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01.LINGUA PORTUGUESA - pdf-2016041316461272
01.LINGUA PORTUGUESA - pdf-2016041316461272
PREPARATÓRIA
POLÍCIA
MILITAR
SOLDADO E BOMBEIRO
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LÍNGUA
PORTUGUESA
PROFESSOR
Pablo Jamilk
Professor de Língua Portuguesa, Redação e Redação
Oficial. Formado em Letras pela Universidade Estadual
do Oeste do Paraná. Mestre em Letras pela Universida-
de Estadual do Oeste do Paraná. Doutorando em Letras
pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Espe-
cialista em concursos públicos, é professor em diversos
estados do Brasil.
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SUMÁRIO
SUMÁRIO
1. COMO ESTUDAR LÍNGUA PORTUGUESA...................................................................................................................................05
Introdução...................................................................................................................................................................................................................................................... 05
Morfologia: classes de palavras............................................................................................................................................................................................................ 05
Artigo............................................................................................................................................................................................................................................................... 05
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 06
2. MORFOLOGIA......................................................................................................................................................................................... 06
Adjetivo........................................................................................................................................................................................................................................................... 06
Classificação Quanto ao Sentido........................................................................................................................................................................................................... 06
Classificação Quanto à Expressão........................................................................................................................................................................................................ 06
Adjetivo x Locução Adjetiva................................................................................................................................................................................................................... 06
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 09
Advérbio......................................................................................................................................................................................................................................................... 09
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 09
Conjunção....................................................................................................................................................................................................................................................... 10
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 10
Preposição...................................................................................................................................................................................................................................................... 1 1
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 1 1
Pronome.......................................................................................................................................................................................................................................................... 1 1
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 14
Substantivo.................................................................................................................................................................................................................................................... 14
3. SINTAXE..................................................................................................................................................................................................... 16
Sujeito.............................................................................................................................................................................................................................................................. 1 7
Predicado........................................................................................................................................................................................................................................................ 1 8
Termos Integrantes.................................................................................................................................................................................................................................... 1 8
Vozes Verbais................................................................................................................................................................................................................................................ 1 8
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 19
Tempos e Modos verbais.......................................................................................................................................................................................................................... 19
Formas Nominais do Verbo..................................................................................................................................................................................................................... 20
Complementos Verbais............................................................................................................................................................................................................................. 20
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 21
4. ACENTUAÇÃO GRÁFICA....................................................................................................................................................................22 03
Antecedentes................................................................................................................................................................................................................................................. 22
Encontros vocálicos.................................................................................................................................................................................................................................... 22
Regras de Acentuação............................................................................................................................................................................................................................... 22
Alterações do Novo Acordo Ortográfico............................................................................................................................................................................................ 23
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 23
6. CRASE.........................................................................................................................................................................................................27
Casos Proibitivos......................................................................................................................................................................................................................................... 28
Casos Obrigatórios..................................................................................................................................................................................................................................... 28
Casos Facultativos....................................................................................................................................................................................................................................... 29
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 29
7. COLOCAÇÃO PRONOMINAL............................................................................................................................................................. 30
Posições dos Pronomes – Casos de Colocação ............................................................................................................................................................................... 30
Colocação Facultativa................................................................................................................................................................................................................................ 31
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 31
9. PONTUAÇÃO ...........................................................................................................................................................................................35
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 36
Ponto Final – Pausa Total......................................................................................................................................................................................................................... 37
Ponto-e-Vírgula – Pausa Maior do que uma Vírgula e Menor do que um Ponto Final.................................................................................................. 37
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SUMÁRIO
10. ORTOGRAFIA.........................................................................................................................................................................................39
Definição......................................................................................................................................................................................................................................................... 39
Emprego de “E” e “I”................................................................................................................................................................................................................................... 39
Empregaremos o “I”................................................................................................................................................................................................................................... 39
Orientações sobre a Grafia do Fonema /S/...................................................................................................................................................................................... 40
Emprego do SC............................................................................................................................................................................................................................................. 40
Grafia da Letra “S” com Som de “Z”..................................................................................................................................................................................................... 41
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 41
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CAPÍTULO 01 -
1. COMO ESTUDAR LÍNGUA mais simples para construir uma base sólida para a re-
flexão sobre a Língua Portuguesa.
PORTUGUESA
Artigo: termo que particulariza um substantivo.
Introdução Ex.: o, a, um, uma.
A parte inicial desse material se volta para a orienta- Adjetivo: termo que qualifica, caracteriza ou indica
ção a respeito de como estudar os conteúdos dessa dis- a origem de outro.
ciplina. É preciso que você faça todos os apontamentos Ex.: interessante, quadrado, alemão.
necessários, a fim de que sua estratégia de estudo seja
produtiva. Vamos ao trabalho! Advérbio: termo que imprime uma circunstância
Teoria: recomendo que você estude teoria em 30 % sobre verbo, adjetivo ou advérbio.
do seu tempo de estudo. Quer dizer: leia e decore as re- Ex.: mal, bem, velozmente.
gras gramaticais.
Prática: recomendo que você faça exercícios em Conjunção: termo de função conectiva que pode
40% do seu tempo de estudo. Quem quer passar tem que criar relações de sentido.
conhecer o inimigo, ou seja, a prova. Ex.: mas, que, embora.
Leitura: recomendo que você use os outros 30% para
a leitura de textos de natureza variada. Assim, não terá Interjeição: termo que indica um estado emotivo
problemas com interpretação na prova. momentâneo.
Ex.: Ai! Ufa! Eita!
Níveis de Análise da Língua:
Numeral: termo que indica quantidade, posição,
Fonético / Fonológico: parte da análise que estuda multiplicação ou fração.
os sons, sua emissão e articulação. Ex.: sete, quarto, décuplo, terço.
Morfológico: parte da análise que estuda a estrutu-
ra e a classificação das palavras. Preposição: termo de natureza conectiva que im-
Sintático: parte da análise que estuda a função das prime uma relação de regência.
palavras em uma sentença. Ex.: a, de, em, para.
Semântico: parte da análise que investiga o signifi-
cado dos termos. Pronome: termo que retoma ou substitui outro no 05
Pragmático: parte da análise que estuda o sentido texto.
que a expressões assumem em um contexto. Ex.: cujo, lhe, me, ele.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Resposta: D
Adjetivo x Locução Adjetiva
2. MORFOLOGIA Essencialmente, a distinção entre um adjetivo e uma
locução adjetiva está na formação desses elementos. Um
Adjetivo adjetivo possui apenas um termo, ao passo que a locução
adjetiva possui mais de um termo. Veja a diferença:
Podemos tomar como definição de adjetivo a seguinte
sentença “termo que qualifica, caracteriza ou in- Ela fez a sua leitura do dia.
Ela fez a sua leitura diária.
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CAPÍTULO 01 -
abutre vulturino E
açúcar sacarino elefante elefantino
arcebispo arquiepiscopal F
aranha aracnídeo fábrica fabril
asno asinino face facial
audição ótico, auditivo falcão falconídeo
B farinha farináceo
C G
cabeça cefálico gado pecuário
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LÍNGUA PORTUGUESA
L pântano palustre
memória mnemônico Q
mestre magistral quadris ciático
08 N rato murino
noite noturno S
norte setentrional, boreal selo filatélico
O sintaxe sintático
osso ósseo T
ouro áureo tarde vesperal, vespertino
P tórax torácico
paixão passional U
pâncreas pancreático umbigo umbilical
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CAPÍTULO 01 -
urso ursino
tante saber reconhecer os advérbios em uma sentença,
portanto anote esses exemplos e acompanhe a análise.
V
vaca vacum
• Verbo.
• Adjetivo.
veia venoso • Advérbio.
velho senil
Categorias adverbiais: essas categorias resumem
vento eóleo, eólico os tipos de advérbio, mas não essencialmente todos os
verão estival sentidos adverbiais.
víbora viperino
• Afirmação: sim, certamente, claramente
vidro vítreo ou hialino etc.
• Negação: não, nunca, jamais, absolutamen-
virgem virginal
te.
virilha inguinal • Dúvida: quiçá, talvez, será, tomara.
visão óptico ou ótico
• Tempo: agora, antes, depois, já, hoje, ontem.
• Lugar: aqui, ali, lá, acolá, aquém, longe.
vontade volitivo • Modo: bem, mal, depressa, debalde, rapida-
voz vocal mente.
• Intensidade: muito, pouco, demais, menos,
mais.
Cuidados importantes ao analisar um adjetivo:
• Interrogação: por que, como, quando,
• Pode haver mudança de sentido:
onde, aonde, donde.
• Homem pobre X Pobre homem.
• Designação: eis.
Na primeira expressão, a noção é de ser desprovido
de condições financeiras; na segunda, a ideia e de indiví- Advérbio x Locução Adverbial
duo de pouca sorte ou de destino ruim.
A distinção entre um advérbio e uma locução adver-
bial é igual à distinção entre um adjetivo e uma locução
Questões Gabaritadas adjetiva, ou seja, repousa sobre a quantidade de termos. 09
Enquanto só há um elemento em um advérbio; em uma
(CESGRANRIO) Em “Ele me observa, incrédu- locução adverbial, há mais de um elemento. Veja os
lo”, a palavra que substitui o termo destacado, exemplos:
sem haver alteração de sentido, é:
• Aqui, deixaremos a mala. (Advérbio)
a. feliz • Naquele lugar, deixaremos a mala. (Locução
b. inconsciente adverbial)
c. indignado • Sobre o móvel da mesa, deixaremos a mala.
d. cético (Locução adverbial)
e. furioso
(VUNESP) Indique o verso em que ocorre um (FCC) Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande
adjetivo antes e outro depois de um substantivo: do Sul (Cruz Alta) em 1905, de família de tradição
e fortuna que repentinamente perdeu o poderio
a. O que varia é o espírito que as sente econômico. O advérbio grifado na frase acima tem
b. Mas, se nesse vaivém tudo parece igual o sentido de:
c. Tons esquivos e trêmulos, nuanças
d. Homem inquieto e vão que não repousas! a. à revelia.
e. Dentro do eterno giro universal b. de súbito.
c. de imediato.
Resposta: E d. dia a dia.
e. na atualidade.
Resposta: B
Advérbio
(AOCP) A expressão destacada que NÃO indica
Trata-se de palavra invariável, que imprime uma cir- tempo é
cunstância sobre verbo, adjetivo ou advérbio. É impor-
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LÍNGUA PORTUGUESA
10
Exemplos: Machado escreveu con-
tos e poemas. Exemplos: Já que tinha dinheiro,
resolveu comprar a motocicleta.
Drummond escreveu poemas e entrou
para a história.
Questões Gabaritadas
(FCC) Ainda que já tivesse uma carreira solo
Categoria Conjunção Exemplo de sucesso [...], sentiu que era a hora de formar
seu próprio grupo. Outra redação para a frase aci-
Aditiva E, nem, não só... mas Pedro assistiu ao fil-
também, bem como, me e fez um comen- ma, iniciada por “Já tinha uma carreira...” e fiel ao
como também. tário logo após. sentido original, deve gerar o seguinte elo entre
as orações:
Adversativa Mas, porém, contu- A criança caiu no
do, entretanto, toda- chão, todavia não
via, no entanto. chorou. a. de maneira que.
b. por isso.
Alternativa Ou, ora...ora, quer... Ora Márcio estu-
c. mas.
quer, seja...seja. dava, ora escrevia
seus textos. d. embora.
e. desde que.
Conclusiva Logo, portanto, as- Mariana estava do-
sim, então, pois ente; não poderia
(após o verbo). vir, pois, ao baile. Resposta: C
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CAPÍTULO 01 -
a. quando. Trás.
b. porquanto.
c. conquanto.
Acidentais
d. todavia.
e. contanto.
Salvo.
Resposta: B Exceto.
a. Contudo.
Questões Gabaritadas
b. Desde que.
(FJG) A preposição existente em “identificar
c. Porquanto.
uma mentira contada por e-mail” relaciona dois
d. Uma vez que
termos e estabelece entre eles determinada rela-
e. Conquanto.
ção de sentido. Essa mesma ideia está presente
em:
Resposta: E
a. As histórias que nascem por mãos humanas
Preposição são muitas vezes pura falsidade.
b. A pesquisa reforçou o que já se sabia: na
Trata-se de palavra invariável, com natureza tam- internet, frequentemente, se vende gato por lebre.
bém conectiva, que exprime uma relação de sentido. A c. Consumiu-o por semanas a curiosidade de
preposição possui uma característica interessante que é estar cara a cara com sua amiga virtual.
a de “ser convidada” para povoar a sentença, ou seja, ela d. Alguns deveriam ser severamente penaliza-
surge em uma relação de regência (exigência sintática). dos, por inventarem indignidades na rede. 11
A regência pode ser de duas naturezas:
• Verbal (quando a preposição é “convidada” Resposta: A
pelo verbo)
• Nominal (quando a preposição é “convida- (CEPERJ) “Cada um destes fatores constitui,
da” por substantivo, adjetivo ou advérbio) para as Nações Unidas, os desafios iminentes que
exigem respostas da humanidade” (7º parágrafo).
Nessa frase, a preposição “para” possui valor se-
Exemplo: O cidadão obedeceu ao mântico de:
comando. (Regência verbal)
a. conformidade
b. comparação
A necessidade de vitória o animava. c. finalidade
(Regência nominal) d. explicação
e. direção
Classificação Resposta: A
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LÍNGUA PORTUGUESA
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CAPÍTULO 01 -
Pronome Relativo
Vossa Excelência: para o tratamento direto com a
pessoa. É o tipo de pronome que promove uma relação entre:
Substantivo e verbo.
