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MAIO 1997 NBR 9518


Equipamentos elétricos para atmosferas
explosivas - Requisitos gerais
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
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Fax: (021) 240-8249/532-2143
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Origem: Projeto NBR 9518:1996


CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CT-03:031 - Comissão Técnica de Equipamentos e Instalações Elétricas para
Atmosferas Explosivas
NBR 9518 - Electrical apparatus for explosive atmospheres - General requirements
Descriptors: Electrical apparatus. Explosive atmospheres
Esta Norma foi baseada na IEC 79-0:1983, na sua Emenda nº 2 de 1991 e na
Copyright © 1997, EN 50014:1992
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 30.06.1997
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Equipamento elétrico. Atmosferas explosivas 23 páginas
Todos os direitos reservados

Sumário Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito


Prefácio dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os
1 Objetivo associados da ABNT e demais interessados.
2 Referências normativas
3 Definições Os anexos A e C têm caráter normativo e o anexo B tem
4 Grupos de equipamentos elétricos caráter informativo.
5 Temperaturas
6 Tipos de proteção 1 Objetivo
7 Requisitos para todos os equipamentos elétricos
8 Requisitos suplementares para equipamentos elétricos 1.1 Esta Norma fixa os requisitos gerais para projeto, cons-
específicos trução, ensaios e marcação de equipamentos elétricos para
9 Verificações e ensaios atmosferas explosivas de gás. Adicionalmente, devem ser
10 Responsabilidade do fabricante observados os requisitos específicos para cada tipo de
11 Modificações ou consertos de equipamentos elétricos proteção, conforme estabelecido nas normas respectivas,
12 Marcação bem como nas normas brasileiras aplicáveis ao equi-
ANEXOS pamento.
A Métodos de ensaio da resistência de isolamento da
superfície de partes plásticas 1.2 Esta Norma se aplica a equipamentos elétricos para
B Exemplos de marcação legível e durável atmosferas explosivas de gás, onde as condições atmos-
C Declaração a ser feita pelo fabricante féricas consideradas são: pressões entre 80 kPa (0,8 bar)
e 110 kPa (1,10 bar) e temperaturas entre - 20°C
e + 60°C. Para condições atmosféricas diferentes, podem
Prefácio ser necessários requisitos especiais.

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o 1.3 Esta Norma não se aplica a equipamentos cujos pa-
Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, râmetros elétricos, conforme especificações do fabricante,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros não excedam a qualquer dos seguintes valores: 1,2 V;
(CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), 0,1 A; 20 µJ; 25 mW. Estes equipamentos não necessitam
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas de certificação ou marcação, desde que não sejam ligados
por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo a outros equipamentos que contenham fontes ou elementos
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, de armazenamento de energia elétrica que possam causar
laboratórios e outros). a superação de qualquer um dos valores acima.
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1.4 As instalações elétricas em minas e em indústrias, IEC 216-1:1990 - Guide for the determination of
particularmente as químicas e petroquímicas, onde existe thermal endurance properties of electrical insulating
a possibilidade de formação de ambiente com misturas materials - Part 1: General guidelines for ageing and
explosivas, devem receber atenção especial. Tais áreas evaluation of test results
são as definidas com código BE 3 na NBR 5410 e
referenciadas na NR 10 do Ministério do Trabalho. IEC 216-2:1990 - Guide for the determination of
thermal endurance properties of electrical insulating
1.5 No sentido de minimizar os riscos de danos pessoais materials - Part 2: Lists of materials and available
e materiais que possam ocorrer em conseqüência destas tests
instalações, existem diferentes técnicas e procedimentos
relacionados nas normas citadas na NBR 8370 e na se- IEC 292-1:1969 - Low-voltage motor starters - Part 1:
ção 6 desta Norma. Direct-on-line (full voltages) a.c. starters

1.6 Esta Norma não se aplica a equipamentos elétricos ISO 178:1993 - Plastics - Determination of flexural
para fins médicos, detonadores, equipamentos de ensaios properties of rigid plastics
para detonadores e circuitos detonadores.
ISO 179:1993 - Plastics - Determination of Charpy
2 Referências normativas impact strength of rigid materials

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ISO 262:1973 - ISO general purpose metric screw
ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para threads - Selected sizes for screws, bolts and nuts
esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no
ISO 272:1982 - Fasteners - Hexagon products -
momento desta publicação. Como toda norma está sujeita
Widths across flats
a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com
base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem ISO/R 286-1:1988 - ISO system of limits and fits -
as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A Part 1: General, tolerances and deviations
ABNT possui a informação das normas em vigor em um
dado momento. ISO/R 286-2:1988 - ISO system of limits and fits -
Part 2: Tables of standard tolerances grades and limit
Portaria INMETRO Nº 121:1996 (ou sua subseqüente deviations for holes and shafts
em vigor)
ISO/R 527:1966 - Plastics - Determination of tensile
NR 10 - Instalações e serviços em eletricidade properties
NBR 5363:1988 - Equipamentos elétricos para atmos- ISO 965-1:1980 - ISO general purpose metric screw
feras explosivas - Invólucros à prova de explosão - Ti- threads - Tolerances - Part 1: Principles and basic
po de proteção “d” - Especificação data
NBR 5410:1990 - Instalações elétricas de baixa tensão ISO 965-2:1980 - ISO general purpose metric screw
- Procedimento threads - Tolerances - Part 2: Limits of sizes for general
purpose bolt and nut threads - Medium quality
NBR 5418:1995 - Instalações elétricas em atmosferas
explosivas - Procedimento ISO 1817:1985 - Rubber, vulcanised - Determination
of the effect of liquids
NBR 6146:1980 - Invólucros de equipamentos elétricos
- Proteção - Especificação ISO 4762:1989 - Hexagon socket head cap screws -
Product grade A
NBR 8370:1984 - Equipamentos e instalações elétricas
para atmosferas explosivas - Terminologia ISO 4892-2:1994 - Plastics - Method of exposure to
laboratory light sources - Part 2 : Xenon-arc
NBR 8447:1989 - Equipamentos elétricos para atmos-
feras explosivas - Segurança intrínseca - Tipo de pro- EN 60662:1989 - High pressure sodium vapour
teção “i” - Especificação lamps (Modified IEC 662:1980)

NBR 8602:1984 - Misturas de gases ou vapores com 3 Definições


ar, conforme seu interstício máximo experimental seguro
e sua corrente mínima de ignição - Classificação Para os efeitos desta Norma, são adotadas as definições
constantes na NBR 8370 e as definições que seguem:
NBR 9883:1995 - Equipamentos elétricos para atmos-
feras explosivas - Segurança aumentada - Tipo de pro- 3.1 temperatura de serviço: Temperatura que o equi-
teção “e” - Especificação pamento atinge quando operando sob suas condições
nominais.
NBR 9884:1987 - Máquinas elétricas girantes - Graus
de proteção proporcionados pelos invólucros - Espe- 3.2 temperatura máxima de serviço: Maior valor da tem-
cificação peratura de serviço, podendo um dado equipamento
atingir diferentes temperaturas de serviço em suas dife-
NBR 10861:1989 - Prensa-cabos - Especificação rentes partes.

IEC 192:1973 - Low pressure sodium vapour lamps + 3.3 componente Ex: Parte do equipamento elétrico para
Amdt 2 (1988) HD 219 S3 (1990) atmosferas explosivas ou um módulo marcado com o
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símbolo “U”, que não é utilizado sozinho, necessitando de 4.3 A marcação, conforme a seção 12, deve indicar clara-
certificação adicional quando incorporado em um equipa- mente todos os grupos para os quais o equipamento é
mento elétrico ou em um sistema para uso em atmosferas apropriado.
explosivas.
4.4 Os equipamentos elétricos do grupo II são divididos de
3.4 acessórios: Elementos certificados que são empre- acordo com a natureza da atmosfera explosiva de gás para
gados na montagem de equipamentos e instalações elé- a qual são destinados. Para certos tipos de proteção, a
tricas, com a finalidade de atender a requisitos mecânicos, subdivisão A, B, C é prescrita. Esta subdivisão é baseada
e que não necessitam de certificação complementar após no interstício máximo experimental seguro (MESG) para
concluída a sua montagem; por exemplo: prensa-cabos, invólucros à prova de explosão ou na mínima corrente de
niples, bujões, uniões e caixas de passagem. ignição (MIC) para equipamentos elétricos com segurança
intrínseca, conforme a NBR 8602.
NOTA - Excluem-se desta definição as caixas à prova de explosão
NOTA - Equipamento marcado para o grupo II B é adequado para
que são certificadas como componentes (vazias).
aplicação em atmosferas do grupo II A. Similarmente, equipamento
marcado para grupo II C é adequado para aplicação em
3.5 símbolo “U”: Sufixo do número do certificado de atmosferas dos grupos II A e II B.
conformidade para denotar um componente Ex.
4.5 Para todos os tipos de proteção, equipamentos do gru-
3.6 símbolo “X”: Sufixo do número do certificado de con- po II devem ser marcados em função da máxima tempe-
formidade para denotar condição especial para utilização ratura superficial (exceto equipamentos associados, com-
segura do equipamento. ponentes Ex e acessórios).

NOTA - Os símbolos “U” e “X” não são usados juntos. 4.6 O equipamento elétrico pode ser ensaiado para uma
atmosfera explosiva constituída por uma mistura específica,
3.7 organismo de certificação credenciado (OCC): para a qual deve ser devidamente certificado e marcado.
Organismo credenciado pelo INMETRO, responsável
pela emissão dos certificados de conformidade e pelo 5 Temperaturas
acompanhamento dos produtos certificados.
5.1 Temperatura ambiente
3.8 certificado de equivalência: Certificado emitido por
O equipamento elétrico para atmosfera explosiva deve ser
um OCC, atestando que o equipamento elétrico, cons-
normalmente projetado para operação em temperatura am-
truído segundo especificação não contemplada por
biente entre - 20°C e + 40°C. Neste caso não é necessária
norma, possui o mesmo nível de segurança de equipa-
a inclusão da faixa de temperatura na marcação.
mento construído dentro das exigências de normas
existentes, recebendo como marcação o símbolo “s”.
Quando o equipamento elétrico é destinado para uso em
uma faixa de temperatura ambiente diferente daquela
3.9 pessoal qualificado: Pessoal treinado sobre os vários indicada acima, este deve ser considerado como especial.
tipos de proteção e práticas de instalação, com sólidos A faixa de temperatura ambiente deve então ser relatada
conhecimentos sobre os princípios de classificação de pelo fabricante e especificada no certificado de confor-
áreas, com atualização periódica. Isto se aplica a pessoal midade; a marcação deve incluir o símbolo “Ta” ou “Tamb”
de projeto, montagem, manutenção, inspeção, labo- junto à faixa especial de temperatura (ver tabela 1) ou, se
ratório, etc. isto for impraticável, deve-se incluir a letra “X”, conforme
12.2-i.
4 Grupos de equipamentos elétricos
5.2 Temperatura máxima de superfície
4.1 Os equipamentos elétricos para atmosferas explosivas
são classificados em: 5.2.1 A temperatura máxima de superfície deve ser:

a) grupo I - equipamentos elétricos para minas a) para equipamento elétrico do grupo I:


suscetíveis à exalação de grisu;
- 150°C quando podem ocorrer camadas de pó de
carvão;
b) grupo II - equipamentos elétricos para aplicação
em outros locais com atmosferas explosivas de gás; - 450°C quando o risco acima é evitado, por exem-
plo, através de vedação contra poeira ou por
c) grupo III - equipamentos elétricos para aplicação ventilação;
em locais com atmosferas explosivas de poeira.
b) para equipamento elétrico do grupo II:
4.2 Equipamentos elétricos a serem utilizados em locais
onde possam estar presentes gases correspondentes a - um dos valores dados na tabela 2.
mais de um grupo devem satisfazer simultaneamente às
exigências de todos os grupos. Estes equipamentos elé- NOTA - A temperatura máxima de superfície deve ser referida à
tricos devem ser marcados apropriadamente (por máxima temperatura ambiente para a qual o equipamento foi pro-
exemplo, “BR-Ex d I / IIB T3” ou “BR-Ex d I / II (NH3)”). jetado.
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4 NBR 9518:1997

