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BC0103: Física Quântica UFABC Resolução da Lista 01 (Geral) v4

1. O que é um corpo negro e quais são as características da radiação por ele emitida?

Um corpo negro é um objeto capaz de absorver a maior parte da radiação incidente sem
refleti-la. Um corpo negro ideal absorveria toda a radiação incidente, sem refletir nada.
Todo corpo negro, ao absorver radiação, adquire energia que é liberada em forma de
emissão de radiação térmica. Por esse motivo, apesar do nome “corpo negro”, ele não é
necessariamente negro, pois a emissão de radiação pode possuir comprimentos de ondas
no espectro da luz visível aos seres humanos. Logo, o corpo negro pode absorver a radiação,
mas também emite e pode gerar luz.

2. Qual a origem da catástrofe do ultravioleta? Como este “efeito” está relacionado à hipótese
de Planck e ao surgimento da física quântica?

A origem da catástrofe do ultravioleta vem da impossibilidade de se prever a radiação em


função de um comprimento de onda emitida por corpos negros utilizando a mecânica
clássica. Ela levou esse nome pelo fato dos cálculos da fórmula de Rayleigh-Jeans
resultarem em que, na medida em que se tomasse comprimentos de onda pequenos, a
energia da radiação irradiada pelo corpo negro tenderia ao infinito.

Isso levou a Planck estudar uma alternativa para a mecânica clássica (a única que possuíam
até então). Planck percebeu que o problema estava na energia média por modo 𝑘𝑇, onde,
ao tomar que a energia média das cargas oscilantes era uma variável discreta, seus cálculos
condiziam com a função empírica. Assim, Planck postulou que essa energia deveria existir
apenas em pacotes, que seriam múltiplos inteiros de ℎ𝜈, onde ℎ é a constante de Planck e
𝜈 e a frequência da onda. Assim surgiu a física quântica.

3. A temperatura da superfície do sol é de cerca de 5800 K. Se fizéssemos a suposição de que


o sol é um corpo negro radiador, qual seria o comprimento de onda do pico de seu espectro
(isto é, o comprimento de onda em que o Sol irradia mais intensamente)? Em que região do
espectro visível ele se situa? Por que então, o sol parece amarelado?

De acordo com a lei de deslocamento de Wien:

𝜆𝑚 𝑇 = 2,898 × 10−3 𝑚 · 𝐾

2,898 × 10−3
∴ 𝜆𝑚 = = 499,7 𝑛𝑚
5800

De acordo com a figura 1, esse comprimento de onda se encontra na região da luz ciano.

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Figura 1. Espectro eletromagnético. (Fonte: Wikipedia)

Essa faixa se encontra praticamente no meio do espectro visível. Por esse motivo, o sol é
amarelado pelo resultado da radiação visível emitida por ele, que abrange em grande parte
todo o espetro visível com máxima correspondendo ao seu centro.

Figura 2. Espectro solar. (Fonte: Arcoweb)

4. Um corpo negro foi aquecido de temperatura 100°C até 400°C. Determine em quantas vezes
mudou a potência total da radiação emitida por este corpo.

De acordo com a lei de Stefan-Boltzmann:

𝑅 = 𝜎𝑇 4

𝑅𝑓 𝑇𝑓 4 272 + 400 4
∴ =( ) =( ) = 10,6 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠
𝑅𝑖 𝑇𝑖 272 + 100

5. Mostre que a lei de Stefan-Boltzmann e a lei de deslocamento de Wien podem ser extraídas
a partir da fórmula de Planck.

𝐶𝑜𝑚𝑜:

1
𝑅 = 𝑐𝑈 ,
4

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tomando a fórmula (lei) de Planck:

8𝜋ℎ𝑐𝜆−5
𝑢 (𝜆) = ,
𝑒 ℎ𝑐/𝜆𝑘𝑇 − 1

ao integrarmos sobre todos os comprimentos de onda:


∞ ∞
8𝜋ℎ𝑐𝜆−5
𝑈 = ∫ 𝑢(𝜆)𝑑𝜆 = ∫ 𝑑𝜆
𝑒 ℎ𝑐/𝜆𝑘𝑇 − 1
0 0

ℎ𝑐
𝛼=
𝜆𝑘𝑇

ℎ𝑐
⇒ 𝑑𝛼 = − 𝑑𝜆
𝜆2 𝑘𝑇

𝜆−5 𝜆2 𝑘𝑇
𝑈 = 8𝜋ℎ𝑐 ∫ (− 𝑑𝛼)
𝑒𝛼 − 1 ℎ𝑐
0


𝜆−3 𝑘𝑇
𝑈 = −8𝜋ℎ𝑐 ∫ ( ) 𝑑𝛼
𝑒 𝛼 − 1 ℎ𝑐
0


1 𝑘𝑇 1 𝑘𝑇 3 ℎ𝑐 3
𝑈 = −8𝜋ℎ𝑐 ∫ ( ) [( ) ( ) ] 𝑑𝛼
𝑒 𝛼 − 1 ℎ𝑐 𝜆3 ℎ𝑐 𝑘𝑇
0


1 𝑘𝑇 4 ℎ𝑐 3
𝑈 = −8𝜋ℎ𝑐 ∫ ( ) ( ) 𝑑𝛼
𝑒 𝛼 − 1 ℎ𝑐 𝜆𝑘𝑇
0


𝑘𝑇 4 𝛼3
𝑈 = −8𝜋ℎ𝑐 ( ) ∫ 𝛼 𝑑𝛼
ℎ𝑐 𝑒 −1
0

Logo:


𝛼3
𝑅 = (2𝜋𝑘 4 ℎ −3 𝑐 −2 ∫ 𝑑𝛼 ) 𝑇 4
𝑒𝛼 − 1
0

𝑅 = 𝜎𝑇 4 Lei de Stefan-Boltzmann ∎

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Por outro lado, ao maximizarmos a lei de Planck:

𝜕𝑢
=0
𝜕𝜆

𝜕 8𝜋ℎ𝑐𝜆−5
( ℎ𝑐⁄𝜆𝑘𝑇 )=0
𝜕𝜆 𝑒 −1

𝛿 = 8𝜋ℎ𝑐 𝑒 𝜂 = ℎ𝑐⁄𝑘

𝜕 𝜆−5
𝛿 ( 𝜂⁄𝜆𝑇 )=0
𝜕𝜆 𝑒 −1

𝜂 𝜂⁄𝜆𝑇
(−5𝜆−6 )(𝑒 𝜂⁄𝜆𝑇 − 1) − (𝜆−5 ) (− 𝑒 )
𝛿 𝜆2 𝑇 =0
(𝑒 𝜂⁄𝜆𝑇 − 1)2

𝜂
= 5 (1 − 𝑒 −𝜂⁄𝜆𝑇 )
𝜆𝑇
𝜂
𝜌=
𝜆𝑇

𝜌 = 5 (1 − 𝑒 −𝜌 )

