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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

Escola Estadual:

Disciplina: Língua Portuguesa


Professor(a): PIP II/ CBC - FEV 2013

Aluno(a): Nota:
Ano de escolaridade: 9º ano do E.F. Turma: Data:___/___/______

Instruções: Leia atentamente as questões da avaliação e assinale, em cada uma, a resposta correta.
PIP II - CBC

Questão 01 (D1). Leia o texto abaixo e responda.

Paixão Nacional
O futebol é sem dúvida alguma o esporte mais popular do planeta. Não há nenhum outro esporte que esteja tão
divulgado e que seja praticado da mesma maneira ao redor do mundo. O futebol é praticado em todos os países, nos
cinco continentes do globo.
No Brasil, os registros oficiais mostram que o futebol começou a ser praticado em 1894, no estado de São
Paulo, trazido por Charles Miller que, ao retornar da Inglaterra, onde fora estudar, trouxe as primeiras bolas,
uniformes e chuteiras. Em poucos anos, nasceu entre o povo brasileiro a paixão pela bola e a difusão do futebol
ocorreu de forma ampla.
Inicialmente, esse esporte só era praticado por pessoas de classes abastadas, mas a popularização rápida do
futebol em várias regiões fez com que esse esporte começasse a ser praticado pelas camadas mais pobres da
população. Assim, o futebol começou a ser jogado de forma aberta em todas as localidades do Brasil.
(Disponível em:http:///recanto das letras.uol.com.br.)

O assunto desse texto é


A) a popularidade do futebol.
B) a prática do futebol na Inglaterra.
C) os cinco continentes do globo.
D) os esportes praticados no planeta.

Questão 02 (D2). Leia o texto.

Mulheres-girafa
Assim são chamadas as mulheres que vivem no norte da Tailândia e que, tradicionalmente, desde os 3 anos,
usam argolas (na verdade, uma espécie de mola), para alongar o pescoço.
O fotógrafo brasileiro Adriano Gambarini, que já fotografou as mulheres-girafa, conta que um ortopedista
belga fez um estudo para ver o que ocorria no pescoço delas e constatou que o pescoço na verdade não “estica”, pois
isso é impossível. A ilusão de que ele é mais comprido se dá porque o peso da mola faz com que os ombros (que têm
um ângulo de 90º em relação à coluna) fiquem mais inclinados para baixo (com ângulo de 45º). Além disso, o fato de
essa mola ser mais larga na base, na altura dos ombros, acentua a impressão de que o pescoço é alongado.
Roberto Kovalick, Globo Repórter: 27/07/2012.

De acordo com esse texto


A) as mulheres da Tailândia usam argolas para alongar o pescoço.
B) As argolas, na realidade, são uma espécie de mola para alongar o pescoço.
C) a mola deixa o pescoço das mulheres-girafa mais alongado.
D) o peso da mola faz com que o pescoço das mulheres-girafa fiquem mais longo
Questão 03 (D3). O texto a seguir é uma “colagem” dos “traços negativos” que estamos buscando sanar em
nossa escrita. Observe.
“Nos dias de hoje o homem não tá nem aí pras coisas que acontecem; não liga pra guerra, pra fome, pra nada... só
que ver televisão. O homem só que saber de coisa ruim – mulher pelada, programas sensacionalistas e novelas
bestas. Na minha opinião isso é errado. Deveriam fazer uma programação melhor.”
www.Luizmonforte.com.pensante
Sobre o texto é possível afirmar que
A) o autor do texto tem consciência de que seu texto é uma avaliação escolar. Prova disso são as escolhas vocabulares
que faz e o modo como planeja sua escrita.
B) a última frase “deveriam fazer uma programação melhor” peca por falta do sujeito da ação.
C) se a expressão “mulher pelada” fosse substituída por “mulheres nuas” seria resolvido o problema da coloquialidade
do texto.
D) se o autor não tivesse utilizado a frase “isso é errado”, não perceberíamos que há um posicionamento crítico
negativo em relação à TV.

Questão 04 (D5). Leia e responda.


