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1 21 4
29 11 58 26
A falta de atenção 19 7 12 50
e concentração 15 41 34 18
53 3 42 56
Q uando se prepa-
ram para concor-
rer a uma vaga no ser- 55
45 5
17
9
51
28
8
44
22
20
viço público, pelo menos 35 13 40 14
90% dos concursandos 49 31 52 60
sabem o quanto a falta de atenção e concen- 3 43 21 38 46
tração atrapalha o seu desempenho. Mas qual 49 17 32 24 28
é a diferença entre atenção e concentração? 27 59 19 6 10
Saber a diferença é importante para que 23 47 58
os exercícios de correção do problema se- 15 22 32 48
57 33 39 16
jam compatíveis com a situação que se
37 51 2 36
quer corrigir.
25 30 54
Começo este artigo pedindo que você exe-
cute a tarefa descrita a seguir. Mas não
vale “sabotar”! Alguns se queixam de falta de atenção, ou-
tros de concentração e muitos acreditam que
Leia com atenção as instruções abaixo e
atenção e concentração são a mesma coisa.
encontre em seqüência os números de 1 a
Você pode até não saber a diferença entre
60 no quadro à direita.
uma coisa e outra, mas com certeza deve
conhecer a sensação de “ausência momen-
Faça a contagem respeitando a seqüên- tânea”, que faz surgir pensamento do tipo:
A cia, mas faça no seu ritmo normal, nada “não me lembro de ter ouvido o professor
de fazer “correndo”. falar sobre isso”, ou, ainda, enquanto estu-
da, percebe que seu pensamento viaja para
Não utilize caneta ou lápis como auxilia- bem longe do assunto no qual deveria pres-
B res para marcar os números encontra- tar atenção. Parece que uma força estranha
dos, faça-o mentalmente. e invisível seqüestra sua mente no momento
em que você mais precisa dela.
Quando for começar a tarefa, marque
No dicionário Aurélio, entre outras definições,
C em seu relógio o momento do início e
do término. encontramos o fenômeno da atenção defini-
do como “aplicação cuidadosa da mente a al-
IMPORTANTE: esta tarefa não tem a fi- guma coisa” e concentração como “aplica-
nalidade de medir a velocidade ou a in- ção da atenção da mente de modo interno e
teligência. Cada pessoa tem seu pró- exclusivo”. Segundo o psicólogo e neuro-
D
prio ritmo, então cada um pode levar psiquiatra russo Alexander Romanovich Luria,
30min, 10min, 05min, 04min... que estudou as relações entre o sistema ner-
voso e o comportamento humano, a con-
Agora que você já leu as instruções, centração é a condição responsável por ex-
E inicie a contagem. Após anotar seu re- trair os elementos essenciais para a ativida-
sultado, continue a ler o artigo. de mental a que se vincula a seletividade do
Quantas vezes você se propôs a estudar e ao começar a ler a segunda linha não sabia mais o que
estava escrito na primeira? Ou, ainda, na melhor das hipóteses, fez um esforço um pouco maior e o
máximo que conseguiu foi chegar ao final da página, enquanto “lutava” com seus pensamentos, que
divagavam em torno de vários assuntos, menos os referentes ao que acabara de ler? Pois é, você pode
estar sofrendo da SFC (Síndrome da Falta de Concentração). Mas fique calmo: você pode corrigir isso.
Imagino que neste exato momento você esteja mais preocupado em saber como se resolve
isso do que em saber como se adquire isso, o que é bastante válido, porém isso pode sugerir um
outro “probleminha” chamado DEA (Deficiência no Equilíbrio da Ansiedade), bem característico das
pessoas que querem conhecer o final do livro antes mesmo de começar a lê-lo, das que
querem partir logo para solução de exercícios antes de conhecer sua base teórica, das que
sabem bastante, mas na hora da prova acabam tendo amnésia. Sobre ansiedade, podemos até
nos aprofundar em outra oportunidade, porém é importante salientar que a ansiedade também é uma
das causas da dificuldade de concentração.
