1) John Boyd desenvolveu a Teoria E-M para comparar os caças americanos e soviéticos, mostrando que os caças soviéticos eram superiores em muitas situações.
2) Boyd defendeu um novo caça leve e altamente manobrável, o F-X, que mais tarde se tornou o F-15 Eagle.
3) Boyd continuou promovendo a visão de um pequeno caça de alta performance, levando ao desenvolvimento do F-16 Falcon.
Descrição original:
Título original
Aereo.jor.Br-John Boyd o Piloto de Caa Que Mudou a Arte Do Combate Areo Parte 2 Poder Areo Informao e Discusso
1) John Boyd desenvolveu a Teoria E-M para comparar os caças americanos e soviéticos, mostrando que os caças soviéticos eram superiores em muitas situações.
2) Boyd defendeu um novo caça leve e altamente manobrável, o F-X, que mais tarde se tornou o F-15 Eagle.
3) Boyd continuou promovendo a visão de um pequeno caça de alta performance, levando ao desenvolvimento do F-16 Falcon.
1) John Boyd desenvolveu a Teoria E-M para comparar os caças americanos e soviéticos, mostrando que os caças soviéticos eram superiores em muitas situações.
2) Boyd defendeu um novo caça leve e altamente manobrável, o F-X, que mais tarde se tornou o F-15 Eagle.
3) Boyd continuou promovendo a visão de um pequeno caça de alta performance, levando ao desenvolvimento do F-16 Falcon.
br/destaques/john-boyd-o-piloto-de-caca-que-mudou-a-arte-do-combate-aereo-parte-2/ October 22, 2011
John Boyd, o piloto de caa que mudou a arte do combate areo parte 2 | Poder Areo - Informao e Discusso sobre Aviao Militar e Civil Depois de desenvolver a Teoria E-M, o prximo objetivo de Boyd foi comparar os caas americanos com seus rivais soviticos. Para isto, ele voou para a base de Wright- Patterson a fim de coletar os dados da Diviso de Inteligncia Estrangeira. Boyd e seu amigo Christie comearam ento a alimentar o computador IBM com dados de performance dos caas soviticos. Boyd tinha planejado mostrar os grficos das diferenas entre as taxas de energia dos caas americanos e russos. Mas para espanto de Boyd, os grficos mostravam que numa grande parte do envelope de performance, o caa sovitico era superior s aeronaves de caa americanas. O F-4 Phantom era muito pesado e no tinha uma rea de asa grande para fechar nas curvas como o MiG-21 a grande altitude. O nico lugar em que o F-4 poderia vencer o MiG-21 era em baixas altitudes e em alta velocidade. A pior notcia porm era que o novo F-111 era inferior que qualquer aeronave sovitica em qualquer velocidade e altitude. Quando Boyd terminou os grficos, ele comeou a brifar os pilotos de Eglin e voltou a Nellis para brifar os pilotos de l tambm. No comeo de 1965, Boyd foi para o Vietn e brifou os pilotos de F-105 sobre tticas de caa. Depois disso, Boyd fez um tour pelas bases da Europa para dar palestras sobre a teoria E-M. Por fim, ele brifou o chefe do Tactical Air Command, General Walter Campbell Sweeney Jr e o General Bernard Schriever, chefe do Air Force Systems Command, para que os generais de quatro estrelas soubessem da pobre performance do F-111 comparado s aeronaves soviticas. No Vietn No Vietn, o F-105 e o F-4 Phantom eram as aeronaves erradas para as tarefas que estavam cumprindo. O F-105 estava sendo usado como avio de ataque, enquanto o grande e pesado F-4C estava sendo usado como caa e no era preo para o MiG. Boyd tambm mostrou que os msseis ar-ar americanos Sparrow e Sidewinder tinham uma performance sofrvel e podiam ser facilmente evitados em manobras evasivas. Na primavera de 1966, Boyd recebeu ordens de transferncia para a Tailndia como piloto de F-4 Phantom, o que era justamente o que ele queria. A Guerra Area no Vietn estava quente, mas as foras americanas no estavam indo bem. Em 1965, os americanos tinham perdido 171 aeronaves. Para diminuir as perdas, os F-4C receberam ordens para voar fazendo cobertura aos F-105s, mas o F-4C era muito grande e pesado para