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C on du tor

Con t or es de
V eic ulos de
EEmergência
mergência
MÓDULO 2
DIREÇÃO DEFENSIVA
APRESENTAÇÃO
Como você estudou no módulo anterior, a legislação de trânsito brasileira regula-
menta aspectos importantes para a circulação de veículos de emergência, sendo ressaltada
a correta observância às regras de circulação e de conduta, mesmo que em situação dife-
renciada, é preponderante para reduzir os riscos de acidentes de trânsito.
Com os conhecimentos adquiridos, você pode refletir sobre as graves consequências
as quais a condução agressiva pode levar, seja com o cometimento de infrações ou até
mesmo crimes de trânsito, principalmente, envolvendo agentes públicos em serviço.
Neste módulo, você terá acesso a dados estatísticos que apresentam um cenário de
guerra nas cidades e rodovias brasileiras. A partir do estudo desses, você será capaz de
fazer uma análise mais consciente de seu papel neste contexto. A partir do conhecimento
dos riscos das condições adversas, técnicas de condução segura e da dinâmica dos aciden-
tes rodoviários, você acrescentará a sua vivência ferramentas e atitudes importantes para
evitar acidentes de trânsito, em uma convivência mais harmoniosa, com foco no respeito e
preservação da vida humana.
Pronto para começar?

Objetivos
Ao final do estudo deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Analisar dados e informações sobre o atual cenário do trânsito brasileiro e sobre a
atuação dos agentes de segurança pública neste contexto.
• Reconhecer a importância da direção defensiva na condução de veículos de emer-
gência, para evitar se envolver em acidentes.
• Diferenciar procedimentos de comportamento seguro em relação às ações de
comportamento de risco, na condução de veículos especializados.
• Identificar os principais sinais de alteração física e mental do condutor, sob o efeito
de bebida alcoólica e de substâncias psicoativas.
• Listar os procedimentos para uma ultrapassagem segura.
• Compreender os principais fatores de acidentes de difícil identificação da causa.
Estrutura
Este módulo possui as seguintes aulas:
Aula 1 – Direção defensiva: mais que um conceito, um ato de cidadania.
Aula 2 – Condições adversas: como reduzir os riscos.
Aula 3 – Comportamento seguro na condução de veículos de emergência.
Aula 1
Direção defensiva: mais que um
conceito, um ato de cidadania.
1.1 Dados e informações sobre o trânsito
O governo brasileiro fez uma opção pelo desenvolvimento através do modal rodovi-
ário a partir da década de 1950. Hoje temos uma frota circulante de mais de 76 milhões de
veículos, entre caminhões, ônibus, automóveis, motocicletas, dentre outros. Infelizmente,
a estrutura viária urbana e rural disponível não acompanhou o crescimento vertiginoso da
frota, um aumento de 110% nos últimos dez anos, reflexo das melhores condições econô-
micas do país.

Crescimento da Frota Brasileira. Fonte: DENATRAN


Esta expansão tem gerado sérios conflitos e graves acidentes. Observando
problemas para a circulação viária, prin- o gráfico a seguir, você terá uma ideia cla-
cipalmente, nas áreas urbanas. A dispu- ra de quanto é expressivo esse fenômeno.
ta por espaço, o desrespeito às regras de Uma guerra é travada diariamente, numa
circulação e conduta, aliados ao estresse escala planetária, com milhares de mortos
dos motoristas têm acarretado muitos por ano.

Fonte: Portal do Trânsito/2009 Falta inserir o nome na legenda verde: qual é o fator avaliado?

Importante! superior a R$ 9 bilhões, e o custo dos


acidentes em rodovias de aproximada-
Em 2012, o Instituto de Pesquisa Eco-
mente R$ 30 bilhões.
nômica Aplicada (IPEA) estimou o custo
anual com acidentes de trânsito no Bra- Em 2012, mais de 42.000 (quarenta e
sil em R$ 40 bilhões de reais. A quantia duas mil) vidas foram ceifadas em acidentes
é uma atualização dos últimos dados de trânsito no Brasil. Se levarmos em conta a
tabulados pelo IPEA, em 2005 e 2006. relação do número de óbitos e o número de
Dentro desse número está o custo com habitantes, estamos em primeiro lugar no nú-
acidentes em aglomerados urbanos, mero de vítimas fatais no trânsito, no mundo.

Fonte: www.via-seguras.com
Os danos causados pelo trânsito diversos ministérios, iniciando uma árdua
constituem um importante problema de luta pela redução do número de acidentes
saúde pública. Sua prevenção eficaz exige e das vítimas no trânsito.
esforços concentrados. Os problemas de
trânsito estão entre os mais complexos e pe- Para refletir...
rigosos que as pessoas se defrontam no seu
Como profissional de segurança pú-
dia a dia. Estima-se que a cada ano mais de
blica, reflita acerca do seu papel nesta ação
1.000.000 (um milhão) de pessoas morrem e
e a contribuição que você pode dar em rela-
que outros 50.000.000 (cinquenta milhões)
ção à segurança do trânsito em sua cidade e
fiquem feridas em todo o mundo em decor-
em seu local de trabalho.
rência de acidentes de trânsito, de acordo
com estatísticas da Organização Mundial de Dentre as vítimas do trânsito, atual-
Saúde (OMS, 2004). mente, há um grande número de policiais,
agentes penitenciários, bombeiros e guar-
No Brasil, os acidentes de trânsito
das municipais, que estavam a serviço, na
apresentam um alto custo social, cultural
maioria das situações.
e intelectual. Profissionais no auge de sua
capacidade produtiva e jovens promissores
encontram-se entre os que mais morrem no
trânsito. (SIM; SVS; OMS, qual é o ano?)
O progressivo agravamento da vio-
lência no tráfego viário levou às Nações Uni-
das a proclamar a Década de Ação pela Se-
gurança no Trânsito 2011/2020. http://www.
onu.org.br/decada-de-acao-pelo-transito-
-seguro-2011-2020-e-lancada-oficialmen-
te-hoje-11-em-todo-o-mundo/ O governo
brasileiro apoiou a iniciativa com ações de Acidente com viatura em serviço. Fonte: noticias.r7.com