Vamos dizer que a causa é o fato gerador do problema, portanto, é importante que você a
conheça. Sem identificá-la, corre-se o risco de ficar sem solução, perpetuando esta deficiência, afinal
“chupar bala não resolve o problema do mau hálito, apenas o disfarça”. Desse modo, é importante que
você saiba as possíveis causas da SFC.
Várias podem ser as situações causadoras da falta de concentração. Como situações causadoras
mais sérias, entre outras, temos a depressão e o TDAH (transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade) que afetam também a fase adulta e, entre as mais simples, vamos citar algumas como:
estresse em geral, sono de baixa qualidade, “vício” em fazer várias coisas ao mesmo tempo, ansiedade,
como já citada acima, alimentação inadequada, ah! sim, também o mau hábito que alguns possuem de
estudar enquanto assistem à televisão.
A esta altura, uma pergunta persiste: afinal como resolver o problema? Lógico que para cada
causa teremos uma solução diferente, mas de maneira geral vou dar a dica de um exercício que
ajudará bastante. Você deve fazê-lo diariamente. À medida em que se torne fácil, aumente sua
dificuldade. Mentalmente imagine duas colunas, sendo uma ao lado da outra, a primeira começando
com o 0 (zero) e outra começando com o número 100 (cem), ( 0 – 100).
Na coluna da direita (0) você sempre aumentará 2 números, até chegar no total de 100, e na
coluna esquerda (100) diminuirá 2 números, até que a coluna chegue a zero. Você deve executar esta
tarefa simultaneamente e lembre-se: sem o uso de papel e caneta. Você deverá apenas recitar os
números. Logo, você fará da seguinte maneira:
Se preferir peça a alguém que o ajude monitorando sua contagem, pois se você fizer sozinho e se
perder, terá que começar do 0 – 100 outra vez. A outra pessoa poderá lhe dizer a última seqüência de
pares de números certos que você pronunciou.
Este simples exercício é de fato bastante poderoso. Além de trabalhar a concentração, ele também
estimula a atenção e a memória. Leve a sério e perceba os resultados. Esteja atento a novas dicas e
“boas práticas”.
Imagine que você tenha acabado de ganhar uma Ferrari que não pode ser vendida, doada ou
rifada e, de repente, você descobre que não sabe nada sobre ela. Você simplesmente não tem a
mínima noção de como fazer para dar a partida e nem sequer sabe como passar as marchas. Além de
tudo isso, você a abastece com combustível adulterado. Imaginou? Pois é, que desperdício! A mesma
coisa ocorre com seu cérebro. Ele é uma das partes mais ativas do corpo humano.
Absorvendo cerca de 1/3 do oxigênio utilizado pelo corpo, o cérebro (nossa Ferrari), recebe esse
combustível (o oxigênio) através do sangue. Vasos capilares formam redes que entrelaçam todo o
cérebro, com a tarefa de irrigar tantos neurônios quanto possível. E essa irrigação precisa ser eficiente,
uma vez que, sem ela, os neurônios simplesmente não se desenvolvem, sendo conhecidos, então,
como TICO E TECO.
Para impedir a deteriorização (ou a ticotequização) dos neurônios, que, de maneira geral, se
inicia a partir dos 30 anos, é importante, entre outras coisas, expandir e melhorar o sistema
circulatório do cérebro. Com o uso de “combustíveis adulterados” (álcool, drogas e fumo), além
da preguiça de pensar, você contribui para o extermínio de seus neurônios e para que seu
cérebro seja eficientemente seqüelado. Acredito que você não queira dar esta grande contribuição
ao seu concorrente concursando. NÃO É???.
Lembre-se: o maior estimulante é a saúde do seu corpo e do seu cérebro. A respeito do café,
que é um estimulante natural, ainda há opiniões bastante divergentes na comunidade científica, uma
vez que o nível de excitação causado pela cafeína pode, em algumas pessoas, dependendo da
quantidade, interferir na atenção, na concentração e, conseqüentemente, na memória. A água exerce
um papel fundamental na hidratação dos neurônios. Sem a hidratação adequada você pode ficar mais
confuso e com dificuldades de pensar. Então, beba água.
