Você está na página 1de 18

RENATA VICENTIN DA SILVA

AS CAPITAIS DA EUROPA BARROCA


EO
AMBIENTE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Sumário
1

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................02
2 BARROCO...........................................................................................................03
2.1 BARROCO ITALIANO.......................................................................................03
2.2 BARROCO FRANCÊS..................................................................................... 03
3 AS CAPITAIS DA EUROPA BARROCA.............................................................04
3.1 PARIS................................................................................................................05
3.2 LONDRES..........................................................................................................06
3.3 VIENA................................................................................................................07
3.4 TURIM................................................................................................................08
3.5 NÁPOLES..........................................................................................................09
3.6 AMSTERDÃ.......................................................................................................10
4 O AMBIENTE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL...................................................11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................15
BIBLIOGRAFIAS......................................................................................................16

1 INTRODUÇÃO
2

O presente trabalho tem por objetivo, apresentar as características do


barroco, barroco italiano e barroco francês voltado no que diz respeito a sua
arquitetura inédita, tendo mais tarde uma reação ao passadismo e a recuperação do
clássico. Cuja subsequência as principais capitais da Europa nessa época com
ênfase em seu traçado e desenvolvimento urbanístico e os ideais estéticos
paisagísticos, destacando grandes nomes de arquitetos desta fase.
Como seguimento da pesquisa, a arquitetura que surge com a Idade
Contemporânea irá, em maior ou menor grau, refletir os avanços tecnológicos e os
paradoxos socioculturais representados pelo advento da Revolução Industrial. As
cidades passam a crescer de modo inédito e novas demandas sociais relativas ao
controle do espaço urbano devem ser respondidas pelo Estado, o que acabará
levando ao surgimento do urbanismo como disciplina acadêmica.

2 BARROCO
3

O barroco foi o estilo que se manifestou em várias formas de arte na Europa


ocidental e na América Latina, nasceu na Itália, mais
especificamente na Roma Papal seiscentista na metade do século XVI ao final do
século XVII, foi uma era que refletiu um certo declínio da Igreja Católica diante da
Reforma Religiosa empreendida no século XVI.

Na arquitetura teve seu início no século XVII e realizou-se principalmente nos


palácios e igrejas. Quanto ao estilo da construção, os arquitetos deixam de lado os
valores de simplicidade e racionalidade, típicos da Capela Pazzi, de Brunelleschi,
por exemplo, e insistem nos efeitos decorativos, pois no Barroco "todo muro se
ondula e dobra para criar um novo espaço". Disso, resultou a preocupação
paisagística com os grandes jardins dos palácios e com a praça das igrejas.

2.1 BARROCO ITALIANO

O Barroco italiano foi um estilo artístico e arquitetônico que vigorou na Itália


do séc. XVI até o século XVIII, tendo como características arquitetônicas as
ondulações; efeitos decorativos; preocupação paisagística com grandes jardins,
tendo como principal arquiteto Bernini.

Na arquitetura barroca italiana, a expressão típica são as Igrejas, construídas em


grande quantidade durante o movimento de Contra Reforma. Rejeitando a simetria
do renascimento, destacam o dinamismo e a imponência, reforçados pela
emotividade conseguida através de meandros, elementos contorcidos e espirais,
produzindo diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no desenho dos
interiores.

2.2 BARROCO FRANCES

O estilo barroco de arte, caracterizado por cores dramáticas e design


opulento, dominou a produção artística francesa no século XVII. Muitos edifícios da
realeza foram construídos nesse estilo na França, a arte barroca foi substituída
como o estilo dominante pelo neoclassicismo, que surgiu em meados de século
XVIII. A arquitetura francesa durante o período barroco se caracterizava por
4

fachadas retilíneas horizontalidade e simetria, vastos e ornamentados palácios e


jardins elaborados.

Durante a segunda metade do século XVII, o famoso Palácio de Versalhes foi


construído como residência pessoal de Luís XIV. O Museu do Louvre também foi
expandido durante esse período. O período barroco passou a ser definido pelo
reinado de Luís XVI, que durou de 1661 a 1715. O compositor pessoal do Rei Sol,
Lully, e o astro arquiteto (Mansart) posteriormente encarnaram as principais
características do estilo e da sensibilidade artística do barroco francês.

