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Postado por MOACIR SERTANEJO às 21:09 0 comentários
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"Ah!... dispois de tântu amô,
di tântu bêju gostôsu, ▼ 2008 (14)
di tântu chêru cherôsu, ► Dezembro (1)
nóis briguemu... ▼ Junho (13)
RECEITA "DI MOI DI REPOI NU AI I
Foi uma briga fatár
ÓI"
Ela disse: - Acabô
Eu disse: - Isso mermo. PUISIA MATUTA, MATUTA MESSS...
acabô-si tudu! VIVA SÃO PEDRO - 29 DE JUNHO
I nóis fiquêmo mudo,
sem vontádi di falá, VIVA SÃO JOÃO - 24 DE JUNHO
i, na hora da partida, VIVA SANTO ANTONIO - 13 DE
nem siqué si oiêmo, JUNHO
i nus xinguêmo,
JUNHO, MÊS DE "FESTA JUNINA"
cumu si podi xingá:
Aba de caruru!!! CULINARIA - CHOCONHAQUE
Mandinga de sapo seco!!! CULINARIA - QUENTÃO CAIPIRA
Eu dissi:
UM "CAUSO" DI FUTIBOR DI ROÇA
- Ôcê vai pru Norti
i eu pru Sur. DICIONÁRIO CAIPIRA - PEQUENO,
PORÉM ÚTIL...
Nunca mais queru ti vê, AS "FRASI" MAIS FALADA PELO
nem notíça queru tê, CAIPIRA.
ieu juro pur Deus,
nunca mais queru ti vê, DIVIRTA-SE COM PIADAS
CAIPIRAS...
nem pintada di carvão,
du fundu du quintar... CAIPIRA, A VERDADEIRA MÚSICA
DE RAIZ
Onti nóis si incontrêmo,
ninguém tentô disfarçá...
Parti pra riba dela,
Chêiu di fogo nu oiá,
i ela mim deu um arrocho
qui, si ieu fosse um cabra froxo,
tava aqui em dois pedaçu...
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Postado por MOACIR SERTANEJO às 19:57 0 comentários
Pois bem, antes de São João nascer, seu pai, São Zacarias, andava
muito triste, porque não tinha um filhinho para brincar. Certa vez,
apareceu-lhe um anjo de asas coloridas, todo iluminado por uma luz
misteriosa e anunciou que Zacarias ia ser pai. A sua alegria foi tão
grande que Zacarias perdeu a voz, emudeceu até o filho nascer. No
dia do nascimento, mostraram-lhe o menino e perguntaram como
desejava que se chamasse. Zacarias fez grande esforço e, por fim,
conseguiu dizer:- João! Desse instante em diante, Zacarias voltou a
falar. Todos ficaram alegres e foi um barulhão enorme. Eram vivas
para todos os lados. Lá estava o velho Zacarias, olhando,
orgulhoso, o filhinho lindo que tinha… Foi então que inventaram as
bombinhas de fazer barulho, tão apreciadas pelas crianças, durante
os festejos juninos.
Créditos para: Fabíola Cassab
Postado por MOACIR SERTANEJO às 20:59 0 comentários
Marcadores: CAIPIRA, Festa Junina, João, Junho, São João
Junho é o mês de São João, Santo Antônio e São Pedro. Por isso, as festas
que acontecem em todo o mês de junho são chamadas de "Festa Joanina",
especialmente em homenagem a São João. O nome joanina teve origem,
segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV.
Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos
portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e
negros. A influência brasileira na tradição da festa pode ser percebida na
alimentação, quando foram introduzidos o aipim (mandioca), milho,
jenipapo, o leite de coco e também nos costumes, como o forró, o boi-
bumbá, a quadrilha e o tambor-de-crioula. Mas não foi somente a influência
brasileira que permaneceu nas comemorações juninas. Os franceses, por
exemplo, acrescentaram à quadrilha, passos e marcações inspirados na
dança da nobreza européia.
Já os fogos de artifício, que tanto embelezam a festa, foram trazidos pelos
chineses. A dança-de-fitas, bastante comum no sul do Brasil, é originária de
Portugal e da Espanha. Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo
das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas
Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e
assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o
monte. No Nordeste do país, existe uma tradição que manda que os festeiros
visitem em grupos todas as casas onde sejam bem-vindos levando alegria.
