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AS FESTAS DE OUTUBRO DE SANTA CATARINA E SUA

IMPORTÂNCIA NA ECONOMIA LOCAL


Diego Roth Rocha Faria1, Luiz Carlos Carvalho Júnior2
1
Pós-graduando em Gestão da Competitividade Empresarial
2
Professor Departamento de Ciências Econômicas da UFSC, lccj@cse.ufsc.br

Resumo

O turismo tem sido um importante fator para a economia de diversas


regiões e até mesmo de alguns países, utilizando suas belezas naturais e
atrativos turísticos para equilibrar sua balança comercial. Dentro desse
aspecto, este trabalho tem o objetivo de mostrar como as Festas de Outubro,
tem colaborado para manter as tradições e culturas das diversas etnias de
imigrantes do estado de Santa Catarina, assim como se tornaram grandes
geradoras de receita para seus municípios, além é claro de serem uma vitrine
para outros atrativos turísticos das cidades como arquitetura e belezas
naturais. Algumas festas não só movimentam o comércio local, mas ajudam a
desenvolver o comércio de cidades vizinhas, já que em algumas cidades o
número de turistas chega a superar o número de leitos disponível no município.
Através deste estudo queremos mostrar como uma festa organizada pode
gerar receita e desenvolvimento para a região e tornar-se a referência turística
de uma cidade, colocando-a na mídia nacional e até na mídia internacional.
Fato este que somado as belezas naturais do estado, segundo Santur,
tornaram Santa Catarina em 2009, tri-campeã em destino turístico na eleição
pelos leitores de uma das principais revistas especializada em turismo.

Palavras-chaves: Turismo, desenvolvimento regional, turismo regional,


economia.

1. Introdução

Do dicionário Aurélio, Festa, “reunião alegre para fim de divertimento; o


conjunto de cerimônias com que se celebra qualquer acontecimento,
solenidade, comemoração; dia santificado de descanso, de regozijo;
comemoração litúrgica, solenidade da igreja, romaria; regozijo, alegria, jubilo”.

As festas são desde a antiguidade um momento de sociabilização do


indivíduo. Desde quando o homem passou a dominar o fogo, cada vez que
voltavam com a caça reuniam-se em torno do fogo para saciar sua fome,
juntamente com os outros integrantes da tribo. Com o passar dos tempos as
necessidades foram mudando e o foco das festas também.

Na Roma antiga as festas foram criadas para desviar a atenção do povo


do cenário político, com a criação do coliseu e as famosas lutas de gladiadores.
Estas não só desviavam a atenção do público, mas também era grande fonte
de renda para os donos de escravos que tinham uma atividade extremamente
legal para a época. Na época medieval as festas eram realizadas nos castelos
e apenas a nobreza participava. Estas festas tinham como celebração a
conquista de uma batalha, ou o casamento de um dos filhos do rei.

Nos dias atuais a festas são mais do que uma grande sociabilização do
indivíduo, mas também representam uma atividade que movimenta a economia
local gerando receita aos cofres públicos e ao comércio.

No Brasil as maiores festas são realizadas no período de carnaval, onde


se aliando ao verão e as férias escolares, promovem um grande fluxo de
turistas nacionais e estrangeiros.

Em Santa Catarina após o enorme sucesso da Oktoberfest em


Blumenau, muitas cidades próximas começaram a divulgar suas festas atraindo
cada vez mais turistas. Cada cidade foi buscar na sua colonização a essência
para a formação de cada festa. Hoje são 13 cidades com festas distintas no
mês de outubro, e a proximidade de algumas permite que o turista conheça até
três festas em um fim de semana.

O objetivo deste trabalho é mostrar como são importantes as festas não


só para a economia no período em que elas são realizadas, mas a
possibilidade que elas permitem de fazer com que o turista retorne em outro
período para conhecer a cidade e assim movimente a economia em outras
datas. Para tanto foram coletadas informações em sites das prefeituras,
informações e dados disponibilizados pela secretaria de turismo, e reportagens.

2. Fundamentação teórica

O início do turismo propriamente dito está muito ligado com o surgimento


da indústria, embora esta atividade tenha deixado sua marca há muitos séculos
atrás. Há uma necessidade de fazermos uma análise no passado, para
compreender o significado das viagens do homem na história.

Na antiguidade uma viagem era basicamente motivada por três


interesses: motivos econômicos, políticos e militares. Nos dias de hoje embora
esses motivos ainda permaneçam, também outros motivos surgiram como
descanso, passeios culturais, religiosos, saúde e curiosidades.
A viagem turística atual estar marcada após o surgimento da sociedade
industrial, a grande concentração de pessoas nas cidades onde a saída de
turismo torna-se uma questão de sobrevivência. Encontramos laços desse
mesmo tipo com algumas cidades da antiguidade, onde podemos destacar
Roma. (Casteli)

O Estado Romano havia tornado-se o maior império do mundo, Roma


tinha tornado-se uma capital cosmopolita e começava a enfrentar problemas
similares aos de nossas grandes cidades na atualidade, como segurança.
Procuraram compensar esses inconvenientes criando o circo romano, onde o
mais famoso é o Coliseu. O Circo Máximo tinha capacidade para 40.000
pessoas e ao mesmo tempo em que tiravam de circulação marginais das ruas
era uma das maiores opções de lazer de Roma. As termas romanas deixaram
de ser apenas locais para banho e tornaram-se estabelecimentos com
bibliotecas, jardins para passeios, piscinas, massagens além claro do banho.

Outro fato importante a ressaltar é a criação das vilas romanas


construídas nas colinas ao redor de Roma. Essas residências secundárias
pertenciam às altas camadas da sociedade e eram sinais de força, a
propriedade de uma dessas casas. Atualmente podemos dizer que a sociedade
faz o mesmo com seus refúgios secretos, sejam casas de praia ou campo.

Com a decadência do império romano, viajar tornou-se mais perigoso.


Esse alto risco perdurou por séculos, porém começava a surgir outro
movimento turístico, a peregrinação. Muitos cristãos se dirigiam de toda a
Europa em direção a Roma, Jerusalém e a San Tiago de Compostela, e
também os mulçumanos a caminho de Meca. Começam a surgir os primeiros
meios de hospedagem, que não podem ser chamados de hotéis, pois não
visavam o lucro, em sua grande maioria eram mosteiros e oferecer abrigo
constituía um ato de caridade.

Com a renascença italiana, grandes descobertas abriram novos


horizontes. Com o renascimento desenvolvendo as artes e a ciência muitos
artistas começaram a viajar de cidade em cidade pintando palácios e
edificando igrejas e outros monumentos, também atores e músicos com suas
apresentações. Surgem também os Tours, pessoas que vinham em busca de
novos conhecimentos para a aplicação em suas sociedades, onde podemos
destacar principalmente os ingleses.