1.2 Definindo a direção defensiva


Se perguntarem o significado de dire- em segurança própria, aos seus passageiros
ção defensiva, com certeza saberá respon- e aos demais usuários do trânsito.
der, como a grande maioria dos condutores
A definição de dirigir defensivamente
brasileiros. Normalmente, como resposta, é
transcende ao ato de dirigir em si, pois vai
proferida a famosa frase: “dirigir por si e pe-
muito além do mecanicismo de conduzir
los outros”. É uma resposta automática, está
um veículo, é um estado de espírito. Em ter-
na ponta da língua.
mos comparativos, dirigir defensivamente,
Leia a definição em destaque e em na essência, é dar a outra face sem revidar.
seguida compare com as suas ações na con-
O ato de dirigir é quase automático
dução de seu veículo particular e de veícu-
para muitos condutores. Você entra no ve-
los de emergência.
ículo e desloca-se de um ponto ao outro e
muitas vezes não percebe o quanto com-
Direção defensiva é... plexo e cansativo é dirigir. Para auxiliá-lo em
Dirigir de modo a evitar acidentes, uma condução segura de veículos de emer-
apesar das ações incorretas dos outros e das gência, você deve evitar cometer erros e se
condições adversas, oferecendo o máximo valer dos elementos da direção defensiva.

1.2.1 E rros que devem ser evitados no trânsito


Os erros que devem ser evitados no • Infrações de trânsito;
trânsito, dizem respeito à (ao): • Abuso do veículo;
• Atraso de horário; ATRASO DE HORÁRIO
• Descortesia. Planeje seu deslocamento com ante-
Veja a seguir sobre cada um deles! cedência, saia um pouco mais cedo, para ter
uma folga de tempo, a fim de compensar os
INFRAÇÕES DE TRÂNSITO imprevistos que surgirem. Evite, sempre que
Você, como condutor habilitado e possível, recuperar o tempo de atraso e as
que conduz veículo emergência tem o de- situações inesperadas (congestionamento,
ver de conhecer e obedecer à legislação de problemas no veículo, etc.) empreendendo
trânsito (cumprir e fazer cumprir). Contudo, velocidade que ponha em risco a sua vida e
há razões maiores para você respeitar as re- a dos demais.
gras, pois:
DESCORTESIA
• Foram feitas para a sua proteção e
possuem como objetivo a seguran- Em condições normais, você deve
ça de todos e; desenvolver atitudes de cortesia, ou seja,
• Você deve ser exemplo positivo respeitar os outros condutores de veículos
para a sociedade e será cobrado e os pedestres. Ao demonstrar cortesia você
em caso de desrespeito. evita um ambiente de animosidade e des-
crédito, portanto, “cortesia gera cortesia”, di-
ABUSO DO VEÍCULO minuindo a possibilidade de envolvimento
em acidente.
Em decorrência das características da
sua atividade de emergência em muitas si-
tuações você necessita executar manobras Importante!
que exigem mais do veículo. As mais co-
muns são: o uso indevido da embreagem; Lembre-se: o mais importante em uma
do freio, arrancadas e manobras bruscas que ocorrência de emergência é você con-
prejudicam partes vitais do veículo, reduzin- seguir chegar ao seu destino em segu-
do a vida útil do equipamento e comprome- rança, pois caso se envolva em acidente
tendo a segurança. Use o veículo com foco no percurso, de nada terá adiantado a
na preservação do patrimônio público e do pressa, além da impossibilidade de so-
meio ambiente. correr quem necessita de auxílio.

1.2.2 Elementos da direção defensiva


São elementos da direção defensiva: • Identifique os riscos causados por
• Conhecimento; condições adversas (chuva, neblina
etc.);
• Atenção;
• Conheça as características de se-
• Previsão; gurança, dirigibilidade e utilização
• Decisão; dos controles do veículo que está
conduzindo;
• Habilidade.
• Conheça os limites de sua habilida-
Veja a seguir sobre cada um deles!
de (autoconhecimento).
CONHECIMENTO
ATENÇÃO
• Aplique suas experiências vivencia-
das em situações anteriores; • Mantenha-se atento à sinalização;

• Tenha domínio da legislação de • Perceba seu posicionamento em


trânsito; relação aos demais veículos;
• Observe as ações dos pedestres PREVISÃO IMEDIATA
para protegê-lo;
• Reduza a velocidade próximo aos
• Perceba as condições do pavimen- cruzamentos e às áreas de risco;
to (buracos, ondulações, objetos
• Observe as indicações de mudança
etc.).
de direção dos demais condutores;
• Mude rapidamente a forma de
condução em situações adversas,
redobrando os cuidados;