Os donos das casas, em contrapartida, mantêm uma mesa farta de bebidas e
comidas típicas para servir os grupos. Os festeiros acreditam que o costume
é uma maneira de integrar as pessoas da cidade. Essa tradição tem sido
substituída por uma grande festa que reúne toda a comunidade em volta dos
palcos onde prevalecem os estilos tradicionais e mecânicos do forró.
CULINARIA - CHOCONHAQUE
CHOCONHAQ
UE
Ingredientes:
500 g de açúcar cristal
100 g de cravo
1 litro de leite bem quente
4 colheres (de sopa)
cheias de chocolate em pó
Meio copo (americano) de
conhaque ou 1 copo
(americano) de vinho
tinto doce.
Modo de preparo:
Modo de preparo:
Raspe e pique o gengibre em pedaços pequenos, coloque numa panela grande,
junte 2 litros de água, o açúcar, a canela, os cravos, o mel e o suco de limão.
Deixe ferver por 15 minutos em fogo alto. Retire e coe a mistura. Volte a calda
parara a panela junto com a canela e despeje a pinga. Deixe ferver por mais 5
minutos. Sirva em seguida, mantendo o quentão sempre em local aquecido e
em recipiente tampado. Se preferir um quentão mais fraco, reduza a quantidade
de pinga.
Créditos para esta receita: VIOLA CAIPIRA (site)
Nú leru leru,
eu tamem queru lerá,
vô falá no adjetivo,
e nu adverbiá."
Postado por MOACIR SERTANEJO às 19:10 0 comentários
A
Abancar-se: sentar-se
Abênça: benção
Abestalhado: tolo, abobalhado.
Acavalado: disforme, grandalhão, avantajado
Acochar: rosquear
Aguacero: bastante água. (ex: “Não deu prá ir lá, tava o maior
--aguacero na estrada.”)
Amancebado: amigado, juntado
Antisdonte: antes de ontem
Aprontar: fazer sexo (ex: “Creuzodete embuchou porque
--aprontô com o noivo”)
Arreda: parecido com “sair” (ex: “Arreda prá lá, sô!”)
Atarracado: pequeno
Até na orêia: repleto, cheio, demais
B
Badacama: em baixo da cama
Bafafá: bate-boca.
Baita: grande, bonito
Balofo: gorducho.
Banzé: briga, encrenca
Bardeá: carregar
Batê perna: sair, passear
Belzonti: capital de Minas Gerais
Berrano: gritando
Bicha: lombriga
Bom dimás: muito bom
Bucho: barriga
Buquira: Monteiro Lobato
C
Cadeque: por que?
Campeá: procurar
Carcar: colocar alguma coisa a força
Carecer: precisar
Carniça: pessoa chata
Carpi: capinar
Casopô: caixa de isopor
Catá no pulo: apanhar no flagrante
Catiça: mau olhado, azar
Catombo: calombo, caroço
Caudisquê: por causa de quê
Chamego: namoro
Chique no urtimo: elegante, bem vestido
Chispá daqui: ir embora
Chorá Pitanga: lamuriar-se
Chuçar: cutucar
Coió: bobo
Confórfô eu vô: conforme for, eu vou
Cosca: cócega
D
Dendapia: dentro da pia
Denduforno: dentro do forno
Descochar: desrosquear
Desembestiá: desgovernar-se, sair correndo
Desenxavido: sem graça, feio, velho, desajeitado
Desmilinguido: deteriorado, mau aspecto
Deu: de mim (ex :larga deu, sô !)
Diação: judiação
Dó: pena, compaixão (ex: Ai qui dó, gentch...!!!)
Dôdestombago - dor de estômago
Doidimais: doido demais
Donconvim: de onde que eu vim?
E
Embadapia: debaixo da pia
Embuchar: engravidar
Emburrar: fazer coisa de burro.
Émezzz: é mesmo?
Empacota: morrer
Emperiquitado: enfeitado.