No século XVII surgem algumas publicações com o objetivo de orientar o


turista, uma dessas a “Of Travel” de Francis Bacon, que fornecia lista de
atrações e a recomendação de se falar o idioma do país a ser visitado. Nos
últimos séculos várias publicações surgiram algumas permanecem até hoje
como é o caso do guia Michelin e outras inúmeras literaturas surgiram além é
claro da principal ferramenta moderna a internet.
Com a revolução industrial, as cidades cresceram e tornaram-se
atrativos turísticos pela sua arquitetura, beleza, negócios e cultura, para uma
parte da população, porém outra parte sofria com as altas jornadas de trabalho,
impostas pela indústria, que constituíram na principal busca por lazer e
descanso, caso este também nos dias de hoje.

“A concentração urbana, envolveu o homem urbano da


era industrial de tal modo num processo de
desgaste físico e mental que, se ele não usufruir
momentos de lazer “explode””.

Com a industrialização, as viagens que a aristocracia faziam eram


utilizadas como complemento em sua formação, a burguesia nascente
começam a inseri-las no contexto profissional como uma orientação econômica
e busca por inovações, principalmente em viagens a Inglaterra. Surge o
movimento romantismo, exaltando o que é natural, reformulando a posição do
homem com a natureza e despertando novamente a atenção para os
balneários e até mesmo o surgimento de esportes que colocam o homem em
contato com a natureza como o alpinismo.

No século XIX, surge o hoje aclamado como primeiro agente de viagens


Thomas Cook. Foi ele o responsável pelo que chamamos hoje de agencia de
viagens. Cook organizou a primeira viagem turística de trem, comprou e
revendeu ingressos a mais de 500 pessoas, a partir deste momento se
massifica o turismo. Em 1867 inventa o “voucher” espécie de tíquete com a
qual o viajante paga a empresa prestadora do serviço e que será ressarcido
pela agência de viagens. Outros grandes comerciantes do turismo nesse tempo
foram o inglês Thomas Bennet e o alemão Louis Stangen.

Cesar Ritz, considerado nos dias de hoje o pai da hotelaria moderna, foi
o grande responsável pela estruturação dos meios de hospedagem, estes
fundamentais para o desenvolvimento do turismo. Ele introduziu o banheiro nas
unidades habitacionais criando as suítes, criou a figura do sommelier e
transformou instalações decadentes e hotéis luxuosos, revolucionando a
administração hoteleira.

As viagens turísticas de hoje só apresenta um privilégio em relação às


viagens realizadas alguns séculos atrás. Enquanto que na antiguidade as
viagens eram realizadas por pequenas minorias ou até mesmo alguns casos
individuais, nos dias atuais ela está aberta a grande parte da população do
globo.

Com a criação de novas redes de hotéis, novos meios de hospedagem,


com a inovação tecnológica nos meios de transportes, a abertura de fronteiras
por acordos entre as nações, a popularização dos cruzeiros marítimos, a
estabilização da economia em países em desenvolvimento, são fatores que
levaram a expansão gigantesca do turismo nos últimos anos. Isso chama a
atenção de alguns países para o desenvolvimento do turismo como uma opção
de obter ou chegar mais próximo de um equilíbrio na sua balança comercial,
alem de promoverem o Estado e a geração de empregos.

De acordo com Lage, Milone(2000) a oferta turística pode ser definida


como o conjunto de atrações naturais e artificiais de uma região, assim como
de todos os produtos turísticos à disposição dos consumidores para a
satisfação de suas necessidades. Nesse contexto as festas de outubro são
atrativos turísticos usados para trazer os turistas, que uma vez na cidade darão
a atenção aos elementos naturais como o clima, a geografia, a fauna e flora e
os elementos artificiais como fatores históricos, culturais e religiosos dentre
outros.

Em lugares onde há uma atividade turística ela irá gerar uma variedade
de impactos econômicos. Dentre os impactos positivos podemos citar que o
turismo aumenta a renda devido à entrada de divisas, ou seja, os gastos
efetuados na região provêm de outras regiões. A entrada de divisas pelo setor
turístico é de grande importância para o crescimento econômico da região e até
mesmo do país.

Outro impacto positivo é o estímulo a novos investimentos e


conseqüente geração de empregos. Esses empregos não necessariamente
está ligado de forma direta ao turismo, pois a grande movimentação gera
empregos em hotéis e restaurantes, mas também em lojas de artesanato,
supermercados, e outros setores de serviços. Outro exemplo que pode ocorrer
em uma região que não tenha uma infraestrutura de hotéis para atender aos
seus turistas abre espaço para que pessoas comuns recebam em suas casas
turistas fornecendo hospedagem e alimentação.

O turismo também age como meio de redistribuição de riquezas, pois o


turista obtém sua renda em sua região e gasta em outra com o propósito da
viagem. Esse fenômeno possibilita uma equiparação nas riquezas do país, pois
quem trabalha numa região de grandes centros como as capitais, onde o poder
aquisitivo é maior e em uma viagem turística ao interior faz essa distribuição na
forma de hospedagem, alimentação, transporte, compras aumentando a
riqueza local.

