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Todo texto, qualquer que seja ele, verbal ou -verbal, possui uma organizao
narrativa, que se assenta na sucesso de estabelecimentos e de rupturas de contratos
entre um destinador e um destinatrio de que decorrem a comunicao e os conflitos
entre sujeitos e seus objetos-valor. Nesse sentido, todo texto assenta-se em relaes
estticas, ou de estado, e relaes dinmicas, ou de fazer, que se definem por uma
relao de pressuposio.
No caso da foto de imprensa, isso ainda mais evidente, uma vez que o uso da
imagem est sempre aliado inteno persuasiva. Como explica Barthes (idem, p.14):
"uma fotografia jornalstica um objeto trabalhado, escolhido, composto, construdo,
tratado segundo normas profissionais, estticas ou ideolgicas".
Por tudo que a anlise mostrou, pode-se perceber que a fotografia no apenas
uma reproduo analgica da realidade, na qual no se poderia identificar uma estrutura.
Passvel de uma anlise imanente, ela desenvolve, algumas vezes de maneira imediata e
evidente, um sentido suplementar ao prprio contedo analgico.
BARTHES, R. O bvio e o obtuso. Ensaios crticos III. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
CAETANO, K. E.; FISCHER, S. O Vu, a Bruma, a Tela e a Face - O negativo do documental na
fotografia de
imprensa. In: Significao - Revista Brasileira de semitica, So Paulo: Annablume; 2006;
p.127-146.
LUBBOCK, P. A tcnica da fico. So Paulo: Cultrix/EDUSP; 1976.