Bravíssimo
Viva! O Sílvio de Abreu merece assento na Academia Brasileira de Letras. Por duas razões. Uma: a obra, pra lá de
popular. Guerra dois Sexos, A Próxima Vítima, Rainha da Sucata e tantas outra novelas abafaram. Bateram recordes
de audiência. A outra, mais importante: o combate ao gerundismo. Foi em Belíssima, o novo sucesso das oito. Diante
de milhões de brasileiros, Bia, a sofisticada personagem interpretada por Fernanda Montenegro, vai ao escritório da
filha. Ambas conversam quando a secretária entra. A jovem interrompe o papo e avisa:
- Bia, uma ligação para você. Vou estar passando pra esta sala.
A chefona arregala os olhos arregalados. Olho duro na auxiliar, dá-lhe um puxão de orelhas:
- Isso é jeito de falar? Todo mundo fala assim agora. Mas, numa empresa do porte da Belíssima, não toleramos
gerundismos.
A moça pede desculpas. Júlia aproveita a deixa:
- Eu já chamei a sua atenção uma vez. Você precisa se policiar.
A coitada tremeu nas bases. Desconfiou que na terceira recaída receberia o cartão azul. Decidiu, então, fazer as pazes
com os verbos. Na gramática, descobriu que há dois jeitos de indicar o futuro. Um deles: o futuro simples. O outro: o
composto.
Futuro simples: eu passarei, ele passará, nós passaremos, eles passarão.
Futuro composto: eu vou passar, ele vai passar, nós vamos passar, eles vão passar.
Eureca, gritou a secretária.
Nenhum futuro pede o gerúndio.Assim, a forma terminada em –ndo (cantando, vendendo, ponto) não terá vez na
indicação do porvir. Pra não esquecer, colou na mesa os dois modos de indicar o que virá. Recita-os todas as manhãs.
(Dad Squarisi. Dicas de Português. Estado de Minas, domingo, 27 de novembro de 2005, caderno cultura, p.2.)

O gerundismo deve ser entendido como


A) emprego de verbo com a terminação –ndo, como cantando.
B) uso de verbos no gerúndio para expressar ações que ainda vão ocorrer.
C) utilização bastante informal de verbos no futuro composto.
D) uso típico que personagens comuns de telenovelas fazem de verbos no gerúndio.

Questão 05 (D10). Leia o texto.

Mulheres iemenitas ateiam fogo a véus em protesto


Depois que novos confrontos na capital somaram mais 25 mortos ao total contabilizado no Iêmen, centenas de
mulheres decidiram atear fogo a seus véus ontem em Sanaa, em protesto contra a repressão às manifestações
populares antigoverno.
Vestidas de preto, elas se espalharam pela rua principal da capital e lançaram seus véus de corpo inteiro,
chamados makrama, em uma pilha, incendiada depois. Diante das chamas, elas cantavam “quem protege as mulheres
iemenitas dos crimes dos bandidos?”.
Embora elas tenham queimado véus, os protestos não estão relacionados à vestimenta ou aos direitos das
mulheres. O gesto é um ato simbólico entre os beduínos que significa um apelo a líderes tribais – nesse caso, pelo fim
dos ataques a manifestantes.
As mulheres vêm tendo um papel crucial na revolta popular que desde março ameaça o presidente Ali
Abdullah Saleh. Uma delas, a jornalista e ativista Tawakkul Karman recebeu nesse mês o prêmio Nobel da Paz, junto
com duas liberianas. WWW.oglobo.globo.com/27/10/2011
Assinale a alternativa que contém uma opinião do autor.
A) Vestidas de preto, elas se espalharam pela rua principal da capital e lançaram seus véus de corpo inteiro, chamados
makrama, em uma pilha (...).
B) As mulheres vêm tendo um papel crucial na revolta popular que desde março ameaça o presidente Ali Abdullah
Saleh.
C) Uma delas, a jornalista e ativista Tawakkul Karmamn recebeu nesse mês o prêmio Nobel da Paz, junto com duas
liberianas.
D) (...) centenas de mulheres decidiram atear fogo a seus véus ontem em Sanaa contra a repressão as manifestações
populares antigoverno.

Questão 06 (D6). Leia e responda.


