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31/10/2013

Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO

INTRODUÇÃO
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM
GERIATRIA
O envelhecimento – processo natural, no qual
submete o organismo a diversas alterações
anatômicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas,
com repercussões sobre as condições de saúde e
nutrição desses indivíduos.

Profa. Mariana Abe Vicente

Disciplina Avaliação Nutricional do Indivíduo

INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
 A população de idosos vem crescendo mundialmente, inclusive
nos países em desenvolvimento

 Segundo a OMS esse segmento cresce mais rapidamente que


qualquer outra faixa etária.

 A proporção da população mais idosa ( 80 anos) também está


aumentando

 A população considerada idosa também está envelhecendo

INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
 A avaliação geriátrica é um processo diagnóstico cujas principais
áreas avaliadas são os aspectos clínicos, capacidade funcional e POR QUE A POPULAÇÃO IDOSA É PROPENSA A
variáveis psicossociais.
DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS?

ESTADO NUTRICIONAL

Condição clínica importante

Morbi-mortalidade desse grupo populacional

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

POR QUE A POPULAÇÃO IDOSA É PROPENSA A


• A avaliação nutricional e a observação clínica do idoso
DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS? apresentam características próprias que as diferencia da avaliação
nutricional dos adultos.

alterações fisiológicas e sociais,


ocorrência de doenças crônicas,
 uso de múltiplos medicamentos, • Dependendo da idade e do estado de saúde do idoso, a
problemas relacionados a alimentação anamnese deve ser obtida através da informação do cuidador ou
(comprometimento da mastigação e pelo próprio idoso.
deglutição),
depressão
 alterações da mobilidade com dependência
funcional.

FATORES QUE AFETAM O ESTADO FATORES QUE AFETAM O ESTADO


NUTRICIONAL DE IDOSOS NUTRICIONAL DE IDOSOS

MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS QUE INTERFEREM NO APETITE, Fatores Psicossociais:


CONSUMO, DIGESTÃO E ABSORÇÃO

- Perda de dentição
Isolamento

- Aumento da viscosidade salivar Solidão

-  da sensibilidade gustativa e olfativa Depressão


- Hipomotilidade intestinal  esvaziamento gástrico

-  da absorção devido ao menor suprimento sanguíneo


intestinal

FATORES QUE AFETAM O ESTADO FATORES QUE AFETAM O ESTADO


NUTRICIONAL DE IDOSOS NUTRICIONAL DE IDOSOS

Outros fatores na população muito idosa:


• Estado funcional
• Estado mental ou cognitivo-depressão • Disfagia
• Presença de doenças agudas ou crônicas
• Úlceras por pressão
• Uso de medicamentos
• Doença de Alzheimer
• Saúde oral
• Aspectos sociais e econômicos • Doença de Parkinson

• Alcoolismo • Osteoporose
• Falta de conhecimento
• DM,HAS e Constipação

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SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO

Conceitos básicos Perda óssea


OSSOS  Osteopenia: ↓ Densidade óssea até 30%
 Osteoporose: ↓ Densidade óssea maior que 30%

  Massa óssea até o pico entre 25 – 30 anos

 A partir daí – perda tecidual

Mensuradas –
ENVELHECIMENTO DO OSSO Densitometria Óssea

SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO

Perda óssea Perda óssea


CAUSAS CONSEQUÊNCIAS

 Déficit de estrogênio (menopausa)


 Fraturas Patológicas
 Carência de vitamina D e pouca exposição ao sol (mínimos traumas)
  Absorção intestinal de cálcio  Locais mais afetados
 Fatores genéticos o Colo do fêmur

A formação óssea adquirida na puberdade é o Extremidade distal do


decisiva no futuro rádio e da ulna

SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO

Perda óssea Cartilagens


Cartilagem articular – recobre as extremidades ósseas
FRATURAS das articulações
 Coluna OSTEOARTROSE
o Colapsamento progressivo dos
corpos vertebrais (região Características
anterior)  Vértebras em cunha o Dor e  capacidade funcional
o  Altura e desvios na coluna o Degradação da cartilagem articular
o Prevalência crescente com a idade
 Principal causa  estresse mecânico

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AVALIAÇÃO CLÍNICO-NUTRICIONAL AVALIAÇÃO CLÍNICO-NUTRICIONAL

 A avaliação clínico-nutricional em geriatria permite


identificar os idosos em risco nutricional. VARIÁVEIS A SEREM AVALIADAS INICIALMENTE?

VARIÁVEIS A SEREM AVALIADAS INICIALMENTE? história clínica detalhada,


exame físico,
antropometria e composição corporal,
 história alimentar atual,
pesquisa de antecedentes alimentares e
exames bioquímicos contemplando a situação
clínica e a pesquisa de carências nutricionais
específicas.

