Você está na página 1de 117

6 Pri ncipais suportes

para rmpressao
que f az da flexografia um processo de impressão muito ver-
sátil é a variedade de suportes que se pode imprimir. Além da
possibilidade da impressão em monocamadas, quer dizer, um
único material,há também a proliferação de materiais combi-
nados. Esses materiais combinados possibilitam maior resis-
tência e qualidades de "barreira" ou proteção maior ao produto. A versatilidade
dos plásticos transformam-nos em 'campeão de uso" na indústria de embala-
gens flexíveis. Sendo fáceis de moldar, alguns possuem excelente estabilidade
dimensional, resistência ao rasgo e estouro, excelentes barreiras contra óleos,
água, etc. Os materiais plásticos também são muito utilizados em rótulos para
diferentes produtos como alimentícios, farmacêuticos e cosméticos.
A facilidade de uso dos auto-adesivos em máquinas rotuladeiras (que aplicam
o rótulo), favoreceu a flexografia. Processos como offset por exemplo, não
imprimem rótulos em bobinas que são utilizadas pelas máquinas aplicado-
ras automáticas. Empresas tradicionais do mercado de rótulos em offset têm
migrado para flexografia. Um importante segmento é o de papéis. Estes são
muito utilizados em rótulos, sacolas e caixas de papelão ondulado. Com o foco
de muitas empresas na questão ambiental, o papel ganha cadavez mais força
como embalagem.

Quais os principais suportes que


podem ser impressos na flexogratia?
Os principais materiais utilizados são:

Capítulo 6 - Principais suportes de impressão - 91


Plásticos: Polipropileno (PP), polietileno (PE), poliéster (PET), ion..r--.'
(Surlyn), etileno vinil acetato (EVA), cloreto de polivinilideno (PVDC), clore.:
,ru polivinil (PVC), nylon (poliamida).
Papéis: Monolúcido, couchi corrugado, offset kraft.
O Alumínio (Al) também tem sua utilização, em estruturas laminadas ou soz ^ -

Quais as boas qualidades que


os suportes devem possuir?
Depende da utilização final, mas para a impressão qualidades como estab

q
frl;^. dade dimensional, boa resistência a temperaturas, planicidade (uniformidac.

@
Á#
|,(ôCt6 Llst{ótdíú'l
ìíoo,
impermeabilidade, brilho e transparência facilitam o processo. No caso c:-
papéis a superfície pouco rugosa e a cor são importantes, pois podem inÍìi- -
na aparência do impresso.

Os papéis são utilizados Quais as principais aplicações


também em rótulos
auto-adesivos
do papel nos segmentos
que a flexografia atende?
Hoje há uma ampla gama de papéis e usos para os diversos segmentos que e
flexografia atende. O uso em caixas de papelão é o que vem à lembrança primer-
ro, porém o papel é também muito utilizado em estruturas laminadas, sacolas e

sacos ecologicamente corretos e principalmente em rótulos auto-adesivos."

O que são plásticos?


O Plásticos: São materiais macromoleculares, principalmente de origem
orgânica (carbono), os quais são preparados pela modificação de produtos
naturais ou por síntese de compostos de baixo peso molecular. De forma
geral, podem ser moldados por processamento sob condições favoráveis
de pressão e temperatura. São também chamados de polímeros.

O Polímeros: do grego poly + meros : muitas partes, compostos quími-


co1 obtidos a partir da união de um número de unidades elementares ou
monômeros (uma só parte), os quais se repetem sucessivamente.

l
?,
*r
L
É
A
ì
E
O que são "filmes técnicos"?

Convencionou-se usar essa expressão para materiais plásticos impressos em
uma única camada e com boa soldabilidade como o polietileno e polipropileno.

92 - ntxOGMFIA: MsnualPrútico - Eudes Scarpeta


Podem ser utilizados para o empacotamento automático de cereais em geral,
adubos, papéis higiênicos, massas alimentícias, biscoitos, produtos têxteis e
alimentos em geral. Os filmes monocamadas são muito utilizados também em
rótulos.

O que são co-extrusados?


Co-extrusão é a união pelo processo de extrusão de
vários materiais plásticos em até 15 camadas. O objetivo
éf azer estruturas com alta resistência às gorduras, ao oxi-
gênio, à água, à luz e a outras substâncias que venham a
ir
causar a deterioração rápida do produto. Ceralmente, os
co-extrusados são utilizados para laticínios e embutidos
como salsichas, presuntos, aves, mortadelas, charques
entre outros.

Jc.-!-:-tt t."rt
s

O que são laminados?


São materiais plásticos, papéis e/ou alumínio que são
unidos por meio de adesivos. O objetivo é o mesmo da
co-extrusão, isto é, criar estruturas capazes de resistir a
diversas substâncias que afetam o produto. Os lamina-
dos formam hoje um dos grandes nichos de mercado
para as embalagens alimentícias em geral.

O que são metalizados?


São materiais plásticos (polietileno, polipropileno
e poliéster) em cuja superfície é aplicada uma fina
camada de alumínio. O processo ocorre em um
equipamento apropriado e a vácuo.

Capítulo 6 - Principais suportes de impressão - 93


Por que utilizamos
laminados e met alizados?
Algumas pessoas relacionam o uso de laminados e metalizados âD€Írâ:
resistências mecânicas e eventualmente efeito visual.
contudo, os laminadtr:
os laminados metalizados principalmente) desempenham
um eÍeito dramat
na proteção dos alimentos.
Algumas das principais propriedades dos alimentos
estão relacionados
impedimento do contato deste com determinados
agentes, dentre os qu
destacamos o oxigênio, com dois efeitos dramáticos:

Moterìois metalizados e/
ou lamìnados oumentom
a) Oxidação de óleos essenciais.
a proteção e deixam a
b) Proliferaçãobacteriana.
embalagem mais atroente
conforme pode ser observado na tabera abaixo, as propriedades
dos firm
plásticos são muito diversas, e o uso da metalização
também aumenta ml
tíssimo a barreira contra oxigênio (orR oxygen
- Transmission Rate). con
referência, uma taxa de permeabilidade ao oxigênio
menor que 15 cmslmz j
é considerada alta barreira. Se for inferior a g cmslmzldia
é altíssima barreira
outras barreiras são também importantes para determinados
produtos, corr
a barreira a vapor de água (wvrR - water Vapor Transmission
Rate) par
biscoitos e outros produtos que a água pode retirar
a crocância e precipitar
degradação.
A metalização também aumenta a barreira à umidade, coraborando
com
preservação dos produtos embalados.
Abaixo a tabela da barreira a oxigênio dos principais
filmes utilizados na indús
tria de embalagens.

(qt1r2x24h)
0,08-1,9
19,6-39
31-93
1 550-2500
2300-31 00

2300-31 00

4350-6200
7000-8500
*
Quonto menor o taxa
PET METALIZADO 0,16-0,í 7
de permeobilidade,
maior a barreira
BOPP MEÏALIZADO 19-160

94 - fTXOGMFLA: Manual prútico - Eudes Scorpeto


Quais as propriedades do alumínio e
por que é tão útil em embalagens?
O alumínio possui duas propriedades importantes para as embalagens: proteção
e apresentação. Outra vantagem na sua utilização é o baixo peso específico.
O material, além de não ser tóxico, é completamente invulnerável a odores, gases
e vapores. Além disso, a folha de alumínio pode ser pintada, impressa ou lavra-
da, realçando assim abeleza das embalagens, característica muito desejada pelo '\l
pessoal de marketing na elaboração de uma nova embalagem.
Propriedades de proteção da folha do alumínio: não alimenta microorganis-
mos; não é tóxico e é seguro para ser usado em contato com a maioria dos
alimentos, remédios e cosméticos; não possui gosto nem odor próprio; não é
volátil, não resseca, nem enruga;tem boa estabilidade;é impermeável à maioria
dos tipos de gorduras e óleos, tanto em baixa como em altas temperaturas; é
resistente à luz, e por isso pode ser utilizado para embalar produtos que não
podem perder seu aroma e/ou que podem se tornar rançosos ou descorados
pela exposiçãoàluz; é bom condutorde calor, e por isso permite seu aqueci- Eì
mento e resfriamento rápidos.
[?
A folha de alumínio, em seu estado puro ou temperado, pode ser facilmente
O alumínìo oossui excelentes
moldada, dobrada e prensada. Esta propriedade é muito importante para o propríedades de barreira
reempacotamento e a reutilização.
A folha de alumínio densa, dura ou temperada, apresenta maior resistência à
tração, maior rendimento, mas menor alongamento. Sua alta condutibilidade
térmica se torna ideal para produtos que devem ser embalados quentes e sub-
seqüentemente esfriados ou congelados.
A flexibilidade da folha de alumínio permite sua utilização em envoltórios exter-
nos, forração de recipientes, moldagens ou fabricação de pouches e sacos.
Torna-se, no entanto, necessário aplicar adesivos ou laminação com polietileno,
por exemplo, a fim de obter uma boa selagem. A maioria dos pouches ou sacos
são fabricados com folhas de alumínio coladas em outro material.
Uma das características principais da folha de alumínio é sua impermeabilidade
a umidade, gases e odores.
Encontra-se no supermercado grande variedade de aplicações do alumínio em
embalagens: cigarros e tabacos, chocolates, balas, confeitos, queijos, manteiga,
margarina e gordura, biscoitos, sopas, extratos de carne, embalagens semi-rígi-
das, comprimidos e medicinais, rótulos e etiquetas adesivas.

Por que o poliéster é tão


utilizado hoje em dia?
O poliéster é muito utilizado nas embalagens pelas seguintes características
básicas: bom brilho e transparência; ausência de gosto e odor; baixa umidade;
alta resistência à tração; alta resistência ao impacto; boa barreira a umidade e
a gases; resistência a gorduras, óleos e açúcares. A principal desvantagem do

Capítulo 6 - Principais suportes de impressão - 95


poliéster é que o material não permite soldagem a quente.
Outra desvantagem é o fato de o poliéster possuir baixa umidade permitinc-
assim o acúmulo de cargas eletrostáticas quando este desliza pela máquina '
estática pode provocar faíscas que podem gerar incêndio durante o process:
de impressão. Assim, é necessário que as impressoras tenham bons disposit
vos de eliminação de estática.
No entanto, há muitas vantagens do poliéster no processo de impressão qu.
são a excelente estabilidade dimensional, facilitando o registro das cores, e alt:
resistência ao calor (cerca de 220' C) propiciando uma boa secagem do film.
impresso e viabilizando altas velocidades de produção.
A aplicação do poliéster está mais ligada à formação de embalagens especiais
devido ao seu custo alto e às suas propriedades boas como barreira ao vapLìr
d'água, ao oxigênio e a fragrâncias, que é superior à dos filmes de polietilen,-.
e BOPP, principalmente se o poliéster for metalizado.
Os principais usos do poliéster são: embalagens de produtos congelados
embalagens de alimentos desidratados; embalagens para cozimento do pro-
duto; embalagens que necessitem de barreira contra a vazão de essências
como os sabonetes; embalagens que necessitem de barreira a umidade, gases
e que mantenham o aroma do produto.

Quais as qualidades do polipropileno?


O polipropileno mono-orientado (PP) é utilizado em balas (PPT - polipropileno
de torção) e em laminações para conferir propriedades de brilho, transparência e

barreiras. O polipropileno bi-orientado sofre uma orientação das moléculas nos


sentidos longitudinal e transversal, conferindo excelentes características de brilho
i e transparência; alta resistência à tração; alta resistência ao impacto; boa barreira
t a umidade e a gases; resistência a gorduras, óleos e açúcares.

I Processo de fabricação
de filmes de BOPP
Sua utilização é ampla em embalagens flexíveis, em embalagens que exigem gran-
de transparência para verificação do produto, em embalagens que necessitam
de barreira a oxigênig como produtos fritos, bolos, doces, massas
--ArmazenamentoeDosagemdeMatériaprima
e biscoitos e embalagens a vácuo, como as de café, e também em
Extrusão embalagens de lquidos ou comestíveis que após serem embalados
- necessitem de esterilização ou cozimento em autoclaves. lsto se deve
Estnanento Longitudinal (lt/DO)
ao fato de o material suportar temperaturas de até 120 C e apresen-
,
tar uma boa barreira aos gases e ao vapor d'água.
Formação Quanto a printabilidade o BOPP possui
Resfriamento
Puxada, corte de orelas e boas qualidades, pois resiste bem a tensões
(Chill-Roll)
I r atamento Su perÍìci a I
e ao calor (menos que o poliéster, entretan-
v) 7
-L Enrolamento (Wnder) to). Assim como o polietileno, o polipropi
Estiramento Transversal (TD0) , leno necessita de tratamento superficial. No
É
ìt
tratamento é utilizado o sistema Corona
q
(ver na página 9B). Os métodos e soluções
Estoque intermediário
químicas para verificação são os mesmos
í do polietileno.
Coúe primário e Expedição '-+
96 - ntXOGR,4FtA: Manual Próüco - Eudes Scarpeta
O que é extrusão de ï *
materiais plásticos? tÍ*
l';-
.
-r-
!r
Extrusão é a conversão de resinas plásticas de --
grânulos para filme plástico. O equipamento que 1

faz esta transformação pode variar dependendo T


do tipo de resina. No entanto, o processo segue o
r
mesmo princípio:a resina entra sólida, é derretida
e transformada em filme para impressão.
Um dos métodos mais comuns de fabricar o
filme plástico é o BIow, ou extrusão Balão. O
processo envole a extrusão de plásticos através
Detalhe do anel de or
de um anel circular que, por meio de ar, forma um balão expandido. O pro-
do fabricante Macchi
cesso Blow pode ser usado para fazer materiais co-extrusados e multicamadas
para altas barreiras.
O plástico em forma de grânulos é derretido no 'canhão" da extrusora e é
empurrado para um anel de ar onde é formado o balão. Depois o balão é
puxado por rolos colocados no alto da máquina num longo percurso que
aluda a resfriá-lo. O filme tubular, então, em forma plana, é cortado e aberto
em dois e embobinado.
Normalmente é assim que os materiais como polietileno de baixa, média e alta
densidades são feitos. Porém, no caso de co-extrusão, podem ser agregadas
camadas de Nylon, EVA (acetato de vinil etileno) e outros materiais

oo Rolos tracionadores

oo
Balão

Saída da
bobina

Rotação
lo' Extrusora

Capítulo 6 - Principais suportes de impressão - 97


O que é tratamento corona?
Podemos definir tratamento corona como sendo a modificação qurr- -,
eletrônica da superfície dos materiais plásticos na adesão e molhabr _.
(propriedade de espalhamento de um hquido na superfície).
É muito importante notar que a propriedade de molhabilidade gerada :
aumento da tensão superficial do filme desempenha um papel tão impor..
Detalhe do tratador coronu quanto a adesão em si, pois além de ser um dos princípios básicos da ade:
resulta em boa qualidade de impressão, permitindo uma distribuição unifor
da tinta na superfície do substrato plástico, com bom fechamento dos cha
dos e uma impressão uniforme dos pontos.
o tratamento corona promove três diferentes fenômenos na superfície i
materiais plásticos:

1) A descarga elétrica dos tratadores coronas provoca, simultaneamente


ionização do ar e a formação de ozônio. Nessa atmosfera extremame
oxidante, a estrutura do material plástico, seja ele polietileno, polipropile
poliéster ou qualquer outro, é oxidada, gerando grupos químicos mu
mais polares que a cadeia original. Dentre os grupos formados destacam
o c:o, c-o e c-oH, todos muito mais energéticos, possuindo relevan
níveis de forças de polarização de Keeson, contra as predominantes forr
de dispersão de London, no caso das poriorefinas principalmente.

2) outro fenômeno que explica a melhor printabilidade instantaneamer


após o tratamento corona é que alguns dos radicais formados, como c=
apresentam alta reatividade, podendo reagir com a própria estrutura
polímero tratado, que agora, convém lembrar, apresenta maior presença
grupos reativos, ou mesmo com elementos da tinta, como aditivos (titan
tos) ou com as resinas. caso a impressão se dê muito brevemente após
tratamento, é de se supor que haja uma maior disponibilidade de grup
reativos para provocar ligações cruzadas com a tinta, causando uma exce
cional adesão. Após algum tempo, sem contato com a tinta, é maior a pc
sibilidade de tais grupos reagire
EteÌrodo Com o próprio substrato.
- 3) Finalmente, mas não ÍÌl€Íìr
importante, o tratamento aumen
Espoço
de or a rugosidade do filme, o que rep€
cute em um efeito positivo: m;
superfície implica em um somatór
v\ maior de energia por área macro
Y
!J
h
cópica.

*ì S ozônio
E 6 Oxigenio
v) o EieÌrons
-/| Folons
.O Rodicois

98 - WXOGRAFIA: Munusl prútico - Eudes Scarpeta


Conseqüentemente, após todos esses fenômenos terem ocorrido, temos sig-
nificativa mudança nas características superficiais que permitem bom nível de
adesão e molhabilidade.
Tinta
Tinta

.Fil-' \ \
Angulo de
contato
,<-----.'
--.-
-
A figura acima demonstra claramente o efeito do tratamento corona sobre
uma gota de um llquido qualquer, no caso uma gota de tinta.
O filme sem tratamento apresenta um ângulo de contato superior a 90",
enquanto o filme com tratamento correto apresentará ângulo de contato
inferior a 90o. Quanto menor o ângulo, melhor a molhabilidade e maior a
tendência de adesão.
Como abordado, não podemos dizer que o fato de uma tinta molhar o subs-
trato seja condição suficiente para garantir a adesão, pois esta é fruto também
de outras propriedades, como compatibilidade química (microscopicamente
ialando - compatibilidade eletrônica) e garantirmos uma mínima formação de
tinta na superfície do plástico.
Ceralmente, o tratamento é feito durante o processo de extrusão pouco antes
Je o filme ser embobinado. No entanto, pode ser feito também na máquina
impressora antes de o material entrar no grupo impressor. O nível de tratamen-
:o é medido em dynes/cm. A faixa de trabalho para impressão pode variar em
;unção do material, porém esses valores ficam entre 58 e44 dinaslcm. Um cilin-
lro metálico revestido com uma borracha isolante por onde passa o substrato
:,|ástico funciona como um eletrodo que fica girando. Acima desse cilindro e do
rlástico há um barramento que é um outro eletrodo fixo. Esse eletrodo fornece
: descarga elétrica na superlície do cilindro e, conseqüentemente, do plástico
-ìue passa por ali, recebendo assim o tratamento superficial.

O que é a tensão superficial?


'.luitos se perguntam por que, se a tensão é superficial, ou seja, refere-se a
..rra superfície ou área, ela é expressa em força/comprimento linear.
-e fato a energia da superfície é proporcional a sua área. Assim sendo, um
*resmo material, como o ferro por exemplo, se apresentar por cm2 de área,
..rla área microscópica maior ou menor, poderemos ter impacto na adesão
-r mesmo molhabilidade.
(

:-r outras palavras, um cm2 macroscopicamente falando, poderá apresentar ì


I

,-:as hipoteticamente variando do próprio 1 cm2 para uma superfície teori- I

:rrente perfeitamente lisa a muitos e muitos metros quadrados no caso de


I

':rema rugosidade.
':s respondendo diretamente a pergunta sobre por que a unidade de tensão
- .rerficial é expressa em comprimento linear e não área superficial, como era

Capítuto 6 - Principais suportes de impressão - 99


de se esperar, reportamo-nos ao teste de tensão superficial. Para a deterr
nação da tensão superficial de um hquido é utilizado um aparelho espeotì
denominado tensiômetro (figura abaixo)

Um recipiente contendo o líquido a ser analisado é colocado no aparelho


modo a permitir que um fino anel de platina tridizada, completamente iser
de impurezas, toque suavemente a superFrcie do líquido.
Este anel, conectado ao tensiômetro por um fino fio, é tracionado de mo,
extremamente lento e suave, até o ponto em que a energia superfìcial do líqr
do que retém o anel em sua superfície é superada pela força aplicada ao ar
Neste momento, rompe-se a ligação do anel com o líquido e o aparelho reg
tra o nível de força em que o rompimento ocorreu.
Dividindo-se então esta força pelo comprimento do anel aberto, temos a te
são superficial do hquido.

v)
v V
l'ü
F
É
ìt
(/)
Esquema de
funcionamen
do tensiômet,

100 - FLEKDGRAFIA: Msnuul Prútico - Eudes Scarpeta


Como a tensão superficial de um líquido a uma dada temperatura é proprie-
dade intrínseca deste hquido, a partir da determinação dessa tensão passamos
a usar este líquido para mensurar a energia superficial de sólidos, como os
filmes de impressão.
Este é o caso do uso de misturas entre formamida e etil celosolve utilizadas na
determinação do tratamento em indústrias de embalagens, pois uma vez que
se saiba a tensão individual de cada líquido, é possível determinar a tensão da
mistura e aplicar esta última para determinar a tensão dos filmes. Detalhe do prato
do tensìômetro
Ao lado, um detalhe do l(uido ainda preso ao anel de platina, mesmo este já
estando consideravelmente afastado da superfície do líquido.

O que pode afetar o


tratamento corona?
Além dos ajustes do equipamento, os aditivos que são colocados na resina
durante a extrusão ou na obtenção da mesma podem requerer maior energia
para atingir o nível de tensão superficial necessário. Os ajustes que podem
afetar o tratamento são: distância entre os eletrodos e o filme plástico; velo-
cidade de passagem do filme; voltagem da freqüência aplicada; e temperatura
do filme.

Por que o tratamento corona


tende a reduzar ao longo do tempo?
Como foi explanado há pouco, o tratamento corona se configura como uma
alteração permanente na superfície dos filmes tratados. Portanto, seria prati-
camente impossível desoxidar esta superfície, visto que o oxigênio forma uma
ligação química com energia superior à ligação carbono - carbono (C-C) ante-
rior à oxidação.
De fato, esta alteração superficial não é perdida. Contudo, vários componentes
adicionados ou presentes desde a polimerização dos materiais plásticos vão
gradual e inexoravelmente migrando de todas as profundidades da camada do
Íìlme para as superfícies interna e externa.

Dentre estes elementos, destacam-se:


l. Moléculas menores do próprio polímero que, durante o processo de poli-
merização, não polimerizaram em grau necessário para a sua imobilização
no filme.
2. Aditivos como os de fluxo, de deslizamento, antioxidantes e outros.

Todas essas moléculas, menores e mais fluidas que a massa de polímero que
define o filme, atingem a superfície e recobrem, até mesmo pela atratividade do
.'rxigênio da área oxidada, toda a superfície do filme.

Capítulo 6 - Principais suportes de impressao - 1O1


Após um determinado grau de cobertura, a adesão encontra-se termrrr= ---. '
comprometida, sem contar a redução drástica da tensão superficial c-: -:
uma péssima printabilidade (ou como é comum se dizer na indústria de =--
lagem, um péssimo fechamento). Pode-se dizer mesmo que se passe a in': - -
sobre uma capa de materiais exudados de dentro do filme.
Tal fenômeno é tanto mais veloz quanto maior for a temperatura, o que È, :
a perda mais acentuada de tratamento no verão ou em regiões muiio Çu---:
uma vez que a movimentação e a mobilidade molecular é tanto maior qL..-
mais elevada é a temperatura.

O tratamento pode variar


em função da tinta?
Pode sim. Se a tinta for à base de água o tratamento deve ser maior, visto - -
a tensão superficial de uma tinta à base de água está porvolta de 45 dinas --
e a água pura tem tensão superficial de 72 dinas/cm.

Co-extrusora Macchi

v)
Ìr-h
É
ì
qE

1O2 - FLEX0GRÀFIA: Msnual Prútico - Eud.es Scarpeta


RESUMO DOS DIFERENTES PRODUTOS E ESTRUTURAS UTILIZADAS

0 caÍé possui
I sensibilidade ao oxigênio,
PET M ETALIZADO/ADESIVO/PE
I ct àluzeàumidade.
|lI BOPP M ETALIZADO/AD ESIVO/PE
II Assim, o uso de alumÍnio
PET/AD ESIVO/ALUM I N I O/AD ESIVO/PE
CJ em Íolhas ou metalizado
PET/PE/ALU M N O/AD ESIVO/PE
no Íilme garante a
I I

integridade do produto.

cD PPT
0s chocolates são
tII especialmente sensíveis
k
J
BOPP PEROLIZADO/COLD SEAL
ao calor. 0 BOPP
o
CJ
BOPP PEROLIZADO
BOPP/ADESIVO/BOPP PEROLIZADO
perolizado ajuda a ter

o BOPP/ADESIVO/PE
uma embalagem leve e
-
CJ ALU M íN IO/AD ESIVO/PAPEUPARAFI NA
funcional e ao mesmo
tempo protetora.

Para manter a
"crocância" do alimento,
cn a estrutura precisa
Y protegê-lo da luz e
CJ
BOPP/ADESIVO/BOPP MEÏAL
também. É também
z,
cn injetado um gás inerte
no envase para evitar a
oxidaçã0.

,,tzj.t
-- '-,'17'* ì-

ËH ú Como o produto é

E= PET/ADESIVO/PE
PET/M ETALTZAÇÃO/AD ES IVO/PE
desidratado, o uso do
poliéster é fundamental
lrlÊ para a proteçã0.
EE
-ro

0s produtos usados em
PET/ADESIVO/AUPP sachês como maionese
ct, PET/ADESIVO/AUPE e catchup são facilmente
.uI
PET/M ETAL./AD ESIVO/PE degradáveis quando
c) PET/PF/AUADESIVO/PP expostos ao oxigênio.
ct, PET/ADESIVO/PE 0 uso de poliéster e/ou
PET/ADESIVO/PP alumínio garante a
integridade dos molhos.