Para enfrentar bem a maratona preparatória que o deixará em condições de conquistar a tão
desejada vaga num emprego público, além das matérias estudadas, você precisa aprender a utilizar e a
cuidar de maneira eficiente da sua Ferrari, levando seus neurônios ao sucesso. Então, comece agora a
aproveitar todas essas dicas e boas práticas.
Cem bilhões de células nervosas estão, neste momento, em atividade no seu cérebro. Cada uma
dessas células vai se ligar a milhares de outras, formando mais de 100 trilhões de circuitos
responsáveis por todas as funções do cérebro humano. Hoje, ainda ouvimos dizer que o homem só
utiliza 10% de sua capacidade cerebral. Para alguns, seria bom que isso fosse verdade, mas, a cada
dia, a neurociência descobre que utilizamos inúmeras conexões neurais, em diversas regiões cerebrais,
para qualquer atividade que executamos. Atualmente, a tecnologia, com novos equipamentos, nos
permite conhecer um pouco mais sobre o funcionamento do cérebro. Algumas das descobertas são, no
mínimo, bem curiosas, como, por exemplo, as diferenças entre o cérebro feminino e o masculino.
Com isso, concluímos que, embora com algumas diferenças, homens e mulheres se completam.
Então, se aprendermos a compreender essas diferenças estruturais, facilitaremos, em muito, os
relacionamentos, principalmente entre marido e mulher. Além disso, no tocante ao preparatório, os
concursandos masculinos e femininos, sabendo de suas habilidades, poderão tirar melhor proveito,
porque estarão aptos a corrigir suas fraquezas e a aprimorar suas competências.
Para exercitar o pensamento e identificar sua percepção e atenção, responda rápido à seguinte
pergunta: Dois índios estão sentados numa cerca, um é pai do filho do outro. Qual o grau de
parentesco entre os dois?
Obs: A resposta está contida no texto que você acabou de ler. Fácil, não? Aprenda a prestar
atenção, pois as respostas podem estar contidas onde você menos espera.
Na próxima edição da revista Guia dos Concursos, daremos dicas valiosíssimas para você
melhorar a performance do seu cérebro.
Boas práticas.
“Ando muito esquecido. O pior é que estou me preparando para um concurso público
e noto que por mais que estude, ainda assim, não consigo me dar bem nos exercícios e
simulados.
Estou tentando estudar, mas o incrível é que ao sentar-me diante dos livros, sinto
como se tivesse tomado um sonífero. Minhas pálpebras começam a se colar. Levanto-me,
lavo o rosto e me sinto bem melhor, mas é só voltar a estudar e lá vem ele outra vez: o
sono. Como sou persistente, tento continuar, aí é a vez de uma inquietação sensacional, que
faz com que me levante várias vezes, pois caso contrário começo a divagar. Então, depois
de quase seis horas de luta, já cansado de ‘estudar’, chego à brilhante conclusão de que
estou com problemas de memória, afinal, depois de tantas horas estudando, não consigo me
lembrar de nada que estudei.
Existe também uma outra dificuldade, que é o estresse de esconder do maior número
de pessoas possível que estou fazendo um cursinho preparatório. Afinal, se os outros
souberem (parentes e amigos), vão ficar cobrando minha aprovação, sem contar aqueles
que podem ‘botar mal olhado’ na minha preparação ou ainda, aqueles que, por inveja, vão
ficar torcendo para que eu não passe.”
Outra coisa interessante é criar uma rotina de horário para estudos, fazendo o
possível para mantê-la. Assim, todas as vezes que for estudar naquele horário específico,
seu cérebro estará mais predisposto a receber informações. Essa rotina também deve ser
aplicada em relação ao local de estudos.
Antes de começar a estudar, resgate de suas experiências passadas algo que o
entusiasme. Pare de estudar antes de se sentir cansado e não após a exaustão. Se você
viveu uma experiência desagradável, vai querer vivenciá-la novamente? Acredito que não.