𝜌→∞ ⇒ 5 (1 − 𝑒 −𝜌 ) → 5 ⇒ 𝜌→5

𝜌→5 ⇒ 5 (1 − 𝑒 −𝜌 ) → 4,9663 ⇒ 𝜌 → 4,9663

ℎ𝑐
∴ 𝜆𝑚𝑎𝑥 𝑇 =
𝑘 · 5 (1 − 𝑒 −𝜌 )

6,6626 × 10−34 · 2,9979 × 108


𝜆𝑚𝑎𝑥 𝑇 →
1,3807 × 10−23 · 4,9663

𝜆𝑚𝑎𝑥 𝑇 → 2,898 × 10−3 𝑚𝐾 Lei de deslocamento de Wien ∎

6. Mostre que a lei de Planck se reduz à lei de Rayleigh-Jeans para grandes comprimentos de
onda.

Tomando a lei de Planck:

8𝜋ℎ𝑐𝜆−5
𝑢(𝜆) = ,
𝑒 ℎ𝑐⁄𝜆𝑘𝑇 − 1

para quando:

𝜆→∞

𝑥 = ℎ𝑐⁄𝜆𝑘𝑇 → 0

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Logo, pela expansão de Taylor:



𝑥
𝑥𝑛
𝑥→0 ⇒ 𝑒 =∑
𝑛!
𝑛=0

𝑥2
𝑒𝑥 = 1 + 𝑥 + +⋯
2

𝑒𝑥 ≈ 1 + 𝑥

ℎ𝑐
∴ 𝑒 ℎ𝑐⁄𝜆𝑘𝑇 − 1 ≈
𝜆𝑘𝑇

8𝜋ℎ𝑐𝜆−5
𝜆 → ∞ ⇒ 𝑢 (𝜆) →
ℎ𝑐⁄𝜆𝑘𝑇

∴ 𝑢(𝜆) → 8𝜋𝑘𝑇𝜆−4 Lei de Rayleigh-Jeans ∎

7. A temperatura de um corpo negro diminui de 1000 K para 750 K. Determine como mudou o
comprimento de onda que corresponde ao máximo de emissão do espectro de radiação
deste corpo.

De acordo com a lei de deslocamento de Wien:

𝜆𝑚𝑎𝑥 𝑇 = 2,898 × 10−3 𝑚𝐾

𝜆𝑚𝑎𝑥 𝑓 𝑇𝑖 1000
∴ = = = 1,33 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠
𝜆𝑚𝑎𝑥 𝑖 𝑇𝑓 750

Logo, o comprimento de onda que corresponde ao máximo de emissão do espectro de


radiação do corpo aumentou em 1/3.

8. Em quantas vezes aumenta a potência total de radiação emitida pelo corpo negro se o
máximo de radiação desloca-se da região perto do vermelho λ = 0.70 µm do espectro para
região perto do ultravioleta λ = 0.35 µm?

De acordo com a lei de Stephen-Boltzmann e a lei de deslocamento de Wien:

𝑅 = 𝜎𝑇 4 , 𝜆𝑚𝑎𝑥 𝑇 = 2,898 × 10−3 𝑚𝐾


4 4
𝑅𝑓 𝜆𝑚𝑎𝑥 𝑖 0,70 × 10−6
∴ =( ) =( ) = 16 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠
𝑅𝑖 𝜆𝑚𝑎𝑥 𝑓 0,35 × 10−6

Logo, a potência total de radiação emitida pelo corpo negro aumenta em 16 vezes.

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9. A medida do comprimento de onda para a qual a distribuição R(λ) é máxima indica que a
temperatura da superfície da estrela é 3000 K. Se a potência irradiada pela estrela é 100
vezes maior que a potência irradiada pelo Sol, qual seria o tamanho da estrela?

Dado: temperatura da superfície do Sol = 5800 K.

Dica: para um corpo negro R = P/A, onde R é a potência irradiada por unidade de área, P é
a potência total irradiada e A é a área do corpo, e suponha que as estrelas são corpos
negros.

Dado que:

𝑃
𝑅= ,
𝐴

então, assumindo que as estrelas são esféricas:

𝐴∗ 𝑟∗ 2 𝑃∗ 𝑅𝑠
=( ) = · ,
𝐴𝑠 𝑟𝑠 𝑃𝑠 𝑅∗

onde ∗ indica a estrela em questão e 𝑠 indica o Sol.

Utilizando a lei de Stephen-Boltzmann:

𝑅 = 𝜎𝑇 4 ,

tem-se:

𝑟∗ 𝑃∗ 𝑇𝑠 4
=√ ·( )
𝑟𝑠 𝑃𝑠 𝑇∗

𝑟∗ 5800 2
∴ = 10 ( ) = 37,4 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠
𝑟𝑠 3000

Assim, assumindo que ambas as estrelas são esféricas, a estrela é 37,4 vezes maior que o
Sol.

10. Quais características experimentais do efeito fotoelétrico podem ser explicadas


classicamente? Quais não podem?

Do ponto de vista clássico, experimentalmente no efeito fotoelétrico, o aumento da


intensidade da luz incidente aumenta a corrente do circuito.

Por outro lado, o aumento da intensidade da luz incidente também aumenta a amplitude
do campo elétrico 𝐸 da luz. Esse campo exerce uma força 𝑒𝐸 que aumentaria a energia
cinética dos elétrons da placa, o que não condiz com os experimentos.

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Classicamente, o efeito também deveria ocorrer independente da frequência da luz


incidente e tal expulsão do elétron deveria acontecer em um dado tempo de acúmulo de
energia, dado pelo seu espalhamento na frente de onda, para vencer a sua ligação no
material. Para uma luz pouco intensa, esse tempo seria suficientemente grande para que
fosse possível sua medição. Nada disso também condisse com os dados experimentais.

11. Quais foram os argumentos de Einstein para introduzir o conceito de fótons e como ele
explicava as falhas na teoria clássica?

Einstein argumentou que toda energia radiante está quantizada em pacotes concentrados
chamados de fótons. Parte do argumento explicava que os efeitos de interferência e
radiação eletromagnética observados na luz aconteciam porque os experimentos
utilizavam uma quantidade muito grande de fótons, pois retornavam médias de seus
comportamentos individuais.

Por meio de seu argumento, Einstein explicara que o aumento da intensidade da luz
aumentava a quantidade de fótons interagindo os elétrons da placa. Isso aumentaria a
probabilidade dos elétrons serem expulsos dos átomos, o que aumentaria a corrente do
circuito até um certo limiar de acordo com a quantidade máxima de elétron expostos.

Einstein também explicara que cada fóton possui uma energia quantizada de, de acordo
com a teoria de Planck, múltiplos inteiros de ℎ𝜈. Dessa forma, a energia cinética dos
elétrons não seria influenciada pela quantidade de fótons incidentes, mas pela magnitude
do pacote de energia que é dada pelo comprimento de onda da luz incidente, uma vez que
cada elétron poderia interagir apenas com um único fóton por vez. Para tal, cada elemento
possuiria uma energia limiar 𝜙 para que seus elétrons pudessem ser removidos, chamada
de função trabalho, que fornece a fórmula para a energia cinética do elétron ao absorver
um fóton:

𝐾𝑚𝑎𝑥 = ℎ𝜈 − 𝜙

Quanticamente, como a energia é fornecida em pacotes discretos, não há a necessidade de


um tempo de acúmulo de energia pois a absorção do fóton pelo elétron seria imediata, o
que emitiria um fotoelétron no mesmo momento caso a energia do fóton fosse maior que
a função trabalho do átomo elementar presente na placa.

12. (a) A energia necessária para que um elétron seja removido do sódio é de 2,3 eV. O sódio
apresenta efeito fotoelétrico para a luz amarela, com λ = 589 nm?

(b) Qual o comprimento de onda de corte para a emissão fotoelétrica do sódio?

De acordo com a equação de Einstein:

𝐾𝑚𝑎𝑥 = ℎ𝜈 − 𝜙 ,

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quando a energia cinética máxima de um elétron for igual a zero, temos:

ℎ𝜈0 = 𝜙

Logo:

𝑐 ℎ𝑐
𝜆0 = =
𝜈0 𝜙

6,626068 × 10−34 · 2,997925 × 108


∴ 𝜆0 = = 540 𝑛𝑚
2,3 · 1,602177 × 10−19

De acordo com a figura 1, o sódio apresenta efeito fotoelétrico na faixa da luz verde de 540
nm, e não para luz amarela.

13. O comprimento de onda limite para o potássio é de 558 nm. Qual é a função trabalho para
o potássio? Qual é o potencial de freamento quando é usada luz de comprimento de onda
de 400 nm?

De acordo com a equação de Einstein:

𝐾𝑚𝑎𝑥 = ℎ𝜈 − 𝜙 ,

quando a energia cinética máxima de um elétron for igual a zero, temos:

𝜙 = ℎ𝜈0

ℎ𝑐
⇒ 𝜙=
𝜆0

6,626068 × 10−34
( ) · 2,997925 × 108
1,602177 × 10−19
∴ 𝜙= = 2,22 𝑒𝑉
558 × 10−9

Assim, a função trabalho do potássio é de 2,33 eV.

Para o potencial de freamento (corte) 𝑉0 :

𝐾𝑚𝑎𝑥 = 𝑒𝑉0

Logo, para um elétron temos:

𝑒𝑉0 ℎ𝑐
= 𝑉0 = −𝜙
𝑒 𝜆0

6,626068 × 10−34 · 2,997925 × 108


∴ 𝑉0 = ( ) − 2,22 = 0,880 𝑉
1,602177 × 10−19 · 400 × 10−9

Dessa forma, o potencial de freamento para a luz incidente de 400 nm é de 0,880 V.

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14. Incide-se sobre o potássio luz de comprimento de onda igual a 400 nm e intensidade 10 −2
W/m2. Estime o intervalo de tempo para a emissão de elétrons esperado classicamente.
Suponha que o raio médio do potássio seja da ordem de 10-10 m e utilize a função trabalho
obtida na questão anterior.

Como a intensidade 𝐼 é igual a razão entre a potência 𝑃 e área 𝐴, temos:

𝑃 Δ𝐸
𝐼= =
𝐴 𝐴Δ𝑡

Logo:

Δ𝐸
Δ𝑡 =
𝜋𝑟 2 𝐼

Como a energia transferida ao elétron para ejetá-lo do átomo é a função trabalho, segue:

ϕ
Δ𝑡 =
𝜋𝑟 2 𝐼

2,22 · 1,602177 × 10−19


∴ Δ𝑡 = = 1,13 × 103 𝑠 = 18,8 𝑚𝑖𝑛
𝜋 (10−10 )2 · 10−2

Assim, o intervalo de tempo estimado para a emissão de elétrons esperado classicamente


é de 18 min 50 s.

15. O molibdênio metálico tem de absorver radiação com a frequência mínima de 1.09 × 1015
s−1 antes que ele emita um elétron de sua superfície via efeito fotoelétrico.

(a) Qual é a energia mínima necessária para produzir esse efeito?

(b) Qual comprimento de onda de radiação fornecerá um fóton com essa energia?

(c) Se o molibdênio é irradiado com luz com comprimento de onda de 120 nm, qual é a
possível energia cinética máxima dos elétrons emitidos?

De acordo com a equação de Einstein:

𝐾𝑚𝑎𝑥 = ℎ𝜈 − 𝜙 ,

quando a energia cinética máxima de um elétron for igual a zero, temos:

𝜙 = ℎ𝜈0

6,626068 × 10−34
∴ 𝜙=( ) 1,09 × 1015 = 4,51 𝑒𝑉
1,602177 × 10−19

Assim, a energia mínima necessária para produzir o efeito fotoelétrico é de 4,51 eV.

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O comprimento de onda de radiação 𝜆0 para o fóton com essa energia é de:

𝑐
𝜆0 =
𝜈0

2,997925 × 108
∴ 𝜆0 = = 275 𝑛𝑚
1,09 × 1015

De acordo com a figura 1, o molibdênio apresenta efeito fotoelétrico na faixa da luz


ultravioleta de 275 nm.

Se o molibdênio for irradiado com luz com comprimento de onda de 120 nm, a possível
energia cinética máxima dos elétrons emitidos é de:

ℎ𝑐
𝐾𝑚𝑎𝑥 = −𝜙
𝜆0

6,626068 × 10−34 2,997925 × 108


∴ 𝐾𝑚𝑎𝑥 = ( ) − 4,51 = 5,82 𝑒𝑉
1,602177 × 10−19 120 × 10−9

16. Numa experiência fotoelétrica na qual se usa luz monocromática e um foto-catodo de sódio,
encontramos um potencial de corte de 1,85 V para λ = 300 nm e de 0,82 V para λ = 400 nm.
Destes dados, determine:

(a) O valor da constante de Planck.

(b) A função trabalho do sódio em eV.

(c) O comprimento de onda limite para o sódio.

De acordo com a equação de Einstein:

𝐾𝑚𝑎𝑥 = 𝑒𝑉0 = ℎ𝜈 − 𝜙

Logo:

ℎ𝑐 1 𝜙
𝑉0 = −
𝑒 𝜆0 𝑒

Dessa forma, o coeficiente angular de inclinação da curva de um gráfico de 𝑉0 por 1⁄𝜆0 é


de ℎ𝑐⁄𝑒. Assim:

ℎ𝑐 Δ𝑉0
=
𝑒 Δ 1⁄𝜆0

Logo:

𝑒 (𝑉0𝑓 − 𝑉0 𝑖 )
ℎ=
1 1
𝑐( − )
𝜆0 𝑓 𝜆0 𝑖

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1,602177 × 10−19 (1,85 − 0,82)


∴ ℎ= = 6,61 × 10−34 𝐽 · 𝑠
8 1 1
2,997925 × 10 ( − )
300 × 10−9 400 × 10−9

Assim, para esse experimento, a constante de Planck obtida foi de 6,61 x 10-34 J·s, o que
retorna uma precisão de dois algarismos significativos.

A função trabalho do sódio é de:

ℎ𝑐
𝜙= − 𝑒𝑉0
𝜆

6,626068 × 10−34 · 2,997925 × 108 1


∴ 𝜙= −19
( ) − 1,85
1,602177 × 10 300 × 10−9
6,626068 × 10−34 · 2,997925 × 108 1
= −19
( ) − 0,82 = 2,28 𝑒𝑉
1,602177 × 10 400 × 10−9

E o comprimento de onda limite para o sódio é de:

ℎ𝑐
𝜆0 =
𝜙

6,626068 × 10−34 · 2,997925 × 108 1


∴ 𝜆0 = ( ) = 544 𝑛𝑚
1,602177 × 10−19 2,28

De acordo com a figura 1 e o experimento, o sódio apresenta efeito fotoelétrico na faixa da


luz verde de 544 nm.

17. Os comprimentos de onda da luz visível vão de 380 nm a 750 nm, aproximadamente.

(a) Qual o intervalo de energias, em eVs, dos fótons de luz visível?

(b) Em condições normais, o olho humano é capaz de perceber um clarão se


aproximadamente 50 fótons chegarem a córnea. Qual a energia associada a esses 50 fótons
se o comprimento de onda for 550 nm?

Para os fótons de luz visível, segue:

ℎ𝑐 6,626068 × 10−34 · 2,997925 × 108 1


𝐸𝑖 = = −19
( ) = 3,26 𝑒𝑉
𝜆𝑖 1,602177 × 10 380 × 10−9

ℎ𝑐 6,626068 × 10−34 · 2,997925 × 108 1


𝐸𝑓 = = −19
( ) = 1,65 𝑒𝑉
𝜆𝑓 1,602177 × 10 750 × 10−9

Assim, o intervalo de energias dos fótons de luz visível vai de 1,65 eV a 3,26 eV.

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Para o clarão de 50 fótons, sua energia associada com comprimento de onda de 550 nm é
de:

ℎ𝑐
𝐸𝑡 = 50 𝐸 = 50
𝜆

6,626068 × 10−34 · 2,997925 × 108 1


∴ 𝐸𝑡 = 50 · −19
( ) = 113 𝑒𝑉
1,602177 × 10 550 × 10−9

18. Os aparelhos de raio X utilizados pelos dentistas funcionam com uma tensão da ordem de
90 kV para aceleração dos elétrons emitidos por um cátodo. Suponha que os elétrons são
emitidos com energia cinética inicial desprezível. Determine o comprimento de onda mínimo
dos raios X produzidos por esses aparelhos. Justifique sua resposta explicando como se dá
a produção de raios X.

A produção de raio X se dá pelo bombardeio de elétrons aceleradas pelo cátodo em um


anodo. Esses elétrons desaceleram ao se chocarem com o núcleo dos átomos do anodo
devido à interação coulombiana, pois transferem momento para o núcleo. Essa
desaceleração submete o elétron a uma perda de energia, o que acaba gerando ondas
eletromagnéticas como um fóton de raio X.

Como o raio X emitido deve ter energia máxima igual ao do elétron incidente que perde
toda a sua energia, de acordo com a equação de Einstein, para um elétron:

ℎ𝑐
𝐾𝑚𝑎𝑥 = ℎ𝜈𝑚𝑎𝑥 =
𝜆𝑚𝑖𝑛

Para um elétron, segue que:

𝑉0 = 𝐾𝑚𝑎𝑥

Logo, comprimento de onda mínimo 𝜆𝑚𝑖𝑛 para que os elétrons sejam ejetados do anodo é:

ℎ𝑐
𝜆𝑚𝑖𝑛 =
𝑉0

6,626068 × 10−34 · 2,997925 × 108 1


∴ 𝜆𝑚𝑖𝑛 = −19
( ) = 0,14 Å𝑚
1,602177 × 10 90 × 103

19. Calcule o valor de ∆λ para um fóton espalhado a um ângulo de 60°:

(a) por um próton livre.

(b) por um elétron livre.

(c) por uma molécula de N2 presente no ar.

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De acordo com a equação de Compton:


Δ𝜆 = (1 − cos 𝜃) ,
𝑚𝑐

onde:

ℎ 6,626068 × 10−34
(1 − cos 60°) = (1 − cos 60°) ≈ 1,105 × 10−42 𝑚 · 𝑘𝑔
𝑐 2,997925 × 108

Logo, o deslocamento de Compton em um ângulo de 60° para um próton livre é de:

1,105 × 10−42
Δ𝜆𝑝 = = 0,66 × 10−6 Å𝑚
1,672622 × 10−27

Enquanto, para o elétron livre é de:

1,105 × 10−42
Δ𝜆𝑒 = = 0,012 Å𝑚
9,109382 × 10−31

E para uma molécula de N² presente no ar é de:

1,105 × 10−42
Δ𝜆𝑁2 = = 0,24 × 10−6 Å𝑚
2 · 14 · 1,660539 × 10−27

20. O comprimento de onda de uma certa linha da série de Balmer é 379.1 nm. A que transição
corresponde essa linha?

De acordo com a fórmula de Rydberg-Ritz:

1 1 1
= 𝑅( 2
− 2) ,
𝜆𝑚𝑛 𝑚 𝑛

tem-se:

1
𝑛=
√1⁄𝑚 2 − 1⁄(𝑅𝜆𝑚𝑛 )

Logo, para a série de Balmer com 𝑚 = 2:

1
𝑛=
√1⁄4 − 1⁄(𝑅𝜆𝑚𝑛 )

1
∴ 𝑛= = 10
√1⁄4 − 1⁄(1,097373 × 107 · 379,1 × 10−9 )

Assim, a transição correspondente para o comprimento de onda dado na série de Balmer e


da camada 𝑛 = 10 para a camada 𝑚 = 2.

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21. Um astrônomo descobre uma nova linha de absorção com λ = 164.1 nm na região
ultravioleta do espectro contínuo do Sol. Ele atribui a linha à série de Lyman do hidrogênio.
A hipótese está correta? Justifique sua resposta.

De acordo com a fórmula de Rydberg-Ritz:

1 1 1
= 𝑅( 2
− 2) ,
𝜆𝑚𝑛 𝑚 𝑛

tem-se:

1
𝑛=
√1⁄𝑚 2 − 1⁄(𝑅𝜆𝑚𝑛 )

Logo, para a série de Lyman com 𝑚 = 1:

1
𝑛=
√1 − 1⁄(𝑅𝜆𝑚𝑛 )

1
∴ 𝑛= = 1,5
√1 − 1⁄(1,097373 × 107 · 164,1 × 10−9 )

Para a série de Lyman, a transição para o comprimento de onda dado corresponderia à


camada 𝑛 = 1 para a camada 𝑛 = 1,5, a qual não poderia existir, pois as posições
delimitadas possíveis de acordo com o modelo atômico de Bohr são bem definidas uma vez
que a energia é quantizada.

22. Em uma amostra que poderia conter hidrogênio, entre outros elementos, quatro linhas
espectrais são observadas no infravermelho com comprimentos de onda de 7460 nm, 4654
nm, 4103 nm e 3741 nm. Para se descobrir se há hidrogênio e etc. na amostra pode-se
comparar essas linhas com a dos espectros característicos dos elementos. Quais dessas
linhas pertencem ao espectro característico do hidrogênio?

De acordo com a fórmula de Rydberg-Ritz:

1 1 1
= 𝑅( 2
− 2) ,
𝜆𝑚𝑛 𝑚 𝑛

tem-se:

1
𝑛=
√1⁄𝑚 2 − 1⁄(𝑅𝜆𝑚𝑛 )

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Logo, para a série de Pfund, que demandaria menos energia, logo, maior comprimento de
onda, com 𝑚 = 5:

1
𝑛=
√1⁄25 − 1⁄(𝑅𝜆𝑚𝑛 )

Assim, para o comprimento de onda de 7460 𝑛𝑚:

1
𝑛1 = =6
√1⁄25 − 1⁄(1,097373 × 107 · 7460 × 10−9 )

Para o comprimento de onda de 4654 𝑛𝑚:

1
𝑛2 = =7
√1⁄25 − 1⁄(1,097373 × 107 · 4654 × 10−9 )

Para o comprimento de onda de 4103 𝑛𝑚:

1
𝑛3 = = 7,5
√1⁄25 − 1⁄(1,097373 × 107 · 4103 × 10−9 )

E para o comprimento de onda de 3741 𝑛𝑚:

1
𝑛4 = =8
√1⁄25 − 1⁄(1,097373 × 107 · 3741 × 10−9 )

Assim, apenas as linhas correspondentes aos comprimentos de onda de 7460 𝑛𝑚,


4654 𝑛𝑚 e 3741 𝑛𝑚, que possuem transições da camada 𝑚 = 5 para as camadas 𝑛1 = 6,
𝑛2 = 7 e 𝑛4 = 8, respectivamente, pertencem ao seu espectro de emissão.

23. O muón é uma partícula idêntica ao elétron exceto pela massa, que é de 105.7 MeV/c²
(cerca de 207 vezes a massa do elétron). Um muón pode ser capturado por um próton
formando um átomo muônico. Calcule, para este átomo:

a) O raio da primeira orbita de Bohr.

b) A energia do estado fundamental.

c) O comprimento de onda mais curto e o mais longo para a série de Balmer.

De acordo com a mecânica clássica, a força magnética 𝐹𝑚 de atração do muón ao centro do


elétron é dada pela fórmula:

𝑍𝑒 2
𝐹𝑚 = 𝑒𝐸 =
4𝜋𝜖0 𝑟 2

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Como, pela primeira lei de Newton e desprezando a correção de massa reduzida:

𝑚𝑣 2
𝐹 = 𝑚𝑎𝑐 =
𝑟

Onde 𝑎𝑐 é a aceleração centrípeta (tomando como modelo o átomo de Bohr), segue que:

𝑍𝑒 2 𝑚𝑣 2
= ,
4𝜋𝜖0 𝑟 2 𝑟

onde:

𝑍𝑒 2
𝑟=
4𝜋𝜖0 𝑚𝑣 2

Assim, de acordo com postulado de Bohr:

𝐿 = 𝑛ℏ = 𝑟⃗ × 𝑝⃗ = 𝑚𝑟𝑣 ,

onde:

𝑛ℏ
𝑣= ,
𝑚𝑟

tem-se:

𝑍𝑒 2 𝑚 2 𝑟 2
𝑟= ( )
4𝜋𝜖0 𝑚 𝑛2 ℏ2

𝑛2 ℏ2
⇒ 𝑟 = 4𝜋𝜖0
𝑚𝑍𝑒 2

Para a primeira órbita do átomo onde 𝑛 = 1:

2
6,626 × 10−34
2
1 ·( 2𝜋 )
∴ 𝑟 = 4𝜋 · 8,854 × 10−12
105,7 × 106 · 1,602 × 10−19
· 1 · (1,602 × 10−19 )2
(2,998 × 108 )2
= 2,559 × 10−3 Å𝑚

Logo, o raio do átomo formado entre um muón e um próton é de 2,559 × 10−3 Å𝑚.

Agora, a energia potencial devido a força de atração do núcleo vinda de fora do átomo à
uma distância 𝑟 do centro é:
∞ ∞
𝑍𝑒 2 𝑍𝑒 2 1 1 ∞
𝑈 = − ∫ 𝐹𝑚 𝑑𝑟 = − ∫ 𝑑𝑟 = − [(− ) − (− )] |
4𝜋𝜖0 𝑟 2 4𝜋𝜖0 𝑟𝑓 𝑟𝑖 𝑟
𝑟 𝑟

𝑍𝑒 2
⇒ 𝑈=−
4𝜋𝜖0 𝑟

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E a energia cinética do muón devido ao seu movimento translacional é:

1 2
1 𝑍𝑒 2
𝐾 = 𝑚𝑣 = ·
2 2 4𝜋𝜖0 𝑟

Logo, a energia total do muón em seu estado fundamental é:

1 𝑍𝑒 2 𝑍𝑒 2 𝑍𝑒 2 1
𝐸 = 𝐾+𝑈 = · − = ( − 1)
2 4𝜋𝜖0 𝑟 4𝜋𝜖0 𝑟 4𝜋𝜖0 𝑟 2

𝑍𝑒 2
⇒ 𝐸 =− = −𝐾
8𝜋𝜖0 𝑟

1 · (1,602 × 10−19 )2
8𝜋 · 8,854 × 10−12 · 2,559 × 10−13
∴ 𝐸=− = −2,813 𝐾𝑒𝑉
1,602 × 10−19

Assim, a energia do estado fundamental do átomo é de −2,813 𝐾𝑒𝑉.