Emprenhar: engravidar
Encher lingüiça: enrrolar
Enxotá: mandar embora
Esgueio: de lado, de raspão
Espia: ver
Espinhela caída: dor, problema na coluna
Estaçã:estação
F
Festa: participar de festa
Fidumaégua: diz-se ao caboclo que não se comporta bem
Finiquito: tremeliques
Fiote de cruiz credo: muito feio
Forfé: confusão
Fuçar: vasculhar
Futricar: fazer fofoca
Fuzarca: folia
G
Gaiato: engraçado
Gandaia: depravação
Garro: pegou, começou, realizou
I
Impreita: contrato de uma obra
Impricar: cisma
Incuado: resistente
Inhaca: mau cheiro
Inté: até
Intorná: derramar
Iscândelo: escândalo
Iscodidente: escova de dentes
J
Jabiraca: mulher valente
Jacá: cesto de palha ou taquara
Jizdifora: Juiz de Fora
Jururu: triste, quieto
K
Kidicarne: quilo de carne, quinze kidicarne = uma @
Kinem: igual
L
Lambuja: vantagem
Leva-e-traz: fofoqueiro
Levo os corno – complicou tudo
Lida: trabalho
Lidileite: Litro de leite
Lograr: mentir
Lonjura: distancia
Lundum: mau cheiro
M
Magrélin: muito magro
Malemá: mais ou menos
Manjado: muito conhecido
Mastumate: massa de tomate
Messs: mesmo
Micage: fazer imitação de alguém
Minerin: habitante das Minas Gerais
Moafo: coisa velha
Mondé: armadilha para pegar preá, peba e tatu.
N
Negócin: qualquer coisa que o mineiro acha pequeno
Némêss: não é mesmo
Nimim: o mesmo que “em mim”
Nossinhora: Nossa Senhora
Num émemo: não é mesmo
Num: não
O
Obrar – defecar
Óiaí: olha aí
Óiaqui: chamar a atenção para alguma coisa
Óiprocesvê: olha para vocês verem!
Oncotô: onde que eu estou?
Onquié: onde que é?
Óprocevê: olha pra você ver!
Oreia: pessoa burra
Ostrudia: outro dia
P
Pão di queijo: cumida fundamentar na mezz mineira
Paraiso: Paraisópolis
Parêa: comparar
Parelha: par de cavalos ou mulas
Parrudo: forte
Penico: urinol
Pereba: pequena ferida
Perrengue: deteriorado
Picá mula: fugir
Picica: azar
Pincumel: pinga com
Pindaíba: sem dinheiro
Pingaiada: bêbado
Pito: cachimbo
Pondiôns: ponto de ônibus
Ponhá reparo: reparar
Ponhar: colocar
Pópôpó: mineirinha ajudando ao marido fazer café
Pópôpoquin: resposta afirmativa do marido
Por essa luz que me lomea: dizer que está falando sério
Posar: passar a noite
Prestenção: quando eu tô falano mais cê num tá ouvino
Procêis: para vocês
Proseá: conversar
Q
Quá!: expressão de espanto, indignação
Quainahora: quase na hora
Que, que esse? – o que é isso
Quebranto: doença de menino
Qui belezura: quando gostou de alguma coisa
Quin: denominação carinhosa de Joaquim
Quiném: advérbio de comparação, igual
Quizila: aversão
R
Rapelô: levou tudo, ganhou tudo
Refestela: sorrir, rir
Regatear: pechinchar
Reinar: bagunçar
Relar: encostar
Remedar: imitar com a voz
Ridico: pão-duro
RidiJanero: Rio de Janeiro
S
Sacudido: pessoa ativa ou de porte
Santana: Sapucaí Mirim
Sapassado: sábado passado
Sapeá: intrometer-se
Sapecado: bêbado
Saracoteá: provocar
Sartei de banda: tô fora, não concordo, não quero mais
Secetembro: dia da independência do Brasil
Sô: fim de quarqué frase
Songamonga: bobalhona
Sono picado: dormir mal
Sucedeu: aconteceu
SumPaulo: São Paulo
Sustança: força, vigor
T
Tá de chico: está menstruada
Tá té no chifre: embriagado, bêbado
Tapado: sujeito grosso, idiota
Tarbaté: Taubaté
Tidiguerra: tiro-de-guerra
Tirisdaí: tira isso dai
Tradaporta: atrás da porta
Trem: qualquer coisa (ex: Lavô us trem? Comi uns trem. Vamo tomar
uns trem?)
Tresnoite: noite mal dormida.
Trosso: é quiném Trem
Tutu: Mistura de farín di mandioca cum feijão massadím e uns temperin
lá da horta.
Bão dimais da conta !
U
Uai: "Uai é uai,...uai !"
