à Justiça para a
doria. “Identificamos todos os pon-
resolução dos conflitos.
tos frágeis da cooperativa, e a insta-
O deputado ressaltou ainda
lação da Ouvidoria estava entre as
que a proposta a ser votada na
12 grandes propostas da nossa cha-
comissão não será o projeto ori-
pa em 2004”, comenta.
ginal, mas o substitutivo a ser
O ex-presidente da Associação
apresentado pelo relator, de-
Brasileira de Ouvidoria (ABO),
putado Luiz Bassuma (PT-BA).
Edson Vismona, participante do
“A lei vai ter que entrar no se-
evento, explicou que na prestação
tor privado, senão teremos que
de serviço ser atencioso é impres-
voltar à discussão preliminar
cindível, e que a criação das ou-
sobre se essa lei deve ou não
vidorias foi uma resposta à Lei de
existir, que já está superada”,
Defesa do Consumidor. Vismona
afirma Bassuma.
também resumiu em uma frase as
Em relação ao setor público,
diferenças entre o callcenter e a ou-
Bassuma diz que não está de-
vidoria. “Callcenter é quantidade e
finido como será a escolha do
ouvidoria é qualidade”, definiu.
ouvidor. Para ele, a eleição pe-
A comemoração contou também
los próprios funcionários não
com sorteio de prêmios e apresenta-
funciona, porque o ouvidor não
ção do coral ‘Mestre Albertino’.
representa os interesses dos tra-
balhadores, mas dos cidadãos.
“Ainda não temos uma solução
ideal para isso”, comenta. A
previsão é de que o projeto seja
votado na comissão até o final
de novembro.
Atuando em um mercado
conhecido pela sensibilidade
do cliente, a Golden Cross inova
com diversos canais de
comunicação, otimiza
ferramentas para facilitar
o relacionamento entre seus
diversos clientes e aposta na
inovação tecnológica
Relacionamento sólido em
um segmento sensível
Quem é o “senhor E como é a infra-estrutura de conquista do cliente. Vendemos a
cliente”? relacionamento? empresa por meio do callcenter.
João Carlos Regado Ele é tudo para Para um bom relacionamento, é
a instituição. Uma empresa só é bem preciso ter serviço e tecnologia, ba- E qual o diferencial do seu
sucedida se tiver clientes. A gestão da sicamente. Também temos uma ou- atendimento?
Golden Cross é focada em conquis- vidoria, ligada diretamente ao pre- Quando o cliente liga para nós, ele
tar o cliente, o resto vem de enfeite. É sidente da empresa, José Carlos da digita a matrícula após o atendimento.
importante ter um cliente fidelizado Mata, para que o cliente tenha um Assim, ele já é atendido pelo nome,
e satisfeito em um segmento compli- canal de acesso direto. A média da porque o atendente já tem em sua tela
cado como é o nosso – em saúde é ouvidoria é de 110 acessos por mês, todos os dados do cliente, suas carac-
difícil agradar a clientela. Na gestão entre sugestões, elogios e reclama- terísticas e sua ficha médica, e isso
que adotamos, de alguma forma, ções. Esses chamados são tratados permite um atendimento rápido e efi-
podemos passar uma imagem que com cuidado e passados para os caz. Essa grande integração facilita a
deixa o paciente um pouco ansioso. departamentos internos com a visão vida do associado. Ele não precisa se
Isso acontece quando checamos o do cliente, para que possamos apri- deslocar – como acontece em outras
material que vai ser utilizado, como morar cada vez mais nossos serviços. empresas de planos de saúde – para
próteses, ou quando verificamos se E focamos toda nossa tecnologia no pegar uma ficha médica ou uma guia
há realmente necessidade de interna- assinante. Adquirimos um equipa- de exame, por exemplo.
ção. Esses momentos críticos geram mento para integrar computador e Disponibilizamos isso pelo telefo-
ansiedade. Por isso investimos muito telefone, com o objetivo de melho- ne e também pelo nosso portal, e isso
em relacionamento com o cliente, rar o atendimento. Nosso callcenter permite que o cliente tenha acesso
porque, se uma empresa tiver clien- conta com 150 PAs e é próprio, pois a vários serviços, além de ser de fácil
te, tem tudo. acreditamos que seja uma forma de navegabilidade. Investimos mais de R$
”
relacionamento com nosso cliente
“
negociação com hospitais em estru-
turas de exames, seja de imagens,
laboratórios ou análises clínicas, A contratação de uma empresa de
porque ainda não verticalizamos. Al-
relacionamento nos ajudou muito a entendermos esse
”
guns dos nossos concorrentes inves-
tem em hospitais, centros médicos importante parceiro de negócio que é o corretor
e laboratórios que têm junto à rede.
Nós conseguimos fazer fortes parce-
rias e fornecer o que há de melhor ao
nosso cliente. Não tentamos levar o atendê-los e para que eles sintam-se do currículo, da sua experiência.
cliente para nosso hospital ou labo- felizes e satisfeitos. Na Golden Cross, temos uma figura
ratório, pois ele tem de ter liberdade muito importante, que é uma pessoa
de escolha. Isso é uma forma de ino- E o que fazer para que gosta de lidar com gente, e isso
var com a eficácia de análise da con- implementar a cultura é mais importante do que a qualifica-
ta médica e com a facilidade para o de clientes na empresa? ção profissional. O mais importante,
nosso cliente, que tem uma escolha Costumo dizer que as pessoas en- para mim, hoje, é quem eu coloco no
ampla e aberta. tram em qualquer empresa por meio barco e quem eu tiro dele. A empre-
sa está focada em clientes, então ela
Como as informações do tem de ter pessoas que saibam servir
cliente são processadas e tenham prazer em atender gente.
pela empresa? Isso é fundamental. Nós orientamos
Fazemos pesquisas com as infor- os recursos humanos e a diretoria
mações conquistadas através da cen- para que seja assim. Já houve casos
tral e da ouvidoria. Na classificação onde fizemos mudanças na diretoria,
dos clientes, há sugestões da identi- não por qualificação profissional, e
ficação do foco de atuação para me- sim por foco no cliente.
lhorar nosso relacionamento com o
cliente, com o corretor e com o pres- Como profissional, de que
tador de serviços. Também fazemos maneira você vê o mercado
pesquisas onde reunimos médicos, onde atua?
“
sem que eles saibam quem está re- O Brasil, hoje, tem uma estrutura
alizando a pesquisa, e identificamos de atendimento médico hospitalar
quais são os anseios de melhor mo- instalada fundamentalmente nos
delo de atendimento que eles iden- Esse é um grandes centros e em São Paulo, e
tificam para poder prestar um bom segmento que veio é uma estrutura central de atendi-
atendimento ao paciente. mento que não fica devendo nada
Baseados nessas experiências e
para ficar, e quanto aos melhores centros do mundo.
pesquisas, que são feitas regional- mais for flexibilizado Esse segmento tem demonstrado
mente (a estrutura de atendimento e bem gerido, mais que veio para ficar e o atendimento
está presente em nove localidades: público está cada vez mais se fo-
Belém, Recife, Salvador, Rio de Ja- clientes vai agregar, cando na população de baixa ren-
neiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto permitindo ao poder da, por essa não ter acesso. Agora,
Alegre, São Paulo e Vitória), asse- é um anseio da população ter um
guram uma identificação local dos
público atender a plano de saúde e previdência. Já
população de baixa
”
anseios do cliente, e essas pesquisas foram publicadas reportagens em
são feitas regionalmente para nos renda revistas especializadas afirmando
assegurar uma atuação mais próxi- que esse é o anseio da classe média
ma ao público, para que possamos e alta. Então, esse é um segmento
“
ser um segmento que vai concen- de smartphone, que facilita bastante
trar muito crescimento. Ou seja, os a comunicação. Com ele, é possível
grandes vão continuar crescendo, A empresa que nosso auditor médico vá ao hos-
e acho que os pequenos operado- pital visitar um paciente e transfira,
res médicos não vão ter condições está focada em via smartphone, algumas informa-
de continuar. Com isso, temos de clientes, então ela ções para uma central de inteligência
estar preparados para receber mais médica, que o ajuda a atender me-
clientes no nosso negócio.
tem que ter pessoas lhor aos interesses do paciente que
que saibam servir e está internado.
Mas você, como cliente, tenham prazer em Praticamente 80% dos nossos aten-
”
acredita que o Brasil está dimentos são real-time. Seja para fa-
começando a criar uma atender gente zer um exame ou uma internação
cultura do cliente? em pronto-socorro. Já a questão dos
Acho que sim. Está certo que ela prontuários é mais delicada, por
varia de região para região. Algumas A infra-estrutura causa do sigilo médico. Com isso
têm mais cultura de atendimento ao ainda atrapalha esse não trabalhamos, a não ser quando
cliente e outras menos. A cultura bra- desenvolvimento? é relação entre médicos. Temos uma
sileira está sendo mais educada, fo- Sim. A logística é fundamental nisso. central que discute com médicos a
cada no cliente, e muito mais gentil, O acesso a sistemas e a comunicação terapia aplicada e a qualidade do
tentando ir ao encontro dos interes- são muito importantes. A infra-estru- atendimento. É possível trocar infor-
ses do associado. O mercado profis- tura que nos atrapalha, também afeta mações do prontuário do paciente.
sional do Brasil está amadurecendo nosso cliente e nosso preço. Gasta-se
cada vez mais e focado, e o cliente mais dinheiro para resolver coisas que Por que a operação do
se encontra mais orientado. poderiam ser resolvidas mais facil- callcenter não é terceirizada?
O nível de tributação do País é mente. É por isso que, cada vez mais, Já fizemos algumas investidas
muito alto e isso impede o desenvol- as empresas fazem negócio pela in- nesse campo. O callcenter ativo
vimento e conquista de cliente. Acho ternet para facilitar a vida do cliente. até poderia ser terceirizado, já que
que o empresário, apesar das dificul- E as empresas de plano de saúde têm fazemos campanha de welcome,
dades, insiste em produzir, em ter dificuldade em pegar o prontuário do de recuperação de clientes inadim-
mais serviços e produtos para con- cliente e disponibilizar na rede. plentes, prospecção, entre outras.
quistar mais clientes, essa é a cultura Por uma questão de custo, quando Mas o receptivo depende de um
do empresário brasileiro. ele vai a qualquer médico, consegue treinamento muito grande, que eu
“
até acredito podermos estudar. Mas,
hoje, entendemos que nosso negó-
cio é a conquista do cliente e esta-
80% dos nossos atendimentos são mos concentrados em mantê-lo e
real-time. Seja para fazer um exame ou encantá-lo. O estudo da terceiriza-
”
uma internação no pronto-socorro ção servirá para ver qual é a vanta-
gem competitiva que teremos tercei-
rizando e não verticalizando.
J
á está consolidado o conceito de que as ex- videm, se consagram e
perências do ser humano e a maneira de comungam experiên-
como elas se incorporam ao “ser cultural” cias normais nessa fase
são imprescindíveis para o planejamento da ofer- de suas vidas. É públi-
ta de produtos e serviços. co, é geral, é coletivo e, João Batista Ferreira é diretor executivo
da Alshop e CEO da J2Marketing.
Isso não representa novidades no plano da per- portanto, é social. Eles E-mail: jbatista@j2mkt.com
cepção profissional, mas, se saímos do terreno an- encenam suas persona-
tes exclusivo aos gestores/detentores do puro co- gens requintando o co-
nhecimento do mercado do luxo, para entrarmos nhecimento e enriquecendo a consciência em um
em um cenário onde imperam a multiplicidade processo coletivo de partilha, e acessam interativa-
dos canais e explodem as vias de interação. Nes- mente os testemunhais sobre o conflito.
te cenário o mercado do luxo passa a democratizar Ora, esta é a geração que está acostumada a
um novo olhar nos modelos de gestão. Um olhar perceber, em um relance, se os produtos ou ser-
atento e incisivo, em momento marcante da his- viços alardeados e mostrados nos pontos-de-
tória do consumo, porque implode e extir- venda têm autenticidade na proposta de
pa arraigadíssimos paradigmas de antiga valor. Não serão muito mais aceitos
ordem da estratificação social. aqueles produtos ou serviços que
Isso tudo requer uma abordagem não trouxerem uma taxa de desejo
inovadora no gerenciamento da em sua proposta.
“oferta genuína de identidade” dos Esse inovador patamar de ati-
produtos e serviços em seus vá- vidade econômica exige olhar
rios planos: no pessoal - quem questionador, tornando-se pauta
sou eu e o que quero transmitir; de negócios e ferramenta-referên-
no profissional - qual será minha cia de gestão.
contribuição; no empresarial - o De pequeninas peças de porce-
que ofereço ao outro; no institu- lana a grandes redes de hotelaria,
cional - quem eu represento ago- passando por vestuário, calçados e
ra; no sociológico - em nome de acessórios, bebidas, automóveis e
que eu atuo. Está em processo a ple- outros itens de desejo, nosso País
na revolução do pensamento compartilhado. Se- tem hoje até instituições financeiras de cunho
cond Life, YouTube, My Space, orkut, World of mais social e popular – como o Banco do Brasil
Starcraft ... são testemunhos disso. e o Bradesco, por exemplo – produtos dirigidos
Pablo, meu filho de 19 anos, estudante de Psico- ao cliente Premium.
logia, chamou minha atenção para alguns dos ritos Produtos mais comuns, como cervejas e água
de passagem que são observáveis em todos os gru- mineral, carregam essa linguagem de diferencia-
“
pos em diversas sociedades, em todos os momen- ção em seus rótulos, vestindo-os com um cer-
tos da história. Na minha to toque de especiaria nas prateleiras, para este
Esta é a geração geração, por exemplo, o consumidor exponencialmente mais exigente e
enfrentamento com os con- antenado em um mundo cada vez mais conges-
que está acostumada a flitos da adolescência era tionado de ofertas de experiências.
perceber, num relance, se uma luta solitária, intrans- Quem está mais preparado para a decisão de
os produtos ou serviços ferível, partilhável, quando compra? Minha geração, sofrida, sem tanta fa-
muito, entre amigos íntimos cilidade nos acessos ao conhecimento, ou essa
alardeados e mostrados e confiáveis. Já na geração “galera” que, em grupos variando entre 20, 30
nos pontos-de-venda de Pablo, que aprendeu a ou até mesmo 40 mil outros membros da comu-
escrever em computador, nidade, ou da tribo, dedica-se abertamente ao
têm autenticidade na são milhares os meninos e compartilhamento. O que é que você, da minha
proposta de valor meninas que alardeiam, di- geração, tem a dizer?
A hora da mobilidade
invadir as empresas
Mobile Meeting ClienteSA reúne profissionais e aponta tendências
de mobilidade, a partir do celular como ferramenta de negócios
O
potencial da mobilidade no para trabalhar. Em contrapartida,
Brasil é muito grande e ain- apenas 1% dos celulares utilizados
da está começando, como pelos trabalhadores são fornecidos
demonstraram os executivos que pelas empresas.
participaram do Mobile Meeting Mas a convergência de tecnolo-
ClienteSA realizado no final de ou- gias, com a junção dos sistemas,
tubro, em São Paulo. Com o objetivo só vai se consolidar pela experi-
de discutir conceitos, tecnologias, ência do usuário. Com a rede 3G,
tendências e cases com especialistas por exemplo, os sistemas serão
que fazem parte da cadeia produti- mais interativos e multimídia, in-
va, demonstramos a viabilidade de clusive no atendimento ao cliente
um negócio que só promete cresci- – uma revolução que vai chegar às
mento. A Conference foi aberta por centrais de atendimento. “Essa ten-
Alexandre Borin, diretor de Multi- dência de serviços, muito apoiada
media do Ericsson Mobility World. no que vem se convencionando para acessar páginas simples, ou
Ele identifica que 74% dos trabalha- chamar de Web 2.0 ou Enterprise para quem não precisa de veloci-
dores do País têm celular e que 50% 2.0, reúne comunidades corporati- dade, não haverá diferença. “A Ter-
deles precisam do aparelho móvel vas, promove integrações e maior ceira Geração vai contribuir para
colaboração e educação e passa quem busca, por exemplo, produ-
pela identificação da necessidade tividade e melhor atendimento ao
O que se espera da de uso”, pondera Borin. cliente com retorno financeiro”,
mobilidade No primeiro Painel, Alexandre
Fernandes, diretor de VAS (Serviços
Mais interatividade no atendimen-
to ao cliente de Valor Agregado, em inglês) da
Mais integração entre operadoras e
Vivo, concorda com Borin e reforça
parceiros que o grande mercado local ainda
Utilização viável dentro do ambien- é a telefonia móvel de consumo. O
te corporativo mercado corporativo ainda está em
Otimização dos processos internos crescimento no País e foi impulsio-
e externos nas empresas nado pela transmissão de dados,
Canal definitivo de compras e que agrega tecnologias como voz
interação com mercado sobre protocolo de internet (VoIP),
Será a principal ferramenta de abrindo o leque de utilização pela
inclusão digital agilidade e redução de custos. Ele
“
Mais valorização dos serviços e comenta que, mesmo dentro da
produtos disponibilizados empresa, a área começa a ganhar
Aumento da receita das empresas
do setor
destaque e importância. Mercado corporativo
Décio Farias, da diretoria de VAS
Total viabilização da utilização de da Claro, reforçou que é fundamen- está em crescimento,
dados via aparelho móvel
tal o “entendimento do cliente do impulsionado
Nova escala na utilização da banda
que está disponível no mercado”.
larga
Ele comentou que o 3G vai provo-
pela transmissão
Inserção do usuário de telefonia
pré-paga no conceito de negócios car uma revolução de acesso, em de dados
qualidade e velocidade, mas que, Décio Farias, da Claro
“ “
da Compera e criou uma infra-es-
trutura operacional que inclui apa-
Sem a solução relhos adicionais para as recargas É indiscutível que os
tanto do sistema como de bateria.
de mobilidade, não Fernanda não comenta sobre redu- celulares com capacidade
conseguiríamos criar um ção de custos, mas reforça que o de processamento crescem
ROI foi muito bom. “Sem a solução,
fluxo de otimização do nosso não conseguiríamos criar este fluxo
mais que qualquer outro
processo de logística e otimizar todo o processo. Mas dispositivo eletrônico
Fernanda Carbonari, da Etna posso afirmar que nossa solução Julio Ramos, da Microsoft
“
de estender o serviço aos demais a concorrência cria uma oferta maior
países da América Latina, através de produtos, com uma qualidade di-
de novos parceiros em tecnolo- retamente relacionada a essa oferta”,
gia e serviços. Segundo Pizzolo, A concorrência explica. O executivo lembra ainda
o Brasil é um país que mostra um cria uma oferta que existe muito a ser desenvolvi-
grande potencial para este tipo de do na mobilidade e que o mercado
serviço, pois tem uma vasta rede
maior de produtos, demanda cada vez mais aplicações.
de usuários e empresas com ferra- com uma qualidade “E nós, operadoras, temos a necessi-
mentas para potencializar o negó- diretamente relacionada dade de desenvolver aplicações que
”
cio ainda mais. “Nosso objetivo é atendam especificamente as expec-
integrar cada vez mais produtos e a essa oferta tativas do cliente, por isso a proximi-
benefícios por meio do celular, já Alex Almeida, da Vivo Empresas dade com desenvolvedores é funda-
que ele está se tornando não só um mental. Essas novas aplicações vão
meio de comunicação, mas um fa- fazer com que a receita das empresas
cilitador de negócios, uma exten- A Terceira Geração aumente consideravelmente, visto
são das mãos do usuário, de forma e outras tendências que a voz, hoje, nada mais é que um
mais individual, gerando uma de- Por fim, com a presença de Julio Ra- commodity”.
manda de serviços e produtos que mos, da Microsoft, Alex Almeida, ge- Almeida também adverte sobre a
indubitavelmente levará as empre- rente de negócios da Vivo Empresas, necessidade de dar foco nas soluções
sas do setor a um crescimento mais Jacques Benain, da Claro Empresas, de valor agregado, com a implemen-
acelerado”. responsável pela venda de soluções tação das redes de terceira geração
de dados para o mercado corporativo
e Ronaldo Fernandes, country mana-
ger da Moviclip no Brasil e diretor de
relacionamento com associados da
AMMB, o quarto painel abordou as
tendências para os diversos modelos
de negócios via mobilidade e a che-
gada da Terceira Geração.
Ramos destacou a importância das
empresas refletirem sobre o cresci-
mento que o ambiente móvel provo-
ca nos negócios. “É indiscutível que
“ “
os celulares com capacidade de pro-
cessamento crescem mais que qual-
quer outro dispositivo eletrônico. No
Precisamos derrubar futuro, ele será a mais importante O Brasil é um país
o mito do alto custo do ferramenta de inclusão digital e é im- que mostra um grande
portante que as empresas explorem
acesso celular, pois no esse universo de maneira estratégica, potencial para este tipo
mundo de dados, os observando os modelos de negócios de serviço, pois tem uma
preços estão alinhados pra que não se criem situações onde vasta rede de usuários
o cliente não entenda o valor do que
aos das soluções fixas é oferecido. Os clientes demandam potenciais
Jacques Benain, da Claro Empresas conteúdo e aplicações de negócios Guilermo Pizzolo, da Visa Argentina
“
experiências positivas aos usuários nicação e relevância”. O executivo
de telefonia móvel, com o acesso de falou também da importância das
soluções de dados e vídeo-chamada, operadoras em criar serviços que
trazendo uma experiência confortá-
Devemos estudar agreguem, também, os usuários de
vel de internet e viabilizando o uso mais profundamente telefonia pré-paga, como conteúdos
dos dados via celular. “Precisamos o mercado de soluções patrocinados e compra de horários.
”
derrubar o mito do alto custo do “Também devemos estudar mais pro-
acesso celular. No mundo de dados, para varejo fundamente o mercado de soluções
os preços estão alinhados com os das Ronaldo Fernandes, da AMMB para varejo, não só do usuário final,
soluções fixas, e esperamos, inclusi- mas também das agências que aten-
ve, que a mobilidade seja usada para os desenvolvedores. “As operadoras dem a esse usuário, pois é um merca-
uma nova onda de disseminação da têm de ter parceiros fiéis, porque não do que promete crescimento e pode
banda larga”. Benain também lem- têm essa competência de integração demandar muito do mobile marke-
bra da necessidade de parcerias com dentro de casa. Esse ecossistema de ting”, conclui.
E
m vários campos da economia mundial, per- Palm, Motorola, Sam-
cebe-se a presença cada vez maior de em- sung, estimulando o sur-
presas brasileiras, e a participação crescente gimento de novas marcas
do mercado consumidor brasileiro dentro das esta- como Qtek, I-Mate, HTC
tísticas dos maiores mercados mundiais. E não é di- e Elef, esta última sendo
ferente com a telefonia celular, que elevou o Brasil a primeira marca brasilei-
à posição de 5º. maior mercado mundial com cer- ra entre os fabricantes de Ricardo Luiz é diretor de Canais Elef
Tecnologia. E-mail: ricardo@elef.com.br
ca de 112 milhões de assinantes em outubro deste smartphones.
ano, atrás somente de China, Estados Unidos, Índia Mudaram também as
e Rússia, como mostramos no quadro abaixo: plataformas e sistemas operacionais. Destacam-se, ho-
je, três no mercado brasileiro - Windows Mobile (Mi-
Principais mercados de Celular no Mundo crosoft), Symbian (Nokia, Sony Ericsson, entre outros)
Milhões País 2004 2005 2006 1T07 2T07 e Palm, cada uma delas com características diferentes,
1 China 335 393 461 481 502 mas objetivos comuns – dar suporte a aplicações de e-
2 USA 181 208 233 237** 240** mail, gerenciamento das informações pessoais (PIM) e
3 Índia 48 76 149* 166* 185* acesso remoto a servidores empresariais e pessoais.
4 Rússia 74 126 152 155 ND No mercado corporativo brasileiro, é cada vez
5 Brasil 66 86 99,9 102,2 107 maior o número de empresas que utilizam smartpho-
6 Japão 91 95 99,8 101,7 103 nes, substituindo notebooks e posições de trabalho por
* inclui WLL; aparelhos cada dia menores e com maior capacida-
Diante de números tão expressivos, seria de se
** estimativa preliminar
Fonte: Teleco
de de processamento e conectividade – GSM / EDGE,
esperar um mercado muito dinâmico, marcado Bluetooth, Wi-Fi, Infra-vermelho, etc. Inicialmente, fo-
por um aspecto principal, que é o enorme núme- ram as empresas em que os processos logísticos in-
ro de celulares pré-pagos - 80% do total da base fluenciam de forma crítica os resultados empresariais,
de assinantes, fruto do modelo de negócios adota- como é o caso das indústrias farmacêuticas, de bebi-
do pelas operadoras e governo brasileiro no início das, cigarros, seguros, etc. Também aquelas que viram
da privatização do sistema telefônico nacional. no investimento em smartphones, uma forma de co-
Face à necessidade das operadoras de aumentar o locar os vendedores na rua por mais tempo, com total
valor médio da conta do celular (ARPU), iniciou-se a conexão com o escritório e muito mais produtivida-
cerca de três anos um intenso trabalho de agregação de, com processos de automação de força de vendas
de valor aos serviços prestados aos usuários e, com (SFA), ou de coleta de dados em campo, tendo como
isto, desencadeou-se uma enxurrada de aparelhos grande destaque o caso da CET, em São Paulo.
com maiores e melhores recursos – os Smartphones. No Brasil, o mercado de clientes pós-pagos repre-
Pode-se chamar de smartphone todo aparelho ca- senta cerca de 22 milhões de usuários, sendo certo
paz de processar informações com grande velocidade, que, grande parte deste número é de clientes corpo-
gerenciar bancos de dados, acessar internet de forma rativos. A estimativa de venda para 2007 é de cerca
rápida e autônoma, se conectando com inúmeros ser- de 400 mil aparelhos e, para 2008, estimam-se cer-
vidores para envio e recebimento de informações, sen- ca de um milhão de novos aparelhos, o que represen-
“
do a aplicação de maior destaque o e-mail móvel. ta um crescimento formidável da venda de smartpho-
Embalados pela possibilida- nes e mostra que a penetração deste tipo de produto
de de acessar seus e-mails de ainda é muito baixa ante a base de clientes pós-pa-
No mercado qualquer lugar do mundo, os gos. Incrível é olhar para trás e perceber que, a menos
corporativo brasileiro, usuários aderiram rapidamen- de dez anos, mal havia telefones para poucos e ricos
felizardos e que, hoje, milhões de usuários se benefi-
é cada vez maior o te à novidade e iniciou-se as- ciam de serviços cada vez mais inovadores.
sim a corrida dos smartphones
número de empresas que com o grande sucesso do Bla- Aguardemos a vinda da telefonia de 3ª geração,
utilizam smartphones, ckberry na América do Norte com novos e inovadores serviços, e que surjam
e Europa e, mais recentemen- novos aparelhos e novas possibilidades que tor-
substituindo notebooks e te no Brasil, seguido por outras nem a nossa vida cada dia mais fácil, nos permi-
posições de trabalho marcas já conhecidas como tindo fazer de tudo, em qualquer lugar.
O objetivo do detalhe
como desafio
Com forte infra-estrutura tecnológica, os bancos disponibilizam as mais
diferenciadas ações e canais de relacionamento com clientes. Começam por
produtos diferenciados (e por perfil), atendimento pessoal, via web, mobile
ou telefone fixo. O desafio é a padronização cultural, diferenciação e inovação
O
s números podem impres- cado no respeito ao consumidor.
sionar. Os bancos realizam E os desafios passam necessaria-
mais de 36 bilhões de tran- mente pelo aprimoramento perma-
sações por ano. Só em 2006, de nentemente dos serviços e contato
acordo com a Febraban (Federa- com o cliente. zar o atendimento, aperfeiçoando
ção Brasileira dos Bancos), a enti- os modelos de relacionamento com
dade setorial, no setor foram 102,6 A PALAVRA É INOVAR o cliente e, conseqüentemente, po-
milhões de clientes de conta cor- Em mercado acirrado prevalece tencializando a realização de ne-
rente, 73,7 milhões com poupan- a inovação na estratégia de rela- gócios. Segundo a instituição, so-
ça, 425 mil colaboradores, 18.067 cionamento com o cliente. Que o luções integradas que ofereçam
agências, 61.063 postos eletrôni- diga a superintendente da área de diálogo, adequação ao usuário, in-
cos, R$ 732,6 bilhões em crédito Qualidade do Unibanco, Cristia- teratividade, facilidade no acesso,
e R$ 150,1 bilhões em transações na Pinciroli. O objetivo do banco disponibilidade, agilidade e segu-
com cartões. Com este desempe- é se antecipar nas ofertas de produ- rança são baseadas em investimen-
nho, o setor bancário pode ser po- tos e serviços que atendam às ne- tos em tecnologia para inovação.
sicionado como um dos maiores, cessidades do consumidor com agi- Presente em 393 dos 496 municí-
senão o maior, prestador de servi- lidade e qualidade. “O cliente quer pios do Rio Grande do Sul e aten-
ços à sociedade. Eles também ace- buscar uma instituição que lhe tra- dendo 97,4% da população do Es-
leram a concorrência e exigem ga segurança, inovação e atenda tado, o Banrisul largou na frente da
criatividade para manter o lucro e, às suas demandas pessoais e pro- concorrência em termos de inova-
principalmente, os clientes. Tanto fissionais. Tudo isso corresponde à ção tecnológica, sendo o primei-
que a própria Febraban, alerta que proposta do ‘Unibanco nem pare- ro na América Latina a utilizar um
um dos grandes desafios é ofere- ce banco’”. Para o Banco do Bra- cartão com chip, o Cartão Múlti-
cer excelência no atendimento, fo- sil, inovar também significa valori- plo Banrisul, criado com uma so-
“
O que as empresas fazem A tecnologia otimizando relacionamentos Melhorias em
HSBC – A utilização da tecnologia no a partir daí, ofertar produtos e serviços
Brasil ainda é muito tímida se compara- cada vez mais adequados ao seu perfil. processos, aperfeiçoamento
da com outros países. O maior acesso a
internet seria uma grande solução para ITAÚ – A tecnologia terá de avançar para
do sistema de gestão
melhorar o relacionamento do cliente continuar sendo um canal para transa- do relacionamento com
com o banco. ções operacionais, mas fundamental-
mente para desenvolver relações cada clientes e identificação
SANTANDER – A tecnologia ajuda a vez mais diretas e personalizadas.
oferecer aquilo que os clientes bus- por nível de prospecção,
cam: soluções mais simples, rápidas e BANCO DO BRASIL – O aumento da ativação, fortalecimento
”
eficientes. convergência entre internet, telefonia e
TV, leva a novas possibilidades de intera- e retenção
UNIBANCO – O CRM é um sistema que ções no atendimento e relacionamento
Mário Ferreira Neto, superintendente nacional
possibilita conhecer melhor o cliente e, entre banco e cliente. de Clientes de Média e Alta Renda da CEF
Fonte: dados fornecidos pelas empresas
“
atendimentos segmentados. cado”, explica Velloso.
No Sul, o Banrisul lançou o Banco O BB tem o Estilo, também com
SIM, conjunto de produtos e serviços agências específicas, tem equipe de
Tudo isso corresponde bancários essenciais para ampliar o profissionais capacitados e com am-
à proposta do ‘Unibanco market share, com objetivo de de- pla visão de mercado, preparada para
”
mocratizar o acesso aos serviços fi- encontrar, junto ao cliente, as melho-
nem parece banco’ nanceiros. O mais famoso é o Banco res estratégias para atingir seus obje-
Cristiana Pinciroli, superintendente Popular do Brasil, lançado pelo BB, tivos. A assessoria financeira pessoal
de Qualidade do Unibanco para oferecer serviços à população é prestada por gerentes certificados
de menor renda - até três salários no mercado financeiro e, capacita-
mínimos com conta em outro ban- dos para orientar os clientes sobre as
lução de múltiplas assinaturas digi- co. Os clientes são atendidos pela melhores opções, com destaque para
tais personalizadas para a Internet rede de correspondentes bancários, a personalização de estratégia de in-
e armazenadas em um chip capaz disseminado através de estabeleci- vestimentos com análise do perfil do
de registrar uma certificação digital mentos como supermercados, mer- cliente e indicação do melhor porti-
cearias, farmácias, lojas de material fólio de produtos e serviços.
emitida pelo banco. Com este car-
de construção, permitindo todas as No Santander, de acordo com
tão, o cliente pode operar uma ou Pompeu, o diferencial é a qualifica-
transações bancárias.
mais contas pelo Office Banking. ção e postura do profissional. Se-
Outra novidade é a mudança da ALTA RENDA gundo o executivo, são as pessoas
plataforma da base de dados que O cliente de alto poder aquisitivo, que realmente fazem a diferença no
proporcionou melhorias tecnoló- com renda acima de R$ 4 mil mensais atendimento. “Sem dúvida, o nível
gicas no sistema de conta corrente – estimado em torno de cinco mi- de exigência do cliente aumenta de
como redução de custos e agilidade lhões no País –, associa regalias com acordo com a renda e neste sentido
para disponibilizar produtos, o que exigência. Ele busca, além de como- a atuação do gerente de relaciona-
fez o banco tornar-se um case inter- didade e segurança, qualidade, reco- mento como um consultor voltado
nacional da IBM. nhecimento e status. O precursor no para as suas necessidades é o grande
diferencial.”, finaliza Ferreiro, da CEF.
A ação do Citibank, de acordo
com Miguel Sauan, superintenden-
te de Relacionamento com Clien- que a tecnologia avança para oti- pectiva identificação por nível de
tes, está contralizada em, cada vez mizar as transações operacionais, prospecção, ativação, fortalecimento
mais, ampliar seu portfólio de pro- mas fundamentalmente para desen- e retenção. Mário Ferreira Neto, su-
dutos e serviços. “O setor financei- volver relações cada vez mais dire- perintendente nacional de Clientes
ro é um dos que mais evoluiu e in- tas e personalizadas. de Média e Alta Renda, conta ainda
vestiu em tecnologia e a tendência A Caixa Econômica Federal tam- que uma das tendências é os corres-
é oferecer cada vez mais serviços bém pretende inserir melhorias em pondentes bancários negociais.
e produtos de qualidade”, avalia. seus processos, com o aperfeiçoa- O vice-presidente de pessoa fí-
Quem concorda é o ouvidor-geral mento do sistema de gestão do re- sica do Santander, Armando Pom-
do Itaú, Francisco Calazans. Ele diz lacionamento com clientes e a res- peu, afirma que a maior expectati-
“
transformando, de longe, no que
diferente para cada cliente. Um de- mais investe em Tecnologia da In-
les é o HSBC Premier, que atende formação, de acordo com a últi-
clientes de alta renda, com perfil Enquanto ma edição da pesquisa Adminis-
de investidores que usam muito os toda a sociedade tração de Recursos de Informática,
canais alternativos e contam com da Fundação Getúlio Vargas (FGV-
fundos de investimento exclusivo. questionava os juros SP). De acordo com dados da Fe-
Por outro lado, o banco também elevados, o banco braban, o uso do Internet Banking,
oferece produtos específicos para por exemplo, cresceu nove vezes
clientes de baixa renda, que utili-
decidiu cortar os juros em relação a seis anos atrás, so-
pela metade e lançou o
”
zam muito o serviço de caixa auto- mando mais de 3,3 bilhões de tran-
mático e linhas de crédito. Ofere- Santander Light sações, de 27,3 milhões de usuá-
cemos ainda pacotes como o Super rios. Em 2001, esse número era de
Armando Pompeu, vice-presidente
Class Limitado e Ilimitado, este úl- de pessoa física do Santander 8,3 milhões.
timo com direito a serviços que o Um exemplo prático é o Internet
Banking, que está na quarta gera-
O que as empresas fazem Inovando o atendimento ção. A convergência da telefonia
(a móvel) com o internet móvel foi
BANCO DO BRASIL – Aperfeiçoamentos BANRISUL – A expansão de pontos a novidade do Banco do Brasil. Ela
constante dos modelos de relacionamento de atendimento é uma estratégia
com o cliente, procurando conhecer cada para a formação de uma grande rede veio em 2000, com grande eufo-
vez mais suas necessidades e potencializar comercial e de canais de atendimen- ria e investimentos dos bancos. O
a realização de negócios. Isso significa en- to eletrônico, viabilizados por uma BB se posiciona como o primeiro a
xergar os diferentes comportamentos do tecnologia avançada que permite a disponibilizar o banking via mobi-
consumidor e entender suas especificida- transmissão de dados on-line e com le, com todas as operadoras e com
des, respeitando o perfil de cada cliente. total segurança.
