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Introdução

“No ritmo de nosso assombro, de nosso entusiasmo ou de nossa desaprovação, construímos de forma
imaginária uma cidade dentro da cidade, que temos a opor-tunidade de ver ou de morar nela. A cidade
permite uma aventura da imaginação como essa somente, na medida em que o que dela se exponha
demonstre imedia-tamente ter capacidade de absorver o novo”. Jeudy, Henri Pierre, Espelho das cidades,
Casa da Palavra, Rio de Janeiro, 2005 p.81

O presente livro tem por objectivo proporcionar aos estudantes de Urbanismo e de Arquitectura um quadro
referencial sobre a morfologia do espaço urbano. Aqui se apresentam, de forma organizada, princípios
básicos que permitem desenvolver um olhar sobre os diferentes elementos que compõem a paisagem
urbana. Esses elementos constituem de certa maneira a matriz dos elementos formais e não formais que se
encontram de um modo mais ou menos complexo nas cidades e naturalmente também nas aldeias e nos
bairros.
O espaço público, apresenta-se com o resultado de uma composição que se altera na medida em que é
observada (sentida) no movimento de cada pessoa, do passar, do percorrer ou do simples olhar. Trata-se de
referências tão simples, como sejam as simetrias, as hierarquias, as texturas, mas sempre presentes como
resultantes de séculos de história feita à escala humana. Fruto do acaso ou da premeditação do saber dos
artesanatos, da arte de construir ou do saber erudito das regras da composição do espaço, os exemplos aqui
apresentados constituem uma gramática fundamental para a qualidade do projecto urbano. Na verdade
quando percorremos o País pelas áreas de crescimento das nossas cidades, e cada vez mais nos próprios
subúrbios das nossas aldeias e vilas, forçoso é verificar que essa gramática está ausente da criação do
espaço público como também está ausente da própria arquitectura, que, não estando ao serviço do espaço
público, apenas aparece no autismo do fazer arquitectónico, feito à revelia do lugar que deveria servir. Neste
sentido, o presente trabalho poderá também chamar a atenção para a importância das regras do bem-fazer
no projecto de urbanismo, tão esquecidas na actividade imobiliária / arquitectónica dos últimos 30 anos.

Premeditadamente, cada tema tratado encontra-se descrito pelo significado de cada um dos 19 termos
utilizados nas suas múltiplas acepções, tal como descritos, de forma resumida, no Dicionário da Língua
Portuguesa Contemporânea, Academia das Ciências de Lisboa e Editorial Verbo (2001), nos quais se deve
buscar não só o seu significado etimológico, mas também os possíveis sentidos que cada um lhe pretende
atribuir entre o rigor da fórmula matemática e o sentido poético que aí se possa vislumbrar.
No âmbito dos trabalhos curriculares de terreno de Projecto Urbano, nos cursos de licenciatura em
Urbanismo e de Mestrado também em Urbanismo, leccionados na Universidade Lusófona, foram
seleccionadas recortes nas cidades de Lisboa, Salvador, Bratislava e Trujillo nos quais se percebe sob a
forma de «dialectos» uma linguagem comum. Fácil é reconhecer as referências patrimoniais e históricas
destas cidades, onde os laços que as ligam com raízes que se perdem nos tempos mais remotos estão mais
apertados do que à primeira vista poderia parecer, quer se trate do mundo eslavo quer do mundo latino.

Assim, apresenta-se primeiramente a localização e o enquadramento dos espaços seleccionados. Depois,


um conjunto de imagens mostra o percurso principal, no qual foram identificados os diferentes elementos,
que se dividem entre formais e não formais, na medida em que estão mais ou menos sujeitos à
subjectividade de cada observador.
No caso dos elementos formais dedica-se atenção às figuras, as linhas de simetria, ritmo, limite, recorte, às
texturas, cores, definição de eixos e hierarquia de elementos. Quanto aos elementos não formais sugere-se
uma possível interpretação relativamente à ideia de convite, sombra, transparência, horizonte, marca, uso e
oposição.

Este trabalho pode servir de apoio para motivar as múltiplas leituras dos espaços urbanos, como também
poderá servir de referência na concepção do projecto de Desenho Urbano, onde os elementos tratados,
formais e não formais, deverão estar sempre presentes, conduzindo o acto criador da forma e do espaço
Urbano.
elementos de análise morfológica

111 Referências Teóricas


Três formas de pensar a morfologia urbana Gordon Cullen (1914-1994) nasceu em
Bradford-Yorkshire UK sendo a sua obra mais
A morfologia urbana tem sido objecto conhecida publicada em 1961 Townscape,
de diferentes abordagens desenvolvidas por Architectural Press, Londres e traduzida para
autores provenientes também de diferentes português sob o título. Paisagem urbana; trad.
perfis disciplinares. Nuns casos são os aspectos Isabel Correia, Carlos Macedo.
da percepção visual, noutros as possíveis Ed. 70, Lisboa, 1996.
leituras mais técnicas, noutros ainda é a história
condiciona os olhares. Estes autores assentam a sua obra
Apenas como incentivo para novas na capacidade individual de percepção visual
leituras fazemos referencia a três autores que da cidade, considerando não apenas o ponto
marcaram e marcam ainda os estudos sobre de vista do habitante, de certa forma tratado
a morfologia urbana. Trata-se de Camillo Sitte, por autores como Maurice Halbwacsh já em
Kevin Lynch e Gordon Cullen. 1925, ou mais recentemente, Pierre Jeudy,
os quais fazem apelo à memória da vivência
urbana de cada um, como cidadão que
Camillo Sitte (1843-1903) nasceu em Viena percorre a cidade nos seus trajectos
de Áustria sendo a sua obra mais conhecida de verdadeira descoberta. No ritmo de suas
publicada em 1889, Der Städtebau nach metamorfoses, a cidade é sempre o território
seinen Kunstlerischen Grundsiitzen, Graeser, da contingência absoluta. Não somente nela
Viena e traduzida para português sob o título. tudo é possível, mas, mais ainda, o possível
A construção das cidades segundo seus está fundamentalmente ligado à emergência
princípios artísticos. São Paulo: Ática,(1992). constante do casual. O que a cidade oferece
a qualquer percepção é o próprio fato dessa
Kevin Lynch (1918-1984) nasceu em re l a ç ã o i n d e s t r i n ç á v e l , i m p l í c i t a , e n t re
Cambridge-Ma, USA sendo a sua obra mais o tempo e a contingência. Na infinidade
conhecida publicada em 1960, The Image cotidiana de nossas apreensões e de nossas
of the City, The Massachusetts Institute percepções, durante o mais corriqueiro dos
o f Te c h n o l o g y Pr e s s, C a m b r i d g e ( M a s s. ) deslocamentos ou do andar sem rumo pela
e traduzida para português sob o título. cidade, o que pode simultaneamente ser
A imagem da cidade. Lisboa, Edições 70,1990 ou não ser continua sendo o possível

