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com
seu
prprio
comportamento.
Aquela,
gemidos
ao
contacto
humano.
Accionado
por
um
boto
bio-port.
POD
utilizador
condicionam-se
mutuamente.
Quer em Strange Days, quer em eXistenZ, a existncia no real
muito mais apetecvel do que a real. A irrealidade, a fantasia, surge
em ambos os filmes como um porto de abrigo. O que ajuda a venda
do produto, seja este a substncia ilcita do primeiro filme ou
consola de jogos do segundo, a verosimilhana, a possibilidade de
confuso do mundo a gerado com aquele que se pretende ocultar.
Mas se, num primeiro momento, se exige a similitude com a
realidade, apagam-se, em seguida, alguns dos seus sinais. O que se
quer, afinal, uma realidade sem desiluso, que perpetue o prazer
e interrompa a dor. Uma realidade expurgada de culpa e de
responsabilidade. Nero diz a um cliente que este pode trair
virtualmente a mulher sem correr o risco de ser apanhado. Allegra
mata
sem
escrpulos.
Doravante,
nenhuma
aco
pode
e performativa
do
controlo das almas. Sou o mgico (...) prope Nero. Esse deus a
cincia que, associada tecnologia, hoje a entidade que tudo
pode. O novo deus dissemina a ideia de perda do telos existencial e
faz acreditar que s um novo universo a pode restituir. A nica
maneira de saber a finalidade do jogo jogando-o diz Allegra a
Pikul.
Em ambos os filmes, a realidade encontra, no entanto, maneira de
invadir o mundo ciberntico e resgatar as personagens, embora,
nunca sem resistncia. Em Strange Days, Nero opta pela realidade,
num momento de revelao, em que compreende que no pode
abdicar da sua condio humana, ainda que esta lhe parea difcil
de suportar. Mason, amiga de Nero, a personagem que durante
toda a estria se recusa a utilizar o SQUID e a usufruir das
anunciadas
delcias
proporcionas
pela
hiper-realidade,
que