Urucubaca: azar, mal olhado
V
Varge: pé de morro
Varginha: terra dus ET
Veneta: impulso repentino
Vento encanado: corrente de ar
Vidiperfume: vidro de perfume
Z
zambeta: trôpego
Zôio: olho
Zonzo: atordoado
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Postado por MOACIR SERTANEJO às 18:23 0 comentários
BRIGA DE GALO
- Pois eu já perdi quase todo meu dinheiro e não acertei uma aposta. O
senhor pode me ajudar a dizer qual é o galo bom da próxima luta?
CAIPIRAS NA CIDADE...
I - INTRODUÇÃO
Castro Alves
Crepúsculo Sertanejo
II - AS ORIGENS DA MÚSICA
IV - OS INSTRUMENTOS MUSICAIS
V - O INÍCIO DA DIVULGAÇÃO
Cornélio Pires fez com Byington Jr. o cálculo de quanto custariam mil
discos e saiu. Foi à procura de um amigo na rua Quinze de Novembro
(centro de São Paulo), um tal de Castro, e pediu-lhe dinheiro
emprestado. Retornou logo em seguida à sede da empresa e, entrando
na sala de Byington Jr., jogou sobre a mesa deste um grande pacote
emaçado em jornal. "O que é issso?", perguntou-lhe Byington
espantado. "Uai, dinheiro! Você não queria dinheiro?", respondeu
Cornélio. Byington abriu o pacote e não disfarçou seu assombro: "Mas
aqui tem muito dinheiro!". "É que, ao invés de mil discos, eu quero cinco
mil", explicou Cornélio Pires.
Meio aturdido, Byington Jr. tentou convencê-lo de que cinco mil discos
era muita coisa, era "uma loucura". Naquele tempo não se faziam
prensagens iniciais em tais quantidades nem para artistas famosos!
Cornélio, porém, foi mais além no espanto em que deixou o dono da
gravadora: "Cinco mil de cada, porque já no primeiro suplemento vou
querer cinco discos diferentes. Então, são 25 mil discos".
Mais adiante, Cornélio Pires produziria outros 43 discos para sua série
(que terminaria em meados de 1930 no número 20.047), não só fazendo
uso de artistas amadores ou já profissionais do interior - por exemplo:
Sebastião Arruda, Mariano e Caçula, Arlindo Santana, Paraguassu
(escondido por trás do pseudônimo de Maracajá), Raul Torres
(disfarçado como Bico Doce), Zé Messias e Luizinho -, como também
revelando, entre outros, um gênero tipicamente caipira só conhecido em
seu habitat: a moda de viola.
Nesta época, São Paulo contava, então, com três emissoras de rádio: a
Cruzeiro do Sul, a Record e a Educadora (mais tarde, Gazeta). Elas,
juntamente com os teatros e circos, transformariam centenas de
intérpretes musicais, que se apresentavam em bares, os
chamados "cafés-chantants", em artistas do microfone; mudança que se
perpetuou e evoluiu até os nossos dias. Assim, na esteira dessa
tendência, seguiram os compositores, músicos e instrumentistas, que
através deste tipo de divulgação, associado à evolução das gravações
em disco, se tornariam populares: nasciam os ídolos!
Contudo, na florescente capital de São Paulo, a arte popular caipira se
mantinha encoberta pelo manto "sertanejo" ou "regional". E esta
estilizada forma de apresentar a música rural, por vezes atribuía ao
interprete o direito da composição, tomando o lugar do verdadeiro autor.
Afinal, a imagem divulgada do caipira era de um ser indolente, ignorante,
especialista em fazer os outros rirem, jamais capaz de elaborar peças
musicais esmeradas. Contra esta imagem pejorativa, vários cidadãos se
insurgiram, abrindo espaço nas gravadoras e nas rádios para intérpretes
de música caipira. Assim, emergiram Zico Dias e Ferrinho, Lourenço e
Olegário, Lázaro e Machado, Plínio Ferraz e João Michalany, Arlindo
Santana e Joaquim, além dos indefectíveis imitadores urbanos
do "regionalismo". Foi nessa época que surgiram, também, os primeiros
programas humorísticos repletos de quadros típicos, como "Cascatinha
do Genaro", na rádio Cruzeiro do Sul e mais tarde transferido para a
Rádio São Paulo (1935), uma espécie precursora do "Balança Mas Não
Cai". Esses programas, repletos de caricaturas e modismos, eram um
verdadeiro redemoinho de estilos e tendências.