DECISÃO
• Considere o tempo de reação para
executar a manobra;
• Evite a hesitação (você tem frações
Obras na pista. Fonte: www.camposgeraisemais.com.br de segundos para agir);
• Escolha a ação que esteja alinhada
Importante! a sua habilidade ao volante e às
características do veículo que está
Atenção difusa é a mais adequada para
conduzindo (estabilidade, freios,
a condução veicular. Você deve estar
peso e dimensões).
sempre com a mente alerta, olhar à
frente, à retaguarda, para todos os la-
HABILIDADE
dos e até mesmo à frente do veículo
que desloca na dianteira. Os conduto- • Realize treinamentos de condução
res de veículos não devem dirigir com veicular;
atenção fixa ou dispersiva. (Cartilha –
• Desenvolva os automatismos cor-
DETRAN/RJ)
retos;
PREVISÃO • Efetue as manobras necessárias,
em situações de risco, para evitar
Previsão mediata (antes de iniciar os acidentes;
deslocamentos)
• Não exceda os limites do veículo,
• Vistorie os níveis de óleo lubrifican- da via e os seus próprios, durante a
te e hidráulico, fluido de freio e lí- execução das manobras.
quido de arrefecimento;
• Verifique a quantidade de combus-
tível e a calibragem dos pneus, in- Importante!
clusive o estepe; Com os conhecimentos necessários,
• Solicite a reposição das peças im- dedicando toda a atenção possível ao
portantes para o funcionamento ato de dirigir, você poderá prever situ-
do veículo, caso seja necessário; ações de risco. Estando devidamente
treinado, terá habilidade para decidir
• Cheque a sua documentação e a e agir defensivamente, de modo a evi-
do veículo; tar acidentes, preservando a sua segu-
• Planeje os deslocamentos (itinerá- rança e a dos demais participantes do
rio principal e alternativo). trânsito.
AULA 2
Condições adversas:
como reduzir os riscos

2.1 Definindo condições adversas


O condutor de veículos de emergên- risco no trânsito, podendo comprometer a
cia, em muitas situações, tem de trafegar segurança. (www.portaldotransito.com.br)
sem as condições ideais de segurança para
atender as mais diversas ocorrências, in- Exemplificando...
dependente das condições climáticas, lu-
minosidade, trânsito e qualidade da via. É Fatores combinados que aumentam
importante que você seja capaz de identifi- os riscos de acidentes:
car esses riscos rapidamente e agir correta- • Veículo com suspensão defeituosa
mente diante dessas situações, adotando os + pista danificada
procedimentos adequados para cada uma
• Pneus desgastados + pista molha-
delas.
da + excesso de velocidade
Mas o que são CONDIÇÕES ADVERSAS?
• Excesso de velocidade + via sem si-
Pense e leia o conceito em seguida.
nalização
Condições adversas são... • Tráfego intenso + desatenção
Fatores ou combinação de fatores que • Álcool + sono + excesso de veloci-
contribuem para aumentar as situações de dade
2.2 Tipos de condições adversas
Algumas das condições adversas são oriundas do(a):
• Clima;
• Via;
• Trânsito;
• Veículo;
• Condutor.
Veja a seguir, a descrição dessas condições adversas.

2.2.1 Condições adversas de clima


Algumas condições climáticas podem • Mantenha os vidros limpos, desen-
interferir na segurança do trânsito, pois al- gordurados e desembaçados;
teram as condições da via, diminuindo a
• Redobre o cuidado nas curvas e
sua capacidade visual, alterando padrões
frenagens;
de comportamento do veículo em relação à
aderência dos pneus e à estabilidade. • Evite passar em poças ou lugares
com acúmulo de água.
Importante!
É importante que você preste atenção
às condições a serem apresentadas,
pois elas podem se agravar a ponto de
impedir o seu deslocamento seguro.
Veja algumas delas a seguir.

CHUVA
Reduz a visibilidade, diminui a ade-
rência dos pneus, principalmente nas cur-
Dirigindo na chuva. Fonte: Fonte: seg00.blogspot.com
vas, aumenta o espaço percorrido nas frena-
gens e dificulta as manobras de emergência. No momento em que está chovendo
ou logo após, pode ocorrer a aquaplana-
O que fazer em caso de condução
gem, fenômeno no qual o veículo não con-
sob chuva?
segue remover a lâmina d’água e perde o
Compare as alternativas relacionadas contato com a pista e o condutor pode per-
às suas atitudes na condução de veículo de der o controle do veículo.
emergência.
Quais são as causas que levam à
• Acione o limpador do parabrisa e aquaplanagem?
mantenha as palhetas em bom es-
• excesso de água na pista;
tado;
• calibragem inadequada dos pneus;
• Reduza a velocidade, de acordo
com as condições de segurança; • tipo de pista;
• Acenda os faróis de luz baixa; • velocidade incompatível;
• Aumente a distância do veículo • pneus desgastados (lisos).
que segue à frente;
(Fonte: www.goodyear.eu/po_pt/tire-advice/safe-dri-
• Redobre a atenção; ving/.../rain-driving.jsp)
Saiba mais... NEBLINA
Para saber mais sobre os prováveis A neblina reduz significativamente a
elementos determinantes de acidentes com visibilidade, sendo assim você deve ter muito
aquaplanagem. http://www.youtube.com/ cuidado ao conduzir o veículo nestas condi-
watch?v=3ONgUd2zd30) ções. Normalmente, os acidentes são gravís-
Quando você não sabe o que fazer em simos podendo envolver vários veículos.
situações de aquaplanagem, normalmente
perde o controle do veículo e se envolve em
acidente.
O que você deve fazer quando o ve-
ículo aquaplanar?
Compare as suas respostas com al-
guns procedimentos indicados.