Tabela 1 - Temperatura ambiente em operação e marcação adicional

Equipamento elétrico Temperatura ambiente de serviço Marcação adicional

Normal Máxima: + 40°C Nenhuma


Mínima: - 20°C

Especial Especificada pelo fabricante e Ta ou Tamb junto a faixa de


registrada no certificado temperatura, como p.e.:
“- 30°C Ta + 40°C”
ou o símbolo “X”

Tabela 2 - Classificação das temperaturas máximas de superfície para equipamentos elétricos do grupo II

Classe de temperatura T1 T2 T3 T4 T5 T6

Temperatura máxima de superfície ≤ 450 ≤ 300 ≤ 200 ≤ 135 ≤ 100 ≤ 85


o
C

NOTA - Temperaturas referenciadas a 40°C.

5.2.2 Para equipamentos elétricos do grupo II, pode ser Tabela 3 - Tipos de proteção e símbolos
selecionada uma temperatura máxima de superfície
diferente daquelas dadas na tabela 2, desde que essa Símbolo Tipo de proteção
temperatura seja marcada conforme a seção 12.
d Invólucro à prova de explosão
5.2.3 A temperatura máxima de superfície dos equipamentos
elétricos deve ser inferior à mais baixa temperatura de igni- p Invólucro pressurizado ou com diluição
ção da atmosfera explosiva para a qual o equipamento contínua
elétrico é projetado. Entretanto, para componentes que
tenham uma superfície total igual ou menor do que 10 cm2, q Equipamento imerso em areia
suas temperaturas de superfície podem exceder aquela
para a qual o equipamento foi marcado até qualquer limite, o Equipamento imerso em óleo
desde que fique comprovado experimentalmente que não
há risco direto ou indireto de ignição provocada por estes e Equipamento com segurança aumentada
componentes, com uma margem de segurança de 50 K
para T1, T2 e T3 e de 25 K para T4, T5 e T6. Esta margem i Equipamento com segurança intrínseca
de segurança deve ser assegurada pela experiência obtida
com componentes similares, ou por ensaio nos equipa- n Equipamento não-acendível
mentos elétricos com misturas explosivas com caracte-
rísticas apropriadas de ignição térmica. m Equipamento com encapsulamento

NOTA - Durante o ensaio, a margem de segurança deve ser ve- s Equipamento com proteção especial
rificada mediante o aumento da temperatura ambiente.
7 Requisitos para todos os equipamentos elétricos
Exemplo mais específico desta margem de segurança para
pequenos componentes (por exemplo, transistores ou resis- 7.1 Generalidades
tores empregados em circuitos elétricos intrinsecamente
seguros) é mostrado na NBR 5418. 7.1.1 O equipamento elétrico para uso em atmosferas poten-
cialmente explosivas deve ser adequado para uso in-
6 Tipos de proteção dustrial e estar de acordo com as exigências desta Norma,
exceto quando estas exigências são modificadas pela nor-
6.1 Os tipos de proteção que podem ser utilizados em ma específica do respectivo tipo de proteção. A utilização
atmosferas explosivas são aqueles apresentados na tabe- desses equipamentos e acessórios está condicionada à
la 3. apresentação de seu certificado de conformidade, conforme
definido na Portaria INMETRO Nº121 (ou sua subseqüente
6.2 No sentido de não impedir o desenvolvimento de novas em vigor).
tecnologias, o equipamento que não atender às exigências
de um tipo de proteção normalizado, mas for considerado NOTA - Se o equipamento elétrico tem que suportar condições
por um OCC como adequado para uso em atmosfera particulares adversas (efeitos mecânicos, elétricos, químicos e
explosiva, deve ser considerado como tendo proteção térmicos), estas têm que ser especificadas pelo usuário, e as
especial e marcado com o símbolo “s”. Tal equipamento medidas apropriadas devem ser tomadas em comum acordo
pode ser também parte de um outro com tipo de proteção entre o usuário e o fabricante, não sendo responsabilidade do
normalizado. OCC.
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7.1.2 O equipamento elétrico para atmosferas explosivas ou da parte do invólucro. Para materiais não metálicos, a
deve ser construído de modo a não afetar adversamente a documentação deve incluir:
segurança de pessoas, animais domésticos e proprie-
dades, quando apropriadamente instalado, mantido e uti- a) nome e endereço do fabricante do material;
lizado, nas aplicações para as quais foi projetado e pro-
duzido. O fabricante deve, sob sua única e total respon- b) referência exata e completa do material, sua cor,
sabilidade, documentar isto através de uma declaração, tipo e porcentagem de componentes e aditivos, se in-
conforme indicado no anexo C. cluídos;

NOTA - O número da norma ISO deve ser usado quando


7.1.3 Para os invólucros que possam ser abertos num tempo
possível.
menor que o necessário para que os componentes internos
não ofereçam risco à segurança, devem ter uma placa de c) os tratamentos superficiais possíveis, tais como
advertência indicando o tempo de espera necessário entre vernizes, etc.;
o desligamento e a abertura do invólucro. Isto se aplica
nos seguintes casos: d) o índice de temperatura “TI”, correspondente ao ponto
de 20 000 h sobre o gráfico de resistência térmica, de-
a) descarga de capacitores instalados internamente ve apresentar uma resistência à flexão maior que 50%
até uma energia residual de: do valor inicial determinado de acordo com a
IEC 216-1 e IEC 216-2 e baseado na propriedade de
- 200 µJ para equipamentos dos grupos I e IIA; ou flexão de acordo com a ISO 178. Se o material não
quebrar nesse ensaio, antes da exposição ao calor, o
- 60 µJ para equipamentos do grupo IIB; ou índice deve-se basear na resistência à tração de
acordo com a ISO/R 527 com corpos-de-prova do ti-
- 20 µJ para equipamentos do grupo IIC; po 1.

b) resfriamento de seus componentes internos a uma NOTA - Os dados os quais definem estas características
temperatura abaixo da classe de temperatura do equi- devem ser fornecidos pelo fabricante; o OCC não necessita
pamento elétrico. verificar a conformidade do material com a sua docu-
mentação.
NOTA - As marcações devem atender ao exemplo que segue
(onde “Y” é o tempo, em minutos, necessário para abertura do 7.2.2 Índice de temperatura de materiais plásticos
invólucro).
Os materiais plásticos usados em invólucros ou em partes
de invólucros devem ter índice de temperatura TI cor-
“DEPOIS DA DESENERGIZAÇÃO, AGUARDAR “Y”
respondente ao ponto de 20 000 h no gráfico da resistência
MINUTOS ANTES DA ABERTURA”
térmica (ver 7.2.1) de 20 K acima da temperatura do ponto
mais quente do invólucro ou da parte do invólucro, em
ou alternativamente
relação à máxima temperatura ambiente em operação (ver
5.2). A resistência dos materiais plásticos de invólucros ou
“NÃO ABRA QUANDO UMA ATMOSFERA EXPLOSIVA
de partes de invólucros ao calor e ao frio deve ser satisfatória
ESTIVER PRESENTE”
(ver 9.4.7.3 e 9.4.7.4).

7.1.4 Os equipamentos dotados de dispositivos de dre- 7.2.3 Cargas eletrostáticas de invólucros de material plástico
nagem devem atender aos requisitos desta Norma, bem
como aos indicados na norma específica do respectivo Os seguintes requisitos aplicam-se somente aos invólucros
tipo de proteção. plásticos, partes plásticas de invólucros e a outras partes
plásticas expostas do equipamento elétrico, para:
7.2 Invólucros não-metálicos e partes não-metálicas de
invólucros - equipamentos elétricos não fixos;

Os requisitos a seguir, além daqueles descritos em 9.4.7, - equipamentos fixos com partes plásticas que
se aplicam a: possam ser friccionadas ou limpas no local.

7.2.3.1 Equipamentos elétricos do grupo I


- invólucros não-metálicos;
Os invólucros de material não-metálico que possuam área
- partes não-metálicas de invólucros, das quais o projetada em qualquer direção maior do que 100 cm2
tipo de proteção depende. devem ser projetados de modo a evitar, sob condições nor-
mais de utilização, manutenção e limpeza, riscos de ignição
Entretanto, para anéis de vedação, cujo tipo de proteção devidos a cargas eletrostáticas.
depende, o ensaio descrito em 5.2.9 da NBR 10861:1989
é suficiente. Este requisito pode ser satisfeito pela seleção adequada
do material, garantindo-se que sua resistência de isola-
7.2.1 Definição do material mento, medida conforme o método dado em 9.4.7.8, não
exceda 1 GΩ a (23 ± 2)°C e (50 ± 5)% de umidade relativa,
Os documentos apresentados pelo fabricante e verificados ou em virtude do tamanho, forma, arranjo ou por outros
pelo OCC, de acordo com 9.2, devem definir de modo métodos de proteção que garantam o não aparecimento
preciso o material e o processo de fabricação do invólucro de cargas eletrostáticas perigosas.
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6 NBR 9518:1997

Se, contudo, o risco de ignição não pode ser evitado no 7.2.4 Furos roscados em invólucros de material plástico
projeto, uma plaqueta de aviso deve indicar as medidas de
segurança a serem aplicadas em serviço. Os furos roscados para fixação de tampas que podem ser
abertas em serviço para fins de regulagem, inspeção e
NOTAS
outros motivos operacionais podem ser dos seguintes tipos:

a) inserto metálico com rosca para parafuso metálico;


1 Durante a seleção de materiais isolantes, deve-se garantir a o inserto deve ser permanentemente fixado ao in-
mínima resistência de isolamento para evitar problemas vólucro de material plástico;
provenientes do toque em partes plásticas que estejam em contato
com partes vivas. b) furo roscado no invólucro plástico para parafuso
metálico; a forma da rosca deve ser compatível com o
2 Restrições adicionais podem ser aplicadas para invólucros material plástico;
plásticos utilizados em áreas onde uma atmosfera explosiva esteja
presente continuamente ou por longos períodos. c) furo roscado em invólucro de material plástico para
parafuso de plástico; a forma da rosca e os materiais
plásticos devem ser compatíveis e de resistência e
7.2.3.2 Equipamentos elétricos do grupo II
durabilidade adequadas.