dogfights contra os mais manobrveis e geis MiG- 21. No havia canho no Phantom e o envelope de lanamento dos primeiros msseis Sparrow e Sidewinder era to pequeno, que um piloto tinha que ser extremamente proficiente para atingir a posio de tiro. As ordens de Boyd para a Tailndia foram repentinamente suspensas e ao invs de ir para a guerra, ele foi enviado para o Pentgono no vero de 1966. O programa do caa F-X da USAF estava com problemas. O problemtico F-X perseguia a definio Bigger-Higher-Faster-Farther (Maior, Mais Alto, Mais Rpido e Mais longe) da USAF. A US Navy fez seu papel, quando os almirantes tiveram sucesso com o Secretrio de Defesa McNamara, prometendo que a Marinha aceitaria o F-111, se ela pudesse continuar o desenvolvimento do motor TF30 e do mssil Phoenix. A Marinha planejava testar a compatibilidade do F-111 com navio-aerdromo e depois recusar o avio, indo ao Congresso para dizer que j tinha um motor e mssil pronto e com o dinheiro alocado para o F-111, iria desenvolver um novo caa naval. Esse caa viria a se tornar o F-14 Tomcat. A USAF corria o risco de ter que adotar um novo caa projetado para a Marinha em seu inventrio, como aconteceu com o F-4 Phantom. Boyd foi levado ao Pentgono para salvar o projeto F-X da estratgia da Marinha. F-X O F-X tinha tido seu peso baixado para 28.735kg, mas ainda assim era pesado, muito complexo, muito caro e tinha uma asa muito pequena. A aeronave era planejada para ser um caa multifuno. Boyd queria um caa pequeno, de um s motor e muito manobrvel, que tivesse uma relao peso-potncia melhor que qualquer outro caa no mundo. O F-X deveria perder e ganhar energia mais rpido que qualquer outro caa, para dominar os cus nas prximas dcadas. O F-X foi o primeiro caa americano projetado mediante as especificaes de manobra E-M, com o dogfight em mente. Boyd queria que o F-X fosse mais manobrvel que qualquer caa inimigo, mas ele no definiu nenhum valor de performance com relao velocidade ou capacidade de curva. Ao invs disso, Boyd queria uma aeronave com alta relao peso-potncia para atingir excelente acelerao. Ele queria uma grande asa com manobrabilidade e energia suficiente para desengajamento e separao e para retornar ao combate em vantagem. Deveria haver combustvel suficiente para voar bem adentro do espao areo inimigo e sustentar um dogfight. Boyd estava feliz com um pequeno radar, mas o pessoal da eletrnica queria detectar um MiG a 40 milhas nuticas, o que resultava num disco de radar enorme e por causa disso, um alto arrasto aerodinmico da fuselagem. Boyd insistiu em ter um canho interno. Seus clculos mostraram que a performance aerodinmica obtida com as asas mveis do F-111 eram anuladas pelo peso extra que o sistema trazia com ele, mas a USAF ainda insistia nessas asas. A teoria E-M de Boyd permitiu pela primeira vez na histria do desenvolvimento dos caas a anlise de todo o envelope de manobra de um caa desde o projeto e antes do primeiro voo do prottipo. O ano de 1967 foi o pior da USAF no Vietn. Estava claro que a Fora Area no tinha um caa de superioridade area. A kill rate de 10:1 da Coreia caiu prxima da paridade e era at mesmo vantajosa para os Norte Vietnamitas. Depois da guerra, somente um piloto da USAF tinha o status de s (os outros dois eram WSOs), com 5 kills, enquanto o Vietn do Norte tinha 16 ases que eram veteranos de combate e lutaram no ar por anos. A USAF continuou a tradio da Guerra da Coreia e rotacionava os pilotos para tarefas administrativas, depois de 100 misses. Por causa disso, pilotos de transporte e do SAC tinham que ser treinados para pilotar caas. Em 1967, a Unio Sovitica introduziu dois novos caas: o MiG-23 de asas mveis (geometria varivel) e o rpido MiG-25. O MiG-23 no foi levado to a srio pela USAF, mas o MiG-25 foi considerado uma grande ameaa. Foi dito que o MiG-25 podia alcanar a velocidade de Mach 2.8 e isto aumentou