praticamente todas as tecnolo-
“
ciantes. Ele permite fazer transa- ços disponíveis. Na mesma linha da
ções com apenas três cliques. Ele CEF, o Banco do Brasil conta com
saiu inclusive das idéias sugeridas mais de oito milhões de usuários e Inovar é adequar
pelo Conselho de Clientes, dedica- o maior parque de terminais de au-
do aos usuários que querem fazer to-atendimento, com mais de 45 mil
o tipo de produto ao
transações on-line mas têm dificul- pontos. Aproveitando esta frente, o cliente e segmentando
dades com o computador. novo website do Banrisul, lançado os serviços de acordo
O Internet Banking da CAIXA ano passado, trouxe novidades co-
com o perfil de cada
”
partiu para uma série de facilida- mo navegação objetiva e intuitiva,
des, inclusive de aquisição de pro- além de operações tradicionais pe- consumidor
dutos. Ele foi configurado como lo home e office banking (consultar Marcelo Velloso, diretor de CRM do HSBC
local de relacionamento e informa- saldo, pagamentos, empréstimos,
BANCO DO
Além da comunicação publicitária, Na central de atendimento, A Ouvidoria foi implantada em O Programa de fidelização
BRASIL
o BB utiliza canais específicos para o módulo ativo faz abordagens maio de 2005 e tem por objetivo chama-se “Ponto Pra Você”, um
o envio de mensagens de de venda de produtos com maior disseminar a cultura de cidadania; programa integrado de prêmios
relacionamento, incluindo assuntos rentabilidade e retorno. O público mediar eventuais conflitos entre e vantagens, que recompensa os
de âmbito pessoal ou negocial. é selecionado com base no estudo os clientes e a empresa; atuar com clientes PF pelo relacionamento
Entre os canais de relacionamento, do comportamento de consumo transparência, isenção e respeito ao global, estimulando a fidelização,
destacam-se a internet, os terminais do cliente e do estágio do ciclo de consumidor; garantir, com facilidade de novos negócios e
eletrônicos de auto-atendimento relacionamento com o BB. No do cliente/cidadão e propor contribuindo para a atração de
e o telefone. receptivo, o operador tem a sua soluções corporativas e melhorias novos clientes. O relacionamento
disposição o retrato do à organização. é convertido em pontos e em
relacionamento do cliente e benefícios automaticamente.
orientações para potencializar
a realização de novos negócios com
atendimento mais qualificado.
”
de qualidade
Miguel Sauan, superintendente de
Relacionamento com Clientes do Citibank
“
guns clientes sem tempo ou hábi-
to de ir à agência. Mas afirmar que
o atendimento pela web ou telefo-
A tecnologia nia móvel pode substituir o conta-
avança para otimizar to humano é um pouco audaz para
as transações o Brasil. As pessoas estão apenas se
permitindo realizar transações sem
operacionais, mas ser necessariamente ‘face to face’“,
fundamentalmente conta Velloso, do HSBC.
Apesar do atendimento via tele-
para desenvolver fone, web e os terminais de auto-
relações cada vez atendimento, o atendimento pessoal
mais diretas e é considerado fundamental. Para o
”
Banrisul, é como se estabelece vín-
personalizadas culo de confiança com o cliente. Os
Francisco Calazans, ouvidor-geral do Itaú 8,9 mil funcionários são o principal
elo com os seus quase três milhões
SANTANDER
Os canais de comunicação de maior O contact center também tem sido A Ouvidoria é excelente como O programa é uma oferta
freqüência e intensidade são o canal de maior crescimento representante do cliente dentro do integrada de produtos, serviços
contatos pessoais, contact center, proporcional de geração de negócio banco e como agente promotor e atendimento que evolui
e-mail, internet, publicidade, no Santander. Isto é fato tanto nas de melhorias dos produtos e serviços. continuamente. A grande
marketing direto e terminais operações in-bound como out-bound. diferença é exatamente a
eletrônicos de atendimento. O princípio está na utilização de inovação contínua. Fazem
ferramentas de DBM e CRM que parte dos programas: Santander
permitem identificar previamente o Free, Santander Light,
interesse e propensão de consumo Supercasa20, Melhor de Dois,
de cada cliente. o Prev 13 Rendas e etc.
UNIBANCO O telefone 30 Horas foi a primeira O Unibanco busca transformar o Além da Ouvidoria no Unibanco AIG Envio de mala direta, de
central de atendimento criada por telefone 30 Horas na mais completa Seguros, a partir de 30 de setembro, cumprimentos pelo aniversário,
um banco há 16 anos e é o principal e eficiente consultoria de bancos do a nossa ouvidoria foi expandida campanhas de vendas
canal de comunicação com os mercado brasileiro. A empresa conta para os correntistas e associados de produto.
clientes. São aproximadamente com uma equipe de assessores de de cartões de crédito.
seis milhões de ligações por mês. consultoria e investimentos
Tem ainda o internet banking com qualificada para atendimento
uma equipe denominada viva voz diferenciado. Mais do que resolver
que segue os mesmos padrões de problemas, o Unibanco quer
qualidade de atendimento da descobrir e atender as necessidades
central e respondem uma média dos seus clientes, procurando
de 15 mil e-mails por mês. sempre oferecer algo além do
que ele espera.
BANRISUL
Rede de Agências, callcenter, Com este canal busca modernização, A Ouvidoria-Geral foi criada em O Banricompras é solução de
ouvidoria-geral; central de agilidade e competitividade. 1990 e reestruturada para meios de pagamento que
atendimento telefônico, sala de O callcenter pretende atingir uma proporcionar agilidade na resolução possibilita ao cliente pagar
auto-atendimento, plataforma população de, aproximadamente, das necessidades dos clientes. compras em estabelecimentos
de atendimento presencial e um milhão de clientes e absorver Disponibiliza quatro canais: telefone, conveniados e o Banrisul
plataforma de serviços e de negócios. parte do atendimento rotineiro das pessoal, internet e correspondências Correspondentes é conjunto de
agências, pois permite a obtenção (correio ou fax). Em 4 anos, foram correspondentes bancários que
de informações e a realização de registradas mais de 76 mil oferece correntistas ou não serviço
consultas e transações, informações ocorrências. de pagamento de contas com
sobre empréstimos e abertura código de Barras.
de contas.
CEF Segundo estudos feitos na CAIXA, O callcenter atua de duas formas: A Ouvidoria é importante A diferenciação de custos de taxas
os segmentos e nichos são ativo e receptivo. Em ambos os instrumento de comunicação dos de juros e cesta de tarifas além do
diferenciados também pela escolha casos, o banco busca ofertar clientes. A empresa utiliza as “Programa Pontos CAIXA”, no qual
da melhor forma de comunicação. produtos adequados ao seu perfil. informações juntamente com os clientes com o cartão de crédito
Alguns clientes preferem falar dados das pesquisas de satisfação CAIXA podem ser utilizadas nas
diretamente com seus gerentes de do cliente, para aperfeiçoamento aquisições de passagens aéreas.
relacionamento, outros preferem dos produtos e serviços.
telefone e outros e-mails. Mas o
telefone ainda é o canal mais usado,
principalmente pela população de
baixa renda.
CITIBANK
Os canais são telefone, internet, A empresa entende que quando Os profissionais que atuam na Não divulgou.
agências, contato personalizado. o cliente escolhe um momento para Ouvidoria são treinados e
ligar para a central de atendimento, capacitados para atender o cliente
a sua obrigação é fazer com que da melhor forma possível e,
esse momento seja especial e baseado na manifestação, entender
proveitoso. Portanto, além de ainda quando há necessidade de
atender às manifestações dos alguma mudança organizacional.
clientes, o banco também faz desse
contato uma boa oportunidade
para fazer suas ofertas e oferecer
seus serviços.
Fonte: dados fornecidos pelas empresas
E ntender as características do
novo consumidor é fundamen-
tal neste processo de inovação do
ja e saber usar o crédito sem complica-
ções”, explica o executivo.
Pesquisas de satisfação e monitora-
O Banrisul procura identificar
oportunidades de mercado volta-
das ao desenvolvimento, à geração
relacionamento. O cliente do século mento do comportamento do cliente de emprego e renda e à dinamiza-
XXI pode-se definir como um antena- são algumas das formas que as empre- ção dos mercados, que propiciem
do em novidades. E está sistematica- sas conseguem identificar as necessi- a atuação com baixo risco e menor
mente em busca do melhor produto dades, as demandas do consumidor. custo. As considerações da clientela,
e do melhor serviço. “O consumidor As estratégias devem permear o co- apresentadas nos diversos canais de
atual é bem informado, inteligente e nhecimento do cliente no que se re- atendimento, são analisadas como
não aceita atendimento inadequa- fere a sua localização, perfil demográ- indicadores que medem a satisfação
do ou produtos e serviços apenas fico, psicográfico e sócio-econômico, com o atendimento prestado, per-
razoáveis. As instituições que não assim como seus hábitos de consumo. mitindo a solução de falhas e a cor-
focarem seu desenvolvimento mer- Cristiana, do Unibanco, afirma que o reção de rumos. Para este processo
cadológico e organizacional nesta banco monitora e acompanha todas de conhecimento do cliente, o HSBC
tendência enfrentarão dificuldades”, as manifestações dos clientes sejam conta com mais de mil agências com
aposta Armando Pompeu, do San- reclamações, críticas ou sugestões profissionais altamente qualificados,
tander. Ferreira, da CEF, concorda: por meio dos canais de atendimento, vários canais de contatos específicos
“Conhecedor do ambiente compe- como as agências, a central Unibanco para cada tipo de cliente e solução
titivo, o cliente procura obter vanta- 30 Horas e a internet. “Realizamos pe- de CRM que consegue identificar
gens o tempo todo”. riodicamente pesquisas de satisfação as necessidades dos mais de dois
Velloso, do HSBC, reconhece que o e, nos últimos três anos, fazemos um mil correntistas do banco. Na área
novo consumidor está cada vez mais Conselho de Clientes, onde escolhe- de marketing do banco existe ain-
multicanal – e precisa ter acesso a mos onze clientes que costumam en- da uma diretoria de informações de
diferentes canais de relacionamento viar diversas sugestões, para realizar- mercado que realiza várias pesqui-
para sentir-se satisfeito e bem aten- mos reuniões que possam resultar em sas encomendadas.
dido. Para o executivo, o novo clien- mais melhorias em nosso atendimen- A solução de gestão do relaciona-
te é muito mais conhecedor do mer- to”, complementa Cristiana. mento com o cliente também é uma
cado do que há dez anos, conhece No Santander, as principais ferramen- aposta do Banco do Brasil, onde a
mais o produto, os preços, os custos tas utilizadas são pesquisas constantes integração de canais e o mapea-
dos serviços. O cliente também está e sistemáticas com clientes, prospects mento das interações com o cliente
aprendendo a utilizar os benefí- e com os profissionais que estão atu- possibilitam a identificação do seu
cios do crédito bancário para o seu ando no relacionamento diário com comportamento de consumo e a
bem-estar, seja para comprar casa, os clientes. “Com isto, nos esforçamos otimização das ofertas. Sauan conta
carro, para suprir uma necessidade para ouvir os clientes diretamente e os que o Citibank realiza diversos cafés
ou mesmo para realizar algum ou- profissionais que os atendem”, explica da manhã para oferecer a oportu-
tro sonho de consumo. “Até porque Pompeu. Outro banco que aposta nas nidade do cliente opinar e sugerir.
o intuito do HSBC não é emprestar pesquisas de mercado é o Itaú. “Reali- “Além disso, procuramos colocar to-
para endividar o cliente, mas sim zamos pesquisas de satisfação, de ava- dos os canais disponíveis para ouvir
emprestar para que a pessoa possa liação de produtos, de comunicação e o que o cliente tem a dizer”, comple-
usufruir aquilo que precisa ou dese- de imagem”, afirma Calazans. menta o executivo.
de clientes. A tese é de que a tecno- ções financeiras, mais complexas, para atendimento aos clientes de
logia seja um facilitador do atendi- necessitam de um gerente que atue maior renda”, conta Ferreira.
mento, mas não substitui as pessoas. como consultor, por meio de rela- Para o Banco do Brasil, o contato
Calazans, do Itaú, concorda. “Mes- cionamento pessoal. Não podemos pessoal pode, sim, diminuir com a
mo o consumidor que faz tudo pela esquecer também que a maioria da maior interação proporcionada pelas
internet tem a expectativa da exis- população ainda não tem acesso a soluções propiciadas pela Web 2.0,
tência de uma agência bancária pa- Internet e a forma de atendimento que não impede a oferta de soluções
ra que ele possa, se necessário, re- a este público é via agências e cor- adequadas às expectativas de cada
solver um problema pessoalmente.” respondentes bancários. O que po- perfil de cliente, já que, para o banco,
Ferreira, da CEF, concorda. Pa- de e deve acontecer é o surgimento é possível oferecer relacionamento e
ra ele, sempre haverá espaço para de agências físicas menores, carac- atendimento personalizado, mesmo
as agências. “Determinadas opera- terizadas por salas de escritórios, em canais de auto-atendimento.