AVALIAÇÃO CLÍNICO-NUTRICIONAL
EXAME FÍSICO
Roteiro de exame físico:

EXAME FÍSICO 

Estado geral
Estado de consciência
 Saúde emocional
 Corado ou hipocorado
 Estado de hidratação
 Pele
 Orientado no tempo e espaço
 Frequência cardíaca
 Frequência respiratória
 Pressão arterial
 Sinais de depleção nutricional
 Capacidade funcional
 Impressão geral

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

• Massa Magra  1 a 2% por ano a partir dos 30 anos


• Massa Gorda  0,5 a 1,5% a partir dos 30 anos Peso: Quando não for
•  intra-abdominal de gordura
possível aferir o peso do
idoso
 da incidência de dislipidemias, HAS,diabetes
•  % de água intracelular = “desidratados crônicos”
• Após os 60 anos:  na estatura
♂ =1,4cm e ♀ 3,3cm/década
• Ganho e manutenção do peso:
♂ até os 60 a 65 anos ♀ até os 70 a 75 anos
Após essa idade tendência a perda de peso

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ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

Peso: Quando não for possível aferir o peso do idoso Idoso  Perda de 5% do peso usual em 1 ano é considerada significativa 
merece investigação
Utilizar a fórmula de Chumlea (1985):
Homens: [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ)+ (1,73 x CB)+ (0,37 x PCSE) – Alteração de peso usual: A perda de peso involuntária constitui-se num
81,69)] dado importante para a avaliação do risco nutricional.

Mulheres: [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ)+ (0,98 x CB)+ (0,4 x PCSE) – A fórmula abaixo fornece a determinação da variação de peso corporal.
62,35)]
CP= Circunferência da panturrilha
AJ= Altura do joelho
CB= Circunferência do braço
PCSE = Prega cutânea subescapular
• Perdas graves, recentes e involuntárias =  da morbimortalidade

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

A significância da perda de peso em relação ao tempo: Classificação do estado nutricional de acordo com a
adequação do peso:

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

Peso Ajustado ADEQUAÇÃO DO PESO- AMPUTAÇÃO

 É o peso ideal corrigido para a determinação da


necessidade energética e de nutrientes quando a
adequação do peso for inferior a 95% ou superior a
115%.
 Peso ajustado para obesos=
PI + (PA – PI) x 0,25
 Peso ajustado para desnutridos=
PA + (PI – PA) x 0,25
Osterkamp, 1995

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ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

Estatura: Medida difícil de ser coletada  idoso não consegue


ficar ereto
1. Osteoporose
2. Achatamento dos espaços intervertebrais
3. Cifose dorsal
4. arqueamento dos membros inferiores e do arco plantar
• A altura também diminui a partir dos 30 anos
• Cerca de 1,2 a 4,2 cm a cada 20 anos
ESTIMATIVA DE ALTURA – Altura do Joelho Chumlea (1987)
Homem: 64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x AJ)
Mulher: 84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x AJ)

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

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ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

A altura também pode ser


estimada pela técnica da,
envergadura ou meia-
envergadura do braço

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

 Estatura
 Envergadura do braço
▪ Boa opção para idosos – medida da extremidade distal do

terceiro quirodáctilo direito e a extremidade distal do


terceiro quirodáctilo esquerdo com utilização de
antropômetro ou trena metálica, sem flexão de cotovelo

 Meia-envergadura do braço
▪ Similar à envergadura do braço, sendo que a leitura é feita

no nível do segmento central da incisura jugular do osso


esterno até a extremidade do terceiro quirodáctilo direito,
sem considerar a unha – altura equivale ao dobro dessa
medida

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

Índice de massa corporal:  Índice de massa corporal


 Meia-idade (50 a 65 anos) – sobrepeso
O IMC tem sido proposto para avaliação do EN de idosos,
podendo inclusive ser utilizada a estatura pela medida da  Acima de 80 anos – magreza e perda de massa magra
envergadura do braço, ou ainda usando a equação de ▪ Magreza e excesso de peso – constituem riscos de morte
Chumlea.
 Comportamento do IMC – diferente em idosos
(semelhante ao que ocorre com o peso, conforme a
O IMC para idosos apresenta pontos de corte maior, idade)
explicado pela alteração corporal típica do envelhecimento, ▪ Pontos de corte diferente – alteração corporal típica do
quando ocorrem aumentos progressivos de massa de envelhecimento, quando ocorrem aumentos progressivos
gordura. da massa de gordura corporal / mudança no ponto de
corte mínimo – permite intervenção dietética preventiva

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ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

 Índice de massa corporal


 Classificação de Lipschitz (1994)