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elementos de análise morfológica

da visualização. Não se trata mais crescimento de cada cidadão, na formação


da abordagem "sensível" da cidade, d a s u a p e r s o n a l i d a d e, e n o l e q u e d e
encenada por uma certa fenomenologia possibilidades que a cada momento permite
da vida urbana, mas de uma confrontação, a cada um de nós escolher o seu rumo.
feliz ou infeliz, com a irrupção O espaço urbano é por excelência
da contingência 1. o espaço do exercício do direito de cidadania.
Se pretendêssemos transpor para É um espaço que se vive cada dia,
os tempos presentes estas abordagens pelo que, em cada dia criamos desse espaço
poderíamos dizer que não só se trata uma imagem, que se vem gravar na nossa
do reconhecimento daquilo que dá substancia memória em acordo ou desarmonia com
à qualidade Urbanística do ponto de vista as imagens passadas e guardadas no fundo
formal ou seja o traçado urbano propriamente de cada um.
dito (urban design) trajecto, a descoberta, Quando dizemos que conhecemos
o horizonte, a praça o cruzamento, o ritmo. uma cidade, não estamos a fazer mais, do
Pa r a e l e s t r a t a - s e d e e n c o n t r a r que assumir que guardamos na memória as
a relação entre a percepção,o múltiplas imagens que observamos cada vez
reconhecimento, no sentido de orientação que saímos à rua, ou que espreitamos pela
espacial e a escala humana que na verdade janela ou que vemos pela janela do autocarro.
é o elemento fundamental e medida padrão Por isso a legibilidade da cidade
em todas as situações. é fundamental e a sua ausência é
Esta imagem do espaço urbano provocadora de mal-estar não só individual
é na verdade fundamental na definição mas também colectivo. Tal como para um
da relação que cada ser humano tem com arquitecto que não soubesse «passar para
o meio que o rodeia. Entre o caos urbanístico o papel» um projecto de edifício e não
e a vivência em espaços projectados dominasse as regras da composição tangível
e geridos com qualidade vai uma enorme e intangível da arquitectura, assim estaria um
distância. Tão grande quanto o lugar que isso Urbanista que não soubesse dar forma aos
ocupa na própria qualidade de vida. seus projectos. Os «urbanistas» que não sabem
E devemos entender qualidade de vida não desenhar, são cada vez mais uma espécie
só a do momento mas também a do lugar em vias de extinção.
que ela ocupa ou ocupou no próprio Esta verificação em nada reduz

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a importância da contribuição de sociólogos, e tomada de decisão. O dicionário de Oxford
g e ó g r a f o s, e n g e n h e i r o s c i v i s e p e s s o a s traz toda uma série de definições para
de outros domínios do saber, que na sua área «Design», entre as quais a de «adaptação
e quando formados e especializados em dos meios aos fins» (The Concise Oxford
questões da urbanística, trazem um contributo Dictionary, 6ª Edição, 1976). Neste sentido
fundamental para a prática do urbanismo. seria errado traduzir Design ou Design Industrial
J u l g a m o s a t é q u e, e m Po r t u g a l, tal como hoje se entende no que se refere
d o p o n t o d e v i s t a t e ó r i c o e p r á t i c o, à concepção de objectos, simplesmente por
o planeamento-regional e local, bem como desenho. Também se faz sentir no Brasil esta
a sociologia ou geografia urbana têm dificuldade com o termo Design.
profissionais de grande envergadura a quem
se deve um trabalho particularmente positivo, “Não podemos entretanto concordar
pelo que seria um erro pretender que com o tratamento que alguns vêm dando
o desenvolvimento do urbanismo no nosso ao Desenho Urbano no Brasil. Existe uma certa
país deveria ocupar essa ou outras áreas confusão de definições aplicáveis: ele é uma
do saber em grande medida consolidadas. nova moda. Como afirmamos em ocasião
Mas também consideramos que a formação anterior utiliza-se desta expressão
em Arquitectura ou em Design se refere inconsequentemente apenas porque vêem
a escalas maiores e menores que a que nela uma nova roupagem para suas antigas
é própria do Urbanismo. práticas de «arquitectura grande» ou de
É essa capacidade de dar forma planejamento urbano «arrependido».
ao espaço urbano que distingue o Urbanista
d a s o u t r a s p r o f i s s õ e s c o m p l e m e n t a r e s. Há poucos anos passávamos por
Portugal está sobretudo carente a nível processo semelhante, quando da adopção
do Urban Design. Utilizamos a expressão da palavra «planejamento».; sua
na língua onde teve origem pois Design não institucionalização como uma nova disciplina
pode ser traduzido por desenho. Design em cedeu a um aporte anglo-saxão, um modismo
inglês é algo mais amplo que desenho, sem maiores considerações de seus reais
ou que projecto. Design implica a ideia significados potenciais, ou sua inserção em
de intenção, processo, ao qual se junta nosso contexto em que já se utilizava do termo
t a m b é m a i d e i a d e a n á l i s e, a v a l i a ç ã o «urbanismo” 2.