Podemos escrever a energia também como:

𝑍𝑒 2 𝑚𝑍𝑒 2
𝐸=− · =
8𝜋𝜖0 4𝜋𝜖0 𝑛2 ℏ2

𝑚𝑍 2 𝑒 4 1
⇒𝐸=− 2 2
· 2
(4𝜋𝜖0 ) 2ℏ 𝑛

Pelo postulado de Bohr, segue que a frequência 𝜈 da radiação eletromagnética emitida


quando o muón sofre uma transição de estado quântico 𝑛𝑖 para 𝑛𝑓 :

𝐸𝑖 − 𝐸𝑓 1 2 𝑚𝑍 2 𝑒 4 1 1
𝜈= =( ) 3
( 2 − 2)
ℎ 4𝜋𝜖0 4𝜋ℏ 𝑛𝑓 𝑛𝑖

Como:

𝑐
𝜈= ,
𝜆

temos que:

1 1 2 𝑚𝑍 2 𝑒 4 1 1
=( ) 3
( 2 − 2)
𝜆 4𝜋𝜖0 4𝜋ℏ 𝑐 𝑛𝑓 𝑛𝑖

1 1 1
= 𝑅∞ 𝑍 2 ( 2 − 2 )
𝜆 𝑛𝑓 𝑛𝑖

−1
1 1
⇒ 𝜆 = [𝑅∞ 𝑍 2 ( 2 − 2 )] ,
𝑛𝑓 𝑛𝑖

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onde:

4𝜋ℏ3 𝑐
(𝑅∞ 𝑍 2 )−1 = (4𝜋𝜖0 )2
𝑚𝑍 2 𝑒 4
= (4𝜋 · 8,854
3
6,626 × 10−34
4𝜋 ( 2𝜋 ) · 2,998 × 108
−12 )2
× 10
105,7 × 106 · 1,602 × 10−19 2
(2,998 × 108 )2 · 1 · (1,602 × 10−19 )4
= 4,40789 Å𝑚

Logo, para a série de Balmer, onde 𝑛𝑓 = 2, o comprimento de onda mais curto 𝜆𝑚𝑖𝑛
acontece quando 𝑛𝑖 → ∞:

−1
1
𝜆𝑚𝑖𝑛 = 4,40789 × 10−10 ( − 0) = 1,763 𝑛𝑚
22

E o comprimento de onda mais longo 𝜆𝑚𝑎𝑥 acontece quando 𝑛𝑖 = 3:

−10
1 1 −1
𝜆𝑚𝑎𝑥 = 4,40789 × 10 ( 2 − 2 ) = 3,174 𝑛𝑚
2 3

24. (a) Calcule os três comprimentos de onda mais longos (em Å) da série de Lyman e indique
sua posição em uma escala linear horizontal. Indique também o limite da série
(comprimento de onda mais curto) nessa escala. Algumas dessas linhas está no visível?

(b) Repita este mesmo procedimento para as séries de Pashen e Brackett.

(c) Calcule a frequência, comprimento de onda e o número de onda da raia H β, que


correspondem a transições de n = 4 para n = 2, da série de Balmer.

De acordo com a dedução do exercício 23, o comprimento de onda da radiação


eletromagnética emitida quando o elétron sofre uma transição de estado quântico 𝑛𝑖 para
𝑛𝑓 é:

1 1 2 𝑚𝑍 2 𝑒 4 1 1 1 1
=( ) 3
( 2 − 2 ) = 𝑅∞ 𝑍 2 ( 2 − 2 )
𝜆 4𝜋𝜖0 4𝜋ℏ 𝑐 𝑛𝑓 𝑛𝑖 𝑛𝑓 𝑛𝑖

−1
1 1
⇒ 𝜆 = [𝑅∞ 𝑍 2 ( 2 − 2 )] ,
𝑛𝑓 𝑛𝑖

onde, tomando a massa do elétron igual a 9,109 × 10−31 𝑘𝑔 e 𝑍 = 1:

4𝜋ℏ3 𝑐
(𝑅∞ 𝑍 2 )−1 = (4𝜋𝜖0 )2
𝑚𝑍 2 𝑒 4
3
6,626 × 10−34
4𝜋 ( 2𝜋 ) · 2,998 × 108
−12 2
= (4𝜋 · 8,854 × 10 )
9,109 × 10−31 · 12 · (1,602 × 10−19 )4
−8
= 9,11663 × 10 𝑚

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Logo, para a série de Lyman, onde 𝑛𝑓 = 1, os 3 comprimentos de onda mais longos 𝜆𝐿 𝑚𝑎𝑥 1,
𝜆𝐿 𝑚𝑎𝑥 2 e 𝜆𝐿 𝑚𝑎𝑥 3 acontecem quando 𝑛𝑖 1 = 2, 𝑛𝑖 2 = 3 e 𝑛𝑖 3 = 4, respectivamente:

−8
1 1 −1
𝜆𝐿 𝑚𝑎𝑥 1 = 9,11663 × 10 ( 2 − 2 ) = 1 216 Å𝑚
1 2

1 1 −1
𝜆𝐿 𝑚𝑎𝑥 2 = 9,11663 × 10−8 ( − ) = 1 026 Å𝑚
12 32

1 1 −1
𝜆𝐿 𝑚𝑎𝑥 3 = 9,11663 × 10−8 ( − ) = 972,4 Å𝑚
12 42

E o comprimento de onda mais curto 𝜆𝐿 𝑚𝑖𝑛 acontece quando 𝑛𝑖 → ∞:

−1
1
𝜆𝐿 𝑚𝑖𝑛 = 9,11663 × 10−8 ( − 0) = 911,7 Å𝑚
12

Para a série de Pashen, onde 𝑛𝑓 = 3, os 3 comprimentos de onda mais longos 𝜆𝑃 𝑚𝑎𝑥 1 ,


𝜆𝑃 𝑚𝑎𝑥 2 e 𝜆𝑃 𝑚𝑎𝑥 3 acontecem quando 𝑛𝑖 1 = 4, 𝑛𝑖 2 = 5 e 𝑛𝑖 3 = 6, respectivamente:

−8
1 1 −1
𝜆𝑃 𝑚𝑎𝑥 = 9,11663 × 10 ( 2 − 2 ) = 18 754 Å𝑚
1 3 4

−8
1 1 −1
𝜆𝑃 𝑚𝑎𝑥 2 = 9,11663 × 10 ( 2 − 2 ) = 12 820 Å𝑚
3 5

1 1 −1
𝜆𝑃 𝑚𝑎𝑥 3 = 9,11663 × 10−8 ( − ) = 10 940 Å𝑚
32 62

E o comprimento de onda mais curto 𝜆𝑃 𝑚𝑖𝑛 acontece quando 𝑛𝑖 → ∞:

−1
1
𝜆𝑃 𝑚𝑖𝑛 = 9,11663 × 10−8 ( − 0) = 8 205 Å𝑚
32

Para a série de Brackett, onde 𝑛𝑓 = 4, os 3 comprimentos de onda mais longos 𝜆𝐵𝑟 𝑚𝑎𝑥 1 ,
𝜆𝐵𝑟 𝑚𝑎𝑥 e 𝜆𝐵𝑟 𝑚𝑎𝑥 acontecem quando 𝑛𝑖 1 = 5, 𝑛𝑖 2 = 6 e 𝑛𝑖 3 = 7, respectivamente:
2 3

−8
1 1 −1
𝜆𝐵𝑟 𝑚𝑎𝑥 1 = 9,11663 × 10 ( 2 − 2 ) = 40 518 Å𝑚
4 5

−8
1 1 −1
𝜆𝐵𝑟 𝑚𝑎𝑥 2 = 9,11663 × 10 ( 2 − 2 ) = 26 256 Å𝑚
4 6

−8
1 1 −1
𝜆𝐵𝑟 𝑚𝑎𝑥 3 = 9,11663 × 10 ( 2 − 2 ) = 21 659 Å𝑚
4 7

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E o comprimento de onda mais curto 𝜆𝐵𝑟 𝑚𝑖𝑛 acontece quando 𝑛𝑖 → ∞:

−1
1
𝜆𝐵𝑟 𝑚𝑖𝑛 = 9,11663 × 10−8 ( − 0) = 14 587 Å𝑚
42

Para a série de Balmer, onde 𝑛𝑓 = 2, o comprimentos de onda 𝜆𝐵𝑎 quando 𝑛𝑖 = 4 é:

−8
1 1 −1
𝜆𝐵𝑎 = 9,11663 × 10 ( 2 − 2 ) = 4 862 Å𝑚
2 4

Seu número de onda e frequência são, respectivamente:

1 1
𝜅= = = 2,057 𝑀𝑚 −1
𝜆𝐵𝑎 4862 × 10−10

𝑐 2,998 × 108
𝜈= = = 61,66 𝑃𝐻𝑧
𝜆𝐵𝑎 4862 × 10−10

25. (a) Calcule a energia de um elétron na órbita n = 1 do tungstênio, tomando Z −1 como carga
efetiva do núcleo.

(b) O valor experimental dessa energia é 69.5 keV. Suponha que a carga nuclear efetiva é (Z
− σ), onde σ é a chamada constante de blindagem, e calcule o valor de σ a partir do resultado
experimental.

De acordo com a dedução do exercício 23, a energia de um elétron na órbita de um átomo


é:

𝑚𝑍 2 𝑒 4 1
𝐸= 2 2
· 2
(4𝜋𝜖0 ) 2ℏ 𝑛

Sabendo que o número atômico 𝑍0 do tungstênio é 74 e a massa do elétron igual a 9,109 ×


10−31 𝑘𝑔, segue:

9,109 × 10−31 · (74 − 1)2 (1,602 × 10−19 )4 1


𝐸= 2 · = −11,61 𝑓𝐽 = 72,48 𝑘𝑒𝑉
6,626 × 10−34 12
(4𝜋 · 8,854 × 10−12 )2 · 2 · ( )
2𝜋

Para a constante de blindagem 𝜎, tem-se:

𝑚(𝑍 − 𝜎)2 𝑒 4 1
𝐸= ·
(4𝜋𝜖0 )2 2ℏ2 𝑛2

(4𝜋𝜖0 )2 2ℏ2 𝑛2
⇒ 𝜎 = 𝑍 − √𝐸
𝑚𝑒 4

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Logo, o resultado experimental 𝐸 = 69,5 𝑘𝑒𝑉 indica que a constante de blindagem é:

2
6,626 × 10−34
(4𝜋 · 8,854 × 10−12 )2 · 2 · ( ) · 12
√ 2𝜋
𝜎 = 74 − (69,5 × 103 · 1,602 × 10−19 )
9,109 × 10−31 · (1,602 × 10−19 )4

𝜎 = 2,5

26. Enuncie e discuta as consequências do princípio da correspondência.

No limite de grandes órbitas e altas energias, os resultados quânticos devem coincidir com
os resultados clássicos. De acordo com o princípio de correspondência, sejam quais forem
as modificações introduzidas na física clássica para descrever o comportamento da matéria
em nível submicroscópico, quando esses resultados são estendidos ao mundo
macroscópico, devem estar de acordo com as leis da física clássica, que foram
exaustivamente testadas em nosso dia a dia.

(Gabriel R. Schleder)

27. Calcule o raio da órbita de Bohr no hidrogênio para n = 100. Use o princípio de
correspondência para calcular os comprimentos de onda da radiação emitida por elétrons
que decaem para este nível a partir dos níveis n = 101 a 103.

28. Em uma mistura de hidrogênio ordinário e trítio (isótopo que tem um núcleo com massa
aproximadamente três vezes maior que H), que separação terão os comprimentos de onda
da linhas Hα, que correspondem a transições de n = 3 para n = 2, do dois tipos de hidrogênio?