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

 Índice de massa corporal  Índice de massa corporal


 Classificação OPAS (2002)  Classificação Beck e Ovesen (1998)
 Faixa ótima de IMC = 24 a 26 kg/m2

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

 Índice de massa corporal


 Utilização de percentis
 Massa corporal ideal ou desejável – pode ser considerada

correspondente ao percentil 50 do IMC para a idade

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ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

ANTROPOMETRIA

Peso Estatura
ANTROPOMETRIA
O QUE AFERIR?
Circunferência (braço, cintura e quadril)

Pregas Cutâneas
(bicipital, tricipital, subescapular e supra- ilíaca)

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ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

Medidas de Circunferências e Pregas Cutâneas

Lembrar que:
CIRCUNFERÊNCIAS

• Idosos redistribuem a gordura corporal com concentração


maior no tronco

• Perda da elasticidade da pele dificulta a separação do


tecido adiposo do tecido muscular

• Não há um padrão brasileiro

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL

Referência para risco e complicações metabólicas da


obesidade a partir da CC
SEXO CC AUMENTADA CC MUITO RCQ = CC
AUMENTADA CQ
Masculino 94cm 102cm
Onde:
Feminino 80cm 88cm RCQ = relação cintura quadril
Fonte: OMS, 1998
CC = circunferência da cintura
CQ = circunferência do quadril

RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

Pontos de corte para risco cardiovascular  Circunferência da panturrilha


 Melhor e mais sensível medida da massa muscular em
Homens Mulheres idosos – indica mudanças na massa livre de gordura
▪ Idoso em pé, sentado ou deitado – área de maior diâmetro
RISCO DCV > 1,0 > 0,85 da panturrilha
OMS, 1998 ▪ Ponto de corte (Bonnefoy e cols. 2002) = 30,5 cm para âmbos os
gêneros

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ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

 Circunferência do braço
 Diminuição reflete perda de massa muscular
 Cálculo da adequação da CB % = CB obtida (cm) / CB
percentil 50 x 100

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB)

- Soma das áreas dos tecidos ósseos, muscular e gorduroso.

Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) X 100


CB percentil 50

Desnut. Desnut.
Desnut. leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
grave moderada

< 70% 70 – 80% 80 – 90% 90-110% 110-120% >120%

Blacburn & Thornton, 1979

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DIFICULDADES NA AFERIÇÃO

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CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB):


ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

Avalia a reserva de tecido muscular (sem correção da  Circunferência muscular do braço


área óssea)
 CMB cm = CB (cm) – (0,314 x DCT (mm))

CMB (cm) = CB (cm) – 0,314 X PCT (mm)

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL CIRCUNFERÊNCIA DO MÚSCULO DO BRAÇO

Adequação de CMB (%) = CMB (aferida) x 100


CMB p50

Classificação da adequação para CMB


90% a 100% - 70 a 80 % -
Eutrofia Depleção moderada ou desnutrição
moderada
80 a 90 % - Depleção discreta ou < 70 % -
desnutrição leve Depleção severa ou desnutrição grave
Fonte: Blackburn GL, Thornton PA, 1979

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

 Área muscular do braço

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ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

 Circunferência muscular do braço corrigida

ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

 Área adiposa do braço


 AAB (mm2) = AB – AMB
▪ AB (mm2) = 3,14 x CB (mm) / 4 x 3,14 PREGAS CUTÂNEAS

PREGAS CUTÂNEAS
ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL
(bicipital, tricipital,subescapular e supra-ilíaca)

A prega cutânea tricipital (PCT) é mais utilizada na  Dobras cutâneas


prática clínica e, a mais representativa.  DCT e DCSE = indicadores úteis da quantidade de

Adequação da DCT (%) = DCT obtida (mm) X 100


tecido adiposo subcutâneo
DCT percentil 50

Desnut Desnut. Desnut.


Eutrofia SP Ob
grave moderada leve
80 – 90-
< 70% 70 – 80% 110-120% >120%
90% 110%
Fonte: BLACKBURN, G.L., THORNTON, P.A., 1979

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Aferição – Prega Cutânea Tricipital


Paciente Acamado

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CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL

 Somatório das quatro dobras


 DCT, DCSE, DCBI, DCSI
▪ Deve ser aplicada de forma cuidadosa com idosos, pois foi
desenvolvida para adultos

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CONSUMO ALIMENTAR

Os métodos de avaliação dietética podem ser


divididos em dois grupos: RETROSPECTIVOS e
PROSPECTIVOS
- Recordatório alimentar de 24 horas
- Questionário de freqüência alimentar
RETROSPECTIVOS
- Questionário de freqüência alimentar
semiquantitativa
- História ou Anamnese Alimentar

PROSPECTIVOS - Registro alimentar estimado


- Registro alimentar pesado (MELHOR
MÉTODO DE INQUÉRITO DIETÉTICO)