Portanto, é importante que ao parar de estudar você ainda esteja com disposição para tal e
com uma sensação agradável.
No próximo artigo vamos falar mais sobre memória e nos artigos seguintes faremos
abordagens sobre as demais dificuldades aqui descritas. Aguardem até lá e boas práticas.
1- Se você tem dormido muito tarde, para estudar mais, ou ainda tem tido insônia, e com
isso sofrido privação de sono, saiba que indivíduos que se mantêm acordados por mais de
19h, quando submetidos a testes de atenção, não conseguem se concentrar e, portanto,
cometem muitos erros por distorção na percepção. Apresentam uma redução do
metabolismo nas regiões do cerebelo (responsável pela coordenação motora) e
frontais (responsáveis pela capacidade de planejar, executar tarefas), trazendo,
ainda, alterações de humor, prejuízos à criatividade, atenção e memória.
2- Se você está muito ansioso(a) porque o tempo está passando e percebe que não tem
conseguido estudar, saiba que a ansiedade aumenta a produção de hormônios do
córtex da supra-renal, coloca em alerta o corpo e a mente e, sendo freqüente,
gera cansaço crônico e compromete sua noite de sono tranqüilo. Isso certamente
trará conseqüências para sua memória.
4- Se você está deprimido(a) porque já tentou outras vezes passar num concurso e não
conseguiu ainda, saiba que depressão é coisa séria e que talvez você só esteja um pouco
triste e desmotivado(a). De qualquer maneira, a emoção está intimamente ligada à
memória, e este estado prejudica o desempenho de sua memória e em nada lhe é útil.
Após essas providências, habitue-se a observar, ter mais atenção em suas leituras e
durante as aulas. A atenção é a grande aliada da memória, por isso, faça associações, use
a visualização, esteja atento ao que estiver ouvindo, faça exercícios de memória e “boas
práticas”.
Se você esquece onde estacionou o carro ou onde colocou as chaves, sua memória
operacional deve estar deficiente. Esse tipo de memória é sustentado pela atividade elétrica de
neurônios do córtex pré-frontal, portanto, requer a participação da atenção na execução.
Para estudar algumas matérias, você poderá utilizar uma boa estratégia para fixar o tema
na memória. Uma dica interessante é o seguinte exemplo: No artigo do Professor Ricardo Ferreira
Abatimentos sobre vendas afetam a base de cálculos do ICMS, do PIS e da CONFINS? – 28.7 –
abatimentos concedidos sobre vendas e serviços, imagine as hipóteses descritas no texto como
uma situação vivenciada por você. Procure fazê-lo em detalhes, imaginando-se recebendo do
vendedor a mercadoria com defeito, estabeleça um preço para a mercadoria, um valor de
desconto, imagine um diálogo entre você e o vendedor, enfim... à medida em que você visualiza a
situação, mesmo sendo uma imaginação, de certo modo você concretiza o fato. Para o cérebro,
uma imagem mental é entendida como algo real. Se você imaginar agora que está degustando
uma fruta bem azeda, sua boca vai salivar, ou, ainda, se imaginar aquele barulhinho irritante do
giz riscando no quadro, você será capaz de sentir um certo desconforto, como se de fato tudo
fosse realidade.
Por ser um assunto bem extenso e importante, teremos mais sobre memória, aguardem e
“boas práticas”.
Entre as causas que produzem “vazamento” das informações que deveriam ficar
registradas, em outro artigo já citamos o estresse. Ele é o maior vilão responsável pelo
famoso lapso de memória,(lapso de memória é quando você tem certeza que sabe a
informação mas mesmo assim não consegue “sacá-la de sua cabeça”,geralmente isso
ocorre quando mais você precisa da informação. É aquele nome que está na ponta da
língua mas não consegue saltar de sua boca). Quando o estresse é prolongado
(experiência também experimentada por aqueles que vivenciam a saga de estudar
para concurso), tem como conseqüência a falta de atenção, de concentração e
cansaço.