Acidente com viatura de polícia. Fonte: noticias.terra.


O que fazer durante com.br
a aquaplanagem?
Em caso de neblina, quais os cuida-
• Tire o pé do acelerador até dos que você normalmente adota?
retomar o controle com-
pleto da direção; Compare se suas ações estão ade-
quadas, lendo algumas recomendações a
• Não freie, pois se as rodas seguir.
estiverem travadas no mo-
mento que voltar o conta-
to dos pneus com a pista, Ações do condutor
o veículo poderá desgo- ao dirigir sob neblina
vernar;
• Acenda os faróis de nebli-
• Segure o volante com fir- na e, caso o veículo não
meza, mantendo-o alinha- seja equipado, acione os
do. faróis de luz baixa;
(Fonte: www.goodyear.eu/po_pt/
tire-advice/safe-driving/.../rain- • Reduza a velocidade,
-driving.jsp)
mantendo um ritmo cons-
tante sem acelerações ou
reduções bruscas;
• Redobre a atenção;
• Não use faróis de luz alta;
• Não acione o pisca alerta,
pode confundir os demais
motoristas;
• Evite realizar ultrapassa-
gens.
Fonte: PRF/MJ.
2.2.2 Condições adversas da via
O condutor de veículos de emergên- VIAS COM CONSERVAÇÃO
cia deve estar sempre atento às condições DEFICIENTE
adversas que possam surgir nas vias, pavi-
Vias sem conservação danificam o
mentadas ou não. Mesmo que você conhe-
ça o percurso, não deve desconsiderar a veículo, principalmente, a suspensão e os
possibilidade de ser surpreendido, sob risco pneus. São consideradas como fator de ris-
de causar danos ao veículo ou até mesmo co para a ocorrência de acidentes, podendo
envolver-se em acidente de trânsito. A rea- causar lesões irreparáveis, a morte de pesso-
lidade nos mostra uma série de deficiências as, além de danos materiais.
que aumentam as probabilidades do con- O que fazer ao se deparar com uma
dutor se acidentar. via mal conservada?
• Conduza o veículo em velocidade
compatível com a condição da via;
• Tenha cuidado com objetos e bura-
cos, eles podem danificar os pneus;
• Tenha cuidado para não bater o ve-
ículo por baixo, isso poderá danifi-
car o cárter;
• Cuide para não se envolver em aci-
dente com outro veículo ao tentar
frear ou desviar de buracos na pista.
Estradas esburacadas. Fonte: ‘www.4bpmpi.com.br
(Fonte: Apostila CVP – PRF/MJ, ed. 2009)
Veja abaixo as situações mais comuns
que você pode se deparar.

Principais condições adversas da via VIAS COM SINALIZAÇÃO DEFICIENTE


OU SEM SINALIZAÇÃO
• Largura da via insuficiente
No desempenho de sua atividade,
• Ponte estreita
normalmente você trafega em vias urbanas
• Trechos escorregadios e rurais em boas condições de tráfego, tra-
• Aclives e declives acentuados zendo todas as informações ao condutor;
no entanto algumas vias podem apresentar
• Má conservação do pavimento (bu- sinalização deficiente, por vezes encoberta
racos)
pela vegetação ou algumas totalmente sem
• Queda de barreiras e objetos na via sinalização, tanto vertical quanto horizontal.
(pedras)
O que você deve fazer ao conduzir
• Animais sobre a via por vias com sinalização deficiente ou
• Falta de acostamento inexistente?

• Drenagem deficiente (acúmulo de • Conduzir o veículo com velocidade


água, areia) compatível e com atenção redo-
brada;
• Depressões, ondulações, desníveis.
• Sempre que possível, evitar viajar à
• Falta de sinalização vertical ou hori- noite;
zontal
• Ajustar-se às condições da via.
• Lombadas (nas rodovias, principal-
mente) (Fonte: Apostila CVP – PRF/MJ, ed. 2009)
2.2.3 Condições adversas de trânsito
As condições adversas de trânsito es- namento, acidentes, bloqueio par-
tão relacionadas à quantidade, ao tipo, ao cial de pista, rompimento de estra-
tamanho de veículos e aos horários de cir- da, fiscalização, etc.
culação, podendo apresentar congestiona-
O que fazer ao se deparar com es-
mento ou não.
sas condições de tráfego?
Existem períodos do dia que afe-
tam as condições de trânsito, tais como: • Nos horários de entradas e saídas
de aula, evite transitar em ruas que
• Hora do rush, que significa maior têm colégios;
movimentação de veículos e pe-
destres, provocando congestio- • Quando você souber que há obras
namentos, além de dias de chuva, numa via de tráfego intenso, pro-
épocas de festas, férias escolares, cure outro caminho;
feriadões, etc. • Tenha sempre em mente um rotei-
• Ocasionalmente, acontece quando ro alternativo para o caso de en-
se encontram animais, maquinário garrafamento inesperado, mesmo
agrícola, obras, carroças, funerais, se for mais longo. Você economiza
etc. tempo e combustível num trajeto
maior, mas que esteja livre;
• O trânsito pode ser alterado ainda,
por: batedores, escoltas, desmoro- • Mantenha-se calmo.