Um telefonema
No tempo em que ter telefone era um luxo para a classe média, meu pai mandou instalar um aparelho lá em
casa. Ele, porém, homem nervoso e irritadiço, tinha particular aversão pela novidade. E quando ia atender qualquer
telefonema, antecipava seu pessimismo, resmungando: “Garanto que não é para me dar nada.”
O mesmo não poderia dizer eu, pois há 64 anos recebi um telefonema que me deu justa satisfação e honra.
Hoje, o telefone é um verdadeiro instrumento de trabalho e dela não se pode prescindir.
Os tempos são outros. Qualquer operário tem celular para combinar um serviço ou mesmo falar com a esposa,
e qualquer doméstica dele se serve para marcar com a amiga uma ida ao show de logo mais.
No fundo, porém, acho que meu pai tinha razão. Tornaram-se frequentes os telefonemas para convites os mais
estrambóticos. Com voz melíflua como se estivesse chupando um caramelo, atenciosa moça nos solicita aumento da
contribuição mensal para obra de assistência social.
Outra, não menos melíflua, convida para uma reunião inadiável no sábado que vem, às 16h. (...) Ainda outra
tenta remédio milagroso, tipo emplastro Sabiá. Outra mais cumpre doloroso dever de comunicar que já não se pode
mais sonhar como antigamente, pois há qualquer coisa de podre no reino da Noruega.
E continuam os telefonemas. Um convida para o lançamento de magnífico edifício, outro anuncia a venda de
um carro que fala e ensina o caminho das pedras na dolorosa estrada da vida.
Eis senão quando a mocinha telefona, solícita e prestativa, propondo a venda, a preços módicos, de um jazigo no
Parque das Desesperanças.
Por aí se vê: basta ser um pobre mortal para ser perder qualquer esperança – a não ser a morte.
(José Bento Teixeira de Salles, Estado de Minas, Belo Horizonte, 2011.)
Segundo suas características, esse texto se enquadra no gênero
A) crônica, pois apresenta um olhar sobre o cotidiano da comunicação telefônica.
B) resenha, pois apresenta uma análise sobre o que vem acontecendo com a telefonia.
C) anúncio publicitário, pois faz a divulgação do da necessidade de se ter telefone.
D) notícia, pois apresenta os benefícios que a telefonia presta ao homem moderno.

Questão 07 ( D7) Leia o fragmento a seguir.


A bendita palavra “onde” passou a ser usada como uma espécie de cola-tudo, como nesta frase: “O pacote
fiscal reduz o poder de compras da classe média, onde as vendas em dezembro devem diminuir sensivelmente”.
Que tal? Que relação existe entre a redução do poder de compra da classe média e a queda nas vendas? A relação é
mais do que evidente: causa e efeito. Será que a expressão adequada para estabelecer essa relação é onde? Claro que
não! As opções são muitas: por isso, consequentemente, em consequência disso, razão pela qual, etc.
(...) Ouvi de um atleta: Não me alimentei bem ontem, dormi mal esta noite, onde não consegui um bom desempenho”.
Cruzes!
Na frase do atleta, também se observa a relação causa/efeito. A palavra “onde” é completamente descabida.
Aliás, onde já virou até sinônimo até de cujo: “É um veículo moderno, onde o motor tem baixíssima taxa de emissão
de poluentes”. Nada disso. O veículo tem motor, o motor é dele, portanto existe uma relação de posse, que deve ser
estabelecida pelo pronome cujo: “É um veículo moderno, cujo motor...”
Outra coisa horrorosa que também virou moda é “onde que”. A defesa esteve mal, onde o adversário se
aproveitou para criar muitas situações de perigo”. Nem pensar. As soluções são muitas. Uma delas poderia ser: “A
defesa esteve mal, e o adversário se aproveitou disso para criar...”
A diferença entre onde e aonde também deixa muita gente “de cabelo em pé”. A solução é muito simples.
Aonde é a fusão de a com onde. Esse “a” indica basicamente idéia de movimento, destino. Portanto, só deve ser usado
com verbos que indicam essa idéia. E são poucos, como ir, chegar, dirigir-se, levar: “Aonde você quer chegar?” ,
“Aonde você pretende levá-la?” , “Aonde ele se dirigia naquele momento?”
(Pasquale Cipro Neto, O Globo. Rio de Janeiro, 07 dez. 1997. (Fragmento))
O texto tem como objetivo
A) tecer comentários sobre desvios na utilização de termos e expressões em Língua Portuguesa.
B) criticar as pessoas que se expressam mal, principalmente atletas e vendedores de carro.
C) ensinar as pessoas como utilizar corretamente os termos “onde” e “onde que”.
D) questionar o motivo que leva pessoas a usar indevidamente advérbios de lugar.