O
grau de sofisticação das ofertas, pro- se do dia-a-dia.
porcional aos impactos dos avanços Muito pior do que
tecnológicos, na grande maioria dos isto, é o fato de que
produtos, é um dos principais fatores da queda o Brasil, por ser ain-
na qualidade dos já sofríveis serviços de aten- da um país de jovens, Enio Klein é diretor da K&G, professor
dos cursos de MBA/Marketing da
dimento ao cliente. Alguns exemplos me aju- tem profissionais im- FEA/USP e blogueiro do portal
darão a esclarecer o assunto. pacientes com dú- www.clientesa.com.br. E-mail:
Os serviços bancários sofreram, nos últimos vidas demais sobre enio_klein@kegsistemas.com.br
20 anos, uma mudança gigantesca. Do papel, os clientes. Quanto
restrito às agências, hoje chegamos ao extrato mais acreditam que, no outro lado da linha
no smartphone. Do saque com cheque no cai- tem uma pessoa mais madura, mais acham
xa, à transferência feita pelo internet banking. que o problema está na falta de conhecimen-
E na captação de clientes, o segmento bancá- to do cliente na nova e surpreendente tecno-
rio talvez seja um dos que mais utiliza mode- logia, mesmo quando ela não funciona – ali-
lagem preditiva e inteligência na segmentação ás, não é nada raro.
de clientes. Esta operação sofisticada requer Os serviços de telefonia, que foram respon-
sistemas de informação e tecnologia de pon- sáveis pela primeira grande onda na implan-
ta, e o mesmo acontece com a segurança em tação do CRM, não precisam de muitas aná-
estabilizadas. Há também a questão da segu- lises para serem reconhecidos como dos que
rança, que igualmente envolve tecnologia so- mais têm evoluído e se sofisticado. A conver-
fisticada. Além disso, todo produto bancário gência fez do telefone celular um computa-
tem sua retaguarda em sistemas de informa- dor pessoal com capacidade de comunicação
ção que interagem com estas plataformas de por voz e dados fantástico: o smartphone.
operação. Enfim, quando um sujeito tem um A complexidade do serviço é, naturalmen-
problema em sua conta corrente, do tipo de te, muito grande. E quando não funciona e a
uma aplicação que deveria ter o resgate efe- gente liga para a central de atendimento se-
tivado em uma data e não acontece, onde es- ria natural que o “outro lado” estivesse pre-
tá o problema? Eu não sei. E o pior é que o(a) parado. De novo, enfrentamos o mesmo dra-
agente da central de atendimento sabe me- ma e a mesma impaciência. O problema é
“
nos ainda. Pela ignorância e falta de preparo, sempre do usuário. Quando insiste, é porque
acabam dizendo coisas não “está sabendo usar o “esmartifoni”, se-
erradas e irresponsáveis. nhor”. O serviço oferecido pela minha ope-
Quanto mais O cliente fica desassisti- radora funciona corretamente menos de 2/3
acreditam que no do e até receoso, face às do dia. Eu pago a tarifa integral. O marketing
outro lado da linha questões dos frequentes diz que o sinal é de qualidade. E eu sou so-
casos de fraude que os mente um sujeito de meia idade que prova-
tem uma pessoa mais bancos nos lembram to- velmente tem problemas com a tecnologia,
madura, mais acham dos os dias. segundo um agente me deu a entender. “O
Por outro lado, o que senhor está tendo dificuldades com o apare-
que o problema está na os bancos vendem em lho. Ele é complicado mesmo. Já perguntou
falta de conhecimento suas mensagens? Toda ao seu filho. Ele deve saber”. Meu filho nem
do cliente na nova esta facilidade, flexibili- usa essas sofisticações. Quem gosta de gad-
dade e conveniência que get ou “porrinhola”, como um amigo o deno-
e surpreendente os meios eletrônicos, te- minou outro dia, sou eu. Ele não entende na-
tecnologia, mesmo oricamente, permitem. da disso. O serviço é que não funciona. Mas
Investem muito em é vendido como se funcionasse. Cobrado e
quando ela não marketing para vender a pago da mesma forma. Depois, dizem que
funciona idéia. Porém, esquecem- conhecem o cliente.
“
guntei isso uma vez para que no outro lado
um diretor. Pior do que is-
so. A ouvidoria tem pro- da linha tem uma
blemas de audição: não pessoa madura,
escuta e não responde. O
técnico que vem ao local mais acreditam
para tratar do assunto usa que o problema
equipamento rudimen- está na falta
Se percebem
”
ma se eles proibissem a venda para aqueles
que são profissionais e usam a internet, por telhado: “Hey, tá pegan- da tecnologia
exemplo, para trabalhar. Mas também usam do?”, “Não, vira aí!”, “Vi-
a TV para se distrair e o telefone. Mas, co- ra Mais!”. E, enquanto isso, o nível de serviço
mo proibir a venda?, perguntará você. É sim- fica horas e às vezes dias.
ples. Se fosse só uma questão de mensagem Certamente não por coincidência, estes ser-
mercadológica para conquistar um segmen- viços são campeões de críticas e queixas até
to alvo importante, até daria para compre- no Procon. Não há CRM, conceito ou tecno-
ender. Mas, quando o agente da central de logia, que sobreviva a esta falta de coerência
atendimento me pergunta se “o problema é na gestão dos negócios e é um desafio diário a
que não está conseguindo baixar vídeos do tentativa de descobrir em que momento e on-
YouTube?”, quando estava reclamando a fal- de a ruptura ocorreu.
ta de sinal, me faz acreditar que todo mundo Em nome do cliente, o CRM pede socorro!
lá acha que estou na mesma festa. Não acho Entre no blog e deixe lá o seu comentário:
que os acionistas da provedora concordem http://blogclientesa.clientesa.com.br/napeledocliente
Hora de cobrar...
mais integração!
É consensual. Tanto as empresas de cobrança e as instituições financeiras,
quanto os callcenters e fornecedores, acreditam que o setor de crédito e
cobrança deve se armar com novas e melhores tecnologias para atender
uma demanda maior de inadimplentes, decorrentes do aumento de
crédito bancário e taxas de juros mais acessíveis
S
“ O aumento de
egundo os dados do Indica- primeiros meses do ano passado,
dor Serasa de Inadimplên- segundo dados da ABECS), espe-
cia Pessoa Física, o número ra-se um aquecimento do setor de inadimplentes não
de devedores caiu 1,7% nos sete cobrança, com um maior número aumenta na mesma
primeiros meses de 2007, na com- de consumidores integrados ao sis-
paração com o mesmo período de tema de movimentação financeira
proporção, mas, sim,
2006. Ainda assim, com as novas individual. com um índice mais
facilidades de empréstimos a juros Para Érico Sodré Quirino Ferrei- baixo, graças às baixas
”
acessíveis e o “boom” de cartões ra, presidente da ACREFI (Associa-
de crédito, débito e private label, ção Nacional das Instituições de taxas de juros
(que somam mais de 400 milhões Crédito, Financiamento e Investi- Ferreira, da ACREFI
no Brasil e o impressionante cres- mento) o aumento de crédito não
cimento de 20% sobre os seis significa necessariamente um au- filo Neto, da Comunicação Direta,
mento de inadimplentes. “Com o acredita que o número de inadim-
aumento do crédito, é natural que plentes vai aumentar sim, mas por-
mais pessoas busquem mais crédito que as empresas terão uma ânsia
no mercado, portanto, o aumento maior de vender mais. “Certos
de inadimplentes não aumenta na cuidados serão deixados de lado.
mesma proporção, mas, sim, com Já, há empresas que prometem em-
um índice mais baixo, graças às préstimos mesmo com nome nega-
baixas taxas de juros”. Por exem- tivado. Não acredito que haverá
plo, se o número de inadimplentes qualquer revolução, mas, sim, um
em uma amostragem de 100 é de aumento de gente cobrando”.
10%, com a baixa de juros e o au-
mento das facilidades de crédito, Na mira dos
ela pode cair para 7% ou 8% em fornecedores
uma amostragem maior. Portan- Passando por mudanças repre-
to, haverá um número maior de sentativas desencadeadas pela ex-
inadimplentes, mas o índice será pansão do crédito, o setor de co-
menor do que o atual. “É difícil brança agora enfrenta um público
“
mensurar uma mudança radical no que, até então, não tinha acesso ao
setor de crédito e cobrança, por- crédito, representado pelas classes
que cada instituição tem sua forma de renda mais baixa. Para fornece-
Não acredito que de efetuar a operação e o relacio- dores e integradores, esse cresci-
haverá qualquer revolução, namento com o cliente, portanto, mento se traduz em novas oportu-
mas, sim, um aumento a margem de operação entre elas nidades e desafios de negócios na
não apresenta alterações tão drás- profissionalização das empresas
de gente cobrando ticas”. de cobrança. “De forma resumida,
Teófilo Neto, da Comunicação Direta Mas há controvérsias. José Teó- podemos dizer que estes desafios
“
dendo, juntamente com o cresci-
mento do setor, a administrar esse Nesse momento de explosão do
“
crédito, isso será um diferencial”,
acredita. As instituições
Para Marcelo Kekligian, vice-
As respostas presidente consumer banking da
financeiras há muito
das empresas a estes Equifax, o negócio de cobrança é tempo utilizam modelos
desafios têm sido investir um ciclo virtuoso, ou seja, a eco- preditivos (scores) para
nomia, estando bem ou mal, sem-
em tecnologia e processos pre existirá clientes inadimplentes compreender melhor
integrados a serem cobrados, mas o desafio seus clientes
Maria Isabel, da Wittel
atual está na dificuldade de enten- Kekligian, da Equifax
“
atender o inadimplente com maior soluções focadas na melhoria de
eficiência e qualidade. “Algumas capacitação dos recursos humanos;
empresas, além de cobrar, buscam revisão constante dos indicadores
direcionar a reabilitação de crédi- de performance; Temos assistido
to do inadimplente, que possivel- substituição do sistema manual de a uma clara opção por
discagem por soluções automáticas;
mente voltará a comprar e obter tecnologias flexíveis,
créditos, fechando assim um ciclo novas tecnologias flexíveis, basea-
que beneficia os dois segmentos,
das em software e não proprietárias; baseadas em software,
Soluções de BI, Best Time to Call,
crédito e cobrança”, afirma.
enriquecimento de mailing, sco- não proprietárias e
Alessandro Damásio, diretor ring, workforce management com baixo custo de
”
geral da Aspect para o Cone Sul, modelos específicos para a cobran-
afirma que não há como escapar ça (collection scores); propriedade
previsão de pagamentos, priorizan- Hummig, da Dígitro
do as ações de cobrança;
cobrança via internet, que baixa os
custos da operação; melhoria no serviço e melhores re-
utilização de modelagem estatística sultados. A estratégia, aliada a so-
para criação de clusters de clientes; luções que busquem novos canais
aplicação dos recursos de grava- de comunicação e concretização
ção para compliance e gestão da de pagamentos neste setor, sempre
qualidade;
contará com parcerias de tercei-
ros”, ressalta.