3 AS CAPITAIS DA EUROPA BARROCA

A cidade Barroca foi a espacialização dos ideais dos absolutismos e seu traçado-
centro urbano, palácio e jardim- baseava-se em um conjunto de premissas teóricas e
de idealização, perspectiva e geometria. Os eixos divergentes e convergentes era a
expressão e instrumento de poder, representando um ponto de vista abrangente,
que aconteceu em outros países europeus.

Em finais do século XVI, a cidade era vista sobretudo como um espaço político,
centro poderoso de decisão e de grande importância estratégica. Seu traçado
predominantemente medieval sofreu intervenções segundo as teorias
renascentistas, que permitiram a abertura de vias e praças, edificadas dentro dos
princípios da simetria e da proporção. Os ideais estéticos da Renascença defendiam
o alargamento de ruas, as quais deveriam confluir para construções monumentais,
agora destacadas em praças ajardinadas, repletas de fontes esculturais, estátuas,
obeliscos e colunatas. Sendo concebida como artefato humano, a cidade deveria ser
a mais geométrica possível e seu crescimento ditado pela harmonia e Razão.

A partir do Barroco, os jardins expandiram-se em amplas praças com desenhos


geométricos e escalonados em diversos planos, estabelecendo-se como uma
paisagem completa simétrica e regular, onde os edifícios eram vistos como cenários
e a natureza trabalhando-se ao entorno, com cursos de água canalizados, percursos
estabelecidos formando desenhos em relevos e alamedas, com canteiros floridos,
colunatas, estátuas e chafarizes. Dentre. as capitais europeias que mais se
destacaram nesse período estão:
5

3.1 PARIS

A singularização é o que define o urbanismo de Paris, que procura


uniformidade de suas praças e grandes avenidas. Sendo uma das cidades
europeias mais importantes durante a Idade Média, situada em um ponto de
cruzamento de rios, Paris tornou-se importante centro de poder político e cultural.
Sofreu vários ataques de bárbaros (muçulmanos e normandos) e, no século XIII,
finalmente pode se expandir, quando os pântanos (Marais) foram drenados. Foi no
século XVI que Paris se desenvolveu atingindo cerca de 200.000 a 300.000
habitantes, dos quais já ultrapassavam seus muros. Com tudo as guerras ocorridas
entre 1589 e 1594 danificaram gravemente a cidade e Henri |empreendeu um amplo
programa de renovação urbana, realizando obras, proporcionando a capital um
aspecto novo.

Entre os destaques de Paris está o Palácio de Versalhes. Considerado o


maior palácio da época e um dos maiores atualmente, o Palácio de Versalhes possui
ampla extensão que ocupa mais de 100 hectares com um parque ao entorno de 700
m². O jardim encomendado por Louis XlV para o agora famoso jardim de Le Nôtre,
encontra-se em uma planície pantanosa, próxima a cidade de París, caracterizado
por sua grandiosidade com um grande canal em forma de cruz, onde o entorno se
encontra um um leque de dez ruas, avançando-se como raios no bosque. Com
essas características Le Notrê rompe com o jardim renascentista, de notável
organização estática, introduzindo um sistema de eixos e de diversidade de
espaços. Para ele os jardins franceses seriam compostos por: Traçados retilíneos e
radiocêntricos (...); Amplos relvados, alamedas, cercas vivas (...); Criação de
cursos d´agua (...).

Fig.1. Mapa da cidade deParis. Fig.2 Palácio de Versalhes.


6

Fontes:http://www.istoecidade.weebly.com/uploads/3/0/2/0/3020261/ta447_apostila_parte_2.pdf/.
https://www.google.com.br/search?q=jardins+dos+palacio+de+versalhes&rlz.

3.2 LONDRES

Se compõe de suas partes: a city, que cobre pouco mais ou menos a área da
cidade romana é o centro comercial mais importante da Inglaterra, na foz do Tâmisa;
Westminster, onde têm sede o governo e o parlamento, nas proximidades da famosa
abadia.