Exemplo: Vossa Excelência gos- Pronome e verbo.
taria de um rascunho? Substantivo e substantivo.
Pronome e substantivo.
Sua Excelência: para o tratamento não direto, ou Vejamos quais são os pronomes relativos da língua.
seja, quando se fala sobre a pessoa. Não esqueça de anotar as informações pertinentes a
cada pronome.
Exemplo: Eu falei a respeito de
Que:
Sua Excelência ontem, mas ele não ouviu.
Quanto:
Interromper a especulação: essa é a sa-
ída para a crise.
Exemplo: Ele fez tudo quanto
pôde.
Manuel e Jorge chegaram: este com
uma maçã; aquele com um pão.
Onde:
Outros Demonstrativos
Exemplo: O país onde ocorreu o
Olho vivo para esses pronomes, pois costumam apa- evento está em crise.
recer associados a pronomes relativos.
Exemplo: Ele dirá o que for ver- Exemplo: Ele falou da pessoa
dade. cuja mãe surgiu anteriormente.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Esses pronomes servem para esvaziar um referente. a. Manda ele fazer o serviço sozinho.
Veja alguns exemplos: b. Sinto muito, mas não posso lhe ajudar.
c. Há muito trabalho para mim fazer.
Alguém
d. Entre mim e você não há mais nada.
Algum Resposta: D
Ninguém
(FCC) Ao se substituir um elemento de deter-
Nenhum minado segmento do texto, o pronome foi empre-
Tudo gado de modo INCORRETO em:
Nada
a. e mantém seu ser = e lhe mantém
Cada b. é dedicado [...] a uma mulher = lhe é dedi-
cado
Qualquer
c. reviver acontecimentos passados = revivê-
-los
d. para criar uma civilização comum = para
Mudança de sentido criá-la
e. que provê o fundamento = que o provê
Importante: A depender da posi-
Resposta: A
ção do pronome, pode haver mudança de
sentido.
Substantivo
Exemplo: Algum amigo X Amigo É a palavra variável que nomeia seres, conceitos, sen-
algum timentos ou ações presentes na língua. Podemos classifi-
car os substantivos da seguinte maneira.
14
Servem para criar uma interrogação direta ou indi- Concreto: pessoa, casa, fada, Deus, carro.
reta. Abstrato: vingança, amor, caridade.
Quanto à composição:
Pronomes Possessivos
Simples: roupa, casa, sol.
Essencialmente indicam posse. Podem também in-
Composto: guarda-roupas, passatempo, girassol.
dicar aproximação ou familiaridade. É preciso observar
seu emprego para não gerar ambiguidade nas sentenças.
Quanto à derivação:
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CAPÍTULO 01 -
Exemplos: Gato, gata, homem, Alguns substantivos são grafados apenas no plural:
mulher
• alvíssaras;
Uniformes: quando apresentam uma única forma • anais;
para ambos os gêneros. Nesse caso, eles estão divididos • antolhos;
em: • arredores;
Epicenos: usados para animais de ambos os • belas-artes;
sexos (macho e fêmea). • calendas;
• cãs;
• condolências;
Exemplos: Besouro, jacaré, alba- • esponsais;
troz. • exéquias;
• fastos;
Comum de dois gêneros: aqueles que desig- • férias;
nam pessoas. Nesse caso, a distinção é feita por • fezes;
um elemento ladeador (artigo, pronome). • núpcias;
• óculos;
• pêsames; 15
Exemplos: Terrícola, estudante,
dentista, motorista; O plural dos substantivos compostos será tratado no
capítulo sobre Flexão Nominal. Esta é apenas uma in-
Sobrecomuns: apresentam um só gênero gra- trodução.
matical para designar pessoas de ambos os sexos.
indivíduo, vítima, algoz; O Grau do Substantivo
Em algumas situações, a mudança de gênero
altera também o sentido do substantivo: Aumentativo / Diminutivo
Tentemos resumir as principais regras de formação Sintético: quando se adiciona ao substantivo sufixos
do plural nos substantivos. indicadores de grau.
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LÍNGUA PORTUGUESA
as condolências
as costas 3. SINTAXE
as custas
A sintaxe é a parte da Gramática normativa que es-
as damas (jogo)
tuda a função dos termos em um período. Para entender
16 as endoenças (solenidades reli- melhor o que isso quer dizer, é preciso fazer uma distin-
giosas) ção entre frase, oração e período. Vejamos:
as exéquias (pompas, honras, ce-
rimônias fúnebres) Frase: sentença dotada de sentido.
as férias
as fezes
Exemplos: Bom dia!
Até logo!
as finanças
Estudo para o concurso!
as hemorroidas
as núpcias
Exemplo: Língua Portuguesa é o
as olheiras
máximo!
as palmas (aplausos)
as pantalonas
Período: conjunto de orações. O período pode ser:
as primícias (começos, prelúdios, Simples: que possui apenas uma oração (ora-
primeiros frutos) ção absoluta).
as profundas Composto: que possui mais de uma oração.
Misto: que possui mais de um processo de
as trevas
composição de período.
as vísceras
A principal parte do estudo da Sintaxe está em estu-
os afazeres
dar os termos da oração, ou seja, do período simples, pois
os anais tudo se articula a partir dele. Portanto, vamos começar
os antolhos
fazendo uma divisão dos termos da oração.
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CAPÍTULO 01 -
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LÍNGUA PORTUGUESA
Termos Integrantes
Indireto: necessita de preposição.
Os termos integrantes auxiliam na estruturação das
sentenças, preste atenção à relação desses termos para
Exemplo: Crer (em), obedecer (a),
com os termos essenciais da oração.
necessitar (de)
Verbo
Bitransitivo: 2 tipos de complemento: um direto e
Estamos diante do coração de muitas das análises
18 um indireto.
que podem ser feitas em uma sentença: o verbo. Essa
classe de palavras é especial, porque muitas questões
costumam envolver, mesmo que indiretamente, o conhe- Exemplo: Dar, doar, envolver, pa-
cimento a seu respeito. Vejamos a definição: gar.
Verbo é a palavra que exprime:
Ação: correr, jogar, pular.
Estado: ser, estar, parecer. Vozes Verbais
Mudança de estado: ficar, tornar-se.
Fenômeno natural: chover, ventar, nevar. A noção de voz do verbo está relacionada à atitude
que ele exprime. Isso quer dizer que deve ser feita uma
Algo muito importante, no estudo dos verbos, é sua análise semântica da forma verbal, para poder entender
classificação. Por isso, vamos ao trabalho! em que voz ela foi aplicada.
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CAPÍTULO 01 -
Voz passiva: há dois tipos de voz passiva. A VP ana- (FCC) Transpondo-se para a voz passiva o seg-
lítica (maior) e a sintética (menor). mento sublinhado em É possível que os tempos
modernos tenham começado a desfavorecer a so-
01. Analítica: sujeito paciente + locução verbal lução do jeitinho, a forma obtida deverá ser:
+ agente da passiva. Preste atenção para o fato de
o verbo auxiliar “ser” entrar na jogada da locução a. tenha começado a ser desfavorecida.
verbal. b. comecem a desfavorecer.
c. terá começado a ser desfavorecida.
d. comecem a ser desfavorecidos.
Exemplos: Casas são vendidas e. estão começando a se desfavorecer.
pelo corretor.
Aquela casa será comprada por mim. Resposta: A
Uma atividade está sendo feita por
meu aluno. Tempos e Modos verbais
Nessa parte, estudaremos a construção dos tempos e
02. Sintética: verbo + se + sujeito paciente. dos modos verbais nas formas de conjugação. É impor-
Preste atenção à função da palavra “se” = partícu- tante que você fique atento às desinências (formas que
la apassivadora / pronome apassivador. finalizam) os verbos. Facilita enormemente o processo de
aprendizagem.
Vamos relembrar a conjugação de alguns verbos.
Exemplos: Vendem-se casas. Faremos a conjugação da primeira pessoa dos verbos
Comprar-se-á aquela casa. “amar”, “vender” e “partir”, a fim de que seja possível es-
Está-se fazendo uma atividade. tudar algumas particularidades da conjugação.
AFIRMATIVO
(FCC) Transpondo-se para a voz passiva o
2ª do singular e 2ª do plural –s do final da palavra.
segmento sublinhado na frase os partidários de
O resto: Presente do Subjuntivo.
quem subjuga acabam por demonizar a reação do
subjugado, ele deverá assumir a seguinte forma:
NEGATIVO: SEM FRESCURA!
Não + presente do subjuntivo.
a. acabam demonizando.
b. acabam sendo demonizados.
c. acabará sendo demonizada. Exemplo: Verbo falar.
d. acaba por ter sido demonizado.
e. acaba por ser demonizada.
Resposta: E
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LÍNGUA PORTUGUESA
Falo - Fale -
Exemplos: O acesso à água é difí-
Falas Fala tu Fales Não fales tu
cil naquele lugar.
Fala Fale você Fale Não fale você
Josué estava consciente da vitória.
Falamos Falemos nós Falemos Não falemos O professor agiu contrariamente ao es-
nós
perado.
Falais Falai vós Faleis Não faleis vós
Formas Nominais do Verbo Termo ao qual se atribui a ação da voz passiva ana-
lítica (lembre-se da estrutura da voz passiva analítica):
São formas que fazem o verbo parecer algo do grupo O discurso foi proferido pelo orador. (Perceba que é
nominal. Vejamos suas terminações e seus sentidos. o orador que pratica a ação expressa pelo verbo apassi-
vado)
Infinitivo: terminados em –R.
Predicativo do Sujeito
Exemplos: amar, vender, partir. Termo que pertence ao predicado, mas que qualifi-
ca o sujeito. É um tipo de caracterização que se faz do
sujeito.
Gerúndio: terminados em –NDO.
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CAPÍTULO 01 -
Predicativo do Objeto
Aposto
Qualificação do objeto que é atribuída pelo sujeito da
Termo que explica, resume, especifica, enumera ou sentença.
distribui um referente – com o qual estabelece identifi-
cação semântica.
Exemplo: Os alunos chamaram
Explicativo: o professor de idiota. (Perceba que são os
alunos – sujeito – que atribuem essa carac-
Exemplo: José de Alencar, ro- terística ao professor – objeto)
mancista brasileiro, escreveu “Lucíola”.
Questões Gabaritadas
Resumitivo:
(FCC) ... o culto que a aristocracia do seu país
dedicava a tudo o que era francês... O segmento
Exemplo: Jonas perdeu o carro, a que possui a mesma função sintática do grifado
casa, a família, tudo. acima está também grifado em:
Resposta: C
Exemplo: Busco duas coisas na
vida: sucesso e felicidade. (FCC) Donos de uma capacidade de orientação
nas brenhas selvagens [...], sabiam os paulistas
como... O segmento em destaque na frase acima
Distributivo: exerce a mesma função sintática que o elemento
grifado em:
Exemplo: Os alunos chegaram ao
a) Nas expedições breves serviam de balizas ou mos-
local: Márcio, primeiro; Juca, depois.
tradores para a volta.
b) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescenta-
riam aqueles de considerável...
Oracional: Também chamado de Oração Subordina-
c) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível
da Substantiva Apositiva.
o sinal.
d) Uma sequência de tais galhos, em qualquer flores-
Exemplo: Desejo apenas isto: que ta, podia significar uma pista.
você aprenda Língua Portuguesa. e) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-
-nos a vila de São Paulo como centro...
Resposta: D
Vocativo
(FCC) ...a pintura se torna também o registro
Trata-se de uma interpelação que indica o interlocu-
da mudança cromática da paisagem com o passar
tor, ou seja, indica com quem se fala.
das horas. O elemento em destaque acima possui
a mesma função sintática que o grifado em:
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LÍNGUA PORTUGUESA
Antecedentes
Exemplos: Cama, chefe, bolo,
Prosódia: distribuição da sílaba tônica na pronúncia imagem.
da palavra.
Encontros vocálicos
04. Monossílabos tônicos: são acentuados
Hiato: separação do encontro vocálico. os terminados em:
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CAPÍTULO 01 -
Exemplos:
Dica Focus: se a palavra tiver Pôr/ Por
essas letras duplicas; mas for proparoxí- Pôde/ Pode
tona, o acento ainda vai ocorrer. É o caso Fôrma/ Forma
de “friíssimo”.
11. Outros desaparecem em função do
Novo Acordo Ortográfico:
06. Ditongos abertos: eu, ei, oi. Preste aten-
ção, porque essa regra mudou eu função do Novo
Pelo: antigamente havia a forma “pêlo”.
Acordo Ortográfico. Agora, são acentuados os di-
Pera: antigamente havia a forma “pêra”.
tongos abertos quando forem:
Polo: antigamente havia a forma “pólo”.
Para: antigamente havia a forma “pára”.
Oxítonos: chapéu, tonéis, lençóis.
Monossilábicos: céu, rói, réis.
Alterações do Novo Acordo Ortográfico
07. Formas verbais com hífen: deve-se
pensar em cada parte da palavra separadamente, Não são acentuados ditongos abertos paroxítonos:
como se possuísse um padrão tonal para cada pe-
daço (antes e depois do hífen):
Exemplos: Ideia, jiboia, boia, as- 23
sembleia.