Questão 08 ( D8). Leia a tirinha abaixo.

WWW.facebook.com/tirinhasdaMafalda
Na tirinha, a personagem Mafalda
A) revela um desconhecimento acerca da função e da utilização do dicionário.
B) revela uma ideia de que a leitura de dicionário deva ser pontual e para fins de consulta.
C) problematiza o uso do dicionário pelo pai, em razão do modo como ele faz a leitura.
D) critica o pai pelo fato de estar lendo um livro grosso sem se assentar.

Questão 9 (D18). Leia os textos a seguir e responda.


Texto 1 – Mapa da devastação
A organização não-governamental SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais terminaram mais
uma etapa do mapeamento da Mata Atlântica (www.sosmataatlantica.org.br). O estudo iniciado em 1990 usa imagens
de satélite para apontar o que restou da floresta que já ocupou 1,3 milhões de km2, ou 15% do território brasileiro. O
atlas mostra que o Rio de Janeiro continua o campeão da motosserra. Nos últimos 15 anos, sua média anual de
desmatamento mais do que dobrou.
(Revista Isto É – nº 1648 – 02-05-2001 São Paulo – Ed. Três.)

Texto 2 – Há qualquer coisa no ar do Rio, além de favelas


Nem só as favelas brotam nos morros cariocas. As encostas cada vez mais povoadas no Rio de Janeiro disfarçam o
avanço do reflorestamento na crista das serras, que espalha cerca de 2 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica em
espaço equivalente a 1.800 gramados do Maracanã. O replantio começou há 13 anos, para conter vertentes ameaçadas
de desmoronamento. Fez mais do que isso. Mudou a paisagem. Vista do alto, ângulo que não faz parte do cotidiano de
seus habitantes, a cidade aninha-se agora em colinas coroadas por labirintos verdes, formando desenhos em curva de
nível, como cafezais.
(Revista Época – nº 83. 20-12-1999. Rio de Janeiro – Ed. Globo. p. 9).

Uma declaração do segundo texto que CONTRADIZ o primeiro é


A) as encostas cariocas estão cada vez mais povoadas.
B) a mata atlântica está sendo recuperada no Rio de Janeiro.
C) as favelas continuam surgindo nos morros cariocas.
D) o replantio segura encostas ameaçadas de desabamento.
Questão 10 (D20). Leia os textos e responda.
Texto I - A namorada (Manoel de Barros)
Havia um muro alto entre nossas casas. E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Difícil de mandar recado para ela. Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Não havia e-mail. Era uma glória!
O pai era uma onça. Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um goiabeira
cordão E então era agonia. No tempo do onça era assim.

Texto II Namoro desmanchado (Pedro Bandeira)


Já não tenho namorada no recreio lá na escola,
e nem ligo para isso. de mãos dadas feito um bobo,
É melhor ficar sozinho, vendo a turma jogar bola!
namorar só dá enguiço.
Gosto mesmo é de brincar,
Eu conheço os meus colegas faça chuva ou faça sol.
sei que vão argumentar Namorar não quero mais:
que pra não ser mais criança eu prefiro é futebol.
é preciso namorar.
O texto I difere do texto II:
Mas a outra só gostava
A) na vontade do eu lírico namorar.
de conversa e de passeio
B) na forma de namorar no recreio.
e queria que eu ficasse
C) na constatação que namorar dá enguiço.
de mãos dadas no recreio!
D) no argumento dos colegas quanto ao namoro.
E eu ali, sentado e quieto,

Questão 11 (D11). Leia o texto a seguir.

