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Calculos Farmaceuticos Basicos Parte 1
Calculos Farmaceuticos Basicos Parte 1
1. INTRODUÇÃO
Praticamente todas as operações farmacotécnicas envolvem algum tipo de
cálculo. Os mais comuns são baseados em regra de três simples, empregados em
cálculos de diluição, fator de correção ou equivalência, conversão de unidades dentre
outros.
É de extrema importância que o farmacêutico e sua equipe técnica tenham
pleno conhecimento e entendimento destes cálculos, pois são essenciais para se
produzir uma fórmula eficaz e segura ao paciente. Erros de cálculos podem levar à
produção de fórmulas com teor diminuído ou aumentado de princípios ativos, gerando
ineficácia na terapêutica ou incidência de efeitos adversos, que podem apresentar
diferentes magnitudes ou, até mesmo, levar o paciente ao óbito.
A seguir serão discutidos os principais cálculos empregados na rotina de
produção de medicamentos magistrais.
2. REPRESENTAÇÃO
O resultado de uma medição deve ser representado pelo valor numérico da
medida seguido pelo símbolo da unidade de medida em questão. Por exemplo:
3. RAZÕES
Razão é uma forma de se realizar a comparação entre duas grandezas e, para
isto, é necessário que as duas estejam na mesma unidade de medida. Caso não se
empregue a mesma unidade na comparação, estas devem ser especificadas, para os
valores calculados sejam interpretados de forma correta.
3.1. Porcentagem
A porcentagem é o resultado das frações que possuem denominadores iguais
a 100; por isso são conhecidas como razões centesimais e podem ser representadas
pelo símbolo "%". Portanto, valores expressos em porcentagem são considerados
como valores relativos, como mostrado no exemplo a seguir:
1
Assim, a porcentagem expressa quantas partes estão contidas em 100
unidades de uma amostra ou população.
Por exemplo: solução de ácido glicólico a 30% significa que há 30 mL do
produto em 100 mL de diluente. Neste caso, a porcentagem passa a idéia de
concentração e seu cálculo pode ser realizado conforme a fórmula seguinte:
volume do soluto 30 mL
Concentraç ão% 100 0,30 100 30%
volume tot al da solu ção 100 mL
30
Soluto volume da solução concentração 100 mL 30% 100 30 mL
100
10 x 20
1 10
20
x 20 x 2 g de alprazolam
10
2
Exemplo 2: considerando que um lote de isoflavona veio com teor de 40%,
quanto deve ser pesado deste lote para obter-se uma dose de 150 mg de isoflavona
pura?
5. DENSIDADE
É a relação entre a massa e o volume de determinada substância, ou seja,
mede o volume ocupado no espaço por determinada massa de uma amostra. É muito
comum confundir-se densidade com massa. A unidade de medida da densidade foi
estabelecida pelo sistema métrico internacional como g/mL e pode ser calculada da
seguinte forma:
massa ( g )
Densidade
volume ( mL)
6. CALIBRAÇÃO DE GOTAS
É comum na prática magistral o uso de produtos medidos em gotas,
principalmente essências e corantes. Porém, os sistemas de automação não
entendem a gota como uma unidade de medida e, para que estes produtos sejam
devidamente baixados do estoque, torna-se necessário informá-lo sobre a massa ou
volume de cada gota de cada produto.
Este procedimento pode ser realizado através da medição do peso ou volume
do produto gotejando-o em recipiente previamente tarado ou volumétrico, para as
relações gota/massa ou gota/volume, respectivamente.
O resultado é obtido dividindo-se a massa ou volume pelo numero de gotas:
Volume Massa
Gotas / mL Gotas / g
número de gotas número de gotas