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elementos de análise morfológica

Em São Francisco, (cf. Vicente del Rio O espaço urbano é multifacetado,


p.60) desde o início dos anos 70 que e nós, devemos ter em consideração que
a Câmara Municipal, de forma pioneira, existe espaço urbano de carácter citadino
baseando-se em estudos aprofundados sobre e espaço urbano de carácter rural.
a percepção da cidade pelos seus habitantes, A separação de urbano e rural em termos
adoptou um conjunto de normas, onde de planeamento do território é fruto da acção
os princípios orientadores do desenho urbano de gerações e gerações de pessoas que
foram os seguintes: marcaram de maneiras diferentes o território
onde viviam. Criaram por isso modos
Clareza e conveniência d e o c u p a ç ã o d i f e r e n t es. U r b a n i z a r a m
Harmonia e capacidade o espaço.
Escalas e tipologias / interesse visual E m a m b o s o s c a s o s, o q u e h o j e
Carácter / individualidade /definição podemos observar é o facto de expressarem
do espaço modos de ocupação do território que resultam
Actividades da própria natureza da sociedade e do meio
Amenidades / conforto que lhe dá vida, no quadro da sua própria
Variedade / contraste t r a n s f o r m a ç ã o. N a v e r d a d e e x i s t e u m a
relação dialéctica entre território e sociedade,
Diz ainda Vicente Del Rio: Nada mais que enquadra toda e qualquer entendimento
ilustrativo do tema que o comentário d o q u e é o U r b a n i s m o. C l a r o e s t á q u e
de Jonathan BARNETT responsável as cidades passam por processos históricos,
do departamento de Desenho Urbano sociológicos e económicos, que ao longo dos
da cidade de Nova Iorque «muito da história anos e dos séculos acabam por deixar marcas
recente do Desenho Urbano teve a ver com que se traduzem particularmente na sua
o p ro b l e m a d e d e s e n h a r c i d a d e s s e m configuração espacial e que, são por isso
desenhar edifícios». Segundo este autor, também, imagem da sua própria memória.
o nosso desafio está em “identificar as regras N o e s p a ç o u r b a n o r u r a l, e s t a s i t u a ç ã o
para as opções significativas que dão forma também é uma realidade facilmente
à cidade dentro de um quadro institucional verificável, só que a configuração espacial
que possa ser modificado na medida em que é diferente. Em qualquer região do planeta,
os tempos, e as necessidades, mudam” 3 . entre um aglomerado disperso e uma grande

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metrópole, claro que há diferenças formais, de forma atenta, pois as suas abordagens,
do modo de vida, das condições para lá da diferença de perspectivas que
d e a c e s s i b i l i d a d e s, p a r a c i t a r a p e n a s frequentemente apresentam, são recursos
algumas, mas sobretudo há igualdades, pois essenciais para o estudo do desenho/traçado
ambas são enquadradas pelas condições urbano e consequentemente da Morfologia
sociais e económicas especificas dessa Urbana.
própria região, a qual por sua vez se articula Neste sentido a bibliografia que
com áreas mais vastas e sem dúvida também acompanha este nosso estudo poderá servir
com o processo de transformação do nosso de orientação para todos aqueles que
planeta. desejam desenvolver seus estudos neste
Por isso, quer seja rural ou citadino, complexo domínio.
o espaço urbano tem em comum
a possibilidade de ser analisado de uma
maneira integrada, e de ser planeado e gerido
de modo a garantir o seu desenvolvimento
s u s t e n t á v e l. A s s i m, o s e s p a ç o s u r b a n o s A imagem da cidade segundo Camillo Sitte
citadinos ou rurais são objecto de estudo,
planeamento e gestão no âmbito Camillo Sitte escreveu a sua mais
d o u r b a n i s m o. É n e s t e q u a d r o q u e s e conhecida obra com o objectivo
apresenta de seguida alguns extractos das de compreender e identificar as regras que
obras de referência dos três autores referidos estão presentes na forma das cidades,
os quais de certa forma são fundamentais sobretudo nas cidades mais antigas, que
pelas suas contribuições para o estudo expressam não só sociologias diferentes,
da morfologia urbana. a c u m u l a d a s a o l o n g o d a h i s t ó r i a, m a s
Naturalmente que poderíamos referir também a sedimentação de inter venções
muitos outros autores, que particularmente sucessivas que definiram a sua morfologia
ao longo do século XX trataram esta questão. actual. Esta obra escrita em 1889 pode
C h r i s t o p h e r A l e x a n d e r, C a r l o Ay m o n i n o, e deve ter uma leitura contemporânea,
Edmund Bacon, Frederico de Hollanda, Rob na medida em que essas regras, não só são
Krier, Christian Norberg-Shulz, Aldo Rossi são as mesmas, mas também a crítica que faz
certamente referências que importa estudar a o u r b a n i s m o n a é p o c a , o u m e l h o r,

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elementos de análise morfológica

à ausência de sentido propriamente


urbanístico, se aplica quase integralmente
a situação do urbanismo em Portugal, depois
d e n o s ú l t i m o s 3 0 a n o s, o p e n s a m e n t o
urbanístico consistente ter estado ausente das
transformações e expressões que decorreram
um pouco por todo o País.
“Pareceu-nos oportuno tentar estudar
um certo número de belas praças
e ordenamento urbano do tempo passado,
com o objectivo de extrair as causas do seu
efeito estético. Porque, com essas causas
uma vez conhecidas com precisão,
seria possível estabelecer um conjunto
de regras cuja aplicação deveria permitir
obter efeitos análogos e igualmente
felizes. Nesta perspectiva, as páginas que
seguem não propõem nem uma história da
construção das cidades, nem um panfleto.
Elas oferecem ao profissional um conjunto de
documentos acompanhados de deduções
teóricas” 4.p. XXIII.
Esta obra de Camillo Sitte tem sido
muitas vezes mal interpretada, no caso
de leituras apressadas, pois o seu subtítulo
“O urbanismo segundo os seus fundamentos
artísticos” pressupõe uma temática do foro
das questões propriamente artísticas, quando
na verdade em nosso entender se trata dos As praças de Camillo Sitte
fundamentos da análise morfológica como SITTE, Camillo (1889), Der Städtebau nach seinen
o próprio explica logo na introdução: K u n s t l e r i s c h e n G r u n d s i i t z e n , G r a e s e r, V i e n a

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“O ponto de vista que prevalecerá aqui modernas segundo a rotina corrente, nem
não será portanto nem o do historiador nem de renunciar a todas as belezas da arte
do crítico. Nós queremos analisar uma série e às conquistas do passado. Não é verdade
de cidades antigas e modernas do ponto que a circulação moderna a isso nos obriga;
de vista da técnica artística, de forma a por não é verdade que nós sejamos obrigados
em evidência os princípios da composição a isso devido às exigências da higiene.
que criavam no passado a harmonia É simplesmente a ausência de imaginação,
e os efeitos mais felizes, e que hoje apenas a procura do facilitismo e a falta de vontade
produzem incoerência e monotonia. O nosso que condenaram o habitante das cidades
objectivo sendo, se possível, encontrar uma modernas a viver nos bairros, sobrepovoados
forma de escapar ao sistema moderno dos e sem forma, e a supor tar durante toda
caixotes de habitação, de salvar, se ainda for a vida o espectáculo dos edifícios da
tempo, as nossas cidades da destruição que especulação e dos alinhamentos das
as atinge cada vez mais, e enfim de permitir fachadas eternamente repetidos. É verdade,
a criação de obras comparáveis aquelas dos a doce força do hábito, amolece a nossa
antigos mestres” 5. sensibilidade e deixam-nas menos sensíveis
É neste sentido que em metade a estas impressões. Mas tentemos reconstituir,
da obra, Camillo Sitte estuda detalhadamente, comparar, aquilo que sentimos quando
as relações entre os edifícios e os monumentos se volta de Florença ou de Veneza, com
com as praças, a libertação de ocupação a violência com a qual a monótona
das praças, a sua definição enquanto que modernidade de agora nos agride. Talvez
espaço fechado e consequentemente seja uma das razões profundas pelas quais
l i m i t a d o. I g u a l m e n t e e s t u d a a f o r m a , o habitante feliz dessas esplêndidas cidades
a dimensão das praças, sua irregularidade não sente a necessidade de as abandonar,
e a articulação entre praças. Na segunda ao passo que todos os anos nós fugimos para
parte da obra desenvolve a crítica do sistema o campo por algumas semanas pelo menos,
em vigor e à banalidade do ordenamento a fim de poder suportar a cidade durante
urbano da época. os próximos dozes meses” 6.
“O nosso estudo deveria ter A título de exemplo podemos referir
suficientemente mostrado que não a reflexão de Sitte sobre a natureza mesmo
é necessário conhecer os planos das cidades do que é uma praça, a qual exige

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elementos de análise morfológica

o reconhecimento do princípio que uma A imagem da cidade segundo Kelvin Lynch


praça só é praça se possibilitar a ideia
de espaço limitado. A Piazza del Duomo em Reconhecidamente é na obra
Ravena ou a Piazza Signoria em Florença pelas de Lynch que encontramos as bases de um
disposições dos acessos permitem entendimento sistematizado da percepção
ao observador ter a ideia de continuidade visual da cidade. Para este autor a percepção
em toda a volta desta praça conseguido pelo faz parte de um processo complexo onde
desalinhamento dos eixos. Noutros casos, a memória é um elemento essencial. Esse
o ângulo da praça é ocupado por um pórtico processo assenta na ideia que a legibilidade
permitindo a continuidade ao nível dos e a orientação são os pilares onde assenta
andares superiores. a constituição da imagem da cidade que
“Não se trata cer tamente de uma é na verdade a imagem que cada um pode
acaso se todas as praças antigas apresentam construir. E a partir da qual se pode definir
uma disposição diametralmente oposta a identidade, a estrutura e o significado
ao sistema moderno quanto ao modo de cada elemento do lugar.
de ligação com as suas. (…) na realidade Este autor propõe um conjunto
da maior parte dos pontos de uma praça de conceitos a partir dos quais podemos
a continuidade de envolvente não aparece desenvolver uma análise morfológica de cada
quebrada, porque pelo efeito da perspectiva território urbano tanto nas condições mais
as ruas parecem sobrepor-se, e não deixam simples como mais complexas. Os elos físicos
a p e rc e b e r g r a ç a s a e s t e re c o b r i m e n t o da imagem urbana foram caracterizados em
aparente nenhuma brecha desagradável” 7 . c i n c o t i p o s d e e l e m e n t o s : v i a s, l i m i t e s,
Lo n g e e s t a m o s p o i s d a m a i o r i a bairros, cruzamentos e pontos marcantes.
das «praças» ou «pracetas» dos loteamentos 1. Vias: são os canais ao longo dos quais
q u e e n v o l v e r a m n o s s a c i d a d e s, o n d e o obser vador se move, usual, ocasional
os espaços sobrantes apenas têm de praças ou potencialmente. Podem ser ruas, passeios,
o nome. No oposto a praça do Rossio em linhas de trânsito, canais, caminhos-de-ferro.
Lisboa ilustra a preocupação de Sitte pois Para muitos, estes são os elementos
a ideia de espaço limitado é obtida predominantes na sua imagem. As pessoas
de qualquer ponto da praça. obser vam a cidade à medida que nela
se deslocam e os outros elementos