“Mas o conselho do meu pai me ajuda até hoje a não ter medo de me colocar, de questionar.” (linha 41-42). A
conjunção em destaque, no depoimento de Juliana Paes, poderia ser substituída sem alteração de sentido por
A) Portanto.
B) Logo.
C) Assim.
D) Entretanto.
Questão 12 (D12). Leia o texto a seguir.
A exploração da madeira na Amazônia
Cerca de 600 mil pessoas vivem da madeira na região Norte, destruindo anualmente milhares de quilômetros
quadrados de florestas, ao que se soma a destruição na região Centro-Oeste e o pouco que resta da mata
Atlântica. Em 1999, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ocorreram, entre julho e
dezembro, mais de 1000 focos de incêndio por dia na Amazônia, dois terços deles em Mato Grosso, no Pará
e em Rondônia. A isto se soma o envenenamento dos rios provocado pelas descargas de mercúrio dos
garimpos. Os números da destruição de nossas florestas têm crescido a cada ano e algumas áreas do país já
sofreram o fenômeno da desertificação.
(Português: linguagens, /William Roberto Cereja, Thereza Analia Cochar Magalhães. – São Paulo: Atual, 1998.)

Sabemos que fatos como este continuam acontecendo e que cada vez mais nosso planeta está sendo
ameaçado. A consequência que o fenômeno da desertificação acarretará às gerações futuras e ao nosso
planeta é
A) o aumento gradual de focos de incêndio por dia na Amazônia.
B) o aumento da produção de madeira legal na região Norte do país.
C) a destruição dos garimpos em Mato Grosso, Pará e em Rondônia.
D) a destruição anual de milhares de quilômetros quadrados de florestas.

Questão 13 (D15). Leia o texto a seguir.

Observe, no texto, o início do segundo período “A medida está prevista em resolução...”. O termo sublinhado diz
respeito à veiculação de
A) valores quantitativos dos alimentos.
B) valores considerados como consumo excessivo.
C) propagandas de alimentos com altos teores de açúcar.
D) frases de alerta sobre os perigos do consumo de determinadas substâncias.

Questão 14 (D16). Leia a tirinha abaixo.


O verbo ser refere-se a
A) psicossomáticos.
B) problemas.
C) saúde.
D) cabeça.

Questão 15 (D19). Leia.


A disciplina do amor
Foi na França, durante a segunda grande guerra. Um jovem tinha um cachorro que todos os dias,
pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. [...] Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior
alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta a casa. [...]
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo?
Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor
ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava a sua
vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então,disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata,
voltava ao seu posto de espera.
O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. [...] Quando
ia chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias. Todos os dias.
Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não
voltou.[...]. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina.[...]
(TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.)

O trecho do texto que explicita o fato que desencadeia a história é


A) “Foi na França, durante a segunda grande guerra”.
B) “[...] as pessoas foram se esquecendo do jovem [...]”
C) “Um jovem tinha um cachorro [...]”
D) “[...] Continuou a ir diariamente até a esquina[...]”

Questão 16 (D14). Leia o texto e responda.


Tá tudo na cabeça
Os hormônios não são os vilões da adolescência. Uma grande reforma cerebral é a causa do comportamento
típico de quem está crescendo.
Eles batem porta, vivem paixões viscerais, pulam de carros em movimento. Estão constantemente entediados e
ansiosos. Prudência e autocontrole parecem termos estrangeiros. O mundo gira em torno de sexo, pensamento que eles
não largam nem dormindo. De quem é a culpa? Dos hormônios, diz o senso comum. Resposta errada, afirma agora a
ciência. O cérebro jovem, repentinamente atirado em uma reforma geral, é que manda nessa brincadeira. Conhecer o
estica-puxa-e-estica dessa fase é essencial para pais e filhos entenderem o que é a misteriosa cabeça de um
adolescente.
Os hormônios sexuais, na verdade, estão em abundância no corpo de bebês até o primeiro e o segundo anos de
idade, nos meninos e nas meninas, respectivamente. Isso prova que não basta inundar um cérebro infantil com
hormônios para torná-lo adolescente: é preciso que esse cérebro mude para então responder a eles. A adolescência faz
exatamente isso. (...)
Não se trata apenas de um aumento de peso ou volume cerebral. Enquanto algumas estruturas de fato crescem,
outras encolhem, sofrem reorganizações químicas e estruturais, e todas acabam por amadurecer funcionalmente.
Surgem as habilidades motoras, o raciocínio abstrato, a empatia, o aprendizado social. De posse de um cérebro pronto,
nasce um adulto responsável. Mas, até lá adolescentes têm muito, muito mesmo, o que aprender.
(Galileu, Janeiro de 2006. nº 174, p.32-33.)

