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Apresentação

Essa apostila é uma tradução. Algumas coisa acrescentei para você entender melhor. No
final dela há um glossário de termos técnicos. Para ver melhor as figuras, basta apenas
aumentar nas “abas” as mesmas.

Passo 1: Escolhendo o EQ

Quando vamos escolher o EQ para masterizar, procure um dedicado para o processo


(geralmente no seu preset o mesmo á possue essa função).Há muitos “hardware e o
software” no mercado que são escritos como para só essa função mas qualquer EQ
descente pode ser usado para isso, tem que haver integridade de som e por isso um EQ
linear é a melhor opção, dizer que um equalizador é melhor que outro é contraditório.
A masterização não irá transformar uma música mal mixada numa coisa “de
outro mundo” assim como uma mixagem não consegue fazer o mesmo com uma
música mal gravada. O EQ abaixo além de ser linear também é analisador de espectro
(analyser).

Figura: Logic Phase EQ

É altamente provável que você já tem algo em seu plugin coleção que atenda a esses
critérios. Você pode até ter algo que vem com um de sua DAW (programa multi pista).
Linear Logic "Phase EQ, por exemplo, é certamente adequado assim como FabFilter
que é um excelente Pro Q plugin também. Fabfilter’s

Figura: Fab Filter Pro Q

Passo 2: Modos, latência e modelos físicos.

Antes de chegarmos em todas as técnicas de equalização vamos ter um olhar pouco para
as várias opções muito mais avançadas plugins podem oferecer. A primeira coisa a
pensar é o nosso algoritmo de equalização está usando. A maioria do funcionamento
de um EQ vai usar uma coisa chamada distorção de fase para criar o efeito final
(phase distortion) o que essencialmente, adiciona ruído ao sinal que é uma maneira
muito brutal de aumentar o som (como se fosse um “Pink Noise”). A vantagem é que
muitas vezes ele pode adicionar o caráter e induz a valores de latência extremamente
baixa devido à pequena quantidade de recursos da CPU usa esse processo.

A maioria das ações não será de fase linear e irá introduzir um certo nível de distorção.
Este tipo de som e áspero e pronto e o EQ está muito bem durante ajustado durante o
mixer especialmente em elementos não essenciais. Na realidade, estes plugins podem
reduzir o uso de CPU e ajudar a manter um mínimo de latência, de modo geral. Quando
se trata de dominar, podemos querer ser um pouco mais seletivo pois uma abordagem
mais refinada é muitas vezes necessário.Você pode ter ouvido de equalizadores de fase
linear. Sem falar muito em qualquer matemática, estes plugins usam um processo que
cria absolutamente nenhuma distorção na aplicação do processo. Isto significa que são
perfeitos para masterizar, mas o processamento de números extra significa
latências altas, altos processos de CPU. É claro que a masterização esta raramente
apresenta um problema nas suas mixagem até que tenha sido concluída.

“Linear phase EQ” oferece transparência

Se você tem a opção use um EQ linear plugin de uma versão padrão. A maior parte dos
programas possuem plugins fracos para sua função.
Existem algumas situações em que você pode querer considerar usar um EQ que
realmente compromete o percurso do sinal um pouco, isso geralmente é de dB em dB.
Alguns equalizadores usam a modelagem física para recriar um som de hardware
específico e este modelo nos dá um som de válvula que nós amamos, mas, na
realidade, essas qualidades são apenas sons de anomalias aleatórias e de saturação
(ou seja, distorção) introduzidas pela modelagem algoritmos.
Usando “physical modelled equaliser” pode conseguir um som parecido com o
valvulado. Então, a pergunta que você tem que fazer pra si mesmo é se quer um
equalizador que faça um som colorido característico, limpo ou transparente. A
escolha mais criativa e os resultados são subjetivos, mas se você estiver em dúvida aqui,
eu aconselho um modelo linear phase , bom e limpo. Quando se trata de dominar a
transparência é geralmente a melhor opção.

Passo 3: Menos é mais

Quando se trata de aumentar ou atenuar as freqüências na masterização, menos é


realmente mais. Não só você deve estar usando pequenas quantidades de EQ, mas
também baixo os valores de Q. Isto significa que estamos a trabalhar com grandes
pinceladas largas e em última análise devemos ser capazes de manipular o nossa
masterização sem excesso de coloração, ou qualquer de outra freqüência
sensacionalistas ou overload (sobre carga).