Viatura presa no congestionamento. Fonte: pic.twitter.com/SrbBEluV


2.2.4 Condições Adversas de Veículo
Qual foi a última vez que você realizou • Defeito na direção (folga e desali-
uma inspeção de primeiro escalão (Utilize o nhamento)
checklist disponível na aula 5 do módulo 1),
• Falta de balanceamento e camba-
aquela realizada pelo motorista, antes de
gem
iniciar o serviço?
• Ausência de sirene e de luzes de
Como um condutor defensivo, você
emergência
deve manter o veículo em que trabalha
sempre em condições de reagir instantâ- • Freios desregulados e lâmpadas
nea e eficientemente a todos os comandos, queimadas
inspecionando-o antes de iniciar o serviço.

Defeitos mais comuns em veículos que


facilitam os acidentes
• Pneus desgastados
• Limpador de parabrisas com defeito
• Espelho retrovisor danificado/ine-
xistente
• Suspensão defeituosa Viatura com defeito . Fonte: guiacampos.com

2.2.5 Condições adversas de condutor


Em muitas ocasiões a jornada de tra- dos orgânicos, mas, principalmente no cére-
balho extenuante do condutor de veículo bro, criando um falso senso de autoconfian-
de emergência pode interferir na maneabili- ça, reduzindo o campo de visão, alterando a
dade, aumentando os riscos de envolvimen- audição, a fala e o senso de equilíbrio. (SE-
to em acidentes de trânsito. Os aspectos físi- NAI/FIERGS,1995)
cos e psicológicos influenciam diretamente
Esta aparente euforia que domina a
na atuação do condutor. Como exemplos,
pessoa é chamada de excitação alcoólica e
temos: fadiga, sono, estado alcoólico, audi-
que corresponde à anestesia dos centros ce-
ção deficiente, visão deficiente, perturba-
rebrais controladores do comportamento.
ções mentais e emocionais, preocupações e
medo. (MASLACH; JACKSON, 1981).

CONDUTOR E A BEBIDA ALCOÓLICA


A bebida alcoólica interfere, tumultua
e destrói a organização funcional do corpo
humano, de modo traiçoeiro e muitas vezes
irreversível. Quando se está em jejum, a be-
bida alcoólica chega ao estômago sendo ra-
pidamente absorvida e transportada para a
corrente sanguínea. O processo é mais lento
quando há ingestão de alimentos. (SENAI/
FIERGS, 1995)
Esta dosagem alcoólica distribui-se
uniformemente em todos os órgãos e líqui- Teste do bafômetro. Fonte: portallemenews.com.br
O ESTADO FÍSICO E MENTAL sistema nervoso central, gerando alterações
no nível de consciência, do espaço e do
tempo, desvirtuamento sensorial, perda do
A Organização Mundial de Saúde – equilíbrio, psicoses e delírios.
OMS - considera droga toda substância que,
O uso de drogas pode ser fatal se in-
por sua natureza, afeta a estrutura e o fun-
geridas com álcool. Muitos condutores pro-
cionamento de um organismo vivo.
fissionais, por imposição da carga horária de
No trânsito este é um aspecto de vital trabalho, utilizam artifícios para não dormir
importância, uma vez que tanto as drogas nas viagens. As mais comuns são os chama-
lícitas (medicamentos, por exemplo) quanto dos “arrebites” ou “rebites”, que consistem
às ilícitas causam transformações químicas em uma perigosa mistura de medicamen-
no organismo (distribuição, ação, armaze- tos que, a longo prazo, são extremamente
namento, saída) e atuam diretamente no prejudiciais à saúde.
AULA 3
Comportamento seguro na
condução de veículos de
emergência
3.1 Definindo acidente de trânsito
Nesta aula, você conhecerá as princi- Acidente de trânsito é...
pais causas de acidentes e os procedimen-
Todo acontecimento, casual ou não,
tos adequados para a realização de mano-
tendo como consequências danos físicos ou
bras, como a ultrapassagem, além de evitar
materiais, envolvendo veículos, pessoas e
se envolver em acidentes ao adotar proce-
ou animais nas vias públicas.
dimentos seguros na condução de veículos
de emergência. Em sua opinião quais a principais cau-
sa dos acidentes de trânsito?
Mas o que é acidente de trânsito?

3.2 Principais causas de acidentes de trânsito


• Excesso de velocidade;
• Dirigir sob efeito de álcool;
• Ultrapassagens mal realizadas;
• Não manter distância de segurança
do veículo da frente;
• Desrespeito à sinalização.