De acordo com a dedução do exercício 23, o comprimento de onda da radiação


eletromagnética emitida quando o elétron sofre uma transição de estado quântico 𝑛𝑖 para
𝑛𝑓 é:

1 1 2 𝑚𝑍 2 𝑒 4 1 1 1 1
=( ) 3
( 2 − 2 ) = 𝑅∞ 𝑍 2 ( 2 − 2 )
𝜆 4𝜋𝜖0 4𝜋ℏ 𝑐 𝑛𝑓 𝑛𝑖 𝑛𝑓 𝑛𝑖

−1
1
2
1
⇒ 𝜆 = [𝑅∞ 𝑍 ( 2 − 2 )] ,
𝑛𝑓 𝑛𝑖

onde, tomando a massa do elétron igual a 9,109 × 10−31 𝑘𝑔 e 𝑍 = 1:

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4𝜋ℏ3 𝑐
(𝑅∞ 𝑍 2 )−1 = (4𝜋𝜖0 )2
𝑚𝑍 2 𝑒 4
3
6,626 × 10−34
4𝜋 ( 2𝜋 ) · 2,998 × 108
−12 2
= (4𝜋 · 8,854 × 10 )
9,109 × 10−31 · 12 · (1,602 × 10−19 )4
−8
= 9,11663 × 10 𝑚

Logo, o comprimento de onda 𝜆𝐻 da radiação emitida pelo elétron quando ele transpassa
da camada 𝑛 = 3 para 𝑛 = 2, utilizando a correção para massa reduzida, é:

−1
𝑚 1 1
𝜆𝐻 = [𝑅∞ 𝑍 2 ( 2 − 2 )]
𝜇𝐻 𝑛𝑓 𝑛𝑖

−1
1 1
2
⇒ 𝜆𝐻 = (1 + 𝑚⁄𝑀𝐻 ) [𝑅∞ 𝑍 ( 2 − 2 )]
𝑛𝑓 𝑛𝑖

9,109 × 10−31 −8
1 1 −1
∴ 𝜆𝐻 = (1 + ) 9,11663 × 10 ( − ) = 6 567,6 Å𝑚
10−3 22 32
1
6.022 × 1023

Analogamente, o comprimento de onda 𝜆 𝑇 sob os mesmos parâmetros para o trítio,


utilizando a correção para massa reduzida, é:

9,109 × 10−31 −8
1 1 −1
𝜆 𝑇 = (1 + ) 9,11663 × 10 ( − ) = 6 565,2 Å𝑚
10−3 22 32
3
6.022 × 1023

Assim, a separação de seus comprimentos de onda 𝜖 será de:

𝜖 = |𝜆𝐻 − 𝜆 𝑇 | = 2,4 Å

29. Discuta a dualidade onda partícula dos elétrons.

De acordo com os experimentos de J.J. Thomson, ao medir a razão entre carga e massa do
elétron através de um tubo de raios catódicos, ficou evidente a existência e o caráter
corpuscular do mesmo. Esse trabalho lhe rendeu o prêmio Nobel de Física em 1906. No
entanto, de acordo com os experimentos de seu filho G.P. Thomson, ao se analisar o efeito
de difração de elétrons de alta energia em uma substância policristalina, ficou evidente o
caráter ondulatório do mesmo. Esse trabalho, controversamente, também lhe rende o
prêmio Nobel em 1938. G.P. Thomson conseguiu demonstrar, então, independentemente
a relação de de Broglie.

A relação de de Broglie diz 𝜆 = ℎ⁄𝑝, onde 𝜆 é o comprimento de onda, ℎ é a constante de


Plank e 𝑝 é o momento. Essa relação, serve tanto para radiação quanto para partículas.

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Dessa forma, aspectos ondulatórios estão relacionados com aspectos corpusculares, onde
se pode prever que o comprimento de onda de de Broglie de uma onda de matéria
associada ao movimento de uma partícula material que tem um momento 𝑝. Essa é a
dualidade onda partícula, o qual foi provada para o elétron por G.P. Thomson.

30. Qual o comprimento de onda de de Broglie para uma bola de futebol de massa m = 0.5 kg
se movimentando com uma velocidade de 5 m/s? E para um elétron com energia cinética
de 100 eV? E para um objeto muito pequeno, porém macroscópico de massa 10−9 g (a massa
do elétron é de 9×10−29 g!) que se move com a velocidade da luz? Baseado nestes resultados,
porque não observamos efeitos de difração e interferência para tais objetos utilizando
fendas?

De acordo com a relação de de Broglie:


𝜆= ,
𝑝

tal que:

𝑝 = 𝑚𝑣 ,

o comprimento de onda de de Broglie 𝜆𝑏𝑜𝑙𝑎 para a bola de futebol é:

6,626 × 10−34
𝜆𝑏𝑜𝑙𝑎 = = 3 × 10−24 Å𝑚
0,5 · 5

Para o elétron, seu comprimento de onda 𝜆𝑒 − é:

6,626 × 10−34
𝜆𝑒 − = = 1,23 Å𝑚
100 · 1,602 × 10−19
9,109 × 10−31 · √2
9,109 × 10−31

Para o objeto que se move na velocidade da luz, seu comprimento de onda 𝜆𝑜𝑏𝑗 é:

6,626 × 10−34
𝜆𝑜𝑏𝑗 = = 2 × 10−20 Å𝑚
(10−9 × 10−3 ) · 2,998 × 108

Não podemos observar efeitos de difração para tais objetos utilizando fendas pois não
possuímos tecnologia suficiente para se criar tais superfícies. No entanto, para o elétron
citado, percebe-se que seu comprimento de onda de de Broglie está em escala atômica, ou
seja, é praticamente o tamanho de um átomo. Para tal, podemos utilizar métodos de
difração em cristais utilizando a lei de Bragg, onde o espaçamento entre os planos de um
cristal específico são tais que, para certos ângulos, é possível mensurar a intensidade
múltipla de sua onda devido ao efeito de superposição construtiva da mesma ao se espalhar
por entre os planos e ser refletida.

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31. Num aparelho de televisão os elétrons são acelerados por um potencial de 23 kV. Qual é o
comprimento de onda dos elétrons?

De acordo com a relação de de Broglie:


𝜆= ,
𝑝

tal que:

𝑝 = 𝑚𝑣 ,

o comprimento de onda de de Broglie 𝜆 do elétron acelerado é:

6,626 × 10−34
𝜆= = 0,081 Å𝑚
23 × 103 · 1,602 × 10−19
9,109 × 10−31 · √2
9,109 × 10−31

32. Para uma partícula cuja energia cinética é muito maior do que sua energia de repouso, vale
a aproximação E = pc. Calcule o comprimento de onda de de Broglie de um elétron de 100
MeV de energia usando essa aproximação.

De acordo com a relação de de Broglie:


𝜆= ,
𝑝

tal que:

𝑝 = 𝑚𝑣 ,

e:

𝐸 2 = (𝑝𝑐)2 + (𝑚𝑐 2 )2 ; 𝑝𝑐 ≫ 𝑚𝑐 2

⇒ 𝐸 ≈ 𝑝𝑐

𝐸
⇒𝑝≈
𝑐

o comprimento de onda de de Broglie 𝜆 do elétron é:

6,626 × 10−34
𝜆= = 1,24 × 10−4 Å𝑚
100 × 106 · 1,602 × 10−19
2,998 × 108

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