3. Festas de Outubro
OKTOBERFEST – Festa da Cerveja - Blumenau

A Oktoberfest de Blumenau, hoje a maior festa alemã das Américas, se


tornou uma das festas mais populares do Brasil, foi inspirada na festa
homônima alemã em Munique. Tudo começou com o casamento do Rei da
Baviera com a Princesa da Saxônia em 12 de outubro de 1810, e para festejar
o foi organizado uma corrida de cavalos. Grandioso foi o sucesso, que a festa
passou a ser realizada todos os anos com a participação do povo da região.
A festa ganhou uma nova dimensão em 1840, quando chegou a
Munique o primeiro trem transportando visitantes para o evento. Passaram a
ser montadas barracas e promovidas várias atrações. A cerveja, proibida desde
os primeiros anos, só começaria a ser servida em 1918. Atualmente, a
Oktoberfest de Munique recebe anualmente um público de quase 10 milhões
de pessoas. O consumo de cerveja chega a sete milhões de litros.
A realização da Oktoberfest, já vinha sendo preparada em Blumenau
desde 1980, porém foi logo após a grande enchente de 1983 que atingiu o
município, que ela teve seu início. A idéia era resgatar o potencial turístico da
cidade, com isso a idéia de integrá-la ao calendário de Blumenau e da
EMBRATUR, partiu dos empresários locais que viram a oportunidade de
melhorar a economia da cidade. Assim realizou-se a primeira Oktoberfest entre
05 e 14 de outubro de 1984, na PROEB (Fundação Promotora de Eventos de
Blumenau) e teve o apoio também da ACIB (Associação Comercial e Industrial
de Blumenau), CDL (Clube de Diretores Lojistas) além de sindicatos patronais
e empresas do ramo turístico-hoteleiro e outras entidades com fins lucrativos.
(BITTELBRUNN JR. 2007)
A primeira edição foi realizada em 10 dias, e foi um sucesso de público,
pois passaram pelo pavilhão da PROEB 102.000 pessoas o que representava
53% da população local. Veio 1985 e Blumenau ganhou status de primeiro
mundo e a festa teve que ser ampliada de 10 para 17 dias ficando nesse
formato até 1993. O espaço foi ampliado e agora a festa estava em dois
pavilhões.
Em 1986 dá-se a consagração da festa, o público mais que dobrou em
relação ao ano anterior, o trânsito e a segurança foram itens levados a sério
para assegurar o bom desempenho da festa. Nesse ano, ainda vieram
participações nacionais que estavam em evidência na mídia, além da
participação de grandes bandas alemãs que influenciaram as bandas locais.
Outras cidades aproveitam o sucesso e lançam suas próprias festas.
Em 1987 sucesso repetido com um incremento de 72.000 pessoas em
relação ao ano anterior. O trânsito teve uma atenção maior que começou com
mudanças quatro meses antes da festa. A banda Nussblerg Buam trouxe a
primeira canção dedicada a Blumenau, “Gruss na Blumenau”, lembrança para
Blumenau.
Em 1988, o grande problema foi a inflação, o país digeria um novo
pacote econômico, mas as cervejarias prometeram manter o mesmo preço nos
17 dias de festa. A Oktoberfest recebeu mais de um milhão de pessoas. E
Surgiu uma polêmica discutida até os dias de hoje: não seria melhor proibir
outros tipos de musicas que não fossem alemãs?
No ano de 1989, a preocupação era os altos preços do ingresso e do
chope, mas foram superados apresentando quase que o mesmo público do
ano anterior. Nesse ano foi inaugurado o placar eletrônico que marcava o
número de Oktoberfesteiros. Cinco bandas alemãs animaram a festa junto com
outras locais, que começam a se achar discriminadas.
Recorde de venda de chope na Oktoberfest de 1990, que permanece até
hoje. Embora os número de ingressos vendidos tenha sido menor que o ano
anterior, o público aumentou em 5.000 pessoas.
Com muita chuva em 1991, houve uma queda de público de quase 115
mil pessoas. Neste ano foi lançado o livro Oktoberfest – A festa da Cerveja na
abertura do evento.Houve ampliação do pavilhão B e a construção de um
portal.
O ano de 1992 se consagrou como a maior edição da festa, com
patrocinadores exclusivos injetando muito dinheiro e a Secretaria de Turismo
com o projeto Blumenau e a Oktoberfest na sua cidade, visitaram 34 cidades
no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile. O recorde de público permanece até hoje
embora as vendas de ingresso não tenham passado de 442 mil e a estimativa
fosse de 1,2 milhão de pessoas. Nota-se ainda neste ano uma mudança no
perfil do público que antes era de pessoas acima de 30 anos e agora os
adolescentes eram o público predominante.
Ao completar uma década, a Oktoberfest já começa a pensar no futuro,
a festa já não era novidade e dividia atenção com festas de outras cidades e
até mesmo em sua cidade com uma Oktoberfest paralela.
O Brasil entra no plano Real, e as pessoas se assustam com os preços
da festa, pois um cachorro quente custava R$ 3,00 (equivalente a CR$
8.250,00 na antiga moeda era muito dinheiro). A festa fica marcada pelo desfile
da Centopéia do Chope conhecida hoje até na Alemanha e pelo retorno da
banda Helmuth Högl. A partir desta edição, se acrescenta mais um dia de festa.
A décima segunda edição voltou a apresentar crescimento, embora a
prefeitura tenha investido na decoração da cidade, a rede hoteleira reclamou
que as operadoras não investiram na festa, pois os 4200 leitos ficaram com
uma ocupação de 75%. O vocalista de uma banda alemã se despediu e veio
viver no Brasil fazendo parte da banda Cavalinho Branco. Os turistas voltaram
a elogiar a festa.
Nas três edições seguintes, Blumenau enfrentou problemas com a festa
em relação ao tempo com muita chuva para o período, o que derrubou o
numero de visitantes. O foco de busca de turistas que havia mudado buscando
pessoas com poder aquisitivo não obtém sucesso e a secretaria de turismo
volta a fazer a Oktoberfest para a família. A grande atração foi a Centopéia do
Chope que após abrir a Oktoberfest de Munique mostrando a irreverência dos
brasileiros faz também a abertura dos desfiles de Blumenau.
Em 1999 pela primeira vez houve a participação dos clubes de caça e
tiro que montam um estande onde o turista pode testar sua mira com carabinas
de ar comprimido. Esta promoção visou popularizar a tradição mantida pelos
clubes.
Em 2000, Blumenau comemorou seus 150 anos em grande estilo, os
números de publico voltaram a crescer e novas atrações foram implementadas.
O maestro alemão Helmuth Högl, falecido em junho daquele ano, foi
homenageado sendo o novo nome do pavilhão A. Pela primeira vez a
população participou da seleção do cartaz de divulgação da festa. A festa
voltou a crescer.
Nas edições seguintes, as maiores mudanças foram na infra-estrutura
com a criação de um novo pavilhão e pela primeira vez a Oktoberfest recebeu
a visita do Presidente da República. Comemorou-se duas décadas da festa.
Em 2005, a principal mudança foi a entrada das cervejarias regionais e a
decoração dos pavilhões que teve como tema a colonização do Vale do Itajaí.
O parque foi remodelado de forma a transportar os turistas para antigas vilas
alemãs. A festa voltou a ter uma temática apresentada nos desfiles que
mudaram de data, para atender a solicitação dos turistas.
Em 2006 houve grande divulgação nos trades turísticos em busca de
publico de qualidade. Foi um grande sucesso e a festa voltou a patamares de
600 mil pessoas e ganhou mídia através do programa global Mais Você com a
apresentadora Ana Maria Braga.
Nos anos seguintes, a festa voltou a registrar crescimento e em 2008
comemorou 25 anos com muita chuva, mas em 2009 veio a superação e
apresentou um resultado de publico melhor que as ultimas 13 edições com a
visita de 731 mil pessoas.
Assim, a Oktoberfest vem conseguindo manter viva sua festa, pois já
passou pelas fases de exploração, investimento, desenvolvimento,
consolidação, estagnação e declínio ou rejuvenescimento. (RUSCHMANN,
1997)

Tabela 1 - Histórico da Oktoberfest


CHOPE PER
EDIÇÃO ANO PÚBLICO POPULAÇÃO CHOPE EM LITROS CAPITA
I 1984 102.000 191.004 103.000 1,01
II 1985 362.371 182.530 0,50
III 1986 802.230 485.855 0,61
IV 1987 874.945 560.713 0,64
V 1988 1.009.057 721.652 0,72
VI 1989 954.692 765.739 0,80
VII 1990 959.998 774.672 0,81
VIII 1991 844.255 212.025 561.774 0,67
IX 1992 1.010.060 553.491 0,55
X 1993 853.000 406.814 0,48
XI 1994 827.000 501.062 0,61
XII 1995 929.793 502.386 0,54
XIII 1996 515.213 230.204 352.293 0,68
XIV 1997 500.245 290.395 0,58
XV 1998 500.000 312.037 0,62
XVI 1999 607.417 284.571 0,47
XVII 2000 616.222 261.808 290.337 0,47
XVIII 2001 626.620 265.342 0,42
XIX 2002 502.937 242.654 0,48
XX 2003 605.538 263.120 0,43
XXI 2004 313.184 270.000 0,86
XXII 2005 365.288 266.811 0,73
XXIII 2006 602.941 370.000 0,61
XXIV 2007 690.144 292.972 365.000 0,53
XXV 2008 594.636 373.984 0,63
XXVI 2009 731.934 299.416 450.514 0,62
Fonte: Proeb

Analisando a tabela Histórico da Oktoberfest, podemos concluir que


embora a festa tenha batido recordes de públicos e de venda de litros de chope
o consumo per capita nunca mais se equiparou com a 1ª edição. Chegando
mais proximo apenas na 21ª edição.