a prioridade do programa F-X. Depois da Segunda Guerra Mundial, a USAF afirmou que o tempo dos dogfights tinha terminado e que agora a guerra seria com msseis e o apertar de botes. Mas o Vietn mostrou que John Boyd estava certo sobre as ineficincias do novo Sparrow e Sidewinder e que a USAF ainda precisava de caas com canho. De fato, a introduo dos msseis requeria que os caas tivessem mais manobrabilidade que os anteriores, para escapar dos msseis. O Tactical Air Command queria o F- X com velocidade mxima de Mach 3.0, o que iria afetar seriamente a capacidade de manobra da aeronave. Boyd insistiu na velocidade mxima de Mach 2.0, quando comeou a perder a batalha pelo projeto. A aeronave voltou a ter 19.000kg de peso, com performance boa, mas inferior planejada anteriormente. O maior temor da USAF de que a US Navy no aceitasse o F-111B nas operaes em navio- aerdromo tornou-se real. Os almirantes informaram que a Marinha j tinha projetado seu prprio caa chamado F-14 Tomcat e se o Congresso liberasse o dinheiro alocado para o F-111B, a Marinha iria fabricar o F-14 com ele. A Marinha disse que a velocidade mxima do F-X era lenta em comparao com o MiG-25 e por isso o projeto do F-X deveria ser cancelado. Os almirantes disseram que o F-14 faria tudo muito melhor que o F-X e que a Marinha ficaria feliz em ajudar a USAF e venderia seu caa para a Fora irm. A USAF enfrentou as acusaes dizendo que a velocidade mxima do F-X era de Mach 2.5 e que combinada com o mssil AIM-7 Sparrow, seria suficiente para conter o MiG-25. Boyd realizou audincias no Comit House Armed Services dizendo que o futuro do F-X esbarrava no projeto de asas mveis (swing-wing). O Comit acabou no aceitando o projeto com asas mveis, e o F-X se transformou no caa F-15 Eagle. A USAF no precisou comprar outro projeto de caa da Marinha. Apesar da popularidade do filme Top Gun de 1986, o projeto de geometria varivel do F-14 Tomcat tornava-o pesado, suas turbinas eram fracas para seu tamanho e ele tinha pouca manobrabilidade. Fighter Mafia Um F-16 demonstra seu raio de curva em comparao com um F-4E Phantom John Boyd no desistiu da sua viso de um pequeno caa altamente manobrvel, com alta razo peso-potncia. Ele sugeriu que a USAF deveria ter um avio de backup, caso o projeto do F- 15 falhasse. Boyd, o coronel Everest Riccioni e Pierre Sprey formaram a Lightweight Fighter Mafia para promover suas ideias no Pentgono. Boyd no estava feliz com a maneira com que a USAF tinha mudado o projeto original do F-15. Ele queria um projeto de caa simples diurno, com 9.000kg de peso, e com menos arrasto, com uma performance muito melhor que o F-15. Riccioni conseguiu a verba para que a Northrop desenvolvesse o estudo inicial do YF-17 e a General Dynamics o do YF-16. Enquanto isso, a mdia focava no alto custo do F-15 e na baixa performance do F-14 Tomcat. O governo Nixon pressionou o Secretrio da Defesa Melvin Laird para colocar o sistema de aquisies militares na linha. Laird deu a misso ao seu assistente David Packard, que aprovou o projeto do caa leve (lightweight fighter project). A USAF ativou oficialmente o projeto em dezembro de 1970. A Lightweight Fighter Mafia queria procedimentos realistas para a competio entre os prottipos. Ambos os caas teriam que voar em cenrios realistas de combate contra caas MiG mantidos em segredo numa base no complexo de Nellis. Os estudos do caa leve mostraram que o caa teria melhor performance que o F- 15 Eagle, mas esta informao deveria ser mantida em segredo, porque a Fora Area no queria que o prottipo fosse superior ao F-15. Em abril de 1972, o Secretrio de Defesa Laird aprovou a construo dos caas competidores. No final de 1971, Boyd recebeu ordens para ir ao Vietn numa base secreta na Tailndia e partiu para l em abril de 1972, quando o prottipo do projeto do caa leve foi aprovado. >>>Continua em prximo post. LEIA TAMBM: