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Sobre a Autora

Maria Lucia Cardoso de Souza

Engenheira Química
Bacharel em Direito
Mestre em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB)
Especialista em Meio Ambiente pela Universidade de Kitakyushu (Japão)
Especialista em Gestão Responsável para a Sustentabilidade pela Fundação Dom Cabral (FDC)
Dirigiu o Centro de Recursos Ambientais – CRA (gestão 2003 a 2006)
Conselheira da Comissão de Meio Ambiente da FIEB
Conselheira da Fundação Dois de Julho
Membro Técnico da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados
Conferencista na Área de Legislação Ambiental
Consultora Ambiental

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 2


ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO
Normas e Procedimentos

Guia para Empreendedores, Consultores e Técnicos que Atuam na Área Ambiental

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei n° 5.988/73.


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prévia da autora, sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos,
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Maria Lucia Cardoso de Souza

Ficha Catalográfica

S729 Souza, Maria Lucia Cardoso de.


Entendendo o licenciamento ambiental passo a passo: normas e
procedimentos / Maria Lucia Cardoso de Souza. - Salvador, 2009.
85 p. : il..

ISBN:

1. Legislação Ambiental 2. Licenciamento Ambiental 3. Direito ambiental

CDU 349.6

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SUMÁRIO

Introdução 06
Breve Retrospectiva do Modelo Institucional Legal da Gestão Ambiental na 07
Bahia
Licenciamento Ambiental 16
A Quem Compete o Licenciamento Ambiental? 17
Competência Federal 17
Competência Estadual 18
Competência Municipal 19
Atividades Sujeitas ao Sistema de Licenciamento Ambiental 20
O Sistema de Licenciamento Ambiental da Bahia 21
Do Automonitoramento 22
Do Termo de Compromisso de Responsabilidade Ambiental 23
Autorização Ambiental 24
Autorização para Transporte de Resíduos Perigosos – ATRP 25
Anuência do Órgão Gestor de Unidade de Conservação 26
Manifestação Prévia 26
Prazos de Análise pelo IMA 26
Prazo de Validade das Licenças, Autorizações e Anuências Prévias 27
Prorrogação de Prazo de Validade 29
Revisão de Condicionantes 29
Alteração de Razão Social 29
Transferência de Licença 30
Classificação das Atividades Segundo o Porte 31
Da Remuneração pela Análise 61
Procedimento do Licenciamento Ambiental Passo a Passo 62
Etapa I - Requerimento da Licença 64
Documentação Básica 64
Da Publicidade do Pedido de Licença Ambiental 67
Roteiro de Caracterização do Empreendimento – RCE 67

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Estudos Ambientais / Responsabilidade 67
Formalização do Processo 68
Etapa II - Análise Técnica e Jurídica 68
Etapa III - Deliberação pelo IMA ou pelo CEPRAM 69
Etapa IV - Publicação da Licença 70
Etapa V - Emissão da Licença 70
Do Cancelamento das Licenças 70
Avaliação de Impacto Ambiental 71
Elaboração do Termo de Referência e Oficinas Preparatórias 72
Conteúdo do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) 73
Conteúdo do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 74
Apresentação do EIA/RIMA 74
Divulgação do EIA/RIMA 76
Audiência Pública 76
Remuneração pela Análise do EIA/RIMA 77
Autocontrole Ambiental 77
Comissão Técnica de Garantia Ambiental (CTGA) 77
Auto-Avaliação Para o Licenciamento Ambiental (ALA) 78
Política Ambiental 80
Balanço Ambiental 81
Da Dispensa da CTGA, Política Ambiental e Balanço Ambiental 82
O Licenciamento Ambiental e as Penalidades Aplicáveis 82
A Lei de Crimes Ambientais 83

Referências 85

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INTRODUÇÃO

As questões ambientais globais, percebidas intensamente no início do século XXI reforçam a


necessidade cada vez mais premente de se reunir esforços para conciliar o desenvolvimento
socioeconômico com a proteção dos recursos naturais, visando garantir a manutenção da qualidade
de vida, a integridade ecológica e a eqüidade social, pressupostos interdependentes para a
sustentabilidade.

Nesse sentido, a participação de toda coletividade desponta como sendo vital, para o fortalecimento
no trato das questões ambientais, cujos efeitos afetam diretamente a qualidade de vida e dos recursos
naturais existentes.

Esta publicação tem como propósito colaborar com os diversos segmentos da sociedade,
apresentando de forma sistemática os procedimentos referentes ao licenciamento ambiental das
atividades e empreendimentos com potencial de impacto no ambiente, considerando os novos
preceitos legais vigentes no Estado da Bahia. Destina-se aos empreendedores, técnicos e
consultores, especialmente àqueles que processam informações necessárias para o requerimento da
licença ambiental junto aos órgãos ambientais competentes.

O Anexo contém a transcrição da Política Estadual de Meio Ambiente, Florestas e Biodiversidade,


sancionada em 20 de dezembro de 2006, sob o n° 10.431, e do seu Regulamento, aprovado pelo
Decreto Estadual N° 11.235, de 10 de outubro de 2008.

Juntos somaremos esforços em busca da sustentabilidade para a construção de um mundo melhor!

A Autora.

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BREVE RETROSPECTIVA DO MODELO INSTITUCIONAL LEGAL
DA GESTÃO AMBIENTAL NA BAHIA

A Legislação Ambiental do Estado da Bahia teve início na década de 70 e se constituiu em um grande avanço
na área ambiental, quando através da Lei nº 3.163 criou em outubro de 1973, o Conselho Estadual de
Proteção Ambiental (CEPRAM), pioneiro no Brasil, na estrutura da Secretaria do Planejamento, Ciência e
Tecnologia (SEPLANTEC).

Analisando este dispositivo legal e sua regulamentação através do Decreto Estadual nº 24.350 (BAHIA, 1974),
vê-se que esta lei instituiu não apenas o Conselho Estadual, mas formulou a política estadual de controle da
poluição, designando o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CEPED), órgão estadual vinculado à
Secretaria do Planejamento, Ciência e Tecnologia, como órgão executor central da política de controle da
poluição, garantindo as autoridades fiscalizadoras o livre acesso a qualquer dia e hora às instalações capazes de
poluir o meio ambiente, prevendo as penalidades aplicáveis aos infratores (advertência, multa e interdição) e
criando um Fundo especial exclusivamente destinado a financiar estudos relativos à proteção do meio
ambiente.

A criação do CEPRAM foi impulsionada pela implantação do Pólo Petroquímico, no município de Camaçari,
que teve as primeiras unidades industriais instaladas a partir de 1974. Há de se considerar que o Brasil e os
demais países encontravam-se sobre os efeitos da I Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente, realizada em Estocolmo no ano de 1972, o que seguramente repercutiu também no Estado da
Bahia.

Desde 1973, portanto há quase quatro décadas o CEPRAM - órgão consultivo, normativo, deliberativo e
recursal do Sistema Estadual de Administração dos Recursos Ambientais vem sendo um dos mais atuantes no
Brasil com um desempenho, que lhe assegura um destaque especial entre seus pares.

Importante salientar que a referida Lei nº 3.163/73 sinalizou àquela época a participação dos municípios ao se
referir que: em casos específicos e quando se fizer necessário, serão ouvidos, pelo Conselho, os representantes
de entidades municipais, que atuem no setor de combate à poluição.

No período de 1973 a 1979, o CEPRAM com base nos Pareceres Técnicos do CEPED (órgão executor),
emanados do Programa de Proteção Ambiental, deliberava sobre a avaliação ambiental dos primeiros projetos
implantados no Pólo de Camaçari, que hoje somam mais de 50 empresas químicas e petroquímicas.

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LEI ESTADUAL N° 3858/80

Posteriormente, já na década de 80, foi promulgada a Lei nº 3.858/80, instituindo o Sistema Estadual de
Administração dos Recursos Ambientais (SEARA), criando mecanismos para a implementação da Política
Ambiental do Estado. O SEARA, com a finalidade de promover "[...] a conservação, defesa e melhoria do
ambiente, em benefício da qualidade de vida [...]" acolheu como órgão superior o então Conselho Estadual de
Proteção Ambiental (CEPRAM).

Como órgão executor do SEARA, por meio da Lei Delegada nº 31 foi criado em 1983 o Centro de Recursos
Ambientais - CRA, tendo o seu primeiro Regimento aprovado pelo Decreto Estadual nº 29.685.

O SEARA, tendo como órgão superior (CEPRAM), órgão executor (CRA) e os órgãos setoriais (demais
órgãos do poder público estadual), assim como os instrumentos de controle criados para a gestão e proteção
do meio ambiente tiveram um importante papel no desenvolvimento e fortalecimento ambiental do Estado,
tendo sido, inclusive, pioneiro na implantação de alguns instrumentos de autocontrole ambiental, a exemplo
da Comissão Técnica de Garantia Ambiental (CTGA) e da Auto-avaliação para o Licenciamento Ambiental
(ALA).

Em 1989 a Constituição Estadual dispôs sobre a instituição de um sistema de administração de qualidade


ambiental, proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso adequado dos recursos naturais para
organizar, coordenar e integrar as ações da administração pública e da iniciativa privada, assegurada a
participação da coletividade.

Como órgão superior, a Constituição baiana acolheu o já existente CEPRAM passando a denominá-lo de
Conselho Estadual de Meio Ambiente, (e não mais Conselho Estadual de Proteção Ambiental) e fixou a
representação tripartite e paritária do poder público, das entidades ambientalistas e demais representações da
sociedade civil. O novo CEPRAM composto de 15 (quinze) membros Conselheiros foi disciplinado por meio
da Lei nº 6.529/93 como um órgão colegiado, normativo e deliberativo.

A representação ampliada dos movimentos ambientalistas e de outros segmentos da sociedade civil foi,
certamente, um grande avanço no sentido de propiciar uma maior legitimidade às decisões e de ampliar o
debate das questões ambientais do Estado, trazendo-as para um foro institucional com poder de decisão.

O SEARA contou também com um conjunto de órgãos setoriais, entendidos como os órgãos centralizados e
entidades descentralizadas da administração estadual, cujas atividades estejam, total ou parcialmente,

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associadas às de conservação, defesa e melhoria do ambiente. Objetivando realizar a articulação com os órgãos
superior e executor do SEARA, foram criados nos órgãos setoriais das diversas Secretarias de Estado, os
Núcleos Ambientais, articulados permanentemente ao CRA com a finalidade de acompanhar a execução do
programa ambiental na parte relativa à sua respectiva área de competência.

Estes núcleos ambientais foram consolidados através das Comissões Técnicas de Garantia Ambiental –
CTGA, existentes nas diversas estruturas de governo, que tem por objetivo coordenar, executar, acompanhar,
avaliar e pronunciar-se sobre os planos, programas e projetos desenvolvidos no âmbito de sua competência.

A Lei nº 3.858 tratou de disciplinar a política estadual de meio ambiente, representou um marco no panorama
nacional, uma vez que foi editada antes da política nacional de meio ambiente, que só surgiu um ano depois. A
referida lei inovou ao disciplinar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), entre outros mecanismos de
controle, tendo vigorado por muitos anos.

LEI ESTADUAL N° 7.799/2001

Em 2001 a Lei n° 3.858/80 foi revogada, após 20 anos da sua edição, tendo sido revista e atualizada,
buscando maior eficácia e agilidade, com uma abordagem mais próxima de conceitos modernos de gestão dos
recursos ambientais. Resultou na promulgação da 2ª. lei ambiental do Estado, Lei nº 7.799 em 07 fevereiro de
2001, tendo sido regulamentada através do Decreto Estadual nº 7.967, em junho desse mesmo ano.

A Lei n° 7.799 disciplinou o Sistema Estadual de Administração dos Recursos Ambientais (SEARA), que foi
reorganizado com o propósito de redefinir claramente as competências dos vários órgãos que o compõem,
incorporar os novos atores, a exemplo dos municípios e dos órgãos colaboradores (organizações não
governamentais) e dar mais eficiência e articulação entre os órgãos setoriais e locais.

Sobre seu conteúdo deve ser dito, já de início, que essa lei trouxe disposições inovadoras, fruto da experiência
adquirida ao longo de 20 anos de atuação, decorridos desde a promulgação da Lei n° 3.858, que fora revogada,
e das mudanças, tanto da legislação ambiental federal, como das disposições constitucionais relativas à
distribuição de competências entre a União, os Estados e os Municípios.

No Sistema Estadual, foi redefinido o papel dos diversos órgãos, objetivando sua melhor articulação na
execução da Política Estadual de Administração de Recursos Ambientais, conferindo-lhes tratamento e
atribuições diferenciados e definindo-os como:

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Órgãos Executores Centrais: órgãos dotados de poder de polícia administrativas e responsáveis pela aplicação
e fiscalização da legislação ambiental do Estado. Enquadrava-se nessa categoria, o Centro de Recursos
Ambientais - CRA, a Diretoria de Desenvolvimento Florestal - DDF e a Superintendência de Recursos
Hídricos - SRH. Dentre estes, o CRA teve um papel especial, exercendo ainda as atribuições previstas na
Constituição do Estado, de Órgão Coordenador do Sistema e de Secretaria Executiva do CEPRAM.

Órgãos Executores Setoriais: referia-se aos órgãos centralizados e entidades descentralizadas da administração
estadual, responsável pelo planejamento, aprovação, execução, coordenação ou implementação de políticas,
planos, programas e projetos total ou parcialmente associados ao uso dos recursos naturais.

Nessa época foram expressamente incluídos no SEARA, os Órgãos Executores Locais, que são os órgãos do
Poder Público Municipal responsáveis pelo controle e fiscalização das atividades efetiva ou potencialmente
causadoras de impacto ambiental, dentro de seu âmbito de competência e jurisdição.

O papel das Prefeituras Municipais, no que se refere à defesa, conservação e melhoria do meio ambiente,
mudou sensivelmente, em decorrência das atribuições a elas conferidas na Constituição Federal/88 e na
Constituição Estadual/89, sendo percebido que as municipalidades vêm, a cada dia, se estruturando para o
exercício dessa atividade e ocupando um espaço antes preenchido quase que exclusivamente pelo Estado.

À esfera municipal, através dos órgãos da administração direta e indireta que constituem esse nível de poder,
quer seja de forma isolada ou em conjunto, cumpre importante papel junto ao SEARA, em especial em face
da competência suplementar dos municípios de legislar sobre o uso do solo, conservação de floresta, fauna e
flora, proteger o meio ambiente e combater a poluição, conferida pela Constituição Federal/88.

Reforçada no âmbito estadual através da Lei nº 7.799/01 e de seu Regulamento, aprovado pelo Decreto nº
7.967/01, a participação dos municípios na descentralização das ações de fiscalização e licenciamento
ambiental para os empreendimentos e atividades causadores de impacto local, passou a configurar na lei
ambiental do Estado, assegurada a participação desde que atendidas às seguintes condições básicas:

I – existência de política municipal de meio ambiente prevista em lei orgânica ou legislação específica,
devidamente regulamentada;

II - Conselho Municipal de Meio Ambiente, devidamente empossado e regimentado;

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III - órgão ou instância técnico-administrativa na estrutura do Poder Executivo Municipal, com atribuições
específicas na área de meio ambiente, dotado de corpo técnico multidisciplinar, com experiência na área
ambiental.

Finalmente, foram incluídas no SEARA, na qualidade de Órgãos Colaboradores, as Organizações da


Sociedade Civil de Interesse Público (OSIP), definidas em legislação específica, bem como as demais
organizações da sociedade civil que desenvolvam ou possam desenvolver ações na área ambiental.

O papel do CEPRAM, Órgão Superior do Sistema, também foi reorientado, centrando sua competência na
formulação, acompanhamento e revisão da política ambiental do Estado e de seus instrumentos e no
estabelecimento de diretrizes, normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade
do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais. Esta atribuição, bastante ampla,
confere ao colegiado competência para disciplinar o licenciamento ambiental e os estudos ambientais
necessários a informar e instruir esse licenciamento, nestes incluído o Estudo de Impacto Ambiental.
Também aí se inclui sua competência para estabelecer normas e padrões de qualidade ambiental, padrões de
emissão e outras normas necessárias ao controle e à manutenção da qualidade ambiental. Cabe-lhe ainda
disciplinar o autocontrole ambiental e os espaços territoriais especialmente protegidos.

Com esta nova orientação, reforça-se a atuação do CEPRAM, valorizada pelas novas atribuições relativas à
discussão de temas relevantes para o desenvolvimento sustentável do Estado, liberando-o da prática de atos
técnico-administrativos rotineiros, que passaram para o Centro de Recursos Ambientais - CRA, como é o caso
das licenças de implantação, de operação e de alteração, anteriormente sob sua responsabilidade.

Ressalta-se ainda que compete ao CEPRAM expedir as licenças de localização, bem como expedir as licenças
de implantação ou de operação, quando se tratar da primeira licença solicitada por fonte degradante
irregularmente instalada ou não sujeita ao licenciamento ambiental pela legislação.

Pretendeu-se, com isto, além de livrar o CEPRAM dos atos rotineiros de licenciamento, dar mais agilidade e
rapidez aos processos, mantendo, contudo, o controle do Conselho, no exercício de sua competência para
avocar os respectivos processos, quando entender necessário. A lei facultou, também, ao CRA, encaminhar
processos de sua competência para deliberação do CEPRAM, sempre que as características do caso assim o
recomendarem.

Coube-lhe ainda impor as penalidades às infrações mais graves, como interdição e embargo definitivos,
demolição e destruição ou inutilização de produtos, enquanto a interdição e o embargo temporários e

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apreensão de equipamentos, penalidades que normalmente requerem urgência em sua imposição, bem como
as penalidades de multa, simples ou diária, são atribuídas ao CRA. Mantém, o CEPRAM, sua competência
recursal no que se refere tanto ao licenciamento como às penalidades impostas pelo CRA.

Sem sombra de dúvida, a edição da Lei n° 7.799 e o seu regulamento, no início do novo século, foram
responsáveis na Bahia pelo grande movimento e despertar dos municípios para a gestão ambiental local, tendo
sido pauta de discussões, reuniões, seminários, entre tantos outros eventos produzidos pelos órgãos
responsáveis.

CRIAÇÃO DA SEMARH (ATUAL SEMA)

Em 20 de dezembro de 2002, através Lei Estadual nº 8.538 foi criada a Secretaria de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (SEMARH), tendo por finalidade formular e executar a política estadual de ordenamento
ambiental, de desenvolvimento florestal e de recursos hídricos.

A SEMARH, que teve o seu regimento aprovado pelo Decreto Estadual n° 8.419/03, certamente se constitui
em um novo marco para a gestão ambiental no Estado da Bahia, reunindo na mesma Secretaria os órgãos
executores do SEARA, responsáveis pela agenda marrom (CRA), agenda verde (Superintendência de
Desenvolvimento Florestal e Unidades de Conservação) e a agenda azul (Superintendência de Recursos
Hídricos), cujas agendas, anteriormente, estavam vinculadas a três diferentes Secretarias: Planejamento,
Ciência e Tecnologia; Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária e Infra-estrutura.

LEI ESTADUAL N° 10.431/2006

Após três anos de criação da SEMARH e pleno exercício da competência a ela atribuída, foi realizado pela
mesma, reconhecido esforço visando integrar em um único diploma legal, a política estadual de meio
ambiente, a política florestal e de biodiversidade e a política de recursos hídricos, reguladas até então por meio
de três diferentes diplomas legais, Lei n°7799/01, Lei n°6.569/94 e Lei n°6.855/95, respectivamente.

Fruto do exercício conjunto para a junção dessas agendas, sob a coordenação da SEMARH, foi elaborado a
nova Política de Meio Ambiente, Florestas e Biodiversidade, sancionada em 20 de dezembro de 2006,
sob o n° 10.431, reunindo em um só diploma legal a área florestal e ambiental.

A Política Estadual de Recursos Hídricos foi aprovada em separado pela Lei n° 10.432, na mesma data.

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DECRETO ESTADUAL N° 11.235/2008

A Lei n° 10.431 foi regulamentada em outubro de 2008 pelo Decreto Estadual n° 11.235, o qual tratou
também em regulamentar a Lei nº 11.050, de 06 de junho de 2008, que alterou a denominação, a finalidade, a
estrutura organizacional e de cargos em comissão da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(SEMARH) e das entidades da Administração Indireta a ela vinculadas.

A Lei nº 11.050, de 06 de junho de 2008 alterou a denominação dos órgãos ambientais estaduais, passando a
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) a ser denominado de Secretaria do Meio
Ambiente (SEMA), o Centro de Recursos Ambientais (CRA) de Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a
Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) de Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ).

O então Sistema Estadual de Administração dos Recursos Ambientais (SEARA) passou a denominar-se
Sistema Estadual do Meio Ambiente (SISEMA), no teor do Regulamento, aprovado pelo Decreto Estadual
n°11.235/08.

O Conselho Estadual de Meio Ambiente (CEPRAM) manteve a sua denominação e teve ampliada a sua
composição, passando de quinze conselheiros membros para vinte e um, assim designados:

I - 7 (sete) representantes do Poder Público estadual


- Secretarias Estaduais (SEMA, SEPLAN, SEDUR, SICM, SEAGRI, SEINFRA, SETUR)

II - 7 (sete) representantes da Sociedade Civil


- Entidades Ambientalistas
- Categorias Profissionais e Conselhos de Classe
- Populações Tradicionais

III - 7 (sete) representantes do Setor Produtivo


- Entidades Empresariais de diferentes setores
- Entidades de Trabalhadores de diferentes setores
- Cooperativas de Pequenos ou Médios Produtores rurais e/ou urbanos

O CEPRAM possui quatro Câmaras Técnicas:


- Gestão Ambiental Compartilhada
- Espaços Especialmente Protegidos, Biodiversidade e Biossegurança

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- Assuntos Jurídicos, Institucionais e Normativos
- Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável

Poderão participar das reuniões ordinárias (mensais) e extraordinárias do CEPRAM, com direito a voz, mas
sem direito a voto, representantes do Poder Público federal, estadual e municipal, de universidades e de outras
entidades.

O Quadro 01, a seguir apresentado, elenca de forma cronológica os dispositivos legais analisados neste
capítulo introdutório.

Quadro 01: Sistematização cronológica dos diplomas legais ambientais do Estado da Bahia
Data Diploma Legal Resumo

Cria, na Secretaria do Planejamento, Ciência e Tecnologia, o


04/10/1973 Lei Estadual nº 3.163 Conselho Estadual de Proteção Ambiental - CEPRAM, e dá
outras providências.

03/03/1983 Cria o Centro de Recursos Ambientais - CRA e dá outras


Lei Delegada nº 31
providências.

07/02/2001 Lei Estadual nº 7.799 Dispõe sobre a Política Estadual de Meio Ambiente.
Revoga a Lei n° 3.858/80.

05/06/2001 Aprova o Regulamento da Lei nº 7.799, de 07 de fevereiro e


Decreto Estadual nº 7.967
2001.

Modifica a estrutura organizacional da Administração Pública do


20/12/2002 Lei Estadual nº 8.538
Poder Executivo Estadual e dá outras providências. Cria
Secretária de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

14/01/2003 Decreto Estadual nº 8.419 Aprova o Regimento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos – SEMARH.

Dispõe sobre a Política Estadual de Meio Ambiente e de


20/12/2006 Lei Estadual n° 10.431
Biodiversidade.
Revoga a Lei n° 7.799.

Aprova o Regulamento da Lei nº 10.431, de 20 de dezembro de


2006, que institui a Política de Meio Ambiente e de Proteção à
10/10/2008 Decreto Estadual n° 11.235 Biodiversidade do Estado da Bahia, e da Lei nº 11.050, de 06 de
junho de 2008, que altera a denominação, a finalidade, a
estrutura organizacional e de cargos em comissão da Secretaria
de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH.
Fonte: Autoria própria

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O Quadro 02 representa o atual Sistema Estadual do Meio Ambiente (SISEMA), com as alterações
emanadas da Lei nº 11.050/08.

Quadro 02: Organograma do SISEMA

Fonte: Autoria própria

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LICENCIAMENTO AMBIENTAL

LICENCIAMENTO AMBIENTAL é o procedimento administrativo pelo qual a administração pública,


por intermédio do órgão ambiental competente, analisa a proposta apresentada para o empreendimento e o
legitima, considerando as disposições legais e regulamentares aplicáveis e sua interdependência com o meio
ambiente, emitindo a respectiva LICENÇA.

O Licenciamento Ambiental no Estado da Bahia, está sob a responsabilidade do INSTITUTO DO MEIO


AMBIENTE (IMA), autarquia vinculada à Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), que analisa e emite o
Parecer Técnico referente ao Licenciamento e do CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE -
CEPRAM, pioneiro no Brasil, criado pela Lei Estadual nº 3.163 de 04/10/73, composto de representantes do
Poder Público, da Sociedade Civil e do Setor Produtivo, que deliberam sobre a expedição da Licença
Ambiental requerida.

A Licença Ambiental é o ato administrativo pelo qual o IMA e o CEPRAM estabelecem as condições,
restrições e as medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física
ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

Licenciar uma atividade significa avaliar os processos tecnológicos em conjunto com os parâmetros
ambientais e socioeconômicos, fixando medidas de controle, levando-se em conta os objetivos, critérios e
normas para conservação, defesa e melhoria do ambiente e, especialmente, as diretrizes de planejamento e
ordenamento territorial do Estado.

LEI ESTADUAL Nº 10.431/06

A Lei Estadual nº 10.431, de 20/12/2006 está regulamentada através do Decreto nº 11.235, de 10/10/2008.

Esteja atento, a Lei nº 10.431/06 revogou a Lei nº 7.799/01.

O Sistema de Licenciamento Ambiental está disciplinado no Capítulo VII (Arts. 42 a 53 da Lei nº 10.431) e no
Capítulo II, Seção IV do Regulamento da Lei 10.431 (Arts. 116 a 137)

O Art.42. da Lei Estadual nº 10.431/06, estabelece que:

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 16


“A localização, implantação, operação e alteração de empreendimentos e atividades que utilizem recursos
ambientais, bem como os capazes de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento
ambiental, na forma do disposto nesta Lei e demais normas dela decorrentes.”

Definem-se como atividades e empreendimentos potencialmente degradantes do ambiente, de acordo


com a legislação ambiental, aqueles que direta ou indiretamente:

a) causem prejuízos à saúde, à segurança e ao bem estar da população;


b) causem danos aos recursos ambientais e aos materiais;
c) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
d) afetem as condições estéticas, de imagem urbana, de paisagem, ou sanitárias do meio ambiente;
e) infrinjam normas e padrões ambientais estabelecidos.

A QUEM COMPETE O LICENCIAMENTO AMBIENTAL?

O Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, através da Resolução CONAMA nº 237, de 19


de dezembro de 1997, editou as normas gerais de licenciamento ambiental para todo o território nacional,
estabelecendo os níveis de competência federal, estadual e municipal, de acordo com a extensão do
impacto ambiental. Os empreendimentos e atividades devem ser licenciados em um único nível de
competência, conforme estabelecido a seguir.

COMPETÊNCIA FEDERAL
(Art. 4° da Resolução CONAMA 237/97)

Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o


licenciamento ambiental, de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental
de âmbito nacional ou regional, a saber:

I-localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe, no mar territorial, na


plataforma continental, na zona econômica exclusiva, em terras indígenas ou em unidades de
conservação do domínio da União.

II- localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 17


III- cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais
Estados.

IV- destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material
radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações,
mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear -CNEN.

V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica.

O IBAMA fará o licenciamento após considerar o exame técnico procedido pelos órgãos ambientais dos
Estados e Municípios em que se localizar a atividade ou empreendimento, bem como, quando couber, o
parecer dos demais órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
envolvidos no procedimento de licenciamento.

COMPETÊNCIA ESTADUAL
(Art. 5° da Resolução CONAMA 237/97)

Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o licenciamento ambiental dos


empreendimentos e atividades:

I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de conservação de


domínio estadual ou do Distrito Federal.

II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação


permanente relacionadas no Artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e em todas as que
assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais.

III- cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais Municípios.

IV- delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convênio.

O órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal fará o licenciamento após considerar o exame técnico
procedido pelos órgãos ambientais dos Municípios em que se localizar a atividade ou empreendimento,

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 18


bem como, quando couber, o parecer dos demais órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, envolvidos no procedimento de licenciamento.

COMPETÊNCIA MUNICIPAL
(Art. 6° da Resolução CONAMA 237/97)

Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do
Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de
impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou
convênio.

Municipalizar a gestão ambiental significa internalizar na esfera local conceitos e mecanismos de controle
sustentáveis para fazer frente às pressões sobre o ambiente, resultantes das atividades impactantes. Para
desempenhar esse papel cabe às administrações municipais estruturarem-se para a implementação e
aperfeiçoamento de um sistema próprio de controle ambiental, que envolva os aspectos: legal, institucional,
técnico e operacional, de modo a atender às exigências de uma ação eficiente e eficaz no trato das questões
ambientais locais.

Nesse sentido, reforça os dispositivos da lei ambiental da Bahia, considerando que o município deve
organizar-se para exercer a competência a ele atribuída, devendo observar a existência dos seguintes requisitos:

I - política municipal de meio ambiente prevista em legislação específica;

II- conselho municipal de meio ambiente, devidamente empossado e regimentado;

III - órgão ou instância técnico-administrativa na estrutura do Poder Executivo


Municipal, com atribuições específicas na área de meio ambiente, dotado de corpo
técnico multidisciplinar, com experiência na área ambiental;

IV - sistema de licenciamento ambiental municipal implantado, que contemple:


a) análise técnica dos empreendimentos e atividades a serem licenciados pelo
município;
b) concessão das licenças ambientais pela instância colegiada prevista no inciso II
do parágrafo anterior;
c) remuneração dos custos da análise ambiental.

V- sistema de fiscalização ambiental estabelecido que aplique as penalidades


legalmente previstas.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 19


No caminho do desenvolvimento sustentável em que a preocupação primacial é utilizar os recursos naturais
sem esgotá-los, para garantir que estejam disponíveis às futuras gerações, a participação do poder público na
avaliação, licenciamento e fiscalização das atividades e empreendimentos capazes de gerar impacto ambiental
há que ser sistêmica, interagindo nos três níveis de poder: federal, estadual e municipal. Em cada um desses
níveis, a participação da sociedade dar-se-á conforme a proximidade, e sendo assim é no município onde
efetivamente a participação social tende a ser ampliada.

Assim, emerge no âmbito municipal a institucionalização do Sistema Municipal de Meio Ambiente


(SISMUMA), que tem como órgão superior o Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) com poder
deliberativo e participação de representantes do poder público e de setores da sociedade civil organizada, com
a incumbência de propor políticas públicas, normas e diretrizes, bem como acompanhar a execução da política
ambiental municipal exercida pelos órgãos da estrutura da Prefeitura. A paridade dentro do Conselho é de
extrema importância para que haja igual distribuição das responsabilidades e igual representação dos interesses
do setor público e da sociedade civil nas decisões.

ATIVIDADES SUJEITAS AO SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

De acordo com o Art. 116 do Regulamento da Lei nº 10.431/06, aprovado pelo Decreto nº 11.235/08:

“Art. 116 - A localização, implantação, operação e alteração de empreendimentos e atividades que utilizem
recursos ambientais, bem como os capazes de causar degradação ambiental, dependerão de prévio
licenciamento ambiental.
§ 1º - O licenciamento ambiental dar-se-á através de Licença Ambiental, Autorização Ambiental ou de Termo
de Compromisso de Responsabilidade Ambiental (TCRA).
....
São passíveis de Licença, Autorização Ambiental ou Termo de Compromisso e Responsabilidade Ambiental as obras,
serviços e atividades, agrupadas nas 08 (oito) divisões, relacionadas e codificadas no Anexo III do Regulamento da Lei
10.431, como segue:

I - Divisão A: Agricultura, Florestas, Caça e Pesca


II - Divisão B: Mineração
III - Divisão C: Indústrias
IV - Divisão D: Transporte

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 20


V - Divisão E: Serviços
VI - Divisão F: Obras Civis
VII - Divisão G: Empreendimentos Urbanísticos, Turísticos e de Lazer
VIII - Divisão H: Biotecnologia

Consulte o Anexo III do Regulamento da Lei 10.431 e verifique onde se enquadra a atividade ou
empreendimento objeto do licenciamento ambiental.

O SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DA BAHIA

O Sistema de Licenciamento Ambiental da Bahia é composto das Licenças descritas no Art. 45 da


Lei n°10.431:

I - Licença de Localização (LL): concedida na fase preliminar do planejamento do


empreendimento ou atividade, aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade
ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas
fases de sua implementação;

II - Licença de Implantação (LI): concedida para a implantação do empreendimento ou


atividade, de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados,
incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionamentos;

III - Licença de Operação (LO): concedida para a operação da atividade ou


empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento das exigências constantes das licenças
anteriores e estabelecimento das condições e procedimentos a serem observados para essa operação;

IV - Licença de Alteração (LA): concedida para a ampliação ou modificação de


empreendimento, atividade ou processo regularmente existentes;

V - Licença Simplificada (LS): concedida para empreendimentos classificados como de


micro ou pequeno porte, excetuando-se aqueles considerados de potencial risco à saúde humana.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 21


Poderão ser instituídos procedimentos especiais para o licenciamento ambiental, de acordo com a
localização, natureza, porte e características dos empreendimentos e atividades, dentre os quais:

I - procedimentos simplificados, que poderão resultar na expedição isolada ou


sucessiva das licenças, conforme definido em regulamento;

II - expedição de licenças conjuntas para empreendimentos similares, vizinhos ou


integrantes de pólos industriais, agrícolas, projetos urbanísticos ou planos de desenvolvimento já
aprovados pelo órgão governamental competente, desde que definida a responsabilidade legal pelo
conjunto de empreendimentos e atividades;

III - procedimentos simplificados para a concessão da Licença de Alteração - LA e


da renovação da Licença de Operação – LO das atividades e empreendimentos que implementem
planos e programas voluntários de gestão ambiental e práticas de produção mais limpa visando à
melhoria contínua e ao aprimoramento do desempenho ambiental;

IV - licenciamento de caráter geral para atividades de natureza e impactos


ambientais semelhantes, mediante cumprimento de norma emitida previamente pelo órgão ambiental
competente, elaboradas a partir de estudos e levantamentos específicos, ficando essas atividades
desobrigadas da obtenção de licença.

A Licença de Operação e a Licença Simplificada são renovadas periodicamente, de acordo com a sua
validade, através da Renovação da Licença de Operação (RLO) ou de nova Licença Simplificada
(LS). A renovação é concedida para autorizar a continuidade da operação da atividade, mediante o
cumprimento dos condicionamentos estabelecidos.

DO AUTOMONITORAMENTO
(Art.31 do Regulamento da Lei 10.431/06)

A Automonitoragem é o instrumento de monitoramento das emissões líquidas, sólidas e gasosas, através


de medições contínuas, realizadas pela própria Empresa. Reflete o desempenho ambiental da atividade
através de resultados mensuráveis de alguns dos seus aspectos ambientais.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 22


Da Licença de Operação (LO) ou da Licença Simplificada (LS) constarão os parâmetros a serem
monitorados e as freqüências de coleta e análise, que irá compor o Plano de Automonitoramento da
Empresa. Os Relatórios Mensais de Automonitoramento devem ser encaminhados ao órgão ambiental,
contendo os resultados, comentários e observações em caso de violações de padrão.

Os resultados são comparados aos padrões, fixados na legislação ambiental, mediante Resoluções do
Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA e do Conselho Estadual de Meio Ambiente –
CEPRAM.

DO TERMO DE COMPROMISSO DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL


(Arts.133 a 137 do Regulamento da Lei 10.431/06)

O Termo de Compromisso de Responsabilidade Ambiental (TCRA) é o documento por meio do qual o


empreendedor se compromete a cumprir a legislação no que se refere aos impactos ambientais decorrentes da
sua atividade, assumindo o compromisso de adotar boas práticas conservacionistas e quando o
empreendimento ou atividade for considerado de médio, grande ou excepcional porte, de acordo com os
parâmetros estabelecidos no Anexo III do Regulamento da Lei 10.431/06, manterá responsável técnico que se
vinculará ao empreendimento mediante Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) junto ao seu conselho
profissional ou equivalente.

OBS: A apresentação de informações inverídicas ou o descumprimento das práticas registradas no TCRA


implicará na aplicação de penalidades previstas na legislação ambiental vigente, e na comunicação ao conselho
profissional do responsável técnico.

O TCRA deverá:

a) ser registrado no IMA e uma vez registrado, produzirá os efeitos legais no que se refere à regularidade
ambiental, para fins de apresentação junto aos agentes financeiros e fiscais ambientais.

b) permanecer à disposição da fiscalização ambiental, sujeitando o empreendedor, na hipótese de


descumprimento dos compromissos assumidos, às sanções administrativas previstas na legislação.

c) ser atualizado junto ao IMA sempre que houver alteração da titularidade, do empreendimento, obra,
atividade ou serviço desenvolvido.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 23


Serão objeto de TCRA empreendimentos e atividades:

I - que pela sua natureza, não exijam avaliação prévia do órgão ambiental para fins de aprovação da sua
localização sendo suficiente comprovação de que a mesma obedece aos critérios e diretrizes municipais;

II - que se constituem em fontes potencialmente poluidoras de caráter difuso ou que não gerem efluentes de
processo sólidos, líquidos ou gasosos.

Os empreendimentos e atividades sujeitos ao TCRA constam no Anexo III do Regulamento da Lei 10.431/06,
podendo ser definidos pelo CEPRAM outros casos em que cabe o referido Termo, com base em critérios
técnicos e legais.

Exemplos de algumas atividades sujeitas ao TCRA, previstas no Anexo III do Regulamento da Lei 10.431/06:

- Cultivo de grãos em área menor ou igual a 1.000 ha;


- Produção de mudas;
- Produção de gelo;
- Fabricação de absorventes e fraldas descartáveis;
- Fabricação de artefatos de madeira;
- Postos de venda de gasolina e outros combustíveis;
- Entrepostos aduaneiros;
- Usinas de compostagem e triagem de materiais e resíduos urbanos;
- Estações rádio-base de telefonia celular.

Para saber mais consulte outras atividades no referido Anexo III.

AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL
(Art. 131 do Regulamento da Lei 10.431/06)

A Autorização Ambiental será concedida pelo IMA para a realização ou operação de empreendimentos,
atividades, pesquisas e serviços de caráter temporário ou para a execução de obras que possibilitem a melhoria
ambiental, a exemplo de:

I - a realização ou operação de empreendimentos e atividades, pesquisas e serviços de caráter temporário;

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 24


II – a execução de obras que não resultem em instalações permanentes;
III – a requalificação de áreas urbanas subnormais, ainda que impliquem instalações permanentes;
IV – o encerramento total ou a desativação parcial de empreendimentos ou atividades de pessoa física ou
jurídica;
V – a execução de obras que possibilitem a melhoria ambiental.

Da Autorização Ambiental constarão os condicionamentos a serem atendidos pelo interessado dentro dos
prazos estabelecidos.

Quando a atividade, pesquisa ou serviços inicialmente de caráter temporário passarem a configurar-se como
de caráter permanente, deverá ser requerida de imediato a Licença ambiental pertinente em substituição a
Autorização expedida.

AUTORIZAÇÃO PARA TRANSPORTE DE RESÍDUOS PERIGOSOS – ATRP


(Art. 132 do Regulamento da Lei 10.431/06)

A Autorização Ambiental para o transporte de resíduos perigosos é denominada Autorização de


Transporte de Resíduos Perigosos - ATRP, devendo ser solicitada pelo interessado, mediante Requerimento
próprio fornecido pelo IMA, acompanhado dos seguintes documentos:

I - cópia da LO da empresa geradora, quando couber;


II - cópia da LO da empresa receptora;
III - cópia da LS, ou, se for o caso, da LO da transportadora;
IV - anuência da instalação receptora;
V - anuência do órgão ambiental do Estado de destino;
VI - comprovante do pagamento de remuneração fixada no Anexo IV do Regulamento;
VII - Rotograma;
VIII - Ficha de Emergência;
IX - outras informações complementares exigidas pelo IMA.
Durante o percurso do transporte, o responsável pela condução do veículo deverá dispor de cópia da respectiva
ATRP.
A alteração ou acréscimo de resíduos perigosos, objeto da ATRP concedida, dependerá de novo requerimento,
bem como alteração relativa ao transportador.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 25


ANUÊNCIA DO ÓRGÃO GESTOR DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
(Art. 119 do Regulamento da Lei 10.431/06)

Ficam sujeitas a Anuência do órgão gestor de unidades de conservação, os empreendimentos e atividades que
pretendam se instalar em Unidades de Conservação (UC) ou em suas respectivas zonas de amortecimento.
Compete à Superintendência de Políticas Florestais, Conservação e Biodiversidade da Secretaria do Meio
Ambiente - SEMA:
I – criar, desenvolver e gerir as políticas de criação e gestão de unidades de conservação estaduais e conceder
anuência para a implantação de empreendimentos e atividades localizados nessas unidades e em seu
entorno;
A Bahia possui 26 APAs estaduais que são administradas pela SEMA. Informe-se se o seu
empreendimento está localizado em uma dessas áreas.

MANIFESTAÇÃO PRÉVIA
(Art. 119 do Regulamento da Lei 10.431/06)

Refere-se ao opinativo técnico, de caráter eminentemente consultivo, emitido pelo órgão ambiental por
demanda do interessado, com caráter de orientação sobre os aspectos relativos à localização, implantação, operação,
alteração ou regularização de um determinado empreendimento ou atividade.
Em caso de dúvida com relação à modalidade da Licença a ser requerida e o seu trâmite legal, o interessado
poderá requerer ao IMA a Manifestação Prévia, através da qual o órgão ambiental se manifestará orientando
os procedimentos a serem seguidos, de acordo com os impactos ambientais associados à atividade.

Todas as atividades potencialmente poluidoras são passíveis de Manifestação Prévia do IMA, mediante
requerimento do interessado, acompanhado do comprovante do pagamento de remuneração para a análise
constante no Anexo IV do Regulamento da Lei 10.431/01.

PRAZOS DE ANÁLISE PELO IMA


(Arts. 178 a 180 do Regulamento da Lei 10.431/06)

Foram estabelecidos os prazos de análise pelo IMA de até 06 (seis) meses para cada modalidade de Licença
requerida, a contar da data do protocolo do Requerimento até seu deferimento ou indeferimento pelo IMA ou
pelo CEPRAM.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 26


Nos casos em que houver solicitação de elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), o prazo
mencionado de até 06 (seis) meses será contado a partir da data de disponibilização do RIMA para consulta
pública.

A contagem do prazo será suspensa a partir da solicitação, pelo IMA, de estudos ambientais complementares
ou da prestação de esclarecimentos pelo empreendedor, voltando a contar normalmente após o efetivo
cumprimento do solicitado.

Foram estabelecidos os prazos de análise de até 04 (quatro) meses para emissão de Autorização Ambiental e de
02 (dois) meses para Manifestação Prévia, a contar da data de protocolo do requerimento.
O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos e complementações, formuladas pelo IMA,
dentro do prazo notificado. O empreendedor poderá solicitar, com base em justificativa técnica, ampliação do
prazo notificado, antes de sua expiração.
Serão indeferidos os Requerimentos para obtenção de licenças ou autorizações, apresentados pelos interessados,
quando verificada a omissão de qualquer informação solicitada, dentro do prazo notificado.

- O não cumprimento dos prazos notificados, por parte do empreendedor, implicará no


arquivamento do processo.

- O arquivamento do processo de autorização ou licenciamento não impedirá a apresentação de novo


Requerimento ao IMA, devendo obedecer aos procedimentos estabelecidos, mediante novo
pagamento de custo de análise.

PRAZO DE VALIDADE DAS LICENÇAS, AUTORIZAÇÕES E ANUÊNCIAS PRÉVIAS


(Arts. 181 a 182 do Regulamento da Lei 10.431/06)

Todas as Licenças têm prazo de validade específicos, fixados na Licença, devendo ser requerido a sua
renovação com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração da respectiva validade. As
licenças devidamente requeridas neste prazo, quando vencidas, ficarão automaticamente prorrogadas até
a manifestação definitiva do IMA.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 27


Ficam estabelecidos os seguintes prazos de validade para cada tipo de Licença e Autorização
Ambiental:
I - O prazo de validade de Licença de Localização (LL) deverá ser, no mínimo, o estabelecido
pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade,
não podendo ser superior a 05 (cinco) anos.

II - O prazo de validade da Licença de Implantação (LI) e da Licença de Alteração (LA)


deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não
podendo ser superior a 06 (seis) anos.

III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO), e respectiva renovação deverá


considerar os planos de autocontrole ambiental da empresa, e será de, no mínimo, 02 (dois) anos e no máximo
08 (oito) anos.
IV - o prazo de validade da Licença Simplificada (LS) deverá ser, no mínimo, o estabelecido
pelo cronograma da atividade ou empreendimento, não podendo ser superior a 03 (três) anos, sendo que sua
renovação, quando for o caso, poderá ser de até 08 (oito) anos.

V - O prazo de validade da Autorização Ambiental (AA) é de 01 (um) ano, podendo ser


estabelecido prazo diverso, em razão do tipo da atividade, a critério do IMA.

Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou empreendimento, o


IMA poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após avaliação do
desempenho ambiental da atividade no período de vigência anterior.

ATENÇÃO: As Licenças ficarão automaticamente prorrogadas até a manifestação definitiva do


IMA, desde que sejam requeridas com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração
de seu prazo de validade.

O IMA e o CEPRAM poderão estabelecer prazos de validade diferenciados para as Licenças de


empreendimentos ou atividades que, por sua natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou
modificação em prazos inferiores.

Os prazos para o cumprimento dos condicionantes fixados nas autorizações e licenças ambientais, bem como
os respectivos prazos de validade, serão contados a partir da data da publicação da Portaria IMA ou da
Resolução CEPRAM no Diário Oficial do Estado.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 28


PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE VALIDADE
(Art. 182, Parágrafo único do Regulamento da Lei 10.431/06)

As Autorizações e as Licenças, excetuando-se as de Operação e Simplificada, poderão ter os seus prazo


de validade prorrogados, uma única vez, por igual ou menor prazo, através de Portaria do IMA, devendo o
Requerimento ser fundamentado pelo interessado, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do
vencimento, acompanhado de justificativa técnica e remunerado pelo interessado no valor equivalente a 30%
da remuneração básica da respectiva licença ou autorização ambiental, constante do Anexo IV do
Regulamento da Lei 10.431/06.

REVISÃO DE CONDICIONANTES
(Art. 186 do Regulamento da Lei 10.431/06)

O Requerimento ao IMA de revisão de condicionantes estabelecidos na Autorização ou na Licença em vigor,


deverá ser feito antes do respectivo vencimento, acompanhada de fundamentação técnica, quando couber e
remunerado pelo interessado no valor equivalente a 30% da remuneração básica da respectiva Licença ou
Autorização Ambiental, constante do Anexo IV do Regulamento da Lei 10.431/06.

O requerimento de prorrogação de prazo para o cumprimento dos condicionantes estabelecidos nas


licenças ou autorizações ambientais não será remunerado pelo interessado.

O IMA analisará o pedido e quando couber encaminhará o processo para apreciação e deliberação do
CEPRAM, especialmente nos casos de Licença de Localização. A decisão do IMA ou do CEPRAM, quando
favorável, será objeto de publicação no Diário Oficial do Estado.

ALTERAÇÃO DE RAZÃO SOCIAL


(Art. 168 do Regulamento da Lei 10.431/06)

Para requerer alteração de razão social de empreendimentos com licença, autorização ou TCRA em vigor ou em
tramitação, o interessado deverá apresentar requerimento ao IMA, acompanhado de documentação
comprobatória da mudança de razão social devidamente registrada na Junta Comercial do Estado da Bahia
(JUCEB) e do comprovante de recolhimento da remuneração prevista no Anexo IV, equivalente ao valor de R$
300,00 (trezentos reais). A alteração de razão social será analisada pela procuradoria jurídica do IMA e objeto de
publicação no Diário Oficial do Estado, através de Portaria.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 29


TRANSFERÊNCIA DE LICENÇA
(Arts. 169 a 171 do Regulamento da Lei 10.431/06)

A licença, autorização ou TCRA, em vigor, poderá ser transferida para novo proprietário, respeitando-se o seu
prazo de validade, desde que não haja mudança da atividade original, e será objeto de Requerimento ao IMA,
acompanhado do comprovante de recolhimento, constantes do Anexo IV do Regulamento da Lei 10.431/06,
equivalente ao valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).

O requerente da transferência apresentará, dentre outros documentos exigidos pelo IMA:

I - documento comprobatório da transferência da responsabilidade legal pelo empreendimento ou atividade


perante o IMA;

II - ata de constituição da CTGA, quando couber;

III - a divulgação da Política Ambiental, sob a responsabilidade do novo titular, em jornal de grande circulação
na região onde está instalado o empreendimento ou atividade, quando couber;

A documentação referida no iitem I deverá remeter preferencialmente ao contrato de transferência de direitos e


obrigações que concedeu a responsabilidade legal do empreendimento ou atividade ao novo titular, perante o
IMA.

O requerimento poderá ser subscrito pelo titular da licença, autorização ou TCRA ou pelo futuro titular do
empreendimento ou atividade licenciada.

I - Quando subscrito pelo titular da licença, autorização ou TCRA, além dos documentos previstos, o
requerimento de transferência deverá estar acompanhado de declaração do futuro titular da atividade licenciada,
contendo a sua anuência, bem como, no caso de pessoa jurídica, dos documentos que comprovem a condição
de bastante procurador do signatário da declaração.

II- Quando subscrito pelo futuro titular da atividade licenciada, além dos documentos previstos, o requerimento
de transferência deverá estar acompanhado de declaração do titular da licença, autorização ou TCRA, contendo
a sua anuência, bem como, no caso de pessoa jurídica, dos documentos que comprovem a condição de bastante
procurador do signatário da declaração.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 30


CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES SEGUNDO O PORTE
(Anexo III do Regulamento da Lei 10.431/06)

O enquadramento das atividades far-se-á, quanto ao porte, segundo cinco grupos distintos: Micro, Pequeno,
Médio, Grande e Excepcional, conforme critérios estabelecidos no Anexo III do Regulamento Lei 10.431/06.

O enquadramento do porte, no caso de ser realizado pelo investimento, considerará o somatório do valor
atualizado do investimento fixo e do capital de giro, expresso em reais.

ANEXO III - TIPOLOGIA E PORTE DOS EMPREENDIMENTOS E ATIVIDADES SUJEITOS A


LICENÇA, AUTORIZAÇÃO OU TERMO DE COMPROMISSO DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
DIVISÃO A: AGRICULTURA, FLORESTAS, CAÇA E PESCA

Grupo A1 Produtos da agricultura

A1.1 Cereais, Grãos e Oleaginosas

Irrigação por aspersão convencional

Micro > 20 < 50


Pequeno > 50< 200
Médio > 200 < 1.000
Cultivo de arroz Grande > 1.000 < 2.000
A1.1.1 Excepcional > 2.000
Cultivo de trigo
A1.1.2 Irrigação por micro aspersão ou
gotejamento
Cultivo de milho
A1.1.3
TCRA: Micro > 50 < 100
Cultivo de soja Pequeno > 100 < 500
A1.1.4 área < 1.000 ha
Área cultivada Médio > 500 < 1.000
Cultivo de amendoim Licença: (ha) Grande > 1.000 < 5.000
A1.1.5
área > 1.000 ha Excepcional > 5.000
Cultivo de girassol
A1.1.6
Sequeiro
Cultivo de mamona
A1.1.7
Cultivo de lavouras Micro > 200 < 500
A1.1.8 Pequeno > 500 < 2.500
temporárias não
especificadas Médio > 2.500 < 5.000
anteriormente Grande > 5.000 < 10.000
Excepcional > 10.000

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 31


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Irrigação

Micro > 5 < 7


Pequeno > 7 < 15
Médio > 15 < 30
Grande > 30 < 50
Excepcional > 50
TCRA:
área < 1.000 ha
Área cultivada Sequeiro
A1.2 Cultivo de fumo
Licença: (ha)
área > 1.000 ha

Micro > 10 < 20


Pequeno > 20 < 40
Médio > 40 < 80
Grande > 80 < 120
Excepcional > 120

Irrigação

Micro > 10 < 50


Pequeno > 50 < 200
TCRA: Médio > 200 < 1.000
área < 1.000 ha Grande > 1.000< 5.000
Cana-de-açúcar e/ou Área cultivada Excepcional > 5.000
A1.3
capim elefante Licença: (ha)
área > 1.000 ha Sequeiro
Micro > 50 < 100
Pequeno > 100 < 1.000
Médio > 1.000 < 7.500
Grande > 7.500< 15.000
Excepcional > 15.000
Irrigação
Micro > 50 < 100
Pequeno > 100 < 300
TCRA: Médio > 300 < 1.000
área < 1.000 ha Grande > 1.000 < 2.000
Área cultivada Excepcional > 2.000
A1.4 Fruticultura
Licença: (ha) Sequeiro
área > 1.000 ha
Micro > 100 < 150
Pequeno > 150 <1.500
Médio > 1.500 < 5.000
Grande > 5.000 < 10.000
Excepcional > 10.000
TCRA: Área cultivada
A1.5 Olericultura Hidroponia
área < 1.000 ha (ha)

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 32


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Micro < 50
Licença:
Pequeno > 50 < 100
área > 1.000 ha
Médio > 100 < 150
Grande > 150 < 300
Excepcional > 300

Sem Hidroponia

Micro > 20 < 50


Pequeno > 50 < 100
Médio > 100 < 150
Grande > 150 < 300
Excepcional > 300

Hidroponia

Micro < 50
Pequeno > 50 < 100
Médio > 100 < 150
TCRA: Grande > 150 < 300
área < 1.000 ha Excepcional > 300
Área cultivada
A1.6 Floricultura
(ha)
Licença: Sem Hidroponia
área > 1.000 ha
Micro > 20 < 50
Pequeno > 50 < 100
Médio > 100 < 150
Grande > 150 < 300
Excepcional > 300

Micro > 500 < 1.000


TCRA:
Pequeno > 1.000< 2.000
área < 1.000 ha Área cultivada
A1.7 Sistemas agroflorestais Médio > 2.000 < 5.000
Licença: (ha)
Grande > 5.000 < 10.000
área > 1.000 ha
Excepcional > 10.000
Micro > 200 < 750
TCRA:
Sistemas agroflorestais Pequeno > 750< 3.000
área < 1.000 ha Área cultivada
A1.8 consorciados com Médio > 3.000 < 6.000
Licença: (ha)
floresta plantada Grande > 6.000 < 12.500
área > 1.000 ha
Excepcional > 12.500

Grupo A2 Criação de animais

A2.1 Pecuária
Micro > 500 < 1.000
TCRA:
Pecuária extensiva Pequeno > 1.000< 5.000
área < 1.000 ha Área utilizada
A2.1.1 (pastagem + cultivo Médio > 5.000 < 10.000
Licença: (ha)
forrageiros) Grande > 10.000 < 20.000
área > 1.000 há
Excepcional > 20.000

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 33


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
A2.1.2 Criações confinadas

Micro > 200 < 400


Pequeno > 400 < 600
A2.1.2.1 Bovinos ou bubalinos Licença Cabeça (un) Médio > 600 < 1.500
Grande > 1.500 < 3.000
Excepcional > 3.000

Micro > 300 < 600


Pequeno > 600 < 1.000
Eqüinos ou assininos ou
A2.1.2.2 Licença Cabeça (un) Médio > 1.000 < 3.000
muares
Grande > 3.000 < 5.000
Excepcional > 5.000

A2.2 Suinos com manejo de dejetos líquidos

Micro < 50
Pequeno > 50 < 100
A2.2.1 Ciclo completo Licença Matrizes (um) Médio > 100 < 200
Grande > 200 < 500
Excepcional > 500

Micro < 150


Pequeno > 150 < 300
Unidade produtora de
A2.2.2 Licença Matrizes (um) Médio > 300 < 500
leitões até 21 dias
Grande > 500 < 1.000
Excepcional > 1.000

Micro < 100


Pequeno > 100 < 200
Unidade produtora de
A2.2.3 Licença Matrizes (um) Médio > 200 < 400
leitões até 63 dias
Grande > 400 < 800
Excepcional > 800

Micro < 500


Pequeno > 500 < 1.000
A2.2.4 Terminação Licença Cabeça (un) Médio > 1.000 < 2.000
Grande > 2.000 < 4.000
Excepcional > 4.000

Micro <1.000
Pequeno > 1.000 < 2.000
A2.2.5 Creche Licença Cabeça (un) Médio > 2.000 < 3.000
Grande > 3.000 < 5.000
Excepcional > 5.000

Micro < 150


Pequeno > 150 < 300
A2.2.6 Central de inseminação Licença Cabeça (un) Médio > 300 < 500
Grande > 500 < 800
Excepcional > 800

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 34


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
A2.3 Suinos com manejo sobre camas

Micro > 50 < 100


Pequeno > 100 < 200
A2.3.1 Ciclo completo Licença Matrizes (um) Médio > 200 < 400
Grande > 400 < 600
Excepcional > 600

Micro > 100 < 200


Pequeno > 200 < 350
Unidade produtora de
A2.3.2 Licença Matrizes (um) Médio > 350 < 500
leitões até 21 dias
Grande > 500 < 1.000
Excepcional > 1.000

Micro > 100 < 200


Pequeno > 200 < 400
Unidade produtora de
A2.3.3 Licença Matrizes (um) Médio > 400 < 600
leitões até 63 dias
Grande > 600 < 800
Excepcional > 800

Micro > 50 < 500


Pequeno > 500 < 1.000
A2.3.4 Terminação Licença Cabeça (un) Médio > 1.000 < 2.000
Grande > 2.000 < 4.000
Excepcional > 4.000

Micro > 50 <1.000


Pequeno > 1.000 < 2.000
A2.3.5 Creche Licença Cabeça (un) Médio > 2.000 < 3.000
Grande > 3.000 < 5.000
Excepcional > 5.000

Micro < 150


Pequeno > 150 < 300
A2.3.6 Central de inseminação Licença Cabeça (un) Médio > 300 < 500
Grande > 500 < 800
Excepcional > 800

Micro > 1.000 < 2.000


Pequeno > 2.000 < 4.000
A2.4 Caprinos e ovinos TCRA Cabeça (un) Médio > 4.000 < 6.000
Grande > 6.000 < 8.000
Excepcional > 8.000

Micro > 20.000 < 30.000


Pequeno > 30.000 < 50.000
Frangos, cordonas e
A2.5 Licença Cabeça (un) Médio > 50.000 < 70.000
perdizes, de corte
Grande > 70.000 < 100.000
Excepcional > 100.000

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 35


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)

Micro > 20.000 < 30.000


Galinha e codornas, Pequeno > 30.000 < 50.000
Produção
A2.6 poedeiras (Produção de Licença Médio > 50.000 < 80.000
(un/mês)
ovos) Grande > 80.000 < 200.000
Excepcional > 200.000

Micro > 20.000 < 100.000


Capacidade
Pequeno > 100.000 < 300.000
Produção de pintos de 1 mensal de
A2.7 Licença Médio > 300.000 < 800.000
dia incubação
Grande > 800.000 < 1.200.000
(un/mês)
Excepcional > 1.200.000

Micro > 1.000 < 2.000


Pequeno > 2.000 < 4.000
A2.8 Coelhos TCRA Cabeça (un) Médio > 4.000 < 7.000
Grande > 7.000 < 10.000
Excepcional > 10.000

Micro < 300


Criação de animais não Pequeno > 300 < 1.000
A2.9 especificadas Licença Cabeça (un) Médio > 1.000 < 3.000
anteriormente Grande > 3.000 < 5.000
Excepcional > 5.000

A2.10 Piscicultura

Micro < 2
Pequeno > 2 < 5
Piscicultura, em viveiros
A2.10.1 Licença Área (ha) Médio > 5 < 50
escavados
Grande > 50 < 100
Excepcional > 100

Micro < 500


Pequeno > 500 < 1.000
Piscicultura, em tanques-
A2.10.2 Licença Volume (m3) Médio > 1.000 < 5.000
rede, raceway ou similar
Grande > 5.000 < 12.000
Excepcional > 12.000

A2.11 Carcinicultura
Micro < 2
Carcinicultura de água Pequeno > 2 < 5
A2.11.1 doce, em viveiros Licença Área (ha) Médio > 5 < 50
escavados Grande > 50 < 100
Excepcional > 100

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 36


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Micro < 500
Pequeno > 500 < 1.000
Carcinicultura de água
A2.11.2 Licença Volume (m3) Médio > 1.000 < 5.000
doce, em tanques-rede
Grande > 5.000 < 12.000
Excepcional > 12.000

Micro < 10
Pequeno > 10 < 50
Carcinicultura marinha em
A2.11.3 Licença Área (ha) Médio > 50 < 200
viveiros escavados
Grande > 200 < 500
Excepcional > 500

Micro < 500


Pequeno > 500 < 1.000
Carcinicultura marinha em
A2.11.4 Licença Volume (m3) Médio > 1.000 < 6.000
tanques-rede
Grande > 6.000 < 12.000
Excepcional > 12.000
Micro < 50
Pequeno > 50 < 400
A2.12 Ranicultura TCRA Área (m2) Médio > 400 < 1.200
Grande > 1.200 < 5.000
Excepcional > 5.000

Micro < 2
Pequeno > 2 < 10
A2.13 Algicultura Licença Área (ha) Médio > 10 < 40
Grande > 40 < 120
Excepcional > 120

Micro < 2
Ostreicultura
Pequeno > 2 < 5
Malacocultura
A2.14 Licença Área (ha) Médio > 5 < 30
(moluscos - ostras,
Grande > 30 < 70
mexilhões, etc)
Excepcional > 70

Grupo A3 Silvicultura

Micro > 10.000 < 50.000


Pequeno > 50.000 < 500.000
mudas
A3.1 Produção de mudas TCRA Médio > 500.000 < 2.000.000
(nº mudas/ano)
Grande > 2.000.000 < 10.000.000
Excepcional >10.000.000

A3.2 Produção de carvão vegetal

Micro > 500 < 800


Madeira de floresta Pequeno > 800 < 1.100
Imóvel
A3.2.1 plantada (nativa ou Licença Médio > 1.100 < 2.000
(MDC/mês)
exótica) Grande > 2.000 < 5.000
Excepcional > 5.000

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 37


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Micro > 250 < 350
Pequeno > 350 < 500
Madeira de floresta nativa Imóvel
A3.2.2 Licença Médio > 500 < 1.000
(supressão ou manejo) (MDC/mês)
Grande > 1.000 < 4.000
Excepcional > 4.000

A3.3 Florestamento/Reflorestamento
Florestamento/Refloresta
mento (floresta de
TCRA: Micro > 100 < 500
produção nativa ou
área < 1.000 ha Pequeno > 500 < 2.500
exótica) sem vínculo com Empreendiment
A3.3.1 Médio > 2.500 < 5.000
fomento florestal o (ha)
Licença: Grande > 5.000 < 10.000
financiado pela indústria
área > 1.000 ha Excepcional > 10.000
ou Plano de Suprimento
Sustentável (PSS)
Florestamento/Refloresta
mento (floresta de
Micro > 100 < 500
produção nativa ou
Pequeno > 500 < 2.500
exótica) com vínculo com Empreendiment
A3.3.2 Licença Médio > 2.500 < 5.000
fomento florestal o (ha)
Grande > 5.000 < 10.000
financiado pela indústria
Excepcional > 10.000
ou Plano de Suprimento
Sustentável (PSS)
Pequeno > 1 < 5
Médio > 5 < 50
Grupo A4 Pesca Comercial Licença Produção (t/dia)
Grande > 50 < 100
Excepcional > 100

TCRA:
Nº de famílias < 82 e
Nº de famílias Pequeno < 82
área < 2.000
Assentamento de (un) e Médio > 82 < 162
Grupo A5
Reforma Agrária Área cultivada Grande > 162 < 242
Licença:
(ha) Excepcional > 242
Nº de famílias > 82 ou
área > 2.000

DIVISÃO B: MINERAÇÃO

Grupo B1 Minerais metálicos e não metálicos

B1.1 Minerais Metálicos

Pequeno < 300.000


Produção bruta
Médio > 300.000 < 1.500.000
B1.1.1 Ferro Licença de minério
Grande > 1.500.000 < 5.000.000
(t/ano)
Excepcional > 5.000.000

Produção bruta Micro < 50.000


B1.1.2 Manganês Licença de minério Pequeno > 50.000 < 100.000
(t/ano) Médio > 100.000 < 500.000
Grande > 500.000 < 1.000.000

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 38


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Excepcional > 1.000.000

Alumínio, Antimônio,
Cádmio, Chumbo, Cobre,
Cromo, Escândio,
Estanho, Estrôncio,
Frâncio, Gálio, Germânio, Micro < 20.000
Háfnio, Índio, Irídio, Ítrio, Pequeno > 20.000 < 50.000
Lítio, Molibdênio, Niobio, Produção bruta Médio > 50.000 < 500.000
B1.1.3 Níquel, Osmio, Ouro, Licença de minério Grande > 500.000 < 1.000.000
Paládio, Platina, Prata, (t/ano) Excepcional > 1.000.000
Rodio, Rubídio, Selênio,
Tálio, Tântalo, Tecnécio,
Telúrio, Titânio,
Tungstênio, Vanádio,
Xenotímio, Zinco e
Zircônio
B1.2 Minerais Não Metálicos

Micro < 10.000


Criolita, Enxofre, Fluorita, Produção bruta Pequeno > 10.000 < 100.000
B1.2.1 Selênio, Sílica, Silictos e Licença de minério Médio > 100.000 < 1.000.000
Telúrio (t/ano) Grande > 1.000.000 < 5.000.000
Excepcional > 5.000.000

Grupo B2 Gemas ou pedras preciosas e semi-preciosas


Ágata, Água Marinha,
Alexandrita, Ametista,
Ametrino, Benitoite,
Berilio, Calcedônia,
Cianita, Citrino,
Crisoberilo, Cristal de Micro < 1.500
Rocha, Diamante, Produção bruta Pequeno > 1.500 < 3.500
B2.1 Esmeralda, Granada, Licença de minério Médio > 3.500 < 35.000
Heliotrópio, Jacinto, (t/ano) Grande > 35.000 < 80.000
Jade, Lapis-Lazuli, Excepcional > 80.000
Larvikita, Lazurita,
Nefrita, Olho de Tigre,
Opala, Rubi, Safira,
Topázio, Turmalina e
Turqueza
Grupo B3 Minerais utilizados na construção civil, ornamentos e outros
Areias, Arenoso,
Micro < 20.000
Basalto, Caulim,
Produção bruta Pequeno > 20.000 < 75.000
Cascalhos, Brita, Filitos,
B3.1 Licença de minério Médio > 75.000 < 250.000
Gesso, Gnaisses,
(t/ano) Grande > 250.000 < 500.000
Metarenitos, Saibros e
Excepcional > 500.000
Xistos

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 39


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Granito, granulitos, Pequeno < 10.000
Produção bruta
mármore, quartzito, Médio > 10.000 < 30.000
B3.2 Licença de minério
sienitos, ardósia, dentre Grande > 30.000 < 60.000
(t/ano)
outras Excepcional > 60.000

Grupo B4 Minerais utilizados na indústria

Materiais cerâmicos Micro < 10.000


(argilas, caulinita, Produção bruta Pequeno > 10.000 < 30.000
B4.1 diatomita, ilita e Licença de minério Médio > 30.000 < 50.000
montmorilonita, dentre (t/ano) Grande > 50.000 < 100.000
outros) Excepcional > 100.000

Manufatura de
vidro/vitrificação,
esmaltação e indústria Micro < 5.000
óptica (cianita, Produção bruta Pequeno > 5.000 < 12.000
B4.2 feldspato, fluorita, Licença de minério Médio > 12.000 < 50.000
gipso, leucita, (t/ano) Grande > 50.000 < 100.000
moscovita, nefelina, Excepcional > 100.000
quartzo e turmalina,
dentre outros).
Fertilizantes e
Defensivos Agrícolas
(apatita, calcário, Micro < 20.000
calcita, fosfatos, guano, Produção bruta Pequeno > 20.000 < 50.000
B4.3 minerais de borato, Licença de minério Médio > 50.000 < 500.000
potássio, salgema, (t/ano) Grande > 500.000 < 1.000.000
salitre, silvita e sódio, Excepcional > 1.000.000
dentre outros)
Uso industrial não
especificado
anteriormente (amianto,
anidrita, andalusita,
anfibólios, barita,
bauxita, bentonitas,
Micro < 20.000
calcário, calcita,
Produção bruta Pequeno > 20.000 < 50.000
caulinita, cianita,
B4.4 Licença de minério Médio > 50.000 < 500.000
coríndon, dolomita,
(t/ano) Grande > 500.000 < 1.000.000
feldspato, gipsita,
Excepcional > 1.000.000
grafita, magnesita,
moscovita, pegmatito,
quartzo, serpentinito,
silex, talco, vermiculita,
wollastonita e zirconita,
dentre outros)
Grupo B5: Minerais radioativos e/ou físseis

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 40


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)

Micro < 20.000


Astato, Césio, Cobalto,
Produção bruta Pequeno > 20.000 < 50.000
Monazita, Rádio, Rênio,
B5.1 Licença de minério Médio > 50.000 < 200.000
Ródio, Rutênio, Tório e
(t/ano) Grande > 200.000 < 500.000
Urânio
Excepcional > 500.000

Grupo B6: Combustíveis

Micro < 10.000


Combustíveis Fósseis
Pequeno > 10.000 < 35.000
Sólidos (carvão, linhito, Produção bruta
B6.1 Licença Médio > 35.000 < 250.000
turfa e sapropelitos, (t/ano)
Grande > 250.000 < 400.000
dentre outros)
Excepcional > 400.000

Micro < 500


Rochas betuminosas e
Pequeno > 500 < 1.000
pirobetuminosas (xisto Produção bruta
B6.2 Licença Médio > 1.000 < 4.000
betuminoso e xisto (m3/ano)
Grande > 4.000 < 8.000
pirobetuminoso)
Excepcional > 8.000

Grupo B7 Extração de petróleo e gás natural

Micro = 1
Pequeno 2 – 3
Campo de exploração de Nº de
B7.1 Licença Médio 4 – 6
petróleo ou gás natural poços/campo
Grande 6 – 10
Excepcional >10

Micro < 500


Pequeno > 500 < 1.500
Perfuração de poços de Profundidade
B7.2 Licença Médio > 1.500 < 3.000
petróleo e gás natural (m)
Grande > 3.000 < 4.500
Excepcional > 4.500

Perfuração ou reabilitação
Poço
B7.3 de poço e teste de Autorização não se aplica
exploratório
viabilidade econômica

DIVISÃO C: INDÚSTRIAS

Grupo C1 Produtos alimentícios e asssemelhados


C1.1 Carne e Derivados
Micro < 5
Frigorífico e/ou abate de Capacidade Pequeno > 5 < 100
C1.1.1 bovinos, caprinos, Licença instalada Médio > 100 < 500
eqüinos, suínos, muares. (cabeças/dia) Grande > 500 < 1.000
Excepcional > 1.000

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 41


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Micro > 200 < 500
Capacidade Pequeno > 500 < 2.000
C1.1.2 Abate de aves Licença instalada Médio > 2.000 < 10.000
(cabeças/dia) Grande > 10.000 < 20.000
Excepcional > 20.000

C1.2 Beneficiamento e processamento de carnes

Micro > 0,2 < 1


Capacidade Pequeno > 1 < 10
Preparação de carne seca e
C1.2.1 Licença instalada (t de Médio > 10 < 40
salgada e seus subprodutos
produto/dia) Grande > 40 < 120
Excepcional > 120
Micro > 0,2 < 1
Frigorífico e/ou
Capacidade Pequeno > 1 < 5
preparação, conservas,
C1.2.2 Licença instalada (t de Médio > 5 < 50
salga, secagem e
produto/dia) Grande > 50 < 150
defumação de pescado.
Excepcional > 150
Micro > 0,2 < 1
Preparação de banha, Capacidade Pequeno > 1 < 10
C1.2.3 toucinho, lingüiça e outros Licença instalada (t de Médio > 10 < 40
produtos de origem animal produto/dia) Grande > 40 < 120
Excepcional > 120
C1.3 Laticínios

C1.3.1 Pasteurização de leite


Micro > 2.000 < 5.000
Capacidade Pequeno > 5.000 < 10.000
Derivados do leite Médio > 10.000 < 50.000
(manteiga, queijo, Licença instalada
(L de leite/dia) Grande > 50.000 < 100.000
C1.3.2 requeijão, leite em pó, leite Excepcional > 100.000
condensado, cremes,
coalhadas, iogurte, etc)
C1.4 Conservas, enlatados e congelados de frutas e vegetais
Micro > 0,5 < 10
Industrialização de frutas, Capacidade
Pequeno > 10 < 50
verduras e legumes instalada (t de
C1.4.1 Licença Médio > 50 < 70
(compotas, geléias, sucos, matéria
Grande > 70 < 120
polpas, doces, etc.) prima/dia)
Excepcional > 120
Micro > 1.000 < 5.000
Tratamento e
Pequeno > 5.000 < 20.000
armazenamento de frutas, Área construída
C1.4.2 Licença Médio > 20.000 < 50.000
verduras e legumes (“in (m2)
Grande > 50.000 < 100.000
natura”)
Excepcional > 100.000

C1.5 Cereais

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 42


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Micro > 5 < 10
Capacidade Pequeno > 10 < 100
C1.5.1 Beneficiamento de cereais Licença instalada (t de Médio > 100 < 250
produto/dia) Grande > 250 < 500
Excepcional > 500

Micro > 0,2 < 1


Capacidade Pequeno > 1 < 10
Fabricação de macarrão,
C1.5.2 Licença instalada (t de Médio > 10 < 50
biscoitos e assemelhados
produto/dia) Grande > 50 < 200
Excepcional > 200
C1.6 Açúcar e confeitaria

Micro < 1.000


Capacidade
Pequeno > 1.000 < 5.000
Produção e refino de instalada
C1.6.1 Licença Médio > 5.000 < 10.000
açúcar (t matéria
Grande > 10.000 < 20.000
prima/dia)
Excepcional > 20.000
Micro > 1< 5
Fabricação de balas, Capacidade Pequeno > 5 < 60
C1.6.2 produtos de açúcar, Licença instalada Médio > 60 < 250
confeitaria e assemelhados (t produto/dia) Grande > 250 < 500
Excepcional > 500
Micro > 0,5 < 3
Fabricação de chocolate e Capacidade Pequeno > 3 < 10
C1.6.3 de outros produtos de Licença instalada Médio > 10 < 100
cacau (t produto/dia) Grande > 100 < 200
Excepcional > 200
C1.7 Óleos e Gorduras Vegetais

Micro < 10
Capacidade
Pequeno > 10 < 100
Fabricação de óleos e Instalada
C1.7.1 Licença Médio > 100 < 1.000
gorduras (t de matéria
Grande > 1.000 < 10.000
prima/dia)
Excepcional > 10.000

C1.8 Bebidas

Micro > 100 < 500


Capacidade Pequeno > 500 < 5.000
Destiladas (aguardente,
C1.8.1 Licença instalada Médio > 5.000 < 20.000
whisky, licor e outros)
(l produto/dia) Grande > 20.000 < 100.000
Excepcional > 100.000
Micro > 500 < 5.000
Capacidade Pequeno > 5.000 < 50.000
Fermentadas (vinhos,
C1.8.2 Licença instalada Médio > 50.000 < 300.000
cervejas e outros)
(l produto/dia) Grande > 300.000 < 500.000
Excepcional > 500.000

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 43


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Micro > 500 < 5.000
Não alcoólicas Capacidade Pequeno > 5.000 < 50.000
C1.8.3 (refrigerantes, água Licença instalada Médio > 50.000 < 300.000
mineral, chá) (l produto/dia) Grande > 300.000 < 500.000
Excepcional > 500.000

C1.9 Alimentos diversos

Micro > 0,3 < 1


Capacidade Pequeno > 1 < 5
C1.9.1 Torrefação de café Licença instalada Médio > 5 < 10
(t produto/dia) Grande > 10 < 50
Excepcional > 50

Micro > 0,5 < 5


Capacidade Pequeno > 5 < 10
C1.9.2 Produção de gelo TCRA instalada Médio > 10 < 30
(t produto/dia) Grande > 30 < 60
Excepcional > 60

Micro > 0,1 < 1


Aditivos p/panificação Capacidade Pequeno > 1 < 10
C1.9.3 (fermentos, leveduras, etc) Licença instalada Médio > 10 < 30
e misturas (t produto/dia) Grande > 30 < 100
Excepcional > 100

Micro > 5 < 10


Capacidade Pequeno > 10 < 100
Fabricação de ração
C1.9.4 Licença instalada Médio > 100 < 250
animal
(t produto/dia) Grande > 250 < 500
Excepcional > 500

Grupo C2 Produtos do fumo

Micro > 250 < 500


Capacidade Pequeno > 500 <750
C2.1 Processamento Licença
instalada (t/ano) Médio > 750 < 1.200
Grande > 1.000 < 2.000
Excepcional > 2.000
Grupo C3 Produtos têxteis

Micro < 0,5


Capacidade Pequeno > 0,5 < 10
Beneficiamento, Fiação ou
C3.1 Licença instalada Médio > 10 < 30
Tecelagem de fibras têxteis
(t produto/dia) Grande > 30 < 60
Excepcional > 60

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 44


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Micro < 200
Capacidade
Pequeno > 200 < 500
Fabricação de artigos instalada
C3.2 TCRA Médio > 500 < 2.000
têxteis (nº de unidades
Grande > 2.000 < 5.000
processadas/dia)
Excepcional > 5.000

Micro > 200 < 5.000


Capacidade
Pequeno > 5.000 < 10.000
Fabricação de absorventes instalada
C3.3 TCRA Médio > 10.000 < 100.000
e fraldas descartáveis (nº de unidades
Grande > 100.000 < 500.000
processadas/dia)
Excepcional > 500.000
Grupo C4 Madeira e mobiliário
Micro < 100
Desdobramento de Capacidade Pequeno > 100 < 400
C4.1 madeira (pranchas, Licença instalada Médio > 400 < 2.500
dormentes e pranchões) (m3/ano) Grande > 2.500 < 5.000
Excepcional > 5.000
Micro > 5.000 < 50.000
Fabricação de madeira Capacidade Pequeno > 50.000 < 100.000
C4.2 compensada, folheada e Licença instalada Médio > 100.000 < 500.000
laminada (m2/ano) Grande > 500.000 < 1.000.000
Excepcional > 1.000.000

Micro < 20
Capacidade Pequeno > 20 <100
Fabricação de artefatos de
C4.3 TCRA instalada Médio > 100 < 1.000
madeira
(m3/ano) Grande > 1.000 < 2.500
Excepcional > 2.500

Grupo C5 Papel e Produtos Semelhantes

Médio < 300.000


Capacidade
C5.1 Fabricação de celulose Licença Grande > 300.000 < 600.000
instalada (t/ano)
Excepcional > 600.000

Micro < 0,5


Pequeno > 0,5 < 20
Fabricação de papel e/ou Capacidade
C5.2 Licença Médio > 20 < 80
papelão Instalada (t/ano)
Grande > 80 < 320
Excepcional > 320

Grupo C6 Fabricação de produtos químicos

C6.1 Produtos Químicos Inorgânicos

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 45


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Micro < 240.000
Capacidade Pequeno > 240.000 < 840.000
C6.1.1 Gases Industriais Licença instalada Médio > 840.000 < 2.880.000
(m3/ano) Grande > 2.880.000 < 4.800.000
Excepcional > 4.800.000

C6.1.2 Cloro e Álcalis

C6.1.3 Pigmentos Inorgânicos

C6.1.4 Ácidos Inorgânicos

C6.1.5 Cianetos Inorgânicos

Capacidade Micro < 5.000


C6.1.6 Cloretos inorgânicos Licença
Instalada (t/ano) Pequeno > 5.000 < 50.000
Médio > 50.000 < 300.000
C6.1.7 Fluoretos Grande > 300.000 < 600.000
Excepcional > 600.000
C6.1.8 Hidróxidos

Óxidos, Dióxidos e
C6.1.9
Peróxidos

C6.1.10 Sulfatos

C6.2 Fabricação de Produtos Químicos Orgânicos

Micro < 30.000


Pequeno > 30.000 < 100.000
Produtos Petroquímicos Capacidade
C6.2.1 Licença Médio > 100.000 < 250.000
Básicos e intermediários instalada (t/ano)
Grande > 250.000 < 500.000
Excepcional > 500.000
C6.2.2 Resinas Termoplásticas
C6.2.3 Resinas Termofixas
C6.2.4 Fibras Sintéticas
C6.2.5 Borrachas sintéticas
Corantes e Pigmentos
C6.2.6 Micro < 20.000
Orgânicos
C6.2.7 Solventes industriais Pequeno > 20.000 < 70.000
Capacidade
C6.2.8 Plastificantes Licença Médio > 70.000 < 200.000
instalada (t/ano)
Grande > 200.000 < 400.000
C6.2.9 Ácidos Orgânicos Excepcional > 400.000
C6.2.10 Alcoóis
C6.2.11 Aminas
C6.2.12 Anilinas
C6.2.13 Cloretos orgânicos
C6.2.14 Ésteres

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 46


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
C6.2.15 Éteres
C6.2.16 Glicóis
C6.2.17 Óxidos
Substâncias orgânicas
C6.2.18
cloradas e/ou nitradas

Micro < 5
Pequeno > 5 < 20
Capacidade
C6.3 Produtos Farmacêuticos Licença Médio > 20 < 50
instalada (t/mês)
Grande > 50 < 200
Excepcional > 200

Micro < 500


Pequeno > 500 < 5.000
Fertilizantes e Defensivos Capacidade
C6.4 Licença Médio > 5.000 < 50.000
Agrícolas instalada (t/mês)
Grande > 50.000 < 150.000
Excepcional > 150.000
Micro > 2 < 50
Produtos de limpeza, Pequeno > 50 < 250
Capacidade
C6.5 polimento e para uso Licença Médio > 250 < 1.000
instalada (t/mês)
sanitário Grande > 1.000 < 5.000
Excepcional > 5.000
Micro > 2 < 10
Perfumes, cosméticos e Pequeno > 10 < 100
Capacidade
C6.6 preparados para higiene Licença Médio > 100 < 250
instalada (t/mês)
pessoal Grande > 250 < 500
Excepcional > 500
Micro < 50.000
Tintas, vernizes, esmaltes, Capacidade Pequeno > 50.000 < 200.000
C6.7 lacas, solventes e produtos Licença instalada Médio > 200.000 < 500.000
correlatos (L/mês) Grande > 500.000 < 1.000.000
Excepcional > 1.000.000
Micro > 2 < 20
Pequeno > 20 < 60
Capacidade
C6.8 Velas Licença Médio > 60 < 150
instalada (t/mês)
Grande > 150 < 300
Excepcional > 300

Grupo C7 Refino do petróleo, produção de biodiesel e produtos relacionados

Capacidade
Médio < 50.000
instalada de
C7.1 Refino do petróleo Licença Grande > 50.000 < 100.000
processamento
Excepcional > 100.000
(barril/ano)

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 47


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Micro < 2.000
Pequeno > 2.000 < 8.000
Capacidade Médio > 8.000 < 30.000
C7.2 Usina de asfalto Licença
instalada (t/mês) Grande > 30.000 < 80.000
Excepcional > 80.000

Micro < 500


Capacidade Pequeno > 500 < 1.200
Óleos e graxas
C7.3 Licença instalada Médio > 1.200 < 5.000
lubrificantes
(m3/mês) Grande > 5.000 < 10.000
Excepcional > 10.000

Micro < 500


Capacidade Pequeno > 500 < 1.200
Re-refino de óleos
C7.4 Licença instalada Médio > 1.200 < 5.000
lubrificantes
(m3/mês) Grande > 5.000 < 10.000
Excepcional > 10.000

Micro < 10.000


Pequeno > 10.000 < 50.000
Capacidade
C7.5 Biodiesel Licença Médio > 50.000 < 100.000
instalada (t/ano)
Grande > 100.000 < 300.000
Excepcional > 300.000

Grupo C8 Materiais de borracha ou de plástico

Micro < 2.000


Pequeno > 2.000 < 5.000
Beneficiamento de Capacidade
C8.1 Licença Médio > 5.000 < 8.000
borracha natural instalada (t/ano)
Grande > 8.000 < 12.000
Excepcional > 12.000

Micro < 1.000


Fabricação e Capacidade Pequeno > 1.000 < 10.000
C8.2 recondicionamento de Licença instalada Médio > 10.000 < 80.000
pneus e câmaras de ar (un/mês) Grande > 80.000 < 400.000
Excepcional > 400.000

Micro < 50
Capacidade Pequeno > 50 < 500
Fabricação de artefatos de
C8.3 Licença instalada (t/ano) Médio > 500 < 1.000
borracha ou plástico Grande > 1.000 < 5.000
Excepcional > 5.000

Grupo C9 Couro e produtos de couro

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 48


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Micro < 10
Beneficiamento de couros Nº de unidades Pequeno > 10 < 50
C9.1 e peles com uso de Licença processadas Médio > 50 < 250
produto químico (un/dia) Grande > 250 < 1.000
Excepcional > 1.000
Micro < 15
Beneficiamento de couros
Nº de unidades Pequeno > 15 < 70
e peles sem uso de
C9.2 Licença processadas Médio > 70 < 300
produto químico
(un/dia) Grande > 300 < 1.500
(salgadeira)
Excepcional > 1.500
Micro > 20 < 100
Nº de unidades Pequeno > 100 < 300
Fabricação de artigos de
C9.3 Licença produzidas Médio > 300 < 900
couro
(un/dia) Grande > 900 < 2.700
Excepcional > 2.700

Grupo C10 Vidro, pedra, argila, gesso, mármore e concreto

Micro > 340 < 3.000


Pequeno > 3.000 < 10.000
Capacidade
C10.1 Fabricação do vidro Licença Médio > 10.000 < 20.000
instalada (t/dia)
Grande > 20.000 < 40.000
Excepcional > 40.000

Médio < 1.000


Capacidade Grande > 1.000 < 3.500
C10.2 Fabricação de Cimento Licença
instalada (t/dia) Excepcional > 3.500

Pequeno > 5 < 10


Capacidade
Fabricação de artefatos de Médio > 10 < 50
C10.3 Licença instalada (t de
cimento e concreto Grande > 50 < 150
cimento/dia)
Excepcional > 150

Micro < 5
Capacidade Pequeno > 5 < 10
Produtos de Barro e
C10.4 Licença instalada (t de Médio > 10 < 50
Cerâmica
argila/dia) Grande > 50 < 150
Excepcional > 150

Micro > 5 < 10


Capacidade Pequeno > 10< 50
Produtos de gesso, instalada (t de Médio > 50 < 150
C10.5 Licença
bentonita e correlatos matéria Grande > 150 < 300
prima/dia) Excepcional > 300

Micro > 5 < 10


Capacidade
Aparelhamento de Pequeno > 10 < 30
instalada (t de
C10.6 mármore, ardósia, granito Licença Médio > 30 < 100
matéria prima
e outras Grande > 100 < 150
/dia)
Excepcional > 150

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 49


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)

Grupo C11 Metalurgia de metais ferrosos e não-ferrosos e fabricação e acabamento de produtos metálicos

Metalurgia e fundição de
C11.1
metais ferrosos Micro < 5.000
Capacidade Pequeno > 5.000 < 10.000
Metalurgia e fundição de Licença Médio > 10.000 < 50.000
C11.2 Instalada (t de
metais não ferrosos Grande > 50.000 < 200.000
produto/ano)
Excepcional > 200.000
Metalurgia de metais
C11.3
preciosos

Micro < 5.000


Capacidade Pequeno > 5.000 < 10.000
Fabricação de soldas e
C11.4 Licença instalada (t de Médio > 10.000 < 20.000 Grande >
anodos
produto/ano) 20.000 < 40.000
Excepcional > 40.000

Grupo C12 Fabricação de produtos metálicos, exceto máquinas e equipamentos industriais e comerciais
Fabricação de tubos de
C12.1
ferro e aço
C12.2 Fabricação de tonéis
Fabricação de estruturas
C12.3
metálicas
Fabricação de pregos,
C12.4
tachas e semelhantes
Micro < 500
Fabricação de telas e Capacidade Pequeno > 500 < 5.000
C12.5
outros artigos de arame Licença instalada (t de Médio > 5.000 < 40.000
Fabricação de ferragens produto/ano) Grande > 40.000 < 150.000
(cadeados, fechaduras, Excepcional > 150.000
C12.6
dobradiças, ferrolhos e
semelhantes)
Fabricação de ferramentas
de corte (enxadas, foices,
C12.7
machados, pás e
semelhantes)
Produção de fios
C12.8
metálicos
Grupo C13 Máquinas e equipamentos industriais e comerciais

C13.1 Motores e Turbinas

Máquinas e Equipamentos Micro < 5.000


C13.2 para a Agricultura e Capacidade Pequeno > 5.000 < 20.000
Indústrias Rurais Licença Instalada Médio > 20.000 < 80.000
(un/mês) Grande > 80.000 < 200.000
Máquinas e equipamentos Excepcional > 200.000
para Construção,
C13.3
Mineração Movimentação
de Materiais

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 50


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
C13.4 Máquinas Industriais

Grupo C14 Equipamentos e componentes elétricos e eletrônicos

Micro < 50
Equipamentos para Capacidade Pequeno: > 50 < 100
C14.1 transmissão e distribuição Licença Instalada Médio: > 100 < 200
de energia elétrica (un/mês) Grande: > 200 < 500
Excepcional: > 500
Equipamentos elétricos
C14.2
industriais
Aparelhos
C14.3
Eletrodomésticos
Fabricação de materiais Micro < 10.000
C14.4 Capacidade Pequeno > 10.000 < 50.000 Médio >
elétricos
Licença instalada 50.000 < 250.000
Computadores, acessórios (un/mês) Grande > 250.000 < 500.000
C14.5 e equipamentos de Excepcional > 500.000
escritório
Fabricação de
C14.6 Componentes e
Acessórios Eletrônicos

Grupo C15 Equipamentos e materiais de comunicação

Fabricação de centrais
telefônicas, equipamentos Micro < 10.000
C15.1
e acessórios de radio Capacidade Pequeno > 10.000 < 50.000 Médio >
telefonia Licença instalada 50.000 < 250.000
(un/mês) Grande > 250.000 < 500.000
Fabricação e montagem de Excepcional > 500.000
C15.2 televisores rádios e
sistemas de som

Grupo C16 Equipamentos de transporte

C16.1 Fabricação de equipamentos de transporte marítimo

Micro < 5.000


Fabricação de motores e Capacidade Pequeno > 5.000 < 20.000
C16.1.1 equipamentos de Licença instalada Médio > 20.000 < 60.000
transporte marítimo (un/ano) Grande > 60.000 < 150.000
Excepcional > 150.000

Micro > 1.000 < 3.000


Pequeno > 3.000 < 10.000
Fabricação de
C16.1.2 Licença Área total (m2) Médio > 10.000 < 20.000
embarcações
Grande > 20.000 < 50.000
Excepcional > 50.000

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 51


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
C16.2 Fabricação de equipamentos de transporte ferroviário

Fabricação de locomotivas
C16.2.1
e vagões
Médio < 20.000
Licença Área total (m2) Grande > 20.000 < 50.000
Fabricação de Excepcional > 50.000
C16.2.2 equipamentos de
transporte ferroviário

C16.3 Fabricação de equipamentos de transporte rodoviário (automóveis, camionetas, utilitários, caminhões, ônibus e
similares)

Micro < 10.000


Capacidade Pequeno > 10.000 < 50.000
Fabricação e montagem de
C16.3.1 Licença instalada Médio > 50.000 < 100.000
veículos automotores
(un/ano) Grande > 100.000 < 300.000
Excepcional > 300.000

Fabricação de trailers
C16.3.2
(inclusive acessórios)
Fabricação de triciclos e
C16.3.3 motocicletas (inclusive Micro < 50.000
acessórios) Capacidade Pequeno > 50.000 < 100.000
Licença instalada Médio > 100.000 < 500.000
C16.3.4 Fabricação de bicicletas
(un/ano) Grande > 500.000 < 1.000.000
Excepcional > 1.000.000
C16.3.5 Fabricação de carrocerias
Fabricação de motores,
C16.3.6 peças e acessórios para
veículos

C16.4 Fabricação de equipamentos de transporte aeroviário

Médio < 65.000


Fabricação e montagem de
C16.4.1 Licença Área total (m²) Grande > 65.000 < 100.000
aeronaves
Excepcional > 100.000

Fabricação de motores, Capacidade Médio < 60.000


C16.4.2 peças e acessórios para Licença instalada Grande > 60.000 < 150.000
aeronaves (un/ano) Excepcional > 150.000

DIVISÃO D: TRANSPORTE

Grupo D1 Transporte ferroviário

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 52


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Micro < 5.000
Bases operacionais de Pequeno > 5.000 < 10.000
D1.1 transporte ferroviários de Licença Área total (m2) Médio > 10.000 < 20.000
cargas Grande > 20.000 < 35.000 Excepcional
> 35.000

Grupo D2 Transporte aéreo

Micro < 5.000


Pequeno > 5.000 < 10.000
Bases operacionais de
D2.1 Licença Área total (m2) Médio > 10.000 < 20.000
transporte aéreo de cargas
Grande > 20.000 < 35.000 Excepcional
> 35.000

Grupo D3 Transporte Rodoviário

Micro < 5.000


Bases operacionais de Pequeno > 5.000 < 10.000
D3.1 transporte rodoviário de Licença Área total (m2) Médio > 10.000 < 20.000
cargas Grande > 20.000 < 35.000
Excepcional > 35.000

D3.2 Transporte rodoviário de cargas perigosas

Micro < 3.000


Transportadora de Pequeno > 3.000 < 4.000
Capacidade de
D3.2.1 resíduos e/ou produtos Licença Médio > 4.000 < 6.000
carga (t/mês)
perigosos Grande > 6.000 < 7.000
Excepcional > 7.000

Micro < 2
Transportadora de Pequeno: > 2 < 3
Capacidade de
D3.2.2 resíduos de serviços de Licença Médio: > 3 < 8
carga (t/dia)
saúde Grande: > 8 < 15
Excepcional: > 15

Grupo D4 Transporte de substâncias através de dutos


Dutos de Petróleo Cru
D4.1
(Oleodutos)
Dutos de Petróleo
D4.2
Refinado e Gases
Micro < 3
D4.3 Dutos de gasolina Pequeno > 3 < 10
Licença Extensão (Km) Médio > 10 < 60
Dutos de derivados de Grande > 60 < 100
D4.4
petróleo diversos Excepcional > 100
D4.5 Gasodutos
Dutos de produtos
D4.6
químicos diversos

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 53


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
D4.7 Dutos de minérios
DIVISÃO E: SERVIÇOS
Grupo E1 Produção, compressão e distribuição de gás natural

Micro < 50
Capacidade de Pequeno > 50 < 150
Estocagem de gás natural
E1.1 Licença armazenamento Médio > 150 < 2.000
(LGN e correlatos)
(m3) Grande > 2.000 ≤ 7.000
Excepcional > 7.000
Micro < 50
Pequeno > 50 < 200
Estação de Compressão Capacidade
E1.2 Licença Médio > 200 < 500
de gás natural instalada (m3/h)
Grande > 500 < 1.000
Excepcional > 1.000

Grupo E2 Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica

Pequeno > 1 < 10


Potência Médio > 10 < 200
E2.1 Hidrelétricas Licença
instalada (MW) Grande > 200 ≤ 3.000
Excepcional > 3.000

Micro > 1 < 10


Pequeno > 10 < 30
Potência Médio > 30 < 60
E2.2 Termoelétricas Licença
instalada (MW) Grande > 60 < 120
Excepcional > 120

Micro < 15
Construção de linhas de
Pequeno > 15 < 30
distribuição de energia
E2.3 Licença Extensão (Km) Médio > 30 < 80
elétrica com tensão > 69
Grande > 80 < 150
KV
Excepcional > 150

Micro < 10
Pequeno > 10 < 30
Potência Médio > 30 < 60
E2.4 Parque Eólico Licença
instalada (MW) Grande > 60 < 120
Excepcional > 120

Grupo E3 Estocagem e distribuição de produtos

E3.1 Terminais de minério


Micro < 5.000
Terminais de petróleo e Capacidade de Pequeno > 5.000 < 10.000
E3.2 Licença armazenamento Médio > 10.000 < 30.000
derivados
(t) Grande > 30.000 < 50.000
Terminais de produtos Excepcional > 50.000
E3.3
químicos diversos

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 54


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Terminais de grãos e
E3.4
alimentos

Micro < 60 m3 comb. Líq


Capacidade de Pequeno > 60 < 120 m3 comb. Líq
armazenamento Médio > 120 < 180 m3 de comb. líq ou
Postos de venda de de combustíveis < 120 m3 de comb. líq + GNV ou GNC
E3.5 gasolina e outros TCRA líquidos (m3) e Grande > 180 < 220 m3 de comb. líq ou
combustíveis de combustíveis > 120 < 180 m3 de comb. líq + GNV ou
líquidos mais GNC
GNV ou GNC Excepcional > 200 m3 de comb. líq ou >
180 m3 de comb. líq + GNV ou GNC

Micro < 200


Pequeno > 200 < 2.000
Área construída
E3.6 Entrepostos aduaneiros TCRA Médio > 2.000 < 10.000
(m2)
Grande > 10.000 < 40.000
Excepcional > 40.000

Terminais de estocagem e Capacidade de Micro < 50


distribuição de álcool armazenamento Pequeno > 50 < 150
E3.7 carburante, biodiesel, Licença (CA) de Médio > 150 < 2.000
gasolina, diesel e demais combustíveis Grande > 2.000 < 7.000
derivados de petróleo líquidos (m3) Excepcional > 7.000

Micro < 5.000


Terminais de estocagem e Pequeno > 5.000 < 10.000
Área construída
E3.8 distribuição de produtos Licença Médio > 10.000 < 30.000
(m2)
não classificados Grande > 30.000 < 50.000
Excepcional > 50.000

Grupo E4 Serviços de abastecimento de água

Construção ou ampliação Micro > 0,5 < 20


de sistema de Pequeno > 20 < 50
Vazão média
E4.1 abastecimento público de Licença Médio > 50 < 400
(L/s)
água (captação, adução, Grande > 400 < 600
tratamento, reservação) Excepcional > 600

Grupo E5 Serviços de esgotamento sanitário coleta, transporte, tratamento e disposição de esgotos Domésticos
(inclusive interceptores e emissários)
Construção ou ampliação
Micro > 0,5 < 20
de sistema de esgotamento
Pequeno > 20 < 50
sanitário (redes de coleta, Vazão média
E5.1 Licença Médio > 50 < 400
interceptores, tratamento e (L/s)
Grande > 400 < 600
disposição final de esgotos
Excepcional > 600
domésticos)

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 55


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)

Médio < 1.000


Sistema de Disposição Vazão média
E5.2 Licença Grande > 1.000 < 1.500
Oceânica (L/s)
Excepcional > 1.500

Grupo E6 Serviços de gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos (coleta, transporte, tratamento e
disposição final)
Micro < 5
Usinas de compostagem e Pequeno > 5 < 15
Quantidade
E6.1 triagem de materiais e TCRA Médio > 15 < 100
operada (t/dia)
resíduos urbanos Grande > 100 < 300
Excepcional > 300

Micro < 100


Capacidade de Pequeno > 100 < 150
Incineradores de resíduos
E6.2 Licença processamento Médio > 150 < 200
de serviços de saúde
(Kg/h) Grande > 200 < 250
Excepcional > 250

Médio: < 60
E6.3 Estações de transbordo Licença Produção (t/dia) Grande: > 60 < 100
Excepcional: > 100

Micro > 0,5 < 30


Capacidade de Pequeno > 30 < 80
Autoclave para resíduos de
E6.4 Licença processamento Médio > 80 < 150
serviços de saúde
(t/mês) Grande > 150 < 200
Excepcional > 200
Reciclagem de materiais
Micro < 2,5
metálicos e triagem de
Capacidade de Pequeno > 2,5 < 3,0
materiais recicláveis (que
E6.5 Licença processamento Médio > 3,0 < 5,0
inclua pelo menos uma
(t/dia) Grande > 5,0 < 6,0
etapa do processo de
Excepcional > 6,0
industrialização)
Micro > 0,5 < 2,0
Capacidade de Pequeno > 2,0 < 3,0
Reciclagem de materiais
E6.6 Licença processamento Médio > 3,0 < 5,0
plásticos
(t/dia) Grande > 5,0 < 7,0
Excepcional > 7,0

E6.7 Reciclagem de vidros Licença Micro > 0,5 < 1


Pequeno > 1 < 5
Capacidade
Médio > 5 < 30
instalada (t/dia)
Reciclagem de papel e Grande > 30 < 100
E6.8 Licença Excepcional > 100
papelão

Micro: < 10
Pequeno: > 10 < 50
E6.9 Aterros sanitários Licença Produção (t/dia) Médio: > 50 < 400
Grande: > 400 < 1.000
Excepcional: > 1.000

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 56


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)

Grupo E7 Serviços de coleta, transporte, estocagem, tratamento e disposição de resíduos industriais

Micro < 5.000


Pequeno > 5.000 < 10.000
Estocagem de resíduos Área construída
E7.1 Licença Médio > 10.000 < 30.000
industriais (m2)
Grande > 30.000 < 50.000
Excepcional > 50.000

Micro < 10
Pequeno > 10 < 30
Aterro de resíduos
E7.2 Licença Área total (ha) Médio > 30 < 100
industriais
Grande > 100 < 150
Excepcional > 150

E7.3 Tratamento centralizado de resíduos industriais

Micro < 1.000


Capacidade de Pequeno > 1.000 < 2.000
Incineradores de resíduos
E7.3.1 Licença processamento Médio > 2.000 < 10.000
industriais
(t/ano) Grande > 10.000 < 30.000
Excepcional > 30.000
Micro < 10
Pequeno > 10 < 30
E7.3.2 Landfarming Licença Área total (ha) Médio > 30 < 100
Grande > 100 < 150
Excepcional > 150
Micro < 150
Outros tipos de
Capacidade de Pequeno > 150 < 200
tratamento centralizado de
E7.3.3 Licença processamento Médio > 200 < 300
resíduos industriais não
(Kg/h) Grande > 300 < 500
especificados
Excepcional > 500
Micro < 10.000
Capacidade de Pequeno > 10.000 < 30.000
E7.3.4 Blending Licença processamento Médio > 30.000 < 80.000
(t/ano) Grande > 80.000 < 150.000
Excepcional > 150.000

Grupo E8: Serviços de coleta, tratamento e disposição de efluentes líquidos industriais

Pequeno < 300


Estações de tratamento e Vazão média Médio > 300 < 500
E8.1 Licença
equipamentos associados (L/s) Grande > 500 < 1.000
Excepcional > 1.000

Médio < 1.000


Sistemas e Disposição Vazão média
E8.2 Licença Grande > 1.000 < 1.500
Oceânica (L/s)
Excepcional > 1.500

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 57


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)

Grupo E9: Serviços de saúde

Pequeno > 50 < 100


Médio > 100 < 200
E9.1 Hospitais Licença Nº de Leitos
Grande > 200 < 400
Excepcional > 400

Grupo E10: Telefonia celular

Micro < 10
Potência do
Estações rádio-base de Pequeno > 10 < 1.000
E10.1 TCRA transmissor
telefonia celular Médio > 1.000 < 10.000
irradiada (W)
Grande > 10.000

Grupo E11 Serviços funerários

Micro < 15
Capacidade Pequeno > 15 < 30
E11.1 Crematórios Licença instalada (nº Médio > 30 < 50
cremação/mês) Grande > 50 < 80
Excepcional > 80
Micro < 0,5
Pequeno > 0,5 < 1
E11.2 Cemitérios Licença Área útil (ha) Médio > 1 < 5
Grande > 5 < 10
Excepcional > 100
Grupo E12 Outros serviços

Lavanderias Micro > 200 < 500


E12.1 Número de
Industrial/Hospitalar Pequeno > 500 < 3.000
unidades
Licença Médio > 3.000 < 5.000
processadas
Grande > 5.000 < 10.000
(un/dia)
Excepcional > 10.000
E12.2 Tinturarias

Pequeno > 500 < 2.000


Manutenção industrial,
Área construída Médio > 2.000 < 10.000
E12.3 jateamento, pintura e Licença
(m2) Grande > 10.000 < 40.000
correlatos
Excepcional > 40.000

DIVISÃO F: OBRAS CIVIS

Grupo F1 Infraestrutura de transporte


Micro < 10
Pequeno > 10 < 50
Rodovia (implantação ou
F1.1 Licença Extensão (Km) Médio > 50 < 100
ampliação)
Grande > 100 < 200
Excepcional > 200

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 58


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Pequeno < 10
Médio > 10 < 50
F1.2 Ferrovias Licença Extensão (Km)
Grande > 50 < 100
Excepcional > 100

Médio < 100


F1.3 Hidrovias Licença Extensão (Km) Grande > 100 < 200
Excepcional > 200

Micro < 5
Pequeno > 5 < 10
Portos, marinas e
F1.4 Licença Área total (ha) Médio > 10 < 50
atracadouros
Grande > 50 < 150
Excepcional > 150
Micro < 3.000
Pequeno > 3.000 < 10.000
Instalações de manutenção
F1.5 Licença Área total (ha) Médio > 10.000 < 20.000
de embarcações
Grande > 20.000 < 50.000
Excepcional > 50.000

Micro < 10
Pequeno > 10 < 50
Aeroportos ou
F1.6 Licença Área total (ha) Médio: > 50 < 100
aeródromo
Grande > 100 < 300
Excepcional > 300

Micro < 5
Pequeno > 5 < 10
F1.7 Autódromos Licença Área total (ha) Médio > 10 < 50
Grande > 50 < 100
Excepcional > 100

Médio< 7
F1.8 Metrôs Licença Extensão (Km) Grande > 7 < 30
Excepcional > 30
Micro < 5
Pequeno > 5 < 50
Área de
Grupo F2 Barragens e Diques Licença Médio > 50 < 200
inundação (ha)
Grande > 200 < 1.000
Excepcional > 1.000
Micro < 0,5
Pequeno > 0,5 < 1,0
Grupo F3 Canais Licença Vazão (m3/s) Médio > 1,0 < 3,0
Grande > 3,0 < 5,0
Excepcional > 5,0

Médio < 3,0


Grupo F4 Retificação de cursos
Licença Extensão (Km) Grande > 3,0 < 5,0
d´água
Excepcional > 5,0

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 59


LICENCIAMENTO
CÓDIGO UNIDADE
TIPOLOGIA (Licença, PORTE
ESTADO DE MEDIDA
Autorização, TCRA)
Médio < 6,0
Grupo F5 Transposição de bacias
Licença Vazão (m3/s) Grande > 6,0 < 10,0
hidrográficas
Excepcional > 10,0

Grupo F6 Galpões e Canteiros de Micro > 1 < 5


Licença Área total (ha)
Obra Pequeno > 5

DIVISÃO G: EMPREENDIMENTOS URBANÍSTICOS, TURÍSTICOS E DE LAZER

Grupo G1: Artes, cultura, esporte e recreação


Clubes sociais, esportivos
G1.1
e similares
G1.2 Estádios de futebol
Parques de diversão e Micro > 2 < 10
G1.3 Pequeno > 10 < 20
parques temáticos Área total (ha)
Licença Médio > 20 < 50
Jardins botânicos e Grande > 50 < 200
G1.4
zoológicos Excepcional > 200
Outras atividades de
recreação e lazer não
G1.5
especificadas
anteriormente
Grupo G2 Empreendimentos urbanísticos
Micro > 1 < 5
Complexos turísticos e Pequeno > 5 < 10
G2.1 empreendimentos Licença Área total (ha) Médio > 10 < 50
hoteleiros. Grande > 50 < 100
Excepcional > 100
Micro > 1 < 10
Parcelamento do solo
Pequeno > 10 < 20
(loteamentos,
G2.2 Licença Área total (ha) Médio > 20 < 50
desmembramentos) e
Grande > 50 < 100
conjuntos habitacionais.
Excepcional > 100
DIVISÃO H: BIOTECNOLOGIA

Grupo H1 Biofabricas
Produção massal Micro < 5 x 106
(nº de insetos Pequeno > 5 x 106 < 10 x 106
Controle Biológico de
H1.1 Licença pré- Médio > 10 x 106 < 30 x106
Pragas
esterelizados/m Grande > 30 x 106 < 50 x106
ês) Excepcional > 50 x106

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 60


DA REMUNERAÇÃO PELA ANÁLISE
(Anexo IV do Regulamento da Lei 10.431/06)

A remuneração, pelos interessados, dos custos correspondentes às etapas de vistoria e análise dos requerimentos
das autorizações, manifestações prévias e licenças ambientais, será efetuada de acordo com a modalidade da
Licença e o Porte da atividade, segundo os valores básicos constantes do Anexo IV do Regulamento Lei
10.431/06.

Quando o custo realizado para inspeção e análise da licença ambiental requerida exceder o valor básico fixado
no Anexo IV do Regulamento, o interessado ressarcirá as despesas realizadas pelo IMA, facultando-se ao
mesmo o acesso à respectiva planilha de custos.

Nos casos sujeitos à elaboração de EIA/RIMA, ou outros estudos ambientais de maior complexidade, o
valor básico será complementado no momento da entrega dos estudos pelo empreendedor.

A remuneração para análise de projetos, sujeitos à licença conjunta, corresponderá ao valor


estabelecido para a Licença de Implantação de empreendimentos de excepcional porte, conforme
Anexo IV do Regulamento da Lei 10.431/06.

ANEXO IV - REMUNERAÇÃO BÁSICA PARA ANÁLISE DOS PROCESSOS PELO IMA (*)

TIPO VALOR (R$)

MANIFESTAÇÃO PRÉVIA (MP) 300,00

AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL (AA) 400,00

AUTORIZAÇÃO DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS PERIGOSOS (ATRP) 400,00

LICENÇA SIMPLIFICADA (LS) 500,00

LICENÇA CONJUNTA (LC) 9.000,00

TERMO DE COMPROMISSO DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL 500,00


(TCRA)

ALTERAÇÃO DA RAZÃO SOCIAL 300,00

TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE 500,00

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 61


TIPO DO PORTE DO EMPREENDIMENTO
PROCESSO
MICRO PEQUENO MÉDIO GRANDE EXCEPCIONAL

LL 500,00 800,00 1.500,00 3.000,00 6.000,00

LI e LA 500,00 1.500,00 3.000,00 6.000,00 9.000,00

LO, RLO e LOA 500,00 1.000,00 2.000,00 5.000,00 8.000,00


Fonte: Diário Oficial do Estado da Bahia
LL - Licença de Localização; LI - Licença de Implantação; LA - Licença de Alteração;
LO - Licença de Operação; LOA - Licença de Operação da Alteração.
(*) A remuneração básica, poderá ser acrescida dos custos excedidos, realizados pelo IMA, mediante planilha a
ser apresentada ao interessado.

PROCEDIMENTO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO

O licenciamento ambiental obedecerá às seguintes fases:

I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos,
projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a
ser requerida;

II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e


estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade;

III - Análise pelo órgão ambiental competente dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e
a realização de vistorias técnicas, quando necessárias;

IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, em decorrência da


análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a
reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;

V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente;

VI - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, decorrentes de


audiências públicas, quando couber, podendo haver reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e
complementações não tenham sido satisfatórios;

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 62


VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico;

VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade.

Estas fases estão sistematizadas em cinco etapas principais, a saber:

ETAPA I - REQUERIMENTO DA LICENÇA


ETAPA II - ANÁLISE TÉCNICA E JURÍDICA
ETAPA III - APRECIAÇÃO PELO IMA OU PELO CEPRAM
ETAPA IV - PUBLICAÇÃO DA LICENÇA
ETAPA V - EMISSÃO DO CERTIFICADO DA LICENÇA

Quadro 03 – Fluxo Licenciamento Ambiental Passo a Passo

LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO


REQUERIMENTO
ETAPA I DA LICENÇA FLUXOGRAMA SIMPLIFICADO

A LICENÇA DE SIM PASSIVEL DE SIM OFICINAS


N LOCALIZAÇÃO? EIA / RIMA? PREPARATÓRIAS

Á
NÃO NÃO ELAB. DO TERMO
L DE REFERENCIA
I
INSPEÇÃO
S TÉCNICA APROV. DO TR
E PELO CEPRAM

T ETAPA II ELAB. DO EIA/RIMA


É PARECER TECNICO P/ INTERESSADO
CONCLUSIVO
C
N APRESENTAÇÃO DO
EIA/ RIMA AO IMA
I
C PARECER JURÍDICO
AUDIÊNCIA
A PÚBLICA

CEPRAM: LL (gr e exc. porte) e LI/LO de empreendimentos irregulares


ETAPA III
APRECIAÇÃO
PELO CEPRAM
OU IMA IMA: LS, LL/LI/LO/ LA/LOA de empreendimentos regulares

ETAPA IV PUBLICAÇÃO DA
RESOL. OU PORT.
NO DOE

ETAPA V EMISSÃO DO CERT.


DA LICENÇA

Fonte: Autoria própria

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 63


ETAPA I - REQUERIMENTO DA LICENÇA

O interessado deverá contatar a área a atendimento ao público, na sede do IMA, em Salvador (Rua Rio
São Francisco, 01 - Monte Serrat), e requerer a Licença, Termo de Compromisso de Responsabilidade
Ambiental - TCRA ou Autorização Ambiental, através do Requerimento em formulário próprio
fornecido pelo IMA e disponível em seu site www.ima.ba.gov.br, acompanhado dos documentos,
projetos e estudos ambientais necessários ao início do processo de licenciamento.

DOCUMENTAÇÃO BÁSICA

Para instrução dos processos de autorização ou de licenciamento ambiental, o interessado apresentará ao IMA
Requerimento, através de formulário próprio, devidamente preenchido e assinado pelo representante legal da
empresa, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes.
O IMA exigirá, no que couber, dentre outros documentos e informações:

I – Requerimento, conforme Modelo Fornecido pelo Ima

II – Análise Prévia de Processos, fornecido Pelo Ima

III- Documentação Comprobatória da Qualidade de Representante Legal do Signatário do Requerimento

IV – Original da Publicação do Pedido de Licença, Conforme Modelo Padronizado do IMA

V – Certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em
conformidade com as normas ambientais e urbanísticas do Município

VI – Comprovante de Pagamento da Remuneração fixada no Anexo IV do Regulamento da Lei Estadual N°


10.431/2006

VII- Anuência Prévia da Companhia de Desenvolvimento Regional – CONDER


a) parcelamento (loteamentos e desmembramentos) acima de 30 ha
b) conjuntos residenciais com 300 ou mais unidades habitacionais
c) novos complexos industriais
d) aterro sanitário

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 64


e) empreendimentos industriais localizados em municípios da Região Metropolitana de Salvador, excetuando-se os
localizados nos Complexos ou Distritos Industriais planejados
f) outros empreendimentos de impacto urbano, considerados relevantes pelo IMA e pela CONDER.

VIII - Anuência Prévia do Pólo, Distrito ou Centro Industrial

IX – Cópia da Ata de Constituição da CTGA, acompanhada da ART do Coordenador

X – Política Ambiental da Empresa, estabelecida pela alta administração, devidamente divulgada

XI – Outorga do Direito de Uso da Água, para mananciais superficiais ou subterrâneos (no caso de captação de água,
lançamento de efluentes, extração mineral no leito do rio e outras intervenções a exemplo de construção de pontes etc.)

XII - Anuência Prévia de Órgãos e Entidades Federais, Estaduais e Municipais pertinentes

XIII - Autorização para Supressão de Vegetação expedida pelo Órgão Florestal competente

XIV – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS e/ou Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde –
PGRSS, conforme Termo de Referência do IMA

XV - Laudo do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional – IPHAN

XVI – Plano de Contingência

XVII – Programa de Gerenciamento de Risco - PGR (de acordo com a NT – 01/2009 - Norma De Gerenciamento de
Risco, aprovada pela Resolução CEPRAM Nº 3.965 de 30/06/2009)

XVIII – Plano de Emergência Ambiental – PEA

XIX – Cópia da Concessão da Licença ou Autorização anterior

XX – Avaliação do Cumprimento dos Condicionantes, acompanhada de documentação comprobatória assinada pelo


Responsável Técnico

XXI – Auto-avaliação para o Licenciamento Ambiental (ALA)

XXII – Balanço Ambiental

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 65


XXIII - Planta de Localização, Padrão ABNT, em escala compatível com o empreendimento, contendo os seguintes
elementos:

a) direção norte
b) localização do terreno em relação ao seu logradouro, indicando as vias de acesso principais, todas
devidamente denominadas. Caso o terreno em questão se situe em Estrada ou Rodovia, ou a ela referenciada,
indicar o nome/sigla, a direção e o quilômetro. Colocar sempre que possível, todos os confrontantes: à direita,
à esquerda, fundos e frente, com as respectivas numerações
c) corpos d’água existentes (lagoa, rios, etc), delimitando a sua APP
d) tipos de vegetação existente no local e seu entorno
e) caracterização das edificações existentes com destaque para a existência de clinicas médicas, hospitais,
sistema viário, habitações multi-familiares, escolas, indústrias ou empreendimentos comerciais
f) sistemas de abastecimento de água existentes
g) sistema de esgotamento sanitário existente
h) sistemas de drenagem pluvial

XXIV – Roteiro de Caracterização do Empreendimento (RCE), conforme modelo aprovado pelo IMA, acompanhado de
Mapas, Plantas (localização, baixa com cortes e fachadas, situação, instalações físicas e equipamentos, drenagem e
tratamento de efluentes), Desenhos, Projetos, Memoriais Descritivos e Fotografias representativas do Local, assinado por
Profissionais legalmente habilitados, credenciados no conselho de classe e com Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART).

Caberá ao IMA, através da área de Atendimento ao Público informar aos interessados, de acordo com a
tipologia da Licença, Termo de Compromisso de Responsabilidade Ambiental (TCRA) ou da Autorização
Ambiental requerida, quais os documentos dentre os elencados acima, que deverão ser apresentados para a
formação do processo. Nesse momento será realizada a Análise Prévia, listando os documentos necessários,
em formulário próprio.

Os documentos apresentados ao IMA em forma de XEROX, deverão ser autenticados em cartório de títulos
e documentos acompanhados do documento ORIGINAL para simples conferência e devolução imediata.

NOTA: As Licenças são sequenciais e independentes. Assim os documentos solicitados serão cumulativos,
caso a Licença anterior não tenha sido requerida. Ex: Requerimento de L.O sem ter passado pela L.L e L.I
(empreendimento irregular). Neste caso o empreendedor deverá apresentar a documentação referente as
Licenças anteriores, no que se refere a Certidões, Anuências, Outorgas, bem como efetuar a Remuneração da
Análise de todas as Licenças.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 66


Serão indeferidos os requerimentos para obtenção de licenças, Termo de Compromisso de Responsabilidade
Ambiental - TCRA ou autorizações, apresentados pelos interessados, quando verificada a omissão de qualquer
informação solicitada, dentro do prazo notificado. O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a
apresentação de novo Requerimento, mediante novo pagamento de custo de análise.

DA PUBLICIDADE DO PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL

Os pedidos de licenciamento, em qualquer das suas modalidades, e sua renovação serão objeto de publicação
resumida, paga pelo interessado, em jornal de grande circulação, excetuando-se os pedidos enquadrados como
Licença Simplificada.

A publicação dos pedidos de licenciamento, em quaisquer de suas modalidades é obrigatória, devendo ser
encaminhada pelo interessado, para publicação no primeiro caderno de Jornal de grande circulação. Tal exigência
está fixada através da Resolução n°006/86 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e visa tornar
público o licenciamento da atividade.

ROTEIRO DE CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO – RCE

O Roteiro de Caracterização do Empreendimento - RCE, bem como a exigência de plantas e memoriais é


específico para cada modalidade da Licença ( LS, LL, LI, LO, LA ) e para cada tipo de atividade, a
exemplo de atividades industriais, minerais, irrigação, empreendimentos habitacionais, entre outros.

De acordo com o tipo de atividade e o tipo da Licença Ambiental requerida, o interessado adquirirá o RCE,
junto ao IMA.

ESTUDOS AMBIENTAIS / RESPONSABILIDADE

Os Estudos Ambientais apresentados pelos interessados, necessários ao processo de licenciamento, deverão


ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor. Os profissionais que
subscrevem os estudos serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções
administrativas, civis e penais. Os documentos deverão vir assinados e acompanhados dos respectivos
Registros no Conselho de Classe Profissional.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 67


FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO

A área de Atendimento ao Público realiza a análise prévia para confirmação da modalidade do pedido de
licença e documentação pertinente, e posteriormente autua o REQUERIMENTO e demais documentos
formando o Processo de licenciamento, que recebe uma numeração própria .

Para o acompanhamento do Processo, o interessado deve referir-se a numeração supra citada, sempre que
necessário, durante todo o trâmite no IMA.

ETAPA II - ANÁLISE TÉCNICA E JURÍDICA

O Processo será submetido à análise técnica do IMA, que realizará inspeções, a fim de verificar as
informações constantes do Processo, além de avaliar “in loco” os possíveis impactos associados à atividade.
Posteriormente serão elaborados Pareceres Técnicos e Jurídicos que integrarão o Processo de Licenciamento.

A análise será coordenada por um técnico responsável que manterá contato direto com o interessado para os
esclarecimentos que se fizerem necessários, bem como para a solicitação de estudos complementares.

Se o Processo for de Licença de Localização e passível de realização de Estudo de Impacto Ambiental - EIA,
deverão ser observados os procedimentos para a Avaliação de Impacto Ambiental, constantes da Resolução
CEPRAM N°2929, de18 de janeiro de 2002.

Para os Processos conduzidos através do ALA - Auto-Avaliação para o Licenciamento Ambiental, esta etapa
de análise é bastante interativa, resultando em uma proposta de gestão ambiental por parte da empresa, através
da elaboração do ALA, de acordo com o Termo de Referência, pré definido entre o IMA e a Empresa.

Completada a análise, o Processo contendo os Pareceres Técnicos e Jurídicos do IMA, será submetido à
apreciação do Conselho Estadual de Meio Ambiente – CEPRAM, quando couber, especialmente nos casos de
Licença de Localização ou Licenças de Implantação ou de Operação, quando se tratar da primeira licença
solicitada por fonte degradante irregularmente instalada, para empreendimentos e/ou atividades de grande ou
excepcional porte.

Os condicionamentos estabelecidos na respectiva Licença serão objetos de discussão prévia entre o IMA e o
interessado.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 68


ETAPA III - DELIBERAÇÃO PELO IMA OU PELO CEPRAM

Compete ao IMA:

- Emitir todas as modalidades de Licenças ou Autorizações Ambientais, excetuando-se a Licença de


Localização (LL) de empreendimentos de grande ou excepcional porte.

Compete ao CEPRAM:

- Emitir a Licença de Localização (LL) de empreendimentos de grande ou excepcional porte;


- Emitir as outras modalidades de Licenças quando se tratar da primeira solicitada por fonte degradante
irregularmente instalada;
- Avocar processos de Autorização ou de Licença de implantação, operação ou alteração para apreciação e
deliberação, quando julgar necessário.

O Conselho Estadual de Meio Ambiente - CEPRAM reúne-se ordinariamente uma vez por mês, na Secretaria
do Meio Ambiente – SEMA, sob a presidência do Secretário do Meio Ambiente, quando são apreciados os
Processos de Licenciamento, constantes da pauta e que lhes são encaminhados, através do IMA.

Atualmente, o Colegiado é composto por 21 (vinte e um) Conselheiros, sendo 07 (sete) representantes de
cada Segmento (Poder Público, Sociedade Civil e Setor Produtivo).

Com uma antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis da data da Reunião, o Presidente do CEPRAM designa
um Relator para cada Processo constante da Pauta. O Conselheiro Relator aprecia os documentos e os
Pareceres Técnico e Jurídico do IMA e formula por escrito o seu Voto. O Voto é encaminhado previamente
a Secretaria Executiva do CEPRAM, para que seja dado conhecimento aos demais Conselheiros antes da
reunião.

Ao iniciar a reunião, é facultado a qualquer Conselheiro requerer o pedido de vista, adiamento ou diligenciar
um determinado Processo. Concedido o pedido, pela presidência, o respectivo processo passa a ser objeto de
análise na próxima reunião do CEPRAM.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 69


Não havendo discordância, nem adendo aos votos dos relatores, bem como pedido de vista, adiamentos e
solicitações de destaque, o presidente encaminha a votação dos Processos. Em sendo aprovado o
licenciamento, o CEPRAM mediante Resolução, autorizará o IMA a emitir o Certificado da Licença.

A Licença Ambiental possui condicionamentos que devem ser cumpridos pela empresa licenciada. Estes
condicionamentos referem-se às medidas de controle que devem ser cumpridas e observadas durante a
vigência da Licença.

O cumprimento dos condicionantes é objeto de fiscalização periódica pelo IMA e acompanhamento


permanente através da Comissão Técnica de Garantia Ambiental - CTGA, da respectiva Empresa.

ETAPA IV - PUBLICAÇÃO DA LICENÇA

O extrato da Portaria IMA ou da Resolução do CEPRAM que concede a licença ambiental é publicado no
Diário Oficial do Estado da Bahia, contendo a razão social da Empresa, localização, tipo de licença, prazo de
validade, unidade licenciada e dados qualiquantitativos de produção.

A íntegra da Portaria ou da Resolução contendo os condicionantes está fixada no documento do Certificado


da Licença que será entregue ao interessado.

ETAPA V - EMISSÃO DA LICENÇA

O IMA emite o certificado da Licença Ambiental, contendo o nº do Processo IMA, nº da Resolução


CEPRAM ou da Portaria do IMA, data da publicação no D.O.E, o prazo de validade da licença e a íntegra dos
condicionantes, concedendo à empresa a Licença Ambiental requerida.

O diploma legal que certifica o licenciamento da empresa deve estar à disposição das autoridades
competentes.

DO CANCELAMENTO DAS LICENÇAS


(Art. 365 do Regulamento da Lei 10.431/06)

Os atos autorizativos do Poder Público estadual poderão ser alterados, suspensos ou cancelados, a qualquer
tempo, se assim recomendar o interesse público, mediante decisão motivada, quando ocorrer:

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 70


I - violação ou inadequação de condicionantes ou normas legais;
II - omissão, ou falsa descrição de informações relevantes, que subsidiaram a expedição da licença;
III - superveniência de graves riscos ambientais e à saúde pública;
IV - superveniência de conhecimentos científicos que indiquem a ocorrência de graves efeitos sobre a saúde
humana e o meio ambiente;
V - superveniência de normas, mediante definição de prazo para ajustamento às novas exigências legais.

AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL


EIA / RIMA / AUDIÊNCIA PÚBLICA
(Resolução CEPRAM n° 2929/02)

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) se aplica para novos empreendimentos e atividades, efetiva ou
potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente, bem como para a ampliação ou
modificação de empreendimentos e atividades já existentes, que causarem impacto adicional significativo.
Para estes empreendimentos, previamente à apreciação da Licença de Localização, o CEPRAM determinará a
necessidade de realização de Estudo de Impacto Ambiental - EIA, fundamentado no Parecer Técnico,
elaborado pelo IMA.

O IMA por meio de uma equipe multidisciplinar analisa os aspectos ambientais relevantes, bem como os
impactos negativos e positivos associados à atividade, considerando os dados técnicos do projeto, a legislação
e as normas ambientais aplicáveis, concluindo pelo:

• Impacto não significativo


O IMA recomendará ao CEPRAM a emissão da Licença de Localização, mediante o cumprimento dos
condicionamentos constantes do respectivo Parecer Técnico.

• Impacto significativo
O IMA recomendará ao CEPRAM a aprovação do Termo de Referência (TR) para a realização do Estudo
de Impacto Ambiental - EIA e Respectivo Relatório de Impacto no Meio Ambiente – RIMA, pelo
empreendedor. A Resolução CEPRAM aprovando o TR será publicada no Diário Oficial do Estado.

A Resolução CEPRAM nº 2929 , de 18 de janeiro de 2002, aprovou a Norma Técnica NT-001/02, que
dispõe sobre o processo de AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL, para os empreendimentos e
atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 71


ELABORAÇÃO DO TERMO DE REFERÊNCIA E OFICINAS PREPARATÓRIAS

Caracterizada a possibilidade de impacto significativo decorrente da atividade a ser licenciada, o IMA com a
participação do empreendedor, definirá o Termo de Referência do Estudo de Impacto Ambiental - EIA,
contemplando os aspectos físico, biótico e sócio-econômico e todas as etapas básicas do EIA,
compreendendo diagnóstico, prognóstico, tecnologias propostas e suas alternativas locacionais, avaliação dos
impactos, medidas mitigadoras e compensatórias e programas de acompanhamento e monitoramento dos
impactos ambientais.

Identificada à necessidade por parte do IMA e considerando as manifestações da comunidade interessada,


serão realizadas Oficinas Preparatórias na área de influência do empreendimento, para subsidiar a elaboração
do Termo de Referência do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).

A Oficina tem como principal objetivo estabelecer um contato direto com as lideranças, associações,
cooperativas, entidades governamentais, representantes dos vários segmentos da sociedade, promotores e
formadores de opinião das comunidades diretamente envolvidas e representantes do empreendimento,
visando dirimir dúvidas e conflitos, bem como identificar pontos que devam ser contemplados no Termo de
Referência para a elaboração do EIA.

Para a elaboração do Termo de Referência, o IMA contemplará as sugestões cabíveis dos interessados, as
considerações resultantes das reuniões públicas, o conteúdo mínimo previsto no Art. 5º da Resolução
CONAMA 001/86, as diretrizes peculiares do projeto e as características ambientais da área do
empreendimento, julgadas necessárias. O Termo de Referência (TR) será encaminhado ao CEPRAM para
apreciação e deliberação final;

O empreendedor executará o EIA, de acordo com o Termo de Referência (TR), devidamente aprovado pelo
CEPRAM, devendo encaminhar ao IMA o cronograma de elaboração do EIA e do respectivo RIMA, para
que seja estabelecido entre o IMA e a Empresa reuniões periódicas para o acompanhamento do Processo.

Correrão por conta do proponente do projeto todas as despesas e custos referentes à realização do Estudo de
Impacto Ambiental, tais como: coleta de informações, trabalho e inspeções de campo, análises de laboratório,
estudos técnico-científicos, monitoramento ambiental bem como a apresentação ao IMA de 6 (seis) cópias do
EIA/RIMA, sendo 1 (uma) em meio magnético, que será objeto de divulgação junto a Comunidade
interessada.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 72


CONTEÚDO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA

O EIA deverá conter:


I - dados do proponente, objetivos do empreendimento e sua relação com os programas, planos e projetos
governamentais;
II - caracterização detalhada da concepção do empreendimento, suas alternativas locacionais e/ou tecnológicas,
descrevendo as ações necessárias à sua implantação e operação, de forma a permitir a identificação e análise dos
impactos ambientais decorrentes;
III - diagnóstico ambiental da área de influência do empreendimento, em escala adequada, sendo claramente
apresentados os critérios utilizados para a delimitação das áreas geográficas a serem direta e indiretamente
afetadas, considerando-se o alcance dos impactos nos meios físico, biótico e socioeconômico, decorrentes da
implantação e operação do empreendimento.
IV - identificação dos impactos ambientais, especificando, no caso dos impactos adversos, aqueles que serão
mitigados ou compensados, bem como os não mitigáveis, para os quais deverão ser avaliadas as conseqüências
decorrentes;
V - avaliação dos impactos ambientais, utilizando-se metodologia adequada, que permita mostrar, de maneira
clara e objetiva, as vantagens e desvantagens do projeto mediante a identificação e análise dos efeitos do
empreendimento nos meios físico, biológico e antrópico, caracterizando-os quanto à sua natureza, importância,
magnitude, duração, reversibilidade e abrangência;
VI - definição das medidas que objetivem prevenir, eliminar ou reduzir os impactos adversos, compensar
aqueles que não poderão ser evitados e valorizar os efeitos positivos do empreendimento;
VII - definição de programas específicos para execução das medidas referidas no inciso anterior, acompanhados
de cronograma físico-financeiro;
VIII - definição do programa de acompanhamento da evolução dos impactos previstos que não poderão ser
evitados;
IX - especificação e quantificação de serviços e equipamentos sociais e comunitários e de infra-estrutura básica
para o atendimento das necessidades da população, decorrentes da operação ou expansão do projeto;
X - fonte de recursos necessários à construção e à manutenção dos equipamentos sociais e comunitários e à
infra-estrutura.
Os impactos no meio físico e no meio biótico deverão ser avaliados tomando-se como unidade geográfica a(s)
bacia(s) ou sub-bacia(s) hidrográfica(s) onde se insere o empreendimento ou que serão por ele afetadas.
Deverão ser descritos e analisados os fatores ambientais e suas interações, com dados, mapas e acervo
fotográfico que permitam visualizar a situação ambiental antes da implantação do empreendimento.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 73


CONTEÚDO DO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA

O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é o documento contendo a síntese do Estudo de Impacto


Ambiental (EIA), em linguagem acessível, ilustrado por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de
comunicação visual de modo que se possa entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como as
conseqüências ambientais de sua implementação, devendo conter:
I - objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e
programas governamentais;
II - descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e/ou locacionais, justificativa para a alternativa
preferencial, e apresentação da área de influência, as matérias-primas e a mão-de-obra, as fontes de energia, os
processos e as técnicas operacionais, os prováveis efluentes, as emissões, os resíduos e as perdas de energia, os
empregos diretos e indiretos a serem gerados;
III - síntese do diagnóstico ambiental da área de influência do projeto;
IV - descrição dos prováveis impactos ambientais relacionados à localização, implantação e operação da
atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e
indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação;
V - identificação, no caso dos impactos adversos, daqueles que serão mitigados ou compensados, apresentando
as conseqüências decorrentes dos impactos não mitigáveis;
VI - a caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da
adoção do projeto e suas alternativas, bem como a hipótese de sua não-realização;
VII - a descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos,
mencionando aqueles que não puderem ser evitados e o grau de alteração esperado;
VIII - programa de monitoramento dos impactos;
IX - programa de comunicação social que permita à comunidade acompanhar a implantação e operação do
projeto.

APRESENTAÇÃO DO EIA/RIMA

O interessado apresentará o EIA/RIMA para análise do IMA, mediante relatórios parciais apresentados em 03
(três) etapas distintas (I, II e II), contemplando nos três Relatórios:

ETAPA I:
• Caracterização do Empreendimento
• Análise das Alternativas Locacionais e Tecnológicas
• Plano e Programas de Desenvolvimento Regional e Municipal

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 74


• Análise Jurídica
• Áreas de Influência do Empreendimento
• Unidades de Conservação e APP´s
• Programa de Comunicação Social

Para esta Etapa, está fixado no Regulamento da Lei Ambiental o prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias
para análise, contados a partir do recebimento do 1º Relatório. Neste período poderão ocorrer reuniões com a
equipe responsável pela elaboração do EIA/RIMA e/ou inspeções técnicas conjuntas.

ETAPA II:
• Dianóstico Ambiental das áreas de influência direta e indireta dos meios físico, biótico e antrópico,
ratificadas pelo IMA na Etapa I.

De acordo com o Regulamento da Lei Ambiental, a análise do 2º Relatório do EIA/RIMA será realizada pelo
IMA no prazo máximo de 90 dias, podendo requerer, se for o caso, complementações e ajustes necessários.

ETAPA III:
• Identificação e análise integrada dos impactos ambientais, nas fases de: planejamento, implantação e
operação do empreendimento;
• Identificação de medidas de controle ambiental: mitigadoras, compensatórias e maximizadoras;
• Planos de Monitoramento dos Impactos Ambientais do empreendimento;
• Estudo de Impacto Ambiental (EIA) completo e respectivo Relatório de Impacto no Meio Ambiente
(RIMA).

De acordo com o Regulamento da Lei Ambiental o IMA dará prosseguimento à análise do EIA/RIMA e
informará a comunidade sobre os locais onde o RIMA estará disponível para consulta pública, bem como da
abertura do prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para solicitação de audiência pública por entidade civil, pelo
Ministério Público ou por 50 (cinqüenta) ou mais cidadãos;

Após a realização de vistorias de campo, caso o(s) técnico(s) necessite(m) de informações complementares,
estas serão requeridas através da emissão de Notificação.

É de fundamental importância a presença dos projetistas e da consultoria, durante a realização das inspeções e
das audiências, para dirimir as principais dúvidas.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 75


O prazo legal para a análise pelo IMA da Licença de Localização, sujeita a EIA/RIMA é de 12 (doze) meses
contados da entrega dos estudos ambientais, de acordo com as Etapas supra descritas.

O IMA terá um prazo de até 45(quarenta e cinco) dias para se manifestar sobre a conformidade do
EIA/RIMA apresentado, de acordo com os requisitos técnicos e legais estabelecidos. Se houver necessidade
serão solicitadas complementações ao Estudo.

DIVULGAÇÃO DO EIA/RIMA

O IMA fixará em edital e anunciará através da imprensa, que o RIMA encontra-se à disposição da
comunidade interessada, em locais acessíveis, tais como: Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores,
Bibliotecas, Secretaria Executiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente, Ministério Público entre outros,
bem como comunicará a abertura do prazo, que será de 45 (quarenta e cinco) dias para solicitação de
AUDIÊNCIA PÚBLICA, por parte da Comunidade (Entidade Civil, Ministério Público ou por cinqüenta ou
mais cidadãos).