Capítuto 6 - Principais suportes ile impressão - 103


Ninguem quer comer L-
wafer murcho. Assim.
E*fi BOPP/ADESIVO/BOPP PEROLIZADO a caracterÍstica de
"crocância" é assegurac,
BO PP/ADESIVO/BOPP METAL
com o Poliéster
PET/METAUADESIVO
EË metalizado. No passado
era utilizado o alumínio
puro laminado.

cn
o
rF Além de não permitir que
as intempéries externas
=
ct
PET/ADESIVO/PET METAL./ADESIVO/PE
alcancem o produto, a
BOPP/ADESIVO/PE
(5 PET/ADESIVO/ALUM/PE
estrutura também deve
J evitar que gorduras e
ct) óleos migrem para fora

PET ADESIVO/PE As massas em geral


PP/ADESIVO/PE não requerem estruturas
PP/ADESIVO/PP complexas.

Há uma variedade de
BOPP PEROLIZADO/COLD SEAL estruturas para balas e
PAPEUPVALUMíNIO/PE goma de mascar. Podem

PET/ADESIVO/ALU MI
conter papel + alumÍnio
NI O/PE
ou simplesmente, em
PET/ADESIVO/PE
alguns casos, um BOPP
perolizado.

As estruturas de papel
+ PE Íoram diminuindo
Yì C" BOPP PEROLIZADO/ADESIVO/PE
v \lll com 0 tempo, a0 passo
Fh J BOPP/ADESIVO/BOPP/M ETALIZADO que o B0PP perolado o"
o PET/ADESIVO/PAPEUPE metalizado melhoraram
ì
Èb
sl
q: o- PAPEL PE as qualidades de
BOPP PEROLIZADO COM COLD SEAL proteção e especialmente
de solda a Írio (cold
seal).

lO4 - FLEXOGRAFIA: Manual prático - Eudes Scarpeta


0 alumínio é muito
comum em estruturas
destinadas ao produtos
farmacêuticos.

ct)
o
CJ
FE
=lrlT-
.LU
ãcn
<fJ
=@
CE
É

ct)
ul
F
|lJ
o
=
É
cn

J
Ê=
E<
=2,
t-O
irr t{
O- C)"
É,

o
CN

t-
=
UI
=
ct
z,
o
CJ

Capítulo 6 - Principais suportes de impressão - 105


7 Tintas para
lmpressao
m bom conhecimento sobre tintas está diretamente relaciona-
do a uma boa impressão, e ajuda o impressor a usá-las com
poucos problemas. Além da qualidade da cor, do brilho e do
custo, outros fatores devem ser considerados: a relação da
tinta com o solvente, sua utilização em embalagens, compati-
bilidade com o clichê e com o suporte em que será aplicada.

Do que são feitas as


tintas de flexog ratia?
As tintas para flexografia são compostas basicamente de pigmentos, resinas e
solventes. Podemos incluir ainda aditivos que são incorporados à formulação
de acordo com as necessidades, ou, quando se quer dar alguma característica
especial. Por exemplo, podem ser adicionadas ceras à composição da tinta
para proporcionar maior deslizamento, evitando assim riscos no impresso na
passagem das máquinas envasadoras.

O que são resinas?


Resinas são polímeros de médio a alto peso molecular, geralmente apresentan-
do estrutura de considerável complexidade e amorfa. Na grande maioria dos
casos, sua composição é inteiramente orgânica. Quanto às suas propriedades
físicas, apresentam-se como sólidos ou líquidos viscosos e não voláteis, sem

Capítulo 7 - Tintas para impressão - "lO9


ï

:.
\a-

7 Tintas para
tmpressao
m bom conhecimento sobre tintas está diretamente relaciona-
do a uma boa impressão, e ajuda o impressor a usá-las com
poucos problemas. Além da qualidade da cor, do brilho e do
custo, outros fatores devem ser considerados: a relação da
tinta com o solvente, sua utilização em embalagens, compati-
bilidade com o clichè e com o suporte em que será aplicada.

Do que são feitas as


tintas de flexog ratia?
1s tintas para flexografia são compostas basicamente de pigmentos, resinas e
solventes. Podemos incluir ainda aditivos que são incorporados à formulação
de acordo com as necessidades, ou, quando se quer dar alguma característica
especial. Por exemplo, podem ser adicionadas ceras à composição da tinta
para proporcionar maior deslizamento, evitando assim riscos no impresso na
passagem das máquinas envasadoras.

O que são resinas?


Resinas são polímeros de médio a alto peso molecular, geralmente apresentan-
do estrutura de considerável complexidade e amorfa. Na grande maioria dos
casos, sua composição é inteiramente orgânica. Quanto às suas propriedades
físicas, apresentam-se como sólidos ou líquidos viscosos e não voláteis, sem

Capítulo 7 - Tintus para impressao - 109


um ponto de fusão (melt point) preciso, devido principalmente a drt.,
de obtenção de uma estrutura química de alto grau de pureza, rìo.cr-
resinas naturais, e da distribuição do peso molecular relativamente anr: j
v) caso das resinas sintéticas.
ì
E!J
Èl
h
?E
h

Quais as resinas
utilizadas na flexogratta?
A resina mais comum é a de nitrocelulose (NC). possui boa compatibilr:,_,
com os pigmentos e solventes, baixo odor residual, alta resistência ao .: _ "

é econômica e tem grande compatibilidade com outras resinas. Tambénr .:


usadas resinas maleica e fumárica em tintas base álcool ou em combina-.
com resinas de poliamida e nitrocelulose para papel, alumínio e plástr.: -
As resinas acrílicas estão sendo mais utilizadas nos últimos anos €Ílr ctì*.
binação principalmente com nitrocelulose devido às suas características --
adesão.
As resinas de nitrocelulose apresentam baixa retenção de solventes, prin.
palmente por sua alta temperatura de transição vítrea e ponto de fusão. \ -
entanto, esta característica, associada geralmente a resinas duras, exige .
adição de plastificantes ao sistema.
Até recentemente, os plastificantes eram de natureza externa, ou seja, era-
compostos por elementos, geralmente líquidos, que tendiam a migrar gradr_-
almente para fora do filme de tinta formado.
Com o desenvolvimento dos plastificantes internos, especialmente as resina:
poliuretânicas de baixo peso molecular, praticamente foi extinto o uso d.
plastifi cantes externos.

Dentre as vantagens que estes aportaram aos sistemas de tinta, podemos citar.

1) Produto não migrante, o que reduz a possibilidade de contaminação do


produto embalado;
2) colaboração no aumento de sólidos do sistema, com vantagens na incor-
poração de pigmento;
3) conseqüente aumento do brilho;
q aumento de adesão;
l"l 5) compatibilidade com os adesivos de laminação.

Qual a função das resinas nas tintas?


Fixar os pigmentos no suporte. lsso se dá depois que o solvente evapora e a
t resina se solidifica.
I

ln
I

110 - FLEXOGRAFIÃ: Manusl prático - Eudes Scarpeta


O que são vernizes?
Verniz é a mistura de uma ou mais resinas com um ou mais solventes. Os
vernizes possuem como função transportar o pigmento até o substrato. Após
a evaporação do solvente forma-se um filme estável que fixa o pigmento ou
corante ao suporte e proporciona ao impresso as propriedades necessárias de
coloracão e brilho.

O que são solventes?


São substâncias líquidas de características físicas e químicas bastante definidas
que apresentam capacidade para diluir o sistema de resinas escolhido.

Podem ainda se subdividir em:

r) Solvente verdadeiro: aquele que efetivamente e sozinho dilui a resina ou


o sistema de resinas. São representantes típicos deste grupo os ésteres e
Cetonas, com preferência para os primeiros por Serem menos compatíveis
com agua.
tì Co-solvente: não apresentam poder solvente para resultar em um sistema
líquido como os solventes verdadeiros, porém modificam as propriedades
dos primeiros de modo a melhorar a performance do sistema. O grupo
mais comum de co-solventes são os éteres de glicóis, principalmente os
éteres do propileno glicol como o Dowanol PM e Dowanol DPM.
3) Diluentes: não possuem propriedade solvente em relação às resinas do
sistema e são usualmente utilizados para reduzir o custo da formulação.
Os maiores representantes deste grupo são os álcoois e, no caso do Brasil,
especialmente o etanol.

Quais são as principais propriedades que


os solventes para flexografia devem ter?

@ Dissolver totalmente a resina. Para cada tipo de resina existem solventes


específicos;
@ ser facilmente removidos pela evaporação ou absorção do substrato para
que a película de tinta seque logo após a impressão;
@ ajudar na adesão do filme de tinta sobre o substrato;
@ não deixar odor no filme imPresso;
@ não atacar o clichê de imPressão;
@ reagir o mínimo possível com outros componentes da tinta;
@ estar dentro das especificações legais de segurança e preservação do meio-
ambiente;
@ ser compatíveis com o suporte a ser impresso.

Capítulo 7 - Tintss para impressuo - 111


Que tipos de solventes são
utilizados nas tintas flexo?
v)
FI
ìt
H Alguns dos tipos de solventes utilizados na flexografia são: álcool etrlici .
È
L
iE isopropílico, acetato de etila, etil glicol e água.
t\
Normalmente esses solventes não são utilizados sozinhos na tinta. { - - _

desses solventes acrescenta propriedades específicas de solvência, ten.:,.


secagem e viscosidade. ceralmente se dá o nome de thinner iìo cofÌìptì: ,

dois ou mais solventes misturados.


A composição de propriedades, principalmente em termos de solvência e ..
cidade de evaporação, está entre os principais fatores da melhoria de quai :,
e da estabilidade do processo produtivo, devendo os formuladores pr..'
especial atenção àquelas duas propriedades.
Genericamente, recomenda-se ajustar as tintas de impressão, especialn..,-
para alta qualidade de impressão para:
Pontos p
50 linhas lcm| 4,5 a 6 minutos - Extensor B.l.d 40
Traços: entre 2,5 a 5,0 minutos - Extensor Bird 40

O extensor Bird 40 micras é utilizado para controlar a velocidade de secaqem da tinta

112 - FLEÚOGRAFIÃ: Msnual Prútico - Eudes Scarpeta


I

l
I

c) (J
(5
I
9O
ô O
r< z. SOLUBILIDADE o- c)
E
c)
o,
É. r<T sàc (n (% massa) 200 C
O
Ì<^ (E
c) (J"(J c
J ?+
É=
-?(J
8k JE
o=
C\.1
O _J <_. õ E
OF
o-= oa€
C\l C\l Rg, J E
O
LU
J *46 $ r-u I

UJ
I LU= (J o-
SOLVENTE O
=
úH_
IJ.J
a9
5\
<- -L>
Afí)
-o
o
o
IJJ
o
â
rtr F
Õ5
o(o
E
ctr
LU
o
oc) (+l
=
c\l
< H* a FI\
LL|
È
cJ)
õ2. O -a a O
LU
o- *= O s.; v) z. -^ (J
a
z.
o-
Ì<
a
ÉE viã õ IJ.J
E.ã â
I.tJ
=o O
Ì<
a v)
É ãE = IJ.J
= =
IJ.J
cc
o-
F

CETONAS

DIACETONA
ALCOOL

ISOFORONA

METIL ETIL
CETONA

METIL ISOBUIL
CETONA

ALCOOIS
n-BUTANOL

ISOBUTANOL

ISOPROPANOL

METANOL

ESTERES
ACETATO
DE BUTILA

ACETATO
DE ETILA

HIDROCARBONETOS

Álcoors
0,76
SUTILGLICOL (20)

5,29
ETILGLICOL (25)

Capítulo 7 - Tintas para impressao - 113


Qual o método correto para
utilização dos solventes nas tintas?
v)
-
!J No processo flexo a evaporação não deve ocorrer tão rapidamente, pârô .- -.:
Èl
h
iÈ a tinta não seque nas células do anilox;e nem muito lentamente,para que:':
f\
ocorra a blocagem. A solvência é o fator mais importante, contudo não p-r..-.,
ser o único parâmetro na escolha de um solvente.
A formulação de uma tinta ou verniz exige que exista um balanceamento en:-,
os solventes usados, possibilitando uma melhor secagem.

Os solventes leves evaporam rapidamente, retirando, em curto espacr'ì ..,.

tempo, muito calor do meio, especificamente do substrato. Devido a is:-


ocorre um resfriamento brusco da superfície, ocasionando condensacà-
do vapor d'água, que provoca a precipitação da resina, causando um fen.-
meno chamado de névoa ou blushing. Não devem ser usados sozinho:

Já os solventes médios têm uma velocidade de secagem ideal, prop.,:


cionando filmes brilhantes, duros e isentos de solventes retidos. São ..r
solventes intermediários na secagem, estabilizando a velocidade de era
poração ao longo da secagem.

Os solventes pesados são requeridos nas formulações pelas ótimas pr..


priedades que conferem aos filmes, especificamente por permitirem unr.,
acomodação às moléculas da resina, pela manutenção do filme aberli
pelo maior espaço de tempo possível, evitando a precipitação do agent.
filmógeno. Esses fatores permitem maior brilho e resistência do filme for
mado. Os solventes pesados retardam a secagem, e o seu uso deve se-
limitado, pois podem causar filmes moles e pegajosos e uma retencãr.
acentuada de solvente.

Quais os controles
feitos nos solventes?
A densidade, cor aparente, porcentagem de água contida (análise de Karl
Fisher) e cromatografia para identificação de composição, são alguns dos
testes que devem ser feitos nos solventes.

O que são e qual a função


de pigmentos e corantes?
O pigmento é um sólido insolúvel, geralmente na forma cristalina, encontran-
do-se finamente disperso no verniz. Essa dispersão é obtida por moagem em
moinhos especiais (de rolos, esferas, etc).

114 - FLExoGR.lfl,f: ,llunual Pratico - Eudes Scarpeta


cor, sendo que
o pigmento é responsável pela tonalidade e intensidade da
o brilho'
sua correta incorporação ou não pela resina afeta consideravelmente
fundamentais das
Do pigmento dependem ainda muitas outras propriedades
à luz, a
ilntaslpodendo inclusive restringir sua aplicação), como a resistência
nas embala-
ácidos, eálcalis, o que restringe a aplicação de alguns pigmentos A
x
q
gem de sabões, detergentes etc'
de se solubi-
os corantes são produtos químicos que possuem a propriedade
poder tintorial,
lizar alé o nível molecular no veículo escolhido. Possuem alto
complexos metálicos,
mas seu uso nas tintas é restrito, pois, com exceção dos
propriedades rele-
não possuem boas resistências em praticamente todas as
e ácidos.
vantes, como resistência àluz, ao sangramento e a álcalis
outro ponto forte para reduzir drasticamente o uso dos corantes e a associa-
como a capacidade de solventes, óleos ou
ção entre o sangramento, definido
outras substâncias líquidas dissolverem e extraírem o
corante

mesmo após o filme formado, com as características quími-


cas ou tóxicas ou relativamente tóxicas de muitos
tipos de
corantes.
lsso tem restringido cada vez mais a aplicação de corantes
em embalagens de produtos alimentícios e de brinquedos'
por exemplo.
Com o aumento do nível de exigência dos consumidores
e

cada
dos institutos de análise e proteção ao consumo, será
vez mais restrito o uso de determinados tipos químicos' ?
a--
não somente os corantes, mas também muitos tipos de '''l_:: l{*

pigmento, como alguns inorgânicos derivados de cromo' '." r'1 .

chumbo e outros metais Pesados'


A*
Curacterísticas t1uímicas ou toxrcas
de alguns tiPos de corantes têm .í,;;q?'Ì
restringido seu uso em embalaqens
tle produtos como brìnquedos

Como se classificam os Pigmentos


e quais as suas origens?
também classi-
os pigmentos podem ser de origem natural ou sintética, sendo
ou inorgânicos'
ficados pela estrutura química em pigmentos orgânicos
quimicos
,{ intensidade, a opacidade, a resistência às intempéries ou agentes
os de origem orgânica'
i,ariam conforme o tipo de pigmento, especialmente
e mesmo preço,
De modo geral, por questões de consistência, disponibilidade
orgânicos como inorgâ-
usam-se majoritariamente pigmentos sinteticos, tanto
e repetibilidade dos
nicos, de modo a se padro nizar ao máximo a qualidade
mais previsíveis na
resultados da fabricação de tintas, gerando os resultados
impressão, base de toda a padronização do processo
gráfico'

Capítulo 7 - Tintss para impressso - 115


Classificação de pigmentos
v\ I
r Caolin
È
!
Èr
h
Naturais ( Carbonatos
iÈ Oxidos de Íerro
[_
Pigmentos inorgânicos

[- CarOonatos precipitados

Sintéticos ) Dióxido de titânio


ì Sutfato de bário
Sutteto de zinco
[_

f) eu,p*uIndigo
Naturais
ì Brasilina (corante do pau-brasil)
Etc
[_
Pigmentos orgânicos
Rmaretos (benzedines, hansa, etc)
[-
/ Vermelhos (rubis, carmins, fanais, etc)
Sinteticos
í Azuis (ftalocianinas, etc)
I Verdes(ftalocianinas)
(_ Etc.

O pigmento ideal é aquele que, em menor quantidade, consegue tingir o verniz


na intensidade desejada. Normalmente o pigmento corresponde de 80/o a 50..
da formulação total da tinta. O pigmento deve ser o menos abrasivo possírel
evitando assim danos à racle e ao anilox.
i

Uma característica importante para o pigmento na tinta para flexografra é a


transparência. Para uma boa sobreposição a tinta dever ser transparente, evr-
tando assim que uma cor interfira na cor impressa anteriormente, à exceção dc',
amarelo que, por ser a primeira cor a ser impressa, não precisa ser totalmente
transparente. Os pigmentos são classificados da seguinte forma quanto à cor:

Pigmento preto: são geralmente obtidos por meio de combustão incompleta


de substância líquida ou gasosa, sendo que os originários da queima de gás
apresentam maior profundidade e força (contudo, são os de maior complexi-
dade para se trabalhar).
Os negros de fumo são classificados quanto à origem (gás ou óleo) e quanto
à absorção de óleo, que indica a quantidade de superfície presente em 1g de
produto e é diretamente relacionada à força do pigmento.
Os pigmentos negros apresentam áreas superficiais que geralmente varianr
entre 50m2lg e 500mzlg.

Pigmento branco: Os pigmentos brancos devem possuir alta cobertura e alta


alvura de modo a cobrir a superfície na qual são aplicados, refletindo a luz. Os
pigmentos mais comumente aplicados são de dióxido de titânio e sulfeto de
zinco e sulfato de bário. A mistura dos dois últimos é conhecida comerciat-
mente por litopônio.

| 16 - FLEXOGLIF\A: Msnual Prútico - Eudes Scarpeta


Pigmento colorido: são responsáveis pelo poder tintorial transferido pela
tinta, possuindo diversas e variadas propriedades de acordo com a composi-
ção química.

Dentre as principais propriedades destacam-se:


.f
- Resistênciaàluz;
2- Resistência a álcalis;
5- Resistência a ácidos;
4- Resistência ao sangramento;
5- Resistência Térmica, outros.
Em termos de consumo, os principais pigmentos gráficos são:

Resistência à luz
Como normalmente os impressos em flexo são expostos em prateleiras e, con-
sequentemente, à luz, é importante conhecer a resistência de cada pigmento e
a aplicação do mesmo. A tabela abaixo aludará na escolha.

(EXPOSTçÃO DTRETA À IUZ DO SOL)

1,5 a 2 anos

I- Amarelo 12, 13 e 14 (benzedine);


2- vermelho rubi 57.1 (bona);
3- azul15, 15.5 e 15.4 (ftalocianinas de cobre).

O que é moagem?
O processo de preparação de tintas consiste em incorporar o pigmento ao
veículo de modo a obter o máximo de poder tintorial possível sem afetarmos
outras propriedades como a viscosidade.
Novamente a flexografi a, dada a sua característica de forma em alto relevo,

Capítulo 7 - Tintas para impressuo - 117


é o setor que mais se beneficia de uma tinta de alto poder tintorial, po r -
reduz a camada de tinta necessária à obtencão da cor e. conseqüenter-:-
reduzem-se o ganho de ponto, o squash, a perda de legibilidade dos ter:---
Y) códigos de barra, os entupimentos freqüentes e outros defeitos caracterrs: -
Èt
!J de altas camadas de tinta.
Èl
h
iE No entanto, não é tão simples a obtenção de tintas de alto poder tintorial : -

isto implica em escolher pigmentos com maior força e também aumentar:-.-


concentrações nas tintas.
Aumentar as concentrações de pigmentos acaba impactando em aumentrì -.
tixotropia (ver no página l2l), dada a alta energia superficial dos pigmen:- -

(força Zeta). Necessita-se então de agentes dispersantes de alta performan,-. .


seleção criteriosa de pigmentos, resinas e mesmo solventes.
Quanto mais moemos, ou seja, diminuímos o tamanho das partículas de p .
mento, maior área superficial é gerada e maior tixotropia pode surgir.

v'

rço ori Ë

ffï{
Os processos de moagem se modernizaram. No passado recente tínhamos ..
Processo chips + esferas de vidro onde era possível obter partículas grosseiras de
até 50 micra. Com a utilização de esferas de óxido de zircônio (Processo novo
pode-se garantir particular médias menores que 5 micra (veja microfotografias).
Como os pigmentos são sólidos, devem ser moídos até atingir um grau muito
pequeno de partículas. A moagem como é chamado o ato de moer deve estar
acima de 7 hegmans no grindômetro. Os pigmentos são moídos em moinhos
especiais de esferas.
Processo Chips + esferas de
vidro (antigo) que fornecía Medida da moagem du
moaqem 0té 30 micras piqmento em grindômetro

7-**i
tll
l'; {l

\olo processo com esferas


de óxìdo de zircônìo permite A escala do grindômetro varia de 8 a 0 hegman, ou o correspondente a 0 e 100
moaqem até 5 micras
micra, exatamente nesta proporção (assim, 4 hegman equivalem a 50 micra, 6
hegman a 25 micra e assim por diante).

1 1B - FLEX?GP'IFIÃ: Manual Prático - Eudes Scarpeta


O que são aditivos e quais os
principais utilizados nas tintas flexo?
Os aditivos são substâncias sólidas ou líquidas adicionadas à tinta em baixas
concentrações que complementam as características que os outros compo-
nentes da tinta não conseguem conferir sozinhos. Os principais são:
. Plastificantes, cuja principal função é manter o filme de tinta impresso flexível
e elástico. Além disso, os plastificantes podem, em alguns casos, conferir pro-
priedades de brilho e adesão.
. ,{s ceras são um outro grupo utilizado nas tintas para reduzir o blocking
:rromover deslizamento e repelência à água. São aplicados em uma proporção
que pode variar de 10/o a 30/0. O excesso de ceras pode reduzir o brilho e causar
:,roblemas de aderência ao filme impresso.
. O silicone aparece com propriedades de deslizante e sua aplicação varia
.l0/o
:ntre 0,10/o e 1,00/0. Acima de o filme impresso sofrerá pequenos furos (pin
'roling), entre outros problemas.
. Os promotores de adesão, geralmente os titanatos, são muito comuns nos
:ìrocessos de impressão, melhorando não somente a adesão, como provocan-
jo uma reação de aumento do peso molecular das resinas hidroxiladas como
: nitrocelulose, e aumentando também a resistência térmica da tinta.
. Há ainda anti-espumantes, aglutinantes, e outros aditivos com funções
.'s oecíficas.

O que é viscosidade?
Como controlá-la?
-n linguagem simplificada, pode-se dizer que a
scosidade de uma tinta representa a resistência
..le ela oferece ao ser manipulada. E o estado de
.ra substância fluida ou semi-fluida que, em razão
-: atrito interno das suas diferentes camadas entre
- apresenta uma maior ou menor dificuldade de
: >rOâÍÌl€fìtO.
' avaliação da viscosidade se faz determinando o
':'lrpo de escoamento da tinta através do orifício
-':drão do viscosímetro (copo de medida de visco-
- jade com volume padrão de 100m1). Os segundos
-'..r a unidade internacional de medida de viscosi-
-'Je para tintas de flexografia. Nesse sistema de
-'f ressão, os tipos de viscosímetro utilizados para
-':dir a viscosidade de uma tinta são o Ford4 (no
'-:sil é mais utilizado em laboratório) e o Zahn 2
.. lizado na sala de impressão). Exemplo de
vìscosímetro

Capítulo 7 - fintus para impressso - 119


O que é rendimento da tinta?
Rendimento é a quantidade máxima de impressões que se pode obter - - -
uma certa quantidade de tinta. Mantendo-se o mínimo de qualidade eriq :.
deve-se medi-lo obedecendo às mesmas condições: substrato, máquina e .-,
a ser impressa. Para uma eficiente avaliação do rendimento da tinta, derer-:'
considerar sua força, sua taxa de diluição e o volume de célula necessa- -
para atingir a força padrão mínima exigida para o recebimento. Sem essas t':'
informações, estaremos fazendo uma avaliação errada.

O Controle de tempo de
secagem e viscosidade é

fundamental para bom


funcionamento das tintas

Quais os principais controles a serem


feitos nos filmes de tinta impressos?
A adesão é particularmente importante em materiais não-porosos. A adesão
é verificada com uma fita adesiva aplicada sobre a superfície e removida com
rapidez. Se todo o filme de tinta ou parte dele sair na fita adesiva então há
problema de adesão.
A resistência ao atrito também é um controle mais visual, embora existam
equipamentos para isso. A resistência ao atrito é importante visto que a emba-
lagem ou produto impresso sofrerá atrito durante o transporte, armazenamen-
to e manuseio. Se a resistência do filme de tinta não for boa, a aparência do
impresso será de que o produto ou a embalagem é velha.
Mais um controle visual é o brilho. Mesmo com equipamentos que podem
medir o brilho (goniophotômetro) a avaliação é feita empiricamente.
O deslizamento, como é chamado o Coeficiente de Fricção (COF), é a
propriedade de deslizar que o filme de tinta deve possuir principalmente no
envasamento. Se essa propriedade for deficiente, então o material impresso
pode enroscar na máquina de fechamento e envasamento da embalagem.
Resistências aos produtos constituem testes importantes. Por exemplo,
o filme de tinta impresso deve resistir a gorduras, ácidos, álcalis, óleos etc.

120 - FLE\0GRAFIÀ: Manuul Prúüco - Eudes Scarpeta


Normalmente esses testes de resistência aos produtos são feitos
com metodologia específica, mas todos implicam em colocar
o filme de tinta em contato com o produto por um período de
tempo, após o qual são feitas avaliações visuais.
Outro teste muito relevante em embalagens alimentícias e de
pet food é o de odor residual, cuja medição é feita em um
equipamento chamado de cromatógrafo, que serve para medir
a quantidade de certos solventes que eventualmente não foram
totalmente removidos no processo de secagem da tinta. Esses
solventes (geralmente os pesados como o etil glicol e dowanol)
podem contaminar o produto embalado.
Finalmente a avaliação da cor pode ser feita com o espectroto-
tômetro que mede os desvios da cor. Em muitas empresas ainda
se faz a avaliação da cor visualmente.

O aparelho IGT pode ser

O que é tixotropia? utilizado para testes de


aplicaçuo de tintas em
Iaboratório
Pode-se dizer que tixotropia é uma falsa viscosidade. Devido a forças de atra-
ção intermoleculares, ainda que fracas, formam-se aglomerados em torno de
um núcleo mais energético como os pigmentos. lsto se dá quando o sistema
não está submetido a forças externas como a de uma agitação, pois uma vez
que este aglomerado formado é muito frágil, qualquer força ligeiramente maior
e capaz de desfazê-lo, eo sistema reassume a sua viscosidade característica.
Por isso, é muito importante que a viscosidade seja medida com a tinta em
agitação, para que não tenhamos um resultado falso de viscosidade. Ao adi-
cionarmos solvente numa tinta onde tivermos um falso valor de viscosidade,
causado pelo estado tixotrópico, teremos uma queda brusca de viscosidade no
momento do acerto.

REPOUSO AG|TAÇAO

o
oo
-o
SOLVENTE RESINA O PIGMENTO

., figura acima representa o fenômeno da tixotropia. Quando em repouso,


=stabelece-se um arranjo molecular
característico que provoca um travamento
;o sistema. Contudo, assim que uma energia atua sobre o sistema, o arranjo é
:uebrado e o sistema passa a fluir mais facilmente.

Capítulo 7 - Tintus para impressao - 121


Qual seria uma formulação
média para tintas de fléióóra fia?
As composições variam bastante dependendo
do tipo de substrato, condi
ções de impressão e uso finar, rembrando que o branco
pode chegar a te
45010 de pigmento em alguns casos. (Pigmentos
: 40lo-20010; Resínas: l0vo-300
So lventes : 4 O0 lo- 600I o ; Ad itivos : I 0/o_ I 00/oi.
Aditivos Piomenro

Tintas à base de água e


seu uso em flexog ratia
As tintas à base de água são muito comuns
na impressão de papéis, cartõe:
e papelão ondulado, mas são mais reracionadas
a tintas de quaridade inferior
de baixo poder tintorial.
No entanto, as tintas à base de água, ao
contrário do que se possa pensar
conseguem gerar tintas de altíssimo poder
tintorial quando comparadas a:
tintas à base de sorvente. rsto é o que verificamos
no caso das impressões d.
rótulos e etiquetas adesivas, incrusive em
substratos prásticos.
Esta possibilidade está relacionada à
característica das resinas utilizadas
ceralmente na forma de emursões acríricas,
podem ser produzidas em artíssi_
mos teores de sólidos e em víscosidades
rerativamente baixas e com a vanta_
gem de possuírem excelente capacidade
de incorporação de pigmentos.

É porsível aplicarmos tintas base


água na flexografia de O"nO" larga
para substratos plásticos?
A resposta é sim. contudo, esta apricação
está condicionada a arguns cuidado:
e necessidades de adaptação de anirox,
processos e eventuarmente máquinas
um dos primeiros pontos a se considerar é que
as tintas base água tem unr
caráter predominantemente arcalino, e
conseqüentemente todas as partes c
peçat incluindo o tambor centrar, estufas, recipientes
para tintas e todas a:
demais partes que entrarão em contato
com a tinta ou com seus vapores
deverão ser resistentes à oxidação.
No caso de impressão de materiais plásticos,
é recomendado o uso de tinta.
122 - FLEXOGR,LFIÀ: ,llanuol prótico _ Eudes Scarpeta
à base de emulsão acrílica, seja pela sua adesão, seJa pela resistência a água
após secar completamente.

Que dificuldades podem surgir e


quais cuidados que os operadores
devem ter com tintas base água?
Há um problema recorrente: as tintas à base de água permanecem ressolú-
veis em água apenas por um determinado (e relativamente curto) período de
rempo.
Apesar de podermos ajustar este tempo com o uso de alguns aditivos ou
uso conjunto de resinas tipo álcali solúveis, a capacidade de ampliarmos este
tempo chamado de aberto é restrita e até mesmo perigosa, pois pode resultar
em extrema dificuldade de secagem da tinta.
Assim é muito importante que os operadores mantenham a bateçào automá
tica dos anilox permanentemente ligada e redobrem o cuidado com a limpeza
dos anilox imediatamente após cada parada de máquina, mesmo por falta de
energia elétrica, por exemplo.
Outra necessidade é a de se reduzir o volume dos cilindros anilox, pois uma
vez que as tintas à base de água são mais fortes, mas tem maior dificuldade de
secagem, deve-se trabalhar com camadas reduzidas de tinta.
lsto se converte em vantagem no Caso da flexografia, pois quanto menor a
quantidade de tinta no processo de impressão, melhor.
No caso de impressão de cromias em banda estreita com tintas à base de
água de alta qualidade e alto poder tintorial, podemos utilizar anilox até de
.100 linhas/cm e entre 2 e3 bcm, com excelente resultado de força e qualidade

de impressão.
Algumas empresas construtoras de máquinas na Europa e Estados Unidos estão
desenvolvendo projetos específicos para impressoras para tinta a base de água,
com secagem amplificada para permitir boas velocidades de impressão.

Podemos utilizar tintas à


base de água para laminação?
Outro ponto importante na aplicação de tintas à base de água é que estas,
geralmente são baseadas em resinas de Tg (temperatura de transição vítrea)
baixa. Como se trata de resinas de baixa força de coesão, devem resultar em
camadas muito finas ao final da impressão, para permitir que se atinjam forças
adequadas de laminação.
\o entanto as tintas à base de água são muito compatíveis com os adesivos
de laminação e com vernizes UV, não apresentando efeito sobre outras pro-
priedades do filme como COF, por exemplo, o que é relativamente comum aos
sistemas base solvente.

Capítulo 7 - Tintas para impressao 123


Como tazer para acertar a cor?
Um dos grandes desafios durante a troca de serviços é o acerto da cor - *
método prático que dá bons resultados é o uso de amostras físicas. De:
que o colorista ou impressor acertou a cor, colhe-se uma amostra en' - -
recipiente, anota-se o que foi acrescentado à tinta e o recipiente é arquir.-
Quando essa mesma cor voltar em impressão, prepara-se uma nova qu.-'
dade de tinta nova e fazem-se comparativos com a amostra que foi utilr;,-
anteriormente. O comparativo pode ser feito da seguinte forma: puxada .--
extensor, hand proof, raspinha (puxada com um pedaço de lâmina) e impre.-.
com clichê em mini impressora de laboratório com o RK para flexo. Par:
sucesso desse processo é importante manter durante a impressão as varia'. = -
(anilox, velocidade de impressão, viscosidade e outros) sob controle e de p'.
ferência idênticos ao que foi impresso na vez anterior.

Puxada com
extensor de
l0 micras

O hand proof aplica uma


camada fina e unìforme
de tinta em laboratórìo

124 - FLEXoGklFt,l: ,llanual Prático - Eudes Scarpeta


Quais são os três princípios da cor?
os três princípios da cor são: tom, saturação e luminosidade. A observação
desses princípios ajuda o colorista ou impressor na comparação e acerto de
cor. Tom é a própria cor, em outras palavras, ou é amarelo, ou é azul, ou é
verde, ou vermelho, ou magenta e assim por diante. É o primeiro critério para
avaliação da cor. o segundo é a saturação, que é a propriedade da cor ser
forte ou fraca. Em outras palavras é a intensidade da cor. O último critério é a
luminosidade ou a propriedade da cor ser clara ou escura.
vários sistemas para parameïrizar o que chamamos de cor iá foram desen-
volvidos, contudo os mais aceitos são os estabelecidos pela CIE (commission
Internationale de l'Eclairage) ou comissão Internacional de lluminação, onde
são baseados todos os aparelhos de avaliação de cor utilizados pelas indús-
trias em geral (tintas, gráfica, automobilística, etc).

-a +a -a +a -a +a
+b +b

t
-b -b -b w
L=25
L=25 L=50
L=50 L=75

Acima, a visualização das mesmas coordenadas cromáticas a* e b* sob lumi-


nosidades diferentes (25,50 e 75).

outro sistema, o HSV retratado abaixo, também dá uma demonstração clara


das propriedades citadas, onde as variáveis são H:Hue (Tom), s:saturation
(Saturação) e V:Value (que equivale à Luminosidade).

Todos os sistemas se baseiam em conceitos tridimensionais para o espaço da


cor, de forma a representar a maneira como o ser humano a enxerga e procu-
rando, assim, definir valores matemáticos que permitam operar algebricamente
com essa importante variável do processo.

CapítuIo 7 - Tints.s para impressao - 125


De que form a a densitometria
pode ajudar no controle da cor?
A medição da densidade das cores impressas é um excelente meio para con-
trole da cor durante o processo de impressão. Segue abaixo a tabela de den-
sidades das cromias.

DENSIDADE DE TINTAS SÓLIDAS - Banda Larga

DENSIDADE DE TINTAS SÓllOnS - Banda Estreita e Média

126 - FLE.\}GRIFI ì: llonrral Prútico - Eudes Scarpeta


I Cilindros
anilox
Hoje em dia o melhor cilindro anilox (ou entintador) possui
revestimento cerâmico e é gravado a laser. Existem cilindros
gravados mecanicamente (por recartilhagem) e revestidos
com cerâmica, o que foi um grande avanço em relação aos
antigos cilindros gravados quimicamente. O formato das
células mais usado é o hexagonal, embora o equipamento de gravação possa
r ariar conforme a programação. Sobre o nome anilox, a história conta que a

denominação se deve ao fato de a flexografia ser chamda, no início, de pro-


cesso anilina. Então, foi atribuído o nome anilox ao cilindro que transportava
essa anilina até o clichê.

Os onilox mais indicodos


para flexografia são os
revestidos com cerâmicas e
.gravados a laser

Capítulo I- Cilindros snilox - 129


Quaf a função básica do anilox?
Transferir e dosar a quantidade de tinta para a superfície do c ,. -,
cia precisa ser uniforme e com muita precisão em toda a €\ir.--:
para que também toda a extensão do clichê seja entintada de -.
e uma parte não fique mais forte ou fraca em relação as outrer :

FX
IA Quais os tipos de
Its
l'ì
IÈI
lh

anilox mais comuns?
IY
lv\
I

lsr
lh os anilox mais comuns são os seguintes: Anilox com revestinre-.
IE
lÈl
h
e gravação a laser; gravação mecânica (recartilhagem) e gra\i.:
?ì No entanto, o mais usado hoje na flexografia é o anilox conr :.
cerâmico e gravado a laser. os cilindros gravados quimicamente.- -
de ferro revestido galvanicamente com cobre. Daí eram gravatJt->
e gravados com Fecl. (Percloreto de Ferro) no mesmo método tr: --.
de rotogravura. Depois de gravados, eles eram cromados tambenr : .
cesso galvânico para dar resistência ao cobre, que não suportaria .- ..,
de transferência. A principal desvantagem é a baixa lineatura r- r -
QLr€
permitia gravar. No processo de recartilhagem dava-se o mesmo. Lr----
a aplicação da recartilha era feita no cobre; o cilindro era cromado - -
!
mente. Da mesma forma, não permitia lineaturas superiores a -l20 i--
com qualidade razoável.
A gravação com laser trouxe, assim, um grande avanço para a flerc=-
não e exagero dizer que foi a principal revolução em qualidade do -
r
flexo. Para se gravar a laser é necessário revestir a superíície do cilindr.. -. -
com um metal e recobrir essa superfície com um plasma de óxido de -'
Daí, em cima dessa superfície de cor grafite se dá a sublimação e cons....
temente o desenho das células. É interessante que a superfície da cera^-
extremamente dura, com uma micro-dureza de 1i50 à li00 sraus Vicker.
se ter uma idéia corÌìpa-:
o cromo chamado oLrrtì :
cado na superfície do cr,'-
de rotogravura possui ti---
entre 850 a 950 graus \ r..
Sendo assim, a única forn..
gravação é realmente o las.

Cabeçole para qravoção


a laser do Praxair.

150 - FLEXOGRAFTA: Msnual prátirc - Eudes Scarpeta


Quais os principais tipos de laser
para gravação de anilox e quais
as diferencas entre eles?
O laser tem iido enorme impacto em inúmeros processos industriais. E não é
diferente no processo de impressão flexo e na confecção de acessórios como
o anilox. Como foi visto no capítulo sobre clichês, o laser ajuda na precisão e
rapidez de obtenção dos polímeros, e no aumento da qualidade do impresso.
Um dos tipos de laser mais utilizados é o de CO2 (dióxido de carbono). Trata-se
de um gás usado em combinação com outros dois gases (hélio e nitrogênio)
para produzir a energia para gravação.
O laser de CO2 foi muito usado nas últimas duas décadas na gravação de ani-
lox com revestimento cerâmico. O laser é usado para gerar pulsos de energia
para sublimar a camada de cerâmica, gerando, assim, os alvéolos.
Outro tipo bem diferente de laser é o YAG, sigla em inglês para Yttrium
,{luminum Carnet. Ele não usa gases e sim um tipo especial de cristal cerâmi-
co. Ao passo que, para gravação de polímero ou borracha, o CO2 é uma boa
opção, no caso do anilox o YAG possui um diferencial interessante devido ao
tipo de pulso que ele gera, mais regular, o que permite uma definição melhor
entre as paredes do anilox.

TU zoF
l0

.ì0

.?0

.?n
0 50 ì00 150 ?m

Grófico mostrando o perfil


Grúfico moslrando o perfil do pulso laser YÀG
do pulso do laser COz

Micro fotogrufia do resultado da Gráfico mostrando o perfil de ytulso


gravação com COz. Acima e abaìxo do laser YAC. Acirna e abaixo

2a2

15.0
;
50
I

.50

.22 6

Capítulo 8 - Cilindros anilox - 131


Quais os itens de controle?
Os cilindros anilox podem variar quanto a: 1)lineatura,2) ânguto de -
5) capacidade volumétrica (BCM). A escolha do tipo de anilox esta d r.
relacionada com o tipo de trabalho a ser executado. para isso e r.
conhecer os très fatores acima.

X Por que a lineatura do


ã
h
È
anilox deve ser alta?
q
li A escolha da lineatura está relacionada, principalmente, com a lineatur,

Èl
b
zadana confecção da imagem reticulada no clichê. o ideal é que se1a.r,- .

ts menos, 4 a 5 vezes maior que a lineatura da imagem. lsso é necessan!-



evitar o efeito moiré. Porém outro fator muito importante é que nessa f-':- .
ção de 5 para 1 o pequeno ponto do anilox será entintado mais unric--
mente, melhorando assim a definição da imagem. Note na figura abaixr..- ^
o pequeno ponto nas áreas claras da imagem é "inundado,,com tinta r:-
lineatura do anilox não seja maior que a do clichê.

PoÊa-clichês

Ponto de
altas luzes Quantidade
-+ ideal
Célula com Resultado da
volume maior entintagem
que os pontos /--\\

Cilindro Anilox

O que é BCM?
O volume é medido em BCM (bilhões de micras cúbicas por polegada quadra-
da) e está diretamente relacionado à quantidade de tinta depositada no cliche
O critério para escolha do volume é: volumes mais baixos para retículas e
textos pequenos e volumes maiores para áreas de traços grossos e chapados
No entanto, há uma falsa idéia de que, para se obter um chapado com boa
cobertura, é necessário um anilox com capacidade volumétrica máxima. Na
pralica, pode-se conseguir uma boa cobertura com uma tinta bem equilibrada
e concentrada e BCM não muito alto. Volumes altos tendem a entupir a retícula
no clichê.

132 - \LEX\GRAF\A: Munual prútico - Eudes Scarpeta


O BCM é mais importante
que a Iineatura do anilox?
O BCM é muitas vezes desconsiderado na escolha do anilox. Normalmente
o impressor faz a escolha em função da lineatura. Assim, quando se quer
diminuir o volume de tinta troca-se o anilox por outro de lineatura maior e
vice-versa. No entanto, dentro de uma mesma lineatura é possível ter BCM
diferentes, o que pode causar confusão e erros. Vamos supor que o impressor
esteja trabalhando com um anilox de 180 l/cm e BCM de 5.50 e decida trocar
por outro de 200 l/cm que 'tarregue" menos tinta. Se, ao trocar, ele simples-
mente segue a lineatura e esquece de verificar também o BCM, que pode estar
com volume de 3.50, ele estaria aumentando a "catga" de tinta, piorando o
problema. Veja na tabela da página
'l56
uma sugestão de tabela aplicada em
máquinas de flexo B cores. Note também as possibilidades de variação de BCM
Jentro da mesma lineatura.

Qual o ângulo da retícula do anilox?


:nrbora o equipamento de gravação a laser possa íazer ângulos variados,
--'nl,encionou-se utilizar na flexografia apenas o ângulo de 60'. Esse ângu-
. é comprovadamente o melhor para liberar a tinta que está dentro dele e
:mbém é a posição que menos favorece o moiré que poderia ocorrer com
, retícula do clichê.

ffi lngulo com 30o

Por que se escolheu esse ângulo?


Anqulo tom 15o Ànqulo com 6Ao

, angulo foi escolhido porque é o melhor


' iransferência de tinta para os pontos do
:. \ote, nas imagens acima, alguns tipos
:"'Eulos possíveis (observe também o for-
hexagonal das células a 60o).

Capítulo I - Cilindrosanilo.r - 133


Em que o volume de tinta
inff uencia a impressão?
Influencia diretamente na força ou na intensidade da cor. um volume maio-
carrega mais pigmento de uma cor, e conseqüentemente dá mais força a ela
Além disso, há problemas relacionados ao entupimento de retículas finas
textos e linhas vazadas. Assim, a regra deve ser sempre lembrada: quantc
menos tinta estiver envolvida no momento de impressão entre anilox/cliche
fx
tu
substrato, melhor.
l'E

lh
Èt
la
l:-

Qual o cálculo para converter
L BCM/pol2 em cm3lm2?
!t

Para converter BCM/polegada para unidades métricas usa-se a seguinte equi


valência: 1.0 BCM/Polz:1.549 cm3f m2.

Como escolher o anilox?


Pode-se escolher o anilox por meio de testes com um cilindro de banda que
é um cilindro gravado com faixas (ou bandas) com lineaturas e BCM difrentes
(6 a B faixas) e o uso de um finqer print. o finger print contém linhas finas e
grossas, textos positivos e negativos com tamanhos e fontes diferentes, áreas
sólidas, código de barras, linhas concêntricas para verificação da pressão de
impressão, combinações de retículas, lineaturas e porcentagem de pontos
diversas, escala de gris, marcas de registro, entre outros itens. veja abaixo unr
exemplo de cilindro de banda.

6cm
I 18cm I l- 6cm

s;
k
Ës
E
800 Line 900 Line 1000 Line 1200 Line Ì
1.8 BCM 1.5 BCM 1.25 BCM .95 BCM I

600 Hex 600 Hex 600 Hex 600 Hex

84cm
Exemplo de cilindro de banda

134 - FLEX?GL4FIÌI: rt4anual Prático * Eudes Scarpeta


Que outros fatores devem-se Ievar em
conta na escolha do anilox correto?
Substratos - os porosos,
como os papéis, necessitarão de um volume de tinia
raior. Papéis revestidos como os couchés, cuja superfície é menos absorvente.
;emandarão volume menor.
Tintas - Deve-se ficar atento às tintas a base d'água com alto teor de sólidos,
:ue são mais bem transferidas com volumes reduzidos e alta lineatura.
Equipamento de impressão - Este deverá permitir a instalação do anilox e a
, erificação periódica, para que se analise se não
apresentam folgas mecânicas
':'n ÍÌìârìcâis e engrenagens do sistema de entintagem.

BCM (Bilhões de Micra 0bservações


Tipo de
Cúbicas/polegada (aspecto, BCM atual,
trabalho
quadrada) riscos, batidas, etc)

1.10 - 1.40

0uadricromia e
1.50 - 2.10
retículas finas

2.10 - 3.00

Textos
pequen0s
e linhas Íinas

Chapados e
üaços grossos

"'p)rlante monter unt registro otuulizodo do invenlório tle anilox pttra não Íer surpresos
...locá-lo ern mriquinu e dex.obrir qtte hú um sério problemtt com o tnesmo

Capítulo I- Cilindros anilox - 155


LINEATURA DO ANILOX VOLUME DO ANILOX
IMAGENS
LPCM
DO CLICHÊ
(linhas por cm3/m2
centímetro)
150 - 175 lpi (60
- 70lpcm) uomias
120 - 133 lpi (48
X 2.8 - 3.9
c,
ã
h X(E
85 - 110 lpi (33
È g9l - 42 lpcm) cromias
q IIõ
si FJ
lìr (l)(E
EDE
Èl
h (sc
fì E8
=-
trl
11.3 - 12.4

(r, 150 - 175 lpi (60


(E - 70 lpcm) cromias
.=
(l) s
c)(E
120 - 133 lpi (48

á.E 85 - 110 lpi (33


<q) - 42 lpcm) cromias
út G'
(E.=
ËE
=6
Èq)
|rI(E
o!
git (g
7.0 - 11.6
oÉ 7.8 - 10.1
.o
CE 11.2 - 13.5

110 - 120 lpi


cn (42 - 48lpcm)
:
o
Ët
Cromias
ÍE
trt)
L
l-
o
CJ
Traços com siste-
ma doctor roll
o) Traços com siste-
Íg ma doctor blade 10.1 - 12.1
o)
L Areas chapadas
Êr com sistema doc-
o tor roll
10.1 - 12.1
lct
tt
(n Areas chapadas
€)
com sistema doc-
CL
tor blade

136 - FLEX\GRÀFIÀ: Manual prático - Eudes Scarpeta


Quando utilizar rolo de borracha
pelo sistema doctor roll?
O doctor roll, ou sistema de entintagem Com rolo de borracha, ainda é bas-
tanie utilizado em alguns tipos de equipamentos. Assim, é possível encontrar
informações úteis para a combinação de anilox, rolo de borracha e o tipo de
clichê/imagem.

60 a 85 l/cm
100 à 120llcm
12O à 140 l/cm Retículas até 28 linhas/cm
Retículas até 36 linhas/cm

Há algum princíPio básico


na escolha do anilox?
Sim. O princípio envolvido é: quanto menos tinta estiver envolvida no processo
.1e impressão, melhor. Como a tinta é líquida, ela costuma entupir a retícula
Jo clichê. Há um engano de muitos técnicos em achar que o volume de tinta
r-. necessário para se obter uma cor forte, quando, na prática,
basta uma tinta
,om concentração pigmentar maior para se obter a tonalidade desejada para
.r impresso. Afinal, o que dá a cor é o pigmento, e não a quantidade de tinta'
\lenos tinta significa rápida secagem e redução rto custo com a tinta' Pode
,ignificar também aumento de velocidade de máquina porque a transferência
-ie tinta dificulta o acúmulo de tinta sobre o clichê.

Volume alto do Anilox


uTFlÃr rEl
(3
rc H
tË, I
**a*riet
{}ttr t
rf,$'s

t)trundo o volume tlo anilox é alto, o excesso de tinta qera entupimento da retícula e de letras

Capítulo I- Cilindros anilox 137


Quais os métodos de
f impeza do cilindro anilox?

Devido à sua característica, com o uso as células do anilox entope e dr^-


volume de tinta a ser transferido para o clichê. Tintas à base de água :.
a ser as piores para o anilo4 pois a resina tende a secar dentro dos a,.--
e dificilmente pode ser removida com o solvente da tinta. Recomenda--.
parar o sistema de entintagem durante a produção, limpando-o imedrate^
X no final do trabalho.
H
L
Èl
q
sr
IF
Èl

Micro fotoqrafra ntostrando o entupimento


por tinta seca dentro das celulas do anilox

Por tudo isso, é necessário fazer umalimpeza freqüente e cabal dos alre..
do anilox. Há vários meios para isso. Os processos químicos são mais bar;. -
e possuem razoável qualidade. O processo a laser é mais caro, porém n-.-
eficaz. Veja abaixo quais são os métodos mais comuns:

Lavagem química Jateamento com


Ultro-som Laser
esferas de polietileno

Como se deve arm azenar


os cilindros anilox?
O anilox é um acessório caro e delicado. Portanto, seu armazenamento der c
ser feito em local protegido de qualquer tipo de agressão. O ideal é que fiqu.
em prateleiras, gavetas ou estantes com suportes para encaixá-lo. Além disso, e
necessário envolvê-lo em feltro ou outro material macio e que ofereça alguma
proteção contra eventuais pequenas batidas. No caso de se colocá-lo pres..

l38 - FLE^'OGR.7FI1: ttonuolPrútico - Eudes Scarpeta


3penas pelo eixo, certifique-se de que o apoio esteja o mais próximo do corpo
Jo cilindro para evitar que o peso do meio envergue o cilindro com o tempo'
E claro que essa recomendação é para cilindros anilox para banda larga.
Os de
:',anda estreita, como são pequenos, não carecem dessa preocupaqão.