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organizam-se e relacionam-se ao longo o de via, pois os cruzamentos são típicas
destas vias. convergências de vias, factos do percurso.
2. Limites: os limites são os elementos lineares 5. Pontos marcantes: estes são outro tipo
não usados nem considerados pelos de referência, mas, neste caso, o observador
habitantes como vias. (...) Estes elementos não está dentro deles, pois são externos. São
limite, embora não tão importantes como normalmente representados por um objecto
as vias, são, para muitos, uma relevante físico, definido de um modo simples: edifício,
característica organizadora, particularmente sinal, loja ou montanha. O seu uso implica
quando se trata de manter unidas áreas a sua distinção e evidência, em relação
diversas, como acontece no delinear de uma a uma quantidade enorme de outros
c i d a d e p o r u m a p a re d e o u p o r á g u a . elementos 8.
3. Bairros: os bairros são regiões urbanas Quanto à forma urbana, o mesmo
de tamanho médio ou grande, concebidos autor identifica várias qualidades da forma:
como tendo uma extensão bidimensional, singularidade, simplicidade, continuidade,
regiões essas em que o observador penetra predominância, clareza de ligação,
« p a r a d e n t ro d e » m e n t a l m e n t e e q u e diferenciação direccional, alcance visual,
reconhece como tendo algo de comum e consciência do movimento, séries temporais,
de identificável (...) A maior parte dos nomes e significados: Estas indicações para
cidadãos estrutura deste modo a sua cidade, o Design Urbano podem ser resumidas de um
cujos elementos importantes são as vias ou outro modo, uma vez que existem temas
os bairros. comuns que se mantêm nos diversos
4. Cruzamentos: os cruzamentos são pontos, aspectos: as repetidas referências a certas
locais estratégicos de uma cidade, através c a r a c t e r í s t i c a s f í s i c a s g e r a i s. E s t a s s ã o
dos quais o obser vador nela pode entrar as categorias de interesse directo para o
e constituem intensivos focos para os quais Design, pois descrevem qualidades de que
e dos quais ele se desloca. Podem ser um Urbanista se pode ser vir e podem ser
essencialmente junções, locais de interrupção apresentadas como se segue:
num transporte, um entrecruzar ou convergir
de vias, momentos de mudança de uma I. Singularidade ou clareza das figuras
estrutura para outra (...) O conceito de fundo: evidência de limites (como o cessar
d e c r u z a m e n t o e s t á re l a c i o n a d o c o m abrupto do desenvolvimento urbano);

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elementos de análise morfológica

fechamento (como um largo fechado); 2. Simplicidade de forma: clareza


contraste de superfície, forma, intensidade, e simplicidade de forma visual em sentido
complexidade, tamanho, hábito, localização geométrico, limitação de par tes (como
e s p a c i a l ( c o m o u m a ú n i c a t o r re , u m a a clareza de um sistema em rede, de um
decoração rica, um sinal dominante). rectângulo, de uma catedral). Formas deste
O contraste pode aparecer em relação aos teor são muito mais facilmente incorporadas
a r re d o re s , i m e d i a t o s o u à e x p e r i ê n c i a na imagem e é evidente que os observadores
passada do observador. (...) distorcem formas complexas, tomando -as
simples, mesmo quando isso significa um erro
de percepção e de prática.(...).
3. Continuidade: continuação de um limite
ou de uma superfície (como numa rua, num
canal, no horizonte ou no cenário);
proximidade de partes (como num grupo
de edifícios); repetição de um intervalo rítmico
(como num modelo, as esquinas das ruas);
semelhança, analogia ou harmonia
de superfície, forma ou hábitos (como
no material usado nos edifícios, modelos
repetidos de janelas salientes, semelhança
de actividades comerciais, uso de sinais
comuns). Estas são as qualidades que facilitam
a p e rc e p ç ã o d e u m a re a l i d a d e f í s i c a
complexa como sendo una e possuidora
de relações internas, as qualidades que
sugerem uma identidade própria.
4. Predominância: a predominância de uma
parte em relação às outras devido
a o t a m a n h o , i n t e n s i d a d e o u i n t e re s s e ,
O s “ e s q u e m a s ” d e Ke v i n Ly n c h
LYNCH, Kevin, (1999), A imagem da cidade; resultante da distinção de uma característica
Edições 70, Lisboa principal no todo, associada a um conjunto

[ 1 9]
(como na área do Har vard Square). Esta e panoramas que aumentam a profundidade
qualidade, tal como a continuidade, permite da visão (ruas axiais, vastos espaços abertos,
a necessária simplificação da imagem por vistas de pontos altos); elementos articulantes
omissão e inclusão.(...) (focos, ponteiros indicadores de medidas,
5. Clareza de ligação: boa visibilidade das objectos penetrantes) que explicam
ligações e costuras (como numa intersecção visualmente um espaço; concavidade (uma
relevante e na costa marítima); relação clara colina ao fundo ou a curva de uma rua) que
e "interligação (como a de um edifício com expõe outros objectos à nossa vista; (...)Todas
o seu local de construção ou a de uma estas qualidades relacionadas facilitam
estação de metropolitano com a rua a compreensão de um todo complexo,
à superfície). Estas ligações são os pontos aumentando a eficiência da visão: a sua
estratégicos de uma estrutura e deveriam ser organização, penetração e poder
claramente perceptíveis. de resolução.
6. Diferenciação direccional: assimetrias, 8. Consciência do movimento: qualidades
mudanças e referências radiais que que tornam o obser vador sensível ao seu
diferenciam um fim de outros (como uma rua próprio movimento real ou potencial. Através
que sobe uma colina, afastando-se do mar e dos sentidos visuais e cinestésicos. É o caso
em direcção ao centro); ou que diferenciam dos indicativos que melhoram a clareza
um lado do outro (como os edifícios que de desníveis, curvas e interpenetrações; dão
rodeiam um parque); ou uma direcção da à experiência motora perspectiva
outra (tanto pela luz do dia como pela e localização; mantêm a coerência
largueza de uma avenida em direcção norte- na direcção ou na mudança de direcção;(...)
sul). Estas qualidades são dificilmente usadas, 9. Séries temporais: séries das quais
quando se trata de estruturações em grande o o b s e r v a d o r s e a p e rc e b e p a r a a l é m
escala. da questão temporal, incluindo ligações
7. Alcance visual: qualidades que aumentam simples de elemento por elemento, onde um
ou organizam uma possibilidade de visão, elemento está associado ao que o precede
quer real quer simbólica. Estas incluem e ao que se lhe segue (como numa sequência
as transparências (vidro ou edifícios assentes casual de elementos marcantes), e também
em pilares); sobreposições (quando uma séries que estão estruturadas no tempo
estrutura aparece atrás de outra); vistas e, assim, se tornam melódicas na natureza