AUDIÊNCIA PÚBLICA

O IMA convocará os interessados através da imprensa local, comunicando a data e local da Audiência. Em
função da localização geográfica dos solicitantes, e da complexidade do tema, poderá haver mais de uma
Audiência Pública sobre o mesmo Projeto.

Caberá ao empreendedor a responsabilidade pela infra-estrutura operacional necessária para a realização da


Audiência Pública, tais como: organização do local, sonorização, gravação em som e vídeo, elaboração da
ATA, controle da lista de presença e recepção aos presentes.

A Audiência Pública será presidida pelo Diretor do IMA ou seu representante legal, que coordenará as
discussões com os presentes.

Ficará a cargo do empreendedor, sob a supervisão do IMA, a elaboração da ATA, que será anexada ao
processo de licenciamento juntamente com toda a documentação gerada na respectiva Audiência.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 76


PARECER TÉCNICO CONCLUSIVO

O IMA emitirá o PARECER TÉCNICO CONCLUSIVO e encaminhará o Processo ao CEPRAM,


acompanhado do respectivo EIA/RIMA e demais documentação pertinente, para que seja deliberada a
Licença, fazendo publicar a decisão no Diário Oficial do Estado.

REMUNERAÇÃO PELA ANÁLISE DO EIA/RIMA

Quando o custo realizado para inspeção e análise da licença ambiental requerida exceder o valor básico fixado
no Anexo IV do Regulamento da Lei 10.431/06, o interessado ressarcirá as despesas realizadas pelo IMA,
facultando-se ao mesmo o acesso à respectiva planilha de custos. Nos casos de EIA/RIMA, o valor básico
fixado no Anexo IV para a Licença de Localização será complementado no momento da entrega dos
estudos pelo empreendedor.

AUTOCONTROLE AMBIENTAL

Preservar o meio ambiente é dever de todos, cabendo assim, as atividades produtivas internalizarem o
espírito do autocontrole ambiental, envolvendo todos os acionistas e funcionários, de modo a integrar
o gerenciamento ambiental dos aspectos e impactos ambientais inerentes à sua atividade.

Para tanto, o órgão ambiental do Estado da Bahia introduziu na legislação ambiental estadual
mecanismos próprios para fortalecer o autocontrole ambiental dentro das organizações. Tornou
obrigatória a criação pelas empresas da Comissão Técnica de Garantia Ambiental - CTGA, que tem
como atribuição catalisar a aplicação das diretrizes ambientais; estar permanentemente atualizada com a
legislação ambiental e suas tendências e divulgá-la na organização; estar continuamente a par da
situação ambiental da empresa, alertando e acionando em cada caso os responsáveis operacionais e
educar e conscientizar os integrantes da organização sobre a questão ambiental.

O Conselho Estadual de Meio Ambiente - CEPRAM aprovou a Resolução nº 2933/02 que orienta a Gestão
Ambiental Integrada e Responsabilidade Ambiental. Esta Resolução reúne num único dispositivo legal todos
os instrumentos de autocontrole ambiental praticados no Estado da Bahia: CTGA, ALA, POLÍTICA
AMBIENTAL, acrescidos do BALANÇO AMBIENTAL.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 77


COMISSÃO TÉCNICA DE GARANTIA AMBIENTAL (CTGA)
(Resolução CEPRAM nº 2933/02)

Por ocasião do pedido de Licença de Operação e de sua Renovação, a empresa apresentará ao IMA, a seguinte
documentação comprobatória da criação da CTGA, que será anexado ao Processo de Licenciamento:

¾ Ata da reunião de criação da CTGA, devidamente registrada;


¾ Anotação de responsabilidade técnica - ART do Coordenador da CTGA e
¾ Plano de trabalho da CTGA (periodicidade de reuniões, metas, etc.)

As organizações já licenciadas, ao requererem renovação da Licença Ambiental, apresentarão um documento


de avaliação do cumprimento dos condicionamentos da licença anterior, atestado pela CTGA, comentando-os
um por um e apensando a documentação comprobatória, caso necessário.

Além disso, anualmente, a CTGA apresentará ao IMA, o Relatório Técnico de Garantia Ambiental - RTGA,
devidamente assinado pelos membros da CTGA, contendo:

a) resumo das principais ações da CTGA no ano anterior;


b) atas das reuniões ocorridas no período;

c) resultados obtidos na área ambiental, de saúde ocupacional, de higiene e de segurança;

d) demonstrativos do desempenho ambiental da atividade, ilustrados com gráficos e planilhas;

e) situação dos condicionantes das Licenças Ambientais;

f) registro dos acidentes porventura ocorridos, suas causas e medidas adotadas;

g) outras informações relevantes.

AUTO-AVALIAÇÃO PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL (ALA)


(Resolução CEPRAM nº 2933/02)

Refere-se ao processo de auto-avaliação que permite às empresas auditadas pelo órgão ambiental,
incorporarem ao processo de licenciamento de suas Unidades, as suas propostas de controle para um melhor
desempenho ambiental. Este modelo configura um sistema de cooperação mútua entre o Governo, que tem a
atribuição legal de regular as atividades com potencial de impacto no ambiente e as Empresas, que detém

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 78


maiores informações sobre a tecnologia do seu processo produtivo, visando garantir a segurança do processo
de licenciamento e a harmonia entre o controle e o crescimento econômico.

No processo do ALA a empresa elabora o estudo denominado Auto-avaliação para o licenciamento


Ambiental - ALA, contendo a caracterização ambiental da atividade, os seus principais aspectos ambientais e
as soluções propostas, através das seguinte etapas:

¾ O IMA fornece o termo de referência do ALA;


¾ A empresa designa a equipe que executará o ALA, sob a coordenação da sua CTGA, dando conhecimento
a todos os seus empregados e acionistas;
¾ Concluído o ALA, contendo as propostas de melhoria a serem adotadas pela empresa (condicionantes) e
devidamente assinado pelo Coordenador da CTGA e equipe técnica envolvida, este é enviado ao IMA, que
concluirá o seu Parecer Técnico;
¾ Concluído o Parecer Técnico do IMA, este será encaminhado para a apreciação do Conselho Estadual de
Meio Ambiente - CEPRAM, quando couber.

Dentre as principais vantagens para as empresas, podemos citar:

ª Auto-Avaliação do gerenciamento ambiental;


ª Melhoria no atendimento à legislação;
ª Maior credibilidade perante os seus empregados, a sociedade e o governo;
ª Melhor imagem pública;
ª Maior eficiência/redução de perdas;
ª Segurança do Processo de licenciamento.

Tanto a CTGA como o ALA são fortes instrumentos de educação ambiental que internalizam os princípios
do autocontrole ambiental junto a comunidade empresarial e os seus funcionários, na medida em que estes
são estimulados e motivados a refletirem sobre os aspectos ambientais da sua atividade.

A experiência da Bahia confirma que sem dúvida a efetiva proteção ao meio ambiente é melhor alcançada por
uma combinação apropriada de legislação/regulamentos e de políticas e programas estabelecidos
VOLUNTARIAMENTE pela empresa.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 79


POLÍTICA AMBIENTAL
(Resolução CEPRAM nº 2933/02)

Como pré-requisito para o requerimento da Licença de Operação e Renovação da Licença de Operação, a


empresa deverá formular e publicar a Política Ambiental, expressando os princípios e definindo os seus
objetivos e metas ambientais para a melhoria contínua da atividade.

A Política Ambiental deve ser apropriada a natureza, ao tamanho e aos impactos ambientais da atividade,
produtos e/ou serviços, sendo assim tão particular quanto a Organização para a qual ela foi formulada.
Representa o conjunto de intenções da Organização na busca do aprimoramento contínuo do desempenho
ambiental, sendo respaldada necessariamente pela alta administração, devendo ser divulgada através da
imprensa para conhecimento das partes interessadas.

Compete a alta administração a responsabilidade pelo estabelecimento da Política Ambiental da Organização,


sendo o corpo gerencial responsável por implementar a Política e atualizá-la, quando necessário.

As Normas NBR-ISO 14001 e NBR-ISO 14004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT,
recomenda que uma Política Ambiental considere:

i Comprometimento da Alta Administração, necessariamente.


• Missão, valores essenciais e crenças da Organização;
• Requisitos das partes interessadas e a comunicação com elas;
• Melhoria contínua;
• Prevenção de poluição;
• Princípios orientadores;
• Conformidade com os regulamentos, leis e outros critérios ambientais pertinentes;
• Condições locais ou regionais específicas;
• Esteja disponível para o público;
• Devidamente divulgada e documentada;
• Compatibilização com outras Políticas organizacionais tais como qualidade, saúde ocupacional e segurança
no trabalho.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 80


A Política Ambiental deve ser amplamente divulgada com o público interno e externo e revisada
periodicamente, de modo a adequá-la a situação ambiental atual da atividade. É uma ferramenta de orientação
para o estabelecimento do Plano de Ação da Empresa.

BALANÇO AMBIENTAL
(Resolução CEPRAM nº 2933/02)

O Balanço Ambiental é o demonstrativo do desempenho ambiental da atividade ou empreendimento, que


deve ser divulgado na imprensa escrita, constituindo-se como pré-requisito para o requerimento da Renovação
da Licença de Operação (RLO).
O Balanço Ambiental deverá ser apresentado, em linguagem acessível, demonstrando os resultados alcançados
no período de vigência da licença, cujo conteúdo mínimo deverá contemplar:

I - apresentação de dados quantitativos e qualitativos referentes aos principais resultados alcançados no


período da vigência da Licença de Operação, quanto à:
a) eficiência no uso dos recursos naturais (água, energia, outros materiais);
b) medidas de controle na fonte, adoção de tecnologias limpas;
c) minimização de impactos ambientais sobre os meios físico, biótico e antrópico;
d) reutilização e reciclagem de resíduos;
e) Programa de Educação Ambiental;

II - Avaliação do cumprimento dos condicionantes da licença em vigor;

III - Metas ambientais e perspectivas para o próximo período de validade da Renovação da Licença de
Operação;

IV - Notificações, advertências, multas aplicadas no período por órgãos de gestão ambiental e suas respectivas
medidas mitigadoras e demandas recebidas da comunidade quanto à aspectos ambientais e ações conduzidas
pela empresas referentes às mesmas

V - Investimentos (em R$) realizados e a realizar nas ações ambientais no período e % do investimento total
da empresa;

VI - Outras informações relevantes.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 81


DA DISPENSA DA GTGA, POLÍTICA AMBIENTAL E BALANÇO AMBIENTAL

Ficam dispensadas da constituição da CTGA, da formulação da Política Ambiental, da realização da Auto-


avaliação para o Licenciamento Ambiental - ALA, bem como da publicação do Balanço Ambiental, as
empresas classificadas como de MICRO ou de PEQUENO PORTE, de acordo com o enquadramento
previsto no Anexo III do Regulamento da Lei 10.431/06.

O LICENCIAMENTO AMBIENTAL E AS PENALIDADES APLICÁVEIS

Os empreendimentos e atividades considerados efetiva ou potencialmente poluidores não podem se


instalar sem o prévio Licenciamento Ambiental, estando sujeitos às sanções e penalidades previstas em
Lei, que podem ser aplicadas pelo IMA e pelo CEPRAM, através da Advertência, Multa, Interdição,
Embargo ou Demolição.

De acordo com o previsto no Anexo VI (Critério para Classificação das Infrações) do Regulamento da
Lei 10.431/06, todo e qualquer empreendimento e/ou atividade que se implantar ou operar sem requerer
ao IMA a devida Licença Ambiental, Autorização ou TCRA está cometendo infração GRAVE e para
esta infração está prevista a penalidade de Embargo temporário, Interdição temporária, Apreensão ou
Multa, conforme fixado no anexo VII (Penalidades Relacionadas com a Classificação da Infração) do
referido regulamento.

Transcrição parcial do art. 372 do Regulamento da Lei nº 10.431/06, aprovado pelo Decreto nº 11.235/08:

“Art. 372 - Sem prejuízo das sanções penais e civis, aos infratores serão aplicadas as seguintes penalidades,
independentemente de sua ordem de enumeração:
I - advertência;
II - multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais);
III - interdição temporária ou definitiva;
IV - embargo temporário ou definitivo;
V - demolição;
VI - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, apetrechos, equipamentos
ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;
VII - suspensão parcial ou total de atividades;
VIII - suspensão de venda e fabricação do produto;

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 82


IX - destruição ou inutilização de produto;
X - perda ou restrição de direitos consistentes em:
a) suspensão de registro, licença ou autorização;
b) cancelamento de registro, licença e autorização;
c) perda ou restrição de benefícios e incentivos fiscais;
d) perda ou suspensão da participação em linhas financiamento em estabelecimentos públicos de crédito;
e) proibição de licitar e contratar com a Administração Pública pelo período de até 03 (três) anos.
§ 1º - As penalidades previstas neste artigo poderão ser impostas isoladas ou cumulativamente.
§ 2º - Caso o infrator venha a cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações de natureza diferente, poderão
ser-lhe aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas correspondentes.”

Sem obstar a aplicação das penalidades previstas acima, é o degradador obrigado, independentemente da
existência de culpa, a indenizar e/ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por
sua atividade.

Vale ainda ressaltar que a fruição de benefícios, estímulos e incentivos fiscais e financeiros, bem como
financiamentos ou subsídios de qualquer natureza, concedidos direta ou indiretamente pelo poder
público, vinculados à respectiva atividade, na área Estadual, será sustada por manifestação do CEPRAM
perante as autoridades competentes, quando o beneficiário estiver descumprindo determinação da lei
estadual ou normas dela decorrentes.

Isto implica que empreendimentos não legalizados através da Licença Ambiental, Termo de
Compromisso de Responsabilidade Ambiental - TCRA ou Autorização Ambiental terão suspensos os
benefícios, incentivos e financiamentos, por ventura solicitados.

LEI DE CRIMES AMBIENTAIS

Em 12 de fevereiro de 1998, foi sancionada a Lei de Crimes Ambientais – Lei nº 9.605.

Destacamos o Art. 60 da Seção III da Lei 9.605, a seguir transcrito na íntegra.

“Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território
nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 83


órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes: (grifo
nosso)

Pena: detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.”

A Lei de Crimes Ambientais foi regulamentada através do Decreto Federal nº 6.514, de 22 de julho de
2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e estabelece o processo
administrativo federal para apuração destas infrações.

ATENÇÃO: O Decreto Federal nº 6.514, de 22 de julho de 2008 revogou o Decreto nos 3.179, de 21 de
setembro de 1999.

O atual Decreto dispõe no seu Art. 66:

“Art. 66. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar estabelecimentos, obras ou serviços
potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais, sem licença ou autorização dos órgãos
ambientais competentes, em desacordo com a licença obtida ou contrariando as normas legais e regulamentos
pertinentes:

Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).

Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas quem:

I - constrói, reforma, amplia, instala ou faz funcionar estabelecimento, obra ou serviço sujeito a
licenciamento ambiental localizado em unidade de conservação ou em sua zona de amortecimento, sem
anuência do respectivo órgão gestor; e

II - deixa de atender a condicionantes estabelecidas na licença ambiental.”

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 84


REFERÊNCIAS

BAHIA. Lei nº 3.163, de 4 de outubro de 1973. Cria, na Secretaria do Planejamento, Ciência e


Tecnologia, o Conselho Estadual de Proteção Ambiental - CEPRAM, e dá outras providências.

______. Decreto nº 24.350, de 4 de outubro de 1974. Aprova o Regulamento da Lei nº 3.163, de 4 de


outubro de 1973.

______. Decreto nº 7.967, de 7 de fevereiro de 2001. Aprova o Regulamento da Lei nº 7799.

______. Lei nº 3.858, de 3 de novembro de 1980. Institui o Sistema Estadual de Administração dos
Recursos Ambientais e dá outras Providências.

______. Lei Delegada nº 31, de 3 de março de 1983. Cria o Centro de Recursos Ambientais - CRA e dá
outras providências.

______. Lei nº 7.799, de 7 de fevereiro de 2001. Institui o Sistema Estadual de Administração dos
Recursos Ambientais – SEARA.

______. Lei nº 8.538, de 20 de dezembro de 2002. Modifica a estrutura organizacional da Administração


Pública do Poder Executivo Estadual e dá outras providências.

______. Decreto n° 8.419, de 14 de janeiro de 2003. Aprova o Regimento da Secretaria Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH e dá outras providências.

______. Lei n°10.431, de 20 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a Política Estadual de Meio Ambiente e
de Biodiversidade e dá outras providências.

______. Lei nº 11.050, de 06 de junho de 2008. Altera a denominação, a finalidade, a estrutura


organizacional e de cargos em comissão da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos –
SEMARH e das entidades da Administração Indireta a ela vinculadas, e dá outras providências.

______. Decreto n° 11.235, de 10 de outubro de 2008. Aprova o Regulamento da Lei nº 10.431, de 20 de


dezembro de 2006, que institui a Política de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade do
Estado da Bahia, e da Lei nº 11.050, de 06 de junho de 2008, que altera a denominação, a finalidade, a
estrutura organizacional e de cargos em comissão da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos – SEMARH e das entidades da Administração Indireta a ela vinculadas, e dá outras
providências.

BAHIA. Constituição Estadual. Salvador: EGBA, 1989. 196 p.

______. Conselho Estadual de Meio Ambiente. Resolução CEPRAM nº 2929, de 18 de janeiro de 2002.
Aprova a Norma Administrativa NA - 001/02 e seus anexos, que dispõe sobre o processo de
Avaliação de Impacto Ambiental, para os empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou
potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente, no Estado da Bahia.

ENTENDENDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PASSO A PASSO Página 85


______. Conselho Estadual de Meio Ambiente. Resolução CEPRAM nº 2933, de 22 de fevereiro de 2002.
Aprova a Norma Administrativa NA - 002/02 e seus anexos, que dispõe sobre a Gestão Integrada e
Responsabilidade Ambiental, para as Empresas e Instituições com atividades sujeitas ao
licenciamento ambiental, no Estado da Bahia.

______. Conselho Estadual de Meio Ambiente. Resolução CEPRAM nº 3.925, de 30 de janeiro de 2008.
Dispõe sobre o Programa Estadual de Gestão Ambiental Compartilhada com fins ao fortalecimento
da gestão ambiental, mediante normas de cooperação entre os Sistemas Estadual e Municipal de
Meio Ambiente, define as atividades de impacto ambiental local para fins do exercício da
competência do licenciamento ambiental municipal e dá outras providências.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil.1988.

_______. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe
sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental.

_______. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 009, de 3 de dezembro de 1987. Dispõe
sobre a realização de Audiências Públicas no processo de licenciamento ambiental.

_______. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 237, de 19 de dezembro de 1997. Dispõe
sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental.

_______. Decreto n° 99. 274/90 de 6 de junho de 1990. Institui a Secretaria Nacional do Meio Ambiente
e modifica o SISNAMA.

______. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

_______. Decreto n° 99. 274, de 6 de junho de 1990. Institui a Secretaria Nacional do Meio Ambiente e
modifica o SISNAMA.

______. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

_______. Decreto n° 6.514 de 22 de julho de 2008. Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas
ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações e dá
outras providências.

SOUZA, Maria Lucia Cardoso (Coord). Bahia nova legislação ambiental: Lei Estadual Nº 7.799, de
07/02/2001: Decreto Estadual Nº 7.967, de 05/06/2001. Salvador: CRA, 2001. 150 p.

SOUZA, Maria Lucia Cardoso. Licenciamento Ambiental Passo a Passo no Estado da Bahia. Salvador,
2002. 136 p.

SOUZA, Maria Lucia Cardoso. Modelo Institucional – Legal da Legislação Ambiental no Estado da Bahia:
retrospectiva dos últimos 30 anos. Salvador, 2003. 10 p. Não publicado.

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