“
palmente após a virada do ano”, fornecedores estão se preparando
acredita. para uma revolução nos proces-
Já César Aquino, diretor de no- sos tecnológicos. Se, por um lado,
A saída, nesse novo vos projetos e negócios da Z6-So- a cobrança tende a diminuir com
cenário, é apostar em luções, diz que as empresas do a aplicação de novas tecnologias
setor de cobrança naturalmente para fazer a análise de crédito an-
TI com a adoção de precisarão prestar atenção à evolu- tes da concessão, por outro, as em-
ferramentas de análise ção do setor e rever seus processos presas de cobrança estarão muni-
automatizada de internos, bem como obter maior das de informações mais fidedignas
competitividade na realização dos sobre o cliente, conforme ressalta
informações cadastrais seus serviços dentro deste cenário. Del Claro, da Crivo: “Com a ado-
Del Claro, da Crivo “O aumento de PA’s não significa ção progressiva de novas tecnolo-
“
cadastrais de um cliente (nome, maximização dos resultados e os
endereço, telefone, etc), antes que vários indicadores de performance
o seu Back Office inicie o processo estão sendo revistos. “Processos
de cobrança. “Isso tudo será possí- Todas as empresas manuais de discagem estão sendo
vel com o aumento do número de que oferecem crédito substituídos rapidamente por sis-
informações disponíveis na Inter- temas de discagem automatizada,
net e a melhoria dos cadastros das de maneira direta ou com suporte a Predictive Dialing.
fontes de informação, que auxi- indireta terão que se Temos também assistido a uma cla-
liarão na melhor assertividade do reestruturar e se ra opção por tecnologias flexíveis,
processo de cobrança”. baseadas em software, não proprie-
preparar para atender
”
Com processos de cobrança tárias e com baixo custo de pro-
cada vez mais otimizados e solu- a demanda priedade”, conta. O executivo des-
ções tecnológicas focadas em me- taca ainda a solução Altitude uCI,
Damásio, da Aspect
lhorar a capacitação dos recursos que incorpora diversas ferramentas
humanos envolvidos no processo para solução de cobrança. Damá-
de recebimento, soluções como Hummig. “A Dígitro vem acom- sio, da Aspect, concorda quando
discadores inteligentes, processos panhando o mercado de crédito e o assunto é evolução. “Quaisquer
de Best Time To Call envolvendo cobrança e adequando suas solu- soluções que visem incrementos
soluções integradas e gravação ções para atender às necessidades de produtividade, controle e efe-
com buscas avançadas prosperam do setor, com um processo de evo- tividade serão largamente imple-
como novas soluções aplicadas à lução tecnológica que prioriza ca- mentadas, pois normalmente pos-
otimização dos processos, explica pacitação humana e produtos com suem retornos sobre investimento
“
palmente, da evolução dos canais empresas, que visam um ganho
de acionamento, compreensão dos de produtividade em escala, e das
O aumento de PA’s canais e ações mais eficientes por empresas de menor porte, com ne-
não significa melhoria perfil de cliente e ampliação dos cessidade de redução de custos,
meios de pagamento, o que traz a a otimização de processos e rea-
no serviço e melhores
”
necessidade de novas aplicações dequação no uso de soluções já é
resultados em BI para realizar o cruzamen- uma realidade”. Aquino enfatiza
Aquino, da Z6 to de informações do consumidor as soluções Siedi e Cobremais, que
com seu histórico de pagamento conciliam as evoluções tecnológi-
e cobrança, afirma Maria Isabel, cas com a simplicidade e objetivi-
altamente atrativos. Soluções que da Wittel. “A utilização de mode- dade na gestão de recebimento no
atuam em BI, Best Time to Call, en- lagem estatística para criação de
riquecimento de mailing, scoring, clusters de clientes vem crescendo
workforce management além dos como opção para agregar mais in-
softwares de gestão de cobranças teligência aos processos. O enten-
serão cada vez mais empregados”, dimento do comportamento dos
completa. inadimplentes através dos vários
Kekligian, da Equifax, conta que canais é fundamental para reduzir
as instituições financeiras há muito os custos das ações de cobrança e
tempo utilizam modelos preditivos preservar o relacionamento com
(scores) para melhor compreender os clientes”.
os clientes, conhecidos no merca- Maria Isabel conta que, há qua-
do como “behaviour scores”. Es- tro anos, a Wittel identificou uma
tes modelos ajudam no processo movimentação em seus clientes
de cobrança, porém somente até de valorização das operações de
dois ciclos de atraso, ou 60 dias. cobrança. Tanto as instituições
“Hoje, já é possível adotar mo- financeiras como os outsourcin-
“
delos específicos para a cobran- gs começaram a buscar soluções
ça, collection scores. A Equifax, que trouxessem mais produtivida-
trabalhando em conjunto com as de e melhoria de processos a suas As empresas de
maiores instituições financeiras do operações. “Neste ambiente, a
País, vem desenvolvendo modelos Wittel trabalhou para montar uma cobrança competem
estatísticos (scores) para cobrança. solução que permita a clientela à visando a maximização
Estes modelos são fundamentais gestão de réguas de cobrança em
se pensarmos em um aumento de qualquer etapa da inadimplên- dos resultados e os
consumidores inadimplentes, pois cia. Dentro desta solução, além vários indicadores de
com o uso de tais modelos é possí- do controle do processo de paga- performance estão
vel predizer quando e quanto tais mento (incluindo a distribuição de
consumidores irão efetuar seus pa- carteiras) incluímos um modelo sendo revistos
gamentos, se tornando assim mais de acionamento multicanais que Virgílio, da Altitude
”
E os callcenters? ramentas de cobrança. “Esta ade-
É natural que houvesse uma quação tem permitido aos grandes em todos os créditos
aproximação entre empresas de prestadores um maior crescimento Windt, da TMKT
cobrança e callcenters, influencia- de suas operações na modalidade
da por duas tendências do setor. A de remuneração 100% variável, exemplo, SMS, URA reversa, en-
primeira foi a queda no preço de antes restrita aos pequenos e mé- tre outros. “Procurando abordar o
tecnologias antes somente acessí- dios, e em alguns casos, com mar- cliente dentro de uma fase inicial
veis aos grandes players, como ex- gens maiores que as do modelo de de cobrança mais curta, a fim de
plica Solemar Batista de Andrade, remuneração fixa”, comenta. lembrá-lo de saldar sua dívida,
superintendente comercial da ACS: Andrade conta que a ACS, a par- evitamos, em um primeiro mo-
“Neste caso, as pequenas e mé- tir do segundo semestre de 2006, mento, custos mais elevados com
dias empresas especializadas em iniciou esforços no sentido de ade- emissão e postagem de cartas, te-
cobrança ganharam capacidade quar suas operações de cobrança legramas, etc. Entendo que, assim,
de responder às fortes demandas à nova realidade competitiva do o processo de análise e concessão
de produtividade exigidas pelos setor. “Reforçamos a inteligência de crédito vá mudar, e poderemos
grandes credores para suas faixas operacional através da contratação enxergar o consumidor como um
de atraso mais recentes e entraram de profissionais especializados, tomador e bom pagador em todos
forte neste segmento”. A segunda desenvolvemos e homologamos os créditos, e não somente em uma
tendência acontece como respos- uma nova plataforma operacional única instituição, analisando assim
de cobrança mais robusta e flexí- seu grau de endividamento e histó-
vel, ampliamos o foco comercial rico de pagamentos antes de apro-
em indústrias antes não atendidas var um novo limite de crédito para
pela cobrança ACS, com conquis- o mesmo”.
ta de importantes clientes, diver- A concessão de crédito deve
sificamos os produtos de crédito permanecer em alta e as linhas de
atendidos pela cobrança ACS e re- créditos estão cada vez mais aces-
visamos as nossas estratégias para síveis para as camadas da popula-
atuação também em negócios que ção que antes não tinham acesso
operam com remuneração variá- ao produto. O Cadastro Positivo
vel”. também deve contribuir para o au-
Miguel Windt, diretor comercial mento das concessões de crédito,
da TMKT, acredita que é tenden- já que permitirá acesso ao crédito
cial surgirem novas empresas de para as pessoas que não têm como
cobrança mais especializadas, comprovar renda (normalmente
além do crescimento da atividade com sua solicitação negada), mas
“
dentro dos contact centers. “Acre- que são bons pagadores, explica
dito que as atividades mais simples Flávia de Santis, gerente de produ-
É natural de cobrança, ou seja, a de primei- tos da Atento. “Com a concessão
ro nível, sejam cada vez mais exe- de crédito em alta, mesmo que os
que houvesse uma cutadas pelas empresas terceiriza- percentuais de inadimplência se-
aproximação entre das de contact center, ficando a jam reduzidos, o volume monetário
cobrança litigiosa, ou seja, as de inadimplente deve continuar mui-
empresas de cobrança e segundo nível, a cargo de empre- to alto. Só para exemplificar, uma
call centers, influenciada sas especializadas”. de nossas operações de cobrança
pela queda no preço da Windt conta que, com o avan- de um grande banco, praticamente
ço da tecnologia, a TMKT já usa dobrou de tamanho em um ano, e
tecnologia ferramentas de cobrança que não existem perspectivas dessa opera-
Andrade, da ACS eram usuais anos atrás, como por ção crescer ainda mais em 2008,
“
cimento anual de 60%. Para atender a Positivo vai nos permitir uma maior
demanda, a companhia inaugurou re- inteligência para os negócios de
centemente mais um site na cidade de cobrança, e poderemos concentrar
São Paulo. Com mil posições de aten- A escolha da mídia
dimento, a nova unidade chega para
esforços em clientes que realmente
atender a expansão de algumas opera- representam risco de se tornarem correta e a adoção
ções e também novos clientes. inadimplentes”. do melhor custo
A qualidade dos serviços prestados O CEO da CSU Telesystem e
foi alcançada com um forte investimen- Credit&Risk, Décio Burd, concor- obrigarão as empresas
to em tecnologia, adotando soluções
Dell, HP, Avaya e Talktelecom. A empre-
da e diz que a acessibilidade com e seus fornecedores a
sa contou ainda com a ajuda da PL Tec- interações on-line e a utilização de desenvolverem novas
”
nologia, integradora especializada em ferramentas modernas para a oti-
redes de comunicação, que foi respon- mização dos recursos de cobrança ferramentas
sável pela instalação de todo o cabea- com a conseqüente melhora do cus- Burd, da CSU
mento estruturado para 1100 pontos
de telefonia e rede. Para atender a estes
to-benefício do conjunto de ações,
pontos foram montados sete Rack’s de passa a ser uma condição essencial inadimplentes. Com certeza, a as-
44Us completos e diversos blocos 110 para suportar os novos volumes. sertividade do processo será um dos
de telefonia. “Esse site é a cara da Inter- “A especialização é uma tendência fatores críticos de sucesso. A escolha
valor. Nele utilizamos o que de melhor irreversível. A inteligência na con- da mídia correta e, a adoção do me-
há em tecnologia para aumentar nossa
produtividade. Com ele estamos um
cessão do crédito e na cobrança, a lhor custo, obrigarão as empresas e
passo a frente do mercado”, afirma Ro- utilização de modelos preditivos e seus fornecedores a desenvolverem
berto Nygard Petersen, gerente de TI e a determinação da estratégia a ser novas ferramentas”. Burd diz que o
Infra-estrutura da Intervalor. utilizada, será o principal alvo das callcenter é uma das mídias usadas
atenções. Setores de prevenção à para contatar os inadimplentes e
SystemCred fraude e auditoria terão seus pesos continuará sendo, porém a inteli-
Para melhorar o desempenho de
suas equipes e reduzir os custos com
aumentados com o crescimento dos gência específica na determinação
“
telefonia, a SystemCred, especializada da estratégia, bem como a utiliza-
em processos de cobrança de créditos ção de tecnologias específicas, exi-
inadimplentes, optou pelo aplicativo girão know-how próprio.
de serviço de mensagens curtas (SMS) Temos novas
Na segunda parte desse especial,
da Okto. A empresa faz a gestão de aplicabilidades para vamos focar a gestão de contrata-
doze carteiras, compostas por lojas de
varejo e bancos. Pelo volume de men- soluções que já existiam, ção de serviços de empresas de co-
sagens trafegadas via telefone celular, brança, a integração com os call-
cada comunicado representa menos como o Chat, que só centers, as expectativas do setor
da metade do valor unitário gasto em agora começa a ser e as novas estratégias de recursos
ligações de telefone fixo para um apa-
relho móvel, operações que podem utilizado para humanos, que devem representar,
custar de R$ 0,50 a R$ 0,63, consideran- em pouco tempo, a verdadeira re-
do-se ligações locais e DDD. cobrança volução do setor com a especiali-
Flávia, da Atento zação do capital humano.