Exemplos:
Convencê-lo. OO / EE paroxítonos não recebem mais acento:
Dizer-lhe.
Aplicá-la-íamos. Exemplos: Voo, enjoo, veem,
leem.
08. Verbos “TER” e “VIR”: quando empre- Trema: não é mais empregado em palavras da Lín-
gados na 3ª pessoa do singular (Presente do In- gua Portuguesa.
dicativo), não recebem acento. Quando na 3ª do
plural (Presente do Indicativo), recebem o acento
circunflexo. Exemplos: Tranquilo, equidade,
sanguíneo.
Exemplos: Ele tem, ele vem.
Eles têm, eles vêm.
Questões Gabaritadas
(CESPE) O emprego de acento gráfico em
09. Derivados de “TER” e “VIR” emprega-
“água”, “distância” e “primário” justifica-se pela
dos na 3ª pessoa do singular: devem ser gra-
mesma regra de acentuação.
fados com acento agudo.
( ) Certo ( ) Errado
Exemplo: Ele mantém / Ele con-
vém. Resposta: certo.
Empregados na 3ª pessoa do plural: devem ser (IESES) O acento diferencial é usado para dife-
grafados com acento circunflexo. renciar palavras homógrafas. Esse tipo de acento
ocorre em qual das alternativas? Assinale-a.
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CAPÍTULO 01 -
Sujeito construído com substantivo plural: duas pos- Amanhã serão 25 de março.
sibilidades.
a. Sem artigo ou com artigo no singular: verbo Vamos praticar algumas das regras aprendidas.
no singular.
Questões Gabaritadas
Exemplos:
(FCC) O verbo indicado entre parênteses deve-
Minas Gerais exporta cultura.
rá flexionar-se de modo a concordar com o termo
O Amazonas é vasto. sublinhado na frase:
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Além de saber quais são esses termos, é conveniente A palavra “meio”: depende da classificação.
também lembrar quais são as palavras por natureza in- Advérbio: Aquela menina parece meio abatida.
variáveis (que não flexionam) da língua. Numeral: Nhonho comeu meia melancia.
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CAPÍTULO 01 -
a. És tu quem deve ficar com o livro de contos. b. Os pronomes “aquele”, “aquela” ou “aquilo”.
b. Os jurados acreditavam que nem um, nem
outro estava com a razão. Exemplo: Referimo-nos àquele
c. Espera-se que 90% dos candidatos ao cargo
assunto mencionado.
de diretor compareça à reunião.
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CAPÍTULO 01 -
Resposta: errado.
Exemplo: Enviamos a correspon-
dência a Dona Nádia. (IESES) Em qual das alternativas o sinal de
crase é facultativo?
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d. Fiz menção à teoria citada por você. Apossínclise: intercalação de palavras entre prono-
me e verbo.
Resposta: A
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CAPÍTULO 01 -
Regras de mesóclise: essas regras são as mais fra- Exemplo: O lenhador saiu pela
cas. floresta a procurá-la apressadamente.
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Resposta: errado.
Exemplos:
(CESPE) O pronome átono ‘se’, em ‘não se tra- Substantivo: não havia acesso aos do-
ta’, poderia, opcionalmente, ocorrer após o verbo, cumentos naquele estabelecimento.
escrevendo-se não trata-se, sem comprometer a
Adjetivo: Maria tem orgulho de seus
fidelidade do texto à norma da língua na modali-
dade escrita formal. filhos.
( ) Certo ( ) Errado Advérbio: O candidato mora longe de
sua cidade natal.
Resposta: errado.
(FUNCAB) Assinale a opção em que o pronome Na realidade, o estudo da regência leva tempo e de-
oblíquo foi corretamente colocado. pende muito da leitura. Ocorre que, em grande parte das
questões, há verbos que são mais incidentes. Esses com-
a. Ninguém avisou-me sobre isso. põem os “casos fundamentais de estudo”. Isso é o que
b. Quem contou-te o que aconteceu? faremos a partir de então.
c. A pessoa que ajudou-me era muito simpá-
tica.
d. Quando nos viu, deu uma freada e parou. Principais Casos de Regência Verbal:
e. Não aproxime-se do alambrado.
Agradar:
Resposta: D VTD: acariciar.
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CAPÍTULO 01 -
Exemplos:
Eu chamei seu nome. VTDI: envolver.
Eu chamei por seu nome.
Eu chamei o concorrente de derrotado. Exemplo: Implicamos muito di-
Eu lhe chamei derrotado. nheiro na negociação.
Corroborar: é um VTD. Respire fundo! Não desanime! Siga para alguns exer-
cícios!
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pateiros e aos trabalhadores dizer que eles não aos meus devedores.
ajudam os outros.
d. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a
pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Preferir: verbo bitransitivo. (Não é possível reforçar
esse verbo)
Resposta: D
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CAPÍTULO 01 -
Resposta: C Exemplos:
Temeroso, Amadeu não ficou no salão.
(VUNESP) Considerando o emprego do prono-
Na semana anterior, ele foi convocado
me relativo e a regência verbal, assinale a alter-
nativa cuja frase está correta, segundo a norma- a depor.
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Exemplo: isto é, ou seja, por 03. Conectivo “e” com o valor semântico de
exemplo, além disso, pois, porém, mas, no “mas”:
entanto, assim, etc.
Exemplo: Os alunos não estuda-
f. separar os nomes dos locais de datas: ram, e passaram na prova.
Exemplo: O Brasil, que busca Agora é hora de praticar o que você aprendeu! Va-
uma equidade social, ainda sofre com a mos lá!
desigualdade social.
Questões Gabaritadas
j. separar algumas orações coordenadas A primeira concebe a missão institucional das polí-
cias em termos bélicos, atribuindo-lhes o papel de com-
bater os criminosos, que são convertidos em inimigos in-
Exemplo: Júlio usou suas estraté- ternos. A política de segurança é, então, formulada como
gias, mas não venceu o desafio. estratégia de guerra, e, na guerra, medidas excepcionais
se justificam. Instaura-se, adotando-se essa concepção,
uma política de segurança de emergência e um direito
Vírgula + E penal do inimigo.
(CESPE) O emprego da vírgula logo após “cri-
Existem muitos mitos sobre o emprego da vírgula minosos” justifica-se por isolar oração de caráter
com o conectivo “e”. É preciso saber que há casos em explicativo.
que a vírgula será bem empregada. Como os posteriores: ( ) Certo ( ) Errado
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CAPÍTULO 01 -
a. Ao sair do escritório, com o negócio fechado, Exemplo: Queria ter o marido no-
dona Irene... (2.º parágrafo) vamente; mudar não queria, porém.
b. ... até orgulhosa de haver cumprido a mis-
são, na cidade. (2.º parágrafo)
c. O marido, na cama, foi despertado pelo pu- c. separar partes do texto que se equilibram
xão nervoso... (7.º parágrafo) em importância:
d. Mas você não levou relógio nenhum, filha. 37
(11.º parágrafo)
Exemplo: O Capitalismo é a ex-
e. Sujeito assustado, aquele ladrão! (12.º pará-
grafo) ploração do homem pelo homem; o Socia-
lismo é exatamente o contrário.
Resposta: D
Após estudar a vírgula, já é possível passar ao estudo Dois-Pontos – Indicam Algum Tipo de
dos demais sinais principalmente cobrados nas provas
de concurso. Apresentação
São usados quando:
a. Discurso direto (ou em citações):
Ponto Final – Pausa Total.
a. É usado ao final de frases para indicar uma Exemplos:
pausa total: Senhor Barriga exclamou:
Tinha que ser o Chaves!
Exemplo: Vou desligar o telefone.
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Parênteses
Aspas – Indicativo de Destaque.
São usados quando se quer explicar melhor algo que
São usadas para indicar: foi dito ou para fazer simples indicações.
a. Citação literal:
Exemplo: Não posso mais fazer a
inscrição (o prazo expirou).
Exemplo: “A mente do homem
é como uma távola rasa” – disse o filóso-
fo. Travessão
01. Indica a fala de um personagem no discur-
b. expressões estrangeiras, neologismos, gí- so direto.
rias:
Exemplo:
Exemplo: Cíntia disse:
“Peace” foi o que escreveram na faixa. - Amigo, preciso pedir-lhe algo.
Ficava “desmorrendo” com aquela fei-
tiçaria.
02. Isola um comentário no texto (sentença in-
“Estou sentido uma treta”.
terferente).
38
c. Indicar o sentido não usual de um termo. Exemplo: Aquela pessoa – eu já
havia falado isso – acabou de mostrar que
Exemplo: Energia “limpa” custa tem péssimo caráter.
caro.
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CAPÍTULO 01 -
moderna é cada vez mais tarefa de empresas e órgãos tho que significa “correto” e graphos que significa “es-
privados. Dessa diferença derivam dois estilos de ação crita”.
culturala). Enquanto os governos pensam sua política O Alfabeto atualmente possui 26 letras (inclusão de
em termos de proteção e preservação do patrimônio K, W e Y)
histórico, as iniciativas inovadoras ficam nas mãos da Exemplos do emprego dessas letras:
sociedade civil, especialmente daqueles que dispõem de Em abreviaturas e em símbolos de uso internacional:
poder econômico para financiar arriscando. Uns e ou- Kg – quilograma / w – watt
tros buscam na arte dois tipos de ganho simbólicob): os Em palavras estrangeiras de uso internacional, no-
Estados, legitimidade e consenso ao aparecer como re- mes próprios estrangeiros e seus derivados: Kremlin,
presentantes da história nacionalc); as empresas, obter Kepler, Darwin, Byron, byroniano.
lucro e construird)através da cultura de pontae), renova-
dora, uma imagem “não interessada” de sua expansão Emprego de “E” e “I”
econômica.
(Nestor Garcia Canclini, Culturas Híbridas, p. 33, com adaptações)
Emprega-se a letra “e” em:
(ESAF) Assinale a alteração na pontuação que 01. Palavras formadas com o prefixo ante-
provoca incoerência textual ou erro gramatical (que significa antes, anterior):
no texto.
Exemplo: Antebraço, antevéspe-
a. A substituição do ponto final depois de “cul-
ra, antecipar, antediluviano etc.
tural” por dois-pontos.
b. A substituição dos dois-pontos depois de
“simbólico” pelo sinal de ponto-e-vírgula.
c. A substituição do sinal de ponto-e-vírgula 02. A sílaba final de formas conjugadas dos
depois de “nacional” pela conjunção e. verbos terminados em –OAR e –UAR (quando es-
d. A inserção de uma vírgula depois de “cons- tiverem no subjuntivo):
truir”.
e. A retirada da vírgula depois de “ponta”. Exemplos:
Garoe (Garoar)
Resposta: E
Continue (continuar)
39
Num país territorialmente gigante, em que a censu- Pontue (pontuar)
ra restringe o acesso à rede para milhões de usuários,
a Internet tende a se tornar a ferramenta de maior in-
tegração nacional ao aproximar moradores urbanos e 03. Algumas palavras, por sua origem:
rurais, que falam dialetos variados, mas que têm apenas
um tipo de escrita. A China ganha 100 novos internautas
Exemplos: arrepiar, cadeado,
por minuto. É o segundo país com mais usuários online
no mundo - cerca de 162 milhões -, atrás apenas dos creolina, desperdiçar, desperdício, destilar,
Estados Unidos da América (EUA), onde há quase 200 disenteria, empecilho, indígena, irrequieto,
milhões. mexerico, mimeógrafo, orquídea, quase,
Jornal do Brasil, 22/7/2007, p. A25 (com adaptações).
sequer, seringa, umedecer etc.
(CESPE) Preservam-se a correção gramatical e
a coerência textual ao se retirarem os sinais de
travessão, inserindo-se uma vírgula logo após Empregaremos o “I”
“mundo”.
( ) Certo ( ) Errado
01. Palavras formadas com o prefixo anti- (que
Resposta: certo. significa contra):
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CAPÍTULO 01 -
Teresa – Teresinha
Exemplos: Adolescente, adoles- Lápis – lapisinho
cência, consciente, crescer, descer, fasci-
nar, fescenino. 07. A correlação d – s
Exemplos:
Grafia da Letra “S” com Som de “Z”
Aludir – alusão, alusivo
Escreveremos com “s”: Decidir – decisão, decisivo
Defender – defesa, defensivo
01. Terminações –ês, -esa, -isa, que indicam
nacionalidade, título ou origem.
08. Verbos derivados de palavras cujo radical
Exemplos: termina em s
Japonês, japonesa
Marquês, marquesa Exemplos:
Camponês, camponesa Análise – analisar
Presa – apresar
Êxtase – extasiar
02. Após ditongos.
Português – aportuguesar
Exemplos:
Eu pus, nós pusemos, pusésseis etc. 10. Os nomes próprios
Eu quis, nós quisemos, quisésseis etc.
Exemplos: Baltasar, Heloísa, Isa-
bel, Isaura, Luísa, Sousa, Teresa.
04. As terminações –oso e –osa, que indicam
qualidade.
11. As palavras: análise, cortesia, hesitar, re-
Exemplos: Gostoso, garboso, fer- ses, vaselina, avisar, defesa, obséquio, revés, vigé-
simo, besouro, fusível, pesquisa, tesoura, colisão,
vorosa, talentosa heresia, querosene, vasilha.