Os invólucros devem ser projetados de modo que, sob 7.3 Invólucros de ligas de metal leve
condições normais de utilização, manutenção e limpeza,
sejam evitados todos os riscos de ignição devido a cargas 7.3.1 As ligas para a fabricação de invólucros não devem
eletrostáticas. Este requisito pode ser satisfeito por uma conter em percentual de massa:
das seguintes opções:
a) para invólucros do grupo I:
a) pela seleção adequada do material, de modo que a
- mais do que 15%, no total, de alumínio, titânio e
resistência de isolamento do invólucro, medida
magnésio;
conforme 9.4.7.8, não exceda 1 GΩ a (23 ± 2)oC e
(50 ± 5)% de umidade relativa; - mais do que 6%, no total, de magnésio e titânio;

b) pela limitação da área superficial dos invólucros b) para invólucros do grupo II:
plásticos ou partes plásticas de invólucros, conforme
segue (ver também Nota 2): - mais do que 6%, no total, de magnésio.

7.3.2 Os furos roscados nos invólucros para os parafusos


- para os equipamentos dos grupos IIA e IIB, a área de fixação de tampas passíveis de serem abertas em ser-
superficial máxima não deve ultrapassar 100 cm2. viço, para fins de regulagem, inspeção e outros motivos
Esta área pode ser ampliada para 400 cm2 se as operacionais, só podem ser feitos com ligas de metal leve
áreas expostas de plástico forem circundadas por se a forma da rosca for compatível com a liga.
malhas condutivas aterradas;
7.4 Fechos e parafusos
- para os equipamentos do grupo IIC, incluindo
partes transmissoras de luz, a área superficial má- 7.4.1 Geral
xima não deve ultrapassar 20 cm2. Esta área pode
ser ampliada para 100 cm2 se as partes plásticas 7.4.1.1 As partes que asseguram o tipo de proteção do equi-
são adicionalmente protegidas contra a ocorrência pamento, ou cuja finalidade seja impedir o acesso a partes
de cargas eletrostáticas perigosas; energizadas não isoladas, somente podem ser afrouxadas
e/ou removidas com o auxílio de uma ferramenta.
c) em virtude do tamanho, forma e arranjo ou outros 7.4.1.2 Os parafusos de fixação para invólucros de liga de
métodos de proteção. metal leve podem ser feitos da mesma liga, ou outros ma-
teriais (inclusive materiais não-metálicos), desde que estes
Se o risco de ignição não pode ser evitado no projeto do sejam compatíveis química e mecanicamente com o ma-
equipamento, deve-se empregar uma plaqueta de adver- terial do invólucro.
tência indicando as medidas de segurança a serem aplica-
das em serviço. 7.4.2 Fechos especiais

7.4.2.1 Sempre que for exigido pela norma específica do


NOTAS
tipo de proteção um tipo especial de fecho, este deve re-
querer também uma ferramenta especial para sua remoção.
1 Durante a seleção de materiais isolantes, deve-se garantir a Isto pode ser obtido, por exemplo, pelo emprego de:
mínima resistência de isolação para evitar problemas provenientes
do toque em partes plásticas que estejam em contato com partes a) parafuso sextavado sem fenda, conforme ISO 262 e
vivas. ISO 272, com cabeça-padrão, ou porca sextavada con-
forme ISO 262 e ISO 272 (cabeça-padrão), para prisio-
2 Restrições adicionais podem ser aplicadas para invólucros neiro com rosca conforme ISO 262, ou parafuso com
plásticos utilizados em áreas onde uma atmosfera explosiva esteja cabeça cilíndrica e encaixe sextavado (“Allen”), con-
presente continuamente ou por longos períodos (zona 0). forme ISO 262 e ISO 4762;
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b) um capuz protetor ou um furo rebaixado que cubra 7.4.2.2 As dimensões dos parafusos e do capuz protetor ou
toda a altura da cabeça do parafuso ou porca, bem co- furo rebaixado devem seguir a tabela 4.
mo pelo menos 2/3 do seu perímetro; quando forem
utilizados capuzes, estes devem ser: 7.4.2.3 Podem ser usados indistintamente diâmetros normais
ou reduzidos do capuz protetor ou do furo rebaixado, exceto
- parte integrante do invólucro, ou quando houver exigência na norma específica do res-
pectivo tipo de proteção.
- fixados ao invólucro e firmemente seguros a ele,
ou
7.4.2.4 Os parafusos e porcas maiores que M16 (para gru-
- fixados entre si de modo que não possam girar ou po II) e M24 (para grupo I) não precisam ser protegidos por
ser removidos. capuz protetor ou furo rebaixado.
Tabela 4 - Dimensões de fechos especiais

Diâmetro nominal Capuz protetor ou furo rebaixado

do filete do furo passante d1 h Normal Reduzido


d mm mm d2 mm d2 mm

6H H 13 mín. mín. máx. mín. máx.


ISO 965 ISO/R 286

M4 4,5 4 - - 8 9

M5 5,5 5 17 19 10 11

M6 6,6 6 18 20 11 12

M8 9,0 8 22 25 15 16

M10 11,0 10 27 30 18 20

M12 14,0 12 31 35 20 22

M14 16,0 14 36 40 24 26

M16 18,0 16 40 44 26 28

M20 22,0 20 46 50 33 35

M24 26,0 24 57 61 40 42

NOTAS
1 Para as referências literais, ver figura 1.
2 Parafusos e porcas sextavadas com diâmetros nominais M4, M18 e M22 não são permitidos; diâmetros M5 devem ser evitados.
3 Parafusos de cabeça cilíndrica e soquete sextavado M18 e M22 não são permitidos.

Figura 1 - Dimensões de fechos especiais


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7.5 Intertravamentos 7.9.4 Os terminais internos para a ligação do condutor eqüi-


potencial ou de aterramento devem ser adequados para a
Os intertravamentos usados para manter o tipo de proteção conexão efetiva de no mínimo um condutor com seção
devem ser construídos de tal forma que sua anulação so- transversal conforme definido na tabela 5.
mente seja possível pelo uso de ferramenta especialmente
construída para este fim. Tabela 5 - Seção transversal mínima dos condutores de
proteção
7.6 Buchas de passagem e terminais
Seção transversal dos Seção transversal mínima
As buchas de passagem e terminais utilizados como meios condutores de fase de do condutor de proteção
de conexão não devem se movimentar durante a execução uma instalação (S) correspondente (Sp)
da conexão, quando sujeitos a torque. O ensaio que cor- mm2 mm2
responde a esta exigência está descrito em 9.4.5.
S ≤ 16 S
7.7 Colas e materiais para selagem e vedação
16 < S ≤ 35 16
As colas e os materiais usados para selagem e vedação S > 35 0,5 S
devem ser quimicamente estáveis, inertes e resistentes a
influências externas (por exemplo: água, óleo e solvente) 7.9.5 O terminal externo deve permitir a conexão efetiva de
ou então devem ser efetivamente protegidos contra tais in- condutores conforme especificado na NBR 5410, com
fluências. Devem possuir estabilidade térmica permanente, seção mínima de 4 mm2.
adequada para as temperaturas às quais devem ser
submetidos, de acordo com as características nominais 7.9.6 A fim de assegurar um bom contato elétrico, estes ter-
dos equipamentos elétricos. O material é considerado minais devem ser efetivamente protegidos contra a cor-
adequado quando se mantiver estável, respectivamente rosão. Também devem ser projetados de tal forma que os
na menor temperatura e a 20 K acima da maior temperatura condutores estejam seguros contra afrouxamento e torção,
na qual fica sujeito, sendo esta no mínimo 120°C. de modo que a pressão de contato seja mantida. Devem
ser tomadas precauções especiais para evitar a corrosão,
NOTAS sempre que uma das partes de contato for constituída de
liga de metal leve. Um exemplo de medida de conexão
1 Se os materiais devem suportar condições adversas de uso, para material contendo liga de metal leve é o uso de uma
medidas apropriadas devem ser discutidas entre usuário e fa- parte intermediária feita de aço.
bricante.
7.10 Dispositivos de conexão e caixas terminais
2 O OCC não necessita verificar a conformidade do material
com a sua documentação. 7.10.1 Os equipamentos que são destinados à conexão de
circuitos externos devem possuir dispositivos para conexão.
7.8 Conexões Representam exceção os equipamentos elétricos portáteis
do grupo I e os equipamentos elétricos do grupo II, desde
A pressão de contato das conexões elétricas não deve, em que fabricados com o cabo de conexão permanentemente
operação, ser afetada devido a alterações dimensionais ligado a eles (rabicho).
do material isolante (devido à temperatura, umidade, etc.).
Todo equipamento construído com um cabo de conexão
7.9 Terminais para os condutores eqüipotencial e de (rabicho) deve ser marcado com a letra “X” para indicar a
aterramento necessidade de conectar a extremidade livre do cabo.
7.9.1 Deve ser previsto, dentro da caixa de terminais, um 7.10.2 As caixas terminais e suas aberturas de acesso de-
terminal específico para a conexão do condutor eqüipo- vem ser dimensionadas de tal forma que os condutores
tencial e/ou de aterramento, localizado próximo aos outros possam ser prontamente ligados sem dificuldade.
terminais.
7.10.3 As caixas terminais devem ter um tipo de proteção
7.9.2 Os equipamentos elétricos com invólucros metálicos normalizado, em concordância com a respectiva norma
devem ter um terminal externo adicional para ligação do brasileira.
condutor eqüipotencial ou de aterramento. Este terminal
externo deve estar eletricamente conectado ao terminal in- 7.10.4 As caixas terminais devem ser projetadas de modo
terno descrito em 7.9.1. Este terminal externo é dispensável que, após efetuada a conexão dos condutores, as distâncias
em equipamentos elétricos portáteis quando o condutor de isolação e escoamento atendam às eventuais exigências
eqüipotencial e/ou de aterramento faz parte do cabo contidas na norma brasileira específica para o tipo de pro-
alimentador. teção adotado.