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elementos de análise morfológica

(como se os elementos marcantes fossem Neste sentido cada conjunto


aumentando em intensidade de forma, até dependendo da sua dimensão, do contexto
que um ponto máximo seja atingido). (…) social que produz e em que está envolvido,
10. Nomes e significados: características não leva a situações diversificadas de apropriação
físicas que podem reforçar a imagem de um do espaço e da sua percepção. Cullen
elemento. Os nomes são, por exemplo, reconhece também as questões da percepção
importantes na cristalização da identidade. visual como base para qualquer observação
Ocasionalmente indicam também pistas e invoca a memória do obser vador para
de localização (Estação Norte) (...) sustentar que “a visão tem o poder de invocar
Significados e associações, históricos, sociais as nossas reminiscências e experiências, com
ou funcionais, económicos ou individuais, todo o seu corolário de emoções”. Neste
constituem um verdadeiro domínio para além sentido propõe três campos de reflexão que
das qualidades físicas de que nos ocupamos. têm a ver coma descoberta, com a
Reforçam grandemente as sugestões em localização e com a especificidade de cada
direcção à identidade ou estrutura, como lugar. Assim a descoberta assenta na ideia
pode ser claro na própria forma física 9 . de percurso através do qual é referenciada
uma sucessão de imagens, as quais são
A imagem da cidade segundo Gordon Cullen sempre sustentação para apelo à memória.
É o que este autor chama de visão serial. Essa
Cullen reconhece o princípio que visão serial conduz por sua vez a outro
distingue um edifício de em conjunto elemento essencial da percepção do lugar
de edifícios, não como resultante de um factor que é a possibilidade do obser vador se
puramente quantitativo mas sobretudo com orientar, ou seja a possibilidade de se localizar
o um facto qualitativo produtor de uma nova física e psicologicamente.
situação morfológica e social. A existência Desta localização depende de facto
de conjuntos maiores ou menores cria a possibilidade de apropriação do espaço,
na verdade novos espaços urbanos que num primeiro tempo desconhecido
resultam da relação que se estabelece entre mas de seguida já identificado, vivido,
os edifícios, produzindo ruas, praças e baldios, relacionado com a memória da cada um e
cujo entendimento formal e social é algo neste sentido personificado. Para Cullen a
de complexo. percepção da visão não é uma simples

[ 2 1]
fotografia, mas um processo de da cidade-esquema, descobriram-se as duas
relacionamento do observador, habitante ou facetas de uma mesma realidade, quer para
não, com cada lugar. o movimento (pontos de vista - imagem
Esta localização é também emergente) quer para o local (Aqui - Além)
o desdobramento entre o “aqui e o além” quer para o conteúdo (Isto - Aquilo).
entendido na sua mutua relação. Há apenas que reagrupar tudo isto num
O terceiro elemento de paisagem padrão novo, nascido do ardor e vitalidade
urbana tem a ver com as qualidades próprias da imaginação humana 10.
de cada lugar, não só formais mas também
as resultantes da sua própria história Assim para este autor há três aspectos
e da sedimentação das sucessivas principais a considerar:
intervenções, que Cullen resume na formula
“isto e aquilo”, ou seja a diferença 1. ÓPTICA. Imagine-se o percurso de um
e a identidade. Descobriram-se três entradas: transeunte a atravessar uma cidade. Uma rua
a do movimento, a da localização e a do em linha recta desembocando num pátio
conteúdo. A visão permitiu constatar que o e saindo deste outra rua que a seguir a uma
movimento não é apenas progressão cur va, desemboca num monumento. Até
facilmente mensurável e útil para aqui, i.é - no que respeita à descrição nada
a planificação, mas se divide em duas de invulgar. Mas siga-se o percurso: o primeiro
componentes distintas: o ponto de vista ponto de vista é a rua; a seguir, ao entrar
e a imagem emergente. O homem tem em no pátio, surge novo ponto de vista, que
todos os momentos a percepção da sua se mantém durante a travessia na segunda
p o s i ç ã o re l a t i v a , s e n t e a n e c e s s i d a d e rua, porém, depara-se uma imagem
de se identificar com o local em que completamente diferente; e, finalmente,
se encontra, e esse sentido de identificação, a seguir à cur va, surge bruscamente
por outro lado, está ligado à percepção o monumento. Por outras palavras, embora
de todo o espaço circundante. o transeunte possa atravessar a cidade
O convencionalismo é uma fonte de tédio a passo uniforme, a paisagem urbana surge
enquanto que a aceitação da disparidade na maioria das vezes como uma sucessão
se revela uma fonte de animação. de surpresas ou revelações súbitas. É o que
Finalmente, no meio da aridez estatística se entende por VISÃO SERIAL.