C
omo prometi no artigo anterior, conti- A quarta tendência
nuo apresentando a discussão conduzi- identificada é o “De-
da pela consultora Patrícia Seybold que, saparecimento das Fernando Guimarães é diretor de
em maio deste ano, reuniu um grupo de execu- Homepages”, ou se- criação da Escala/Synapsys, consultor de
marketing e comunicação, especialista em
tivos, dos mais diferentes ramos de negócio pa- ja, o fato de páginas marketing de relacionamento e bloqueiro
ra discutir as “tendências de visionários centra- de aberturas dos sites do Portal www.clientesa.com.br/
dos no consumidor”. estarem se tornando Email: fguimaraes@synapsys.com.br
As primeiras tendências identificadas foram cada vez menos rele-
os “ecossistemas construídos a partir dos ob- vantes. Isso tem muito a ver com o tema ante-
jetivos finais dos consumidores” e as “comu- rior, porque provavelmente se deve ao fato de
nidades de consumidores”. O debate sobre a que os consumidores estão alterando seu com-
terceira tendência – O Primado da Busca - co- portamento ao navegar na internet, usando mui-
meça com uma provocação: será que o “mar- to mais ferramentas de busca do que digitando
keting” morreu? url’s. Eles estão indo direto às páginas com tó-
Segundo Mrs. Seybold, os executivos que par- picos específicos.
ticiparam da discussão parecem não enxergar Na esteira do desaparecimento da homepa-
mais grande valor nas “campanhas tradicionais ge, a “turma” da Patrícia Seybold apontou um
de marketing”, com exceção de catálogos im- fato interessante e muito preocupante: o uso
pressos e os encartes em jornais que dirigem o crescente de software bloqueador de anún-
tráfego diretamente para os sites de e-commer- cios está criando “buracos” nos sites que com-
ce ou para as lojas. Tem muita coisa “por fora” prometem o visual do próprio. Além de afetar
na visão deles. Até mesmo programas elabora- a receita incremental que o site geraria, es-
dos de marketing direto. Tudo que é “push” es- ses buracos estão impactando negativamente
tá por fora. “Pull” é o que está por dentro. E isso na qualidade da experiência do consumidor.
é conseguido principalmente via ferramentas de Em breve, portanto, talvez tenhamos de buscar
busca e otimização da navegação. novos layouts de sites, sem os banners e outros
Esses visionários, segundo Patrícia, têm fei- formatos publicitários, substituídos talvez por
to investimentos significativos nas habilidades algum recurso artístico ou conteúdos gerados
e tecnologias necessárias para aperfeiçoar con- pelo internauta.
tinuamente a capacidade dos clientes de en- As demais tendências discutidas pelo grupo –
contrarem o que estão buscando. Busca Vertical a clonagem de ferramentas em canais diversos,
é uma das soluções mais populares entre eles. as oportunidades e os riscos de focar na própria
Nesse caso, a procura é otimizada para catego- faixa etária, os jogos on-line, mundos virtuais e
rias particulares de produtos. Muitos usam a Bus- outros comportamentos inovadores dos jovens
ca Federada: obtendo conteúdo e informação re- e a condução da mudança organizacional por
levantes de fontes terceirizadas. E todos focam meio de métricas do consumidor – estão descri-
“
no adicionamento de alguma forma de marcar tas no meu blog – http://blogclientesa.cliente-
os clientes segundo suas sa.com.br/marketingderelacionamento. Sugiro
Em breve, talvez próprias metodologias de uma visita para que comentem à vontade o que
ando escrevendo lá. Aproveitem para visitar os
tenhamos de se buscar classificação, geralmen-
te muito bem elaboradas. demais blogs da revista: vale a pena.
novos layouts de sites, Ou seja, o marketing mes- Até a próxima.
sem os banners e mo não morreu, mas tec-
nologias de busca e nave-
outros formatos gação estão cada vez mais
publicitários presentes.
O
novo portal do Sebrae é mais um dos projetos contribuirá para difundir ainda mais o
que estão sendo lançados durante o aniver- conhecimento empresarial, indispen-
sário dos 35 anos da instituição. A mudança sável para o bom desempenho dos ne-
faz parte do conjunto de estratégias da “Revolução gócios. “O portal passou por mudan-
no Atendimento”, promovida para tornar os servi- ças com o objetivo de dar mais foco
ços mais ágeis e para se aproximar cada vez mais de ao atendimento por meio das páginas
empreendedores e empresários. “Para chegarmos ao na internet, o que torna o acesso mais
nosso cliente, queremos atuar da forma mais plural direto ao conhecimento, com a
possível, do rádio à internet”, explica Enio Pinto, ge- possibilidade de identifica-
rente da unidade de atendimento individual do Se- ção do perfil do empreen-
brae Nacional. dedor”, completa Márcia
O executivo lembra do esforço do governo federal Matos, uma das respon-
para democratizar o acesso à internet como um instru- sáveis pela implantação
mento de cidadania e diz que a nova forma do portal do novo portal.
P
ara estimular o mercado de solu- Para Eric Lieb, diretor de tec-
ções em contact center, a Genesys, nologia da Genesys, a parceria é
firmou parceria com a Siemens. O uma grande oportunidade para os
acordo permitirá às empresas oferecer um clientes de pequeno e médio porte.
trabalho conjunto em managed services “A visão de longo-prazo de ambas
Mario Tucci, vice-presidente de desenvolvimento de negócios
(MSS) com a Siemens Enterprise Commu- as empresas e a sinergia nos seus
nications. A estratégia de MSS segue uma portfólios de produtos fazem dessa
tendência mundial de transformar o valor
do software de um investimento (CAPEX)
parceria uma oportunidade única
no mercado, e ao longo do ano
TCS expande área de
em um serviço (OPEX), usando a infra-es-
trutura da operadora (Telco) para oferecer
de 2008 potencializa o acesso aos
clientes menores, que antes não ti-
nearshore para AL
um pacote de serviço de telecomunica- nham acesso à tecnologia de ponta
ção com o valor agregado das aplicações para auto-serviço (URA) e serviço
Consultoria também prestará ser-
callcenter/URA. assistido (callcenter)”, explica. viços para Estados Unidos e Europa
A parceria prevê integração de so- O executivo ressalta a importância
luções open IP para operadoras com
o HiPath 8000, solução modular de
infra-estrutura que gerencia, de for-
estratégica na aplicação de managed
services com foco nas operadoras de
callcenter, ao reduzir custos opera-
A TCS consolidou suas operações
no Uruguai e na Argentina, em
uma unidade de negócios voltada para
ma centralizada, toda a rede de Voz cionais, melhorar o nível de serviço e a prestação de serviços nearshore para
sobre IP e dados. As duas empresas garantir segurança para o aumento de outros países latino-americanos, Estados
oferecerão uma solução end-to-end produtividade. “A Siemens é uma dos Unidos e Europa. Com isso, a consulto-
para o mercado, e sua estrutura con- principais parceiros da Genesys com ria indiana prevê dobrar as operações
ta com uma equipe capacitada para centenas de clientes ao redor do mun- da unidade até 2010, saltando de 850
atender a pré venda, venda, imple- do. A estratégia de MSS iniciou-se no para 2400 profissionais.
mentaçao, operação e o pós venda. Brasil este ano, mostrando um ama- O executivo Mario Tucci, vice-pre-
durecimento do mercado e uma de- sidente de desenvolvimento de negó-
manda reprimida em segmentos antes cios, que coordenava as operações da
nunca trabalhados (PyMEs)”, define. TCS na região andina, foi nomeado
Nos Estados Unidos e no Brasil, a presidente da nova unidade, que com-
parceria no desenvolvimento de solu- preende um centro global de desenvol-
ções baseadas em padrão IP já dura vimento e um centro de treinamentos,
mais de dez anos e sua ampliação ambos localizados em Montevidéu
possibilitará a comercialização de (Uruguai), assim como uma extensão
managed services. “O mercado norte- do centro na Argentina. “Esta região
americano está mais maduro no pro- possui mão-de-obra altamente qualifi-
cesso de outsourcing da infra-estrutu- cada e uma estrutura atrativa de cus-
ra, incluindo o callcenter, e por isso tos, o que a transforma em uma base
essa estratégia está mais avançada. natural para exportar serviços para
Essa visão de maturidade se percebe outros países. Nosso plano é chegar a
no mercado brasileiro, por meio das 1200 profissionais neste ano e dobrar
movimentações, principalmente dos o quadro de consultores nos próximos
processos de outsourcing e alguns de três anos”, explica Tucci.
insourcing”, comenta Eric. A empresa prevê ainda a construção
de um novo centro no Uruguai com
Eric Lieb, diretor de tecnologia da Genesys capacidade para mais de 400 pessoas.
O
s grandes gurus do marketing dizem que as tos, controle de qualida-
empresas têm necessidade de definir uma de, entrega just in time,
orientação estratégica para poder sobrevi- 5S, Kambam e etc. Marcos Fabio Mazza é gerente de
CRM da Syngenta Proteção de Cultivos.
ver, e que a excelência operacional, a inovação em Em primeiro lugar, E-mail: marcos.mazza@syngenta.com
produtos e a intimidade com clientes são as melho- buscando crescimen-
res. Mas o grande desafio é como manter um equilí- to de vendas horizon-
brio entre elas, e como esta mescla pode ser efetiva tais, diversificaram sua orientação estratégica e bus-
e levar sua empresa a resultados ainda maiores. caram na inovação em produtos uma diferenciação
Se você fosse um fabricante de cerveja, qual seria o e conseqüentemente, um crescimento nas vendas.
retorno na implementação de uma estratégia de rela- Analisaram as novidades do mercado, observaram
cionamento direto com seus consumidores? Nenhu- os produtos de maior aceitação e incluíram no car-
ma. Porque, neste caso, os clientes desta indústria são dápio uma gama enorme de opções: do hambúr-
os pontos-de-venda e distribuição, e não seus consu- guer de carne ao frango, passando também pelo
midores. Quantas vezes a Coca-Cola conversou com peixe; além das famosas batatas fritas, acrescenta-
você? Você conhece algum funcionário da empresa? ram outros tipos de acompanhamentos, isto sem fa-
Nós somos apenas consumidores anônimos. lar das sobremesas e bebidas.
Empresas como a citada acima têm dois grandes Não foi o suficiente. Precisavam de mais pon-
objetivos a perseguir: excelência operacional na fa- tos de melhoria na distribuição e logística. Surgi-
bricação e excelência na logística de distribuição, ram regras. Cada lanche pronto com mais de 10
ou seja, produzir pelo melhor custo e estar sempre minutos vai para o lixo; como dizem lá dentro na
disponível e gelada no ponto-de-venda mais próxi- linha de montagem “o ar é inimigo da gordura”.
mo dos pontos de consumo importantes. Com isso, a porcentagem de desperdício reduzia
Programas de gestão de relacionamento devem ser sua excelência em custos de produção. Produzir
implementados com objetivos certos, do contrário, ou- mais sem logística leva ao prejuízo.
viremos sempre a desculpa “este investimento é estra- Buscando mais uma vez a excelência em cus-
tégico”. Sempre que ouvir esta frase, interprete-a dessa tos, encontraram na Gestão de clientes pontos de
forma: minha empresa vai investir sem retorno. melhoria que modificaram toda a estratégia da
Como, então, implementar estratégias de ges- companhia. Relembrando o marketing 1to1:
tão do relacionamento com clientes para melho- 1º passo: identificar todos os clientes e diferen-
rar minha excelência operacional, inovar em pro- ciá-los por valores e necessidades.
dutos e ter melhores resultados? Alguns exemplos
estão bem na nossa frente e podemos aprender Resultados:
muito com eles. Como dizem os Titãs: “as idéias 1º grupo de clientes potenciais: adolescentes e
estão no chão, você tropeça e acha a solução”. funcionários de empresas próximas:
“
Uma grande rede multinacional de fast food tem Característica do grupo: necessidade de comi-
na excelência em custos sua da rápida x baixo poder de compra (mesada ou
principal orientação estra- vale refeição).