-.,Jo cuiclaclo com anilox aíncla é pouco. Ào passo que rt camada cerômica possui alta resistência
,; tttrito (embora isso na impeça o desgaste naturaL), elc possui baixa resistência ao impacto. Pense
.-
; pìso cerâmìco ondt: os pessoos passam e que resiste n riscos. 5e alguém deixar cair um objeto
:';rúiagudo e contundente, imedìatamente se faró um furo na camada cerâmica do píso

E que dizer do arm azenamento


das camisas anilox?
odos os cuidados acima são igualmente necessários. Pode-se armazená-las
:.fl pé, mas longe do chão e com barras para não deixá-las cair. Outra forma de
.rmazenar as camisas anilox é colocá-las na parede em barras apropriadas'

As camisas anilox são tão boas


quanto os cilindros anilox?
evoluíram e hoje
-ada tipo possui características próprias. As camisas anilox
.ão bastante estáveis. No passado recente, o maior problema era a excentrici-
-:ade das mesmas, pois os ajustes nos mandris precisavam
ser perfeitos para
.rão vibrar. Vários meios foram tentados e hoje há certamente um resultado
-luito bom.
anilox é TlR,
-lm dos principais fatores que se precisa entender sobre camisas
:ue é a sigla em inglês para Total Indicated Run-out, ou algo como lndicador
-.',tal de Batimentos. O TlR, em termos simples, é uma medida de comparação
_:a excentricidade da área gravada de um anilox em relação ao
centro absoluto

Capítulo I- Cilindros onilot 159


do eixo do sleeve ou do mandril onde ele é afixado quando está em rotar;-
o rlR é uma importante tolerância dimensional de cilindros anilox, mas nr.:.
importante ainda é no anilox sleeve. Esse controle é feito pelo fabricante.:.
camisa e da empresa gravadora do anilox.

Largura < 25 cm (ou 65") +/- 0.0005" polegadas 0,013 mm


X Largura > 25 cm (ou 65") +/- 0,001 polegadas 0,025 mm
ã
h
È
v)
ìú
O anilox sleeve pode
lìr
Èt
h
ser recondicion ado?
;ì o fator mais importante a considerar é a espessura do metal ou alumínio qu.
é a base para a aplicação da cerâmica. Assim como em rolos anilo4 a camacj:
antiga de cerâmica precisa ser totalmente removid a. Ao fazer isso, certament.-
uma parte do metal também será removido. Então, dependendo da quantida
de desse metal que foi aplicada, é possível recondicionar. Mas há limites, poi
o metal ficará mais frágil a cada recondicionamento e poderá enfraquecer ;
CéIulas com fissuras estrutura e até mesmo causar vibrações. Normalmente o máximo que se reL(ì-
e desqttstadas
menda para retirada da espessura no recondicionamento é de 0,0-l0 polegada.
(ou 0,25mm) no diâmetro do sleeve.

Que tipo de anilox é


mais recomendado
para grandes chapados?
Lembre-se: o importante é que o "fechamento" da tinta seja bom e isso não
quer dizer que grande quantidade de tinta resolverá seu problema, como ja
mencionamos anteriormente. Assim, há opções recentes de anilox como aque
les com características de retícula geométrica. O objetivo é lustamente facilitar
esse "fechamenlo" do impresso.

Este íormoto difert'nciado neste tiTto de gravação da Praxair, observado nas figuras acima, ajudn
o "fechamento" do chapado e facilita a "raspagem" cla facu na entintoqem. NesÍe exemplo, umu
retírula de 700 linhaslcm e com 3.BBCM significa economia de tinta em chctpados

11O - FLF.\?GRlFLf: Vanuslprútico - Eudes Scarpeta


Como se afere o anilox?
J volume de tinta é reduzido devido ao entupimento dos alvéolos do anilox.
sso é comum, embora ruim. Com o passar dos meses, deve-se fazer avaliações
-:,eriódicas das condições do volume. Normalmente essa verificação pode ser

'eita pela empresa que grava anilox ou pelo próprio usuário.


Uma análise com microscoPro
e funt]omenlul poru goronltr

Quais são os métodos Para aferição? a qualidade de gravaçao a

F
È
'.-rde-Se medir com o microscópio eletrônico, sistema manual, e outros méto-
Wyco, Urmi, Ravol, Volugraph e Capatch. Sistemas com ultra-som v
.ttìS, CofÌìo o
.ào os mais precisos, porém os equipamentos são muito caros.
:
I

È
A avaliaçao do volume do
Anilox pode ser feita com
aplicaçao de um líquido, com
o auxílio de uma seringa,
na superfície do cìIindro e
espalhando-se com uma
pequena lômina raspadora.
Depois se decalcu a mancha
em um papel e mede-se a
área da mancha. Por fìm se
calcula o volume total que o
anilox suportou.

Ín' cciô:

- z

-5
-._-t0
+:_.-!
í :.!

]:----ã

Ao lado, o
H método Capatch,
ry
üerí@ que é barato,

1l pratìco e tem
razoável precisão

CapítuIo 8 - Cilindros anilox - 111


' Um dos beneÍícios dos anilox sleeves é, sem dúvida, o peso. Eles são leves e fáceis de manu-
sear, lsso pode ser um problema, pois eles podem também cair facilmente ou ser batidos nessÊ
X manuseio. Esteja cefto de não colocar o anilox sobre mesas sujas ou com objetos, ou ainda
deixar cair objetos na supedície ou apoiar objetos sobre o mesmo. Um pequeno buraco invisíve
È a olho nu pode ser o início de um grave problema de rachadura na supeffície cerâmica.
q
v
rìr As vezes o anilox sleeve não quer sair facilmente (talvez em função de ter entrado um p0uc0
ìÈ de tinta entre o sleeve e o mandril, colando-os) e o operador da máquina força a saída ou ate
?ì mesmo bate com um martelo de borracha para que saia do mandril, É claro que isso pode causar
danos irreparáveis ao anilox, especialmente se o operador ferir o canto do anilox descascando-0.
Se estiver difícil de sai6 tenha paciência e peça ajuda de pessoal especializado.

'Na limpeza do sleeve não se recomenda o uso de tanques ultra-sônicos, soluções de soda
cáustica ou qualquer outro método em que a camisa seja submersa. lsso pode alterar o diâme-
tro interno da camisa, e devemos lembrar também que há metais na estrutura da camisa que
podem ser afetados pelos produtos químicos empregados, podendo causar a delaminação da
cerâmica,

Tenha um inventário completo e preciso de todos os anilox na fábrica. lsso significa nume-
rá-los e medi-los periodicamente (volume). Faça observações quanto a riscos ou danos na
supedície do mesmo.

Bombas com filtro de tinta ruim ou inexistente e facas de baixa qualidade que soltam peda-
ços de metal também podem causar riscos na superfície do anilox. Assim, ceftiÍique-se de que
se faça limpeza cabal do sistema de entintagem, bem como que se usem facas com aço que
não soltem limalhas no processo de raspagem. Esses pedaços de metal incrustam-se na faca
e Íicam marcando o mesmo luga6 causando riscos que inutilizariam o anilox. Uma ajuda são os
filtros com elementos magnéticos que seguram metais e não permitem que eles retornem ao
sistema doctor blade, prevenindo, assim, estragos.

A montagem incorreta das câmaras doctor blade pode contribuir para que o anilox receba
uma raspagem irregula6 desgastando assim também de forma irregula[ o mesmo. 0 modo cor-
reto de montagem das Íacas pode ser visto no capítulo g.

Embora o anilox seja um acessório importante para o processo de impressão flexo, ele
também é considerado um bem consumível. Não durará para sempre e muitas vezes pode se
tornar obsoleto com novos avanços dos métodos de gravação ou obtenção da camisa para 0s
revestimentos, Mas cuidado: ao ser considerado um bem consumível alguns podem achar (ou
se conÍormar em achar) que, se estraga, compra-se outro. Porém, o custo de um anilox é muito
alto e muitas vezes leva-se tempo para se obter um do fabricante. 0 mau uso e o manuseio
descuidado pode inviabilizar o processo Ílexo pelo custo!

112 - ftt \OGR lFl 1: llanuol prático - Eudes Scarpeta


fl!
$o lmpressão de
flexo r Banda larga
ste e os próximos capítulos sobre impressão flexo não estão
em forma de perguntas e respostas. Preferi abordar de forma
explicativa e deixar os problemas relacionados à impressão
num capítulo apropriado. Há neste capítulo informações para
banda larga mas que também são princípios para os sistemas
,rda estreita lmédia e corrugados. São informações que não coloquei naque-
. ;apítulos para não ser repetitivo.
.:stema de impressão flexográfico é bastante versátil em todos os sentidos,
:endo apresentar diversas configurações de máquinas e assessórios. Dentre
-rais importantes variantes do processo flexográfico, destacam-se os siste-
,- de entintagem e o aspecto construtivo do equipamento.

Sistemas de entintagem
.xtor roll: Um cilindro de borracha imerso na tinta (pescador) a transfere,
-.,ntato, para outro cilindro chamado entintador, que poderá ser tanto
" cilindro revestido de borracha quanto um cilindro anilox-
-rè é colado num cilindro porta-clichês e é então entintado
-'lindro entintador, transferindo a tinta, ainda úmida, para o
- -rto {suporte a ser imPresso).
- -tema, considerado antigo para os padrões atuais, ainda é uti-
:.ara impressão de papelão ondulado e em máquinas de con-
, nrais antiga para impressos de papel (cadernos) e impressos

' sistema doctor blade ou sistema encapsulado' Sistema dt: entinlagem doctor roII

Capítulo 9 - Banda larga 1+5


Doctor blade: O sistema conhecido como doctor blade i.''-- -

câmara fechada por duas lâminas metálicas que remo\'€tÌì trì-'- ,

tinta da superfície do cilindro anilo4 deixando-a exclusiranre".,


das celulas gravadas.
O surgimento desse sistema representou uma grande evolucàr - --
grafia, uma vez que parte do ganho de ponto observado Íìo protÈ--
fico deriva da entintagem lateral dos pontos, originada pelo exce..-
superfície dos cilindros de entintagem.

Sisfemo de entintagem tloctor blade

F,

Êfundamental que se observe a superÍície ctcr


cilindros anilox durante o processo de entintagem. Esta deve esfi
sem brilho, caracterizando a correta raspagem da superfície.

Sistema construtivo
Partindo-se do conceito básico de entintagem e impressão que cârâti:-
flexografia, conforme visto anteriormente, os diversos grupos impress.-'-- -
constituírem a máquina impressora podem ser dispostos em diversas ti'-
geralmente em função do tipo de trabalho e/ou substrato a ser impres:.
Por se tratar de um dos sistemas mais simples de construção dentre oS , :'
processos industriais de impressão, as possibilidades de arranjo dos r-..-
impressores flexográficos são inúmeras, sendo inclusive muito utrlr:,
como unidades aplicadoras de vernizes em conjunto com outros prour"
de impressão.

Exemplo de equipamento de brntda larqa típico

l-16 - FLE\UGR.1F1,1: tlanual Prútico - Eudes Scarpeta


A máquina impressora
.-.encialmente as máquinas de flexografia possuem os seguintes elementos,
- -: serão analisados um a um:

, Sistema de entrada e saída do substrato


, úrupos impressores (entintagem, porta-clichês)
, Sistema de secagem e exaustão (entre-cores e final)

",ï.-* Ì--tsq ú!{


"l'
n'E.L
\-

Sistema de entrada
(alimentação) e saída
:s máquinas de flexografia são alimentadas com substratos em forma de
:..'binas. A exceção são as máquinas de impressão de caixas de papelão ondu-
:do, alimentadas com folhas.
r3ra uma boa impressão, é necessário que se tenha um bom controle na entra-
:a de máquina, uma vez que o substrato deve ser mantido esticado em toda a
:rtensão da impressora.
Js componentes de entrada são os seguintes (trataremos aqui apenas das
raquinas alimentadas a bobina):
. Eixos e tubetes
: Troca de Bobina
- Alinhadores
: Controle da Tensão
.' Roletes

Capítulo 9 - Bsnds lorga - 117


a) Eixos e tubetes

Os eixos são objetos onde as bobinas são colocadas e presas. Podem ser de
dois tipos: não-expansíveis e expansíveis. Os não-expansíveis são de configu-
ração simples, compostos por uma barra de ferro (A) onde a bobina é colocada
e fixada por duas cunhas (B) com parafusos. Os mais comuns são os eixos
com cunhas que fixam a bobina através da pressão nas laterais do tubo. Este
sistema não suporta grandes tensões do material e pode danificar lateralmente
a bobina.

Os eixos expansíveis são compostos de réguas ou dispositivos que, por açãt


mecânica ou pneumática, fixam a bobina. Os eixos de expansão mecânica são
acionados por um disco com rosca na ponta do eixo que, ao ser apertadg empur-
Èt
trì ra as réguas para cima, travando a bobina. Este tipo de eixo é pouco utilizado.
h
Èt

Fl Eixo expansivo pneumático - Possui garras ao longo de sua extensão que


Èa
Èl
h se expandem pressionadas por ar comprimido, fixando a bobina. O tipo mais
t
t
comum de eixos expansíveis é o acionado por ar comprimido (pneumático
composto por câmaras que se expandem quando injetado ar comprimido
empurrando pequenas réguas que travam a bobina no eixo. Tem sido muitt
empregado pela sua rapidez e eficiência na troca de bobinas. Possui a desvan-
tagem de, com manuseio inadequado, poder furar a câmara interna, requeren-
do assim manutenção. Não é um eixo barato, porém facilita muito o processo
produtivo pela rapidez e por não prejudicar o tubete.

Eixo com cones expansíveis - E constituído de uma barra de aço com cones
passantes expansíveis que são interligados por mangueira.

Castanhas cônicas - Prendem a bobina somente por pressão lateral.

--

Castanhas expansíveis - Travam no tubo e prendem a bobina por expansão.

' --t I

rl

148 - FLEX)GLAFIÃ: Msnusl Prático - Eudes Scarpeta


Tubetes
Os tubetes (também conhecidos como buchas, tarugos e espulas) são ele-
mentos importantes, visto que o substrato será enrolado nele. Os tubetes
podem ser de papelão, PVC ou metal (alumínio ou aço) e sua espessura e
diâmetro podem variar em função do eixo ou do tipo de substrato utilizados.
Substratos plásticos tendem a exercer forte tensão sobre o tubete e por isso
deve-se ter cuidados especiais na escolha dos mesmos. Recomenda-se PVC
ou papelão com espessura suficiente para agÜentar a pressão da tensão do
material embobinado. Se a tensão for excessiva e o tubete não agüentar,
o eixo não sairá e será necessário forçar a saída do eixo, podendo causar
cstragos no mesmo.
Deve-se levar em consideração que, quando ocorrem acidentes, como a
queda da bobina, o tubete não pode amassar, o que geraria muitas perdas
: dificuldade para utilizar a bobina, visto que o eixo muitas vezes não entra
nais. Para bobinas de alumínio recomenda-se tubetes de alumínio capazes
.je suportar a tensão.
È
ì
È

ì
b) Troca de bobinas ì
I
t

ìt
F

..,rando a bobina que está sendo impressa chega ao fim, realiza-se a troca q
I
_: mesma. os métodos para a troca são três: manual, semi-automático e
I

' ;:omático.
Iroca manual: Necessariamente a máquina é parada ao fim da bobina e é
r-rcâdâ outra. O método é totalmente manual. A fita de substrato é emenda-
, a outra com o auxílio, normalmente, de uma fita adesiva. E recomendável
' .ìcar uma fita em toda a extensão da emenda para evitar a quebra na pas-
::em pela máquina.
*roca
semi-automática: Neste caso não é interrompida a impressão (apenas
Há, no entanto, a necessidade da intervenção do
=locidade é diminuída).
. :.ador na troca, cortando a fita com um estilete depois que a emenda
e

,Ja. Não há dispositivos que indiquem quando fazer a troca ou se a bobina Desbobínador corn
-': no fim. É desaconselhável esse procedimento' pois pode facilmente causar troca autonútica

-:rrtes graves.
--oca automática: Neste terceiro método a máquina não pára e pode-se
:
-..?r a velocidade normal de produção. Há dispositivos do tipo foto-células
para a
- .ensores ultrassônicos que automaticamente preparam a maquina
identificando o momento exato programado pelo operador. A interven-
'.-rmana
é mínima, e se limita ao preparo da próxima bobina pelo opera-
lhtllr,;rl
Õi.,
:. preparação da bobina é feita passando-se cola em áreas reservadas da
^: e fazendo-se cortes na ponta da folha da bobina que será a próxima. lLl. Êll
[,[,;ã;nr$
- : forte concorrência e clientes exigindo maior qualidade e custos baixos, q-;- I
..ier parada de máquina gera perdas (tinta, material, tempo, energia etc).
.>t'r, ôs máquinas modernas saem de fábrica com estes dispositivos incor- Reltobinador conr
lrotu automulrca
i t-ìs a impressora e não como itens opcionais.

Capítulo 9 - Bsnda larga - 149


c) Alinhadores

Os alinhadores são dispositivos capazes de manter o substrato alinl'.-


máquina para que a impressão ocorra sempre na mesma posição na '..
bobina seja enrolada sem variações na sua lateral.
O tipo mais comum de alinhador é o sistema pneumático. De funciona-
simples, baseia-se no princípio de saída e recepção de ar comprimido c--
cula por canos. O esquema abaixo esclarece o princípio.

Ìk_
Este tipo de alinhador fo:
a leitura na fìta e corriqt
na bobina. Normalmentt
utilizada em impressora s
pequenos ou corladeira: t
rebobìnadeiras

-
l-.,-

Este tìpo de alinhador faz a leilur.. '


fita e corrige na fita mesmo. É o r'-
utilìzado, podendo ter dois fia n1tt ....
ì um anles do moleriol enlror no ir' :'
sao e outro já depois de impres-sa -'
de embobinar no finol do impr,'', -

d) Gontrole de tensão

Tensão é o esforço ocasionado por uma força que opera em qualquer senir:
longitudinal ou transversal.
Quando medimos o elongamento de um material em função da tensão ;-
existe sobre ele. obtemos a curva abaixo:

o
r(!
o
Ê

Elongamento (Âl)

150 - FLEXDGL4HA: Msnuul Prútico - Eudes Scarpeta


Esta curva é conhecida por Lei de Hook e divide-se em duas zonas bem dis-
tintas: zona elástica ezona plástica. Na primeira, o elongamento Al varia pro-
porcionalmente à tensão aplicada, ou seja, se dobrarmos a tensão aplicada o
elongamento será duas vezes maior, e se a tensão cair a zero o elongamento
desaparecerá totalmente. Na zona plástica, ao contrário, esta proporcionalida-
de não é mais respeitada. Observamos que há uma deformação permanente
do material, que continua até a ruptura do mesmo, caso a tensão seja muito
grande.
Este efeito está presente nas máquinas de impressão flexográfica, visto que na
entrada da máquina há cilindros de tração que submetem o material a uma ceda
tensão por meio de um balancim ou outro sistema de controle de tensão.
Em momento algum durante a produção a tensão da fita na impressão deve
fazer com que o substrato entre no domínio plástico, sob pena de este defor-
mar-se permanentemente junto com o que já foi impresso.
Ao ser impressa a fita, o controle de esticamento começa na entrada da
impressora. A idéia é que a força exercida para este esticamento seja a mínima
necessária. Para que isto ocorra existem mecanismos de controle.
Conforme a bobina diminui de diâmetro, a tensão aumenta, obrigando a uma
diminuição da força aplicada sobre a bobina.
Os materiais variam no tipo, na espessura e na largura utilizadas para a
impressão. Portanto, as tensões aplicadas são as mais variadas, mas o fator
importante é a constância da força aplicada.
Esta tensão deve permanecer constante no decorrer de toda a operação de
impressão, tanto no desbobinamento quanto no embobinamento.
A tensão de um filme é a força aplicada em toda sua extensão transversal.

A tensão de um
filme é a força
aplicada em toda
sua extensao
transversal

Écomo se uma barra rígida colocada no sentido transversal do filme exercesse


uma força (veja a figura acima). Em outras palavras, a força aplicada deve ser
constante em todos os pontos da fita. lsto equivale a dizer que:

F: Constante

para que se possa aplicar a força (F), é necessário "frear" a bobina, isto é,
aplicar no eixo da bobina um momento de força (F) causada pelo raio (R) da
bobina.
Conforme o raio diminui o Momento de força (Ml) aplicada aumenta. Em
outras palavras, o Momento de força ou frenagem é uma razão direla do raio.

Capítulo 9 - Bsnda larga - 151


Seo raio diminuir de metade do seu valor inicial, Mf também deve drn-
metade de seu valor inicial, de tal modo que a razão Mf:R permane.j
tante.

Controle de tensão manual ou semi-automático


O eixo porta-bobinas possui uma engrenagem em uma das extremidac.-
apoiado em uma engrenagem ligada a um motor de corrente contínu.
permite um desbobinamento maior ou menor conforme o ajuste do op.-,
da máquina. Este sistema oferece a desvantagem de precisar sempre da .'
ção do operador. A medida em que a impressão ocorre, a tensão aLinìÈ- -
portanto, é necessário um alívio da tensão. Como não há controle Cor::-
do desbobinamento, a tensão de esticamento varia constantemente, pr-';:"-
causar problemas no tamanho da fita impressa. Nesse caso, o controle e -
por lonas de freio ou outro sistema simples de frenagem.

F,

Controle de tensão automático


Para manter o esticamento o mais constante possível, muitos equipamentt-:
impressão utilizam um balancim ou uma célula de carga.
Os equipamentos de controle automático podem ser de tipos os r1'ìârs \;-:
dos: freios eletromagnéticos com sensores indutivos, freios pneumáticos -- -
válvulas do tipo "relieving', freios-motores com sensores resistivos, bailar -
de atuação vertical ou horizontal, com um ou dois roletes, olr mesmo \a- - -
Todos, porém, com raras exceções, obedecem ao mesmo princípio. Poss...- l
l

um dispositivo para "apalpar" a fita a ser impressa, e são constituídos gÈ-:


l

'l

mente por um ou mais roletes com liberdade de movimento (este coniu-


também é chamado de balancim), um sensor que transmite a informaçãrì -
conjunto de rolete a um dispositivo que coordenará o freio.

Na figura ao lado temos um rolete "P" (pois atu:^'


pesos sobre ele) que chamaremos "bailarino', ci-
posição máxima superior em I e posição mári^-.
inferior em 2. O sensor "s" transmite uma informa.,
ao dispositivo de controle que atua no freio "F".

Quando o diâmetro da bobina diminui, supondo-..


que o freio "F" não muda, ocorre um deslocamen:-
do rolete "r" em direção à posição 1, pois o sub.-
trato continua a ser tracionado pela máquina. Es:.
deslocamento será "lido" pelo sensor, que transn' -
tirá a informação ao dispositivo de controle. Es..
"ordena" ao freio diminuir, de modo que a tensã:
permaneça constante.

152 - FLE.\oGR.lFl,f : ,llanuul Prútito - Eudes scarpeta


Inversamente, se o freio for insuficiente, ou em outras palavras, se o peso P
colocado no rolete vence o momento de força aplicado na bobina, o rolete se
deslocará para a posição 2. Deste modo o dispositivo de controle, detectado
pelo sensor, "ordena" ao freio que aumente a força.

A célula de carga trabalha com o princípio de esforço aplicado. A fita passa


por um cilindro não engrenado que, à mínima variação de tensão, envia infor-
mações elétricas que são prontamente entendidas por uma central, corrigindo
a força aplicada no desbobinamento.

Sinal de
comando
para o freio
Esquema da céIula de carga
È
:
t
Roletes È
F
È
Ê
t
F
Os roletes são os elementos que conduzem o substrato através da máquina. I
ì
h
lêm função importante, visto que sem eles não é possível o transporte do !c
È
naterial. Além do transporte do material, esses rolos ajudam de outras formas,
-omo no alinhamento do material, alguns evitam rugas etc.
Js tipos de roletes normalmente usados pelas impressoras de flexografia são:
-.''letes controladores de paralelismo, condutores, estriados, bananas, resfria-

-rrìres e tracionadores. Estudaremos alguns destes.

Roletes condutores: São os que possuem a função específica de conduzir o


-.lporte sem provocar nenhuma alteração em sua trajetória.

:-â €X€rC€rem esta função, necessitam possuir algumas características, tais


ìlo:
' Devem ter um giro livre, sem oferecer qualquer resistência ao
substrato, o que é conseguido por intermédio de rolamentos
que são colocados nas pontas de eixo ou nas laterais da mesa;
. Precisam estar nivelados com a máquina;
. Devem estar balanceados;
' \ecessitam possuir uma superfície que não risque e nem danifique
.'' substrato ou camadas que venham a ser depositadas sobre este.

possuir estas características, os cilindros normalmente são confecciona-


:nì aço, sendo compostos por uma mesa (tubo) de alumínio ou aço galva-

Capítulo 9 - Bsndu larga - 153


n\/ersamente, Se o freio for insuficiente, ou em outras palavras, se o peso P
-olocado no rolete vence o momento de força aplicado na bobina, o rolete se
-leslocará para a posição 2. Deste modo o dispositivo de controle, detectado
relo sensor, "otdena" ao freio que aumente a força.

\ célula de carga trabalha com o princípio de esforço aplicado. A fita passa


:ìor um cilindro não engrenado que, à mínima variação de tensão, envia infor-
nações elétricas que são prontamente entendidas por uma central, corrigindo
: força aplicada no desbobinamento.
Fita a ser impressa

Esquema da célula de carga

Roletes
-ìs roletes são os elementos que conduzem o substrato através
da máquina'
-em função importante, visto que sem eles não é possível o transporte do
raterial. Além do transporte do material, esses rolos ajudam de outras formas,
-.ìmo no alinhamento do material, alguns evitam rugas etc.
-ìs tipos de roletes normalmente usados pelas impressoras
de flexografia são:
--.letes controladores de paralelismo, condutores, estriados, bananas, resfria-
i.ìres e tracionadores. Estudaremos alguns destes.

Roletes condutores: São os que possuem a função específica de conduzir o


--.porte sem provocar nenhuma alteração em sua trajetória.

:ra exercerem esta função, necessitam possuir algumas características, tais

' Devem ter um giro livre, sem oferecer qualquer resistência ao


substrato, o que é conseguido por intermédio de rolamentos
que são colocados nas pontas de eixo ou nas laterais da mesa;
. Precisam estar nivelados com a máquina;
i Devem estar balanceados;
. \ecessitam possuir uma superfície que não risque e nem danifique
o substrato ou camadas que venham a ser depositadas sobre este.