NOTA - A expressão “eletricamente conectado” não implica, ne- 7.11 Entradas para cabos (prensa-cabos) e eletrodutos
cessariamente, a utilização de um condutor.
7.11.1 As entradas para cabos e eletrodutos devem ser
7.9.3 Nenhum terminal para ligação do condutor eqüi- construídas e montadas de tal modo que não alterem as
potencial ou de aterramento é exigido, quando isto não é características específicas do tipo e do grau de proteção
necessário em função das características do equipamento dos equipamentos elétricos nos quais são instalados. Isto
elétrico (por exemplo, em equipamentos com dupla isolação deve ser aplicado a toda faixa de diâmetros de cabos,
ou isolação reforçada). definida pelo fabricante do prensa-cabos.
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7.11.2 A vedação das entradas para cabos deve ser as- 7.11.5 As entradas para cabos flexíveis não devem ter can-
segurada pelo uso dos seguintes processos (ver figu- tos vivos capazes de danificar o cabo enquanto este é mo-
ra 2): vido em qualquer direção em um ângulo de 90° em relação
ao eixo de entrada. O ponto de entrada deve ser curvado,
a) um anel de vedação de material elastomérico; de modo que o raio de curvatura, do cabo não seja inferior
a um quarto do diâmetro do maior cabo admissível para a
b) um composto de vedação ou resina endurecida entrada.
(conforme especificado em 7.7);
7.11.6 As entradas para eletrodutos podem ser efetuadas
c) um anel metálico de vedação (no caso de cabo ar- através de orifícios roscados ou não (furos lisos), execu-
mado). tados:

a) na parede do invólucro;
7.11.3 As entradas para cabos (prensa-cabos) devem:
b) em uma placa adaptadora montada dentro ou sobre
a) assegurar a passagem do cabo através da parede as paredes do invólucro;
do invólucro, sem danificar o cabo;
c) em uma unidade seladora, integrada ou fixada na
b) se necessário, fixar o cabo e promover a continui- parede do invólucro.
dade elétrica da armação e/ou blindagem metálica.
7.11.7 As aberturas dos invólucros de equipamentos
elétricos não utilizadas devem ser fechadas por um bujão,
desde que as exigências das normas brasileiras específicas
para o tipo e grau de proteção sejam satisfeitas. O bujão
somente pode ser removido com a ajuda de uma fer-
ramenta.

7.11.8 Em casos excepcionais, quando a temperatura nas


condições nominais excede 70°C no ponto da entrada para
cabo ou para eletroduto, ou 80°C no ponto de ramificação
dos condutores, uma placa de advertência deve ser fixada
na parte externa dos equipamentos elétricos, alertando para
a seleção adequada do cabo, ou dos fios no eletroduto.

7.12 Componentes Ex

7.12.1 Os componentes Ex podem ser:

a) um invólucro vazio; ou
Legenda: b) componentes ou conjunto de componentes para
1 - ramificação dos condutores do cabo no interior da caixa de uso com equipamentos que atendam aos requisitos
terminais de um ou mais tipos de proteção listados na tabela 2.
2 - anel de vedação 7.12.2 Os componentes Ex podem ser montados:
3 - corpo da entrada para cabo
a) completamente no interior do invólucro do equipa-
4 - anel de aperto com cantos arredondados mento (por exemplo, terminais, amperímetros, aquece-
5 - cabo dores ou indicadores com o tipo de proteção aumen-
tado; componentes de chaveamento ou termostatos à
Figura 2 - Ilustração apresentando os termos usados prova de explosão; fontes com o tipo de proteção se-
para entradas para cabos com uso de anel gurança intrínseca, etc.); ou
de vedação
b) completamente no exterior do invólucro do equipa-
mento (por exemplo, um terminal de aterramento com
7.11.4 As entradas para cabos devem garantir uma fixação
o tipo de proteção aumentado; sensores intrinseca-
efetiva destes, para prevenir que uma eventual tração ou
mente seguros); ou
torção aplicada ao cabo seja transmitida às conexões.
Devem suportar os ensaios prescritos em 9.4.9 ou 9.4.10. c) parte no interior e parte no exterior do invólucro do
Estas exigências não são aplicáveis para entradas para equipamento (por exemplo, botoeiras, chaves fim de
cabos de equipamentos elétricos fixos do grupo II, nos curso, sinaleiras à prova de explosão; amperímetros
quais a fixação do cabo pode ser efetuada em outra parte com o tipo de proteção aumentado; indicadores intrin-
(por exemplo, com braçadeira interna). secamente seguros).

NOTAS 7.12.3 No caso de montagens completamente no interior de


invólucros, as únicas partes a serem ensaiadas ou ava-
1 Uma entrada para cabo com anel de vedação elastomérico liadas quando usadas em um equipamento são aquelas
pode assegurar uma fixação efetiva de cabos não armados. partes que não podem ser ensaiadas e/ou avaliadas como
um componente separado (por exemplo, o ensaio e/ou aná-
2 Para equipamentos não fixos, podem ser necessários lise de temperatura superficial, distâncias de escoamento
processos adicionais de fixação. e isolação, que dependem da montagem do componente).
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7.12.4 No caso de montagens externas ao invólucro ou 8.1.4.2 As hélices de ventiladores externos para máquinas
com partes no exterior e partes no interior de invólucros, a elétricas girantes, fabricados com ligas de metal leve,
interface entre o componente Ex e o invólucro deve ser en- devem obedecer aos requisitos citados em 7.3.1.
saiada e/ou avaliada para atender aos requisitos dos tipos
de proteção empregados e aos ensaios mecânicos estabe- 8.1.5 Conversores de freqüência em zona 2
lecidos em 9.4.3.
A utilização de conversores de freqüência para controle de
8 Requisitos suplementares para equipamentos velocidade de motores em zona 2 somente será permitida
elétricos específicos mediante uma certificação de conformidade emitida por
um OCC.
8.1 Máquinas elétricas girantes
8.2 Conjuntos de manobra
Além dos requisitos gerais anteriormente definidos, são
aplicados os requisitos adicionais na construção de Além dos requisitos gerais aplicam-se requisitos adicionais,
máquinas elétricas girantes para uso em atmosferas conforme 8.2.1 a 8.2.6.
explosivas, conforme 8.1.1 a 8.1.4.
8.2.1 Os conjuntos de manobra para corrente contínua com
8.1.1 Aberturas de ventilação para ventiladores externos contatos imersos em óleo não são permitidos. Conjuntos
de manobra para corrente alternada, com contatos imersos
8.1.1.1 O grau de proteção das aberturas de ventilação para em óleo, não são permitidos em equipamentos elétricos
ventiladores externos de máquinas elétricas girantes, con- para grupo I com tensões até 1 100 V. Estes somente são
forme a NBR 9884, deve ser no mínimo: permitidos para tensões acima de 1 100 V, com pólos
segregados e com um volume de óleo menor do que 5 L
a) IP 20 na entrada do ar; por pólo.

b) IP 10 na saída do ar. 8.2.2 Os seccionadores do grupo I, com capacidade de


interrupção menor que a da categoria AC 3, conforme
8.1.1.2 Nas máquinas elétricas girantes verticais a pene- IEC 292-1, devem ser intertravados elétrica ou mecanica-
tração de corpos estranhos caindo verticalmente através mente com um dispositivo de interrupção sob carga ade-
das aberturas de ventilação deve ser evitada. Para má- quado. Para seccionadores do grupo II, é suficiente a colo-
quinas elétricas girantes do grupo I, o grau de proteção cação de uma placa de advertência, próximo a estes, com
IP 10 é suficiente somente quando as aberturas são proje- os seguintes dizeres: “NÃO OPERAR SOB CARGA”.
tadas ou posicionadas de modo que corpos com dimensões
acima de 12,5 mm não possam atingir as partes móveis da 8.2.3 Quando um conjunto de manobra contém um seccio-
máquina, seja por queda vertical ou por vibração. nador, este deve desligar todos os pólos e deve ser pro-
jetado de tal modo que a posição dos contatos seja visível
8.1.2 Construção e montagem de sistemas de ventilação ou que haja uma indicação confiável da posição
“desligado”. Qualquer intertravamento entre o seccionador
Os ventiladores, as coberturas de partes rotativas de venti- e a tampa ou porta do conjunto de manobra somente deve
ladores, as telas para ventilação, etc. devem ser de cons- permitir que estas sejam abertas quando a separação dos
trução robusta e fixados de modo a evitar torção ou deslo- contatos do seccionador for suficiente para desligar a
camento, que possam causar impacto ou atrito de partes alimentação.
girantes com fixas.
8.2.4 O mecanismo de operação dos seccionadores para
8.1.3 Distâncias entre sistemas de ventilação grupo I deve permitir o travamento com cadeado na posição
“aberto”.
Em operação normal, as distâncias entre a hélice do ven-
tilador externo, sua cobertura, sua tela de ventilação e as 8.2.5 Se os conjuntos de manobra para grupo I possuem
peças de fixação desta devem ser no mínimo 1/100 do diâ- relés de proteção contra curto-circuito e/ou falta de terra,
metro da hélice do ventilador, mas não menores que 1 mm. estes devem ter rearme manual, que por sua vez deve ser
Estas distâncias não precisam exceder 5 mm, e podem ser equipado com fecho especial conforme 7.4.2 ou deve estar
reduzidas para 1 mm se as peças em oposição apresen- situado no interior do invólucro contendo os relés.
tarem precisão e estabilidade dimensional. Estas distâncias
devem ser medidas em repouso, sob as condições mais 8.2.6 As tampas que dão acesso ao interior de invólucros
desfavoráveis possíveis de se apresentarem pelo deslo- contendo equipamentos operados por controle remoto (ver
camento máximo das peças em operação normal, e devem Nota), com contatos, devem ser intertravadas com um
ser medidas antes dos ensaios mecânicos (ver 9.4.3). seccionador, ou ser equipadas com uma placa de advertên-
cia com os seguintes dizeres: “NÃO ABRA QUANDO
8.1.4 Materiais utilizados para a construção de hélices de ENERGIZADO”, a menos que as partes que permanecerem
ventiladores energizadas com a tampa aberta atendam, nesta condição,
ainda a um tipo de proteção normalizado. No caso de utili-
8.1.4.1 As hélices de ventiladores externos para máquinas zação do tipo de proteção “e”, deve ser mantido no mínimo
elétricas girantes, fabricados de material plástico, devem o grau de proteção IP 20 para estas partes.
ter uma resistência de isolamento superficial não superior
a 1GΩ, medida de acordo com o método especificado em NOTA - Estes são equipamentos nos quais circuitos podem ser
9.4.8. Para máquinas do grupo II, se as hélices dos ven- manobrados por meios mecânicos, elétricos, acústicos, magnéticos
tiladores tiverem velocidade periférica inferior a 50 m/s, ou térmicos, desde que as manobras não sejam iniciadas ma-
esta exigência é dispensável. nualmente no próprio equipamento.
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8.3 Fusíveis 8.5.1 A fonte de luz de luminárias deve ter uma proteção
transparente, podendo ser equipada adicionalmente com
Além dos requisitos gerais, são aplicados os requisitos uma grade composta por uma malha de aberturas não
adicionais conforme 8.3.1 e 8.3.2. inferiores a 50 mm de aresta. Estas devem ser capazes de
suportar o ensaio prescrito em 9.4.3.1. Se as aberturas
8.3.1 Os invólucros contendo fusíveis devem ser intertra- possuírem arestas superiores a 50 mm, a luminária deve
vados de tal modo que a substituição do fusível somente ser considerada desprotegida (sem grade).
seja possível com a alimentação desligada, possibilitando
a reenergização somente com o invólucro corretamente 8.5.2 A montagem das luminárias não pode depender de
fechado. um único parafuso. Um único olhal pode ser usado somente
se fizer parte integrante da luminária, por exemplo, fundido
8.3.2 O intertravamento não é necessário quando o invólucro ou soldado ao invólucro, ou, se roscado, o olhal deve ser
é equipado com uma placa de advertência com os seguintes travado por outros meios que impeçam seu afrouxamento
dizeres: “NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO”. quando torcido.

8.4 Plugues e tomadas 8.5.3 Exceto nos casos de luminária intrinsecamente segura
(conforme a NBR 8447), as tampas de acesso ao soquete
Além dos requisitos gerais, são aplicados os requisitos da lâmpada e outras partes internas da luminária devem:
adicionais de 8.4.1 a 8.4.4.
a) ser intertravadas por dispositivo que desconecte
8.4.1 Os plugues e as tomadas devem ser intertravados automaticamente todos os pólos do soquete da
mecânica ou eletricamente, de modo que não possam ser lâmpada, tão logo se inicie o processo de abertura da
separados com os contatos energizados, bem como os tampa; ou
contatos não podem ser energizados quando estiverem
separados. b) possuir uma placa de advertência com os seguintes
dizeres: “NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO”.
8.4.2 Alternativamente, os plugues e as tomadas que não
são intertravados conforme 8.4.1 devem ser mantidos aco- 8.5.4 No caso do intertravamento descrito em a), quando é
plados por meio de fechos especiais conforme 7.4.2 e devem necessário manter partes energizadas, que não os soquetes
ser equipados com uma placa de advertência com os das lâmpadas, deve-se, de forma a minimizar os riscos pa-
seguintes dizeres: “NÃO EXTRAIR/CONECTAR O ra o pessoal de manutenção, proteger as partes energi-
PLUGUE QUANDO ENERGIZADO”. zadas por uma das seguintes formas:

8.4.3 No caso do uso de fechos especiais, onde os contatos


a) empregar uma das proteções descritas na tabela 2;
não podem ser desenergizados antes da separação, em ou
função de estarem conectados a uma bateria, a marcação
b) adotar as seguintes proteções:
deve estabelecer: “SEPARAR SOMENTE EM ÁREA NÃO
CLASSIFICADA”. - garantir as distâncias de isolação e escoamento
entre as fases (polos) e a terra de acordo com os
8.4.4 Os plugues contendo componentes que permanecem requisitos da norma de segurança aumentada
energizados quando não estão acoplados com a tomada NBR 9883; e
não são permitidos.
- um invólucro interno suplementar (que pode ser o
8.4.5 Os plugues e as tomadas para correntes nominais refletor para a fonte de luz) contendo as partes ener-
inferiores a 10 A e tensões nominais inferiores a 250 Vca gizadas e garantindo um grau de proteção mínimo
ou 60 Vcc não precisam atender aos requisitos de 8.4.1 a de IP 30 (conforme NBR 6146), arranjado de forma
8.4.3 se todas as condições que seguem forem atendidas: tal que nenhuma ferramenta possa entrar em con-
tato com as partes energizadas através de qual-
a) a parte que permanece energizada é um terminal quer abertura; e
de saída;
- empregar no invólucro interno adicional uma placa
b) o plugue e a tomada projetados para interromper a de advertência com os seguintes dizeres: “NÃO
corrente nominal devem ser equipados com me- ABRA QUANDO ENERGIZADO”.
canismo que retarde a extração do plugue, de tal modo
que permita a extinção do arco antes da separação; 8.5.5 As lâmpadas contendo sódio metálico livre (por exem-
plo, lâmpadas de sódio de baixa pressão, conforme
c) durante o período de extinção do arco, o plugue e a IEC 192) não são permitidas. As lâmpadas de sódio de alta
tomada devem manter as características de um equi- pressão (conforme EN 60662) podem ser usadas.
pamento à prova de explosão conforme a NBR 5363;
8.6 Lanternas de mão e de capacete com fonte própria
d) os contatos que permanecem energizados após a
separação devem ser protegidos por um dos tipos de Além dos requisitos gerais, são aplicados os requisitos adi-
proteção listados na tabela 2. cionais de 8.6.1 e 8.6.2.

8.5 Luminárias 8.6.1 Os materiais utilizados para lanternas de mão e de


capacete devem ser quimicamente resistentes ao ele-
Além dos requisitos gerais, são aplicados os requisitos trólito da fonte. O vazamento do eletrólito deve ser evitado
adicionais de 8.5.1 a 8.5.5. em todas as posições do equipamento.
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8.6.2 Quando as fontes de luz e de energia estão em invó- para tal omissão deve constar no relatório de ensaio ou no
lucros separados, as entradas para cabos e o cabo de anexo ao Certificado de Conformidade. Os ensaios podem
ligação devem suportar um esforço de tração de 150 N, ser feitos no laboratório credenciado ou em outro local,
sem afetar o tipo de proteção. O cabo de ligação deve como, por exemplo, nas instalações do fabricante, sob a
possuir uma capa externa feita de material auto-extinguível supervisão do OCC. O OCC, quando julgar necessário,
e resistente a óleo. pode solicitar modificações que considere necessárias para
conferir ao equipamento elétrico a conformidade com esta
9 Verificações e ensaios Norma e com aquelas para os tipos de proteção específica.
As verificações e ensaios dos equipamentos elétricos para 9.4.2 Abrangência
atmosferas explosivas devem incluir os passos descritos
em 9.1 a 9.5. Cada ensaio deve ser feito no equipamento com todos os
acessórios (isto é, prensa-cabos, instrumentos, plugues e
9.1 Geral tomadas, bujões, etc.) mencionados pelo fabricante nos
respectivos documentos. A montagem do conjunto deve
As verificações e ensaios de tipo devem assegurar que os
ser aquela que o laboratório credenciado considera a mais
requisitos gerais desta Norma e que os requisitos especí-
desfavorável. O relatório de ensaios deve abranger o
ficos da norma correspondente ao tipo de proteção do equi-
equipamento elétrico e os acessórios nele listados. O
pamento foram atendidos em um protótipo ou amostra do
fabricante de acessórios normalizados não necessita ser
equipamento elétrico.
mencionado se as características destes estiverem comple-
9.2 Verificação de documentos tamente definidas.

O OCC deve verificar se os documentos submetidos pelo 9.4.3 Ensaios mecânicos


fabricante fornecem uma especificação completa e correta
Os ensaios mecânicos são realizados para verificação da
dos aspectos de segurança do protótipo/equipamento
resistência mecânica dos equipamentos.
elétrico, bem como se no projeto do protótipo/equipamento
elétrico os requisitos desta Norma e daquelas para os tipos 9.4.3.1 Ensaio de impacto
específicos de proteção, foram observados.
9.4.3.1.1 Este ensaio é aplicado a níveis de energia de im-
9.3 Conformidade entre protótipo ou amostra e pacto que variam de acordo com o grupo e com o material
documentos do invólucro, conforme a tabela 6.
O OCC deve verificar se o protótipo ou a amostra do equi- 9.4.3.1.2 O equipamento elétrico é submetido ao efeito de
pamento elétrico submetido ao ensaio de tipo está em con- um peso com massa “M”, caindo verticalmente de uma al-
formidade com os documentos definitivos do fabricante. tura “h”, sendo os valores de “M” e “h” dependentes da
energia de impacto, conforme listado na tabela 7, de acordo
9.4 Ensaios de tipo
com a aplicação do equipamento elétrico. O peso utilizado
9.4.1 Geral nos ensaios deve ser equipado com uma cabeça de
impacto de aço temperado na forma de um hemisfério de
O protótipo ou amostra deve ser ensaiado em laboratório 25 mm de diâmetro.
credenciado, de acordo com os requisitos de ensaio desta
Norma, bem como daquelas para os tipos de proteção es- NOTA - Antes de cada ensaio, é necessário verificar se a superfície
pecíficos. Entretanto, o OCC pode omitir determinados en- da cabeça de impacto está em boas condições; a cabeça deve
saios, julgados desnecessários. Neste caso, a justificativa ser trocada sempre que necessário.

Tabela 6 - Níveis de energia de impacto “E” (J)

Grupo de equipamento elétrico para atmosfera explosiva I II

Risco de dano mecânico Normal Baixo Normal Baixo

1 - Peças transparentes com grade (ensaiadas sem esta) 4 2 2 1

2 - Peças transparentes sem grade 7 4 4 2

3 - Grades, coberturas de ventiladores e prensa-cabos 20 7 7 4

4 - Invólucros de material plástico 20 7 7 4

5 - Invólucros de ligas de metal leve ou ferro fundido 20 7 7 4

6 - Invólucros de materiais diferentes de 5, com espessura de 20 7 7 4


parede:
- inferior a 3 mm para grupo I
- inferior a 1 mm para grupo II

NOTA - O equipamento elétrico que é submetido aos ensaios correspondendo a um baixo risco de impacto deve ser marcado com
um “X”, de acordo com 12.2-I).
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Tabela 7 - Peso de aço e altura padronizados em função da energia de impacto

Energia de Impacto “E” Peso de aço com massa “M” Altura “h”
J kg m

1 0,25 0,4
2 - 0,8

4 1 0,4
7 - 0,7

20 2 1

NOTA - h = E/(M.g), onde g = 10m/s2.

9.4.3.1.3 Um exemplo de dispositivo padronizado para en- Para equipamentos com um invólucro em material não plás-
saios de queda livre sobre equipamentos fixos é mostrado tico o ensaio deve ser realizado a uma temperatura de
na figura 3. (20 ± 5)°C, exceto quando a especificação do material mos-
trar que ele pode ter uma redução na resistência ao impacto
9.4.3.1.4 Normalmente o ensaio é feito no equipamento em baixas temperaturas, dentro da faixa ambiente especi-
completamente montado e pronto para uso. Se isto não for ficada. Neste caso o ensaio deve ser realizado na mais
possível para peças transparentes, o ensaio deve ser feito baixa temperatura da faixa.
com as peças transparentes removidas, porém fixadas em
sua estrutura de montagem ou em uma estrutura equi- Para equipamentos elétricos com invólucros ou partes do
valente. Onde for usada massa seladora para fixar as peças invólucro de material plástico, o ensaio deve ser realizado
transparentes, o mesmo material deve ser usado para fixá- na menor e na maior temperatura ambiente, conforme
las à estrutura equivalente. 9.4.7.1.

9.4.3.1.5 Para peças transparentes feitas de vidro, o ensaio 9.4.3.3 Critérios de aceitação
deve ser feito em três amostras, sendo uma vez em cada
Os ensaios de impacto e queda não devem produzir danos
uma. Em todos os outros casos, dois ensaios devem ser
que invalidem o tipo de proteção do equipamento elétrico.
feitos em uma amostra. O ponto de impacto deve ser o lo-
Danos superficiais, marcas na pintura, quebra de aletas de
cal considerado pelo laboratório credenciado como sendo
resfriamento ou outras partes similares do equipamento
o mais frágil.
elétrico e pequenas mossas devem ser ignorados. A cober-
9.4.3.1.6 Os equipamentos elétricos fixos devem ser mon- tura de proteção dos ventiladores externos e as telas podem
tados em uma base de aço (ver figura 3), de tal modo que a sofrer deformação, porém os deslocamentos ou defor-
direção do impacto seja normal à superfície sob ensaio ca- mações não devem causar atrito com as partes móveis.
so esta seja plana, ou normal à tangente da superfície no
9.4.4 Ensaios para o grau de proteção dos invólucros
ponto de impacto caso não seja plana. A base deve ter
uma massa de no mínimo 20 kg ou ser rigidamente fixada 9.4.4.1 Para os grupos I e II, estes ensaios devem ser reali-
no piso (chumbada no concreto). zados conforme a NBR 6146 ou NBR 9884.

9.4.3.1.7 Para equipamentos pendentes (por exemplo: lu- 9.4.5 Ensaio de torção para buchas de passagem e pinos
minárias), a direção do impacto deve ser normal à super- terminais
fície plana, ou normal à tangente no ponto de impacto, ca-
so a superfície não seja plana. As buchas de passagem e os pinos terminais, usados para
conexão e sujeitos a torque durante a ligação ou remoção
9.4.3.1.8 Normalmente o ensaio deve ser realizado a uma dos condutores, devem ser ensaiados quanto à resistência
temperatura ambiente de (20 ± 5)°C, exceto quando a es- à torção e não devem girar quando submetidos aos valores
pecificação do material mostrar que ele pode ter uma redu- de torque dados na tabela 8.
ção na resistência ao impacto em baixas temperaturas,
9.4.6 Ensaios térmicos
dentro da faixa ambiente especificada. Neste caso o ensaio
deve ser realizado na mais baixa temperatura da faixa. 9.4.6.1 Medição de temperatura

Quando o equipamento elétrico tem um invólucro ou parte 9.4.6.1.1 O ensaio térmico deve ser realizado com o equipa-
do invólucro de material plástico, incluindo ventiladores mento elétrico funcionando nas características nominais e
com hélices plásticas e telas de ventilação em máquinas sob a tensão mais desfavorável dentro da faixa de ± 10%
elétricas rotativas, o ensaio deve ser realizado na maior e da tensão nominal, a menos que outra norma brasileira
menor temperatura ambiente, conforme 9.4.7.1. prescreva tolerâncias diferentes para equipamentos
elétricos equivalentes.
9.4.3.2 Ensaio de queda
9.4.6.1.2 A temperatura máxima de superfície não deve ex-
Os equipamentos elétricos portáteis, prontos para uso, de- ceder:
vem cair quatro vezes de uma altura de 1 m em uma super-
fície horizontal de concreto. A posição de queda da amostra a) para equipamentos do grupo I, aqueles valores es-
deve ser selecionada pelo laboratório credenciado. tabelecidos em 5.2.1-a);
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b) para equipamentos do grupo II, a temperatura mar- aquela de maior valor. Quando a temperatura é deter-
cada no equipamento, para equipamentos elétricos minada para somente certas posições, isto deve ser espe-
onde cada unidade produzida é submetida aos en- cificado no relatório de ensaio e/ou anexo ao Certificado
saios térmicos de rotina; de Conformidade, e o equipamento elétrico deve ser devi-
damente marcado. Os dispositivos de medição (termô-
c) para equipamentos do grupo II, a temperatura mar- metros, termopares, etc.) e os cabos de ligação devem ser
cada menos 5 K para as classes de temperatura T6, selecionados de tal modo que eles não afetem significa-
T5, T4 e T3 e menos 10 K para as classes de tempe- tivamente o comportamento térmico do equipamento
ratura T2 e T1, quando o equipamento é submetido elétrico.
somente ao ensaio de tipo.
9.4.6.1.6 Considera-se que a temperatura final foi atingida
quando a taxa de elevação da temperatura não excede
9.4.6.1.3 O resultado deve ser corrigido para a máxima tem-
2 K/h.
peratura ambiente especificada na característica nominal.
9.4.6.1.7 O laboratório de ensaio deve, também, determinar
9.4.6.1.4 As medições das temperaturas de superfície, tem- a temperatura do ponto mais quente de invólucros ou partes
peraturas das entradas para cabos e temperaturas de de invólucros de material plástico (ver 7.2.2).
outras partes, conforme prescrito nesta Norma e naquelas
específicas para o respectivo tipo de proteção, devem ser 9.4.6.2 Ensaio de choque térmico
realizadas em ambientes com o ar parado, e com o
equipamento elétrico montado em sua posição normal de As partes de vidro de luminárias e janelas de inspeção de
serviço. equipamentos elétricos devem suportar, sem quebrar, um
choque térmico causado por um jato d’água de cerca de
9.4.6.1.5 Para equipamentos elétricos que podem normal- 1 mm de diâmetro a uma temperatura de (10 ± 5)°C,
mente ser usados em diferentes posições, a temperatura borrifado nelas quando estão na temperatura máxima de
para cada posição deve ser determinada, e considera-se serviço.

Legenda:
1 - Pino de ajuste
2 - Tubo-guia de plástico
3 - Objeto sob ensaio
4 - Base de aço (massa > 20 kg)
5 - Peso de aço “M” (ver tabela 7)
6 - Calota de aço temperado para impacto, com 25 mm de diâmetro
h - altura de queda (ver tabela 7)

Figura 3 - Exemplo de equipamento para ensaio de impacto


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Tabela 8 - Torque a ser aplicado às buchas de passagem e pinos terminais usados para conexão

Rosca do pino1) M4 M5 M6 M8 M10 M12 M16 M20 M24

Torque 2,0 3,2 5,0 10 16 25 50 85 130


Nm

1)
Roscas padronizadas conforme ISO 965.
NOTA - Valores de torque para outros tamanhos não especificados acima podem ser determinados graficamente, por interpolação ou
extrapolação, utilizando os valores desta tabela.

9.4.7 Ensaios de invólucros não-metálicos e de partes não (9.4.7.7) e finalmente aos ensaios específicos referentes
metálicas de invólucros ao tipo de proteção do equipamento.

Os requisitos a seguir não se aplicam às exceções mencio- 9.4.7.3 Resistência térmica ao calor
nadas em 7.2. A resistência térmica ao calor é determinada submetendo-
se o invólucro e partes de invólucros de material plástico,
9.4.7.1 Temperatura ambiente durante os ensaios
dos quais o tipo de proteção dependa, a um armazena-
mento contínuo por quatro semanas em um ambiente de
Quando, de acordo com esta Norma ou com a norma es-
(90 ± 5)% de umidade relativa e a uma temperatura de
pecífica do tipo de proteção do equipamento, os ensaios
(20 ± 2) K acima da máxima temperatura de serviço, com
devem ser realizados em função da máxima e da mínima
um mínimo de 80°C.
temperatura ambiente permitida, essas temperaturas devem
ser: No caso de a máxima temperatura de serviço ser maior do
que 75°C, o período de quatro semanas dado acima será
a) para temperatura ambiente elevada, a máxima tem- substituído por um período de duas semanas a (95 ± 2)°C e
peratura ambiente em serviço (ver 5.2) acrescida de (90 ± 5)% de umidade relativa, seguido de um período de
no mínimo 10 K, mas não mais do que 15 K; duas semanas a uma temperatura de (20 ± 2) K acima da
máxima temperatura de serviço.
b) para a menor temperatura ambiente, a mínima tem-
peratura ambiente em serviço (ver 5.2) reduzida de no 9.4.7.4 Resistência térmica ao frio
mínimo 5 K, mas não mais do que 10 K.
A resistência térmica ao frio é determinada submetendo-se
o invólucro plástico e partes plásticas de invólucros, dos
9.4.7.2 Ensaios de invólucros plásticos e partes plásticas de
quais o tipo de proteção depende do armazenamento, por
invólucros
24 h em um ambiente correspondente à mínima tempera-
tura de serviço reduzida conforme especificado em 9.4.7.1.
9.4.7.2.1 Equipamentos elétricos do grupo I
9.4.7.5 Resistência à luz
Os ensaios devem ser realizados em seis amostras, da se-
guinte forma: O ensaio de resistência do material à luz deve ser feito so-
mente se o invólucro ou partes de invólucros feitos de ma-
a) duas amostras devem ser submetidas ao ensaio de terial plástico não são protegidos da luz por outro invólucro;
resistência térmica ao calor (9.4.7.3), depois ao ensaio para equipamentos elétricos do grupo I, o ensaio aplica-se
de resistência térmica ao frio (9.4.7.4), depois aos en- somente a luminárias.
saios mecânicos (9.4.7.7) e finalmente aos ensaios
O ensaio deve ser feito em seis corpos-de-prova de tamanho
específicos referentes ao tipo de proteção do equipa-
padronizado (50 x 6 x 4) mm de acordo com a ISO 179. Os
mento;
corpos-de-prova devem ser feitos sob as mesmas condi-
b) duas amostras devem ser submetidas aos ensaios ções daquelas utilizadas para fabricação do invólucro cor-
de resistência a óleo e graxas (9.4.7.6), depois aos en- respondente; estas condições devem constar no relatório
saios mecânicos (9.4.7.7) e finalmente aos ensaios de ensaio do equipamento elétrico.
específicos referentes ao tipo de proteção do equipa- O ensaio deve ser realizado de acordo com a ISO 4892-2,
mento; em uma câmara de exposição, usando uma lâmpada de
xenônio e um sistema de simulação de filtro de luz solar,
c) duas amostras devem ser submetidas aos ensaios em um painel preto de temperatura de (55 ± 3)°C. O tempo
de resistência a líquidos hidráulicos para aplicação de exposição deve ser de 1 000 h.
em mineração (9.4.7.6), depois aos ensaios mecânicos
(9.4.7.7) e finalmente aos ensaios específicos refe- O critério de avaliação é a resistência à flexão por impacto
rentes ao tipo de proteção do equipamento. de acordo com a ISO 179. A resistência à flexão por impacto,
após a exposição no caso de um impacto no lado exposto,
9.4.7.2.2 Equipamentos elétricos do grupo II deve ser de no mínimo 50% do valor correspondente, me-
dido no ensaio das peças não expostas. Para materiais
Os ensaios devem ser realizados em duas amostras, as cuja resistência à flexão por impacto não pôde ser determi-
quais devem ser submetidas aos ensaios de resistência nada anteriormente à exposição por não ter havido ruptura,
térmica ao calor (9.4.7.3), depois ao ensaio de resistência não mais do que três dos corpos-de-prova podem quebrar
térmica ao frio (9.4.7.4), depois aos ensaios mecânicos após o ensaio de exposição.
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9.4.7.6 Resistência a agentes químicos para equipamentos Dois eletrodos paralelos, formados por traços, são pintados
elétricos do grupo I na superfície, conforme a figura 4, usando uma tinta con-
dutora cujo solvente não afete a resistência de isolamento
9.4.7.6.1 Os invólucros plásticos e partes plásticas de invó- da superfície. O invólucro ou peça de ensaio deve ter uma
lucros devem ser submetidos aos ensaios de resistência superfície intacta e limpa com água destilada mais álcool
aos seguintes agentes químicos: isopropílico, ou algum outro solvente miscível em água e
a) óleos e graxas; que não afete o material.

