O documento discute os ciclos evolutivos da humanidade de acordo com a teosofia esotérica e tradições espirituais como o hinduísmo. Ele compara os grandes ciclos de milhares de anos descritos nessas tradições com evidências científicas sobre a evolução humana e cultural. Também explora formas de conciliar essas visões através de interpretações simbólicas dos grandes números ou aplicando conversões de tempo.
O documento discute os ciclos evolutivos da humanidade de acordo com a teosofia esotérica e tradições espirituais como o hinduísmo. Ele compara os grandes ciclos de milhares de anos descritos nessas tradições com evidências científicas sobre a evolução humana e cultural. Também explora formas de conciliar essas visões através de interpretações simbólicas dos grandes números ou aplicando conversões de tempo.
O documento discute os ciclos evolutivos da humanidade de acordo com a teosofia esotérica e tradições espirituais como o hinduísmo. Ele compara os grandes ciclos de milhares de anos descritos nessas tradições com evidências científicas sobre a evolução humana e cultural. Também explora formas de conciliar essas visões através de interpretações simbólicas dos grandes números ou aplicando conversões de tempo.
A Teosofia Esotrica os ciclos coletivos da humanidade
desvendados
Os "gigantes" mticos e bblicos inspiram comumente o esoterismo mais
popular
O conhecimento humano cede muitas vezes
espao para a crena, quando o ser humano ainda no est preparado para a Cincia. o caso das crianas, para quem a fbula se torna uma forma de percepo preliminar da realidade, envolvendo a emoo e a fantasia. Aparentemente a sabedoria oriental agrega esta tolerncia tambm para os estados-de- conscincia humana, no deixando de oferecer informaes avanadas para o povo, porm numa forma suavizada, simblica e mtica. Tal coisa representaria um Exoterismo, ou o Esoterismo popular, porm aqui iremos conhecer tambm a verdadeira questo Esotrica relativa evoluo espiritual da humanidade. Uma das coisas mais importantes em termos de Cincia seriam sobre os ciclos espirituais da vida, que inclui aqueles da humanidade, e cuja percepo pode depender de uma apurada capacidade de observao e de um conjunto de prticas avanadas. O ciclo que o Hindusmo parece mais divulgar aquele do Manvantara, reunindo textualmente a ampla soma de 4.320.000 anos, divididos atravs das Idades Metlicas nestes termos: 1) Krita Yuga (Idade de Ouro) 1.728.000 anos 2) Tret Yuga (Idade de Prata) 1.296.000 anos 3) Dwpara Yuga (Idade de Bronze) 864.000 anos 4) Kali Yuga (Idade de Ferro) 432.000 anos Total ................. 4.320.000 anos Sabemos que na espiritualidade o Ocultismo e o Esoterismo so como amadurecimentos e procedimentos cientficos das prticas espirituais, em relao s crenas exteriores e geralmente dependentes a que se submetem as massas humanas. Tal coisa tambm serve para a sabedoria dos ciclos. Como a criana que vive uma realidade atemporal, o crente e o novio tambm preferem a fbula mstica para realizar a transio entre as trevas da ignorncia a que antes se sujeitavam e a sabedoria plena dos maiorais que existe nos horizontes futuros mais iluminados. Esta maioridade da sabedoria no a simples Cincia, como esta pretende comumente ser. Ainda que a Cincia realmente aporte um dos princpios a se ter em conta. O outro a prpria espiritualidade ou a mstica se se quer, e da sntese entre ambos que teremos por fim a Verdade cultural e antropolgica - aquela Verdade que a Teosofia moderna adotou como princpio acima das crenas e das religies.
possvel que a Sabedoria Tradicional
realmente seja tolerante em relao a estas trs vises-de-mundo dominantes: a linear/materialista/temporal, a circular/mstica/atemporal e a espiral/ocultista/cclica. A mstica ndia se caracteriza por haver Seis Escolas Tradicionais (Dharsanas ou pontos-de-vista), entre as quais se incluem as materialistas. De fato as Sociedades Tradicionais no podem ser chamadas de msticas ou religiosas, porque elas so na verdade holsticas e ecumnicas. Na mesma ndia tambm se chama crianas s pessoas no-espiritualizadas, mas provavelmente tampouco se inclui nesta maturidade as crenas populares em geral meramente ticas, e sim as prticas espirituais mais avanadas das quais aquela cultura to rica e proeminente. Importante compreender que a sntese da viso cclica no altera os contedos dos restantes apenas os rene e requalifica.