Na cidade medieval, instalaram-se os comerciantes e suas instituições e


guildas, desenvolvendo-se como uma cidade aberta, não sujeita a ameaças militares
e coordenada por prefeitos. Ao seu redor, formou-se uma coroa de subúrbios, cujo
traçado seguia o das ruas dos campos. Contudo, sua população nunca ultrapassava
os 50.000 habitantes, devido a doenças. A fundação do Bank of England em 1694
estimulou o crescimento da cidade, em 1714 Londres já era um importante centro
europeu. Em fins do século XVIII, sua estrutura urbana já estava totalmente
consolidada, estando dividida em três setores ao redor da City, seu principal centro
administrativo e financeiro: o West End, o setor da nobreza e alta burguesia, o setor
operário; e a zona sul do rio, o setor comercial. Foram os aristocratas de West End
que começaram a construir elegantes praças e mansões, inspirando-se em outras
capitais europeias.
A capital britânica Londres pode ser considerada a primeira grande cidade
burguesa, cuja forma urbana não dependeu só de grandes intervenções do governo,
mas da soma de um grande número de pequenas intervenções particulares. Mesmo
com o término da era georgiana, já no século XIX, vários arranjos paisagísticos
foram realizados, estes completamente definidos pelos ideais românticos, como os
Kew Gardens (1841), os primeiros jardins botânicos reais do mundo.
Entre os destaques da cidade londriana está o Palácio de Buckingham, é a
residência oficial da Raina, a construção possui 77 mil metros e levou mais de 75 anos para
ser construída. Uma das partes mais importantes do Palácio de Buckingham são seus
jardins, os maiores da capital inglesa no âmbito particular, onde encontra-se um lago
artificial.
7

Fig.3. Mapa da cidade de Londres. Fig.4. Palácio de Buckingham.

Fontes: http://www.istoecidade.weebly.com/uploads/3/0/2/0/3020261/ta447_apostila_parte_2.pdf//.

https://www.google.com.br/search?q=jardim+do+palacio+de+buckingham&rlz

3.3 VIENA

Sempre foi uma referência na arquitetura mundial, onde os seus edifícios


refletem o esplendor de cada época. A arquitetura de Viena reflete na sua maioria o
esplendor do seu passado imperial, no qual os Habsburgo propiciaram o
florescimento do Barroco. Mais tarde para protestar contra o cortezão Barroco que
dominava em todos as tendências, surgiram movimentos como o Fincionalismo e o
Jugedstil. Foi a partir do século X||| sob o domínio de Habsburgo que Viena tornou-
se uma das principais cidades do centro político, comercial e cultural. A partir de
quando a cidade expandiu-se além dos muros, respeitando um cinturão livre de
500m foi que surgiu novos espaços urbanos, representado pelos subúrbios e pelas
residências.

Entre os destaques de Viena está o Palácio de Schõnbrunn cujo nome


significa ´´bela nascente`` construído em 1569 que se localiza dentro de um amplo
parque barroco, sofreu algumas alterações e reformas no passar do tempo. Nos
grandes jardins do palácio está localizado um labirinto público. O bilhete da entrada
permite a entrada no labirinto, assim como num conjunto de puzzles exteriores,
incluindo um jogo de matemática e uma série de fontes. Os Jardins Franceses do
parque foram desenhados, em 1695, por Jean Trehet, aluno de Andre Le Nôtre . O
parque compreende falsas ruínas romanas e um laranjal, apanágio dos palácios de
luxo daquela época.
8

Fig.5. Mapa da cidade de Viena. Fig.6. Palácio de Schõnbrunn.

Fontes: http://www.istoecidade.weebly.com/uploads/3/0/2/0/3020261/ta447_apostila_parte_2.pdf//.

https://www.google.com.br/search?q=jardim+do+palacio+de+buckingham.

3.4 TURIM

Fundada nos anos 30 a.C. na era do Imperador Augustus, como uma colónia
militar romana. Todo o conjunto dos acampamentos militares dos romanos tinham
como base o traçado geométrico ortogonal e regular. A capital dos duques de
Sabóia, ainda conserva no início do séc. XVII, o organismo romano em tabuleiro, ao
qual foi acrescentada uma cidade. Toda a evolução da cidade, é fortemente
condicionada por esta pré-existência do castro romano, que permite a continuidade
do traçado urbano, como uma forma de desenvolver toda a cidade.

Na Idade Média, pouco há a dizer desta cidade, que permaneceu quase intacta
às alterações da época. Duque de Savoy, que pretendeu criar uma nova capital,
com a estruturação da cidade através do enfoque político, militar e cultural, incluindo
a religião A sua visão era de desenvolver o urbanismo da cidade através de uma
nova arquitetura, a grande inovação foi a cidade desenhada em pentágono, que se
marca pela enorme importância na defesa da cidade de Turim. É através da forma
de estrela que a introdução da geometria e das noções militares que resultam nesta
forma.

Entre os destaques de Turim, está o Palácio Real Villa della Reggia . Uma das
principais Residências da Casa de Savoia no Piemonte, provavelmente a maior
pelas suas dimensões um palácio de beleza deslumbrante que reúne pedaços da
história e da tradição italiana de Piemonte.
9

Fig.7. Mapa da cidade de Turim. Fig.8. Palácio Real casa de Sabóia.

Fontes: http://www.istoecidade.weebly.com/uploads/3/0/2/0/3020261/ta447_apostila_parte_2.pdf//.

https: www.google.com.br/search?=jardim+do+palacio+Palácio+Real+da+casa+de+saboia+em+turim.

3.5 NÁPOLES

Capital do vice-rei espanhol, se torna no decorrer do séc. XVII a cidade


italiana mais populosa, cujo centro medieval onde conservou o seu traçado reticular
greco-romano e as ruas retilíneas. Seu estado ficou independente entre 1734 e
1759, sob Carlo di Borboni com cerca de 300.000 habitantes, empreendendo um
ambicioso arranjo como: A modernização do porto e ordenação das ruas
suburbanas, construção de novos edifícios. A realização das grandiosas villas de
Capodimonte e de Caserta...

Dentre os destaques de Nápoles está o Palácio de Caserta Vanvitelli, infinito,


combina eixo barroco em um prédio retangular fechado. O exterior não parece fingir
integrado na paisagem circundante, mas por dentro, tudo muda, o eixo está
relacionado com quatro pátios. O edifício representa a combinação de conceitos
barrocos de centralidade e extensão para o desejo neoclássica para uma forma
esquemática e acabado.
O parque do Reggia di Caserta é um dos Jardins Reais mais belos da Europa
Não se destacam somente pelo seu desenho paisagístico, realizado pelo próprio
Vanvitelli, nem pela qualidade das suas esculturas, mas também por serem o marco
perfeito para o real. Vanvitelli introduziu dois tipos de jardim no parque do palácio. O
jardim à italiana ocupa o espaço imediatamente posterior ao palácio. Enquanto o
jardim inglês insere-se perfeitamente no conjunto do parque. Há
10

vários lagos artificiais, um riacho e as plantas crescem em aparente liberdade


entremeadas com estátuas.

Fig. 09.Mapa da cidade de Nápoles Fig.10. Palacio de Caserta.

Fontes: https://www.google.com.br/search?q=imagens+do+palacio+real+de+napoles.

https://www.google.com.br/search?q=imagens+palacio+real+de+amsterda&rlz.

3.6 AMSTERDÃ

Nasceu aproximadamente em 1200 d.C. na foz do rio Amstel, como uma


aldeia de pescadores, os quais construíram casas adaptadas às frequentes
enchentes, além de barragens e canais. Foi lentamente crescendo e se dedicando
ao comércio, acabando por se transformar, em cerca de 1350, num porto entreposto
de grãos e cerveja vinda de Hamburgo. Com os grandes incêndios em 1421 e a
destruição da cidade em 1452 em 1940 foi-se erguidos muros e por volta de 1500
Amsterdã havia superado seus rivais e se transformado no principal poder da
província da Holanda com uma população de cerca de 12.000 pessoas. O comércio
no Báltico trouxe riqueza e a cidade cresceu rapidamente, chegando à primeira
metade do século XVI a 40.000 habitantes.
O século XVII foi o período áureo de Amsterdã, com o crescimento da cidade
o plano de expansão foi aprovado e executado no decorrer do século:
Desapropriação de terrenos para a construção de três canais concêntricos, com 25m
de largura (...); Venda dos novos lotes edificáveis particulares recuperando assim as
quantias gastas e garantindo que as novas construções seguissem um minucioso
regulamento (entre as fachadas posteriores das casas haveria um espaço livre de,
no mínimo, 48 m: 24m de jardim de cada lado) (...).
11