[ 2 2]
elementos de análise morfológica

2. LOCAL (…) Uma vez que o nosso corpo tem Além, pois não se pode conceber um sem
o hábito de se relacionar instintiva o o u t ro . A l g u n s d o s m a i s b e l o s e f e i t o s
e continuamente com o meio -ambiente, urbanísticos residem, justamente na forma
o sentido de localização não pode ser como é estabelecida a inter relação
ignorado e entra, forçosamente em linha de ambos.
de conta na planificação do ambiente (…)
Se, de um modo geral, na cidade não surgem 3. CONTEÚDO. Relaciona-se este último
contrastes tão marcados, o princípio aspecto com a própria constituição
mantém-se. Há uma reacção emocional da cidade: a sua cor, textura, escala, o seu
típica quando nos encontramos muito abaixo estilo, a sua natureza, a sua personalidade
do nível médio do terreno ou muito acima e tudo o que a individualiza. Se se considerar
dele. Há uma outra perante o encerramento que a maior parte das cidades é de fundação
num túnel, por exemplo - e outra ainda antiga, apresentando na sua morfologia
perante a abertura da praça pública. Tudo provas dos diferentes períodos de construção
isto nos faz supor que, se os nossos centros patentes nos diferentes estilos arquitectónicos
urbanos forem desenhados segundo a óptica e nas irregularidades do traçado, é natural
da pessoa que se desloca (quer a pé, quer que evidenciem uma amálgama
de automóvel) a cidade passará a ser uma de materiais, de estilos e de escalas.Contudo
experiência eminentemente plástica, percurso tem-se a sensação de que, se fosse possível
através de zonas de compressão e de vazio, reconstruí-la por inteiro se faria desaparecer
contraste entre espaços amplos e espaços toda a confusão e surgiriam cidades novas
delimitados, alternância de situações mais belas e mais perfeitas. Criar-se-ia um
de tensão e momentos de tranquilidade. Essa quadro ordenado, arruamentos de traçados
sensação de identificação ou sintonia com d i re i t o s e e d i f í c i o s d e a l t u r a s e e s t i l o s
o meio-ambiente, esse sentido de localização concordantes. Se houvesse inteira liberdade
perante a posição que se ocupa numa rua de acção provavelmente criar-se-ia simetria,
ou num largo que faz pensar: «Estou Aqui» equilíbrio, perfeição, concordância, conven-
ou «vou entrar para Ali», ou ainda «vou sair cionalismo. Não é essa a concepção popular
Daqui», mostra claramente que da finalidade do planeamento urbano? (…) 11
ao postular-se a existência de um Aqui
se pressupõe automaticamente a de um

[ 2 3]
Todos estes elementos são essenciais quando
o urbanista assume plenamente a sua função
de projectar novos espaços urbanos, de os
reorganizar ou de tomar as medidas
necessárias para suster a sua degradação e
posterior reabilitação.
O plano visual não pode sobrepor-se
a factores de ordem sociológica, no sentido
amplo da palavra, mas pode e deve ordenar
as suas opções, no encadeado de soluções
que visam criar uma cidade, um bairro, uma
urbanização em lugares em que cada
cidadão se possa reconhecer como ser
humano na sua totalidade pessoal, histórica
e social.

Ora a Memória como diz Maurice


Halbwacsh precisa de pontos de amarração,
reais e imaginados de forma a podermos
descodificar a Cidade. Estes pontos
de amarração são os pontos de referência
e os esquema que nos conduzem
na descoberta e leitura da Cidade.

“Moro num lugar determinado


de uma cidade. Cada dia os meus passeios
conduzem-me a um bairro diferente, mais
ou menos afastado: percorro assim todas
as partes da cidade, e posso agora
Pe r c u r s o t i p o d e G o r d o n C u l l e n
C U L L E N , G o r d o n ( 1 9 9 6 ) , Pa i s a g e m u r b a n a ; dirigir-me onde desejo.
E d. 7 0 , L i s b o a Porquê então não me posso representar

[ 2 4]
elementos de análise morfológica

de uma maneira continua o aspecto das ruas, os acontecimentos mais antigos nos quais
das casas, e todas as particularidades das eu tive muito mais ocasiões de pensar,
lojas, as fachadas, etc., para lá de um é necessário que eu me refira a pontos
determinado limite, alias incerto? de referência no tempo que sobressaem
Porquê, enquanto que até então, da massa desapercebida dos outros
eu podia guiar-me segundo essas imagens acontecimentos.
sucessivas, é necessário que para lá desse Dir-se-á que confundimos aqui
limite temporal eu me oriente com base em a vivacidade das imagens com a sua
pontos de referência descontínuos, que, por familiaridade. Quando reproduzo
uma razão ou outra, sobressaem sobre mentalmente a imagem da rua onde passo
a massa indistinta das outras imagens mais vezes, substituo os objectos por um
apreendidas? esquema onde todas as particularidades que
É q u e e u p e rc o r r i m u i t a s v e z e s , me interessam estão incluídas, mas que não
e em todos os sentidos, os arredores da minha é de todo o equivalente para mim à primeira
casa; é que por uma série de reflexões, juntei vez que os apercebi” 12.
essa imagens familiares umas com as outras
de muitas maneiras, de tal modo que posso Po r o u t r o l a d o e s e g u i n d o a i n d a
reconstitui-las mentalmente de muitas formas o raciocínio de Halbwachs olhar a cidade
também e a partir de muitas outras. (…) deve ser tanto um acto individual como social
Os acontecimentos mais próximos tiveram pois resulta da Memória, não só daquela que
sem dúvida menos ocasiões de ser é fruto das circunstancias da vida de cada
reproduzidos, o meu pensamento referiu-se pessoa mas do processo de lembrar que
a e l e s m e n o s v e z e s q u e re l a t i v a m e n t e é um dos aspectos da memória social.
a acontecimentos mais antigos. Por isso Neste caso a memória retém aquilo em que
da mesma maneira que as imagens das casas reflectimos articuladamente com
próximas da minha, me são mais familiares as referências possíveis que nos vem do meio
eu revejo-as em pensamento quando quero, social. Não se pode lembrar acontecimentos
com todo o detalhe posso reproduzir a série do passado sem reflectir sobre esses mesmos
ininterrupta das casas, fachadas e lojas acontecimentos Ora raciocinar, “ é relacionar
da minha rua. num sistema de ideias as nossas opiniões,
Pelo contrário, para encontrar com aquelas do nosso meio social (…) Assim

