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SEÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO

Pós-graduação em Engenharia de Transportes

D f
Deformações
õ na N
Notação
t ã IIndicial
di i l
MAJ MONIZ DE ARAGÃO

• Campo de deslocamentos; Componentes de deformação;


Relações deformação-deslocamento; Deformação linear
específica numa direção qualquer; Deformações Principais.

Referências bibliográficas:
• Elasticidade Não Linear, Taborda Garcia, L. F., Ed. Letra Capital,
2007.
• Theory of Elasticity, Timoshenko, S. P., Goodier, J.N., McGraw-Hill
Classic Textbook Reissue Series, 3rd Ed., 1970.
Notação
ç Indicial ((Indicial Notation))

Notação indicial é uma forma compacta de escrever sistemas de


equações.

Ela pode ser usada em substituição da forma escrita por extenso


ou representação matricial.
matricial

A matriz
t i é maisi valiosa
li para representar
t o armazenamento
t de
d
valores no sistema, mas para escrever equações em uma forma
compacta, e especialmente para tensores de ordem superior, a
notação indicial é mais eficiente.
Deformações:
ç notação
ç indicial

Na notação indicial
indicial, no lugar das variáveis
x3 , 3
x, y e z usa-se:
 x1 (subentende-se i=1, 2 ou 3) 3
 A
x  xi   x2
*
x
 3 “tensor de 1ª ordem”
x3
A
Desta forma, a posição dos pontos após a x2 2
x2 ,  2
deformação pode ser definida como:
x1
 i   i x1, x2 , x3  1
ou inversamente por:
x1, 1
xi  xi 1,  2 ,  3   i  Coordenadas Eulerianas
xi  Coordenadas Lagrangianas
Regras
g da notação
ç indicial

1 Quando um índice aparece uma única vez em um termo


1.
(monômio), é chamado de índice livre (unique/free index) e
assume sucessivamente os valores 1, 2 e 3. O número de índices
livres indica a ordem do tensor:
Regras
g da notação
ç indicial

2 Quando um índice aparece duas vezes em um termo (monômio)


2. (monômio), é
denominado de índice mudo (repeated/dummy index) e corresponde à
soma implícita de três termos (regra de soma de Einstein):

3. O mesmo índice pode não aparecer mais que duas vezes em qualquer
termo (monômio) dado dentro de uma equação.
Exemplos
p de notação
ç indicial

Bi 

Bi 

Tensor de 1ª ordem
Exemplos
p de notação
ç indicial

Tensor de 2ª ordem
Deformações:
ç notação
ç indicial

C
Como as coordenadas
d d E Eulerianas
l i i podem
d ser escritas
it em ffunção
ã dde
x1, x2 , x3, suas diferenciais totais são:

i indicial
i  i
 i   i  x1, x2 , x3   di 
Deformações: notação dx1  dx2  dx3
x1 x2 x3
Na notação indicial tem-se:
i
 di  d j
dx
x j

Analogamente, fazendo-se: xi  xi 1,  2 ,  3  , obtém-se:

xi
 dxi  d j
 j
Deformações:
ç notação
ç indicial

O comprimento ds do segmento AB fica então:

ds 2  dx1  dx2  dx3  dxi dxi


2 2 2

Na configuração deformada, temos analogamente:

*2
ds  d1  d 2  d 3  d i d i
2 2 2

mas d i 
 i  i  i
*2
dx j  ds  dx j dxk
x j x j xk
notação
ç indicial: delta de Kronecker

Exemplos:

Ai   ij A j
Aik   ij A jk
Deformações:
ç notação
ç indicial

Quantificando-se
Quantificando se a variação de comprimento do segmento através da
diferença entre os quadrados dos segmentos, após e antes da deformação,
evita-se a medição dos deslocamentos de corpo rígido, obtendo-se:

2  i  i
ds *  ds 2  dx j dxk  dxi dxi
x j xk 
 ij dx j  ik dxk

 
 jk dx j dxk
  i  i 
 ds  ds  
*2 2
  jk dx j dxk
 x x 

j k

2 ij
1   i  i  é o TENSOR DEFORMAÇÃO Ç DE GREEN,
  ij    jk 
2  x j xk  expresso em função das coordenadas
[Eq. 1]  Lagrangianas xi
Como o Tensor de Green se relaciona com a
definição de deformação linear específica ?

Denominando-se
Denominando se de ui as componentes do deslocamento de um ponto A
A, tem
tem-se
se
a seguinte relação entre as coordenadas:
ui  i  xi
x2 ,  2
exprimindo também os deslocamentos em
função das coordenadas Lagrangeanas,
pode-se obter:
p
A*
ui  ui x1 , x2 , x3 
u2 u
2 ui  i xi
A   
x2 x j x j x j

x1, 1  ij
 i ui
x1 u1     ij [[Eq.
q 2]]
x j x j
1
Como o Tensor de Green se relaciona com a
definição de deformação linear específica ?