Voltemos ento aos ciclos citados (que
chamaremos de genricos), focalizando-os luz da Cincia. O menor deles, de 432.000 anos, possui praticamente a idade do Homo Sapiens. E o conjunto deles, com 4.320.000 anos, remonta praticamente tambm aos primeiros homindeos. A concluso bvia seria que esta Idade de Ouro estaria algo prxima de nossas origens... algo simiescas. O que no deixaria de soar absurdo. Mas convm notar que esta apenas a metade ativa do ciclo, o Manvantara, uma vez que a outra metade toca sua contraparte formativa ou Pralaya, ditos Dia e Noite de Brahma respectivamente. Porm, como Blavatsky considera que os primatas superiores seriam antigas raas humanas que se degeneraram, ento ela realmente veria os homindeos como raas! Na Doutrina Secreta tambm existem indicaes de ciclos raciais, mensurados de maneira no muito distinta em termos gerais aos do Manvantara, qui superando-os at. Pela seguinte afirmao, Blavatsky sugere que a atual raa rya (e provavelmente tambm as restantes) deve somar ao seu final uns 1,5 milhes de anos, totalizando assim as sete raas-mes 10,5 milhes de anos:
Das sete Raas, cinco j apareceram e tem
quase concludo a cadeia terrestre, e ainda duas devem aparecer nesta Ronda. Nossa Quinta Raa-me j existe como raa sui generis totalmente independente do seu tronco-pai, faz um milho de anos, o que pode-se inferir que cada uma de suas quatro sub-raas anteriores viveram cerca de 210 mil anos, de modo que cada raa-famlia tem uma existncia mdia de cerca de 30 mil anos, e assim a raa-famlia europia possui ainda muitos milhares de anos de vida, ainda quando as naes, que so como os muitos espinhos que h nela, variem de acordo com cada estao sucessiva de trs ou quatro mil anos. (A Doutrina Secreta, III, 453, 454) Claro que, para a Cincia, tudo isto traz uma srie de problemas. Tais investidas idealizadas num passado to remoto poderia soar facilmente a embuste, j que a lgica aponta noutra direo. Tambm resulta difcil conhecer a natureza dos ciclos a que Blavatsky se refere, os ciclos de 30 mil das raa-famlias anos por exemplo, apenas se aproximam do Ano csmico de 26 mil anos. Blavatsky afirma que as raas-razes contm dentro de si as quatro Idades Metlicas. Por fim, mesmo considerando que a evoluo caminhe a par com a degradao ambiental, resulta num esforo demasiado imaginar que os Australopitecos fossem aquele Humano perfeito idealizado pelas idades. De modo que no resta sada seno ver em tais formulaes mais uma metfora pseudo-cientfica sobre a evoluo espiritual humana quem sabe como recriao de uma mitologia destinada para o vulgo ou para mentes menos afortunadas da Modernidade? Felizmente, o sistema Manvantara oferece uma alterativa - e sem a necessidade de cortar os seus zeros como prope Ren Guenn; ainda que este corte seja efetivamente til para certas finalidades. Os grandes nmeros acima dados, integram nesta tradio um padro dito humano (ou dos mortais), ao passo que existe uma formula-de-converso por 360 que fornece o tempo divino (ver Glossrio Teosfico de H. P. Blavatsky, verbete Yugas; um dos tantos verbetes acrescidos aps a morte da autora). Este modelo resulta j em dados modestos que no conjunto concordam com padres extremamente tradicionais. Vejamos, pois: 1) Krita Yuga (Idade de Ouro) 4.800 anos 2) Tret Yuga (Idade de Prata) 3.600 anos 3) Dwpara Yuga (Idade de Bronze) 2.400 anos 4) Kali Yuga (Idade de Ferro) 1.200 anos Total ................. 12.000 anos
A rigor, os valores so de 4, 3 2 a 1 (como
na Tetraktys pitagrica, smbolo piramidal matemtico que remete espiral inicitica) mil anos, destinando o excedente para perodos-de-transio distribudos no comeo (sandya) e no final (sandyana) do ciclo (esta soma de 10 remeteria simbolicamente ao montante de 10,5 milhes de anos das raas em Blavatsky?). Tais anos imortais dizem um perodo muito conhecido (usado pelos persas e muitos outros), sendo a metade positiva do Grande Ano de Plato, havendo como vimos outra metade negativa ou Pralaya. Representa isto tambm um resgate das abordagens originais de Fabre dOlivet acerca das raas humanas sob o ngulo histrico-sociolgico. A razo de ser um tempo eterno, se relacionaria sua coordenao pelas foras espirituais, como adiante veremos melhor sobre Shambala. Claro que podemos tentar aplicar este Manvantara menor s raas, pese a sua inerente desproporcionalidade (ou 4-3-2-1). Existe porm outro sistema-de-tempo na prpria ndia, talvez mais conhecido no universo maia-nahua de Meso-Amrica (onde se acredita que estes ciclos sempre terminam em catstrofes naturais), de trabalhar com ciclos solares de 5 mil anos, ou mesmo osperodos caldeus de 4.320 anos que se assemelham mais aos valores do Manvantara e se encaixam exatamente no Ano Csmico. Tais prazos de evoluo permitem j coadunar melhor certos dados da Cincia, tais como: Revoluo Neoltica: 10/12 mil anos atrs ........... Raa Atlante Revoluo Metlica: 5 mil anos atrs ................... Raa rya Atualmente o ciclo desta ltima raa estaria extinto (desde o 2.012), talvez juntamente a um ciclo maior que em breve tambm findar, da a grande crise que se anuncia, incluindo novas glaciaes... Anteriormente, a chegada do Neoltico remete a um momento assinalado por Plato sobre a Atlntida, pese haver certas conotaes fantasiosas... E j sobre o Paleoltico (que a rigor integra o Pralaya), pese o pouco que sabemos dele, no difcil imaginar que os milnios anteriores ao neoltico tenham sido objeto de outras revolues culturais/econmicas mais sutis, espirituais e preservacionistas, assim como sociais e comportamentais.
A famosa chegada de Shambala (e dos divinos
Kumaras, os Filhos de Brahma) em meados da raa Lemuriana insidiria neste cmputo h somente uns 15 mil anos, o que tem relao com o perodo da migrao para as Amricas, papel que costuma ser atribudo aos Manus ou Mentores-de-civilizaes, os quais abrem as raas e, mais ainda, abrem os Manvantaras, termo que significa entre dois Manus. Tal coisa anuncia mudanas definitivas na evoluo humana, abrindo uma nova ronda e inaugurando uma outra subespcie humana, que a atual.
No iremos nos estender mais sobre isto,
porque temos vrios trabalhos no mbito da Teosofia Cientfica voltados para estas duas formas de ver a questo, seja a ampla da evoluo da espcie (ou paleontolgica) como a reduzida da evoluo cultural (ou antropolgica).