A Holanda tornou-se uma potência marítima. No final do século XVII,


Amsterdã chegou a contar com 650 hectares de área e 200.000 habitantes,
urbanisticamente, manteve a fisionomia particular de seu característico núcleo
histórico, marcado pela arquitetura uniforme e por sua grande vitalidade e identidade
(BENEVOLO,2001).
Dentre os destaques de Amsterdã encontra-se o palácio Real, com 350 anos
começou sua vida como a Prefeitura de Amsterdam. Em 1808, do rei Luís Napoleão
Bonaparte transformou o local em um palácio, e ele assim permaneceu desde então.
O palácio diferente dos demais citados acima, não possui um jardim, com formas
sinuosas, nem jogos de agua, ele situa-se a praça de Dam e é um dos três palácios
utilizados pela família real.

Fig.11. Mapa da cidade de Amsterdã. Fig.12. Palácio Real.

Fontes: http://www.istoecidade.weebly.com/uploads/3/0/2/0/3020261/ta447_apostila_parte_2.pdf//.

https://www.google.com.br/search?q=imagens+palacio+real+de+amsterda&rlz.

4 O AMBIENTE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Inglaterra possuiu muitos fatores que conjugados deram a ela toda a


possibilidade de fazer a Revolução Industrial. Foi o primeiro país a passar por uma
industrialização efetiva. Isso porque a indústria altera não só os meios de produção,
mas são impactantes nas relações sociais também.

É no século XVIII que ocorre o que é chamado de Primeira Revolução


Industrial, quando a Inglaterra baseia seu desenvolvimento econômico nas
indústrias, promovendo o cercamento dos campos e empurrando os trabalhadores
para as áreas que se urbanizavam através da produção industrial.
Com a industrialização vem a urbanização. O fenômeno da urbanização está
12

estreitamente ligado à Revolução Industrial. O capitalismo nascente por volta do


século XV e XVI começou a expulsar as populações das áreas rurais, suprimindo o
feudalismo. A Inglaterra é o exemplo mais típico desse processo, pois lá houve de
forma mais intensa a usurpação das terras com isso, os camponeses, expulsos das
terras dos senhores feudais, foram obrigados a servirem como mão-de-obra barata
na indústria que começava a se instalar nos aglomerados urbanos, gerando o
fenômeno da urbanização. Depois da metade do século XVIII, a revolução industrial
muda o curso dos acontecimentos, na Inglaterra e mais tarde em todo o resto do
mundo.

A revolução industrial foi enquadrada entre as passagens fundamentais da


história humana: a revolução agrícola neolítica e a revolução urbana da Idade do
Bronze. O crescimento rapidíssimo das cidades na época industrial produz a
transformação do núcleo anterior e a formação, ao redor deste núcleo, de uma nova
faixa construída: a periferia.

Fig.13. Periferia. Fig.14. Ruas estreitas.

Fontes: http://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial/

O núcleo tem uma estrutura já formada. Igrejas, palácios que muitas vezes
dominam ainda o panorama da cidade. As ruas são demasiado estreitas para conter
o trânsito em aumento, as casas são demasiado diminutas e compactas para
hospedar sem inconvenientes uma população mais densa. Assim, as classes
abastadas abandonam gradualmente o centro e se estabelecem na periferia: as
velhas casas se tornam casebres onde se amontoam os pobres e os recém
imigrados. Entrementes, muitos edifícios monumentais da cidade histórica – palácios
nobiliários, conventos, etc. São abandonados por causa da revoluções sociais, e são
divididos em pequenas moradias improvisadas. Os jardins maiores dos palácios, os
hortos são ocupadas por novas construções, casas e barracões industriais. Os
13

efeitos destas transformações se somam e se tornam mais graves por volta de


meados do século XIX

A periferia não é um trecho de cidade já formado como as ampliações


medievais ou barrocas, mas um território livre onde se somam um grande número de
iniciativas independentes: bairros de luxo, bairros pobres, indústrias, depósitos,
instalações técnicas. Num determinado estas iniciativas se fundem num tecido
compacto, que não foi, porém, previsto e calculado por ninguém.

Fig.15. Fig.16.