Gráfico 1 - Público x População da Oktoberfest


Fonte: Elaboração própria com dados da Secretaria de Turismo.

No gráfico acima compreendemos que enquanto a taxa de crescimento


da população deu-se de forma crescente moderada, diferentemente do público
na Oktoberfest que teve um rápido crescimento até 1995 onde começou o
declínio voltando a atingir a casa das 700 mil pessoas apenas em 2009.

Gráfico 2 - Público x Consumo Chope da Oktoberfest

Fonte: Elaboração própria com dados da Secretaria de Turismo.

Neste outro gráfico percebemos a grande variação de público após a 12ª


edição da festa, o consumo embora acompanhe este movimento o faz de forma
mais cadenciada.
SCHÜTZENFEST – Festa dos Atiradores – Jaraguá do
Sul

Realizada em Jaraguá do Sul no estado de Santa Catarina, a


Schützenfest – festa dos atiradores é uma das mais empolgantes das festas do
mês de outubro. A inspiração da festa remonta ao século XIV, onde as
sociedades de atiradores tinham como finalidade básica a defesa, preparando
seus membros para o manejo correto de armas para sua utilização em caso de
guerras.

Entre as guerras as sociedades promoviam eventos entre si para a


disputa do melhor atirador, que era coroado como rei dos atiradores. Estas
competições cresceram e tronaram-se grandiosas festas populares,
desenvolvendo então novas modalidades de tiros.

Com o fim das guerras e sem seu caráter militar, as sociedades


transformaram-se em entidades recreativas e esportivas, as festas
perpetuaram ficando conhecidas como Schützenfest, festa dos atiradores.

Com a grande colonização de alemães no Brasil, essa tradição


permaneceu ainda mais forte, pois a necessidade de sociabilidade, fez com
que diversas sociedades de atiradores fossem criadas, principalmente no sul
do Brasil. As sociedades representavam muito mais que apenas a sociabilidade
em si, mas estavam ligadas a aspectos de formação de grupos, relações
econômicas, culturais e esportivas.

Embora a primeira Schützenfest tenha se realizado em 1989, ela já


vinha sendo idealizada desde 1978 pelas sociedades de atiradores, que
queriam realizar um grande encontro promovendo a escolha do rei dos
atiradores. Com essa idéia eles queriam incentivar a prática de tiro ao alvo e
preservar uma parte da cultura alemã que é a marcha em busca do rei

Em 1988 é registrada na Santur, a festa do tiro. A partir daí realizaram-


se muitas reuniões e encontros com o poder público e as sociedades de
atiradores para discutir a realização da festa. Em uma dessas reuniões é
fundada a ACSTVI - Associação dos Clubes e Sociedades de Tiro do Vale do
Itapocu. Atualmente esta associação está composta por 19 sociedades entre
os municípios de Corupá, Guaramirim, Jaraguá do Sul e Schroeder

Em 25 de agosto de 1989, é feito o lançamento da festa com um grande


baile e também eleita através de votos a primeira rainha da festa; Sonéia
Hornburg da sociedade Aliança. De 13 a 22 de outubro de 1989 realiza-se a
primeira edição da Schützenfest.
Em sua primeira edição a festa foi tão bem recebida pela população que
o grande número de pessoas visitantes no primeiro dia surpreendeu a
organização do evento. Ao fim dos 10 dias de festa computou-se 56 mil
visitantes, quase metade da população de Jaraguá do Sul na época.

Hoje a festa está na sua XXI edição, ela é organizada pela prefeitura e a
CCO - Comissão Central Organizadora sendo que esta é formada com
pessoas competentes da sociedade. Cada comissão se responsabiliza pela
organização de um determinado assunto na festa. Em 2009 houve uma grande
reestruturação da festa. Esta reestruturação foi recompensada com o
crescimento de quase 635% no número de visitantes em relação ao ano
anterior e sem dúvida nenhuma voltou a movimentar a economia da cidade.

Como toda grande festa, a Schützenfest também tem o seu mascote. O


primeiro mascote foi criado pelo departamento da empresa WEG e foi chamado
de Hans Bier. O mascote era um senhor simpático com uma carabina na mão
direita e um caneco de chope na esquerda e no fundo havia um alvo.

Para marcar a décima edição realizou-se um concurso para o desenho


de um novo mascote. Entre os 18 trabalhos, Fernando Cesar Bastos foi o
ganhador, Wilfried é o nome do novo mascote, ele represente um jovem
simpático, carismático e engraçado. Com um sorriso no rosto vestindo os trajes
típicos alemães está segurando a carabina na mão esquerda e com a direita
parece convidar o público para a festa.

Para a XXI festa o mascote foi novamente restilizado, porém desta vez
não houve a necessidade de mudança no desenho. Ele apenas foi processado
por novas tecnologias gráficas ganhando uma forma em 3D. Mas ainda é o
mesmo jovem carismático convidando ao público para essa grande festa.

Além do divertimento proporcionado ao público através dos shows e


bailes, a festa conta com os estandes de tiros onde são realizadas as
competições, parque de diversões para a criançada, várias opções de
alimentação inclusive restaurantes servindo a comida típica alemã como
Eisbein (joelho de porco), Scaloppe, Kassler (bisteca de suíno defumada),
Schlachplatte (joelho de porco, bisteca defumada e salsichas branca e rosa),
Marreco recheado com repolho roxo e Strudel.