Velocímetro em alta velocidade. Fonte:


gibaescapes.blogspot.com
A violência dos graves acidentes está muitos momentos de realizar uma manobra
presente nas vias urbanas e rurais de todo arriscada: a ultrapassagem.
o país. Aproximadamente 90% dos aciden-
A urgência da ocorrência, o som agu-
tes têm como causa a falha humana, e que,
do da sirene, o estresse do motorista e, de-
normalmente, recaí sobre três aspectos jurí-
pendendo da velocidade, uma redução sig-
dicos que caracterizam a culpabilidade: im-
nificativa da visão periférica são fatores que
prudência, imperícia e negligência.
podem alterar o senso crítico do agente que
O acidente é um evento de certa for- conduz o veículo.
ma intencional, que pode ser evitado,
causador de lesões físicas e muitas ve- Visão periférica
zes emocionais, no âmbito doméstico
ou nos ambientes sociais. O acidente Observe o desenho e entenda o que
de trânsito visto como uma violência ocorre com a visão periférica quando você se
poderá ajudar na elaboração e na im- desloca em alta velocidade. Quanto mais ve-
plementação de políticas públicas que loz, mais seu campo de visão reduz, entrando
possam prevenir sua ocorrência. (MEL- num efeito túnel, deixando de perceber, por
COP; OLIVEIRA, 2006) exemplo, a presença de ciclistas e pedestres
que trafegam pelas margens da via.
Quando você se desloca em um veí-
culo de emergência (ambulância, viaturas Quanto maior for a velocidade menor
de socorro e salvamento, viatura policial, de o campo de visão do condutor, trazendo,
fiscalização de trânsito), por ruas, avenidas como consequência, sérios riscos à segu-
e rodovias de pista simples, necessita em rança.

Visão periférica x velocidade

3.3 Ultrapassagem
3.3.1 Etapas para uma ultrapassagem segura
Para que a manobra de ultrapassa- c. Identifique a distância entre o seu
gem ocorra com segurança, você deve se- veículo e o veículo que vem em
guir as seguintes etapas: sentido contrário;
a. Mantenha a distância de segurança; d. Observe os veículos que vêm atrás,
antes de iniciar a manobra de ultra-
b. Se houver dificuldade de visualiza-
passagem;
ção, aproxime-se da linha divisória
e verifique o trânsito em sentido e. Sinalize sua intenção antes de se
contrário, não esquecendo os veí- deslocar para outra faixa de dire-
culos de trás; ção;
f. Saia para a faixa da esquerda e j. Retorne à velocidade normal (se for
acelere o veículo à medida que vai o caso), assim que tiver completa-
ultrapassando; do a ultrapassagem.
g. Dê um leve toque de buzina, para
alertar o condutor à sua frente
quanto às suas intenções em ultra-
passá-lo (à noite utilize os faróis);
h. Sinalize a sua intenção para retor-
nar à sua faixa de trânsito;
i. Entre na faixa de trânsito, depois
de observar o farol esquerdo do
veículo que está ultrapassando,
através do retrovisor interno do Ultrapassagem Segura. Fonte: blogs.diariodepernam-
seu veículo; buco.com.br

3.3.2 Fatores de risco em ultrapassagem


Além das etapas para realizar a ul- • Peso que está transportando (ocu-
trapassagem, você precisa levar em con- pantes e equipamentos);
sideração diversos fatores que podem
• Condições climáticas e luminosi-
influenciar nessa manobra, como por
dade;
exemplo:
• Motorização do veículo que está • Tipo de pista e obras de arte;
conduzindo (potencia e combus- • Dimensões e velocidade do veículo
tível); a ser ultrapassado.

3.4 Tipos de acidentes e como evitá-los


No desempenho da atividade de condução de veícu-
los de emergência, os riscos de ser envolvido em acidentes
de trânsito aumentam exponencialmente. Para que você
possa reduzir esses riscos, além da atenção redobrada, deve
utilizar técnicas de condução operacional defensivas.

3.4.1 Colisão Frontal


A principal causa da colisão frontal é a
ultrapassagem em retas e em locais de pou-
ca visibilidade, como em curvas e aclives.
O encontro de dois veículos frente a frente
é um dos piores tipos de colisão devido à
soma das velocidades na hora do impacto.

Colisão Frontal Fonte: http://naomorra-


notransito.blogspot.com.br
Para evitar a colisão frontal, você Importante!
deve:
Em caso de colisão, o uso do cinto de
• Prever com antecedência o risco de segurança por todos os ocupantes au-
erro na manobra; menta em até 06 (seis) vezes a chance
de sobrevivência. Você, como todos os
• Seja o primeiro a tomar a decisão,
seres humanos, possui um corpo frágil,
tão logo constate o perigo, para não gerar
que irá sofrer sérias lesões ou ir a óbi-
dúvida;
to em caso de acidente. Então, se você
• Sinalize sua intenção (alternando a deseja voltar para casa em segurança,
luz do farol alto e baixo ou acionando a luz o uso do cinto aumenta essa probabi-
indicadora de direção); lidade.
• Reduza a velocidade e desvie para o Assista ao vídeo http://www.youtube.com/watch?v=ct_-
acostamento. -wEifZgk e reflita sobre a sua decisão pelo uso ou não do
cinto de segurança.