.-a possuir estas características, os cilindros normalmente são confecciona-


-.s em aço, sendo compostos por uma mesa
(tubo) de alumínio ou aço galva-

Capítulo 9 - Bsndu larga - 153


nizado com nlquel ou cromo, ou então revestidas de borracha. Cabe salier:.
que em muitas impressoras encontramos cilindros com mesa de aço, o c--
não é muito recomendável devido à fácil oxidação.

Compensadores de tensão: São fixados em uma base móvel que se m.-


menta para evitar folgas no substrato.

Cilindros compensadores de paralelismo: Possuem um eixo fixo e - -


móvel. São utilizados para controlar o paralelismo na puxada do substr;,-
fim de compensar a diferença de tensão do substrato entre um lado € tì,. '
Também podem promover pequenas torções no substrato, a fim de e -
nar rugas e facilitar o encaixe. Normalmente são encontrados na entrac' ,
máquina e antes do grupo impressor. As vezes também no final da máqL. -

Cilindros tracionadores (puxadores): Consistem em um conjunto ct'--


cilindro rígido, tracionado, que trabalha com um cilindro de borracha p:.-'
nando o substrato sobre sua Superfície. Este conjunto é encontrado na e'--'-
e na saída da impressora, e Seu objetivo é mantero material preso para Ì:-
o controle de tensão.

P
A - Condutores
B - Gilindro de
borracha puxao:*

Et _f
C - Cilindro
E'

metálico puxao:r
í:
Él
c F,,
\,

15+ - FtE\ocRlFl ì: tlorrualPráüco - Eudes Scarpeta


Cilindros eliminadores de rugas: São cilindros com sulcos estrias rtìnl
desenho que favorecem o esticamento do material durante o prLìcessrì JÈ
impressão e embobinagem. Têm a finalidade de eliminar rugas do substrattr e
promover o esticamento lateral.

controladores de temperatura ou calandras: são cilindros que possuem


circulação de água gelada ou vapor em seu interior. 5ão utilizados para pro-
mover a redução ou a elevação da temperatura do substrato.

outros roletes: Há outros cilindros que podem ser utilizados na máquina,


conforme a necessidade. Podem ser revestidos com cortiça ou Teflon, material
que não permite aderência, e são usados para aplicação de cold seal. os rolos
"bananas" também podem ser utilizados para "abrí( o substrato, e são assim
chamados por serem curvos. Pelo movimento irregular destes roletes, o subs-
trato é forçado a "abrir", ajudando a eliminar as rugas no material.

O grupo impressor
O grupo impressor é onde a imagem é formada, e é composto de:

a) Cilindro contra-pressão
b) Porta-clichês
c) Sistema de entintagem

Cilindro contra-pressão e tambor central: A


qualidade de impressão muito dependerá do cilindro
contra pressão. Conforme foi visto anteriormente, o
cilindro contra-pressão serve de apoio para o subs-
trato que está sendo impresso.

O material fica o tempo


todo preso durante a
impressão de todas es cores

Capítulo 9 - Banda lorqa - 15i


nizado com nrquel ou cromo, ou então revestidas de borracha. cabe sai .
que em muitas impressoras encontramos cilindros com mesa de aço, ..
não é muito recomendável devido à fácil oxidacão.

Compensadores de tensão: 5ão fixados em uma base móvel que se r-


menta para evitar folgas no substrato.

wËËr:---t

Cilindros compensadores de paralelismo: possuem um eixo fixo .. _ -


móvel. são utilizados para controlar o paralelismo na puxada do substra:-
fim de compensar a diferença de tensão do substrato entre um lado € rì!.'
Também podem promover pequenas torções no substrato, a fim de e *
nar rugas e facilitar o encaixe. Normalmenie são encontrados na entrad; -,
máquina e antes do grupo impressor. As vezes também no final da máqu -,

cilindros tracionadores (puxadores): consistem em um conjunto conr ,-


cilindro rígido, tracionado, que trabalha com um cilindro de borracha pres.
nando o substrato sobre sua superfície. Este conjunto é encontrado na ent:: - .

e na saída da impressora, e seu objetivo é manter o material preso para facr .


o controle de tensão.

P
A - Condutores
B - Cilindro de
borracha puxados
B
C - Cilindro
metálico puxador
í
s
cfr
\.

154 - FLEXOGRIFIA: ,Msnusl prútico - Eudes Scarpeta


cilindros eliminadores de rugas: são cilindros com sulcos (estrias) com
desenho que favorecem o esticamento do material durante o
processo de

impressão e embobinagem. Têm a finalidade de eliminar rugas


do substrato e

Dromover o esticamento lateral.

controladores de temperatura ou calandras: são cilindros que possuem


- rculação de água gelada ou vapor em
seu interior. são utilizados para pro-
-.over a redução ou a elevação da temperatura do substrato.

outros roletes: Há outros cilindros que podem ser utilizados na máquina,


Teflon, material
,.nforme a necessidade. Podem ser revestidos com cortiça ou
seal' os rolos
--e não permite aderência, e são usados para aplicação de cold
e são assim
:nanas,,também podem ser utilizados para "abrir" o substrato,
-:mados por serem curvos. Pelo movimento irregular destes roletes, o subs-
-:.o é força do a "abrir", ajudando a eliminar as rugas no material'

O grupo imPressor
e é composto de:
-:upo impressor é onde a imagem é formada,

. ilindro contra-Pressão
rorta-clichês
>istema de entintagem

llindro contra-pressão e tambor central: A


, lade de impressão muito dependerá do cilindro
- -a oressão. Conforme foi visto anteriormente, o
-:.o contra-pressão serve de apoio para o subs-
que está sendo imPresso.

O material fica o temPo


todo preso durante a
impressão de todas as cores

Capítuto 9 - Banda larga - l-t't


Conforme já considerado anteriormente, há dois tipos de contra-pre>., -

do sistema convencional (ou stack), onde cada conjunto ou grupo inr:- --


possui o seu, e o sistema satélite, onde um único cilindro é capaz de :.-
apoio para a impressão, e é chamado de tambor central.
A precisão destes cilindros é fundamental. Devem ter paralelismo, plar -
e estar isentos de quaisquer irregularidades (o ideal são variações de ba: -
tos entre 0.001 a 0,0015mm). Estes atributos são mais fáceis de encontr'-
-

cilindros do sistema stack, pois são de diâmetros pequenos, que faciì -.-
precisão. No entanto, o tambor centraltambém deve ter essas condições . - -

isso requer mais cuidados na sua confecção.


lmportante também é a engrenagem utilizada nesses cilindros, no ca:-
máquinas que utilizam engrenagens para tracionar todo sistema de ir-':',
são. Devem ser precisas e resistentes, pois em muitas máquinas movime- ''
todo o restante do grupo impressor: porta-clichês, anilox etc.

{.r*ed;,**** i:i;{'i'i * aitindr* ç:cni!n*-Srassã*; Mantê-lo Sempre


limpo, com engrenagens lubrificadas, evitar que oxide' não lixá-lo otl
usar instrumentos cortantes Sobre Sua Superfície. Periodicamente-
ou Se tiver dúvidas quanto à exatidão do mesmo' convém fazer tes-
tes com relógio comparado[ não devendo ser aceitos batimentos
acima de 0,01mm, embora o ideal seja entre 0,001 a 0,0015mm.

Sistema de engrenagens: Pode-se dizer que a qualidade de impressão r--


dependerá da precisão, conservação e uso correto do conjunto de ens-=-'
^-
gens do contra-pressão/porta-clichês/entintador (veja sobre diâmetro pr
vo na seqüência).
As engrenagens mais Comuns usadas nos equipamento de impressão er' ''
xografia são as de dentes helicoidais, preferíveis às de dentes retos, por tì':':
cerem maior precisão, visto que mantêm durante todo o tempo de movin:.-'
o contato entre os dentes das engrenagens.

Engrenagem de Engrenagem de
dentes retos dentes helicoidais

As engrenagens de dentes helicoidaìs são as mais utilizadas em múqutnas


modernas, dada a sua capacidade de transferir grandes t7rques com suavidade

I 56 - Ftt \oGR lFl 1: llsnuul Prúüco - Eudes Scarpeta


Uma das características mais importantes para a qualidade de impressão é a
precisão mecânica do equipamento flexográfico, que, se aliada à robustez, que
significa, em última análise, a capacidade de manter esta precisão pelo maior
tempo de uso possível, representará um equipamento com boa qualidade e
estabilidade de produção.
O controle mais elementar que deve ser executado em cilindros é a verificação
de seu diâmetro primitivo, juntamente com a avaliação contínua de eventuais
deformidades dos cilindros e desgastes em engrenagens.

Diâmetro primitivo: é o engrenamento perfeito dos dentes da engrenagem.


\ão pode passar do ponto de encontro dos dentes da engrenagem e nem
pode ficar aquém. Quando as engrenagens do porta-clichês e do contra-pres-
:ão se encontram, no espaço que sobra entre a periferia dos dois deve caber
:ratamente o filme, o clichê e o dupla-face. O diâmetro primitivo é determi-
:ado pelo fabricante de máquina e é em função dele que sefaz a escolha da
:spessura de clichês que serão utilizados. Para se alterar o valor do mesmo é
-ecessário refazer as engrenagens e os portas-clichês. A 3M colocou no mer-
,ado um tipo de dupla-face quefaz a compensação exata dessa diferença no
:orta-clichês, permitindo, por exemplo, que se use um clichê com espessura
' l-lmm em um cilindro que
seria para um clichê com espessura de 2,B4mm.
le qualquerforma isso é apenas um paliativo, pois o ideal éfazer a troca das
:'ìgrenagens e cilindros, caso o custo/benefício justifique o investimento alto.
:: estiverem ocorrendo problemas de printabilidade como, por exemplo, o
-strado abaixo, recomenda-se uma verificação do estado dos cilindros utili-
:Jos na impressão. Infelizmente são necessárias várias leituras em diferentes
::ntos de um mesmo cilindro, e recomenda-se a leitura de todos os cilindros
-: um mesmo jogo, para evitar suposições que possam impedir a detecção
-:is rápida e eficiente do problema.

',licrofotografia de um ìmpresso em Microfotografra do mesmo clichê colado fora


..tqrafia com o clichê + dupla-face no do diâmetro primitìvo. Quer sejo abaixo, quer
correto dìômetro primìtivo seja acima, o resultado será pontos alongados

'lparor as duas mícrofotografras nota-se que na primeira os pontos estão redondos e na segun-
,':ião ovalados (alongados), o que é causado pela velocidade periférica diferente do porta-clichê

.:liação é feita pela comparação dos valores encontrados com o valor teó-
rara cálculo teórico temos:

- Zx M/coscr) -(2xEC+2xDF) +(P;),onde

CapituIo 9 - Bando lorgo 157


Diâmetro do cilindro deferro: Af
Número de dentes da engrena gem : Z
Ângulo de hélice : cr

Módulo da engrenagem : M
Módulo circunferencial : M/coscr
Espessura do clichê : EC
Espessura da dupla Face : DF
Pressão de lmpressão : Pt - geralmente de 0,1mm a 0,2 mm no d .--

Exemplo: Qual o diâmetro no ferro (ou camisa) de um cilindro cu,;


gem possui 150 dentes, módulo 1,5 e ângulo de hélice de 20o e qL-.
com clichê de 1,14 e dupla face de 0,58.

A1 : (30 x 1,510,93969262) - (2 x 1,14 + 2 x 0,38) + 0,2


@ç : 207,5146656328 - 3,04 + 0,2
A1 : 204,67 46656328 ou 204,675

!.:
O que equivale a um repeat de 653,184 mm, antes da pressão de r--:'
ser aplicada.

CLEHÊ +
DTJPLA FACÊ

Sistema sem engrenagens (gearless)


Os grandes fabricantes de impressoras já se
adaptaram à realidade do sistema gearless
(sem engrenagem). Nesse sistema, não há
mais engrenagens para fazer a tração, e sim
motores sincronizados em cada cilindro do
grupo impressor. Há inúmeras vantagens
nesse sistema, como o fato de que não ocor-
rem mais as "marcas de engrenagem", um
defeito típico dos processos tradicionais, e
de que os passos não são mais presos ao
número de dentes da engrenagem.

L)al,rllre tlo t:ncosto do aníIox,


;..rÍ.r-r lir htjs t: Iambor central Visão geral da loteral .;
rì.ì sr-(lr'nti.r ilcorless" maquina com sistentu ,ì

l58 - FLL\?GLIFLT: ,llsnusl Prático - Eudes scarpeta


rilindros e camisas porta-clichês: Os porta-clichês são cilindros onde serão
rados os clichês.

'uca importància já foi dada a estes cilindros. Hoje, porém, sabe-se que a pre-
.ão e cuidados na preservação dos mesmos é crucial para amenizar o ganho
,:. pontos, marcas de engrenagem e outros tantos problemas. Lamentavelmente,
---ritos operadores têm pouco ou nenhum cuidado com este cilindro.

Equipamentos modernos

, dois tipos, basicamente, de porta-clichês: utilizam camìsas porta-


clichês e comisas anìIox F
' Cilindrosporta-clichês :
È
. Camisas (sleeve) porta-clichês t
:
À
F
- lindro porta-clichês é umtubo de ferro ou aço que tem os eixos fixados -
h
f-
' fìanges. Os tubos são torneados interna e externamente, balanceados e F

;em conter um revestimento na parte externa Para evitar a oxidação.

Jamais riscari ou bater com objeto contundente na superfície do


cilindro.
Se o cilindro cair, faça testes para verificar o balanceamento e
o paralelismo, pois invariavelmente, devido ao peso, os eixos
entortam. Batimentos acima de 0,01 mm não são aceitáveis.
Lixar o cilindro também não é recomendável. Algumas pessoas
utilizam lixa d'água para remover oxidação, mas o melhor é
preveni-la mantendo-se os cilindros sempre limpos, secos e sem
riscos, e longe de áreas que tenham gases ácidos.
Ao armazená-los na horizontal, evite colocar o apoio nas pontas
dos eixos. Coloque-os mais próximos do corpo do cilindro
quanto for possível.
As camisas devem ser guardadas em locais apropriados, como
em suportes onde não sofram nenhuma queda.
As camisas requerem um cuidado especial no que se refere à
sua superfície, pois quedas e cortes farão com que percam suas
características.
Verifique periodicamente as condições dos rolamentos e buchas.
As chavetas das engrenagens não podem estar quebradas ou
mal posicionadas.
Manter as engrenagens lubrificadas.

Capítuto 9 - Bunda larga - 159


Cilindros e camisas porta-clichês: Os porta-clichês são cilindros onde serão
fixados os clichês.

Pouca importância já foi dada a estes cilindros. Hoje, porém, sabe-se que a pre-
cisão e cuidados na preservação dos mesmos é crucial para amenizar o ganho
de pontos, marcas de engrenagem e outros tantos problemas. Lamentavelmente,
muitos operadores têm pouco ou nenhum cuidado com este cilindro.

t1Ï;::i':::;r!""1::i:'
Há dois tipos, basicaments de porta-clichês:
Cilindros porta-clichêS .lichês e camisas unilox

Camisas (sleeve) porta-cl ichês

o cilindroporta-clichês é um tubo de ferro ou aço que tem os eixos fixados


por flanges. os tubos são torneados interna e externamente, balanceados e
podem conter um revestimento na parte externa para evitar a oxidação.

Jamais riscar, ou bater com objeto contundente na superfície do


cilindro.
Se o cilindro cai6 faça testes para verificar o balanceamento e
o paralelismo, pois invariavelmente, devido ao peso, os eixos
entortam. Batimentos acima de 0,01 mm não são aceitáveis.
Lixar o cilindro também não é recomendável. Algumas pessoas
utilizam lixa d'água para remover oxidação, mas o melhor é
preveni-la mantendo-se os cilindros sempre limpos, secos e sem
riscos, e longe de áreas que tenham gases ácidos.
Ao armazená-los na horizontal, evite colocar o apoio nas pontas
dos eixos. Coloque-os mais próximos do corpo do cilindro
quanto for possível.
As camisas devem ser guardadas em locais apropriados, como
em suportes onde não sofram nenhuma queda.
As camisas requerem um cuidado especial no que se refere à
sua superfície, pois quedas e cortes tarão com que percam suas
características.
Verifique periodicamente as condições dos rolamentos e buchas.
As chavetas das engrenagens não podem estar quebradas ou
mal posicionadas.
Manter as engrenagens lubrificadas.

Capítulo 9 - Banda largo - 159


Sistema de entintagem: As primeiras impressoras flexográficas traball'-, , -
somente com a banheira de entintagem, e eram utilizadas em grande es.: i
tintas à base de corantes (anilinas), onde a circulação não era tão impor:.-
Com o incremento na utilização das tintas pigmentadas vieram os tin:.
e a circulação da tinta para evitar a decantação e auxiliar na homogenr:,
durante o processo de impressão.
A fim de diminuir o volume de tinta em circulação surgiram as banheiras -
nas e os tinteiros redondos com fundo abaulado, o que, além de dimr^
volume de tinta em circulação, evita o acúmulo de resíduos nos cantos
tando tanto a mistura dos componentes da tinta como a limpeza no tìr
impressão. Mas é interessante que na flexografia é muito comum se utrl
própria lata de tinta como reservatório. E um recurso interessante, que
ajudar a poupar tempo no setup, pois basta fechar a lata, pesar e devoh er
que o departamento de tintas analise e recupere, se for o caso.
Para a eliminação das partículas incorporadas à tinta durante a impre.-
foram introduzidos os filtros de tela (metálicos ou têxteis), e para rete-
das impurezas metálicas provenientes do desgaste da faca vieram os '-
magnéticos, que retêm os minúsculos pedaços de aço liberados pela fac.
raspa o anilox.

O sistema de entintagem é composto dos seguintes elementos:

' Sistema de circulação da tinta


'' Cilindro entintador íanilox)
, Tinteiros ou encaDsulados

Bombas de circulação da tinta: Os sistemas de circulação têm papel in-:


tante no processo de impressão. Por sistema de circulação entende-se. ,-
bomba, filtros, mangueiras de circulação da tinta, controladores de viscosic:
pH e, em alguns casos, controladores de temperatura.
As bombas de circulação podem ser de dois tipos. As peristálticas de .
fragmas, e as de rotor. As primeiras funcionam como "sugadoras" de tin:.
segunda, mais usada, possui um motor elétrico que centrifuga a tinta en', i-
do-a para a câmara doctor-blade ou tinteiro.
Os filtros são necessários para impedir que partículas sólidas cheguem..,
câmara e, conseqüentemente, à racle e ao anilo4 o que geraria estragt :
mangueiras são condutores de borracha sintética ou outro material pla.
resistente aos solventes da tinta.

Viscosímetros automáticos: O viscosímetro é incorporado ao sistenr=


circulação, visto que é ele quem controlará eletronicamente a viscosidac=
tinta. A grande vantagem é que ele mantém a cor constante durant€ o prt-.
so de impressão, liberando os operadores para outras funções Que irãr. j
medindo a viscosidade manualmente. O acessório mais recente incoro.---

160 - FLE\OGK1F\,1: ,tlanusl Prático - Eudes Scarpeta


#? O mesmo procedimento deve ser tomado com os reservatórios de tinta.
Ao acabar a tinta dos reservatórios de alimentação, deve se aplicar solvente
dentro destes para facilitar a limpeza posterior. O mesmo solvente pode ser
aproveitado para diluir a tinta da cor correspondente.

' Muitas vezes os componentes recebem uma limpeza impecável, porém


sofrem a deposição de poeira enquanto esperam para a montagem na máqui-
na impressora. Na colocação do conjunto na impressora deve ser feita uma
inspeção e, se necessário, a retirada do pó. Um outro método que pode ser
empregado é a cobertura do conjunto no período até sua utilização. Lembre-
se: um pequeno grão de areia pode riscar e estragar o anilox.

*P Quanto às bombas de circulação elétrica, recomenda-se a verificação da


rotação do eixo central, que muitas vezes trava em função do acúmulo de rest
duos de tinta seca, o que pode provocar a queima do motor no acionamentt'
e até mesmo provocar um princípio de incêndio.

# Antes da colocação da tinta também é importante verificar as conexõe.


das mangueiras, serviço que, se for mal executado, pode provocar um banh.
de tinta no grupo impressor.

Cilindro entintador (doctor roll)


com a evolução do processo de impressão em flexografia, puxada peii-
fotopolímeros, a lineatura usada também aumentou. No entanto o cilinc-
entintador, com milhões (ou até mesmo bilhões) de células gravadas, chama-.
de anilox, possuía uma lineatura baixa em relação aos clichês e, conseqüen.,
mente, acabava entintando muito os pontos da retícula que ficam em torn.' ,-
0.02mm a 0,7mm de diâmetro.

Passagem de tinta devido


a força hidrodìnâmica

Usava-se então outro cilindro, chamado de pescador, que €râ ul'Ìr t -


revestido de borracha. Este conjunto, pescador e anilox, foi chamado de - -
roll" (que quer dizer: rolo dosador), e era revestido de borracha. Nornr; ^-
o descrevemos simplesmente como entintador.
A grande quantidade de tinta depositada no clichê causava um acu^--.
tinta entre os pontos da retícula do clichê, gerando mudanças na tLìni .
outros problemas.

162 - TLEX?GR,IFIÀ: ,\lanusl Prútico - Eudes Scarpeta


Esta dosagem não era perfeita, visto Sa rda ce }aa€
que com o aumento da velocidade de
impressão aumentava também a "força ^-'
hidrodinâmica" da tinta. Esta força é 'Contra-oresse
chamada assim devido à força que a
tinta exerce entre o anilox e o cilindro
tomador. A tinta, então, abre passagem
por entre os dois cilindros.
Tomador
A flexão permite a passagem de mais tinta
no centro dos cilindros do que nas late-
Entrada
rais, principalmente em máquinas com de papel
larguras acima de 1 metro. Para resolver
este problema começou-se a utilizar uma
lâmina de aço paralela ao eixo do cilindro Tinteiro

que raspava o excesso de tinta da superfície do cilindro anilox.


Logo depois foi criado o sistema encapsulado, também chamado de doctor
blade (lâmina dosadora), que permitiu melhor controle da tinta, que fica menos
exposta ao ar, diminuindo, assim, a evaporação do solvente e exercendo uma
raspagem por igual em toda a superfície do anilox. O sistema então passou a
ser encapsulado, isto é, em uma câmera fechada em que a tinta circula e depois
volta para reservatório. lsto permite uma economia entre 200/o a 350/o no con-
sumo de solvente. Com este incremento, a qualidade da impressão melhorou
e a flexografia pôde atingir parte do mercado da rotogravura que antes não
alcançava.

As racles (facas) utilizadas na flexografia

No princípio do processo doctor blade, utilizava-se uma lâmina adaptada da


rotogravura. Hoje, no entanto, já existem lâminas apropriadas para a flexogra-
fia. As lâminas podem ser de aço, plástico e especiais, como as de aço reves-
iidas com cerâmica.

No desenho
Fixação por parafusos esta a posíçao
da lômino
Lâmina autoaÍiante no conLunto
&_ encapnilodo

Capítulo 9 - Bandalarqa l6;


lir,i!llilli|'llill!ll!!iirllllllllllllllllllìlllllllÍlllllllllilllllllllllllllllll]Ìll1ìillll!lllll.itii,.":.

Lâminas de plástico e especiais: possuem a vantagem de não sofrer a --"


rosão e não serem agressivas ao anilox. Porém, não possuem uma limpeza .,
eficaz quanto as lâminas de aço. Sua espessura pode variar entre 0,51mr
5,'l8mm, sendo portanto mais espessas que as de aço (ver o seguir). Seu us--
interessante nos equipamentos de impressão de corrugados que utilizam r -',
base água e não possuem anilox com lineatura muito elevada, o que farr.-=-,
a raspagem. As lâminas podem ser também especiais com tratamentos es:
cíficos. Por exemplo, podem-se encontrar lâminas de aço com revestime-
anti-corrosão ou ainda com tratamentos para grande duração.

Lâminas de aço: são fabricadas em aço especial com dureza de cerca ,


600 HV. A espessura pode variar entre 0,15mm e 0,25 mm. As lâminas de ._
podem ser encontradas em dois tipos: convencional e auto-afiante. O aço ri-
bono utilizado é o mais comum e não oferece muita resistência à corrosã.-
que pode ser um problema quando se utiliza tinta à base de água. O aço p. .
ser preparado para agüentar também pigmentos muito abrasivos.
È
Y
trì
h
E
v
H
Èa
ìr.
Èl
h
Ë
Êa

Lâmina auto-aÍiante

Bons resultados são obtidos com lâminas auto-afiantes de aço, visto que es\j.
mantêm o fio de raspagem mais tempo que as convencionais, que logo pr'.
cisarão de afiação e mudarão o ângulo de contato. O ângulo de contato de..
estar entre 50o e 35". Além disso, deve-se usar um contra-faca para melhor"..
a eficiência da rasPagem'
Ânourode
30-o a 35o

rí--\r Lâmina de corte

\\ \./
4
Obserue que ambos os
_rl
t/\

rebaixos das lâminas


estão para dentro e esta
é a posição correta. Esse Lâmina
detalhe pode sìgnìfìcar o Retentora
efrcíência da raspagem e
menor desqaste do lòmìna

164 - FLEX}GRAHA: ManuslPrótico - Eudes Scarpeta


Encapsulado tofto em relação ao anilox Posicionado corretamente

Qr-'-[

A lâmina de baixo não está Ângulo correto da faca


encostando no anilox

Área de
contato

0 detalhe mostra a faca encostada


com excesso de pressão

Uso correto do contra-faca

Sistema de secagem e exaustão: Embora a impressão flexográfica utilize


tinta llquida e de secagem rápida, é necessário um sistema de auxílio para seca-
Eem, exaustão e resfriamento nos equipamentos de impressão. A "blocagemu,
.", decalque e o odor residual são apenas alguns dos problemas relacionados

: falta de uma secasem eficiente.

