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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Artes Visuais

Fundamentos da Liguagem Visual II 2017/02

MÁRIO RÖHNELT

Juliana Steinbach - 150885

Prof. Alfredo Nicolaiewky

Porto Alegre, 01 de outubro de 2017


Obras do acervo da Pinacoteca Barão de Santo Angelo, setor Desenhos.

MÁRIO RÖHNELT
Projecting, 1981
grafite e acrílica sobre papel
70 x 50 cm

MÁRIO RÖHNELT
Sem título, 1984
grafite sobre papel
50 x 69 cm
Biografia

Mário Alberto Birnfeld Röhnelt, artista plástico brasileiro, nasceu em Pelotas,


Rio Grande do Sul, em 15 de dezembro de 1950, filho de Beatriz Isabel e Ladislau
Fernando Röhnelt. Estudou arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, RS, de 1970 a 1972. Iniciou sua vida profissional em 1974 como designer
gráfico de capas de livros (Editora Movimento, Porto Alegre, RS). Sua formação em
artes se deu à margem das instituições, como autodidata e sua produção abrange
desenho, pintura, fotografia e instalação.

Em 1977, juntamente com os desenhistas Milton Kurtz, Julio Viega e Paulo


Haeser formou o Grupo KVHR. O grupo esteve ativo de 1979 até 1980 e realizou
exposições de desenho na Galeria Eucatexpo (Porto Alegre, RS), no Hall da Prefeitura
de Pelotas (Pelotas, RS) e na Galeria do Centro Comercial de Porto Alegre (Porto
Alegre, RS).

Também editou 13 folhetos impressos em off-set com obras do grupo e que


foram distribuidos em galerias de arte e através do circuito de arte-postal, na época
bastante ativo.

Mário Röhnelt participou ainda do Espaço NO, espaço cultural alternativo


em Porto Alegre (RS) voltado a promoções e manifestações culturais experimentais. Lá
trabalhou com Vera Chaves Barcellos, Carlos Wladimirsky, Rogério Nazari, Milton
Kurtz, Ricardo Argemi, Heloisa Schneiders da Silva, entre outros.

A partir de 1983 começou a expor individualmente. Foi premiado em diversos


salões de arte, entre eles o Salão Nacional, Funarte, Rio de Janeiro, em 1993 e 1995.

Em 2010 trabalhou com o Grupo 3 X 4 (Laura Froes, Helena D'Ávila, Carlos


Krauz e Nelson Wilbert) no projeto 3 X 4 Vis(I)ta Mário Röhnelt e, a convite da
Fundação Vera Chaves Barcellos, desenvolveu a curadoria da mostra Pintura: da
matéria à representação exposta na Sala dos Pomares, Viamão, RS.

Em 2014 o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, sob a direção de
Gaudêncio Fidelis, dedicou-lhe uma uma ampla mostra retrospectiva de cerca
duzentos trabalhos cuja curadoria foi feita José Francisco Alves (Doutor e Mestre em
História, Teoria e Crítica de Arte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Os
quase 50 anos de carreira profissional de Röhnelt foram mostrados em quatro salas,
começando pelos desenhos dos anos 1970-1980. A mostra seguiu com as pinturas e
desenhos extremamente coloridos e complexamente elaborados dos 1980’s. O
terceiro nicho de sua produção foram as obras em Preto e Branco sobre lona e papel,
realizadas com base em fotografias apropriadas e do próprio artista produzidas ao
longo da década de 1990. A quarta sala da exposição apresentou o Séc. XXI, com obras
realizadas por meio de criação digital, incluso a sua última – e inédita – produção, a
série Giotto (2013-14), baseada na em pinturas desse artista renascentista.

Em agosto de 2017 participou da exposição Queermuseu - Cartografias da


Diferença na Arte Brasileira com curadoria de Gaudêncio Fidelis, exposição censurada
e encerrada precocemente em 10 de setembro.

Atualmente o artista vive e trabalha em Porto Alegre.

Escolha do desenho e descrição técnica

Os desenhos acima mostrados foram escolhidos devido à combinação de estilos


aonde o desenho com grafite contrasta com as cores os seu redor. Considerado como
um dos precursores da arte POP no Rio Grande do Sul, as obras de Mário Röhnelt
inclinam-se ao conceitualismo e a pintura geométrica em uma contaminação de estilos
e formas. O uso da cor gráfica, chapada, revela sua paixão pelas artes gráficas, HQ’s e
revistas aonde a perfeição destas cores revela uma vida própria de forte presença.

O envolvimento da fotografia como base para o desenho permite ao artista se


apropriar das imagens servindo-se delas e multiplicando suas possibilidades discursivas
em cada obra.

As questões trabalhadas por Röhnelt abordam principalmente a


autoreferencialidade e o universo privado com uma predileção pela imagem da figura
humana, principalmente a masculina. A sutiliza com que trata os assuntos ligados ao
gênero e sexualidade é uma característica do artista em quase toda a sua trajetória.
Com um olhar homoerótico associado a objetos cotidianos Röhnelt trabalha
montagens e colagens que compõem uma organização de duplo significado aonde
cada desenho tem sua individualidade dentro do contexto de conjunto.
Referências Bibliográficas

ARRUDA, Paula Truz. PREGNÂNCIAS DA AUTORREFERENCIALIDADE: a Produção de


Mário Röhnelt nos anos 1980. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação
em Artes Visuais. UFRGS, 2014.
Mário Röhnelt. https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_R%C3%B6hnelt. Acesso
em 01 de outubro de 2017.
Mário Röhnelt: Uma Retrospectiva.
http://www.jornaldacapital.com.br/2011/noticias/noticias_detalhes.php?idn=4136.
Acesso em 01 de outubro de 2017.
Seminário DESENHO EM QUESTÃO Mário Röhnelt.
https://www.youtube.com/watch?v=GGle_TuwAi0. Acesso em 01 de outubro de 2017.

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