3.4.2 Colisão Traseira


De acordo com os Boletins de Aciden- Atitudes para evitar colisão traseira
tes de Trânsito – Sistema BR Brasil/PRF, uma
1. Fique alerta Não desvie a atenção
das principais causas deste tipo de acidente
é motivada por condutores que têm o há- do que está acontecendo.Observe
bito de dirigir muito próximo ao veículo da os sinais do condutor da frente, tais
frente (“colado”) e por isso, nem sempre é como: luz do freio, luz indicadora
possível avisá-lo da manobra que se preten- de direção (pisca-pisca), alternân-
de fazer, principalmente nas situações de cia do ritmo da marcha etc. Estes
emergência. Outro motivo é a falta de cons- sinais indicam o que ele pretende
ciência dos condutores em sinalizar suas fazer.
manobras de conversão e parada repentina.
2. Domine a situação Procure olhar
além do veículo da frente, para
Observação:
identificar situações que podem
Como você estudará no próximo mó- obrigá-lo a fazer manobras brus-
dulo, este tipo de acidente pode causar gra- cas. Se você observar a situação ao
ve lesão no pescoço (coluna cervical) nos
mesmo tempo que o condutor da
ocupantes do veículo colidido por trás, oca-
frente, terá condições de melhor
sionada pelo movimento do “efeito chicote”.
controlar seu veículo e evitar um
Quando possível, uma providência a acidente.
ser tomada dentro das técnicas defensivas
é “livrar-se” do condutor que o segue a cur- 3. Mantenha a distância Utilize uma
ta distância, incentivando-o a ultrapassá-lo, distância segura. Não se esqueça
facilitando a mesma com a redução da velo- de que nos dias de chuva ou ne-
cidade e/ou deslocando ou até parando no blina, em caso de via danificada
acostamento. ou sem sinalização, essa distância
deve ser aumentada por causa
da redução da aderência, da visi-
bilidade e de possíveis manobras
bruscas.
4. Comece a parar mais cedo Pise no
freio com cuidado evitando para-
Colisão Traseira.
Fonte: www.ver- das bruscas ao avistar algum tipo
desmares.com.br de perigo, para que não ocorram
derrapagens que possam causar 6. Sinalize suas intenções Informe ao
risco para os veículos que o se- condutor que o segue, o que você
guem, pois os condutores desses vai fazer, não deixe que ele tente
talvez desconheçam essas normas adivinhar o que você pretende.
de prevenção.
7. Pare suave e gradativamente Mui-
5. Saiba o que fazer Não fique indeciso, tos condutores ao passarem do lo-
principalmente para entrar à direita cal que iriam parar, pisam repenti-
ou à esquerda. Planeje o seu trajeto namente no freio sem lembrar que
com antecedência para não confun- existem outros veículos deslocan-
dir o condutor que vem atrás. do-se no mesmo sentido.

3.4.3 Colisão Misteriosa


É chamado de Colisão Misteriosa o CORRENTES AERODINÂMICAS
acidente de trânsito que envolve apenas
Todo veículo, ao se deslocar, movi-
um veículo e apresenta dificuldade de de-
menta o ar que se encontra à sua frente,
finir a causa provável.
provocando uma área de turbulência, com
Os principais elementos causadores correntes aerodinâmicas, que se deslocam
são: pelos lados, por cima e por baixo do veícu-
• Pista de rolamento; lo, provocando a formação de um colchão
de ar entre o assoalho do mesmo e a pista,
• Condições climáticas; tornando-o mais leve.
• Correntes aerodinâmicas; Quando um veículo está ultrapassan-
• Veículo; do outro, sendo ultrapassado o una passa-
gem de um pelo outro em sentidos opostos,
• Outro condutor; principalmente por veículos de grande por-
• Estado físico e mental. te, frequentemente este balança para os la-
dos, fazendo com que o condutor, em mui-
Estude a seguir cada um deles!
tas ocasiões, perca o controle do volante.
PISTA DE ROLAMENTO Isso ocorre devido a ondas laterais de
ar, as quais tornam mais leves a parte tra-
Algumas pistas apresentam diversos seira de um veículo menor. As oscilações
fatores que podem desgovernar um veícu- podem ser maiores ou menores de acordo
lo, dentre elas as curvas, lombadas, acúmulo com a velocidade, local descampado na es-
d’água, areia, ondulações, desníveis, depres- trada, locais que permitem a canalização de
sões, buracos e óleo. Dependo da velocida- vento, etc.
de, do tipo de veículo e suas condições de
manutenção, esses fatores podem projetar
o veículo para fora da pista, levando-o a ca-
potar ou chocar-se com algum obstáculo.

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
As mudanças mais comuns no que se
refere ao clima são: chuva, geada, neblina,
neve e granizo. Ao se deparar com essas
condições, procure se adaptar rapidamen-
te ao novo cenário, reduzindo a velocidade,
acionando os equipamentos e redobrando Colisão provocada por correntes aerodinâmicas. Fonte:
a atenção. PRF
Importante! rige em sentido contrário. A maneira como
dirige, entra em curvas, ultrapassa, desvia
Ao se deparar com situações que per-
de obstáculos, pode fazer com que o veí-
mitam a ocorrência dos casos citados
culo entre na contramão ou, pelo menos,
reduza a velocidade, segure firme o
ameace a entrada, fazendo com que você
volante e mantenha os vidros fecha-
tenha que sair para o acostamento ou des-
dos para reduzir a influência do deslo-
viar bruscamente, sendo que esta manobra
camento de ar e evitar que você possa
pode causar um acidente.
perder o controle da direção.