Tabela 2 - Histórico da Schützenfest


CHOPE EM
EDIÇÃO ANO PÚBLICO TIROS SOCIEDADES
LITROS
I 1989 55.719 47.000 30.000 20
II 1990 71.659 75.000 45.000 23
III 1991 76.090 81.363 55.000 26
IV 1992 80.454 59.100 63.442 26
V 1993 92.746 70.015 48.298 27
VI 1994 95.664 86.990 48.631 24
VII 1995 95.490 89.882 45.709 25
VIII 1996 94.695 83.119 47.446 25
IX 1997 90.261 83.152 58.861 25
X 1998 102.654 80.610 55.216 24
XI 1999 100.737 80.850 66.479 24
XII 2000 97.715 77.750 83.529 23
XIII 2001 104.555 71.184 101.263 21
XIV 2002 90.157 57.530 200.438 22
XV 2003 91.204 63.590 194.129 21
XVI 2004 81.652 61.820 111.969 21
XVII 2005 83.056 64.830 117.443 20
XVIII 2006 81.625 55.870 95.367 19
XIX 2007 73.554 42.500 99.347 20
XX 2008 18.600 11.120 55.540 16
XXI 2009 117.865 63.000 93.190 19
Fonte: Secretaria de Turismo

Gráfico 3 - Público x Consumo Chope x Tiros da Schützenfest

Fonte: Elaboração própria com dados da Secretaria de Turismo.


Confrontando os dados da tabela histórico da Schützenfest com dados
do IBGE, podemos analisar que durante a terceira edição da festa em 1991 o
público participante da festa representou quase 99% da população naquele
ano. Em sua oitava edição o público ultrapassa o número de cidadãos da
cidade em pouco mais de 2%. Na primeira metade da década de noventa
houve um crescimento acentuado no público da festa, crescimento este que
permanece menos acentuado durante a segunda metade da década de
noventa e que chega a ao ano de 1999 com um crescimento de 57% em
relação ao público da primeira edição.

No ano de 2000 a décima segunda edição da festa apresenta um


número decrescente de participantes em relação aos anos de 1998 e 1999,
porém atinge a 90% em relação à população. A partir do ano 2001 tem início a
um decrescente número de visitantes até chegar em 2007 representando
apenas 56% da população. Na última edição após uma reformulação da festa
apresenta um crescimento estrondoso em relação ao ano anterior chegando a
atingir quase que 85% do número da população da cidade.

Gráfico 4 - Público x População da Schützenfest

Fonte: Elaboração própria com dados da Secretaria de Turismo.

De acordo com a tabela histórico da Schützenfest o total de chope


consumido na última edição foi de 63.000 litros. O consumo per capita foi de
530 ml. O chope era vendido em copos de 400 ml a um preço de R$ 4,00,
assim podemos dizer que o valor arrecadado com as vendas de chope foram
de R$ 630.000,00.
Para a XXI Schützenfest houve um público de 117.865 pessoas que
geraram uma receita aproximada de R$ 1.629.897,50. Deste público cerca de
dez por cento são de turistas. As principais regiões emissoras de turistas são
Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Schützenfest não
movimenta apenas a economia de Jaraguá do Sul, mas também das cidades
vizinhas de Corupá, Guaramirim e Schroeder.

MAREJADA – Festa Portuguesa e do Pescado – Itajaí

A história e criação da Marejada, Festa Portuguesa e do Pescado,


iniciou pela necessidade de desenvolver a atividade turística no município de
Itajaí. Com a proximidade da cidade de Blumenau, que promove a Oktoberfest,
onde a maior parte da demanda turística utilizava a estrutura hoteleira de
Balneário Camboriú para sua estadia, empresários e comerciantes de Itajaí se
agregaram em um propósito de criar um evento para absorver uma parte dessa
demanda.

Em 1987, a Comissão Municipal de Turismo de Itajaí, formada por


empresários e comerciantes do município, iniciaram o planejamento contando
com o apoio da Prefeitura Municipal. Próximo ao principal pólo turístico do sul
do Brasil – Balneário Camboriú, e por sua importância como produtora de
pescados, e com terminal portuário internacional, tornaram oportuna a
realização de um evento cultural que reproduzisse a importância da cidade na
região e no país.

A festa recebeu este nome inspirada no sobe e desce das mares, que os
pescadores chamam de marejada. Desde sua criação, a Marejada procura
divulgar os potenciais econômicos e turísticos da cidade, proporcionando
diversas opções de entretenimento, promovidos junto a atividades culturais e
artísticas, shows típicos do folclore português e brasileiro como: o Boi de
Mamão, Pau de Fita, Cantigas de Roda, Fadistas, Bailinhos, Fandango
Português.

Também foi implantado um engenho de mandioca e derivados, produção


e exposição de artesanato: peças em argila, renda de bilros, crivo, entalhe,
todos estes com manuseio na presença dos visitantes. Mas, destaca-se como
principal atrativo da festa a gastronomia típica com quiosques servindo petiscos
a base de frutos do mar, restaurantes especializados em pratos típicos da
culinária lusitana: Bacalhau à Gomes de Sá, Bifanas de Carne de Porco,
Pregos, Bacalhau à Eça de Queiroz, Camarão Açoriano, Caldeirada, Cambira,
Sardinha na brasa, Pastéis de Nata, Tarte de Natas, Papo de Anjo, Fios de
Ovos e uma variedade de petiscos e frutos do mar entre outros pratos só ali
encontrados, o que proporciona o resgate da cultura popular.
A primeira edição da festa em 1987 teve cinco dias de duração,
passando no ano de 1989 há ter 10 dias e em 1991 passou para 17 dias de
duração. Atualmente são 11 dias de festa.

A Maior Festa Portuguesa e do Pescado do Brasil já se tornou nos dias


de hoje um grande instrumento de divulgação do município de Itajaí, além de
ser o seu maior evento turístico-cultural. Também já é considerada a 2ª maior
festa em público e em consumo de chope entre as Festas de Outubro no
Estado de Santa Catarina, só ficando atrás da Oktoberfest em Blumenau. A
Marejada mostra as tradições portuguesas e açorianas através da música, da
cultura e da gastronomia, fazendo com que o turista se encante e o morador se
identifique.

Tabela 3 - Histórico da Marejada

EDIÇÃO ANO PÚBLICO CHOPE EM LITROS CHOPE PER CAPITA POPULAÇÃO

I 1987 S/D S/D S/D

II 1988 S/D S/D S/D

III 1989 S/D S/D S/D

IV 1990 86.459 32.596 0,377

V 1991 115.585 43.811 0,379 119.631

VI 1992 165.654 71.386 0,431

VII 1993 209.950 83.800 0,399

VIII 1994 234.435 92.574 0,395

IX 1995 250.000 92.000 0,368

X 1996 175.000 64.400 0,368 134.261

XI 1997 124.862 70.158 0,562

XII 1998 160.000 78.000 0,488

XIII 1999 S/D S/D S/D

XIV 2000 S/D S/D S/D

XV 2001 161.460 55.679 0,345 147.494

XVI 2002 180.390 56.948 0,316

XVII 2003 226.340 62.523 0,276

XVIII 2004 163.324 S/D S/D

XIX 2005 177.294 S/D S/D

XX 2006 135.356 38.459 0,284


XXI 2007 122.667 32.000 0,261 163.218

XXII 2008 155.073 40.331 0,260

XXIII 2009 106.864 31.000 0,290 172.081

Fonte: Setur Itajaí.