Achamos que é chegado o momento de "dar - mais - nome aos bois", por
isso, aqui citaremos aqueles que, a nosso ver, representaram com
lealdade o estilo, a cultura e a musicalidade do interior. Porém, para
evitar que este resumo, já por demais extenso, se torne infindável,
relacionaremos apenas seus nomes, omitindo suas obras (que pode ser
assunto para outro trabalho), bem como, antecipadamente, pedimos
desculpas pelos possíveis esquecimentos:
Alvarenga e Ranchinho
Raul Torres
Antenógenes Silva
Zico Dias e Ferrinho
Lourenço e Olegário
Mandy e Sorocabinha
Mariano e Caçula
Laureano e Soares
Palmeira e Piraci
Tonico e Tinoco
Orlando Silveira (acordeonista)
Mario Zan (acordeonista)
Nenete e Dorinho
Irmãs Galvão
Moreno e Moreninho
Cascatinha e Inhana
Inezita Barroso
Paraguassu
Laureano e Mariano
Mariano e Cobrinha
Lourenço e Lourival
Duo Glacial
Tião Carreiro e Pardinho
Duo Ciriema
Irmãs Castro
Xerém e Tapuia
Xerém e Bentinho
Ramoncito Gomes
Belmonte e Amaraí
Tibagi e Amaraí
Tibagi e Miltinho
Abel e Caim
Os Três Xirus
Cerejinha
Norinho e Ediles Nunes
Os Maragatos
Os Araganos
Conjunto Farroupilha
Craveiro e Cravinho
Cambuci e Cambuizinho
Biá e Dino Franco
Nhô Nardo e Cunha Jr.
Borges e Borginho
Trio Norte-a-Sul
Dairé e Coleirinha
Lázaro e Machado
Plínio Ferraz e João Michalany
Arlindo Santana e Joaquim
Trio Ortega
Milionário e José Rico
A realidade é que essa arte interiorana viveu escondida por muito tempo,
só vindo a ganhar status profissional a partir dos anos 60, com
roupagem adequada aos shows urbanos, deturpações e adaptações ao
modernismo. E aí a polêmica é imensa, com defensores da
modernização de um lado e críticos à descaracterização do gênero, de
outro. O fato é que, nos idos de 1929, as gravadoras disputavam com
empenho os poucos intérpretes existentes e hoje há que se proceder
uma muito bem feita seleção, sob pena de encontrarmos um caipira com
sotaque de gringo, tamanha é a oferta de artistas do pseudo gênero.
Naquela época, na ausência de intérpretes, gravava-se música caipira
instrumental, quase sempre com sanfoneiros, coisa inconcebível nos
dias de hoje.
Certo é que a música rural brasileira passou por uma reformulação geral,
trocando o velho chapéu de palha pelos vistosos chapéus de feltro e
pêlo, e a falta de dentes foi substituída por um rosto limpo ou de grandes
bigodes ou barbas hirsutas. Até óculos escuros tornaram os cantores
mais sofisticados. E a mudança trouxe em seu bojo, evidentemente, uma
grande quantidade de aproveitadores e viajantes, dispostos a fazer
fortuna, sem compromisso algum com as raízes.
Ficamos por aqui, com a certeza que não esgotamos o assunto mas,
quem sabe, abrimos espaço para novas narrativas.
AGRADECIMENTOS
Não foi fácil elaborar este resumo, pois sabemos que no Brasil as coisas
da terra se perdem no tempo e no espaço. O que fizemos, com grande
esforço, mesmo pouco representando no universo globalizado em que
vivemos, foi dar nossa parcela de contribuição, baseado nas
inestimáveis narrativas de verdadeiros garimpeiros do assunto. Na
verdade realizamos este trabalho com prazer indescritível e sentimo-nos
recompensados pelo simples fato de o havermos feito. Esperamos que
possa ser útil, despertando, pelo menos, sua atenção ou curiosidade. E,
como já dissemos antes, pode ser uma porta aberta a novas
contribuições, dentro da proposta básica da Internet, de disponibilizar
informação ao seu público, gratuitamente. Estamos a disposição para
acatar colaborações e sugestões, na busca da melhoria permanente.
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