Com esse exercício além de se sentir mais calmo, você vai melhorar sua
concentração, aumentar o nível de oxigênio no cérebro e eliminar quase 70% das
toxinas pela respiração correta. Experimente e sinta os efeitos benéficos do exercício.
“Boas práticas”
Vale observar que nem sempre a hiperatividade estará presente e, por essa razão, a
situação fica mais difícil de ser detectada. Ainda hoje, muitos profissionais ignoram o TDAH em
adultos, embora oficialmente, desde 1980, o problema em adultos tenha sido reconhecido pela
Associação Americana de Estudos sobre o TDAH, que tem origem em vários fatores e ocorre
devido a um desequilíbrio neuroquímico, afetando principalmente o córtex pré-frontal.
É importante salientar que em termos de inteligência, a pessoa com TDAH tem extrema
capacidade. Sua dificuldade está em se controlar e manter o foco naquilo que é importante. Por
isso, seu desempenho fica aquém do que deveria. Conhecer essa questão é de suma importância
para quem não pode perder tempo.
Para ter uma melhor percepção dos prejuízos que a dúvida pode causar, pense
nisso: Se eu pedir que você caminhe sobre uma tábua de 02 metros de largura por 06
metros de comprimento, estando essa tábua apoiada no chão, sabemos que você será
absolutamente capaz de concluir a tarefa. Contudo, se a mesma estiver a 04 metros
de altura, apoiada de um prédio a outro, seu desempenho será o mesmo?
Possivelmente não. Talvez você nem se “atreva” a iniciar a travessia. Apesar de ser a
mesma tábua e a mesma distância, sua competência em atravessá-la estará
comprometida pelo medo gerado pela dúvida de conseguir ou não.
Para resolver esse problema, relembre uma ocasião em que teve a convicção de
que poderia resolver algo e de fato resolveu. Identifique suas sensações internas (qual
era o seu padrão de pensamento, o que sentia, o que ouvia e visualizava
internamente). Intensifique essas sensações e as transfira para a situação atual
(passar no concurso). Repita essa ação várias vezes, em momentos diferentes, para
fixá-la e torná-la automática.
Se você pensa que isso é uma “tremenda” bobagem, saiba que para o cérebro a
imaginação é mais poderosa do que a razão. Um bom exemplo disso é o medo que as
pessoas têm de baratas. Pela razão, é absolutamente absurdo temer um bichinho não
venenoso e tão pequeno, mas a imaginação de alguns dá a elas, às baratas, um poder
extraordinário.
O mapa mental foi aprimorado por Tony Buzan, que teve como remanescente o
trabalho desenvolvido pelo professor americano John Pearson. Se levarmos em conta
que 90% das informações estão contidas em apenas 10% das palavras, fica fácil
entender porque o mapa mental é uma ferramenta tão eficiente. Hierarquizando os
tópicos de maneira organizada, fornece uma visão global do assunto estudado. Como
no mapa utiliza-se figuras e cores, isso estimula a memorização e promove a
estimulação dos hemisférios cerebrais.
Para os que com facilidade conseguem utilizar o mapa mental, vale utilizar esta
ferramenta para melhorar o desempenho na aprendizagem.
Como o próprio nome sugere, mapa mental é o caminho que mentalmente percorre o
processo do pensamento. Esse processo pode ser decodificado através de imagens e cores.
Ao observarmos esses sinais, temos uma idéia imediata de todos os seus significados.
Já sabemos o que é ou não permitido e o que acarretará a sua infração.
O mais importante é que cada símbolo ou palavra, no seu mapa, tenha um significado
para você.
Proceda assim:
1. No centro, coloque o tópico a ser desenvolvido.
3. Utilize cores, gráficos e desenhos à vontade. Mesmo que você seja inicialmente
resistente à idéia, por achar que “não entende de desenho”, ainda assim seu cérebro
agradece. À medida que for treinando, irá tendo mais facilidade.
