Você está na página 1de 1

Xadrezistas de Macau competem no Sri Lanka e em Istambul

Procurar glória em 64 quadrados

Um homem, 31 antagonistas, duas derrotas, dois empates, 27 vitórias. Apenas num desporto com a
elasticidade mental do xadrez é possível enfrentar um exército de adversários e ainda assim vencer
por larga margem. Alfonso Romero Holmes ajudou no sábado a dar forma a uma jornada de glória
para o xadrez do território, ao disputar uma “simultânea” de partidas com alguns dos melhores
jogadores locais da actualidade.
A iniciativa, organizada pelo Grupo de Xadrez de Macau, coroou uma semana intensa para os
responsáveis pela gestão da modalidade no território. Para além de disputar a “simultânea” de
partidas, o grande mestre espanhol orientou também três sessões de treino da selecção olímpica da
RAEM que em finais de Agosto vai participar na Turquia no Campeonato do Mundo de Xadrez por
Equipas, prova que se popularizou por todo o mundo pela designação mais pomposa de
“Olímpiadas do Xadrez”. As três sessões orientadas pelo antigo campeão espanhol serviram
sobretudo para preparar os atletas do território para o nível de competitividade que vão encontrar
em Istambul. Ainda que a permanência em Macau tenha sido curta, Romero Holmes partiu com a
convicção de que as sessões de treino que orientou poderão revelar-se úteis aos xadrezistas da
RAEM: “Espero que estas pequenas sessões de treino sejam frutíferas e que com esta iniciativa eu
possa ter dado um contributo para que os jogadores de Macau passem a sistematizar de forma mais
eficiente o estudo da modalidade”, remata o grande-mestre espanhol.
O xadrez de Macau marca presença assídua nas Olímpiadas da modalidade desde 1994, mas em
dezoito anos de competição ao mais alto nível, os jogadores do território nunca conseguiram
resultados de destaque e este ano dificilmente será diferente, pelo que a grande aposta competitiva
do Grupo de Xadrez de Macau recai sobre o Campeonato Asiático para os escalões de formação,
prova que tem o Sri Lanka como palco em finais de Junho e inícios de Julho: “A participação nas
Olímpiadas de Xadrez é para nós uma obrigação e temos marcado presença no evento desde 1994,
mas o evento mais importante para nós envolve a juventude, as nossas crianças. No final de Junho
vamos enviar oito jogadores ao Sri Lanka, ao Campeonato Asiático, uma prova onde existem boas
hipóteses dos nossos atletas conseguirem bons resultados”, informa José Silveirinha, presidente do
Grupo de Xadrez de Macau.
Apesar de partir para o Sri Lanka com boas perspectivas, a selecção do território não vai poder
contar com uma das suas principais referências, uma jogadora de apenas oito anos que tem deixado
boas referências em grandes competições internacionais.

Você também pode gostar