Capítuto 9 - Banda larga '16;


São considerados os seguintes itens importantes na secagem:

a) Secagem entre-cores: Esta secagem se faz necessária uma vez que a tinta
impressa que receberá a próxima deverá estar totalmente seca. 5e não estiver,
ela poderá ser arrancada, causando diversos problemas. Este dispositivo pos-
sui regulagem da temPeratura.

b) Estufas de secagem: Também conhecidas como túneis de secagem' Devem


ser extensas o suficiente para permitir total evaporação dos solventes da
tinta impressa antes do embobinamento. As estufas possuem ventoinhas e
resistências elétricas para aquecer o ar que será lançado sobre o material em
percurso dentro do túnel. O sistema pode variar de fabricante para fabricante.
No entanto, Se o sistema de secagem não for eficiente, limitará ate mesmo a
velocidade de máquina.

c) Sistema de exaustão: O ar quente lançado sobre a tinta impressa removera


os solventes da mesma. Este ar quente deverá ser removido totalmente para
ì que não sature o ar ao redor do grupo impressor e não permita a total seca
ìì
,ìÚ :
gem da tinta. O sistema de exaustão trabalha com motores que aspirarão o a:
ì saturado e o enviarão para fora do ambiente de trabalho. A exaustão dever;
ì estar presente inclusive no sistema de entre-cores'
h-ì
d) Sistema de resfriamento do substrato: Após passar por sistemâs QL:
jogam ar quente na superfície do substrato, este, por estar aquecido, poc=
perder suas características, ter problemas de registro, encolher e ate mesr'-
perder o brilho. É necessário que resfrie para que não seja embobinado quen ':
Além disso, é a tinta que deve ser "aquecid a" para que libere os solventes, e
nì --

o substrato. Por isso é que máquinas modernas têm um sistema de refrige':


ção por água que circula ou dentro do contra-pressão (tambor central) ou :^'
um outro cilindro (também chamado de calandra de água fria) colocado a: --'
a estufa, para não permitir que o material seja embobinado quente.

e) secagem ultra-violeta: Nos países europeus e nos Estados unidos :


um clamor sempre mais presente para o USo de substâncias não poluid"'''
Nesses países, o vapor de álcool, por exemplo, é considerado poluidt--
(electron b='-
tintas de "cura" por radiação ultra-violeta ou feixe de elétrons
--
estão sendo aprimoradas, e em alguns segmentos já estão sendo usadas ' '-
.
substitutas das tintas tradicionais para flexografia à base de solventes' 'ìs :
'

para secagem ultra-violeta não possuem solventes para serem evaporaü--'

166 - FLE\oGR{FI'l: llonusl Prótico - Eudes Scarpeta


o sistema para secagem desse tipo de tinta possui lâmpadas com emissão
de luz ultra-violeta de alta intensidade. Esse meio de secagem é ainda muito
caro quando comparado às tintas convencionais à base de solvente ou água.
Além do apelo ecológico, outro ponto forte do sistema ultra-violeta é a alta
qualidade de impressão gerada. Especialistas europeus acreditam que o Brasil
demorará em utilizar semelhante equipamento em larga escala para banda
larga. Mas esse sistem a já e muito utilizado em máquinas de impressão de
rótulos. veja mais informações no capítulo 7, sobre tintas, e no capítulo j0,
sobre banda estreita e média.

Para entender o sistema de secagem flexo:


1- suprimento de ar; B: Exaustão do ar - l) secagem fìnal ou verso do substrato; 2) secagem
-'nol ou verso do substroto;3) VáIvuIa de suprimento
de ar;4) VáIvuIa de recìrculacão do ar;
: I entoinha; 6) Câmera de aquecimento elétrico; 7) VóIvula principol para suprimento
de ar entre-
.-res ou fìnal; 8) VáIvuIa prìncipol para regulagem do or da exaustão; 9) Ventoinha de exoustão
,.' ar; l0) Detalhe do sistemo entre cores, onde o duto A lança ar e B remove o ar saturado.

Capítulo 9 - Bsnds largo - 167


J
.t+r

10. lmpressão flexo r


Banda estreita e média
onforme mencionei no capítulo anterioç não serei repetitivo
e vou me fixar nas informações mais específicas sobre ban-
das estreita e média. Assim, sugiro ler o capítulo anterior,
onde se encontram muitas sugestões e dicas úteis válidas
para quaisquer processos de impressão flexo. Neste capítu-
lo, dou foco grande no sistema U.V. e falarei muito também sobre o sistema
de secagem E.B. (Electron Beam), porque acredito que esse tem sido o dife-
rencial da banda estreita.

A escolha do tipo do sistema a ser empregado dependerá em grande parte do


tipo de serviço a ser realizado.
O número de grupos impressores pode variar de 4 a l0 unidades. A vantagem
de equipamentos com mais grupos impressores é que se podem separar as
retículas e traços finos de chapados e/ou traços grossos. Além disso, uma uni-
dade muitas vezes é utrlizada para a impressão de um fundo branco e outra
para verniz sobre impressão.
Surgiram também no mercado, mais recentemente, máquinas híbridas para
etiquetas. Esses equipamentos serão um desafio para o impressor, pois utili-
zam os processos de offse! flexo, roto, serigrafia e hot stamping em linha, quer
dizer, em uma mesma máquina.

Capítulo t0 - Bands estreita - 17'l


A máquina impressora
Essencialmente as máquinas de flexografia banda estreita possuem os mesmos
elementos básicos das máquinas de banda larga: sistema de entrada (alimen-
tação); saída em meio-corte (íacas) e embobinamento; grupos impressores;
sistema de entintagem; sistema de secagem e exaustão.

Entrada do
Grupos material
impressores

Ecluipamento
de ìmpressão
Áquaflex

Saída do Sistema de
material secagem U.V.

Sistema de entrada (alimentação)


As máquinas de banda estreita são alimentadas com substratos em bobinas.
FI Requer-se bom controle na entrada de máquina, uma vez que o substrato deve
-
ser mantido esticado em toda a extensão da impressora. Na entrada também
!s
h
hJ fica o'eliminador de resíduos", cuja função é eliminar, em bobinas de papel,
.v)
r{t o pó, que pode ficar na superfície a ser impressa e causar pequenas falhas de
t
Èi impressão.
Èl
h
t
H

--------) Alinhador

iV;
^:
a
i_Qi g Sensores

--+
Controle
de \
Frenagem

Esquema do sistema de entrado

O controle de tensão é feito no início por meio de freios e sensores que man-
terão o material esticado durante todo o processo de impressão. Também n.
entrada fica o alinha dor, cuja principal função é manter o material alinhado, r isri
que a tendência da fita a ser impressa é deslizar na máquina impressora.

172 - FLEX\GRÀF\A: illsnuelprático - Eudes Scarpeta


Grupo impressor
-rupo impressor é onde a imagem formada. Para que a impressão fique com
é
-:gistro èm todas as cores, o transporte é feito com o auxílio de roletes. Porém,
-. suporte fica sem apoio entre um grupo e outro e isso pode acarretar proble-
-ras de registro se o material não estiver bem esticado ou se o equipamento
..tiver com desgastes nos eixos e mancais de roletes, ou fora de paralelismo.

Sistema Doctor Blade ---+ Porta-clichês


(encapsulado) r-=--
Q-
$-
I t
I

Anilox Contra
---+ Secagem
pressão
Entre cores

Esquema do
qrupo impressor
/
- rmpressoras atuais começam a abandonar as engrenagens, não havendo
--: s €ngf€Íìagens para fazer a tração, e sim motores sincronizados em cada
'-Jro do grupo impressor. As grandes vantagens são que não ocorrem mais
- -rarcas de engrenagem", um defeito típico dos processos tradicionais, e que
-:cilita a escolha entre diferentes espessuras de clichês. A função da engrena-

- -' e feita por "servo motot/' em cada item que necessita de movimento. Todos
,. 'incronizados
para formar a imagem registrada e precisão na impressão.

Detalhe do porta-
cÌichés e o ocerto
feìtn neln nner't,lnr

Capítulo l0 - Bunds estreita - 173


Sistema de entintagem
O sistema de entintagem é composto dos seguintes elementos: sistema de - -
lação da tinta, controle de pH e viscosidade e cilindro entintador (ani[''r .'-.:
ros ou doctor blades. Porém, viscosímetros eletrônicos só são encontrad.-. ,*
máquinas modernas, pois em geralsão recursos que, embora ajudem murt.- ^ -
são essenciais na maioria dos equipamentos modulares para banda estre .:

Equipamento versotil e
que facilita o trocs do
ì
E! anilox junto com a faca
ìu
F
.v)
r{J
t
Y
lmpressoras com troca
rFl
È
È
Èl
do grupo impressor
H
Para diminuir o tempo de setup, algumas máquinas possuem o recurso de .
trocar todo o grupo impressor na mudança de serviço. São facilmente ca^-
biáveis, não sendo necessário fazer a limpeza de anilox, tinteiros, facas e.
Há também secagem entre-cores; estufas de secagem; sistema de exaustã.-
secagem u ltra-violeta.

À troca rópida é
rmportante para
o sistema flexo

17+ - FLE.\oGR-ìFrì: r
Secagem entre-cores,
estufas e exaustão
Algumas impressoras possuem sistemas de secagem ultra-violeta, que são
colocados entre-cores. Já nas impressoras com tinta à base de água ou sol-
vente, há um sistema de secagem a ar quente com uma exaustão. A função da
exaustão é eliminar o ar saturado que é removido no ato da secagem. Caso
a exaustão não se.ja eficiente, a tinta terá dificuldade para secar até chegar à
próxima cor. Este dispositivo possui regulagem da temperatura. Como em geral
as impressoras para bandas estreita e média são do sistema modular, não há
espaço para estufas de secagem generosas como há nos equipamentos de
configuração satélite. Assim, esse é um forte motivo para que o sistema entre
cores seja muito eficaz.

Secagem ultra-violeta
Como vimos anteriormente, as tintas para secagem ultra-violeta não possuem
solventes para serem evaporados; em seu lugar são usados monômeros rea-
tivos que polimerizam juntamente com os oligômeros (resinas) e geram uma
tinta seca praticamente equivalente a 1000/o da camada úmida inicialmente
aplicada.
A radiação U.V. é caracïerizada por comprimentos de onda inferior a 400nm
(nanômetros), sendo conseqüentemente mais energéticas que as de compri-
mento de onda maiores, como a luz visível (400nm a 700nm) e o infravermelho
(acima de 700nm).
As lâmpadas U.V., no entanto, emitem basicamente todo o espectro abaixo,
sendo que aproximadamente 113 da emissão situa-se efetivamente na região do
U.V., e os demais 213 nos comprimentos entre a luz visível e o infravermelho.

Espectro Eletromagnético

ULTRAVIOLETA VISíVTI INFRAVERMELHO

Comprimento
100 280 31 5 400 700 de Onda (mm)

Capítulo t0 - Banda estreiÍa 17 )


Portanto, há uma forte irradiação de calor via infravermelho e mesmo calor
de condução pela temperatura da própria râmpada (superior a 600oc), o que
obriga a termos determinados cuidados com substratos excessivamente sen-
síveis ao calor.
o assim chamado gerenciamento de calor no u.v. é muito importante, espe_
cialmente na impressão de mangas tipo "shrink', muito comuns para banda
estreita.
o esquema abaixo ilustra as principais diferenças entre os sistemas u.V. e E.B.
e o sistema Solvente.

\\\\ \\\\\
UV/EB QUENTE
t
i. r,t '^'r gr'^'- ,jg-' j:
Ê^-^,?^t-"^r,
t,
Kestna e S0lventes "

I Ì ìÌ
il E NT
t\ HI
,,';
* llJi *
t
3 ; ,'J,^ie',ï g
Pol
, ntccóCrcoc
-b soc e
o TintaSeca o o s.
SUBSTRATO

È
!J No caso específico da flexografia, podemos considerar o uso de opv (over
!s
F
Print Varnish- Verniz sobre impressão) em linha com a impressão em etique_
.q tas de papel auto-adesivo como praticamente uma regra, com grandes vanta_
r{l
Èl
gens no aspecto de proteção e brilho.
Y
rFt
Como as máquinas flexográficas de banda estreita tornaram-se extremamente

R versáteis nos últimos anos, podemos considerar cada máquina como uma
H
unidade autônoma de produção, onde temos a entrada de matérias-primas ..
a saída do produto acabado.
Associando-se a esta versatilidade o alto varor agregado do produto e a pratr
cidade dos sistemas UV, temos um quadro bastante favorável ao cresciment.-
do U.V. no segmento de rótulos e etiquetas.
Além da facilidade do trabalho com u.V. em flexografia, o que evita secagem d;
tinta sobre os anilox e incrustações ao longo de toda a área entintada, somam-
se às vantagens o excelente acabamento e a definição gráfica das tintas u.\l
o problema residual, neste caso, é mais relacionado à velocidade de cura. ou.,
nas máquinas mais modernas atingem cerca de 1SOm/min, o que de modc
geral é baixo para estes equipamentos.
o uso de grande quantidade monômera, associado à necessidade da viscosr
dade relativamente baixa e à velocidade arta de impressão, gera a necessidad.
de aplicação de quantidades expressivas de fotoiniciadores mais nobres, cL-ì--
Detalhe do equìpumento
reflexos no preço final das tintas.
rle stcuqem UV e seu
Essa desvantagem é parcialmente compensada pela economia gerada
P0srüotlatnento na corÌì -:
intprt'ssorct maior simplicidade e racionalidade do sistema u.V., que reduzsensivelmente .,-

176 - FLE.\OGR,IFLI: ,tlanual prótico - Eudes Scarpeta


perdas de tinta verificadas no caso de uso de tintas solvente ou água.
uma possibilidade explorada especialmente em alguns países europeus para
a banda estreita é a aplicação dos sistemas híbridos, onde as cores especiais
e
fundos são impressos em sistema solvente e a quadricromia é executada em
u.V., com o seu excepcional ganho de ponto e definição da cromia e
insigni*
ficante consumo de tinta.
Há casos específicos de uso de u.V. para banda larga, mas seu uso está
restri_
to a poucas empresas que se dedicam igualmente a produtos de maior valor
agregado ou a procedimentos especiais, como tiragens curtas, onde o setup
da impressora é minimizado pelo uso de uV ou ainda em uso intensivo de
quadricromia.
outro exemplo de banda larga de alto volume e uso de uV é a patente da
cray-o-Vac para uso conjunto de u.V./E.B., onde a secagem entre cores é leva-
da a um estágio equivalente ou superior ao de gel e a secagem final se dá por
meio de equipamento E.8., reduzindo os níveis de fotoiniciador e conseqüente
custo final das tintas

Sistemas de cura U.V.


um sistema típico de cura u.v. é composto pelo refletor,lâmpada, sistema de
refrigeração e'shutter".

Ventilador do
exaustor

Exaustor
Lâmpada

''snúìïó/
Os refletores podem apresentar duas geometrias distintas, sendo os refletores
elípticos os mais adequados ao processo gráfrco, pois uma vez que nossa cura
apresenta-se apenas bidimensional, o foco gerado pelo refletor elíptico gera
melhor cura.
.Já o refletor parabólico apresenta distribuição mais difusa da luz, sendo
ade-
quado à cura de aplicações mais tridimensionais.

Refletor parahóIico

Capítulo l0 - Bonda estreito 17:


A lâmpada UV é, obviamente, a parte mais elementar do sistema, uma vez que
é a geradora daluz ultravioleta responsável pela iniciação do processo de cura
das tintas.
Essas lâmpadas são constituídas basicamente de um tubo de quarizo, uma vez
que o vidro comum bloqueia 900/o da radiação UV abaixo de 500nm, o que
representaria uma perda considerável de potência para o sistema.
Nas extremidades do tubo são colocados os eletrodos em uma estrutura geral-
mente de cerâmica.
Internamente aos tubos é acrescentado o mercúrio na forma líquida. Quando
partimos a lâmpada, a temperatura se eleva até que haja a volatilização com-
pleta do mercúrio, quando então inicia-se o processo de geração da luz UV.

Suporte de Cerâmica

Juntamente com o mercúrio podem ser acrescidos determinados haletos


metálicos, que têm por função a modificação da curva de emissão espectral
Foto do bulbo de quartzo
da lâmpada.
A curva espectral na próxima página representa uma lâmpada de vapor de
mercúrio convencional. Podemos dizer que toda a energia emitida pela lâmpa-
da, exceção à parte perdida na forma de calor e lR (infra-vermelho), é emitida
de acordo com a proporção dos picos observados na curva de emissão.
Portanto, para a lâmpada de vapor de mercúrio convencional, algo em torno
de 7 ou B comprimentos de onda representam mais de 75010 de toda energia
emitida.
Caso esses comprimentos de onda não coincidam com o comprimento de
onda de ativação do fotoiniciador, o resultado de cura será pífio. Portanto, um
dos princípios básicos da cura UV é a coincidência entre os comprimentos de
onda mais energéticos da lâmpada e os comprimentos de onda de ativaçãt
do foto-iniciador.
Para cura de sistemas pigmentados, especialmente para cores escurâs coÍÌrtì
preto e azuis intensos e também para pigmentos opacos como o branc.'
(dióxido de titânio -TiO2), foram desenvolvidos fotoiniciadores que atuam en'
comprimentos de onda maiores, que tendem a ser mais penetrantes e por con-
seqüência, a curar melhor em profundidade, o que resulta em melhor adesãt
resistência e brilho.

17B - FLE\oGklFLf: ,llanual Prático - Eudes Scarpeta


Lâmpada de Vapor de Mercúrio

c)

É,

uJ

il
_^r^z *ilr,.,| \1 L,r.-__l tt1
ui L
310 330 350 370 390 410 430 450 470 490

Comprimento de Onda (nm)

Para coincidir o comprimento de onda das lâmpadas com os novos fotoinicia-


dores, as lâmpadas de mercúrio passaram a ser "aditivadas" com outros metais,
principalmente gálio e ferro, na forma de Haletos.
o resultado é uma expressiva mudança no espectro radiante da lâmpada, con-
forme se observa no gráfico abaixo.

Lâmpada de Vapor de Gálio

cc

o
LlJ

70 290 310 330 350 370 390 410 430 450 470 490 510 530 550 570 590

Comprimento de Onda (nm)

rom o advento das lâmpadas de gálio e ferro, houve melhora na cura dos pretos
e azuis, sem dúvidas as cores mais complexas em termos de cura, especialmente
em se tratando de tintas flexográficas (que estão entre as mais pigmentadas e
são as mais líquidas dentre todos os principais processos de impressã o, carac-
terísticas que a tornam as mais complexas em termos de cura).
\o caso dos sistemas de banda estreita que apresentam serigrafia em conjunto
.om a flexografia, as lâmpadas de haletos metálicos proporcionam igualmente
nelhor cura em profundidade, especialmente desejável nos casos das grandes
.spessuras depositadas pelo processo serigráfico.

Capítulo t0 - Bonda estreita - l-tì


Lâmpada de Vapor de Ferro

I,
cc
(g

o)
ut

1e0 210 230 250 270 2n


"'ãï,,ir'il,il ii o"o" t",nr

A potência das lâmpadas U.V. dos equipamentos atuais situa-se entre 500
ffpol (120Wlcm) e 450 Wpol (180 Wcm).
Contudo, aproximadamente 113 do total da energia radiante é efetivamente U.\'.
Caso o material seja termicamente instável, é recomendado isolar a emissão do
calor, via refletores dicróicos, tubos de quartzo refrigerados ou qualquer outro
meio, sendo um dos mais eficientes a cura da tinta com o substrato apoiado
em um cilindro refrigerado.

Èl
!J
Electron beam
.E
sr
F
ìH Conforme citado anteriormente, outra possibilidade de cura, além do sistema
v)
t.|.l ultra-violeta é o sistema de bombardeamento de elétrons - Electron beam - E.B.
E
Y
FT
Èl
h
t
E Princípio de funcionamento do electron beam
Blindagem Facas de entrada
(nitrogênio)
Folha de Entrada do
Titânio substrato
Câmara lmpresso
Janela
do vácuo

Terminal

Repetidor Escudo coletor

Filamento

Terminal

Saída do
substrato
cura00

I B0 - flE \oGR'lFl ì: lfanual Prático - Eudes Scarpeta


é criada uma grande diferença de potencial
para a geração do feixe de elétrons
(DDP) entre o filamento e a grade extratora em meio a uma câmara de alto
vácuo.
Esta DDP é da ordem de 150 kv para o caso de E.B. utilizados para cura de
tintas, coatings e adesivos de laminação, sendo considerados equipamentos de
baixa energia para a aplicação gráfica.
Outras famílias de E.B. exigem muito maior DDP e projetam fluxos muito mais
energéticos para outros propósitos, como o tratamento de filmes, modifica-
ções estruturais de superfícies, etc.
Uma vez atingida a DDP suficiente para iniciar o feixe de elétrons, estes auto-
maticamente são acelerados no vácuo e atravessam a grade extratora, a janela
com a folha de titânio responsável pela manutenção do vácuo e vão finalmente As secagens U.V. e E.B.
permìtem ext.elente
atingir o substrato a ser curado. qualidade de impressão
{o atingir os materiais reativos no substrato, sejam eles tintas, vernizes, adesi-
vos ou coatings, os elétrons provocam rompimento das duplas ligações (sis-
tema de cura por radicais livres - mais comumente utilizado no mercado) e a
polimerização dos monômeros e oligômeros presentes.
\s duplas ligações são muito sensíveis a qualquer tipo de energia e muito sen-
síveis ao feixe de elétrons, sendo o resultado da ação do mesmo sobre estes
materiais muito rápido e eficiente.
\lesmo sem a presença de fotoiniciadores, as velocidades possíveis de serem
atingidas com o E.B. de baixa energia podem superar os 500m/min, ainda que
esteja ocorrendo aplicação de coating ou laminação simultânea.
\ cura dos adesivos de laminação adequados a esta tecnologia também é ins-
tantânea, ficando os materiais, imediatamente após a cura, à disposição para o
pós-processamento, como refile, corte etc.
O equipamento E.B. deve ser completamente blindado, geralmente com chum-
bo, pelo fato de que na geração do feixe de elétrons é também gerada radiação
gama, que é bastante danosa a qualquer tecido vivo (esta, contudo, não apre-
senta caráter nuclear, ou seia, uma vez cessada a sua geração, cessa também
seu efeito).
\s pessoas tendem a confundir este tipo de radiação, que pode e é freqüente-
mente utilizada para a esterilização de alimentos, com a radiação nuclear dos
reatores e bombas atômicas que, além dos efeitos conhecidos, tendem a se
acumular e irradiar ao longo do tempo.
Os sistemas E.B. são bastantes seguros e apresentam dispositivos suficientes
para garantir a operação segura dos mesmos.

Dentre as vantagens do t.B. destacam-se:

V Possibilidade de cura, independentemente da cor;

V Cura em grandes profundidades;

V Dispensa uso de fotoiniciador, caso seja possível curar apenas


sob a radiação EB, o que reduz odor e elementos extraíveis após a cura;
g Maior velocidade de cura.

-l
Capítulo t0 - Banda eslreifa 8l
Dentre as desvantagens destacam-se:

Maior custo de instalação (ao redor de U5$ 500.000,00);


Normalmente só pode ser aplicado na saída da impressora,
por isto é muito usado em sistemas offset.
Consumo de nitrogênio de alta pureza para cu ra.

Os equipamentos de cura E.B. apresentaram grande evolução tecnológica nos


últimos anos, de forma que hoje estão disponíveis equipamentos altamente
eficientes, compactos e a custo cada dia mais acessíveis.

Sistemas E.B. aplicados


a impressoras flexo
Pelos grandes benefícios aportados pelo E.8., que poderíamos resumir coffir-r
sendo a apropriação das vantagens da tinta U.V. sem boa parte das suas des-
vantagens, especialmente o custo, os possíveis contaminantes e a velocidade
de processo, o E.B. tem sido cada vez mais estudado e já é aplicado em algu-
mas impressoras, infelizmente a maioria offset e apenas em estudos e planta:
piloto de flexografia, mas com resultados animadores.
È
!J Espera-se que com a adaptação e melhoria contínua tanto de máquina:
sr impressoras, como nos equipamentos de E.B., estes venham a ser realidade en:
F
.v)
ru produção de embalagens já nos próximos cinco anos, especialmente em ban-
-
Èr
das largas de altíssima tecnologia e para produção de embalagens sofisticada.
È
b em termos gráficos e de altíssima performance.
Ë
E

- \1.\

'Hq

Os equipamentos de impressão
como este da Omet podem conter
ocobomenlo em linha puru toixtts

182 - FLEï?GR,IFIÀ: tulanual Prático - Eudes Scarpeta


É bom lembrar que o controle da temperatura nos sistemas de secagem e senr-
pre recomendável, visto que o calor excessivo pode causar transtornos para o
operador. Além disso, deve-se sempre estar atento a resistências queimadas e
outros defeitos que poderiam por em risco o trabalho que está sendo feito.

Meio-corte dos rótulos


Após a impressão será feito o corte (ou meio-corte) do rótulo. O objetivo é cortar
apenas o suporte e não o "liner", papel ou filme que fica no verso do auto-ade-
sivo. Há cilindros feitos para o corte e em equipamentos modernos existem as
facas magnéticas que facilitam e dão maior precisão ao registro do corte.

Facas maqnéticas são praticas e preclsas

o ,,esqueleto,,,
que é a sobra, deverá ser separado para se obter uma bobina
somente com os rótulos cortados no formato.