b) líquidos hidráulicos para aplicação em mineração. Limpa-se novamente com água destilada e seca-se. Então,
sem haver contato manual, deve ser mantida por 24 h em
9.4.7.6.2 Os ensaios relevantes devem ser realizados em uma atmosfera limpa, a uma temperatura e umidade
quatro amostras de invólucro seladas contra penetração requeridas em 7.2.3. O ensaio deve ser realizado sob as
do líquido de ensaio no interior do invólucro: mesmas condições ambientais.
a) duas amostras devem permanecer por (24 ± 2) h no
Com as condições ambientais de 7.2.3, é realizado o ensaio
óleo nº 2, de acordo com o anexo “Referência de
conforme segue:
líquidos de imersão”, da ISO 1817, para uma tempe-
ratura de 50°C; a) uma tensão de (500 ± 10) Vcc é aplicada entre os
b) as outras duas amostras devem permanecer por eletrodos por 1 min;
(24 ± 2) h em um líquido hidráulico do grupo HFC (so-
b) durante o ensaio esta tensão deve ser suficiente-
lução aquosa de polímero em 35% de água), a uma
mente estável para que a corrente de carga que
temperatura de 50°C, de acordo com o “Sexto
aparece quando há flutuação de tensão, seja des-
Relatório sobre Especificações e Condições de Ensaio
prezível quando comparada com a corrente que flui
Relativas à Resistência ao Fogo de Fluidos Hidráu-
através da peça de ensaio. Em alguns casos, isto pode
licos Usados para Transmissão de Potência (Hidros-
exigir o uso de células, baterias ou acumuladores;
tática e Hidrocinética) em Minas”, da Comissão de
Segurança da Comunidade Européia e Comissão de c) a resistência de isolamento da superfície é a relação
Saúde para Minas e Indústrias Extrativas, Luxemburg, entre a tensão contínua aplicada aos eletrodos e a
1983. corrente total que flui entre eles quando a tensão for
Ao final do ensaio, as amostras de invólucros em questão aplicada durante 1 min; os métodos de medição são
devem ser removidas do líquido de banho, cuidadosamente os indicados no anexo A;
enxugadas e depois armazenadas por 24 h na atmosfera
d) em alguns casos em que a limpeza possa afetar de
do laboratório. Subseqüentemente, cada uma das amostras
forma significativamente negativa o resultado do
de invólucros deve passar pelos ensaios mecânicos
ensaio, um ensaio adicional pode ser realizado sem a
especificados em 9.4.7.7.
primeira limpeza do corpo-de-prova.
Se uma ou mais amostras de invólucros não resistir a estes
9.4.8 Ensaios com misturas explosivas
ensaios mecânicos, isso deve ser mencionado no certi-
ficado e a marcação do equipamento elétrico deve incluir a
A necessidade de ensaios com misturas explosivas, bem
letra “X”, de acordo com 12.2-i) desta Norma.
como a composição dessas, são estabelecidas pela norma
9.4.7.7 Ensaios mecânicos brasileira específica para o tipo de proteção do equipa-
mento elétrico.
Os ensaios mecânicos especificados em 9.4.3 devem ser
executados nos invólucros e, adicionalmente, no caso de NOTA - A pureza dos gases e vapores comercialmente disponíveis
invólucros de material plástico, de acordo com 9.4.7.2. é, em geral, satisfatória para estes ensaios. Porém, se a pureza
for menor que 95% estes não devem ser utilizados. O efeito das
Os seguintes detalhes das condições de ensaio devem variações normais de temperatura e pressão atmosférica no labo-
ser observados: ratório, e das variações de umidade das misturas explosivas são
a) ensaio de impacto - o local do impacto deve ser aceitáveis, pela constatação de ser desprezível. Os ensaios em
sobre a(s) parte(s) externa(s) exposta(s) a impactos. equipamentos para grupo I podem ser realizados com gás natural,
Se o invólucro de material não-metálico é protegido contendo no mínimo 90% de CH4, desde que a proporção total de
por outro invólucro, somente as partes externas do hidrocarbonetos seja no mínimo 95%.
conjunto devem ser submetidas ao ensaio de impacto.
9.4.9 Ensaios de aperto de cabos não armados em entradas
O ensaio deve primeiro ser realizado à temperatura
para cabos
elevada, depois à temperatura mais baixa, de acordo
com 9.4.7.1; 9.4.9.1 Entradas para cabos com aperto por anel de vedação
b) ensaio de queda - o ensaio de queda para equi-
Os ensaios de aperto devem ser realizados usando-se um
pamentos elétricos portáteis deve ser realizado à tem-
anel de vedação de cada tamanho permitido para cada
peratura mais baixa, de acordo com 9.4.7.1.
tipo de entrada para cabo.
9.4.7.8 Ensaio de resistência de isolamento de partes de
invólucros de material plástico No caso de anéis de vedação de elastômero, cada anel é
montado em um mandril cilíndrico de aço, limpo, seco e
O ensaio é realizado na própria parte, quando o seu tama- polido, com diâmetro igual ao menor diâmetro de cabo
nho permite, ou em uma peça de ensaio, conforme a figu- admissível no anel, conforme especificação do fabricante
ra 4. da entrada para cabo. No caso de anéis de vedação
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metálicos, cada anel é montado na blindagem metálica de 9.4.10 Ensaios de aperto de cabos armados em entradas
uma amostra de cabo seca e limpa, com diâmetro igual ao para cabos
menor admissível no anel, conforme especificação do
fabricante da entrada para cabo. Os ensaios de aperto de cabos armados em entradas para
cabos devem ser realizados usando-se para cada tamanho
O anel de vedação elastomérico com o mandril, ou o anel de entrada uma amostra de cabo armado do menor diâmetro
de vedação metálico com o cabo, é então montado em admissível, conforme especificado pelo fabricante da
uma entrada para cabo a qual é então montada e ajustada, entrada para cabo. Cada ensaio é realizado em duas
sem aperto, em uma máquina de ensaio de tração. O anel etapas.
de vedação é então comprimido, observando-se o valor
mínimo do torque aplicado às roscas (no caso de anel 9.4.10.1 Aperto
prendedor com braçadeira e parafuso) ou à porca (no caso
A amostra de cabo armado é introduzida no dispositivo de
de braçadeira rosqueada), capaz de evitar o deslizamento
aperto da entrada para cabo e então colocada na máquina
do mandril ou do cabo quando a força de tração a ele
de ensaio de tração. Aplica-se ao dispositivo de aperto um
aplicada atingir um valor em Newtons igual a 20 vezes o
torque, observando-se o valor mínimo capaz de impedir o
valor, em milímetros, do diâmetro do mandril ou amostra
deslizamento do cabo, quando a força de tração a ele apli-
de cabo.
cada atingir um valor, em Newtons, igual a 80 vezes o
9.4.9.2 Entradas para cabos sem utilização de anel de vedação valor, em milímetros, do diâmetro da armação. Considera-
se o aperto como suficiente, se o deslizamento da armação
Os ensaios de aperto devem ser realizados usando-se para for efetivamente zero, mantendo-se a força de tração
cada tipo de entrada para cabo um dispositivo de aperto constante com o valor acima mencionado, durante 2 min.
de cada um dos tamanhos permitidos.
9.4.10.2 Resistência mecânica
Cada dispositivo é montado em uma amostra de cabo
A entrada para cabo é então removida da máquina de
limpo, seco e de menor diâmetro permitido no dispositivo,
ensaio de tração e submetida ao ensaio de resistência me-
conforme especificado pelo fabricante da entrada para
cânica, aplicando-se ao dispositivo de aperto um torque de
cabo.
valor igual a duas vezes aquele que evita o deslizamento.
O dispositivo com o cabo é então inserido na entrada para Após este ensaio, a entrada para cabo é desmontada e os
cabo e depois montado na máquina de ensaio de tração. componentes são examinados. O resultado do ensaio é
O dispositivo é então apertado, observando-se o valor mí- considerado satisfatório se não for notado nenhum dano
nimo do torque aplicado às roscas (no caso de dispositivo ou deformação.
de fixação provido de parafuso) ou à porca (no caso de
9.5 Verificações e ensaios de rotina
dispositivo rosqueado), capaz de impedir o deslizamento
do cabo quando a força aplicada a este atingir um valor em O fabricante deve fazer as verificações e os ensaios de
Newtons igual a 20 vezes o valor, em milímetros, do diâ- rotina necessários para assegurar que o equipamento
metro da amostra de cabo. elétrico produzido está conforme a especificação para a
qual existe um certificado de conformidade emitido pelo
9.4.9.3 Ensaio de tração
OCC, bem como as verificações e ensaios de rotina exi-
gidos pelas normas brasileiras específicas para os tipos de
As roscas ou a porca da entrada para cabo são então sub-
proteção.
metidas a um novo torque de valor igual a 110% daquele
observado durante o ensaio inicial, conforme mencionado NOTA - Entende-se por “ensaios de rotina” aqueles realizados
em 9.4.9.1 e 9.4.9.2. Uma carga de tração constante e igual em 100% das unidades produzidas, salvo as exceções previstas
àquela definida durante o ensaio inicial, mencionado nas normas específicas de cada tipo de proteção.
acima, é então aplicada por 6 h.
9.6 Verificações e ensaios de acompanhamento
9.4.9.4 Resistência mecânica
Equipamentos elétricos de produção seriada, ou que sejam
A entrada para cabo é então removida da máquina de produzidos em quantidades significativas, conforme a
ensaio de tração e submetida ao ensaio de resistência me- portaria INMETRO Nº 121 ou sua subseqüente em vigor,
cânica, aplicando-se aos dispositivos de aperto um torque estão sujeitos a verificações e ensaios de acompanha-
de valor igual a duas vezes aquele que evita o desli- mento de produto. Para tanto, são coletadas amostras na
zamento. Após este ensaio, a entrada para cabo é des- linha de produção, podendo ser retiradas em diferentes
montada e os componentes são examinados. fases do processo de fabricação. A periodicidade, as
verificações, os ensaios e a escolha das amostras seguem
9.4.9.5 Critério de aceitação os critérios definidos pelo OCC.
O aperto assegurado pelo anel de vedação ou pelo dispo- 10 Responsabilidade do fabricante
sitivo de fiação é considerado como em conformidade com
os requisitos desta Norma se o deslizamento do mandril Através da marcação do equipamento elétrico, de acordo
ou amostra de cabo não for maior do que 6 mm. com a seção 12, o fabricante atesta, sob a sua própria res-
ponsabilidade, que as verificações e os ensaios de rotina,
A resistência mecânica da entrada para cabo é considerada conforme 9.5, foram satisfatórios e que o produto está em
como em conformidade com os requisitos desta Norma, se conformidade com as especificações do protótipo, para o
nenhum dano é encontrado. Qualquer dano no anel de qual existe um certificado de conformidade, emitido por
vedação deve ser ignorado. um OCC.
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Figura 4 - Peça de ensaio com eletrodos pintados

11 Modificações ou consertos de equipamentos c) o símbolo BR-Ex, seguido da logomarca do OCC e


elétricos do símbolo do INMETRO, que indicam que o equipa-
mento elétrico ou seu protótipo foi ensaiado e certificado
11.1 Os equipamentos elétricos nos quais forem feitas por um OCC, conforme normas brasileiras, e é apto
modificações passíveis de afetar o tipo de proteção ou a para uso em atmosfera explosiva de gás, ou está espe-
temperatura destes, somente podem ser reutilizados em cificamente associado com tal equipamento;
áreas classificadas após parecer de um OCC.
d) o símbolo correspondente ao tipo de proteção, con-
11.2 No caso de conserto de equipamentos elétricos que forme seção 6;
possam afetar o tipo de proteção, as partes consertadas
devem ser submetidas a novo ensaio de rotina. Esse ensaio e) o símbolo do grupo do equipamento elétrico:
não precisa necessariamente ser executado pelo fa-
bricante, desde que supervisionado por pessoal qualificado
para este tipo de serviço. - I para uso em minas susceptíveis à exalação de
grisu; II, IIA, IIB ou IIC para uso em outros locais com
atmosfera explosiva de gás; III para uso em locais
12 Marcação
com atmosfera explosiva de poeira;