Veículo O estado físico e mental


Tanto as drogas ilícitas como as líci-
Principais causas: pneus lisos, limpa-
tas (medicamentos) podem ser fatais para o
dores de parabrisa com defeito, freios com
condutor, principalmente se ingeridas com
deficiência e mal regulados, faróis desregu-
bebidas alcoólicas. Essas drogas afetam o
lados, lâmpadas queimadas e amortecedo-
comportamento do condutor chegando em
res deficientes.
algumas ocasiões a provocar diversos efei-
Sendo assim você deve encaminhar tos como desmaios, sono, euforia, confusão
a demanda de manutenção dos itens de- mental, desvirtuamento sensorial, perda do
feituosos ao setor responsável, para não ter equilíbrio, psicoses e delírios.
que realizar deslocamentos ajustando-se às
condições negativas do veículo que, de um Importante!
momento para outro, pode envolvê-lo em
Como profissional consciente, você
acidente.
deve evitar a automedicação e sempre
perguntar ao seu médico quais os efei-
O outro condutor tos colaterais da medicação prescrita,
A causa de colisão de um só veículo principalmente, para o desempenho
pode ser provocada pelo condutor que di- de atividades de condução de veículos.

3.5 Atropelamento
Os impactos de veículos com pedes- Quase todos os adultos atropelados
tres são responsáveis por muitas mortes são pessoas que não sabem dirigir, portan-
anualmente. A diferença de peso e resistên- to, não têm noção da distância de parada ou
cia que há entre uma pessoa e um veículo desconhecem seus deveres como parte do
provoca um encontro bem desigual, resul- trânsito no tocante à legislação.
tando, na maioria dos casos, em ferimentos
graves.
Importante!
Como o comportamento do pedestre
Como condutor defensivo, você deve
é imprevisível, a melhor regra para evitar
atropelamentos é ser cuidadoso, conceden- dedicar atenção especial às crianças,
do-lhe o direito de passagem. Um número pessoas idosas e aos deficientes físicos,
considerável de pessoas atropeladas estava pois são mais suscetíveis de envolve-
alcoolizada no momento do acidente. rem-se em acidentes.

3.6 Atropelamento de animais


Todos os anos morrem muitos con- dado em regiões de fazendas ou em campo
dutores em consequência de acidentes com aberto, principalmente à noite, pois podem
animais. Fique atento e dirija com muito cui- surgir animais na pista.
Importante!
Assim que você perceber animais na
via, quaisquer que sejam seus tamanhos,
reduza a velocidade até que os tenha ultra-
passado. Se possível, auxilie na retirada des-
tes, caso contrário, informe ao órgão com-
petente.

Saiba mais...
Leia atentamente os cuidados neces-
sários para uma condução segura.
Atropelamento de animal. Fonte: www.opopular.com.br
FINALIZANDO
Neste módulo, você estudou que:
• É muito preocupante o atual quadro mundial e, particularmente, brasileiro, no que
se refere ao trânsito rodoviário. Como servidor público e como cidadão, você pode
contribuir em sua comunidade para minimizar esse grave problema, buscando so-
luções em conjunto com as instituições em que trabalha e com a sociedade orga-
nizada, visando tornar o trânsito de sua cidade mais seguro e humanizado.
• Utilizando procedimentos e técnicas de direção segura, poderá reduzir significa-
tivamente a chance de se envolver em acidentes. Aplicar os elementos da direção
defensiva, evitando cometer erros nos deslocamentos, é decisivo para sua prote-
ção, de sua equipe e da sociedade.
• Ao conhecer as restrições impostas pelas condições adversas e as ações para se
adaptar rapidamente ao novo cenário, você estará mais preparado para enfrentar
as mudanças com mais confiança e segurança.
• Você tem uma importante tarefa no desempenho de sua profissão: servir à socie-
dade. Não coloque em risco a sua vida, a de sua equipe e as das demais pessoas no
trânsito.
GABARITO

MÓDULO 1 MÓDULO 3
1) c. ( X ) veículo automotor com capa- 1. V / V / F / F
cidade para até 9 ocupantes e PBT
2. Marque a alternativa correta nos
até 3500 kg.
itens que seguem:
2) d. ( X ) dispositivo luminoso verme-
a. ( x ) Abertura das vias aéreas.
lho e alarme sonoro.
b. ( x ) 60 a 100 bpm.
3) A - ( X ) o condutor de veículo de
emergência deverá apresentar, c. ( x ) Sinalizar o local.
além da carteira de habilitação 3 - ( x ) O torniquete é uma técnica em
original, o certificado do curso es- desuso na contenção de hemorra-
pecializado correspondente a este gias.
curso.

MÓDULO 2 MÓDULO 4
1) V / F / V / V
1- F/V/V/F
2) b) Seus sintomas básicos estão
2 - d) Para defender-se das condições associados às manifestações de ir-
adversas de veículo é importante ritação e agressividade numa espé-
fazer revisões periódicas e provi- cie de exaustão emocional.
denciar o reparo de peças danifica-
das. 3) b) 2 – 3 – 1 – 2 – 3
3 - a) Tirar o pé do acelerador e segu- 4) ( X ) O agente de Segurança Pública
rar firme o volante, até que a ade- é alvo de observação constante e
rência se restabeleça. deve ser exemplo de postura ética.

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