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Todo conhecimento, técnica e treinamento que uma pessoa possua, resume-se a muito pouco, caso ela não
prime pela ética do aconselhamento.
Toda informação pessoal colhida em aconselhamento deve receber um tratamento confidencial irrestrito e
sigiloso.
IMPORTANCIA DO SIGILO
1. Para o aconselhando o seu problema é singular, único e inédito. Sua dificuldade lhe causa preocupações
em torno de sua auto-imagem, do seu self.
• a informação a respeito do seu sofrimento pode ameaçar o seu bem estar, realmente ou imaginariamente.
• por sentir ou imaginar estes perigos e ameaças ele procura alguém em quem possa confiar, e ele escolheu
uma pessoa bem específica: VOCÊ.
• ele quer encontrar compreensão, simpatia e seriedade - ele procura quem não jogue com as informações a
respeito de seus problemas como se isto fosse de pouca importância, ou muito pior, nutrindo a curiosidade
de outras pessoas.
• a sensação é de que as informações pudessem destruir para sempre sua auto imagem, bem como seu
próprio EU.
2. Informações sobre problemas e segredos das pessoas causam efeito e impacto sobre as outras pessoas.
• para um conselheiro habituado em ouvir todo tipo de problemas e revelações, tais informações podem não
parecer chocantes.
- Ex. A primeira revelação de adultério de uma pessoa de renome da igreja.
• para os familiares do aconselhando e seus amigos, estas informações podem ser devassadoras.
• Angústia
• Insônia
• Agitação, etc.
Médicos, advogados, ministros religiosos e qualquer pessoa que possa afirmar que as informações que
possui foram colhidas sob promessa de sigilo ético e/ou profissional, tendo a confirmação desta promessa
pelo réu em questão ou pela regulamentação da profissão, ficam desincumbidos de depor em juízo caso
assim lhes pareça por bem. Atenção: Isto também se refere ao aconselhamento de pessoas leigas, como
líderes de grupos familiares, conselheiros pastorais, líderes de células e outras atividades sociais.
CHAVE DE OURO QUE RESOLUCIONA ALGUMAS DAS QUESTÕES SOBRE O SIGILO E A ÉTICA
DO ACONSELHAMENTO:
Em caso de intencionar abrir as informações colhidas em aconselhamento por qualquer motivo, é preciso
solicitar a permissão do aconselhando. Caso este conceda a permissão, tendo especificado o que e com
quem as informações serão tratadas, então se dissolve grande parte das tensões geradas diante da questão da
ética do aconselhamento.
- o conselheiro bem intencionado supõe que pessoas sérias, achegadas a ele e/ou ao aconselhando poderiam
interceder junto ao trono de Deus buscando livramento, cura e graça.
• muitos conselheiros decidem contar as informações aos seus cônjuges, solicitando inclusive que orem em
favor do caso de atendimento.
• de qualquer maneira, por melhores que sejam as intenções, estes procedimentos pecam contra a ética do
aconselhamento.
• Todo trabalho de aconselhamento merece ser descrito, para posteriormente análise, para manter
informações vivas, para poder orar a respeito, para poder pensar e ler a respeito dos referidos temas.
• As anotações darão ao aconselhando a impressão e a certeza de que ele está sendo levado a sério.
• mas, qualquer material escrito, mesmo de formulário de avaliação e crescimento deve permanecer
guardados em lugar sigiloso e trancado; inacessível a pessoas estranhas ao tratamento do caso.
• é sábio que o conselheiro não se tenha como tão pretensioso, achando que poderá resolver sozinho a todos
os problemas que atende.
• todos os conselheiros apresentam restrições e limitações em seu saber e nas suas habilidades de
aconselhamento, e podem precisar de uma outra perspectiva que ajude a desencalhar um atendimento; para
saber, como prosseguir.
1.4. Não é aconselhável que o aconselhando veja as anotações do conselheiro a respeito da conversação
pastoral.
• as anotações podem parecer frias e técnicas, podem ser incompreensíveis, portanto, assustarem a quem
elas deveriam ajudar.
• as anotações podem transmitir informações que o aconselhando ainda não esta preparado para ouvir e
enfrentar.
• quando as histórias ilustrativas têm a fonte revelada, especialmente quando esta reside na comunidade
onde a ilustração é aplicada, então bastam algumas dicas para que o fato esteja descoberto com identidade e
outros detalhes mais - o INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO entra em ação, e a verdade central da
ilustração acaba se perdendo.
• quem foi? É a grande questão.
• se a própria pessoa estiver sentada entre os ouvintes, se sentirá traída, por mais que a ilustração tenha
recebido um tratamento anônimo praticamente absoluto.
• a pessoa em questão terá o sentimento “agora todos sabem”.
1.5.4. Em qualquer ilustração com implicações éticas, é sábio modificar as informações não essenciais que
possam identificar o conselheiro e/ou o aconselhando.
• o conselheiro não deverá intervir, especialmente se a fonte das informações verdadeiras tiver que ser
revelada - neste caso é melhor que o aconselhando seja informado, e este mesmo poderá corrigir os
equívocos.
1.7. As maiores armadilhas à ética do aconselhamento estão no próprio conselheiro através de suas
necessidades não supridas, através de seus problemas pessoais não resolvidos e através de seus desejos não
tratados diante de Deus.
2.1. Não falar acerca de outros conselheiros (criticando, censurando, etc), pois as informações fornecidas
estão na perspectiva do aconselhando e portanto, são unilaterais.
• há pessoas que peregrinam de conselheiro em conselheiro, e onde passam, precisam justificar-se pela falta
de crescimento e dificuldade de mudar de vida.
2.2. Não falar também a respeito de outras pessoas que não estejam em questão quanto aos problemas
tratados pelo aconselhando.
• de qualquer forma, freqüentemente é importante voltar o foco à pessoa em atendimento, quando esta
estiver se desviando de seus assuntos para falar somente sobre terceiros; isto é especialmente importante
quando se fala sobre terceiros sem a finalidade de crescimento pessoal.
2.3. O conselheiro não deverá tocar o aconselhando desnecessariamente, especialmente se for do sexo
oposto.
• é importante ser cordial, amável e afetuoso, mas também é importante ser discreto.
• pessoas tristes, depressivas ou perturbadas por experiências difíceis (ex. abuso sexual) podem ter naturais
e fortes desejos de afeto;
• casos de natureza sexual, problemas sexuais e conflitos envolvendo esta área são freqüentemente
acompanhados de sentimentos sensuais e de excitação.
• quando o atendimento é de crise, quando as pessoas que sofrem são conhecidas como amadurecidas
emocionalmente e espiritualmente, então certamente não fará nenhum mal se elas forem abraçadas ou
tocadas descentemente.
• os seguintes argumentos querem deixar claro que o aconselhamento implica em questões tão pessoais e
íntimas que se torna sensual em certo sentido.
• Confiança,
• Proximidade,
• Temas íntimos e secretos,
• Mistérios,
• Privacidade,
• Satisfação de estar juntos,
• Duas pessoas com objetivos comuns,
• Confidências,
• Isolamento, etc.
Estas mesmas características podem ser referidas quando à convivência de um casal em seu habitat íntimo
no quarto nupcial.
• embora os problemas sexuais como impotência, frigidez ou outras dificuldades sejam assuntos que podem
muito bem ser tratados tecnicamente, as pessoas que tratam dos problemas também são de carne e osso, têm
sensações eróticas e fantasias diante do assunto sexo.
• o tema sexo evoca facilmente o lúdico; a brincadeirinha pode instalar-se como alívio de tensão; e desta
forma, os limites podem diluir-se.
2.4.3. A comunicação melhorada supre necessidades, e assim se desencadeia o desejo de mais; isto pode
acontecer tanto com o conselheiro quanto com o aconselhando; pois, muitas vezes o próprio conselheiro
não consegue a qualidade comunicacional em seu casamento que ele consegue produzir com seus
aconselhados no aconselhamento.
• Piadas ambíguas,
• Abraços,
• Olhares - os olhos são a janela da alma, revelam o mais profundo da essência humana,
• Duração do tempo do aconselhamento aumentado, sem limites claros, pode significar um envolvimento
afetivo e sentimental, pode significar uma transferência passional.
• enquanto o conselheiro ouve a aconselhada, ele pode experimentar secretos desejos de experimentar
algumas vivências que ela teve/tem, ele pode sentir a vontade de estar no papel do marido dela;
• também a aconselhada pode desejar estar no lugar da esposa do conselheiro, quando este descuidadamente
revela sua vida pessoal; ela pode ter inveja da esposa do conselheiro, achando que este trata a sua esposa da
mesma forma que trata a sua aconselhada.
• quem busca aconselhamento, delega poder ao seu conselheiro de interferir na sua vida.
• e como qualquer oportunidade de poder se transforma em tentação, também no aconselhamento o
conselheiro se verá tentado a abusar e explorar as possibilidades deste poder.
2.5. O lugar adequado do aconselhamento.
3. OS ENCAMINHAMENTOS E AS INDICAÇÕES