Esquema da fata Lie corte

Capítulo t0 - Banda estreita - l8;


12, Problemas
comuns na lmpressao
e soluções práticas
ormalmente quando um problema surge na impressão, ele
não é resultado somente do processo de impressão em si.
Muitas vezes está relacionado aos processos que antecedem
ou servem de apoio à impressão. Vejo a impressão como uma
orquestra em que todos os instrumentos tem que estar afina-
dos e em que é necessário alguém para reger. Assim, nessa analogia, cada ins-
trumento é uma parte do processo que deve ser visto de forma sistêmica, isto
é, como um todo. É também preciso entender que cada impressora, em cada
empresa, é um organismo vivo e único, igual a um ser humano. Quais seriam,
então, esses instrumentos da orquestra da flexografia? São: o anilo4 a fita
dupla-face, a impressora (com suas engrenagens, rolamentos, eixos, secagem,
alinhadores, peculiaridades, desgastes, etc), a tinta, o poúa-clichês (camisas ou
não), o material etc. sim, tudo isso precisa trabalhar junto e o operador deve
ser o grande maestro dessa orquestra.

Cada coisa precisa estar em seu lugar para que tudo funcione perfeitamente'
Além disso, o operador, Como um maestro, precisa ter muitos anos de estudo
e, acima de tudo, prática. Precisa ser cuidadoso, metódico, organizado e eficaz
na resolução de problemas. Os problemas só poderão ser resolvidos se hou-
ver o conhecimento de como f azer as coisas. De qualquer forma, coloco nesse
capítulo algumas dicas de soluções de problemas que normalmente surgem
na flexografia. Os problemas podem ser agrupados em categorias, conforme
suas causas mais prováveis.

Capítulo t2 - Problemes e soluròt's l(Ìl


lt,i

Se a causa raiz for encontrada, a solução fica mais fácil, pois na maioria das
vezes a descoberta da causa raiz leva imediatamente à solução do problema.
Porém, o que vi em dezenas de empresas é que um problema surge e, depois
de muito gasto de tempo, insumos e estresse, o problema é resolvido por
tentativa e erro, que é o metodo preferível de quase todos os operadores e
técnicos (até porque só conhecem esse método). Bem, ouvi uma frase certa vez
que dizia: "se a única ferramenta que você tem é o martelo, todo problema que
surgir você pensa que é prego".

Infelizmente, essa é a realidade do mercado. Não há metodologia na resolução


de problemas e quando esses são resolvidos, não são feitas quaisquer ano-
tações ou registros para quando ele surgir novamente. Quando o problema
voltar (e tenha cerleza, isso ocorrerá na maior parte das vezes porque não há
padronização da melhoria conseguida) ninguém saberá como foi resolvido, e
novamente todos irão para a tentativa e erro. É incrível, mas se você, leitor, é
do ramo, sabe do que estou falando.
Neste capítulo sigo o critério de avaliação do impresso para, a partir daí, dar
as possíveis causas e prováveis soluções. O leitor perceberá que falo muito de
ações preventivas, tanto de manutenção quanto de operação mesmo. Isso se
dá porque quero enfatizar que não basta saber o que fazer para corrigir o pro-
blema no momento em que ele ocorre, mas que também se deve prevenir as
reincidências dos mesmos. A idéia é a de padronizar a melhoria conseguida.

Perceberá também durante a leitura e/ou consulta desse capítulo que todos
os problemas estão em apenas 7 grandes grupos: tinta, substrato (material),
anilox, máquina (rolamentos, roletes, secagem, controles de tensão), mão-de-
obra, clichê e dupla-face.

Esse livro não tem a pretensão de ser a última palavra em flexografia. Longe
disso, pois o objetivo é que ele sirva de início para que cada técnico, operador e
profissional da área tenha um senso crítico e comece (se é que ainda não o fazt
a estudar mais profundamente seu processo. Por isso é que deixo algumas linhas
em cada item para que você complemente com sua experiência do dia-a-dia.

20J - Ir t \o6R trl ì llanual Pratico - Eudes ScarPeta


1- Falhas de impressão
O que é:
Durante a produção ocorre, no impresso, a ausência de tinta em áreas de imagem.

Prováveis Causas:
Pressão de impressão insuficiente.
Pressão de entintagem (anilox) insuficiente.
Falta de tinta ou a tinta está acabando no reservatório.
Fluxo de tinta insuficiente na passagem da mangueira para o encapsulado.
Clichê desgastado.
Excentricidade do eixo.
Falta ou falha de tratamento no material plástico (substrato).
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
E importante criar uma sistemática para evitar o problema. Esse defeito é
difícil de se perceber especialmente se ele aparece e desaparece durante
a produção. Uma forma de prevenir é checar todos os itens como anilox,
clichès, cilindros e camisas.
Outra solução viável é ulilizar sistema de vídeo
inspeção que permite visualizar a impressão.
Equipamentos de detecção de defeitos também
podem ajudar como o Vigite( AVT ou BST.

Verificar tratamento e, caso tenha problemas,


trocar o material ou tratá-lo novamente.
Acrescente aqui sua possível solução:

CapítuIo t2 - Problemas e solutoes lí,);


2 - Yariação de registro

O que é:
As cores variam durante a impressão alterando o visual e fugindo do padrão
de cores e o especificado pelo cliente.

Prováveis Causas:
Excentricidade do porta-clichês.
Desgaste dos rolamentos de porta-clichês e de outras partes móveis da máquina.
Desgaste das engrenagens do sistema de
impressão (porta-clichê, contra-pressão e anilox).
No caso de corrugados, podem ser as guias com folgas ou faltantes.
cilindro prensa (traino) que fica apoiado sobre o tambor central não está
bem fixado e não prende o suficiente o material que está sendo
impresso, ou a borracha desse cilindro já esïá gasta.
Excesso de tensão de puxada da bobina.
Colagem errada. Pode acontecer que a colagem pareça
correta, mas que durante a produção haja variação.
Acrescente aqui sua provável causa:

Çt
ìQ Possíveis soluções:
y' Como normalmente essa variação está ligada a folgas, a idéia é a
q

prevenção. Nada substitui a manutenção preventiva de todos
v) os cilindros, rolamentos, roletes e de todo sistema de impressão.
/ Verifique sempre se a máquina está nas condições padrão
de impressão (tensão de embobinamento, puxadores etc.).
- y' Acrescente aqui sua possível solução:

2O4 - FLEXOGLIFLI: ,ttsnual Prútico - Eudes Scarpeta


3 - Tinta U.V. não cura (seca)
O que é:
A tinta não cura e pode ser facilmente removida pelo contato com próprio
material embobinado ou na própria impressora ou rebobinadeira.

Prováveis Causas:
' Falta ou desbalanceamento do fotoiniciador.
Lâmpada de U.V. com baixa intensidade ou desligada.
Lâmpada suja com poeira ou mesmo tinta.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
y' Trocar a tinta por outra dentro dos padrões estabalecidos pelo fabricante.
/ Checar o funcionamento e a eficiência da lâmpada usando um luxímetro.
/ Manter plano de limpeza periódica do sistema de lâmpadas.
/ Acrescente aqui sua possível solução:

4 - Cor lavada em
relação ao padrão
O que é:
A cor possui aspecto lavado (esbranquiçado) e abaixo do padrão minrmo.

Prováveis causas:
Excesso de diluição da tinta com solvente.
Uso excessivo de verniz de corte na tinta.
Anilox entupido ou gasto.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis Soluções:
/ O controle da viscosidade é fundamental para a manutenção da cor
durante a imoressão.
{ Seo anilox entupir, deve-se lavá-lo ou, enquanto isso, trocá-lo
por outro limpo. Checar sempre o volume do anilox para que
possua condições ideais para carregar o volume correto de tinta.
y' Acrescente aqui sua possível solução:

Capítulo 12 - Problemas e solucoes - 20;


5 - Falha na sobreposição
de tintas (trapping da tinta)
O que é:
Quando mais de uma tinta se sobrepõe a outra, e uma arranca a outra

À cor subseqüente (ponto) arranca a tinta que foi íntpressu antes.

Prováveis causas:
Desbalanceamento da secagem entre as tintas. A regra diz que a primei-
ra cor deve possuir secagem mais rápida que a segunda. A segunda dei.'
possuir secagem mais rápida que a terceira e assim sucessivamente. lsst-t .'-
chama'escalonamento de secagem" e quando a segunda tinta seca mais
rápido que a primeira, ela tende a arrancá-la, pois aquela ainda não sectì1.
Secagem entre cores ineficiente.
Saturação de solvente no ar nas imediações da área de impressão por!..:
a exaustão está ineficiente. Se o ar saturado não é removido, a secagenl
será ineficaz.Talvez alguém fechou a saída da exaustão.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
y' Escalonar a secagem das tintas corretamente.
rz' Se possível, trocar o grupo impressor e colocar cores que se sobrepòer'

,.r
distantes uma da outra. Por exemplo, o problema pode ser entre a quin:.
e sexta cores numa impressora de B cores e o serviço é de 6 ou 7 core.
Tente mudar a segunda cor para o sétimo ou oitavo grupo impressor
deixando um espaço maior para secagem entre eles.
,
a ,z Cheque o sistema de secagem entre cores,
pois muitas vezes esses podem estar fechados.
/ Mantenha o sistema de exaustão entre cores sempre aberto'
/ Acrescente aqui sua possível solução:

206 - H t \oGR lFI l: llanusl Prático - Eudes scarpeta


6 - Variação da cor durante
a impresóão (color shifting)
O que é:
A cor muda de tom e/ou força durante a impressão' Esse defeito pode ocorrer
durante uma produção inteira ou mesmo dentro de uma mesma bobina.
As

vezes pode acontecer de modo sutil e em cores terciárias como os marrons


e

verdes olivas.

Prováveis causas:
Variação da viscosidade durante a produção'
Excesso de solvente na correção da viscosidade por parte do operador.
contaminação de tinta. Talvez o grupo acima da cor contaminada esteja
vazando tinta sobre o anilox no caso de máquinas com tambor central'
Entupimento do anilox.
o desgaste do clichê, especialmente nas áreas de retícula, também pode
maiores,
causar a variação, pois conforme há o desgaste os pontos ficam
aumentando, assim, a área impressa e conseqüentemente mudando a
cor.

Excesso de pressão de impressão ou de entintagem por parte do


operador. Durante a produção pode ser que a dupla-face cedeu e o
operador teve que ref azer aiustes de pressão de impressão e pressão
de entintagem gerando um esmagamento dos pontos, o que
causa uma área impressa maioç alterando a cor'
(cerca de
Variação do registro de cores. A variação pode ser muito pequena
50 micras), porém o suficiente para se perceber a variação da cor
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
y' o uso de viscosímetros eletrônicos reduzem muito avariação, pois fazem
a correção da viscosidade automaticamente'
y' se não for possível o uso de viscosímetros eletrônicos, então deve-se
padronizar a verificação da viscosidade em períodos como, por exemplo,
de 30 em 30 minutos, ou de hora em hora'
/ Verificar se o anilox está entupido e, se estiver, trocá-lo ou limpá-lo'
y' caso o clichê possua um desgaste, trocá-lo. Além disso, se é sabido qual

o desgaste natural do clichê e a produção exceder o limite do clichê,
deixar um jogo de clichês reserva colado, de preferência'
/ o operador deve ficar atento a reacertos, caso seiam necessarios, para que se
entintagem'
mantenha sempre o mesmo padrão de pressão de impressão e
r''No caso dessa variação deve-se certificar que o registro não
varie. Uma opção é utilizar dispositivos na impressora do
tipo folga zero, que são acessórios que evitam quaisquer
folgas nas engrenagens do sistema impressor'
/ Acrescente aqui sua possível solução:

Capítulo t2 Problenrcs e solurirt's l{ì:


7 - Variação do passo da fotocélula
O que é:
Durante a produção se detecta que o passo da fotocélula aumenta e diminu
no espaço de alguns metros ou repetições.

Prováveis causas:
Desregulagem do sistema de tensão da máquina por problemas eletrôni-
cos, mecânicos ou simplesmente má regulagem por parte do operador
Em trabalhos com duas ou mais repetições no perímetro do
cilindro/camisa, se a colagem não for muito bem dividida (e essa
divisão deverá ser exata), conforme há a impressão há
também um acúmulo do erro da diferença de colagem.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
/ conferir a regulagem e verificar se as células de carga e todos os dispositr-
vos que mantêm a tensão na máquina estão funcionando corretamente.
/ Descolar e montar novamente o serviço respeitando a divisão milimetrica-
mente.
y' Acrescente aqui sua possível solução:

I - Decalque
O que é:
Parte da tinta fica presa no verso do material.

Prováveis causas:
O decalque possui em princípio as mesmas causas do bloqueio, isto é,
está relacionado com sistemas de secagem da impressora e velocidade d.
secagem da própria tinta e tensão de desbobinamento e embobinamentr.
Acrescente aqui sua provável causa:

ta)
Ìc
Possíveis soluções:
q / Em equipamentos para a impressão de coextrusados para

q autoclave é comum utilizar amido antes de a bobina
ser embobinada para que não grude.
r' Vep mais dicas e soluções no ítem 10 - Blocagem (blocking).
s y' Acrescente aqui sua possível solução:

2OB - FLEX0GR/1FIA: ,l/lunusl Prútico - Eudes Scarpeta


I - Manchas ou borrões no impresso
O que é:
São pequenas áreas de aspecto diferente do padrão aprovado.

Prováveis causas:
Entupimento da retícula do clichê em determinadas áreas.
Defeito (talvez batida) no anilox.
Sujeira (fiapos, pedaços de fita adesiva) que podem estar grudados no clichê.
Se a mancha mudar de lugar, é provável que há alguma sujeira ou fita no
tambor central ou contra pressão.
Batidas ou algum outro dano no tambor central ou contra pressão de
impressão.
No caso de corrugados, o problema pode estar relacionado à espuma que
normalmente se forma em tintas à base de água.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
".. Limpeza do clichê.
"' Verificação do anilox e troca caso se detecte algum defeito.
-' Verificar e limpar o tambor central ou contra pressão de impressão.
ç' Caso haja algum dano no tambor central ou contra pressão, deve-se
evitar a retífica do mesmo ou o lixamento da área, pois podem causar
deformações na superfície do metal, a não ser que este seja antigo e com
muitas marcas. Em tambores novos pode-se fazer um trabalho de retoque,
quer dizer, tampar os furos ou riscos com algum metal mais macio, ele-
trodeposição ou uma massa plástica bem fina. Tudo isso é um paliativo e
alguns podem dar um excelente resultado, porém tudo deve ser feito com
â
muito cuidado e por pessoal especializado. à
v No caso de espumas, deve-se corrigir o pH da tinta à base de água e/ou 6
adicionar aditivos anti-espumante.
'r Acrescente aqui sua possível solução:

Capítulo 12 - Problemas e soluções - 209


10 - Blocagem (blocking)
O que é:
O filme impresso e bobinado cola no verso do filme tornando inviável o uso da
bobina, pois em graus extremos o filme nem desbobina, formando um bloco.
Pode ocorrer em graus diferentes, com maior ou menor intensidade. O menor
grau é chamado de'decalque" e tem a mesma fonte de causa (ver item B).

Prováveis causas:
Em geral, a blocagem tem como causa raiz a má secagem da
tinta ou verniz, que pode ser da máquina ou da própria tinta.
Temperaturas de secagem (final e entre cores) fora do
especificado ou abaixo do necessário para secar a tinta.
Falta de resfriamento do tambor central. Falta de resfriamento da
calandra de resfriamento na saída da impressora causando
um embobinamento a quente do filme impresso.
Tinta com balanceamento ruim da secagem ou tinta
muito retardada em relação a velocidade da impressora.
Excesso de tensão de embobinamento também pode causar a blocagem.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
Checar todo sistema de secagem: entre-cores, secagem final e calandras
de resfriamento. Verificar temperatura e se estão funcionando ou não.
No caso do entre cores, se o sistema de exaustão
e abertura de ar está correta ou não.
' Fazer balanceamento da secagem da tinta de modo a compatibilizar a
velocidade da impressora com a tinta. Atinta que roda a 1SOm/min não é

a mesma que roda a 250mlmin Maior velocidade, tinta mais acelerada.


Regular a tensão de desbobinamento e embobinamento. Checar
também se as células de carga e controladores de tensão
estão funcionando corretamente.
Acrescente aqui sua possível solução:

v1
lQ

v)

?t

21O - FLEX?GRÀFIA: Msnusl Prático - Eudes Scarpeta


11 - A tinta arranca as fibras do papel
O que é:
Problema que ocorre na impressão de corrugados e auto-adesivos de papel.
Nesse caso a tinta age como uma cola arrancando as fibras do papel.

Prováveis causas:
Tack (pegajosidade) da tinta muito alto.
Soma das tintas nas áreas de máxima está
muito alta (acima de 5000/o no caso de papel)
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
'r A tinta precisa ser diluída com solvente dela ou acertado
o tack com resinas apropriadas de sua formulação.
,/ Baixar a soma do valor tonal para 270010 ou 2800/0.
nz Acrescente aqui sua possível solução:

Capítulo 12 - Problenros e solurões ll I


12 - Moiré no impresso
O que é:
Na sobreposição da retícula aparece o fenômeno do moir..
inclusive na tinta branca.

Prováveis causas:
Ângulo da retícula do clichê menor que 50o que é o recomen.je-:--
Anilox com lineatura menor que 5 vezes a lineatura do cliche.
Quando se utilizam dois brancos chapados com as bordas enr
degradê, pode acontecer que uma tinta arranque a outra exatan:='-
na área de retícula. Quando os pontos saem, deixam um peÇLrent-
furo no lugar do ponto da retícula que contrasta com a outra
retícula do branco e isso causa o visual do moiré
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
/ Conferir e corrigirtodos os ângulos da retícula para que fiquenr SÈi:-:
dos em 30o. A exceção é o amarelo que em relação às outras pode : - ,
em 15o, pois é um corclara (embora o moiré exista, o olho human,.-. "'
capaz de perceber).
/ Evitar lineatura de anilox e lineatura do clichê menor que 4 x l. O ide:
uma proporção de 5 x 1.

/quando o problema é entre dois brancos, por exemplo, deve-se ace[r'


secagem da tinta. A primeira cor deve ser mais secativa que a segunda
y' Acrescente aqui sua possível solução:

212 - FLE.\?GRAFIÌ1: Msnusl Prútico - Eudes Scarpeta


13 - Riscos no impresso
O que é:
Linhas verticais ou horizontais aparecem no impresso. É mais comum linhas
verticais que seguem o sentido longitudinal do material.

Prováveis causas:
, 5e o risco vertical é em apenas uma cor, então pode ser a faca do
sistema doctor blade com dente ou com pequena quebra, ou o
próprio anilox que está riscado. O clichê também pode ter um risco.
. Se o risco vertical está em todas as cores, pode ser que o material,
antes ou depois de impresso, esteja passando por algum rolete fixo
porque travou o rolamento, ou a passagem do mesmo está errada.
Quando o risco for horizontal, a causa pode ser um risco de estilete
ou outro objeio cortante no tambor central ou contra pressão.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
/ Conferir faca, anilox clichês. Não há outro meio a não ser trocar o item
que está defeituoso.
/ Conferir o percurso do material na máquina e descobrir o ponto
onde o risco começa. Se for um rolete travado, deve-se corrigir,
efazer o mesmo no caso de uma passagem errada.
/ No caso de risco no tambor central ou contra pressão será
necessário reparar o dano de forma especial (veja as
dicas no item 9 - Manchas e borrões no impresso).
y' Acrescente aqui sua possível solução:

Capítulo l2 Problemas e solurrlt'r I I -l


14 - Entupimento da retícula
O que é:
Durante a impressão acumulam-se pequenos pontos de tinta nas áreas de retícula

,..,,*

, i. ., '

Prováveis causas:
r' Tinta muito secativa e que não se transfere toda para o material
a ser impresso
r: Excesso de carga do anilox. o anilox está superdimensionado em
relação a capacidade do clichê. Assim, o anirox passa mais tinta do
que o clichê é capaz de transferir. A cada volta um pouco de tinta
se acumula sobre a retícula, até começar a transferir o acúmulo,
que está junto aos pontos de retícula, para o substrato.
o' Esse defeito é comum também quando na
borda de chapados há um
degradê. como normalmente é usado um anilox com muita carga de tinta
para cobrir a área, a retícula, o excesso de tinta sobre azona de chapado
sobre o clichê acaba indo se acumular na retícula do degradê.
x Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
Acertar a secagem da tinta em relação à velocidade de máquina.
No caso de excesso de carga do anilo4
trocá-lo por outro com volume menor.
Quando imprimir chapados com degradês será necessário diminuir
a lineatura da retícula do clichê. Ao mesmo tempo também pensar
em uma tinta com maior poder de cobertura e anilox com menor
q volume. outra idéia é separar em dois clichês (um para o chapado
e outro para a retícula), quando isso for possível e vantajoso.

q Acrescente aqui sua possível solução:


a2l
Ç

214 - FLEXUGR,AFIA: Manual prútico - Eudes Scarpeta


15 - Ganho de ponto excessivo
O que é:
O ponto no impresso está muito maior que o padrào. E importante enten-
der também que o ganho de pontos sempre ocorrerá e deve ser conhecido
e controlado durante todos os processos de produção (confecção do clichê
e impressão). O problema acontece quando o ganho é excessivo, quer dizer,
além do que era conhecido e controlado

,r ,,",i,.'
.*
_ - ",
1.,1r,,,.'.,,,...,.'.u.J

':
-' *tt
'ttt'*'"-''-
O tamanho origínal do ponto é indicado pelo círculo vermelho.
O que passar é ganho de ponto

Prováveis causas:
x Excesso de pressão de impressão.
x Excesso de tinta.
., Desgaste da retícula do clichê.
, Se o ponto estiver ovalizado no sentido longitudinal, a provável causa é
que o diâmetro primitivo da engrenagem está fora. Os dentes da
engrenagem podem estar gastos. Clichê com espessura acima ou abaixo
do normal. Dupla-face com espessura acima ou abaixo do normal.
:; Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
v' Reajustar a pressão de impressão, ver se há excesso de tinta e corrigir.

" Se houver um desgaste da retículado clichê, será necessário trocá-lo.


'l Quando o diâmetro primitivo estiver fora, deve-se corrigir atacando a
causa raiz como engrengem, dupla-face ou mesmo o clichê.

"" Veja o capítulo 3 - Pré impressão de flexografia


sob o tópico ganho de pontos e como corrigi-lo
Acrescente aqui sua possível solução:
'.

Capítulo 12 - Problemas e soluções - 215


16 - Marcas de engrenagem
O que é:
Também conhecidas como costelas em alguns lugares, são marcas t.noilzontats
que deixam zonas claras e escuras na imagem impressa.

Prováveis causas:
Em geral estão associadas ao desgaste do sistema de engrenagens
da máquina: porta-clichês, anilox, tambor central/contra pressão.
Outro fator pode ser folga mecânica no conjunto impressor.
Cilindro porta-clichês desbalanceado ou excêntrico.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
/ Revisar todo o conjunto de engrenagens, rolamentos,
casquilhos e trocar os que estiverem gastos ou defeituosos.

ça)
/ Alusïar folgas mecânicas efazer o balanceamento de cilindros porta-clichês
re /Acrescente aqui sua possível solução:

q

Y)

216 - FLEÚOGRAFI,4: Manusl Prútico - Eudes Scarpeta


17 - Fotog ratia (fantasma)
O que é:
Este defeito de impressão tem a aparência de uma imagem fraca sobre áreas de
traços grossos e chapados. A Fotografia ou fantasma possui sempre a mesma
sombra de cor e é mais comum sua visualização em cores escuras, embora o
efeito possa aparecer em qualquer cor.

Prováveis causas:
As vezes esse defeito é associado a baixo volume de anilox.
Tinta muito secativa.
Ar sobre o anilox.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
/ Mudar anilox para um com maior volume de tinta.
/ Relardar a secagem de tinta.
/ Verificar se não há excesso de ventilação e se a mesma
está sobre o anilox fazendo secar a tinta dentro dos alvéolos'
/ Acrescente aqui sua possível solução:

Capítulo 12 Problemas e solurtles - ll-


18 - Chapado sem
cobertura ou furando
O que é:
Chapados ou áreas de traços grossos não possuem uma uniformidade na
impressão. É como se o chapado possuísse retícula.

Prováveis causas:
O uso de dupla-face macio demais para
chapados pode ocasionar esse defeito.
Anilox com pouco volume.
Superficie do clichê apresenta tendência de repelir a tinta,
especialmente as à base de água. lsso pode acontecer se
não tiver sido dado o acabamento do clichê corretamente.
Viscosidade alta da tinta.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
/' l)sar dupla-face mais rrgido em chapados e traços grossos.
I lrocar anilox por um com maior cobertura.
{ Trocar clichê com acabamento correto.
,/ Oilui. a tinta para facilitar o espalhamento sobre a superfície do clichê.
y' Acrescente aqui sua possível solução:

-2

I ll,:i - . L. :l I I \lonual Prático - Eudes Scarpeta


I
19 - Mudanca de contraste
durante a produção
O que é:
O contraste da imagem impressa, quer dizer, a diferença entre as áreas claras e
escuras, muda, normalmente passando para cores mais escuras.

Imagem normal Contraste alterudo depois de allas tirugens

Prováveis causas:
Variação da força da cor da tinta em decorrência do aumento da viscosidade.
Desgaste natural do clichê em longas tiragens. Os pontos ficam
maiores, aumentando assim a área coberta, especialmente
nas mínimas áreas de retícula, achatando a imagem.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
y' Acerïar e manter a viscosidade ao longo da tiragem.
y' frocar o clichê deficiente.
y' Acrescente aqui sua possível solução:

CapítuIo 12 - Problemas e soluroes 2l q


20 - Pontos da retícula
falham (missing dots)
O que é:
Pequenos pontos na área de retícula não imprimem. Normalmente em ar:i-
claras ou de médios tons na imagem.