O s tem som de /z/ quando aparece entre duas vo- (Instituto AOCP)Assinale a alternativa cuja
gais. grafa da palavra esteja adequada.
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CAPÍTULO 01 -
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Isso me remete a uma inesquecível experiência in- — o amor faz a magia de ligar coisas se-
fantil. Eu estava no primeiro ano do grupo A professo- paradas, até mesmo contraditórias. Pois a
ra era a dona Clotilde. Ela fazia o seguinte: sentava-se
gente não guarda e agrada uma coisa que
numa cadeira bem no meio da sala, num lugar onde to-
dos a viam — acho que fazia de propósito, por maldade pertenceu à pessoa amada? Mas a “coisa”
—, desabotoava a blusa até o estômago, enfiava a mão não é a pessoa amada! “É sim!”, dizem po-
dentro dela e puxava para fora um seiolindo, liso, branco, esia, psicanálise e magia: a “coisa” ficou
aquele mamilo atrevido... E nós, meninos, de boca aber-
contagiada com a aura da pessoa amada.
ta... Mas isso durava não mais que cinco segundos, por-
que ela logo pegava o nenezinho e o punha para mamar. Notícia de Jornal (Fernando Sabino)
E lá ficávamos nós, sentindo coisas estranhas que não Leio no jornal a notícia de que um ho-
entendíamos: o corpo sabe coisas que a cabeça não sabe. mem morreu de fome. Um homem de cor
Terminada a aula, os meninos faziam fila junto à dona
branca, 30 anos presumíveis, pobremente
Clotilde, pedindo para carregar sua pasta. Quem recebia
a pasta era um felizardo, invejado. Como diz o velho di- vestido, morreu de fome, sem socorros,
tado, “quem não tem seio carrega pasta”... Mas tem mais: em pleno centro da cidade, permanecendo
o pai da dona Clotilde era dono de um botequim onde deitado na calçada durante 72 horas, para
se vendia um doce chamado “mata-fome”, de que nunca
finalmente morrer de fome.
gostei. Mas eu comprava um mata-fome e ia para casa
comendo o mata-fome bem devagarzinho... Poeticamen- Morreu de fome. Depois de insistentes
te, trata-se de uma metonímia: o “mata-fome” era o seio pedidos e comentários, uma ambulância
da dona Clotilde... do Pronto Socorro e uma radiopatrulha fo-
Ridendo dicere severum: rindo, dizer as coisas sé-
ram ao local, mas regressaram sem pres-
rias... Pois rindo estou dizendo que frequentemente se
aprende uma coisa de que não se gosta por se gostar da tar auxílio ao homem, que acabou morren-
pessoa que a ensina. E isso porque — lição da psicanálise do de fome.
e da poesia — o amor faz a magia de ligar coisas separa-
das, até mesmo contraditórias.Pois a gente não guarda e
agrada uma coisa que pertenceu à pessoa amada? Mas a (IBFC) No primeiro parágrafo da crônica, há
“coisa” não é a pessoa amada! “É sim!”, dizem poesia, psi- uma espécie de resumo do fato narrado, que de-
44 canálise e magia: a “coisa” ficou contagiada com a aura pois, ao longo dos demais, será ampliado, com a
da pessoa amada. revelação de circunstâncias mais específicas so-
[...] bre a morte do homem. Sendo assim, em linhas
A dona Clotilde nos dá a lição de pedagogia: quem gerais, podemos inferir que, entre o primeiro pa-
deseja o seio, mas não pode prová-lo, realiza o seu amor rágrafo do texto e os demais, há uma relação que
poeticamente, por metonímia: carrega a pasta e come poderia ser sintetizada como:
“mata-fome”...
a. Hipótese – Confirmação
ALVES, R. O desejo de ensinar e a arte de aprender. SãoPaulo: Fundação Educar,
2007. p. 30.
b. Fato – Causa
c. Condição – Fato
(CESGRANRIO) Por meio da leitura integral do d. Síntese – Conclusão
texto, é possível inferir que o gosto pelo conheci- e. Consequência – Conclusão
mento
Resposta: B
a. é inerente a todos os indivíduos.
b. se constitui num processo de afetividade.
c. tem o desinteresse por consequência. A disseminação do vírus H1N1, causador da gripe
d. se vincula ao desejo efêmero de ensinar. denominada Influenza A, ocorre, principalmente, por
e. se forma a partir da autonomia do sujeito. meio das gotículas expelidas na tosse e nos espirros, do
contato com as 4 mãos e os objetos manipulados pelos
Resposta: B doentes e do contato com material gastrointestinal. O pe-
ríodo de incubação vai de dois a sete dias, mas a maioria
dos pacientes pode espalhar o vírus 7 desde o primeiro
Explicação: Ridendo dicere se- dia de contaminação, antes mesmo do surgimento dos
verum: rindo, dizer as coisas sérias... Pois sintomas, e até aproximadamente sete dias após seu de-
saparecimento. Adverte-se, pois, que as precauções com
rindo estou dizendo que frequentemente se
10 secreções respiratórias são de importância decisiva,
aprende uma coisa de que não se gosta por motivo pelo qual são recomendados cuidados especiais
se gostar da pessoa que a ensina. E isso com a higiene e o isolamento domiciliar ou hospitalar,
porque — lição da psicanálise e da poesia segundo a gravidade 13 de cada caso.
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CAPÍTULO 01 -
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a. metonímia. Substituição
b. eufemismo
c. hipérbole. Quando ocorrer uma substituição de palavras na
d. metáfora. questão proposta pela banca, é conveniente buscar o
e. catacrese. sentido do termo que foi empregado na nova redação
da sentença. Usualmente, a banca tenta empregar algum
Resposta: D tipo de sinônimo na sentença, entretanto nem todas as
palavras possuirão o mesmo sentido. Haverá situações
Em relação às figuras de linguagem, assinale a em que você deverá perceber a diferença semântica na
alternativa que apresenta uma metonímia. frase por meio da substituição de palavras. Vamos virtu-
alizar um exemplo:
a. Ouço Mozart desde criança.
b. Ele esperou muito tempo por seu doce abra-
ço. Exemplo: Quando o país começar
c. Sua boca é um túmulo. a ser menos amigável com certas medidas
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CAPÍTULO 01 -
Reescrita: Exemplos:
No momento em que o país começar a Soube-se que alguma situação pode ter
ser menos amistoso com certas medidas apresentado problema.
de proteção, o mercado tenderá a reagir Soube-se que situação alguma pode ter
de forma mais positiva para a economia. apresentado problema.
Forma errada:
Realizamos o deslocamento da locução adverbial de
tempo. Desse modo, houve mudança de sentido na sen- Naquela reunião, faziam referência ao homem, mu-
tença. No primeiro caso, a declaração foi dada na se- lher, casa, carro, prédio e rua.
mana passada. No segundo, os esforços seriam feitos na
semana passada.
Explicação: veja que todos os
Deslocando um Adjetivo elementos que compõem o complemento
da palavra “referência” estão subordina-
dos por meio da preposição “a”, o mais ló-
Exemplos: gico é que houvesse a preposição somada
Trouxeram uma nova pessoa para tra- ao artigo em todos os elementos, uma vez
balhar no setor. que há um artigo antes de primeiro núcleo.
Trouxeram uma pessoa nova para tra-
balhar no setor.
Forma correta 1:
Na frase original, a primeira sentença possui o sen- Naquela reunião, faziam referência ao homem, à mu-
tido de uma pessoa que ainda não havia estado ali (nova lher, à casa, ao carro, ao prédio e à rua.
no sentido de novidade). Na alteração proposta, o adje-
tivo passa a qualificar a pessoa no sentido de juventude, Explicação: aqui foram empre-
ou seja, não se tratava de uma pessoa idosa, mas sim de
gados os artigos e as preposições em todos
uma pessoa jovem.
os núcleos o complemento, ou seja, a estru-
tura está “paralelística”.
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Questões Gabaritadas
Paralelismo Semântico
Questão 1: FGV - AD II (FBN)/FBN/2013
O paralelismo semântico consiste na coordenação
das ideias de uma estrutura, ou seja, na manutenção da Os que podem ver mais alto
coerência da sentença. Veja alguns exemplos:
Escrevi, há dias, sobre crítica, arte, cultura.
Exemplos: Dizia, em meio a outras coisas, que sem crítica não se
pode desenvolver um gosto, pois que ele é uma constru-
Pedro gosta de Gramática e de Mate-
ção. Em outras palavras: ausente o espírito crítico, passa
mática. (Estrutura com ideias paralelas). a valer tudo – inclusive as empulhações do nosso tempo,
Pedro gosta de Gramática e de lavar a como a promoção da subliteratura, o horror musical, a
calçada. (Estrutura assimétrica). infâmia generalizada na área das artes plásticas etc. E,
dias depois, li um livro – “A literatura e os deuses” – que
me iluminou particularmente sobre essas questões.
Deve-se analisar a intenção de quem escrever a fim A falta de crítica (portanto, de uma educação bem
de verificar se a quebra de paralelismo não é proposital. fundamentada) impede, entre outras coisas, uma clara
visão da cultura e da arte. Ficamos meio cegos, incapa-
zes de perceber seja o que for acima da mediocridade.
Variação Linguística E aqui entra o livro a que me referi, abordando episódio
48
contado por Apolônio de Rodes sobre os argonautas.
A noção de variação linguística está relacionada às
Então eles, os heróis, chegaram a uma ilha deserta
transformações que a língua pode sofrer em relação ao
chamada Tinis, ao alvorecer. Estenderam-se na praia
tempo, ao lugar em que se manifesta, ao gênero, à idade
para descansar – e eis que surge o deus Apolo: “Áureos
dos falantes, enfim, a diversos fatores condicionantes de
cachos flutuavam, enquanto avançava; na mão esquerda
mudança.
segurava um arco de prata, às costas levava uma aljava;
Considera-se uma forma de variação aquilo que se
e, sob os seus pés, toda a ilha fremia, e as ondas se agi-
afasta do estilo chamado de “padrão”, ou seja, a forma
gantavam na praia.” Quando o deus se vai, voando sobre
aceita como correta e privilegiada da Língua. É possí-
o oceano, os heróis, por sugestão de Orfeu, consagram-
vel falar na distinção entre registro formal (que atende
-lhe a ilha e oferece-lhe um sacrifício.
ao padrão) e registro coloquial (menos preso às regras
Comenta o autor do livro: “Todos têm a mesma visão,
gramaticais).
todos sentem idêntico terror, todos colaboram na cons-
Usualmente, no universo dos concursos públicos, o
trução do santuário. Mas o que ocorre se não existem
assunto de variação não é cobrado muito aprofundada-
argonautas, se não existem mais testemunhas de tal ex-
mente, isso quer dizer que é necessário apenas perceber
periência?”
se há algum “desvio” em relação ao padrão na sentença
Os heróis puderam ver Apolo porque tinham seus es-
apresentada. Observe os exemplos:
píritos preparados para o que está além do terrestre e
imediato. Apolo é o patrono das artes, o deus da inspira-
Exemplos: ção, entre outras coisas. Em terra de gente que lê sem ler,
O documento foi enviado para a autori- que ouve sem ouvir, que vê sem ver, ele costuma perma-
necer invisível. Como no Brasil, cujos gestores e políticos
dade mencionada. promovem apenas o entretenimento vazio, relegando ao
O documento foi enviado pra pessoa ostracismo a Educação e as Artes – temerosos de que o
responsável. eleitor venha a ser um dia capaz de olhares altos e lúci-
dos como os dos argonautas...
(Ruy Espinheira Filho. Adaptado)
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CAPÍTULO 01 -
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LÍNGUA PORTUGUESA
Campo Semântico
Hiperonímia e Hiponímia
Chamamos de campo semântico o conjunto de pala-
vras relacionadas a um conceito, ou seja, a outras pala- Ao avaliarmos a relação de sinonímia entre as pa-
vras. Na verdade, todo sistema linguístico consiste em lavras, podemos perceber que há “graus de sinonímia”
uma rede de campos semânticos entrelaçados. Vejamos presentes entre as palavras. A depender dessa relação,
um exemplo: há uma nomenclatura específica que pode ser emprega-
Se considerarmos a palavra escola, podemos estabe- da nas análises.
lecer um campo semântico dessa palavra. Palavras como Chamamos de hiperônimo o elemento cuja signi-
quadro, giz, professor, aula, aluno, diretor, mesas, ficação se mostrar maior, ou seja, mais ampla do que a
cadeiras, quadro, matérias, dentre várias outras fa- de seu sinônimo. Veja a relação entre os termos cão e
zem parte desse campo semântico, ou seja, são compo- animal. Evidentemente todo cão é um animal, mas o seu
nentes desse quadro conceitual. contrário não é verdadeiro. Desse modo, compreende-se
Agora, tome como exemplo o termo bola. Não que a palavra animal é um hiperônimo da palavra cão,
posso dizer que faça parte do campo semântico da pala- pois – apesar de poder ser considerada como um sinôni-
vra em questão os termos parafuso, xícara, relógio, mo – trata-se de termo com significação mais ampla, ou
apostila. Isso quer dizer que pode existir uma relação seja, um hiperônimo.
conceitual entre os elementos componentes de um cam- Logo, a relação fundamental adotada para identificar
po semântico. Agora, isso não significa que um campo um hiperônimo é a mesma que se emprega para iden-
não possa ser construído, ou seja, que ele não possa ser tificar um hipônimo, pois o termo de significação mais
estabelecido por força de um contexto. Se o indivíduo restrita é o que vamos entender como tal. Automatica-
50
criar um contexto que relacione todas aquelas palavras mente, quando se encontra um hiperônimo, encontra-se
mencionadas, evidentemente elas farão parte de um – também – um hipônimo. No exemplo em questão, a
mesmo campo semântico, do contrário, não farão. palavra cão é um hipônimo da palavra animal. Outra li-
ção que se retira disso é que a divisão de hiperonímia e
Sinonímia e Antonímia hiponímia repousa em cada análise separadamente. Isso
quer dizer que não é possível dizer que todas as palavras
Quando se estuda a significação das palavras, é ne- terão uma classificação independentemente da relação
cessário relembrar os conceitos de sinonímia e de an- entre os elementos.
tonímia. Sinônimo é todo termo de significado seme-
lhante (não necessariamente igual) ao de outra palavra. Homonímia e Paronímia
Vejamos:
Vez ou outra, estamos escrevendo ou falando algu-
ma palavra e, repentinamente, surgem algumas dúvidas.