Geralmente há nenhuma regra rápida e fácil de se dominar, mas como um guia se


você estiver adicionando mais de cerca de 3 há 4dB em qualquer banda de freqüência
você pode querer pensar sobre o por quê? É altamente provável que a necessidade de
equalização extrema na fase de masterização significa que algo está errado no nível de
mistura. Lembre-se, na maioria dos casos, você pode voltar e alterar as coisas e esta é
muitas vezes uma abordagem muito mais saudável do que a adição de grandes
quantidades de processamento.

Alguns equalizadores são somente uma fonte de alcance limitado para a adição de
band. Se você olhar a precisão do clássico Universal Audio’s precision mastering EQ
por exemplo, você vai notar que não há apenas o botões de ganho de 0,5 dB, mas
também existe apenas a opção de adicionar até 8 dB em cada banda. Isso não é nada
comparado com o de 20 dB + em alguns modernos plugins de EQ são capazes.

Passo 4: belas curvas


Bem como pequenas quantidades de ganho e corte você também deve tentar manter o
valor baixo do comando 'Q' (paramétrico) na masterização. Isto significa suave curvas
arrebatadoras e evitar picos desnecessários. Esta abordagem sutil juntamente com
pequenas quantidades de impulso nos dá a compensação bem transparente. Baixos
pontos de Q deixa o som mais transparente.

Passo 5: o corte final

Uma parte da masterização equalização que é extremamente importante é o bom uso de


bom um filtro (high pass filter) . Isso é algo que um monte de novatos esquecem e isso
pode afetar o seu resultado final que em algumas maneiras não é nada bom.
Mesmo os maiores sistemas de só vão até 30Hz que é baixo, muito baixo. Seu campo
grave, campos médios graves , vai ficar em torno de 40Hz e subwoofers (sub graves)
ativos perto de 30-35Hz. Com tudo isso em mente que geralmente é bastante sensível
ao filtro abaixo de cerca de 30Hz, se você sente isso é muito alto, então tente mover
para baixo a 25Hz.

Cortando as frequencia sub graves você de mais energia a música

Freqüências baixas se movem muito lentamente e, embora você não pode ouvi-lo pode
empurrar uma enorme quantidade de energia para dominar processadores, forçando-os a
lidar com isso. Isso pode causar confusão geral em todo caminho do sinal, mas é
especialmente problemático para o limitador de final (brickwall), roubando-a da
capacidade de produzir a sonoridade importantes. Tenha certeza que você está com um
“high pass filter” no lugar para essas freqüências não aparecerem depois no meu
caminho.
Compressores multibanda

Há um truque na masterização que poucos engenheiros de som comentam. Chama-se


Compressor Muti Banda (Multiband Compressor).

Figura: Multi Band Compressor Cubase

Esse plugin ou periférico, tem os comandos de um equalizador paramétrico ou linear e


também os controles de um compressor normal. Sua ação é que ao mesmo tempo que
você mexa numa determinada freqüência você também comprima a mesma
acrescentando sempre um volume igual a banda. Isso evita o seguinte: se você usar um
equalizador entre 1 kHz a 2 kHz veja o que acontece com as outras freqüências:

FREQÜÊNCIA EQUALIZADOR COMP.MULTIBANDA


1 kHz 0 dB 0 dB
1.2 kHz + 3.5 dB 0 dB
1.4 kHz + 6 dB 0 dB
1.6 kHz + 3.4 Db 0 dB
1.8 kHz + 2.2 dB 0 dB
2 kHz 0 dB 0 dB
Como você pode ver quando passamos um equalizador as freqüências são atingidas com
aumento ou redução de dB. Com um compressor multibanda tudo permanece no mesmo
volume. Porém isso, não significa que você possa usar só compressor multibanda,
apenas que ele pode resolver o que equalizador não consegue. No caso da masterização
como está tudo “misturado” o compressor multibanda nos ajuda a resolver conflitos de
freqüência sem “aumentar” freqüências indesejadas.

Figura: multiband compressor PSP Vintage Warmer.

Muitas finalizações podem se revolver dando “força aos médios”, primeiro na faixa de
400 Hz a 800 Hz e depois de 1 kHz a 6 kHz e a melhor solução aqui é passar um
compressor multibanda.