NOTA - No interesse da segurança, é essencial que o sistema de


- as letras A, B, C devem ser usadas, se assim for
marcação, indicado em 12.1 a 12.6, seja aplicado somente ao
requerido pela norma específica para o respectivo
equipamento elétrico que esteja em conformidade com esta Norma
tipo de proteção;
e com aquela específica para o respectivo tipo de proteção (ver
12.6). Tal procedimento deve ser parte constante nos relatórios
de ensaios para certificação. - quando o equipamento elétrico é certificado para
uso em ambiente de um gás específico, o símbolo II
12.1 O equipamento elétrico deve ser marcado na parte deve ser seguido pela fórmula química ou o nome
principal em um local visível. Esta marcação deve ser legível do gás;
e durável, levando-se em conta uma possível corrosão quí-
mica. f) para o equipamento elétrico do grupo II, o símbolo
indicativo da classe de temperatura, ou a temperatura
NOTA - Para equipamentos do grupo I, o anexo B mostra um máxima de superfície em °C, ou ambas; quando a
exemplo de marcação que é considerado legível e durável. marcação incluir ambas, a classe de temperatura deve
ser indicada por último entre parênteses (por exemplo:
12.2 A marcação deve incluir: T1 ou 250°C ou 350°C (T1); equipamento elétrico do
grupo II tendo temperatura máxima de superfície maior
do que 450°C deve ser marcado somente com a tempe-
a) o nome do fabricante ou a sua marca registrada; ratura; a faixa de temperatura ambiente, se diferente
da especificada em 5.2, deve ser marcada, conforme
b) identificação do modelo ou tipo; decisão do laboratório credenciado;
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g) o número de série, se utilizado, exceto para: f) nome ou logomarca do OCC;

- acessórios para conexões (entradas para cabos, g) referência ao certificado seguida pelo sinal “U”;
eletrodutos, placas cegas, placas adaptadoras,
plugues, tomadas e buchas de passagem); h) marcação adicional prescrita pela norma específica
para o tipo de proteção concernente;
- equipamentos elétricos muito pequenos nos quais
há limitações de espaço; i) marcação normalmente requerida pela norma de
construção de componentes Ex.
h) o nome ou marca do OCC e a referência à
certificação, na seguinte forma: o número seqüencial
12.5.1 Exemplos da ordem de indicação são dados a seguir:
do certificado, seguido pelo ano da certificação;
a) equipamento elétrico em invólucros à prova de ex-
i) a letra “X” após a referência à certificação, quando o
plosão para grupo I: BR-Ex d I;
OCC julgar necessária a indicação no certificado de
condições especiais para a utilização segura do
b) equipamento elétrico em invólucro à prova de ex-
equipamento;
plosão para grupos I e IIB, classe de temperatura
j) a letra “U” após a referência à certificação, quando T3: BR-Ex d I/IIB T3;
incluir componente que não pode ser usado individual-
mente (cujo certificado dispensa novo ensaio), quando c) equipamento elétrico de segurança aumentada e
da certificação do equipamento ou circuito de que faz invólucro pressurizado para grupo II (por exemplo: mo-
parte; tor de segurança aumentada, equipado com anéis em
um invólucro pressurizado), com uma temperatura
l) qualquer marcação adicional exigida pela norma máxima de superfície de 125°C:
específica para o respectivo tipo de proteção;
- BR-Ex ep II 125oC (T4); ou
m) qualquer marcação normalmente requerida pelas
normas brasileiras de construção do equipamento - BR-Ex ep II 125oC; ou
elétrico.
- BR-Ex ep II T4;
12.3 Quando diferentes tipos de proteção forem usados
para diferentes partes de um equipamento elétrico, cada d) equipamento elétrico em invólucro à prova de
parte deve ser marcada conforme exigido para o tipo de explosão para atmosfera com amoníaco: BR-Ex d II
proteção concernente. Quando mais de um tipo de proteção (NH 3) 630°C.
for usado em um equipamento elétrico, o símbolo para o
tipo de proteção principal deve aparecer primeiro, e ser 12.6 Em equipamentos elétricos muito pequenos e em com-
seguido pelos símbolos dos outros tipos de proteção ponentes Ex, onde há limite de espaço, o OCC pode permitir
usados. uma redução na marcação, mas deve requerer pelo menos:

12.4 As marcações c) a f) de 12.2 devem ser colocadas na a) símbolo BR-Ex;


mesma seqüência em que elas são dadas naquela
subseção. b) nome ou o logomarca do OCC;
12.5 Os componentes Ex, conforme 7.12, devem ser mar-
c) referência do certificado;
cados em um lugar visível. Esta marcação deve ser legível
e durável e deve incluir somente:
d) para equipamentos elétricos, o sinal “X”, se apro-
priado; para componentes Ex, o sinal “U”;
a) nome ou marca registrada do fabricante;

b) tipo de identificação do fabricante; e) nome ou a marca registrada do fabricante.

c) símbolo BR-Ex; 12.7 O certificado de conformidade a ser apresentado pelo


fabricante ao usuário, conforme exigido na Portaria
d) sinal para cada tipo de proteção usada; INMETRO No 121 (ou sua subseqüente em vigor), deve
corresponder integralmente à marcação aplicada no equi-
e) símbolo do grupo do componente Ex; pamento, de acordo com as prescrições anteriores.

/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Métodos de ensaio da resistência de isolamento da superfície de partes plásticas

A.1 Método do voltímetro-amperímetro A.2 Método comparativo

A.2.1 A resistência desconhecida é comparada com uma


A.1.1 A corrente é medida diretamente por meio de um
resistência conhecida. Esta comparação é feita pela deter-
microamperímetro, ou por um galvanômetro (ver figura A.1),
minação da relação entre as correntes, quando a mesma
ou indiretamente por meio de um amplificador de CC que
tensão é aplicada sucessivamente às duas resistências
indica a corrente através da medida da queda de tensão
(figura A.3) ou pelo equilíbrio de duas resistências em uma
provocada por uma resistência conhecida [ver figu-
ponte de Wheatstone (figura A.4).
ra A.2 (a)].
A.2.2 Para todos estes métodos, a resistência desco-
A.1.2 A tensão é medida por um voltímetro. Em certos ca- nhecida deve ser suficientemente grande em relação a
sos a relação tensão-corrente é medida por um instrumento qualquer resistência calibrada conectada em série, de
que indica a resistência diretamente [ver figura A.2(b)]. modo que a queda de tensão nesta seja desprezível.

Figura A.1 - Medição da corrente através de microamperímetro ou galvanômetro

(a)
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(b)

Figura A.2 - Medição da corrente através de amplificador de CC

Figura A.3 - Determinação da razão de correntes, quando a mesma tensão é aplicada sucessivamente às duas
resistências

Figura A.4 - Método da ponte de Wheatstone

/ANEXO B
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Anexo B (informativo)
Exemplos de marcação legível e durável

B.1 Marcação B.3 Placas

Até que os procedimentos para verificar a legibilidade e B.3.1 As placas devem ter uma espessura de pelo menos
durabilidade estejam definidos, a marcação nos equipa- 1/25 de sua maior dimensão, com um mínimo de 2 mm.
mentos elétricos do grupo I é considerada satisfatória, se Elas devem ser de bronze, latão ou aço inoxidável. A
atender aos requisitos relacionados a seguir: espessura mínima pode ser reduzida a 1 mm se a placa for
fixada por uma moldura, ou se ela for soldada ou fixada por
a) nome do fabricante ou sua marca registrada; brasagem em toda a sua periferia, ou se ela for embutida.

b) identificação do modelo ou tipo;


B.3.2 A placa deve ser fixada à parte principal do invólucro
por:
c) nome ou a marca do laboratório credenciado e a
referência à certificação;
a) soldagem ou brasagem, diretamente ou por meio
d) número de série, se requerido. de uma moldura;

B.2 Caracteres b) parafusos com cabeça rebaixada, prensados ou


soldados no local;
Os caracteres, em baixo ou alto relevo, devem fazer parte
da fundição ou moldagem do invólucro do equipamento c) rebitagem através da parede do invólucro, desde
elétrico, ou devem ser gravados diretamente no mesmo ou que não afete o tipo de proteção;
em uma placa a ele seguramente fixada. Alternativamente,
pode ser utilizada a gravação por pressão ou por ação quí-
d) por colagem em um rebaixo, no caso de invólucros
mica. A altura mínima dos caracteres deve ser 5 mm e a
de plástico.
profundidade do rebaixo ou relevo deve ser no mínimo
1/10 da altura. Em pequenos equipamentos elétricos, onde
há menos espaço disponível para marcação, os caracteres B.4 Número de série
podem ser reduzidos a 3 mm e 0,3 mm, respectivamente.
Em placas de aço inoxidável, a profundidade da gravação Se o número de série for requerido, ele deve ser estam-
não necessita exceder 0,6 mm, independentemente da pado ou gravado diretamente no invólucro ou na placa
altura dos caracteres. de identificação.

/ANEXO C
Cópia não autorizada
NBR 9518:1997 23

Anexo C (normativo)
Declaração a ser feita pelo fabricante

C.1 Para indicar concordância com 7.1.2, o fabricante deve segurança equivalente aos equipamentos construídos
declarar, sob sua total responsabilidade, que o equipa- conforme (a) ou (b) acima; contudo, esse procedimento
mento elétrico concernente: somente é aceito quando as normas referidas em (a)
ou (b) não existem, ou se desenvolvimentos tecnoló-
a) está de acordo com as normas brasileiras; ou gicos acarretam divergência com estas normas.
b) está de acordo com alguma norma emitida por Orga-
nismo de Normalização Internacional, do qual a ABNT NOTA - Em caso de contestação, pode-se requerer ao fabricante
seja membro (quando não houver norma brasileira); o fornecimento de detalhes das bases nas quais as suas
ou declarações foram feitas.

c) está de acordo com outros princípios, com os quais


o fabricante, sob sua total responsabilidade, garanta C.2 Modelo de declaração a ser feita pelo fabricante:

DECLARAÇÃO DA PARTE DE

(nome, endereço, etc.)

Declaro para os devidos fins, de acordo com o anexo C da NBR 9518, que

(produto, tipo, descrição)

foi projetado e fabricado:

a) de modo a não afetar adversamente a segurança de pessoas, animais domésticos e propriedades, quando
apropriadamente instalado, mantido e utilizado (de acordo com a NBR 9518); ou

b) de acordo com __________________________________________________ ; ou


(norma internacional específica, referente a
equipamentos para atmosferas explosivas)

c) de acordo com os princípios a seguir: _______________________________________


(dar detalhes)

Data: _________________ Assinatura: _______________________________


(nome)

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