Exemplos:
Isso ocorre talvez pela semelhança ou mesmo pela igual-
Meu aluno é dedicado. dade de pronúncia ou de grafia entre esses termos. Cha-
Meu aluno é esforçado. mamos esses casos de homonímia ou paronímia.
A homonímia é o nome que se dá para os casos em
que palavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia
Posso considerar, por força desses exemplos, que as (os homônimos homógrafos) ou a mesma pronúncia (os
palavras “dedicado” e “esforçado” são termos sinônimos, homônimos homófonos).
ou seja, de significação aproximada. Os homógrafos podem coincidir ou não na pronúncia,
Um antônimo, pelo contrário, é um termo cuja signi- como nos exemplos: banco (assento) e banco (instituição),
ficação se mostra como o oposto de outra palavra. Con- manga (fruta) e manga (de camisa), em que temos pro-
sidere o exemplo: núncia idêntica; e molho (coletivo de chaves “molho”) e
molho (líquido em que se servem iguarias).
Já os parônimos estão relacionados à semelhança en-
Exemplos:
tre algumas palavras, tal que, usualmente, gera dificul-
A manhã estava tranquila. dade de grafia ou compreensão. Um exemplo disso são
A manhã estava agitada. os pares descrição (‘ato de descrever’) e discrição (‘qua-
lidade do que é discreto’), retificar (‘corrigir’) e ratificar
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CAPÍTULO 01 -
(confirmar).
Veja a lista que se segue, a fim de ampliar seu voca- Exemplo: Isso foi feito há cerca
bulário e dirimir possíveis dúvidas. de dez anos.
Exemplo: O prédio fica a cerca de Alheatório: que alheia, alienante, que desvia ou
dez metros daqui. perturba.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Amoral: desprovido de moral, sem senso de moral. A par: informado, ao corrente, ciente.
Imoral: contrário à moral, aos bons costumes, devas- Ao par: de acordo com a convenção legal.
so, indecente.
Fez a troca de mil dólares ao par.
Exemplo: Aquela cena que vi era
muito imoral. Aparte: interrupção, comentário à margem.
52
Exemplos: Antiético, antiaéreo. Apressar: dar pressa a, acelerar.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Sessão: espaço de tempo que dura uma reunião, um Exemplo: Após a jogada, o rei fi-
congresso; reunião; espaço de tempo durante o qual se cou em xeque.
realiza uma tarefa.
54
Exemplo: Amanhã não haverá Doravante, segue a lista extraída do Manual de Reda-
ção da Presidência da República sobre o emprego desses
sessão legislativa. elementos.
Exemplo: Ele possui esse mau há- Concerto: acerto, combinação, composição, harmo-
bito de falar besteira. nização (cp. concertar): O concerto das nações... O con-
certo de Guarnieri...
Conserto: reparo, remendo, restauração (cp. conser-
Mal: advérbio. O antônimo de “bem”. tar): Certos problemas crônicos aparentemente não têm
conserto.
Exemplo: Ele não fala muito bem Conje(c)tura: suspeita, hipótese, opinião.
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CAPÍTULO 01 -
Degradar: deteriorar, desgastar, diminuir, rebaixar. Emigrar: deixar o país para residir em outro.
Degredar: impor pena de degredo, desterrar, banir. Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele viver.
Delatar (delação): denunciar, revelar crime ou de- Eminente (eminência): alto, elevado, sublime.
lito, acusar: Os traficantes foram delatados por membro Iminente (iminência): que está prestes a aconte-
de quadrilha rival. cer, pendente, próximo.
Dilatar (dilação): alargar, estender; adiar, diferir: A
dilação do prazo de entrega das declarações depende de Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar. 55
decisão do Diretor da Receita Federal. Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir.
Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular. Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça.
Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar. Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se.
Dessecar: secar bem, enxugar, tornar seco. Estada: ato de estar, permanência: Nossa estada em
Dissecar: analisar minuciosamente, dividir anato- São Paulo foi muito agradável.
micamente. Estadia: prazo para carga e descarga de navio an-
corado em porto: O “Rio de Janeiro” foi autorizado a uma
Destratar: insultar, maltratar com palavras. estadia de três dias.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Flagrante: ardente, acalorado; diz-se do ato que a Liberação: ato de liberar, quitação de dívida ou
pessoa é surpreendida a praticar (flagrante delito). obrigação.
Fragrante: que tem fragrância ou perfume; cheiro- Libertação: ato de libertar ou libertar-se.
so.
Lista: relação, catálogo; var. pop. de listra.
Florescente: que floresce, próspero, viçoso. Listra: risca de cor diferente num tecido (var. pop.
Fluorescente: que tem a propriedade da fluores- de lista).
cência.
Locador: que dá de aluguel, senhorio, arrendador.
Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, reves- Locatário: alugador, inquilino: O locador reajustou o
tir lâminas. aluguel sem a concordância do locatário.
Folhear: percorrer as folhas de um livro, compulsar,
consultar. Lustre: brilho, glória, fama; abajur.
Lustro: quinquênio; polimento.
Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, variá-
vel. Magistrado: juiz, desembargador, ministro.
Inserto: introduzido, incluído, inserido. Magistral: relativo a mestre (latim: magister); per-
feito, completo; exemplar.
Incipiente: iniciante, principiante.
Insipiente: ignorante, insensato. Mandado: garantia constitucional para proteger di-
reito individual líquido e certo; ato de mandar; ordem es-
Incontinente: imoderado, que não se contém, des- crita expedida por autoridade judicial ou administrativa:
56 controlado. um mandado de segurança, mandado de prisão.
Incontinenti: imediatamente, sem demora, logo, Mandato: autorização que alguém confere a outrem
sem interrupção. para praticar atos em seu nome; procuração; delegação:
o mandato de um deputado, senador, do Presidente.
Induzir: causar, sugerir, aconselhar, levar a: O réu
declarou que havia sido induzido a cometer o delito. Mandante: que manda; aquele que outorga um
Aduzir: expor, apresentar: A defesa, então, aduziu mandato.
novas provas. Mandatário: aquele que recebe um mandato, exe-
cutor de mandato, representante, procurador.
Inflação: ato ou efeito de inflar; emissão exagerada Mandatório: obrigatório.
de moeda, aumento persistente de preços.
Infração: ato ou efeito de infringir ou violar uma Obcecação: ato ou efeito de obcecar, teimosia, ce-
norma. gueira.
Obsessão: impertinência, perseguição, ideia fixa.
Infligir: cominar, aplicar (pena, castigo, repreensão,
derrota): O juiz infligiu pesada pena ao réu. Ordinal: numeral que indica ordem ou série (pri-
Infringir: transgredir, violar, desrespeitar (lei, regu- meiro, segundo, milésimo, etc.).
lamento, etc.) (cp. infração): A condenação decorreu de Ordinário: comum, frequente, trivial, vulgar.
ter ele infringido um sem número de artigos do Código
Penal. Original: com caráter próprio; inicial, primordial.
Originário: que provém de, oriundo; inicial, primi-
Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar. tivo.
Inquirir: procurar informações sobre, indagar, in-
vestigar, interrogar. Paço: palácio real ou imperial; a corte.
Passo: ato de avançar ou recuar um pé para andar;
Intercessão: ato de interceder. caminho, etapa.
Interse(c)ção: ação de se(c)cionar, cortar; ponto em
que se encontram duas linhas ou superfícies. Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discussão:
O pleito por mais escolas na região foi muito bem for-
Inter- (prefixo): entre; preposição latina usada mulado.
em locuções: inter alia (entre outros), inter pares (entre Preito: sujeição, respeito, homenagem: Os alunos
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CAPÍTULO 01 -
Preeminente: que ocupa lugar elevado, nobre, dis- Sedento: que tem sede; sequioso (var. p. us.: seden-
tinto. te).
Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do Cedente: que cede, que dá.
que o circunda.
Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir.
Preposição: ato de prepor, preferência; palavra in- Subscritar: assinar, subscrever.
variável que liga constituintes da frase.
Proposição: ato de propor, proposta; máxima, sen- Sortir: variar, combinar, misturar.
tença; afirmativa, asserção. Surtir: causar, originar, produzir (efeito).
Presar: capturar, agarrar, apresar. Subentender: perceber o que não estava claramen-
Prezar: respeitar, estimar muito, acatar. te exposto; supor.
Subintender: exercer função de subintendente, di-
Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explícito, rigir.
determinar; ficar sem efeito, anular-se: O prazo para en- Subtender: estender por baixo.
trada do processo prescreveu há dois meses.
Proscrever: abolir, extinguir, proibir, terminar; Sustar: interromper, suspender; parar, interromper- 57
desterrar. O uso de várias substâncias psicotrópicas foi -se (sustar-se).
proscrito por recente portaria do Ministro. Suster: sustentar, manter; fazer parar, deter.
Prever: ver antecipadamente, profetizar; calcular: A Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha.
assessoria previu acertadamente o desfecho do caso. Taxa: espécie de tributo, tarifa.
Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para
cargo: O chefe do departamento de pessoal proveu os Tachar: censurar, qualificar, acoimar: tachar alguém
cargos vacantes. (tachá-lo) de subversivo.
Provir: originar-se, proceder; resultar: A dúvida pro- Taxar: fixar a taxa de; regular, regrar: taxar merca-
vém (Os erros provêm) da falta de leitura. dorias.
Ratificar: validar, confirmar, comprovar. Tenção: intenção, plano (deriv.: tencionar); assunto,
Retificar: corrigir, emendar, alterar: A diretoria ra- tema.
tificou a decisão após o texto ter sido retificado em suas Tensão: estado de tenso, rigidez (deriv.: tensionar);
passagens ambíguas. diferencial elétrico.
Recrear: proporcionar recreio, divertir, alegrar. Tráfego: trânsito de veículos, percurso, transporte.
Recriar: criar de novo. Tráfico: negócio ilícito, comércio, negociação.
Reincidir: tornar a incidir, recair, repetir. Trás: atrás, detrás, em seguida, após (cf. em locu-
Rescindir: dissolver, invalidar, romper, desfazer: ções: de trás, por trás).
Como ele reincidiu no erro, o contrato de trabalho foi Traz: 3a pessoa do singular do presente do indicati-
rescindido. vo do verbo trazer.
Remição: ato de remir, resgate, quitação. Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam
Remissão: ato de remitir, intermissão, intervalo; roupas.
perdão, expiação. Vestuário: as roupas que se vestem, traje.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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CAPÍTULO 01 -
justiça, favorecendo os que dispõem de mais recursos e Robert Wagner, quando prefeito de Nova York,
mais informações? cunhou uma frase que se tornou célebre na literatura
A elisão fiscal não poderá assumir um caráter de se- tributária: “Os impostos são o preço da civilização; não
gregação entre os que podem fazer uso dela e os que não existem impostos na selva.” No Brasil, a consolidação
podem e, por isso mesmo, acabam, obliquamente, sendo de uma ética tributária constitui requisito crítico para
onerados por um inusitado “imposto sobre os tolos”? o desenvolvimento, para a segurança dos investimentos,
As respostas a essas questões não são simples, ade- para o equilíbrio concorrencial e para a justiça fiscal.
(Everardo Maciel. www.braudel.org.br)
mais de controversas. A matéria não foi ainda suficien-
temente pacificada entre os tributaristas. Entretanto, por Assinale a alternativa em que não se encontre
mais fortes que sejam os argumentos dos que se opõem um sinônimo para propalada.
a uma norma geral antielisão é inequívoco que a prática
do planejamento fiscal fixa um divisor entre contribuin- a. divulgada
tes de primeira e segunda classes, em detrimento de um b. rebuçada
desejado tratamento igualitário. c. espargida
(...) d. apregoada
As isenções complementam o quadro dos institutos e. disseminada
que comprometem a igualdade tributária. Freqüente-
mente, elas resultam de pressões exercidas por grupos
de interesses, alimentadas por financiamentos de cam- Questão 2: FGV - Adv (SEN)/SEN/2008
panhas, e têm pouca ou nenhuma fundamentação eco-
nômica ou social. No Brasil, não se percebe claramente Justiça de Qualidade
que a sociedade finda pagando mais impostos justamen-
te para compensar os que não pagam em virtude da frui- A instalação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça)
ção de benefícios fiscais. Esses benefícios, todavia, assim em 2005 sinalizou profundas mudanças no Judiciário,
como as despesas, não são órfãos. Removêlos implica até então apontado como o mais hermético e resisten-
uma verdadeira batalha política. É evidente que essa te a mudanças entre os três poderes. Foram instituídas
crítica não se aplica a incentivos transitórios e específi- normas para proibir o nepotismo nos tribunais e regras
cos para regiões ou pessoas pobres, nem ao ajustamento para a aplicação do teto remuneratório para coibir os
dos impostos à capacidade econômica dos contribuintes. supersalários que recorrentemente escandalizavam a
(...) opinião pública.