Figura: Waves C4

Tiny Box (pequena caixa) é o nome que o engenheiros de som usam para abranger as
freqüências de 400 Hz há 800 Hz. É nessa aérea onde nosso ouvido sofre mais fadiga.
Muitas vezes sua mixagem ou master pode estar com excesso dessas freqüências ou
falta das mesmas.
Outra maneira de masterizar

1.Abra uma pista estéreo e no seu programa multi pista (com a música mixada já pronta)
ou faça um “render to new track” (copiar para nova pista) todo seu mix. Procure usar a
resolução máxima de sua placa de som. Por exemplo. 24 bits 48 KHz.

2.Mixe a trilha com o máximo de volume sem picos, sem usar compressor ou limiter.
Dê preferência pra ficar entre 2.5, 1.0 ou 0.9 Db.

3.O primeiro plugin que se coloca é o compressor. O compressor deixará o som


uniforme e tentará casar os sons. Um longo “Attack”, tempo de Release e um menor
“ratio” é que faz mágica acontecer. Use um bom compressor (isso é importante) pois o
mesmo deve conservar o “som original” da pista, coloque o plugin num novo “buss”.

4. Você irá precisar de um “eq linear”, para ajustar o “low end” e o “high end”, porém
algumas vezes é necessário aumentar ou diminuir alguma freqüência (geralmente as
medianas dependendo o caso) sempre usando Q. Depedendo da freqüência onde você
irá mexer irá mexer também um(uns) determinado(s) instrumento(s). Alguns Eq
Lineares são especialmente dedicados a masterização. (Dê preferência a um que tenha
“analyser” junto.

5. Com o equalizador corte tudo abaixo 30 Hz (criando um brickwall) para remover


ruídos indesejáveis.

6.Com um compressor multi banda você pode trazer para frente ou pra trás as partes que
você acha que estão baixas ou altas. Ele é uma excelente ferramenta de auxílio para o
equalizador.

7.Muitas vezes é necessário passar um plugin de “Stereo Enchancer” para o som sair
corretamente nas caixas de som, porém não é uma regra, só quando há necessidade.
Para isso, tente primeiro só passar o plugin nas freqüências de 500K a 20 K.

8. Crie um brick wall (entre 30 Hz e 18K) e force as freqüências a subir com um limiter,
usando os ajustes (sugestão): Input 7.50 Db, Output 0.10 Db, release 14.1, porém isso
depende muito do limiter que irá usar.

9.Quando você exportar para o CD (ou MP3) precisará passar um “dither”. Os CDs só
aceitam dither de 16 bits, mas se for exportar para wave, pode manter o formato de 24
bits.
Comparação de CD

PROFISSIONAIS AMADORAS OU NOVATOS


Excesso de baixo com alguma Não está alto como faixas comerciais
inconsistência apesar de ter sido comprimido
Não está bom como no CD principalmente A música está barulhenta, dura e machuca
nos médios. os ouvidos e volumes elevados.
Sem ataque (punchy) como no cd. Baixo fraco assim como o Kick (bumbo) e
o kick desaparece além de embolar.
Imagem incosistente entre as duas canções Bateria fraca exceto quando o som está
ou somente em uma. alto.
O som dentro de um carro não soa bom Som somente com uma dimensão e chato,
como nos monitores do estúdio. embora os instrumentos tenha sido
posicionados com pan (direito/esquerdo)
Os médios são firmes e granulados Tudo junto soa confuso e sem definição
O som não está grande ou com 3 Som soa diferente no carro, baixo
dimensões como o CD. estourado, sem presença e
abafado.Balanço entre canais fica fora e
sai da fase.