Substituindo-se
S b tit i d a Eq.
E 2 na Eq.
E 1,1 obtém-se
bté a expressão
ã ddo T
Tensor d
de G
Green
em função dos deslocamentos:

1  uk  uk  
  ij     ki    kj    ij 
2  xi  
 x j  

1  uk uk uk uk 


  ijj     kjj   ki   ki kjj   ijj 
2  xi x j xi x j 

Pode-se
Pode se perceber que o tensor geral
1  ui u j uk uk  de (grande) deformação contém um
 ij    termo quadrático. Isto significa que
2  x j xi xi x j  todas as análises de grandes
deformações são não-lineares.
Regras
g da notação
ç indicial: convenção
ç da derivada

4 Uma vírgula entre índices implica uma derivada relativamente à


4.
variável designada pelo(s) índice(s) depois da vírgula:

u  2 ui
ui , j  i ui , jm 
x j x j xm

1  ui u j uk uk  1


  ij    
 ui , j  u j ,i  uk ,i uk , j
2  x j xi xi x j  2

Relações Deformação – Deslocamento
Si lifi
Simplificação
ã para pequenas mudanças
d d
de configuração
fi ã
Considerando a classe de p
problemas em q
que as derivadas dos deslocamentos
em relação às coordenadas são muito pequenas em relação à unidade:

uk uk
 1 ,  1
xi  i
os termos quadráticos na equação do tensor deformação se tornam de ordem
inferior em relação aos lineares, podendo ser desprezados. Além disso, passa a
ser irrelevante que as derivadas dos deslocamentos sejam calculadas para um
certo ponto na sua posição inicial ou final, não sendo necessário portanto se
di ti
distinguir
i entre
t coordenadas
d d L Lagrangeanas e E Eulerianas
l i nas expressões
õ d das
componentes da deformação.
Tem-se assim:

Assim, supondo-se que a deformação é


1
2

 ij  ui , j  u j ,i  pequena, caem os termos quadráticos do
t
tensor de
d Green
G e ele
l se iiguala
l àd
definição
fi i ã
de deformação específica linear
Relações Deformação – Deslocamento Lineares

Na notação algébrica usual: x1 , x2 , x3  x, y , z


u1 , u2 , u3  u , v, w
 11 ,  12 , ...   xx ,  xy , ...

 u
u  1  u v  1
 
 x x

 xy       xy
 2  y x  2
 v
  1  u w  1

 y  
 xz       xz
 y  2  z x  2
  w  1  v w  1
 z zz  yz 2  z  y   2  yz
 
  

 x é o alongamento relativo da projeção em x de um segmento elementar


originalmente na direção x.
 x é o alongamento relativo de um segmento elementar na direção x.
Deformação
ç linear numa direção
ç q qualquer
q

Na figura abaixo
abaixo, um segmento elementar PQ de comprimento ds e direção s é
representado na sua configuração inicial.

co-senos
co senos diretores:

 dx

 1 ds   coss, x 
d
 dy
 2
   coss, y 
 ds
   dz d
 coss, z 
 3
ds
Transformação
ç dos Tensores

Pode-se
Pode se mostrar pelas propriedades dos Tensores
Tensores, que o Tensor de primeira ou
segunda ordem pode ser colocado sob novas coordenadas x’, y’, z’ como:

Lei de Transformação do Tensor de 1ª ordem: ρ'  R ρ


Lei de Transformação do Tensor de 2ª ordem: ρ'  R ρ R t

onde:
  11  12  13   cos( x' , x) cos( x' , y ) cos( x' , z ) 
R   ij   21  22  23   cos(( y ' , x) cos(( y ' , y ) cos(( y ' , z )
 
 31  32  33   cos( z ' , x) cos( z ' , y ) cos( z ' , z ) 

R R t   ij  ji   ij  I
Deformação
ç linear numa direção
ç q qualquer
q

Após a deformação o segmento passa para a posição P


P*Q*
Q de comprimento ds
ds*.
As projeções dos deslocamentos up e uq sobre a direção s são dadas por:

us P  us   s
 du s 
us Q  u s P   ds
d
 ds 
Deformação
ç linear numa direção
ç q qualquer
q

Considerando se a hipótese de pequenas mudanças de configuração:


Considerando-se

 du s 
ds  u   ds  u s  ds
ds  ds
* s
 ds  du s
s   
ds ds ds

 s  u s ,i  si   si  sj  ij
Para deformações angulares:  st   si  tj  ij
Deformação
ç linear numa direção
ç q qualquer
q

 s x 
 
  s    s y   vetor de deformações no ponto M s
associado ao plano de normal s
 
 sz  M

 Fórmula de Cauchy

 s x   xx  xy  xz    
    
  s    s y    yx  yy  yz  m   i   ij  j
    zy  zz   n 
 s z   zx
Transformação
ç dos Tensores

Lei de Transformação do Tensor de 2ª ordem:

ε '
pq   pi  qj εij

Equações de compatibilidade de deformações:

εij ,kl  εkl ,ij  εki ,lj  εlj ,ki  0

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