A ética tributária guarda relação, também, com a A correção dos desvios refletiu nova atitude dos ma- 59
percepção externa das administrações tributárias. É im- gistrados, mais aberta ao diálogo com a sociedade e
portante que os contribuintes percebam que a política mais propensa a assimilar construtivamente críticas em
tributária é justa, a administração fiscal é proba, sensí- relação aos serviços judiciais. Pôs-se fim ao clichê do juiz
vel e confiável, e os recursos arrecadados são correta- encastelado em torre de marfim, distante da sociedade.
mente aplicados. Tal atitude implicou a busca de maior transparência.
(...) Era preciso assegurar ao cidadão amplo acesso a infor-
A confiança do contribuinte na administração fiscal mações sobre o desempenho da Justiça. Essas informa-
presume, desde logo, a existência de servidores probos ções, lamentavelmente, não existiam ou eram imprecisas
- não apenas honestos ou que pareçam honestos, mas e defasadas. O Judiciário, na verdade, não se conhecia.
sobretudo exemplares. A autoridade que se confere ao Nesse contexto, a Corregedoria Nacional de Justiça
servidor fiscal impõe responsabilidade e exemplaridade. lançou em 2007 o programa Justiça Aberta, um banco de
A instituição de corregedorias, com autonomia funcio- dados com informações na internet (www.cnj.jus.br) atu-
nal e mandato, é peça indispensável para consecução de alizadas continuamente, que permite o monitoramento
padrões de honestidade nas administrações tributárias. da produtividade judicial pelo próprio Poder Judiciário e
(...) pela sociedade. É a prestação de contas que faltava.
A ética tributária, por último, reclama a observân- Esse autoconhecimento é o ponto de partida para que
cia de relações de cooperação entre as administrações o Judiciário dê continuidade a mudanças que se reflitam,
tributárias, como a troca de informações e, no plano in- efetivamente, na qualidade da prestação jurisdicional,
ternacional, as convenções para prevenir a bitributação. que, sabemos, é alvo de insatisfação por parte dos juris-
Militam em direção oposta a esse entendimento a utili- dicionados. A principal das reclamações é a morosidade,
zação de instrumentos de “guerra fiscal” e a constitui- muitas vezes associada à impunidade ou não-efetivação
ção de paraísos fiscais. Inúmeros estudos mostram que da Justiça. Mais de 50% das representações que chegam
a guerra fiscal, particularmente no caso brasileiro, em ao CNJ referem-se a esse problema.
nada aproveitou ao desenvolvimento das regiões mais É um problema que atinge desde a primeira instân-
pobres. Quando muito, serviu para acumulação de ri- cia até os tribunais superiores. Nascido na Constituinte
quezas de certas elites, não necessariamente residentes que ampliou os direitos e as garantias do cidadão, o STJ
nessas regiões. Não nos esqueçamos de que as guerras (Superior Tribunal de Justiça) completará 20 anos no dia
fiscais são quase tão velhas quanto a pobreza dessas re- 7/4 do ano que vem, com aumento de 8.920% no número
giões. de processos julgados. No primeiro ano de funcionamen-
(...) to, julgou 3.700 processos. Em 2007, 330 mil processos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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CAPÍTULO 01 -
sa, garantidor, numa democracia, da certeza de que o similáveis em qualquer Constituição, algumas já corrigi-
cidadão não sofrerá arbítrios -, a figura do presidente das, como a fixação dos juros bancários.
do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, Outro aspecto que configura alguns desafios ainda
hoje, indiscutivelmente, um dos maiores constituciona- não resolvidos na atual Constituição é a existência de
listas do país, com merecido reconhecimento internacio- muitos dispositivos a reclamar leis que lhes dêem efi-
nal (é doutor em direito pela Universidade de Münster, cácia plena. A propósito, convém recordar que, promul-
na Alemanha, com tese sobre o controle concentrado de gado o diploma constitucional, o Ministério da Justiça
constitucionalidade). realizou levantamento de que resultou a publicação do
Graças à firmeza com que agiu, foi possível não só livro “Leis a Elaborar”. Nele, à época, foram relaciona-
diagnosticar as violações como deflagrar todo o proces- dos, frise-se, 269 preceitos a exigir regulamentação.
so que está levando ao aperfeiçoamento das instituições, Feitas as ressalvas, não é exagero afirmar que a
em que o combate à corrupção, legítimo, deve, todavia, Constituição de 1988, batizada “Constituição Cidadã”
ser realizado dentro da lei. pelo presidente Ulysses Guimarães, ofereceu ao povo
Conhecendo e admirando o eminente magistrado há brasileiro a mais ampla Carta dos direitos individuais e
quase 30 anos, a firmeza na condução de assuntos polê- coletivos e o mais completo conjunto de direitos sociais
micos, na procura das soluções adequadas e jurídicas, que o país conheceu.
seu perfil de admirável jurista e sua preocupação com Os capítulos dos direitos políticos e dos partidos polí-
a “Justiça justa”, tenho a certeza de que não poderia ter ticos, por sua vez, constituem inovação a merecer encô-
sido melhor para o país do que vê-lo dirigir o pretório mios, pois só de maneira indireta os textos constitucio-
excelso nesta quadra delicada. nais anteriores tratavam da matéria. O título IV, relativo
Prova inequívoca da correção de sua atuação é ter à organização dos poderes, é denso e o mais completo
contado com o apoio incondicional dos demais ministros, no que diz respeito ao Poder Legislativo, cujas compe-
quanto às medidas que tomou, durante a crise. tências foram substancialmente ampliadas. Ressalve-se,
Parodiando a lenda do moleiro - que não quis ceder contudo, o alusivo às medidas provisórias, que ampliam
suas terras a Frederico da Prússia, dizendo que as de- a nossa insegurança jurídica por não observarem fre-
fenderia, porque “ainda havia juízes em Berlim” -, posso qüentemente os pressupostos de relevância e urgência.
afirmar: há juízes em Brasília, e dos bons! Com relação ao Poder Judiciário e à especificação das
(Ives Gandra da Silva Martins. Folha de São Paulo, 16 de setembro de 2008.)
ações essenciais da Justiça, a nossa Constituição também
é inovadora, ao discriminar as funções do Ministério Pú-
Por estupefato, não se pode entender: blico, da advocacia da União e da Defensoria Pública e
privada. O mais criativo foi, sem dúvida, o estabeleci- 61
a. peremptório. mento dos juizados especiais, cíveis e penais, que apro-
b. enleado. ximaram a Justiça da população e tornaram mais ágeis
c. pávido. as decisões de interesse de maior parcela de brasileiros
d. perplexo. em questão relevante, como a defesa de seus direitos.
e. atônito. A discriminação de rendas entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os municípios caracteriza, com pro-
Questão 4: FGV - AL (SEN)/SEN/Apoio Técni- priedade, o que se convencionou chamar de “federalismo
co ao Processo Legislativo/Processo Legislati- compartilhado” ou “federalismo solidário”, cuja prática,
vo/2008 todavia, exige leis complementares previstas no pará-
grafo único do artigo 23 da Constituição.
Vinte Anos da Constituição de 1988 Já as finanças públicas se beneficiaram de reconhe-
cidos avanços, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias
A Constituição de 1988, cujos 20 anos de promulga- (LDO) e a proibição de práticas antigas, como a vin-
ção estamos fazendo memória, nasceu - fato pouco per- culação de receita de impostos, a abertura de créditos
cebido pela sociedade brasileira - de amplo acordo polí- suplementares ou especiais sem prévia autorização e a
tico, o intitulado “compromisso com a nação”. Esse pacto, instituição de fundos sem o mesmo requisito.
talvez o mais importante de nossa história republicana, A ordem econômica consagrou princípios vitais: a
ensejou a eleição da chapa Tancredo Neves/José Sarney, função social da propriedade, as garantias de livre con-
por intermédio do Colégio Eleitoral, e tornou possível, de corrência, a defesa do consumidor e do meio ambiente e
forma pacífica, a passagem do regime autoritário para o o tratamento fiscal simplificado para micro, pequenas e
Estado democrático de Direito. Como toda obra humana, médias empresas. A tutela dos direitos sociais, anote-se,
é evidente, uma constituição tem virtudes e imperfei- está devidamente resguardada, inclusive pelo princípio
ções. As virtudes decorrem do contexto histórico em que de proteção das minorias, como crianças e adolescentes,
são discutidas e votadas. No período 1987/1988, aspirava- idosos e índios, e o estabelecimento da igualdade étnica.
-se, antes de tudo, à restauração plena das liberdades e A ampla cobertura da Previdência Social é, indubitavel-
garantias individuais e à edificação de uma democracia mente, um dos maiores programas de proteção social e
sem adjetivos. distribuição de renda de todo o mundo. Cumpre, agora,
As imperfeições derivam, observo como constituinte, completar a obra iniciada, que pressupõe a realização
do afã de tudo regular, conseqüência talvez da crença na das reformas políticas. Sem elas não se assegura solidez
onipotência do Estado. Daí a inserção de matérias inas- às instituições brasileiras indispensáveis ao pleno trave-
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CAPÍTULO 01 -
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LÍNGUA PORTUGUESA
alguém falando sobre a crise na saúde, a crise na educa- “Como poderemos superar essa incongruên-
ção e, inclusive, a crise ética na política brasileira. cia?”
Contudo, é preciso notar também que, muitas vezes, Assinale a alternativa que não tem significa-
enquanto cidadãos, nós mesmos raramente decidimos ção semelhante à do termo sublinhado:
fazer alguma coisa pela transformação da realidade -
isso, quando fazemos algo. Certo comodismo nos toma a. Inconveniência.
de assalto e reveste toda a nossa fala de uma moral va- b. Incompatibilidade.
zia, estéril, que se reduz à crítica que não busca alterar c. Indolência.
a realidade. Afinal de contas, em época de eleições, como d. Impropriedade.
a que estamos prestes a vivenciar, nós notamos nas pro- e. Inadequação.
pagandas políticas dos partidos a presença dos mesmos
políticos e das mesmas propostas políticas, as mesmas já Questão 8: FGV - FRE (AP)/SEAD AP/2010
prometidas nas eleições anteriores, e que jamais foram
executadas. Logicamente há as exceções de certos go- O Jeitinho Brasileiro e o Homem Cordial
vernantes que fazem por onde efetivar suas promessas,
mas esses, infelizmente, continuam sendo uma minoria O jeitinho caracteriza-se como ferramenta típica de
em todo o Brasil. indivíduos de pouca influência social. Em nada se rela-
Numa outra perspectiva, é interessante perceber ciona com um sentimento revolucionário, pois aqui não
também quão contraditória consiste ser a distância entre há o ânimo de se mudar o status quo. O que se busca
o que nós criticamos em nossos políticos e as ações que é obter um rápido favor para si, às escondidas e sem
nós reproduzimos em nosso cotidiano. De uma forma ou chamar a atenção; por isso, o jeitinho pode ser também
de outra, reproduzimos a corrupção que nós percebemos definido como “molejo”, “jogo de cintura”, habilidade de
na administração pública nacional quando empregamos se “dar bem” em uma situação “apertada”.
o chamado jeitinho brasileiro, em que o peso de um so- Sérgio Buarque de Holanda, em O Homem Cordial,
brenome ou o peso da influência do status social passa fala sobre o brasileiro e uma característica presente no
a ser um dos elementos determinantes para a obtenção seu modo de ser: a cordialidade. Porém, cordial, ao con-
de certos fins. É nesse sentido que podemos apontar aqui trário do que muitas pessoas pensam, vem da palavra
um grave problema social brasileiro, uma das principais latina cor, cordis, que significa coração. Portanto, o ho-
bases para se buscar o fim da corrupção política no Bra- mem cordial não é uma pessoa gentil, mas aquele que
sil: a existência de uma ética baseada em uma falta de age movido pela emoção no lugar da razão, não vê dis-
64 ética. Como poderemos superar essa incongruência? tinção entre o privado e o público, detesta formalidades,
Com certeza, a Educação pode ser a saída ideal. Mas põe de lado a ética e a civilidade.
tem de ser uma Educação voltada para desenvolver nas Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atri-
crianças, nos jovens e até mesmo nos universitários - in- buído a um suposto caráter emocional do brasileiro,
dependentemente de frequentarem instituições públicas descrito como “o homem cordial” pelo antropólogo. No
ou privadas - uma preocupação para com o bem público, livroRaízes do Brasil, esse autor afirma que o indivíduo
isto é, para com a sociedade. Uma Educação que os leve brasileiro teria desenvolvido uma histórica propensão
a superar uma concepção de mundo utilitarista, segundo à informalidade. Deve-se isso ao fato de as instituições
a qual toda sociedade humana não passa de um somató- brasileiras terem sido concebidas de forma coercitiva
rio de indivíduos e seus interesses pessoais, que tão bem e unilateral, não havendo diálogo entre governantes e
se acomoda ao jeitinho brasileiro, será o primeiro pas- governados, mas apenas a imposição de uma lei e de
so para se desenvolver uma sociedade mais justa, uma uma ordem consideradas artificiais, quando não incon-
sociedade em que a preocupação com o público, com o venientes aos interesses das elites políticas e econômicas
coletivo, será a forma ideal para buscar a felicidade in- de então. Daí a grande tendência fratricida observada
dividual, que tanto preocupa certos conservadores. na época do Brasil Império, que é bem ilustrada pelos
Para tanto, sabemos que é preciso não uma “educa- episódios conhecidos como Guerra dos Farrapos e Con-
ção política”, mas sim uma educação politizada. Uma federação do Equador.
educação que reconheça que a solução para a corrupção Na vida cotidiana, tornava-se comum ignorar as leis
centra-se em conceber a política não apenas como um em favor das amizades. Desmoralizadas, incapazes de se
instrumento para se alcançar um determinado fim, con- impor, as leis não tinham tanto valor quanto, por exem-
solidando-se, portanto, numa mera razão instrumental. plo, a palavra de um “bom” amigo. Além disso, o fato
Uma educação na qual a própria política, a partir do de afastar as leis e seus castigos típicos era uma prova
momento em que buscar ser de fato um meio para se de boa-vontade e um gesto de confiança, o que favore-
alcançar o bem de todos - como ao que se propõe o nosso cia boas relações de comércio e tráfico de influência. De
modelo democrático -, vai estruturar uma ética que loca- acordo com testemunhos de comerciantes holandeses,
lizará no comodismo e no jeitinho brasileiro as raízes de era impossível fazer negócio com um brasileiro antes de
nosso analfabetismo político, substituindo-os por outras fazer amizade com ele. Um adágio da época dizia que
formas de ação social ao longo da construção de uma “aos inimigos, as leis; aos amigos, tudo”. A informalidade
cultura cívica diferente. era - e ainda é - uma forma de se preservar o indivíduo.