Fontes: http://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial/

Na periferia industrial perde-se a homogeneidade social e arquitetônica da


cidade antiga. Os indivíduos e as classes não desejam integrar-se na cidade como
num ambiente comum, mas as várias classes sociais tendem a se estabelecer em
bairros diversos ricos, médios, pobres e as famílias tendem a viver o mais possível
isoladas. A residência individual com jardim reservada antigamente para os reis e os
nobres é agora acessível aos ricos e aos médios burgueses, e o grau de
independência recíproca se torna a marca mais importante do nível social: os ricos
têm casas mais isoladas vilas ou vilazinhas, os pobres têm habitações menos
isoladas: casas em fileira ou moradas sobrepostas em edifícios de muitos andares.
14

Fig.17.

Fonte: http://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial/

O agrupamento de muitas casas num ambiente restrito impede a eliminação


dos refugos e o desenvolvimento das atividades ao ar livre: ao longo das ruas
correm os esgotos descobertos, se acumulam as imundícies, e nos mesmos
espaços circulam as pessoas e os veículos, vagueiam os animais, brincam as
crianças, os bairros piores surgem nos lugares mais desfavoráveis: perto das
indústrias e das estradas de ferro, longe das zonas verdes. As fábricas perturbam as
casas com as fumaças e o ruído, poluem os cursos de água, e atraem um trânsito
que deve misturar-se com o das casas.

Fig.18.
Fonte: http://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial/

As classes pobres sofrem mais diretamente os inconvenientes da cidade


industrial, mas as classes ricas não podem pensar em fugir deles por completo. Por
volta de 1830 a cólera se espalha pela Europa vindo da Ásia, e nas grandes cidades
desenvolvem as epidemias, que obrigam os governantes corrigir ao menos os
defeitos higiênicos, isto é, a se chocar com o princípio da liberdade de iniciativa,
proclamado na teoria e defendido obstinadamente na prática na primeira metade do
século.

Fig.19. Fig.20. Epidemias.


15

Fonte: http://historiabruno.blogspot.com.br/2011_09_01_archive.html

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho trouxe como debate o assunto sobre o barroco, as cidades


europeias na época barroca, especificamente sobre a urbanização das mesmas, os
modelos de jardins e afins, além dos avanços tecnológicos da Revolução Industrial

A hipótese inicial deste estudo é de que a cidade barroca estaria vinculada a


apreensão artística do núcleo urbano, ou seja, seria oriunda da valoração estética de
sua paisagem, da apreciação do cenário revelado a quem vivenciava seus domínios.

De acordo com a pesquisa realizada, nota-se que a cidade poderia simplesmente


derivar da análise de seu desenho, da tipologia das intervenhais que teriam rasgado
o núcleo urbano com grandes artérias monumentais. Na verdade, a cidade barroca
seria o resultado da conjunção destas iniciativas urbanísticas com o que poderíamos
chamar de arquitetura da cidade; arquitetura que povoava todas os setores dos
aglomerados urbanos, desde áreas reais que foram privilegiadas.

Compreendendo esse processo, pode-se facilmente relacionar os dois


fenômenos: urbanização e revolução industrial. O surgimento do novo traçado das
cidades engrossou para o avanço tecnológico favorecendo o surgimento das
diferentes máquinas, aumentando a produção e diminuindo o tempo necessário para
fazer determinado produto. Isso não diminuiu, porém, o tempo de trabalho. As
pessoas trabalhavam cada vez mais em troca de um salário muito baixo e o preço
das mercadorias ficava sempre muito alto.
16

BIBLIOGRAFIAS

Website:http://outros.pesquisablogs.com.br/post.php?href=barroco+ingles&KEYWO
RD=18506&POST=3516796

Web site: http://istoecidade.weebly.com/uploads/3/0/2/0/3020261/ta447_aula08c.pdf

Web site: http://www.guiaviagem.org/viena/#

Web site: http://www.ecivilnet.com/artigos/historia_da_arquitetura_3.htm

Web site: http://www.infoescola.com/movimentos-artisticos/barroco/.

Web site: http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Barroco-


Franc%C3%AAs/465166.html.

Website:http://books.google.com.br/books?id=tZGDyi6EPPoC&pg=PA83&lpg=PA83
&dq=arquitetura+de+viena.

Web site:http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Industrializa%C3%A7%C3%A3o-e-
Urbaniza%C3%A7%C3%A3o-Em-Rela%C3%A7%C3%A3o-Com/837219.html

BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. 3º ed,2004.


17

Você também pode gostar