A tese defendida nesse texto é


A) os pais precisam entender o que se passa com adolescentes.
B) os adolescentes desconhecem regras básicas de socialização.
C) os hormônios sexuais estão presentes até o segundo ano de vida.
D) O cérebro, em mudança, é o responsável pelos atos dos adolescentes.
Questão 17 (D26). Leia os quadrinhos a seguir.

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Horácio apresenta a seguinte tese no quadrinho: “Afinal, eu aprendera que uma noite escura sempre sucede um
dia de sol.” Que argumento pode ser usado para defender essa tese?
A) Após nos decepcionarmos com o mundo, passamos a ter mais esperteza.
B) Após descobrir que a vida pode ser bela, buscamos somente as coisas fáceis.
C) Após passar por dificuldades, somos obrigados a desconfiar de tudo e de todos.
D) Após passar por dias difíceis, passamos a valorizar mais os dias de paz.

Questão 18 (D27). Leia o texto abaixo.

Aluno de Divinópolis vence a Olimpíada de Língua Portuguesa

O estudante Bruno Marques da Silva, de 14 anos, venceu a categoria


Memórias, das Olimpíadas de Língua Portuguesa. Ele é de Divinópolis, no Centro-
Oeste do estado, e escreveu a redação "A sede que a água não mata". A premiação
foi nesta segunda-feira (10), em Brasília, no Distrito Federal.
Bruno é aluno do 8º ano da Escola Municipal Otávio Olímpio de Oliveira,
no Bairro Tietê. Esta foi a primeira vez que a escola foi premiada nas Olimpíadas, o
que é motivo de orgulho para o diretor Anderson Nunes. "Todos da escola estão
muito satisfeitos e orgulhosos", disse.
Participaram da premiação jovens de todas as regiões do país, quase três
milhões de alunos de escolas públicas. Ao todo, 40 mil escolas de todos os estados brasileiros foram representadas.
O aluno deve chegar à cidade ainda nesta terça-feira (11).
Anna Lúcia Silva - g1.globo.com/triangulo.

O texto apresenta como informação principal


A) o grande número de participantes da Olimpíada de Língua Portuguesa em 2012, quase três milhões.
B) a satisfação da escola de Divinópolis com a primeira premiação na Olimpíada de Língua Portuguesa.
C) o estudante Bruno, de Divinópolis, ter sido um dos vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa.
D) a chegada de Bruno à Divinópolis depois de ganhar o prêmio da Olimpíada de Língua Portuguesa.
Questão 19 (D 23). Leia a piada a seguir.

Ambiguidade é o recurso linguístico que confere a uma palavra, frase ou texto, mais de um sentido. Ela é importante
ferramenta de textos humorísticos. A piada “O bêbado e o enterro” se utiliza deste recurso provocando humor na
seguinte situação:
A) Não respeita nem os mortos, êh palhaço! (linha 8)
B) Olha a mangueira aííí, pessoaaal! (linha 4)
C) Eu avisei, não avisei. (linha 18)
D) E tome cacete em cima do bêbado. (linha 9)

Questão 20 (D 28). Observe o texto a seguir.

www.convitescapaderevista.com.br
A expressão “O 3º gol do Renan” indica
A) comemorar o 3º gol de Renan no campeonato.
B) Renan é um ótimo jogador de futebol.
C) Renan vai promover um campeonato de futebol entre amigos.
D) Renan vai comemorar o 3º ano de vida.
Questão 21 (D 21). Leia o texto a seguir.

www.tirinhasdejornal.blogspot.com.br
O uso da interrogação no final da fala do segundo quadrinho reforça
A) a desconfiança do personagem.
B) a satisfação do personagem.
C) a indignação do personagem.
D) a indiferença do personagem

Questão 22 (D25). Leia o texto abaixo.