Analisando a Tabela histórico da Marejada, analisamos que o melhor


período da festa em termos de público foi na primeira metade dos anos
noventa, onde o público participante da festa superou a população da cidade.
Após 1995 percebemos que a festa manteve-se com uma média de 160000
pessoas participando do evento, destaque para a edição de 2003 que superou
os 220000 visitantes.

Gráfico 5 - Público x Consumo Chope da Marejada

Fonte: Elaboração própria com dados da Secretaria de Turismo.

No gráfico 5 percebemos que o consumo de chope vem descrescendo a


cada edição, mesmo com o aumento do público em alguns anos. O Consumo
per capita porém vem mantendo-se em torno de 300 ml de chope.
Gráfico 6 - Público x População

Fonte: Elaboração própria com dados da Secretaria de Turismo.

No gráfico seis percebemos o grande crescimento da população da


cidade de Itajaí nos últimos anos, fato que não ocorre com a mesma
intensidade com a festa da Marejada, pelo contrário apresenta um
decrescimento de público nos últimos anos, apesar de um bom resultado no
ano de 2008.

TIROLERFEST – Festa da Imigração Austríaca – Treze


Tílias

Fundada em 1933 por imigrantes austríacos, a cidade possui pouco


mais de cinco mil habitantes. A arquitetura dos Alpes está presente em
praticamente todas as construções, dando a impressão de que se está em uma
típica cidade da Áustria. A tradição pode ser vista nos jardins e na decoração
das casas, na arte do entalhe em madeira, na gastronomia típica, no hábito de
beber cerveja e nas comemorações festivas, quando toda a comunidade
ostenta com orgulho seus trajes típicos.

Treze Tílias está festejando 76 anos de Imigração Austríaca. Homens e


mulheres de estatura alta, crianças loiras de olhos azuis, sotaque carregado,
trajes típicos com cores vibrantes e bordados primorosos. Assim são os
habitantes de Treze Tílias, no meio-oeste catarinense, que promovem todos os
anos a mais bela festa fora do Tirol: a Tirolerfest.

A Tirolerfest está para os habitantes do “Tirol Brasileiro” assim como a


Oktoberfest está para Blumenau. Durante seis dias a cidade fica tomada pela
alegria e pelo espírito festivo da dança, da música e dos grupos folclóricos.
Bebe-se milhares de litros de chope e cerveja e são consumidos os mais
deliciosos pratos típicos da Áustria. As histórias da Pátria-Mãe e a saga dos
imigrantes são revividos nos desfiles alegóricos pelas ruas centrais da cidade.
À noite, nos pavilhões de shows, habitantes, turistas e muitos austríacos em
visita a familiares, divertem-se e levantam canecas em festivos brindes de
confraternização e amizade, no mais autêntico estilo de vida tirolês.
(SANTUR,2010)

A Tirolerfest – Festa da Imigração Austríaca – foi realizada pela primeira


vez em outubro de 1934. O evento que inicialmente era promovido em dois
dias, foi ampliado, e a cada novo ano ganha mais e mais destaque seja na
mídia regional, estadual ou nacional. A Tirolerfest enfatiza através da dança, do
canto, das famosas bandas, a cultura austríaca, isso sem esquecer as
deliciosas comidas típicas regadas a um bom copo de cerveja. Bailes, desfiles
históricos, exposição de arte e artesanato. Tudo isso e muito mais a espera dos
turistas.
Tabela 4 – Dados das Últimas edições da Tirolerfest

EDIÇÃO ANO PÚBLICO HÓSPEDES NOS HOTÉIS POPULACAO


LXXV 2008 15.000 2940 5800
LXXVI 2009 20.000 2462 6004
Fonte: Elaboração própria com dados da Secretaria de Turismo.

A 76ª edição da Tirolerfest foi um sucesso, segundo dados da secretaria


de turismo do município, foram mais de 20.000 pessoas visitando Treze Tílias.
Esse número representa quase três vezes o número da população no período
da festa. Em relação ao ano de 2008, houve um crescimento de 5000 novos
visitantes, e com um diferencial em 2008 foram dez dias de festa enquanto em
2009 a festa foi realizada em cinco dias.

Gráfico 7 - Público x População


Fonte: Elaboração própria com dados da Secretaria de Turismo.

No gráfico sete, podemos perceber claramente que o crescimento de


público tem sido de uma forma muito mais acentuada que o crescimento da
população. Com esse dado podemos perceber que a organização da festa
consegue atingir seu objetivo, que além de promover e incentivar o turismo na
cidade consegue movimentar o comércio local. A cidade aproveita para
divulgar seus pontos turísticos como os diversos parques da cidade,
monumentos, a arquitetura e o trabalho dos escultores locais.

Gráfico 8 - Público x Hospedagem

Fonte: Elaboração própria com dados da Secretaria de Turismo.

Como podemos ver no gráfico oito, em 2008 a soma dos turistas


hospedados nos hotéis da cidade mais a população local representa pouco
mais de 58% do total de visitantes da festa, em 2009 essa representação não
chega a 45%, o que podemos concluir que esse aumento de visitantes
hospedando-se em cidades vizinhas, movimentou não só o local da festa como
de toda a região próxima, pois nos hotéis da cidade não existem leitos
suficientes para essa demanda. A Tirolerfest vem se consolidando a vitrine
turística para o município de Treze Tílias.

A Tirolerfest é a única festa que desenvolve um tema para cada ano.


Este tema geralmente está ligado à sua cultura. Em 2009 o tema escolhido
para a festa foi a Edelweiss, flor típica dos alpes, que significa amor e amizade
eterna. Para 2010 o tema já foi escolhido, o Campanário. A função primária do
Campanário era de se comunicar, pois conforme os sinos soavam as pessoas
sabiam seu significado. Outros dois símbolos colocados às vezes
individualizados às vezes junto; o galo que representa o despertar para o novo
amanhecer e as setas que representam o pontos cardeais indicam a direção a
ser seguida.

Para a Festa de 2010 os significados são específicos, o Campanário


expressa a cultura austríaca e o som representa o convite a todos os turistas e
moradores para participarem da Festa Tirolesa. Os pontos cardeais significam
o direcionamento do turista na localização da maior festa austríaca, o galo
remete ao despertar para o trabalho, ele chama o turista para a vida, a festa e
um aprendizado cultural. (Secretaria de Turismo)

FENARRECO – Festa do Marreco Recheado – Brusque

A festa nacional do marreco de Brusque, mais conhecida como


Fenarreco, foi criada em 1985 para festejar a cultura alemã e divulgar um
famoso prato da culinária alemã: o ente mit rotkohl, ou marreco com repolho
roxo. Esta iguaria é degustada com purê de batatas, chucrute, molhos fortes e
naturalmente com o chope gelado.

A festa entrou para o calendário no mês de outubro, integrando-se ao


roteiro das festas de outubro, juntamente com a Oktoberfest(Blumenau) e a
Marejada(Itajaí).