Prováveis causas:
.x Desgaste natural do clichê em longas tiragens. O efeito ocorre mais
nas áreas de mínima porque os pontos são mais frágeis nessas áreas.
x" Arrancamento no momento de limpeza do clichê por parte do operador.
Talvez tenha usado uma escova muito agressiva.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
/ Trocar o clichê e f azer levantamento de quanto dura um clichê por produ-
ção. Se for o caso manter clichês reseryas. Se o desgaste do clichê for pre-
maturo, então deve-se avaliar as condições em que foram feitos na clicheria.
/ O operador deve ser muito cuidadoso na limpeza dos clichês. Convém
avaliar o tipo de escova que se está usando. Uma sugestão
é uïilizar escova para cabelo de neném, que é bem macia.
/ Acrescente aqui sua possível solução:

n
ìQ

va
èõ
v)

Lq.)
t-
ts
I

22O - FLExoGRÀFlÀ ,\lunuul Prútico - Eudes Scarpeta

I
21 - A tinta perde (ou muda)
a cor depois de impressa
O que é:
Dias ou até mesmo horas depois da impressão algumas cores mudam ou
esmaecem. O efeito aparece também depois de exposição à luz.

Cor normal Neste exemplo o maqenta perdeu


per a cor

Prováveis causas:
Normalmente esse defeito está associado à falta de resistência à

luz do pigmento utilizado na formulação da tinta. Deve-se,


então, conferir o grau de resistência à luz do pigmento utilizado
Outra provável causa e a utilização de resinas com cadeias
aromáticas como as fumáricas, fenólicas e alquídicas que
tendem a amarelar cores, como, por exemplo, o branco.
Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
/ Trocar o pigmento por outro mais resistente à luz.
/ Trocar a resina por resinas de sistema alifático como as de nitro celulose.
y' Acrescente aqui sua possível solução:

Capítuto 12 - Problemas e soluroes lll


22 - Variação de COF
O que é:
O COF (Coeficiente de Fricção) também chamado de deslizamento
do material
que varia durante a produção. pode ficar alto ou baixo em relação
ao padrão.

Prováveis causas:
''; Desequilíbrio na extrusão do material plástico (polietileno, polipropileno).
r Pode ser também que a tinta esteja roubando o aditivo (deslizante)
do material, deixando-o, assim, com COF mais alto.
v. O contrário também é verdadeiro, ou seja, o
material pode roubar deslizante do material.
,. A própria tinta pode estar desbalanceada
causando um COF maior ou menor.
.: Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
v Caso o problema esteja no material, deve-se refazê-lo corrigindo a falha.
r' Se for a tinta, então deve-se trocá-la por outra com
formulação correta ou corrigir a que está em máquina.
rz' se o materialjá estiver impresso e o problema surgir
horas
depois da impressão, então pode-se tentar aplicar um
verniz ou uma substância que abaixe o COF do material.
r/ Acrescente aqui sua possível solução:

ç
r,-
, 11- _

'-^. ,,;k?
1"{
af

ta)
ÌQ

r^
arl
v)

s Aparelho para medir o COF

222 - FLEXOGRÀF\A: Manusl prático - Eudes scarpeta


23 - lmpressão sem
brilho (fosca) - Blushing
O que é:
O impresso tem aspecto fosco e sem brilho, embora não tenha mudado a cor.

Prováveis causas:
", Se estiver usando verniz na última cor,
pode ser que o mesmo esteja muito diluído.
.; tinta está desbalanceada.
Se não possui verniz, a própria
.. Calandra final de água gelada pode estar desligada. Para que
o brilho ressalte é importante que o material tenha um
choque térmico quando chega quente à calandra.
n Tinta com secagem muito acelerada. Quando o solvente
evapora muito rápido ele rouba calor da superfície da película
de tinta que seca antes de as moléculas se acomodarem,
gerando uma característica esbranquiçada no impresso.
,: Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
o, Verificar viscosidade e condições de diluição do verniz.
* Verificar as condições de todas as tintas ou
daquelas que estão apresentando o problema.
Conferir se as todas as calandras de água gelada estão ligadas ou
se estão funcionando normalmente e corrigir caso não estejam.
Verificar e corrigir secagem da tinta deixando-a mais retardada.
Acrescente aqui sua possível solução:

Capítulo 12 - Problemas e soluções - 223


24 - Gódigo de barras não lê
Oqueé
Depois de impresso o aparelho de teste do código de barras acusa erro. Esse
problema é mais comum na flexografia que em outros processos de impressàc.
devido às características de tinta líquida e secagem rápida, clichê flexível e enr
alto relevo.

til lil til ilt lil


lil illl til
'l eï353'lg3gP
ll illl lil llll til til I lt lil I lll lil
P

Sentido longitudinal que facilito a Sentido paralelo ao eixo do cilindro e


rmpressao e evito problemos de leìtura com sujeìra que pode dificultar a leituro

Prováveis causas
' Excesso de pressão de impressão ou de entintagem.
' Excesso de tinta ou tinta com viscosidade alta que
suja o clichê e, conseqüentemente, a impressão.
" Desgaste prematuro do clichê.
', Amassamento devido ao posicionamento do código de
barras paralelo ao eixo do cilindro, o que aumenta as barras
Baixo contraste da barra em relacão ao fundo.
" Acrescente aqui sua provável causa:

Possíveis soluções:
/ Regular a pressão de impressão e de entintagem.
/ Veríficar viscosidade da tinta.
Çt
/ o clichê estiver desgastado, será necessário trocá-lo.
Se
ÌQ / ouïro recurso importante e que deverá ser visto na eraboração
da artg é colocar o código de barras com as barras no sentido
q
êrt
longitudinal de impressão, como vemos na figura acima.
a / se o problema for contraste entre a barra e o fundo, então deve ser
levado ao cliente e deve-se então mudar as cores para aquelas sugeridas
pelos padrões nacionais e internacionais para os códigos de barras
s y' Acrescente aqui sua possível solução:

224 - FLEXOGR,ilFIIA: Msnual prático - Eudes Scarpeta


Glossário e termos
técnicos em flexog ratia
Acabamento
0 processo em que 0 impresso é coberto por verniz (U.V. ou não) ou laminado com um Íilme transparente de polímeros.
superÍicial
Com pontos de retícula de forma alongada, o ângulo que o eixo principal cria em relação à direção de reÍerência.
Com pontos de retícula de forma redonda ou quadrada, o ângulo menor dado pelo eixo da retícula em relação à
Ângulo da retícula
direção de referência. 0s valores são dados em graus. A direção na qual correm os pontos de meio{om como
resultado do posicionamento da retícula durante a conversão de arte em tom contínuo para Íilme em meio-tom.

Um aditivo utilizado na tinta que impede ou elimina a formação de espuma de um líquido ou dissolve a espuma que
Antiespumante
iá tenha se Íormado.

0 componente adesivo de uma tinta, normalmente presente na fórmula da resina; veículo da tinta. Em papel, com-
Aglutinante ponente adesivo utilizado para aglutinar o enchimento inefie, como argila, à Íolha, ou para aderir firmemente (segu-
ramente) fibras curtas ao papel 0u canão.

Alongamento Deformação longitudinal resultante de tensão por estiramento.

Areas de lmagem A área de impressão que transÍere tinta ao substrato. A área impressa de uma superfície receptora.

Área de balanço Area de controle numa tira de controle, composta de áreas de ponto intermediárias de cyan, magenta e amarelo,
de gris cujas áreas de ponto estão em balanço de gris no filme.

Área de ponto Em um impresso reticulado a percentagem da superÍície, coberta por um filme de tinta de uma cor única (a disper-
(valor tonal) são da luz n0 substrato e outros fenômenos óticos são ionorados).

Uma linha de luz em volta de um objeto cercando uma imagem, produzido por técnica ou por condições adversas
Auréola (halo)
no local da conÍeceão de filmes (Íotolitos). Pode intederir no resultado final de impressã0.

Balanço de 0 balanço entre as cores cyan, magenta e amarelo que se requer para produzir um cinza neutro.
cinza (gris)
Conjunto de imagens para reprodução que podem ser disponibilizadas imediatamente através de compra por catá-
Banco de imagens logos. 0 cliente recebe ou um original físico para ser escaneÍizado 0u um arquivo eletrônico com a imagem em alta
resoluçã0, com restrições estabelecidas de direito autoral para usos específicos.

A parte do clichê que sustenta a imagem em relevo da chapa. A base é calculada subtraindo-se o relevo da espes-
Base da clichê
sura total da chaoa.

A imagem digitalizada que está mapeada dentro de uma rede de pixels. 0 computador atribui um valor para cada
Bitmap ponto de um bit de inÍormação (preto ou branco), a quantidade de 24 bits por ponto para imagens coloridas.
Formato de arquivo gráfico composto por uma matriz de pontos.

Bold Neorito. estilo de letra usado oara destacar textos.

Boneco Montagem que reflete a forma Íinal de um impresso.

Box Area que delimita a inserção de elementos gráÍicos.

Bureau (se
Uma agência de serviços especializada em "dar saída" a trabalhos feitOs em softwares na imagesetter.
lê "Birô")
Bypass Desvio, atalho, passagem secundária.

Calibração Regula um equipamento na medida de um modelo para produzir resultados perfeitos.

Camisas Também chamados de sleeves, são tubos Íeitos com materiais sintéticos diversos onde o clichê é colado. Depois a
porta-clichês camisa ítubo) é encaixada em eixo chamado de mandril na imoressora.

CIE (Commission
lnternationale 0 grupo internacional que desenvolveu os padrões de deÍinição de cores.
de I'Eclairage)
Gilindro Cilindro de uma impressora no qual o clichê é montado. (veja também "camisas pofta-clichês")
porta clichês
Caracteres Letras, numerais e slnais gráÍicos individualizados.

Gartão Folha de papel espessa com mais de 180 g.

CapítuIo l.í - (,lttssari,, ll ''


Gartão duplex Cartão de duas camadas comumente utilizado em caixas.

couPred
3g3,i3l'*' um mecanismo usado em scanners para c.nverter ruz em carga erétrica.

.F Ghapado Area 0e tmpressao que recebe 100%o de tinta ou superfície ampla


de cor.
\Èt
v) uomumenÌe cnamado de azul, cor utilizada na composição da escala
v) Gyan (ciano) cromática CMyK. Necessária para impressão
em quatro cores (quadricromia).
aì Glip Art -Are pr0nra" para uso em djcuÍnent0s, que
vem com programas ou adquirida de bancos de imagens.
GMYK cyan, magenta, amarelo e preto. São as cores básicas usaoas n0 processo
de impressã0.
Corante Substância química totalmente soÚvel em solventes (álcool, acetatos)
com alto poder tintorial.
Golorímetro Instrumento de medição (por transmissão ou reflexão) que informa valores
tristímulos.
Gompressão Redução do campo de uma imagem.

A relaçao (0u dferença) entre as áreas de luzes e sombra de uma imagem.


Gontraste Grau de gradação t'nal entre as áreas
mais claras e as mais escuras.

Gonvertedor que ransïorma a matéria-prima (papel, plásticos


e alumínio) em embalagens impressas ou nã0.
^'nousÏna
Cópia ÍotográÍica cópia obtida em paper fotográfico a partir de um negativo cororido p&b.
ou
cor destituída de tonalidade, c0m0 preto e cinza. Para objetos de transmissão
Cor acromática também se usa a descrieão ausência-
oe cor ou cor neutra.

Cor cromática 0 inverso da cor acromática.


Cor de processo
(impressão de Amarelo, cyan, magenta e preto.
quadricromia)
Cor primária uOres 0e reproouçao individual das tintas amarelo, magenta e
cyan.
HesulÌaoo da mlstura de duas cores primárias: laranja (vermelho
Gor secundária e amarelo), violeta (vermelho e azul) e verde (ama-
relo e azul).

Gor terciária uores 0Dïtoas peta mtstura de duas cores secundárias: larania-verde,
verde_violeta. viotetâ_tzraniâ
Padrão de impressão oÍfset cyan (C), magenta (M), amarelo (Y) preto (K;.
Cores de escala e A combinação destas quatro cromias
reproduz toda a gama de cores.

Cores Írias Azul, verde e violeta.

Gores quentes Amarelo, vermelho e laranja.

0 processo de ajuste de uma imagem para compensar as deÍiciências do


Correção de cor scanner ou dos equipamentos de geraçâo
de Íilmes.

Correção de tom A correçaO dos valores tonais numa imagem, normalmente ajustada pelas
curvas de rons
Marca registrada da Dupont que é uma prova de cores para simuÍação
Cromalin@ do resultado da impressão eÍetuada a partir-
de um jogo de fotolitos ou digitalmente.
Cursiva Tipo de leka que se assemelha à escrita manual.

Decalque Designa transÍerência indesejável de tinta da superfície impressa para


outra Íolha.
DeÍault Método ou valor padrão que um computador deÍine para processar
uma inÍormaçã0.
DeÍinição ReÍere-se ao grau de deÍinição de uma imaqem.

Delaminação Separaçao parcial ou completa das camadas de um laminaoo.

Degradê Gradação obtida em um ou mais tons.

Valor de densidade Oo Arut to


Densidade relativa
base do substrato de impressão não imoresso.

Densitômetro de hellecI0metro que mede a densidade de reÍlexão sob condições geométricas


e espectrais especíÍicas, assim como
reÍlexão descrÍto em lS0 5/4 e b/3.

Densitômetro de
transmissão (ou Instrumento ótico que mede a densidade de transmissão sob condições geométricas
e espectrais especÍÍicas.
transmitância)
Desenho a traço Arre executada com traÇos chapados.

Direct-to-plate
Exposição direta da imagem diretamente na forma de impressão
(Direto-à-forma) sem 0 uso de Íilme intermediário.

226 - FLEXOGRÀFIA: Manual prútico - Eudes Scarpeta


Direct-to-press Eliminação do Íilme intermediário e formas de impressão por transÍerência direta dos dados da imaqem oara cilln-
(Direto-à-
dros de impressão na própria impressora.
impressão)
Dmax (Densidade
0 ponto de máxima densidade em uma imagem ou original.
máxima)
Dmin (Densidade
0 ponto de mínima densidade em uma imagem ou original.
mínima)
Dpi (Dots per inch) Pontos por polegada. Medida de resolução de uma imagem produzidos por impressoras ou monitores.

Drum scanner (scan-


Processo de "escaneamento" de uma imagem, em que os originais são Íixados num cilindro rotativo.
ner cilíndrico)
Dye sublimation Um processo de impressão que usa pequenos elementos "quentes" para evap0rar pigmentos do Íilme impresso,
(Sublimação
depositando estes suavemente no substrato.
da tinta)
Emulsão Camada foto sensível na superfície de um substrato (Íilme).

Entrelinha Em um texto, é a medida do espaço entre uma linha e outra.

EPS (Encapsulated Um Íormato de arquivo usado para transÍerir imagens PostScript de um programa para outro. Um padrão para
PostScript) desenho, imagem ou uma página completa de layout, permitindo classiÍicar-se em outro documento.

Escala de Cores Tabela impressa que contém diversas combinações de tonalidades de cores da escala cromática (CMyK)

Espacejamento Em um texto é o espaço que determina a distância de uma letra à outra

Espaço de Espaço retangular de cores, formado pelas coordenadas de cor L*, a*, b* e se reÍerem às propriedades de luminosr-
cores CIELAB dade, tom e saturacão da cor.

Todas as variações de qualquer tipologia. Por exemplo: Arial, Arial Condensed e Arial Bold peftencem todas a uma
Família de Íontes
mesma família de fontes.

Fio Elemento graÍico (linha Íina) utilizada nas bordas de Íotos, páginas, box etc.

Filme de Filme de separação de cores com pontos de retícula, que permite uma reprodução confiável para duplicação de
ponto duro Íilmes e matrizes de imoressã0.

Material transparente coberto com uma substância foto-sensível e que, diferentemente de outros Íilmes possui o
Filme mate (Íosco)
lado da camada uma certa "porosidade" para facilitar a saída do ar de entre o Íilme e o fotooolímero.

Fonte Conjunto completo de todos os caracteres, incluindo tipologia, peso e tamanho.

Formato Expressa a dimensão de um documento ou impresso.

Termo que indica as dimensões de uma folha de papel expressas em centímetros ou polegadas. pelo padrão DIN

Formato de papel i
(Deutsche Industrie-Normem) o formato base A0 é uma Íolha retangular de papel com uma área de m, (84.l X
1 1 89 mm). 0s Íormatos derivados (A1, A2 etc) são decorrentes da dobra do papel A0. No Brasil, adotaram-se os Íor-

matosM(ou2A)-76X112cm,BB(ou28)-66X96cmeAM-STXll4cm,comseusformatosderivados.
Formato refilado Formato final de um impresso aoós o refile.

Gamut ReÍere-se ao maior intervalo de cores possível de reproduzir em um determinado sístema 0e c6res.

Ganho de ponto
(aumento do A diferença entre a percentagem da área de ponto no impresso e no filme de separação de cores.
valor tonal)
Ganho de ponto
EÍeito de impressão em que 0s pontos de impressão aumentam de tamanho causando cores 0u rons mats escuros.
(Dot Gain)
Gerenciamento
Processo de compatibilização de cores em cada uma das etapas do processo de reproduçã0,
de cores
GIF (Graphics
Formato gráfico largamente utilizado na Web porque cria imagens de tamanho relativamente pequeno.
Interchange Format)
Gramatura Gramagem, é o peso de qualquer papel expresso em gramas em uma área de 1 m2.

Granulação Efeito, as vezes indesejável, oconido quando se amplia exageradamente uma imagem.

Gravadora de Íilme Aparelho de gravação de Íilmes. No Brasil é mais comumente chamado de "lmagesetter", 0 aparelho grava dados
(lmagesetters) digitais (imagens e textos) em Íilme por meio de um ou múltiplos raios de luz intermitenres.

llustração Termo geral para qualquer tipo de desenho manual 0u eletrônico.

lmagesetter Equipamento que gera filmes (Íotolitos, papéis ou chapas) a partir de arquivos eletrônicos.

lmpressão chapada lmpressão em que 100% da área considerada é coberta por tinta. Também chamada de área solida
lS0 (lnternational
0rganization for Órgão Internacional para normalizaçã0. 0 TC 130 (comitê técnico) é o que
estuda normas para a área gÍáfica.
Standardization)

.F Interpolação
Em uma imagem é a manipulação do contexto, isto é, o aumento de uma resolução
de rmagem p6r meig do
.È as nos pontos próximos.
q JPEG (Joint
v)
Photographic Formato que permite alta taxa de compressã0, porém mantendo a integridade
do arquivo.
aì Experts Group)
Kerning Ajuste estético do espaço entre letras.

Layout Print que simula o trabalho Íinal para aprovação do cliente.

largura da retícuta 0 inverso de lineatura da retícula. A unidade é o centímetro (cm).


Legível Ver "orientação O, irugur"-
Medida linear que indica o número de linhas de pontos por centímetro ou polegadas.
Lineatura Expressa em LpC (Lines peì
Centimeter) ou LPI (Lines Per Inch).

Lineatura da
A Íreqüência espacial da distribuição dos pontos de retícula ao longo do seu
retícula (Íreqüência eixo. A unidade é o centímetro recípro-
da retícula) co, (cmr).

Lpi e Lpcm Linhas por polegada ou Linhas por centímetro. unidade de medida para retículas.

Mandril um eixo sobre o qual são montados ou flxados os cilindros ou outros dispositivos.

Intederência padrão repetitiva causada por sobreposição simétrica dos pontos


ou linhas da retícula tendo diÍerenÌel
intensidades ou ângulos. Interferências típicas podem ser observadas entre
Moiré (Lê-se moarê) dois Íilmes reticulados, ou enke um
filme reticulado e um elemento estruturado do sistema de impressã0, por exemplo:
rolos anilox, cilindros de roto-
gravura, tela serigráÍica.

Monocromia cor única. uma imagem 0u am'stra em preto e branco ou de outra cor quarquer.
llegativo lmagem Íotográfica disp0sta em meio transparente. Valores de luzes e sombras
exoressos rnversamenÌc
llegrito Bold, letras com traços mais grossos para destaque de textos.

Orientação da
0rientação de um filme de separação de cores relativa ao lado da emulsão vista pelo
emulsão do filme observador.

0s conteúdos das imagens são referidos como legíveis (ao contrário de ilegíveis),
*r o tr"to aparecer c0m0 se pre-'
0rientação tende que seja lido e se as imagens estiverem na orientação como se pretende que
sejam vistas pelo usuário Íinal.
da imagem Deve-se especificar a orientação da emulsão para cima ou para baixo, quando
houver reÍerência à orientacão da
imagem no Íilme.

laoela 0e c0res padrOnizada que associa cada cor a um código especíÍico. A letra
C signiÍica Coated, isto é a apli-
Pantone cação da cor sobre papéis com cobertura como o couché; e U representa essa
mesma cor sobre papéis Uncoated
sem cobeftura especial.
Passo da Íotocélula medida entre uma Íotocélula e outra usada na máquina de envase para cortar
cada embalagem.
PDF (Portable Um Íormato de arquivo desenvolvido pela Adobe que facilita a conversão de
documentos gráÍicos pesados lrequer o-
Document Format) softwareAcrobat) em arquivos leves para serem lidos com a aiuda doAcrohat Rcader íntrrn-in rlpnrrn rtn ciio rto Àrin
Denomina um elemento de imagem. É a menor área (retangular) que conÍigura
Pixel uma imagem. Vem das palavras
Picture Element, às vezes é abreviado pEL.

pH 0 grau deacidezou alcalinldade medidoem umaescala(de0a 7éácido; de7 a14éalcalinoe


7 é neutro).
Polaridade do E positiva, se as áreas transparentes e sólidas corresponderem às áreas não
impressas e rmpressas, respectiva-
Íilme (positivo mente' É negativa, se as áreas transparentes e sólidas conesponderem às áreas impressas
e não impressas. res-
ou negativo) pectivamente.

Positivo Reprodução que conesponde exatamente ao original. 0posto ao negativo cujos valores
de tom são invertidos.
PostScript e Formatosdefonte.AmbasusamÍunçõesmatemáticas'ó
True Type que calculam 0 bitmap correto para representar esse Íormato n0
monitor 0u impressora usada.
NoBrasi|convencionou-seachamaraetapadepré-impressãocom0nome,'ingtc,m
Prepress a etapa Íinal da produção de originais (ar1es Íinais) e a impressã0, podendo
abranger scanner, Í'tolitos, pr.vas de
cor e cnaoas.

mpressão gerada por uma máquina impressora (de produção ou de prova), cuja
Prova de impressora Íinalidade é demonstrar o resul-
lado d0 processo de separação de cores, de tal Íorma que simule aproximadamente
(ou de máquina): 0s resultados na máquina de
mpressão de produçã0.

228 - FLEXOGRAFIA: Msnusl prótico - Eudes Scarpeta


lmpressão gerada por um método distinto da impressã0, cuja Íinalidade é demonstrar o resultado do processo de
Prova fora de separação de cores, de tal Íorma que simule aproximadamente os resultados na máquina de impressão de pro-
impressora (ou
duçã0. Também conhecida c0m0 prova artiÍicial ou de pré-impressã0. Em geral para flexograÍia não serve como
de máquina):
padrão de cores.

Resolução A medida de quão detalhada é uma imagem.

Sistema de pontos que viabiliza a impressã0. A grosso modo, transÍorma as imagens de tom contínuo de um origi-
Retícula
nal em imagem em meio tom, reproduzindo também as imagens a traç0.

Cores aditivas ou luzes. Reprodução das cores no monitor.A partir do Red, Green e Blue (vermelho, verde e azul,
RGB
respectivamente) é composta toda a gama de cores.

RIP (Raster lmage Programa ou equipamento utilizado para converter arquivos eletrônicos de imagens em uma seqüência de pontos
Processor) para Íormação da retícula.

0 padrão criado quando há a sobreposição da impressão das cores tradicionais formando assim um desenho circu-
Roseta
lar de pontos que lembram uma rosa.

Rough (lê-se RaÍe) Esboço Íeito para dar idéia de como será o impresso.

Saída ïermo que designa gerar um Íotolito em uma imagesetter, por exemplo.
Area do impresso que será posteriormente coftada pela guilhotina. Quando não se deseja nenhum tipo de margem
Sangria
ou área em branco.

Equipamento para digitalizar um original, capturando as nuances que compõem a imagem através de sensores de
Seanner
luz, traduzindo os padrões claros e escuros em sinais digitais.

Separação A divisão de uma imagem das cores para impressã0. Cada cor é representado num Íilme e linhas de pontos (retícu-
de cores la) em ângulos especíÍicos.

Serifa Refere-se aos pequenos filetes nas extremidades das hastes de algumas fontes.

A somatória da porcentagem máxima das cromias. Assim, uma imagem impressa em quatro cores (amarelo,
Soma do
magenta, cyan e preto) pode chegar no máximo a 400o/o. No entanto os valores devem ser dimensionados 0ara
Ualor Tonal
cada tipo de serviç0, sistema de impressão e principalmente do substrato a ser impresso.

Sombras As áreas mais escuras da imagem quer ela seja em preto e branco quer seja a cores.

Squash Nome que se dá ao resultado do esborrachamento d0 ponto do clichê depois de impresso.

Substrato de 0 material derivados da celulose, metálicos, plásticos ou outros, contendo a imagem impressa. 0 substrato é Íorne-
impressão cido em Íolhas ou em bobinas.

System Pallete A coleção de 256 cores de usada pelos computadores em monitores de 8 bit.

Template Arquivo que possui atributos pré-deÍinidos.

Texto justiÍicado
Textos alinhados em ambos os lados da diaoramcã0.
ou blocado
TIFF (Tagged lmage Um formato de arquivo usado para representar preto e branco, escala de cinza ou imagens coloridas em bitmap,
File Format) particularmente aquela produzidas em scanner.

Ananjo unidimensional de áreas de controle composta de elementos gráÍicos para controles visuais e dimensionais
Tira de controle
da imoressã0.

Traço Arte composta de pretos e brancos sem nuance de tonalidades.

Transparência A propriedade de um Íilme de tinta de transmitir e absorver luz sem dispersã0.

Trapping Recurso utilizado para sobreposição entre áreas de cor para compensar problemas de registro de impressão

Tripping Emenda para corrigir pequenas inconeções em um Íotolito.

Uazado Texto ou traço aplicado sobre Íundo a cores, deixando à mostra o branco do papel ou a cor de base.

Valor tonal Ver "área de ponto"

Capítulo li - (ìlrrsson, l:u

Você também pode gostar