Cada pessoa tem seu próprio estilo para aprender. Conhecendo o estilo
preferencial que utiliza, você aumentará sua capacidade de absorver conhecimentos.
Pensamento lateral é aquele que nos leva a quebrar paradigmas, ou seja, ter um
pensamento diferente do padrão habitual. Durante uma prova, necessitamos quebrar alguns
deles, porque várias vezes necessitamos mudar nossa perspectiva para encontrar uma
solução.
É muito comum acreditar que a solução de um problema deva ser a mais complicada, e
quando a solução é encontrada de maneira rápida e simples, nasce a desconfiança de que algo
está errado. Isso ocorre porque você está tendo uma alteração na percepção (uma das
atividades da região do córtex frontal no cérebro). Essa alteração perceptual provoca uma
distorção da realidade e uma das causas para que isso ocorra é a maneira de encarar um
problema. Quer um exemplo simples? Procure resolver a questão abaixo:
Dentro de um quarto muito escuro, sem condições de claridade, existe uma gaveta
com 25 meias roxas e 36 meias verdes. Quantas meias, no máximo, você deverá
pegar até que tenha a certeza de ter nas mãos um par de meias completo?
Para uma avaliação do resultado, tente resolver essa questão e depois continue a ler o
texto.
A percepção é um fator determinante para se fazer uma boa prova. Por conta de uma
distorção na mesma, após anos de dedicação aos estudos, o resultado pode ser desastroso. Veja
abaixo o que a distorção da percepção faz:
Aposto que no primeiro momento você visualizou uma caveira, isso pode ter-lhe provocado
um certo desconforto, mas o que temos na figura são duas meninas levantando duas garrafas que
estavam sobre a mesa e isso emolduradas por um arco, realidade nada assustadora e sim singela.
Se você fez cálculos mirabolantes, você foi traído por sua percepção. Você só
precisa apanhar três meias. A 1ª meia, tanto faz ser verde ou roxa. Se ela for verde, e a próxima
roxa, com certeza na terceira vez que apanhar uma meia, sendo verde ou roxa, você já terá um
par perfeito nas mãos. Sendo então necessário apanhar no máximo três meias.
PERCEBEU como a solução pode ser simples? Aproveite para “matar charadas”, que
também é um bom exercício para ampliar a percepção.
“Boas práticas”.
Você acha que usa somente 10% (dez por cento) de seu cérebro? Se acredita
nisso, saiba que não existem evidências científicas que comprovem esta afirmação.
Nos bastidores da neurociência dizem que a idéia de que utilizamos somente 10% de
nosso cérebro está errada. Nesse caso, as dificuldades em obter melhores resultados
estão muito mais relacionadas à vontade (motivação) do que à capacidade
(potencialidade) do nosso cérebro.
O mito dos 10% pode ter ocorrido por volta de 1920 a 1930. O Dr. James W.
Kalat (autor do livro Biological Psychology) comenta que os neurocientistas na década
de 30 não tinham maiores conhecimentos sobre as funções dos neurônios, sabiam
apenas sobre a existência de uma grande quantidade de neurônios locais. Esta falta de
informação pode ter levado ao mito dos 10% (referência: Kalat J. W. Biological
Psychology, sixth edition, Pacific grove: Brooks/cole Publishing Co, 1988, p.43).
Sendo assim, agora que você já sabe sobre o mito, que tal deixar a idéia de que
só utiliza 10% do seu cérebro como “bengala” para justificar seu baixo desempenho
para conquistar seu objetivo e dedicar-se um pouco mais para alcançar aquilo que
deseja? Porém, não confunda dedicação com quantidade de horas de estudos. É
preciso ter convicção e firmeza. Você pode ser o seu pior inimigo ou seu melhor amigo.
Cuidado para não se sabotar.