A cidade de Brusque, está localizada no Vale Europeu, sendo um dos


mais importantes pólos confeccionistas do país. Sua colonização alemã,
italiana e polonesa traduz um estilo de vida peculiar até hoje, através da
arquitetura e gastronomia.

A Fenarreco recebe um grande movimento de turistas que gera um


grande aumento na receita dos comerciários. A rede hoteleira da cidade chega
a obter um incremento de 30% durante os dias da semana e aos fins de
semana e feriados chega a atingir os 100% de leitos disponíveis no município.
Os turistas geralmente aproveitam a proximidade e também visitam
outras duas festas que acontecem nas cidades vizinhas como a Marejada em
Itajaí e a Oktoberfest em Blumenau, da mesma maneira que muitos turistas
dessas cidades também visitam Brusque e a Fenarreco.

Gráfico 9 – Número de Participações na festa

Fonte: Pesquisa de Satisfação ao visitante 24ª edição da Fenarreco/2009.

A Fenarreco após entrar em um período de decadência, a secretaria de


turismo em 2009 a reestruturou e voltou a colocar a Fenarreco como uma das
grandes festas realizadas em outubro. Podemos verificar de acordo com o
gráfico nove que em 2009 quase 50% dos visitantes era a primeira vez que
participavam do evento. E podemos dizer que muitos voltaram a participar pela
grande reestruturação feita pela secretaria de turismo. Ainda assim a fenarreco
mostra que é uma festa de qualidade pois 45% de seu público já participou de
mais de três edições da festa.

Gráfico 10 – Avaliação das instalações


Fonte: Pesquisa de Satisfação ao visitante 24ª edição da Fenarreco/2009.
Toda esta qualidade da festa está representada no gráfico dez, na
pesquisa de satisfação onde o público avaliou os principais serviços da 24ª
Fenarreco em nível de bom a excelente, reconhecendo o esforço da secretaria
de turismo em colocar a Fenarreco de volta as festas mais visitadas no circuito
Festas de Outubro.

Gráfico 11 – Residência permanente do público

Fonte: Pesquisa de Satisfação ao visitante 24ª edição da Fenarreco/2009.


Passaram pelos pavilhões da Fenarreco em 2009 cerca de 140.000
pessoas. Como podemos verificar no gráfico onze, a grande parte do público
reside na cidade, 37800 visitantes provêm de outras cidades catarinenses e
26600 visitantes de outros estados.

Este ano a festa realizará sua 25ª edição e como novidade abrirá os
portões as 11 horas para o almoço, sempre com música ao vivo. Outro
diferencial para este ano será o concurso nacional de grupos folclóricos de
diferentes etnias. Eles se apresentarão durante a festa competindo e
animando.(Secretaria de Turismo)

OUTRAS FESTAS REALIZADAS NO MÊS DE OUTUBRO -


BREVE RELATO

KEGELFEST – Festa Nacional do Bolão – Rio do Sul


A cidade de Rio do Sul também não poderia ficar de fora do circuito das
Festas de Outubro, e em 1990 foi criada a Kegelfest A Festa Nacional do
Bolão. A festa tem como objetivo manter as tradições germânicas do Alto Vale
com suas comidas típicas, do bom chope e com o jogo de bolão.

Durante várias décadas o bolão foi praticado como principal esporte


dentro dos clubes de tradições alemãs que mantiveram a denominação de
Caça e Tiro. A festa que antes era apenas para as competições dos clubes
passou a ser realizada em conjunto com a Secretaria de Indústria, comércio e
turismo, como atrativo turístico para a cidade de Rio do Sul.

Para incentivar a participação foram criados os concursos de tomadores


de chope no pino e a Copa Kegelfest atraindo bolonistas de todo o sul do país.

O bolão é um esporte trazido para o Brasil pelos imigrantes alemães, ela


apresenta duas modalidades: Bolão 23, onde a bola tem 23 cm de diâmetro e
pesa entre 10 e 12 kg e o Bolão 16 onde a bola tem 16 cm de diâmetro e pesa
3 kg. A cancha tem 30 metros de comprimento por 2 metros de largura, os
pinos apresentam 40 centímetros de altura e pesam em torno de 2 kg cada. Ao
total são nove pinos, dispostos a uma distancia de 35 centímetros um do outro,
exigindo muita concentração do atleta.

Devido ao esporte, os organizadores da festa afirmam que na Kegelfest


bate o recorde de consumo de chope por participante, devido ao grande
esforço físico.

Em 2003 o evento ganhou local próprio, o Centro de Eventos Hermann


Purnhagen, foi construído para maior segurança e conforto.
Além do chope há muita comida típica como Eisbein a pururuca, Eisbein
cozido, File ente mit, Fleischwurst, Kassler e o Marreco Recheado. Durante
toda a festa o público pode participar do Tiro ao Alvo, Tiro ao Pássaro e a
competição de Chope no Pino.(Secretaria de Turismo)

FENAOSTRA – Festa da Ostra – Florianópolis


Alavancada pelo cultivo da ostra, cuja produção anual já alcança a
marca de mais de um milhão de dúzias, a Fenaostra mistura ingredientes
irresistíveis para quem aprecia os deliciosos pratos à base de frutos do mar e
quer iniciar-se nos prazeres da degustação dos mais variados pratos, tendo a
ostra como ingrediente principal. A Fenaostra é a única promoção do gênero no
país a reunir num mesmo espaço atividades nas áreas gastronômica, técnico-
científica, econômica, artística e cultural, tendo como tema a maricultura.

São cursos, concursos, workshops, seminários, feiras de produtos e


serviços, jornadas de negócios, além de um amplo salão de gastronomia e de
muita diversão, com mais de 150 artistas mostrando o melhor da música,
teatro, dança e folclore regionais. Essa diversidade foi a receita para o sucesso
do evento, criado em 1999, e faz dele um diferencial no circuito festivo de
outubro em Santa Catarina.

Mais que uma festa, a Fenaostra é um cardápio de oportunidades, que


gera impactos diretos no consumo e produção de ostras. Graças a esse
desempenho, Florianópolis detém a liderança absoluta dos mercados do
estado e do Brasil, com 1,2 milhão de dúzias, o que corresponde a 80% da
produção nacional.