A razão que me levou a fazer este pequeno exercício era lhe dar uma sensação de que as ações
corretivas que você pode tomar para obter as faixas até a qualidade de um CD comercial.O uso
correto de plugins de áudio fornece soluções, pelo menos parcialmente, a todas as questões
acima.O uso correto de plugins de áudio fornece soluções, pelo menos parcialmente, a todas as
questões acima. Naturalmente, se o seu equipamento de gravação de não acompanhar o ritmo,
ou se as faixas não foram registrados também em primeiro lugar, você vai ter alguns problemas
(quanto melhor o equipamento mais fácil de resolver esse tipo de conflito) pois os melhores
plugins no mundo não irá corrigir um severo som digital / analógico (embora eles ainda vão
melhorar dramaticamente o resultado final principalmente na saída de som) e claro problemas
como material mau gravado, vocais desafinados, instrumentos fora de tempo e mau desempenho
dos músicos assim não há plugin que resolva isso.Não pense que um grande estúdio com os
melhores equipamentos podem resolver esses problemas que listamos, a diferença é usar as
"ferramentas" que solucionem os problemas. A maioria dos estúdios tem mania de cortar perto
de 60 hz para favorecer os vocais mais os mesmo enfraquecem a caixa da bateria, porém o som
do baixo irá soar bem com "high end" na maioria do sistemas de som. Você pode se surpreender
ao descobrir (dado que você tem equipamentos descentes) que o som do estúdio não é muito
diferente do seu, porém eles sabem muito melhor quando um som é fraco ou não.
1)A maioria dos "Track Base plugins" se baseam em noise gate, depois EQ e depois
compressão.
2)Se você não tem idéia o que seguir a maioria dos engenheiros de som tratam o mesmo
da seguinte: primeiro limpeza do som, segundo equalização, limpeza entre 50 hz e 60 hz
com equalizador, equalização final, efeito e compressão.
3)Plugins piratas costumam sempre dar problemas.....E muitas vezes um plugin caro
não resolve seu problema... Procure usar a musicalidade para resolver seus problemas.
5)Uma dica sobre reverb: produtores usam bastante o recurso de colocar reverb a partir
de um determinada freqüência: bateria de 20 hz a 2.3 khz, baixo 80 hz a 300 hz, guitarra
de 250 hz a 5.1 khz e voz 200 hz a 7.2 khz. A maioria dos reverb tem uma função “CUT
above” (cortar sobre) “high above” (subir sobre). Exemplo: Cut above: 200 Hz, High
Above: 2.3 hz
DICAS

1)Tenha certeza que tudo foi gravado “decentemente”, pois não há como corrigir isso na
mixagem.
2) Tudo funciona por etapas: gravação, mixagem, master. Se seu computador não
suporta muitos plugins ao mesmo tempo faça tudo por etapas. Primeiro grave, Segundo
faça a mixagem somente com equalizadores e efeitos e com auxiliares sem plugins. No
master pode até ter um limiter para “aquecer o som” Faça um render dos auxiliares, e
separe por pista. Isso se chama (pré master). Faça um render do pré master e um arquivo
só e daí faça a mixagem. Siga o “fluxograma abaixo”:

Bumbo
Caixa Aux
Xipo Bateria
Baixo
Pré
Teclado
Aux Master Master
Guitarr
Ritmo
a

Voz
Aux
Voz

GLOSSÁRIO

NOME TRADUÇÃO O QUE É


Pink Noise Barulho Rosa Ruído usado antigamente nos LP para aumentar o
volume na masterização. É quase imperceptível.
EQ Equalizador Equalizador que trabalha com curves com 3
Parametric Paramétrico controles distintos (ganho, largura, tipo de curva)
Eq Linear Equalizador Equalizador que trabalha em curva, porém somente
Linear em linha. O mesmo não altera as freqüências
próximas.
Phase Distorção de É um cálculo matemático que um plugin usa para
Distortion Fase (em tentar imitar um som de válvula.
plugin)
Mixer/Mix Mixagem Etapa onde se ajusta a gravação.
Latency Latência Atraso de som ajustável.
CPU Processador Processador do computador
high pass Filtro de alta Quando este filtro está ativo, somente as freqüências
filter Freqüência a partir de 1 kHz passam por ele.
Brickwall Idem Cria uma “parede” no som, dependendo seu ajuste,
deixa “mudo” as freqüências acima ou abaixo.
Attack Atacar Comando que ataca o som na entrada
Release Soltar Comando que solta o ataque do som na sáida
Stereo Idem Plugin ou configuração de pan que espalha o som
Enchancer pelo campo estéreo.
Input/output Entrada/Saída Entrada ou saída de aparelhos ou instrumentos.
High End Final Agudo Geralmente o High end se faz perto de 16 kHz e o
Low End Final Grave Low end em 30 Hz, com um brickwall ou
equalizador.

Sobre o autor

Rafael o Kh Dantas é compositor, mixador, masterizador,


guitarrista, tecladista e vocalista. Dedica-se ao estudo de novas
tecnologias na música, traduzindo apostilas, livros, trocando idéias
com outros músicos e sempre de olho no que o mercado oferece em
matéria de equipamentos e plugin. Acesse seu blog:
Palco Kh Home Estúdio dedicado a “home studio” e a pequenos
estúdios, onde a cada 2 dias posta matérias sobre composição,
gravação, mixagem, masterização, produção além de dividir suas histórias e as histórias
que ouviu no mundo da música.

Mande suas sugestões para melhorar nossas apostilas!

Escreva para palcokh@yahoo.com.br

Abraços!

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