Muitas vezes mesmo querendo estudar somos dominados por um desânimo que mistura
medo e dúvidas. “Será que vale a pena tanto esforço? E se depois de tudo isso eu não conseguir
me classificar num concurso?” Basta um pensamento como este para comprometer sua vontade
de estudar gerando desânimos ou ainda uma forte tendência em fazê-lo acordar “babando” sobre
os livros, como se fossem travesseiros. Quando isso ocorre, é porque seu desempenho já ficou
abalado. A falta de motivação compromete qualquer inteligência.
Nas pessoas motivadas há toda uma série de sentimentos e fatores que reforçam o seu
entusiasmo e a sua persistência diante de contratempos. Veja como exemplo os atletas, mesmo
tendo uma rotina exaustiva de treinamento e com atividades de lazer restritas, perseveram para
atingir seus objetivos.Conseguem isso mantendo seu foco nos pensamentos positivos e imagens
mentais em que predominam a visualização de seus desejos realizados.
Nanci Azevedo
www.academiadocerebro.com
academiadocerebro@hotmail.com
MELHORANDO A PERFORMANCE EM APRENDER
Uma das maiores queixas do universo dos concurseiros é que embora estudem
muito, ainda assim não conseguem obter o resultado desejado. Sentem-se como se
andassem longas distâncias sem sair do lugar.
Mais importante que quantidade de estudos é a qualidade. O grande equívoco
dos alunos é acreditar que quantidade de horas de estudos equivale a rendimento.
Isso é um dos fatores que mais geram ansiedade nos candidatos, porque apesar de
estudarem de 08 a 12 horas por dia, percebem que o tempo passa sem que consigam
avançar em aproveitamento. No momento dessa constatação, começam a ficar
angustiados e o próximo passo é o desespero total. Quanto maior o desespero, maior é
a confusão mental e, em conseqüência, mais se distanciam de seu objetivo.
Para minimizar o problema, e em alguns casos eliminá-lo por completo, é
preciso adotar algumas mudanças que apesar de simples tornam-se complexas por
mexerem com hábitos e alguns paradigmas (conceitos muito generalizados), mas a
mudança produzirá muitos bons resultados. Seguem as orientações:
1- Seu propósito não é estudar, e sim aprender.Se não compreender isso,
você pode estudar 24h e não aprender nada
2- Para aprender, é importante estar comprometido com o que estiver aprendendo
(não basta querer se não houver compromisso)
3- Inicialmente, concentre-se no estado desejado. A menos que seja
masoquista, dificilmente vai sentir-se encorajado e entusiasmado pensando em
coisas desagradáveis e sacrificantes. Para a aprendizagem eficaz, é importante
estar com pensamentos que gerem sentimentos de determinação, alegria,
interesse e garra. Este é o padrão mental adequado para o aprendizado.
4- Antes de começar a aprender, determine que seu cérebro será capaz de
identificar e absorver o conhecimento necessário para levá-lo ao
resultado que deseja, mesmo que você conscientemente não saiba quais
informações serão mais importantes, inconscientemente você as identificará.
Você precisa ter um foco para ser mais eficiente. Exemplo: pare a leitura agora
e olhe para a palma de suas mãos e pense sobre o que está vendo. Em
seguida, antes de olhar novamente para a palma de suas mãos, determine-se a
enxergar suas digitais. Reparou como seus olhos vão direto ao ponto? Da
mesma maneira, olhar para uma folha de papel cheia de palavras escritas não é
o suficiente, você precisa ter consciência do que quer encontrar, de que quer
aprender.
5- Lembre-se de fazer intervalos durante seu período de estudos. Nesse período
de descanso, que pode ser de 5min, no mínimo, e 15min, no máximo, repita o
item 3, buscando o “estado desejado” (recarregando as energias). O tempo de
estudos, antes da “paradinha”, varia de pessoa para pessoa. O importante é
não ultrapassar as aproximadas 1h30min. Mesmo que você consiga estudar até
2h sem se sentir cansado, é importante fazer um intervalo.
Esses são alguns dos conselhos úteis para melhorar seu aproveitamento. São
simples, mas que produzem significativa diferença nos resultados. Como sempre, o
único meio de conferir é experimentando. Então, “boas práticas”.