(adaptado de MOREIRA, Moisés S. In www.mundojovem.com.br:)
Sérgio Buarque avisa, no entanto, que esta “cordiali-
dade” não deve ser entendida como caráter pacífico. O
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CAPÍTULO 01 -
brasileiro é capaz de guerrear e até mesmo destruir; no de controle da administração empresarial, promovidos
entanto, suas razões animosas serão sempre cordiais, ou por empresas que pretendem implementar, o quanto
seja, emocionais. antes, práticas administrativas voltadas à prevenção de
(In: www.wikipedia.org - com adaptações.)
qualquer tipo de responsabilidade penal.
Dessa realidade legal e da tendência político-crimi-
Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras te- nal que dela se pode inferir, ganham importância, no
rem sido concebidas de forma coercitiva e unilateral. espectro de preocupação não só das empresas estran-
Tem significação oposta à do termo sublinhado o vo- geiras situadas no Brasil, mas também das próprias em-
cábulo: presas nacionais, as práticas de criminal compliance.
Tem-se, grosso modo, por compliance a submissão ou
a. licenciosa. a obediência a diversas obrigações impostas às empre-
b. tirana. sas privadas, por meio da implementação de políticas e
c. normativa. procedimentos gerenciais adequados, com a finalidade
d. proibitiva. de detectar e gerir os riscos da atividade da empresa.
e. repressora. Na atualidade, o direito penal tem assumido uma
função muito próxima do direito administrativo, isto é,
Questão 9: FGV - AFRE RJ/SEFAZ RJ/2011 vêm-se incriminando, cada vez mais, os descumprimen-
tos das normas regulatórias estatais, como forma de
Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica reforçar a necessidade de prevenção de riscos a bens
juridicamente tutelados. Muitas vezes, o mero descum-
No Brasil, embora exista desde 1988 o permissivo primento doloso dessas normas e diretivas administra-
constitucional para responsabilização penal das pesso- tivas estatais pode conduzir à responsabilização penal
as jurídicas em casos de crimes ambientais (artigo 225, de funcionários ou dirigentes da empresa, ou mesmo à
parágrafo 3º), é certo que a adoção, na prática, dessa própria responsabilização da pessoa jurídica, quando
possibilidade vem se dando de forma bastante tímida, houver previsão legal para tanto.
muito em razão das inúmeras deficiências de técnica le- Assim sendo, criminal compliance pode ser compre-
gislativa encontradas na Lei 9.605, de 1998, que a tornam endido como prática sistemática de controles internos
quase que inaplicável neste âmbito. com vistas a dar cumprimento às normas e deveres ín-
A partir de uma perspectiva que tem como ponto de sitos a cada atividade econômica, objetivando prevenir
partida os debates travados no âmbito doutrinário na- possibilidades de responsabilização penal decorrente da
cional, insuflados pelos também acalorados debates em prática dos atos normais de gestão empresarial. 65
plano internacional sobre o tema e pela crescente acei- No Brasil, por exemplo, existem regras de criminal
tação da possibilidade da responsabilização penal da compliance previstas na Lei dos Crimes de Lavagem de
pessoa jurídica em legislações de países de importância Dinheiro - Lei 9.613, de 3 de março de 1998 - que sujeitam
central na atividade econômica globalizada, é possível as pessoas físicas e jurídicas que tenham como ativida-
vislumbrar que, em breve, discussões sobre a ampliação de principal ou acessória a captação, intermediação e
legal do rol das possibilidades desse tipo de responsabi- aplicação de recursos financeiros, compra e venda de
lização penal ganhem cada vez mais espaço no Brasil. moeda estrangeira ou ouro ou títulos ou valores mobiliá-
É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no rios, à obrigação de comunicar aos órgãos oficiais sobre
âmbito das empresas - principalmente, as transnacio- as operações tidas como “suspeitas”, sob pena de serem
nais -, decorrerá também de ajustamentos de postura responsabilizadas penal e administrativamente.
administrativa decorrentes da adoção de critérios de Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos le-
responsabilização penal da pessoa jurídica em seus pa- gislativos estrangeiros, assim como estando as matrizes
íses de origem. Tais mudanças, inevitavelmente, terão das empresas transnacionais que aqui operam sujeitas
que abranger as práticas administrativas de suas congê- às normas de seus países de origem, não tardará para
neres espalhadas pelo mundo, a fim de evitar respingos que as práticas que envolvem o criminal compliance
de responsabilização em sua matriz. sejam estendidas a diversos outros segmentos da eco-
Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do nomia. Trata-se, portanto, de um assunto de relevante
Código Penal - que atende diretivas da União Europeia interesse para as empresas nacionais e estrangeiras que
sobre o tema - trouxe, no artigo 31 bis, não só a possibili- atuam no Brasil, bem como para os profissionais espe-
dade de responsabilização penal da pessoa jurídica (por cializados na área criminal, que atuarão cada vez mais
delitos que sejam cometidos no exercício de suas ativi- veementemente na prevenção dos riscos da empresa. (...)
dades sociais, ou por conta, nome, ou em proveito delas), (Leandro Sarcedo e Jonathan Ariel Raicher. In: Valor Econômico. 29/03/2011 -
com adaptações)
mas também estabelece regras de como essa responsa-
bilização será aferida nos casos concretos (ela será apli-
cável [...], em função da inoperância de controles empre- Por ínsitos, NÃO se pode entender
sariais, sobre atividades desempenhadas pelas pessoas
físicas que as dirigem ou que agem em seu nome). A a. inerentes.
vigência na nova norma penal já trouxe efeitos práticos b. peculiares.
no cotidiano acadêmico e empresarial, pois abundam, c. típicos.
naquele país, ciclos de debates acerca dos instrumentos d. adventícios.
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desde que sem exageros, na escrita de palavras e/ou de • nome de zona geoeconômica e de designa-
expressões às quais se queira enfatizar, recurso tal que ções de ordem geográfica ou político-administra-
pode ser substituído pelas aspas. tiva (Agreste, Zona da Mata, Triângulo Mineiro);
• nome de logradouros e de endereço (Av.
Aspas Tancredo Neves, Rua Carlos Gomes);
• nome de edifício, de monumento e de esta-
As duplas (“ ”) são utilizadas para: belecimento público (edifício Coimbra, Estádio do
Pacaembu, Aeroporto de Viracopos, Igreja do São
• Introduzir citações diretas cujos limites não Tomé);
ultrapassem três linhas; • nome de imposto e de taxa (Imposto sobre a
• Evidenciar neologismos. Por exemplo: “ma- Propriedade de Veículos Automotores);
caqueação”; “printar”; • nome de corpo celeste, quando designativo
• Ressaltar o sentido de uma palavra quando astronômico (“A Terra gira em torno do Sol”);
não habitual, principalmente nos casos de deriva- • nome de documento ao qual se integra um
ção imprópria – Exemplos: Existem alguns “por- nome próprio (Lei Áurea, Lei Afonso Arinos).
quês” a respeito da situação;
• Evidenciar o valor – irônico ou afetivo de um Minúsculas
termo – Exemplos: Esse “probleminha” custou a
empresa. Além de sempre usada na grafia dos termos que de-
signam as estações do ano, os dias da semana e os meses
As aspas simples (‘ ’) são utilizadas quando, em qual- do ano, a letra minúscula (comumente chamada de cai-
quer uma das circunstâncias mencionadas, surge dentro xa-baixa – Cb), é também usada na grafia de:
de uma citação que já foi introduzida por aspas.
• cargos e títulos nobiliárquicos (rei, dom);
Negrito dignitários (comendador, cavaleiro); axiônimos
correntes (você, senhor); culturais (reitor, bacha-
Usado para: rel); profissionais (ministro, médico, general, pre-
sidente, diretor); eclesiásticos (papa, pastor, frei-
• Transcrição de entrevistas. ra);
• Indicação de títulos ou subtítulos. • gentílicos e de nomes étnicos (alemães, pau-
• Ênfase em termos do texto. listas, italianos); 71
• nome de doutrina e de religiões (catolicismo,
Maiúsculas protestantismo);
• nome de grupo ou de movimento político e
Emprega-se letra maiúscula no início de sentenças, religioso (petistas, evangélicos);
bem como nos títulos de obras de arte ou de natureza • na palavra governo (governo Lula, governo
técnico-científica. Além desses usos, convencionou-se o de Minas Gerais);
emprego nas seguintes circunstâncias: • nos termos designativos de instituições,
quando esses não estão integrados no nome delas
• substantivos que indicam nomes próprios e – Exemplos: O Conselho Nacional de Segurança
de sobrenomes (Pablo Jamilk) de cognomes (Ale- tem por objetivo (…), porém, esse conselho não ab-
xandre, o Greve); de alcunhas (o Batata); de pseu- dica de...
dônimos (Alberto Caeiro); de nomes dinásticos (os • nome de acidente geográfico que não seja
Médici); parte integrante do nome próprio: rio Amazonas,
• topônimos (Rio Grande do Sul, Itália); serra do Mar, cabo Norte (mas, Cabo Frio, Rio de
• regiões (Nordeste, Sul); Janeiro, Serra do Salitre);
• nomes de instituições culturais, profissio- • prefixo, Exemplos: ex-Ministro da Saúde,
nais e de empresa (Fundação Carlos Chagas, As- ex-Presidente do Senado;
sociação Brasileira de Normas Técnicas); • nome de derivado: hegeliano, kantiano;
• nome de divisão e de subdivisão das Forças • pontos cardeais, quando indicam direção ou
Armadas (Exército, Polícia Militar); limite: o norte de São Paulo, o sul do Paraná.
• nome de período e de episódio histórico
(Idade Moderna, Estado Novo); Siglas e Acrônimos
• nome de festividade ou de comemoração cí-
vica (Natal, Dia dos Pais); Sigla é a representação de um nome por meio de suas
• designação de nação política organizada, de letras iniciais – Exemplos: IPVA, CEP, INSS. Apesar de
conjunto de poderes ou de unidades da Federação obedecer às mesmas regras dispostas para as siglas, os
(golpe de Estado, Estado de São Paulo); acrônimos são distintos em sua formação, ou seja, são
• nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, palavras constituídas pelas primeiras letras ou síla-
Oeste); bas de outras palavras – Exemplo: Telebras, Petrobras,
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• Costuma-se não se colocar ponto nas siglas; • Aproximação de número fracionário, como
• São grafadas em caixa-alta as siglas com- em 33,8 milhões;
postas apenas de consoante: FGTS; • Desdobramento dos dois primeiros termos,
• São grafadas em caixa-alta as siglas que, como em 33 milhões e 789 mil.
apesar de compostas de consoante e de vogal, são
pronunciadas mediante a acentuação das letras: Os ordinais são grafados por extenso de primeiro a
IPTU, IPVA, DOU; décimo, os demais devem ser representados de forma
• São grafados em caixa alta e em caixa-bai- numérica, com algarismos: quarto, sexto, mas 18º, 27º etc.
xa os compostos de mais de três letras (vogais e
consoantes) que formam palavra, ou seja, os acrô- O Padrão Ofício
nimos: Bacen, Cohab, Petrobras, Embrapa.
• Siglas e acrônimos devem vir precedidos de No que diz respeito à Redação Oficial, as questões de
respectivo significado e de travessão em sua pri- concurso costumam focalizar o conteúdo relativo ao Pa-
meira ocorrência no texto (Exemplos: Diário Ofi- drão Ofício. Portanto, é muito importante entender como
cial da União– DOU). ele se estrutura e o que as bancas podem cobrar a seu
respeito. Nesse momento, é importante seguir precisa-
Enumerações mente o que o Manual de Redação da Presidência da
República ensina.