Este investimento tégica para competir neste Estratégia adotada: ganho de escala e venda de
é estratégico. Sempre mercado tão aquecido. Por pacotes: “peça pelo nº.”, Onde a somatória indivi-
que ouvir esta frase, esta razão, ao passarmos pa- dual dos itens é maior que o preço do pacote. Os
ra o outro lado do balcão de produtos dividem a redução na margem prevista.
interprete-a dessa atendimento, parece que en- Retorno obtido: crescimento nas vendas hori-
forma: minha empresa tramos em uma verdadei- zontais suportado pela logística de produção e vi-
ra indústria automobilística, sualização da margem de lucro do pacote e não
vai investir sem com linha de produção/mon- mais do produto individual + redução do desper-
retorno tagem, gestão de suprimen- dício por melhor gestão de saída.
”
xinha em separado, sem o brinquedo). aniversário e Delivery.
Retorno obtido: Aumento na margem de lucro, O maior desafio das em- oportunidades
comprar separado é mais barato, o brinquedo ge- presas está em encontrar o
ra um valor agregado que aumenta o lucro. Cres- equilíbrio entre as estratégias competitivas, co-
cimento nas vendas com lucro. nhecer qual o objetivo principal e gastar fosfato
Outro ponto interessante desta maior intimida- na busca das oportunidades, afinal, o que todas
de com clientes pode ser observado na mudança do as empresas, seus diretores e gerentes querem é
layout das lojas, principalmente nas cores; como era “vender mais com maior lucratividade”.
antes: “coma depressa e suma daqui”, hoje foi substi- Como o exemplo mostra, grandes retornos in-
tuído por “fique o tempo que quiser e coma sempre”. dependem de estratégias “Cirque du Soleil”. Di-
Essa conjugação e equilíbrio entre as orientações retores e gerentes não precisam ser artistas. São
estratégicas trouxe o resultado previsto e esperado: ações práticas e objetivos claros que sempre le-
crescimento nas vendas (horizontais e verticais). Ago- vam aos melhores resultados; porém, a dificulda-
ra, a estratégia não pára mais, em uma constante bus- de de foco e aceitação interna pode levar ao fra-
ca pela identificação de novos clientes, sempre pe- casso. Somente com planejamento, comunicação
la diferenciação por valores e necessidades, buscam e disciplina de implementação, podemos vencer.
A
pesar do título, esse livro não é bom ape- principalmente porque
nas para casais. Mas é imprescindível pa- dinheiro e controle de
ra o casal moderno, que conversa, discute gastos não fazem par-
e planeja o futuro junto. E divide a conta. O livro te das conversas dos ca-
“Casais Inteligentes Enriquecem Juntos” é um mo- sais. E aí, independente
delo onde a longevidade do casal está fundamen- das conquistas ao longo Marco Barcellos é diretor de Marketing da
Cisco Brasil. E-mail: marcobar@cisco.com
tada na confiança mútua, na divisão das tarefas e da vida, esquecemos de
nos sonhos compartilhados. planejar o futuro. Surge
O autor Gustavo Cerbasi é mestre em adminis- então a necessidade de venda de bens para contas,
tração de empresas e destaca-se como especialista aposentadoria com falta de dinheiro e a dependência
em finanças pessoais, economia doméstica e pla- dos filhos na velhice. Mas não precisa ser assim.
nejamento familiar. Mesclando teoria com práti- Seja no namoro, no noivado ou recém-casados, exis-
ca, ele apresenta diversos atalhos para os casais se tem grandes desafios para as finanças do casal. Juntar
desenvolverem emocional e financeiramente. E o tudo não é necessariamente a melhor opção. O autor
preço é muito baixo: planejamento, execução com tem argumentos bem convincentes de que planos co-
disciplina e um pouquinho de desapego. muns jamais serão construídos de modo eficiente se
Os principais problemas no relacionamento de tudo no relacionamento for dividido. Afinal, perde-se
um casal começam com dinheiro. Quando a ren- eficiência em organização e em resultados.
da do casal não cobre as despesas do mês, acaba Para os casais com filhos, o segredo está na edu-
o romantismo por falta de budget. E aparecem os cação financeira desde a infância: discuta como
conflitos. Quando sobra dinheiro, surgem as dife- funciona um empréstimo, como lidar com a me-
renças de gosto, prioridades e investimentos. Tudo sada e até o orçamento da família. Esse compor-
porque não estamos acostumados a falar de dinhei- tamento trará resultados para a família hoje e pa-
ro. E quando a cabeça erra, o bolso paga a conta. Li- ra o futuro dos seus filhos.
teralmente. O grande tesouro deste livro é a conquista da
Uma união financeiramente feliz depende da independência financeira. Na medida em que a
combinação das características de cada um. E um idade avança, o pique já não é o mesmo e os si-
dos segredos para o casal é que o tema “dinheiro” nais de esgotamento começarão a ser sentidos. O
esteja diretamente ligado aos objetivos de cada um. planejamento é simples: gaste menos hoje e invis-
Se o casal não conhecer os objetivos um do outro, a ta a diferença. Depois, basta reinvestir o retorno
frustração virá, provavelmente para ambos. até atingir um volume de capital que gere a ren-
Cerbasi apresenta três exemplos de casais em si- da que vocês desejam. O livro traz uma série de
tuações distintas, com três resultados diferentes. exemplos e tabelas com valores, tempos de apli-
A grande diferença entre eles é a combinação do cação e taxas de juros. Vale a pena consultar e fa-
perfil de cada membro do casal. Segundo o autor, zer simulações. A riqueza como objetivo de vida é
existem cinco estilos de como lidar com o dinhei- algo bem saudável. Afinal, o planejamento financei-
ro: poupadores, gastadores, descontrolados, desli- ro e a economia doméstica irão proporcionar ao ca-
gados e financistas. Das combinações en- sal a paz desejada para o futuro. A busca de um fu-
tre estes perfis, saem três resultados para turo financeiramente estável é uma garantia por trás
o casal: a todo vapor, um puxando o ou- de cada decisão do casal. O livro traz ainda vá-
tro e um tropeçando no outro. Parece di- rias recomendações de leitura e fontes de pesqui-
vertido, mas é a realidade. sa em websites. Invista seu tempo para se especia-
A dificuldade de planejar é um proble- lizar no assunto. Assim você pode ganhar mais e
ma para quase todas as famílias. Erros fi- mais. E doar parte do seu lucro para ajudar outras
nanceiros são verdadeiras armadilhas, pessoas. Afinal, a nossa riqueza é maior do que
nós imaginamos. Aposentar-se, em finanças pes-
Livro: Casais Inteligentes Enriquecem Juntos
Autor: Gustavo Cerbasi soais, significa atingir uma independência finan-
Editora: Gente- 2004 ceira que lhe permita viver a vida como você es-
Páginas: 165 colher. Talvez até trabalhando muito... ou não.
”
diferenciar nosso produto para
atendermos suas necessidades
Michael Guenther – diretor geral da United no Brasil
“ O database
tem de fazer
parte da cultura
de toda a
“ É necessário que o governo,
em parceria com a iniciativa privada,
estude alternativas para estimular a
expansão da banda larga. Isto pode ser
”
organização feito por meio de políticas de redução
e de seu de preços e benefícios fiscais
”
alinhamento Pedro Ripper, presidente da Cisco do Brasil
estratégico
“
Sérgio Augusto Alves, diretor da
Ogilvy One Consulting
Nossa política
“
em relação
à cobrança
O desafio e a prioridade do é transformá-la em
setor continuam sendo intensificar uma ferramenta
a comunicação para que de relacionamento,
”
o consumidor confie ainda mais mais um passo
na qualidade dos produtos
”
no atendimento
Neide Montesano, presidente da Associação Brasileira de Marcas
Próprias e Terceirização (Abmapro)
ao cliente
Miguel Cui, diretor de clientes da Claro
“ Conhecer
cada cliente
individualmente
traz todos os
fundamentos
“ A fidelidade é uma questão
de relevância momentânea para
o consumidor. Ele muda de produto
ou serviço conforme seu hábito,
necessidade ou momento de vida
para desenvolver
recente. É preciso entender esse
”
estratégias
”
momento e fazer propostas
de negócio
pertinentes
Cláudio Cunha, diretor de relacionamento
e qualidade da ADP Christiano Ranoya, diretor de novos negócios da Market Data
A
riqueza (abundância de recursos) e o Ín- futebol e do pragmatis-
dice de Desenvolvimento Humano (IDH) mo da mão-de-obra.
de um país deveriam ser medidos pe- “Aqui, em se plan-
la qualidade de seus recursos humanos. Quando tando, tudo dá”, di-
se mapeiam, nos atlas geográficos, por exemplo, zia Pero Vaz de Cami- Miguel Ignatios é presidente da
Associação dos Dirigentes de Vendas
minérios, alimentos e rios de determinada nação, nha, deslumbrado, em e Marketing do Brasil (ADVB). E-mail:
tem-se a falsa idéia das potencialidades de seu sua célebre carta ao rei ignatios@advb.com.br
desenvolvimento, pois tais informações, nos tem- de Portugal, na época
pos atuais, são cada vez mais carentes de dados, do descobrimento do Brasil. Essa frase (ou profe-
educativos e didáticos, que as qualifiquem. cia), que poderia ter-se tornado a mãe de todos
O desenvolvimento brasileiro, desde a época os demais ufanismos, ao contrário, revelou-se to-
imperial até hoje, tem se nutrido, algumas vezes talmente verdadeira. Ocorre que o ato de plan-
explicitamente, outras de forma subliminar, da tar já está incorporado ao DNA humano, pois é
mesma fonte: o ufanismo, “invenção”, felizmen- atávico. O mesmo, contudo, ainda não aconte-
te não patenteada, do conde Afonso Celso, aque- ce com outras atividades humanas, principalmen-
le do “Porque Me Ufano do Meu País”. te com aquelas necessárias ao trabalho especia-
A visão ufanista da abundância dos recursos lizado. Por tal motivo, estou convencido de que,
naturais do nosso País passa aos leitores desa- parodiando Caminha, aqui, “em se treinando, tu-
visados – estou me referindo particularmente do acontece”. Investir em recursos humanos é o
aos estudantes, porque eles crêem naquilo que melhor negócio que existe: não tem risco e o re-
lhes ensinam nas escolas – a falsa idéia de que, torno é alto.
de repente, as águas do Rio Amazonas transfor- O que o Brasil conseguiu criar, em termos de
mar-se-ão em riqueza palpável, a ser distribuí- indústrias, algumas de alta tecnologia, e de servi-
da à população brasileira. ços especializados, dos anos 50 até hoje, é, de fa-
Obviamente, como isso nunca se realiza no to, inacreditável. Este, sim, pode ser chamado de
tempo presente, nossas elites, desde a indepen- milagre brasileiro.
dência até hoje, têm jogado tal expectativa para Daí decorre a incontestável verdade: o cresci-
o futuro, alimentando, com isso, conhecidas fan- mento sustentado é decorrência da qualificação
tasias, no imaginário popular. A repetição dessas do ser humano, este, sim, o grande fator diferen-
fantasias acabou por gerar o bordão “Brasil, país cial que o Brasil precisa – e deve – ter sempre
do futuro”, como se a simples idéia de porvir re- em conta para tornar-se, rapidamente, uma nação
solvesse todas as demandas sociais, econômicas e plenamente desenvolvida.
culturais de nossa gente, acumuladas ao longo de
quase dois séculos de história.
Até hoje, quem ousa questionar o futuro bri-
“
lhante de nosso País é visto pelos demais com
certa desconfiança. É a he-
Até hoje, quem rança do ufanismo!
Mas, voltemos aos recur-
ousa questionar o sos humanos, que, em seu
futuro brilhante de sentido mais amplo, nada
nosso País é visto mais são do que a criativi-
dade, a habilidade e a di-
pelos demais com versidade de nosso povo,
certa desconfiança. facilmente mensuráveis pe-
la riqueza do folclore, do
É a herança do anedotário, da MPB, dos
ufanismo! esportes, particularmente o