Desconstruindo o belo

Afinal, o que é ser belo? Lendas, condicionamentos sociais, imposição de


modelos arbitrários, preconceitos de raça e cor, tamanho e volume, tudo parece
engrossar o caldo cultural que muda de sabor a todo instante e instaura o padrão de
beleza.
O afã de embelezar-se implica riscos para a saúde. A empresária carioca
M. P. sofreu uma parada cardíaca durante uma lipoaspiração e ficou em coma 12
dias. Sete anos depois, ainda não recuperou com plenitude a visão. Tem sequelas
neurológicas que a impedem de ler ou fazer cálculos simples como dois e dois.
Deficiências do tato não permitem sequer abotoar a roupa. ―A vaidade pode
custar caro, afirma ela.
Os psiquiatras diagnosticaram uma forma inversa de anorexia nervosa,
chamada disformia muscular, que ataca homens. É o caso do sujeito que se diz
fraco e mirrado, quando é grande e musculoso. O distúrbio afetivo causa
ansiedade, depressão, compulsão obsessiva e distúrbios de alimentação. Estudos
mostram que 15% d o s adolescentes americanos já usaram bombas
(anabolizantes) para inflar os músculos, correndo o risco de derrame, infarto e
esterilidade. Isso ocorre quando o modelo de beleza se torna patológico. [...]
As garotas flertam com a anorexia, que pode ser fatal quando a pessoa
consome menos de 400 calorias diárias. Emagrecer à custa de dietas inadequadas
provoca descontrole da glândula tireóide, taquicardia e arritmia, além de distúrbios
nos rins. A pele fica ressecada e pode até cair o cabelo. Estrias nas pernas não
podem ser descartadas. Sem falar em problemas emocionais, como ansiedade e
depressão, afirma o endocrinologista Jorge Bastos Garcia.

http://www.sinpro-rs.org.br/extra/set00/comportamento.asp. 15/06/2006.

No trecho do 4º parágrafo ―“...que pode ser fatal quando a pessoa consome menos de 400 calorias diárias.”, a
palavra sublinhada refere-se ao termo
A) anorexia.
B) bombas.
C) lipoaspiração.
D) anabolizantes.
Questão 23 (D13). Leia o texto a seguir.
Psy anima os foliões no carnaval baiano

O rapper sul -coreano Psy dançou com Claudia Leitte e Sabrina


Sato em Ondina, fim do circuito Dodô, em Salvador.
Mais cedo, o dono do hit "Gangnam Style", sucesso do Youtube, conversou
com os jornalistas no Hotel Boulevard Mercure, no bairro de Tancredo
Neves. "Carnaval é uma doideira e eu vim aqui para colocar lenha na
fogueira", disse durante o bate-papo.

Quando chegou em Salvador, Psy logo postou uma foto na sua


conta do Twitter dizendo: "Hello, Salvador". Durante a conversa com os jornalistas, o rapper comentou que lembrou dos
filhos logo que chegou à capital baiana. "Assim que eu cheguei três lindas crianças vieram falar comigo. Eu lembrei dos
meus três filhos", disse o cantor, que emendou: "Sou casado".
A vinda do cantor ao Brasil no carnaval foi confirmada no dia 31 de janeiro, em comunicado da empresa Gilette, que
patrocina a viagem do artista. "Psy agitará o carnaval baiano na sexta-feira (8) e deve, ainda, passar pelo Rio no sábado (9)",
anunciou a empresa.
Durante o bate-papo com os jornalistas, o cantor diz estar trabalhando em uma nova música, que será lançada em abril, e
torce para que seja melhor do que o hit "Gangnam Style".
g1.globo.com/ba - 08/02/2013

Encontramos o registro de linguagem informal em


A) “Eu lembrei dos meus três filhos", disse o cantor, que emendou: "Sou casado".
B) "Assim que eu cheguei três lindas crianças vieram falar comigo.”
C) "Carnaval é uma doideira e eu vim aqui para colocar lenha na fogueira."
D) "Psy agitará o carnaval baiano na sexta-feira (8) e deve, ainda, passar pelo Rio no sábado (9)."

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