A Festa Nacional da Ostra tem estandes para comercialização de


artesanato, com ênfase para produtos com motivos marinhos e venda de
lembranças do festival. Mas, o destaque na área de exposições é a Feira de
Produtos e Serviços, voltada à gastronomia e aqüicultura, contando com a
participação de 25 empresas de Santa Catarina e do Brasil, além de
convidados da França, terceiro maior produtor de moluscos do mundo, e dos
Açores, região que influenciou a colonização de Florianópolis. Por trás do
embalo festivo, o evento traz também uma série de atividades de cunho
científico. (SANTUR, 2010)

HEIMATFEST – Festa das Origens – Forquilinha


A Heimatfest – Festa das Origens direciona as atenções no mês de
outubro ao sul de Santa Catarina, para a cidade de Forquilhinha. O município
mostra seu lado festivo, suas etnias, costumes, gastronomia e diversas outras
atrações para os visitantes.
As etnias colonizadoras do município alemã, italiana, polonesa,
japonesa, portuguesa e negra são homenageadas durante a festa. A
Heimatfest surgiu para motivar os moradores a resgatar e manter vivas as
tradições culturais, a gastronomia e o acervo histórico dos colonizadores
responsáveis pela formação do município de Forquilhinha. O município é
conhecido como a cidade mais alemã do Sul de Santa Catarina, devido aos
alemães terem sido os pioneiros na formação da colônia.
Durante os 10 dias de festa acontecem desfiles, apresentações artísticas
e musicais, atividades esportivas, encontros e palestras, mostras e exposições,
concursos, diversidade gastronômica, festivais, bailes, shows, lazer e
entretenimento.
Todas as atrações da Heimatfest são realizadas no Centro de Eventos
com rua coberta, no Centro de Forquilhinha. O espaço em estilo germânico foi
construído para abrigar a festa e se tornou uma das maiores atrações da
região. Em 2010 a festa entra em sua quinta edição.(SANTUR, 2010)

OBERLANDFEST – Festa do Folclore – Rio Negrinho


Promovida pelo Grupo Folclórico Germânico Oberland é uma entidade
cultural sem fins lucrativos, que precisa de recursos financeiros para manter
suas atividades. Dessa forma seus membros representados por cerca de vinte
casais vêm realizando anualmente desde 1991 uma festa típica germânica, que
envolve toda a comunidade de Rio Negrinho e região. Com o lucro dos pontos
de consumo de bebidas e da praça de alimentação é que o grupo mantém
ativas suas atividades.
A Oberlandfest chamou a atenção da população da cidade e caiu logo no
gosto popular. Nos três dias do evento acontecem atrações que vão dos
tradicionais bailes animados por bandas típicas, concursos de tiro ao alvo,
tomadores de chope em metro, bierwagen, desafios entre serradores de lenha
e muita comida típica.
O evento acontece no Clube da Sociedade Musical Rio Negrinho e envolve
toda a comunidade que se diverte à noite nos animados bailes regados a
chope.

BANANENFEST – Festa da Banana – Corupá


Com o intuito de difusão da cultura do município, o Rotary Club, Casa da
Amizade, Associação dos Bananicultores de Corupá (ASBANCO) e o
Seminário Sagrado Coração de Jesus, em parceria com a administração
municipal, desenvolveram o projeto para criação de uma festa popular e surgiu
então no ano de 2002 a Bananenfest, Festa da Banana, sendo que Corupá
naquele ano já se destacava como maior produtor nacional desta fruta, e cujo
título foi oficializado em 03 de dezembro de 2002, pela Assembléia Legislativa
do Estado de Santa Catarina, sob aprovação do Projeto de Lei nº 12.472.
Em outubro de 2009, realizou-se a VIII Bananenfest, vindo ao encontro
dos princípios da preservação e difusão da história de um povo, fazendo
conhecer mais e melhor toda a história sócio-cultural do município de Corupá,
buscando junto à comunidade o apoio e envolvimento cada vez mais efetivo
para que seu povo sinta-se orgulhoso e lisonjeado com a capacidade e
potencialidade do município em fazer-se presente nacionalmente no rol de
grandes festas, mobilizando dezenas de pessoas em busca de conhecimento,
diversão, lazer e cultura.
A Bananenfest tem como objetivo divulgar o município de Corupá como
Capital Catarinense da Banana, juntamente com o Estado de Santa Catarina
que conquistou a nível nacional a posição de maior exportador de banana,
acompanhada pela difusão da cultura local, tradições, seu uso e
aproveitamento na culinária e o manejo adequado para produção da fruta e
demais matérias primas possíveis de serem exploradas junto à bananeira.
(SANTUR, 2010)

4. Considerações Finais

Ao término deste estudo podemos perceber que muitas cidades


aproveitaram-se do sucesso da Oktoberfest e lançaram suas festas para um
novo público e não somente para os cidadãos de sua cidade.
Percebemos que algumas se tornaram altamente organizadas fazendo
uma grande concorrência pela busca de turistas. Outras no entanto não se
tornaram tão importantes e algumas até deixaram de figurar as festas de
outubro.
Fato marcante que podemos ressaltar é que as festas que já estão
sendo realizadas a uma ou duas décadas já passaram por altos e baixos. Já
atingiram seus picos de público e de consumo de chope, decaíram e
retornaram a uma boa média de freqüentadores.
Notamos que algumas festas também evoluíram bastante em termos de
produto oferecido ao turista, deixaram de apenas vender chope, mas
promoveram suas culturas, lançaram suas cidades em âmbito nacional,
especializaram a gastronomia e o próprio chope, onde algumas passaram a
oferecer o produto produzido em sua própria região.
Outro fato importante de destacar é que as principais festas tiveram um
maior movimento de público até o ano de 1995, após esse período mantiveram
uma boa média de público, mas devido ao surgimento de outras festas não
conseguiram atingir seus recordes como é o caso da Oktoberfest de Blumenau
que não atingiu mais sua marca de um milhão de pessoas. Esse fato foi
conquistado pela Schützenfest que em 2009 teve 117 mil pessoas visitando o
evento e superando sua melhor marca que havia sido em 2001 com 104 mil
pessoas.
Dentre as festas pesquisadas outra constatação que podemos fazer é
que poucas ainda utilizam a internet como meio de divulgar seu evento. Não
existe um site próprio para algumas festas, e muitas estão vinculadas aos sites
da prefeitura do município, que trazem pouca informação sobre a programação
e dados da festa dos anos anteriores.
Nos dias de hoje a internet é uma excelente ferramenta de divulgação
turística para os municípios, uma vez que expõe o município ao acesso de
pessoas de toda parte do globo. Com isso a Santur que é o orgão máximo do
governo na prospecção de turistas para o estado deveria fazer um trabalho
específico com esses municípios dando um suporte maior nessa nova forma de
estrutura.
Sem dúvida, Santa Catarina é um estado beneficiado pelas diversas
culturas e belezas naturais. Fato este que tornaram o Estado vencedor pela
terceira vez consecutiva como melhor estado para turismo, prêmio concedido
pela revista Viagem e Turismo.

5. Referências

BITTELBRUNN JR. Antonio Turismo e Desenvolvimento regional : o caso


Oktoberfest de Blumenau Santa Catarina, Blumenau: 2007.

CASTELI, Geraldo Turismo Atividade marcante do século XX, Caxias do


Sul: Educs,1990.

LAGE, Beatriz Helena Gelas; MILONE, Paulo César Economia do Turismo, 7


ed. ver ampl. São Paulo: Atlas, 2001.

RODRIGUES, Adyr Balastreri Turismo Desenvolvimento Local, São Paulo:


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