Recordatório 24 h
O levantamento do consumo alimentar é realizado,
em geral, por meio de entrevista
(IDEAL: colaboração do entrevistado) Perguntar quais foram os alimentos ingeridos
 Inquéritos Alimentares mais comuns: em cada refeição ao longo das 24 horas
anteriores
Recordatório 24 h
DESVANTAGENS:
VANTAGENS:
Diário Alimentar - necessita da memória;
- baixo custo;
- a ingestão prévia das
- independente do
Freqüência de Consumo nível de escolaridade
últimas 24 horas pode
ter sido atípica;
Registro Alimentar ou sócio-econômico;
- demanda tempo
- rápido com adultos
- pode-se induzir
VANTAGENS DESVANTAGENS

Diário Alimentar Frequência de Consumo

Perguntar quais são os alimentos normalmente Perguntar a frequência de consumo de


ingeridos em cada refeição ao longo de 24 horas determinados alimentos (ou entregar questionário
auto-aplicável). A lista de alimentos deve ser
adaptada ao público que se trabalha.
VANTAGENS: DESVANTAGENS: VANTAGENS: DESVANTAGENS:
- baixo custo; - necessita da memória; - baixo custo; - necessita da memória;
- independente do - difícil em alimentações - independente do - pouca validade para
nível de escolaridade muito variadas ; nível de escolaridade avaliação da maioria dos
ou sócio-econômico; - demanda tempo ou sócio-econômico; micronutrientes;
- rápido com adultos - pode-se induzir - obtém-se o consumo de - pode-se induzir;
alimentos específicos - quantificação imprecisa

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Registro Alimentar
DADOS BIOQUÍMICOS
Preencher um formulário no momento da realização  Avaliação de dados bioquímicos:
das refeição com as seguintes informações: refeição,
horário e local da refeição, alimentos ingeridos e  Monitorizar o impacto da terapia nutricional e determinar
quantidade. risco nutricional.
 Contagem total de linfócitos ( < 1200 sugere depleção
VANTAGENS:
DESVANTAGENS: protéica moderada; < 800: desnutrição grave.
- informação mais precisa
- dependente do  Influenciada por infecções, neoplasia e uso de
(registro de 2 dias ou mais);
nível de escolaridade; corticosteróides.
- depende menos da
- depende da motivação;  Proteínas plasmáticas: albumina, transferrina, pré-albumina e
memória;
- o ato de registrar pode proteína fixadora do retinol.
- não demanda tempo no
modificar a dieta habitual
momento da consulta

DADOS BIOQUÍMICOS
DADOS BIOQUÍMICOS
DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS E ASSOCIAÇÃO A DOENÇAS
Vitamina A DPOC, ICC, insuficiência pancreática, febre
Tiamina Encefalopatia de Wernickie, beribéri, tireotoxicose, febre
Niacina Alcoolismo
Piridoxina Tireotoxicose, alcoolismo
Folato Alcoolismo, psoríase, artrite reumatóide, febre, doença hepática, anemia
falciforme, leucemia, tireotoxicose, gastrectomia, anemia macrocítica
Vitamina B12 Ressecção ileal, anemia perniciosa, doença de Chron, tireotoxicose, anemia
Vitamina C Artrite reumatóide, alcoolismo, ICC, úlcera péptica
Vitamina D Gastrectomia, cirrose, insuficiência pancreática
Vitamina K Insuficiência pancreática
Ferro Hemorragia, gastrectomia
Cálcio Insuficiência renal crônica (IRC), gastrectomia, derivação jejuno-ileal
Potássio Cirurgias, IRC, medicamentos
Magnésio Alcoolismo, cirurgias, medicamentos
Proteínas Queimaduras, nefrose, cirurgias, alcoolismo
Lipídios Insuficiência pancreática, ressecção ileal, gastrectomia, doença de Chron

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CONSIDERAÇÕES CONSIDERAÇÕES
Avaliar de forma completa o idoso: Avaliar de forma completa o idoso:
 ingestão de alimentos,
 história clínica,  Avaliar idosos com necessidade de dietas
 dados antropométricos, especiais: insuficiência cardíaca congestiva, IRC,
 dados bioquímicos, doença de Parkinson, neoplasias, estados
 informações psicossociais, carenciais, úlceras de pressão, constipação
 exame clínico, intestinal, disfagia, síndrome de imobilidade,
 uso de medicamentos, dietas enterais, diabetes, obesidade.
 estado mental/cognitivo, estado funcional, saúde
oral.

“UMA BOA NUTRIÇÃO DURANTE TODA A


VIDA É UM FORTE ALIADO DO
ENVELHECIMENTO SADIO.”

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