Tradicionalmente, as enumerações são introduzidas Estrutura de correspondência no Padrão Ofício:
pelo sinal de dois-pontos, seguidas dos elementos enu- a. Tipo e número do expediente, seguido da si-
merados que devem aparecer introduzidos por algum gla do órgão que o expede.
tipo de marcador. O mais comum é o marcador feito com
letras minúsculas em ordem alfabética seguidas de pa-
rênteses. Exemplos:
Mem. 123/2014-MME
Aviso 123/2013- MPOG
Exemplos:
Of. 123/2012-MF
72 a)
b)
c) b. Local e data em que foi assinado, por exten-
so, com alinhamento à direita.
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CAPÍTULO 01 -
• Introdução: deve iniciar com referência ao Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício
expediente que solicitou o encaminhamento. Se a as seguintes informações do remetente:
remessa do documento não tiver sido solicitada, – nome do órgão ou setor;
deve iniciar com a informação do motivo da co- – endereço postal;
municação, que é encaminhar, indicando a seguir – telefone e endereço de correio eletrônico.
os dados completos do documento encaminhado
(tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que Aviso
trata), e a razão pela qual está sendo encaminha-
do, segundo a seguinte fórmula: Os avisos são atos que competem aos Ministros de
Estado que dizem respeito a assuntos relativos aos seus
“Em resposta ao Aviso nº 50, de 2 de fevereiro de ministérios. Os avisos são expedidos exclusivamente por
2014, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 77, de 3 de Ministros de Estado, Secretário-Geral da Presidência
março de 2013, do Departamento Geral de Infraestru- da República, Consultor-Geral da República, Chefe do
tura, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.” Estado Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete
ou Militar da Presidência da República e pelos Secretários
“Encaminho, para análise e pronunciamento, a anexa da Presidência da República, para autoridades de mes- 73
cópia do telegrama no 13, de 1o de fevereiro de 2005, do ma hierarquia. Note-se o ensinamento sobre avisos do
Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a MRPR: o aviso é expedido exclusivamente por Ministros
respeito de projeto de modernização de técnicas agríco- de Estado, para autoridades de mesma hierarquia. Usu-
las na região Nordeste.” almente, as bancas costumam mudar uma palavra nessa
sentença: trocar “aviso” por “ofício”.
• Desenvolvimento: se o autor da comuni-
cação desejar fazer algum comentário a respeito MODELO DE AVISO
do documento que encaminha, poderá acrescen- BASEADO NO MANUAL DE REDAÇÃO DA
tar parágrafos de desenvolvimento; em caso con- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
trário, não há parágrafos de desenvolvimento em
aviso ou ofício de mero encaminhamento.
Documentos
Os documentos a seguir devem ser estudados, me-
morizados e vividos, para não perder questão alguma
nas provas.
Vejamos a orientação do MRPR sobre AVISO e OFÍ-
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Ofício
É o tipo mais comum de comunicação oficial. Uma
vez que se trata de um documento da correspondência
oficial, só pode ser expedido por órgão público, em obje-
to de serviço. O destinatário do ofício, além de outro ór-
gão público, também pode ser um particular. O conteúdo
do ofício costuma ser matéria administrativa. Lembre-se
de que o ofício é documento eminentemente externo.
Requerimento
O requerimento é um tipo de pedido, em que o sig-
natário pede algo que pense ser justou legal. Qualquer
indivíduo que tenha interesse no serviço público pode se
valer de um requerimento, que será dirigido a uma au-
toridade competente para tomar conhecimento, analisar
74 e solucionar o caso, podendo ser escrito ou datilografado
(digitado).
Estrutura:
Apesar de não haver muita normatização a respei-
to do requerimento (ele não está no MRPR), é possível
distinguir alguns elementos fundamentais. Os elementos
constitutivos do requerimento são:
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CAPÍTULO 01 -
• Aguarda deferimento - A. D. co. Por isso, deve ser redigida de modo que
não sejam possíveis alterações posteriores
d. Local e data;
à assinatura. Os erros são ressalvados, no
e. Assinatura.
texto, com a expressão “digo” e, após a re-
MODELO DE REQUERIMENTO dação com a expressão “em tempo”.
3) Não há parágrafos ou alíneas em
uma ata. Deve-se redigir tudo em apenas
um parágrafo, evitando os espaços em
branco.
4) A ata deve apresentar um registro
fiel dos fatos ocorridos em uma sessão. Em
razão disso, sua linguagem deve primar
pela clareza, precisão e concisão.
Parecer
O parecer é o pronunciamento fundamentado, com
caráter opinativo, de autoria de comissão ou de relator
designado em Plenário, sobre matéria sujeita a seu exa-
me. É constituído das seguintes partes:
MODELO DE PARECER
Observação:
1) Não há disposição geral quanto à
quantidade de pessoas que deve assinar a
ata, no entanto, em algumas circunstâncias
ela é apenas assinada pelos membros que
presidiram a sessão (presidente e secretá-
rio). O mais comum é que todos os parti-
cipantes da sessão assinem o documento.
2) A ata é documento de valor jurídi-
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Atestado
Atestado é o documento mediante o qual a autorida- Certidão
de comprova um fato ou uma situação de que tenha co-
nhecimento em razão do cargo que ocupa ou da função Certidão é o ato pelo qual se procede à publicidade
que exerce. de algo relativo à atividade Cartorária, a fim de que, so-
bre isso, não haja dúvidas. Possui formato padrão pró-
Generalidades: prio, termos essenciais que lhe dão suas características.
Exige linguagem formal, objetiva e concisa.
O atestado é simplesmente uma comprovação de fa- Termos essenciais de uma certidão:
tos ou situações comuns, possíveis de modificações fre-
quentes. Tratando se de fatos ou situações permanentes a. Afirmação: CERTIFICO E DOU FÉ QUE,
e que constam nos arquivos da Administração, o docu- b. Identificação do motivo de sua expedição: A
mento apropriado para comprovar sua existência é a PEDIDO DA PARTE INTERESSADA,
certidão. O atestado é mera declaração a repeito de algo, c. Ato a que se refere: REVENDO OS ASSEN-
76
ao passo que a certidão é uma transcrição. TAMENTOS CONSTANTES DESTE CARTÓRIO,
NÃO LOGREI ENCONTRAR AÇÃO MOVIDA
Partes do atestado: CONTRA FULANO DE TAL, RG 954458234, NO
PERÍODO DE 01/2000 ATÉ A PRESENTE DATA.
a. Título ou epígrafe: denominação do ato d. Data de sua expedição: EM 16/05/2014.
(atestado), centralizada na página. e. Assinatura: O ESCRIVÃO:
b. Texto: exposição do objeto da atestação.
Pode se declarar, embora não seja obrigatório, a Apostila
pedido de quem e com que finalidade o documen-
to é emitido. Apostila é o aditamento (acréscimo de informações)
c. Local e data: cidade, dia, mês e ano da a um ato administrativo anterior, para fins de retificação
emissão do ato, podendo se, também, citar, prefe- ou atualização. A apostila tem por objeto a correção de
rentemente sob forma de sigla, o nome do órgão dados constantes em atos administrativos anteriores ou o
onde a autoridade signatária do atestado exerce registro de alterações na vida funcional de um servidor,
suas funções. tais como promoções, lotação em outro setor, majoração
d. Assinatura: nome e cargo ou função da de vencimentos, aposentadoria, reversão à atividade etc.
autoridade que atesta. Normalmente, a apostila é feita no verso do docu-
mento a que se refere. Pode, no entanto, caso não haja
mais espaço para o registro de novas alterações, ser feita
em folha separada (com timbre oficial), que se anexará
ao documento principal. É lavrada como um termo e pu-
blicada em órgão oficial.
Partes:
São, usualmente, as seguintes:
a. Título denominação do documento (apos-
tila).
b. Texto desenvolvimento do assunto.
c. Data, às vezes precedida da sigla do órgão.
d. Assinatura nome e cargo ou função da au-
toridade.
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CAPÍTULO 01 -
APOSTILA
Declaração
A declaração deve ser fornecida por pessoa creden-
ciada ou idônea que nele assume a responsabilidade so-
bre uma situação ou a ocorrência de um fato. Portanto, Portaria
é uma comprovação escrita com caráter de documento.
A declaração pode ser manuscrita em papel alma- São atos pelos quais as autoridades competentes de-
ço simples (tamanho ofício) ou digitada/dati-lografada. terminam providências de caráter administrativo, dão
Quanto ao aspecto formal, divide se nas seguintes partes: instruções sobre a execução de leis e de serviços, defi-
nem situações funcionais e aplicam medidas de ordem
a. Timbre impresso como cabeçalho, conten- disciplinar.
do o nome do órgão ou empresa. Atualmente a Basicamente, possuem o objetivo de delegar com-
maioria das empresas possui um impresso com petências, designar membros de comissões, criar gru-
logotipo. Nas declarações particulares usa se pa- pos-tarefa, aprovar e discriminar despesas, homologar
pel sem timbre. concursos (inscrições, resultados etc).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Forma e Estrutura
Exposição de Motivos
Definição e Finalidade
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CAPÍTULO 01 -
c. na conclusão, novamente, qual medida deve que o ato ou medida proposta possa vir a tê-lo)
ser tomada, ou qual ato normativo deve ser edita-
do para solucionar o problema.
Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à
exposição de motivos, devidamente preenchido, de acor-
do com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decre-
to no 4.176, de 28 de março de 2002. 07. Alterações propostas
Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do
TEXTO ATUAL TEXTO PROPOSTO
Ministério ou órgão equivalente) no , de de de 200.
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LÍNGUA PORTUGUESA
cia proposta: por que deve ser adotada e como resolverá d. o local e a data, verticalmente a 2 cm do fi-
o problema. nal do texto, e horizontalmente fazendo coincidir
Nos casos em que o ato proposto for questão de seu final com a margem direita.
pessoal (nomeação, promoção, ascensão, transferência,
readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração, A mensagem, como os demais atos assinados pelo
recondução, remoção, exoneração, demissão, dispensa, Presidente da República, não traz identificação de seu
disponibilidade, aposentadoria), não é necessário o en- signatário.
caminhamento do formulário de anexo à exposição de
motivos. EXEMPLO DE MENSAGEM
Ressalte-se que:
– a síntese do parecer do órgão de assessoramento
jurídico não dispensa o encaminhamento do parecer
completo;
– o tamanho dos campos do anexo à exposição de mo-
tivos pode ser alterado de acordo com a maior ou menor
extensão dos comentários a serem ali incluídos.
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha pre-
sente que a atenção aos requisitos básicos da redação
oficial (clareza, concisão, impessoalidade, formalidade,
padronização e uso do padrão culto de linguagem) deve
ser redobrada. A exposição de motivos é a principal
modalidade de comunicação dirigida ao Presidente da
República pelos Ministros. Além disso, pode, em certos
casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou
ao Poder Judiciário ou, ainda, ser publicada no Diário
Oficial da União, no todo ou em parte.
Mensagem
Definição e Finalidade
80
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CAPÍTULO 01 -
O campo assunto do formulário de correio eletrôni- Caso quisesse conferir mais formalidade e po-
co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a lidez ao documento, o técnico deveria ter utiliza-
organização documental tanto do destinatário quanto do do os tratamentos Doutor, Ilustríssimo ou Dignís-
remetente. simo, para se dirigir ao coordenador-geral.
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser uti- ( ) Certo ( ) Errado
lizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A men-
sagem que encaminha algum arquivo deve trazer infor- Questão 2: CESPE - AnaTA MDIC/MDIC/2014
mações mínimas sobre seu conteúdo.. Levando em consideração as normas constan-
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de tes do Manual de Redação da Presidência da Re-
confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve pública, julgue o seguinte item.
constar da mensagem pedido de confirmação de rece- Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita com os re-
bimento. sultados das negociações”, o adjetivo estará corretamen-
te empregado se dirigido a ministro de Estado do sexo
masculino, pois o termo “satisfeita” deve concordar com
Valor Documental
a locução pronominal de tratamento “Vossa Excelência”.
( ) Certo ( ) Errado
Nos termos da legislação em vigor, para que a men-
sagem de correio eletrônico tenha valor documental, i.
Questão 3: CESPE - TA (ICMBio)/ICMBio/2014
é, para que possa ser aceito como documento original, é
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
necessário existir certificação digital que ateste a identi-
dade do remetente, na forma estabelecida em lei.
Comunico a Vossa Excelência o envio das Mensagens
SM número 106, de 2013, nas quais informo a promulga-
Questões Gabaritadas ção dos Decretos Legislativos n.º 27 e 29, 2012, relativos à
exploração de petróleo no litoral brasileiro.
Questão 1: CESPE - Ag Adm (SUFRAMA)/SU-
FRAMA/2014 Brasília, 28 de março de 2013.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Assunto: Oficinas de apresentação do novo sistema Questão 10: CESPE - TBN (CEF)/CEF/Adminis-
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CAPÍTULO 01 -
trativa/2014
Com base nas normas constantes no Manual
de Redação da Presidência da República, julgue o
item que se segue.
Em comunicações oficiais endereçadas a se-
nador da República, deve-se empregar o vocativo
Excelentíssimo Senhor Doutor.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
1-Errado 2-Errado 3-Certo 4-C 5-Certo
6-Errado 7-Errado 8-Certo 9-Errado 10-Errado
83
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