[ 2 5]
os quadros da memória colectiva reúnem essa compreensão não só se submete
e ligam uns aos outros as nossas lembranças ao complicado processo da percepção visual
mesmo as mais pessoais” 13. como também resulta da articulação entre
Ao procurarmos compreender os diferentes aspectos da memória não
a percepção que fazemos da mor fologia só individual, mas sobretudo desta na sua
urbana teremos certamente que considerar relação com o mundo em que vivemos com
como propõe Pierre Francastel, numa a percepção que ao longo da vida, cada
epistemologia de criação imaginária, um adquiriu, guardou e referenciou na sua
assumindo a ideia de que a aparência própria Memória.
de qualquer elemento da cidade depende É esta Memória que estando de certa
do seu lugar e da sua função num padrão forma estudada do ponto de vista
total. "Longe de ser um registro mecânico da percepção, não faz de um modo geral
de elementos sensoriais, a visão prova ser parte das preocupações no acto
uma apreensão verdadeiramente criadora da proposição de novos traçados e espaços
da realidade - imaginativa, inventiva, urbanos.
p e r s p i c a z e b e l a . . . . To d a a p e rc e p ç ã o Projectar formalmente um espaço
é também pensamento, todo o raciocínio urbano deveria ser antes de mais balizar
é também intuição, toda a obser vação o terreno com referências, nas quais cada
é também invenção. A forma de um objecto um pudesse assentar a sua percepção
que vemos, contudo, não depende apenas e descodificar o sentido não só das suas
de sua projecção retiniana numa dado partes, mas também dos múltiplos e infinitas
momento. Estritamente falando, a imagem possibilidades de as agrupar. Ora são algumas
é determinada pela totalidade das dessas referência que o presente estudo
experiências visuais que tivemos com aquele pretende ilustrar tal como uma espécie
objecto ou com aquele tipo de objecto de prontuário onde se encontrassem reunidos
durante toda a nossa vida" 14. os elementos mais elementares do traçado
Descobrir a cidade, entender a sua urbano e da morfologia urbana.
morfologia, compreender a natureza do seu
traçado não é assim um processo simples Nestes três autores, Lynch, Cullen
e imediato como poderia parecer num e Sitte, encontramos uma reflexão sustentada
a primeira instância. Antes pelo contrário em exemplos que nos permitem entender que

[ 2 6]
elementos de análise morfológica

a imagem da cidade, a paisagem urbana ou os princípios ar tísticos do Urbanismo.


ou os princípios “artísticos” do Urbanismo, têm Basta para tal olhar com atenção que
por base a percepção visual, condição a cidade se revelará por referência à nossa
de descoberta do “lugar ”. Esta percepção memória, que como um enigma, só espera
pressupõe a ideia de percurso/descoberta pela sua descoberta havendo para ele tantas
e é fruto da relação que se estabelece entre soluções quanto o olhar de cada um 1 5 .
o olhar, a memória de situações anteriores
e uma outra memória, a da referenciação
espacial, que nos permite o sentir Mário Moutinho, Junho 2007
da localização e que de certa forma significa
a possibilidade de apropriação do lugar.
Poder-se ia dizer que a percepção da cidade
e a sua apropriação são um único processo.
No centro desta reflexão encontra-se um
a outra constatação que se refere ao lugar
que memória ocupa neste processo. Memória
d o l u g a r, d o c o n t e x t o, d a l o c a l i z a ç ã o
da percepção mas sobretudo memória que
assente nas lembranças suscitadas pelas
referências cujo carácter social é essencial
reconhecer. Como diria Maurice Halbwachs
trata-se pois de um processo que assenta nos
quadros sociais da Memória que estruturam
de múltiplas formas a vida de cada um.

O que este nosso livro pretende


é certamente lembrar a importância dos três
autores referidos, mas sobretudo demonstrar,
que cada parte da cidade pode encerrar em
si todos os elementos que constituem
a imagem da cidade, a paisagem urbana

[ 2 7]
1 . Jeudy, Henri Pierre, Espelho das cidades, Casa

da Palavra, Rio de Janeiro, 2005 p.108


2. DEL RIO, Vicente.

(1990), Introdução ao Desenho Urbano no Processo


de Planejamento, Pini, São Paulo p.60
3. Opus cit. p. 58
4. SITTE, Camillo

(1889), Der Städtebau nach seinen Kunstlerischen


Grundsiitzen, Graeser, Viena (traduzido a partir de L’art
de bâtir les villes, l’urbanisme selon ses fondements
artistiques, Édition du Seuil, Paris. p. XXIII.
5. Opus cit p. 2
6. Opus cit p. 152
7. Opus cit. p. 38
8. LYNCH, Kevin

(1999), A imagem da cidade; trad. Maria Cristina Tavares


Afonso Edições 70, Lisboa, pp. 58, 59
9. Opus cit. pp.118-121
10. CULLEN, Gordon (1996), Paisagem urbana; trad. Isabel

C o r r e i a , C a r l o s M a c e d o. E d . 7 0 , L i s b o a , p. 1 4
11. Opus cit. pp. 9-13
12. Maurice HALBWACHS (1925), Les cadres sociaux

d e l a m é m o i r e, h t t p : / / p a g e s. i n f i n i t. n e t / s o c i o j m t,
pp.98-100
13. Opus cit. p. 108
14. Rudolf Arnheim, Arte e Percepção Visual, Livraria

Pioneira Editora, São Paulo, 1994, p.40.


15. Texto parcialmente adaptado e desenvolvido a partir

de A.A.V.V. Urbanismo, Guia para o Ensino Secundário


10º, 11º e 12º anos, Edições Universitárias Lusófonas,
Lisboa, 2003

[ 2 8]
elementos de análise morfológica

222 Contexto Urbano e Percursos

2.1. São Vicente de Fora - Lisboa

2.2. Pelourinho - Salvador

2.3. Stare Mesto - Bratislava

2.4. Plaza Mayor - Trujillo


2. Localização - 2.1. São Vicente de fora - Alfama - Lisboa

São Vicente de Fora - Lisboa

lisboa 1
Percurso São Vicente de Fora - Lisboa

A cidade de Lisboa distribui-se por


várias colinas e baixas situando-se junto
a o r i o Te j o . S e d e d o p o d e r p o l í t i c o ,
administrativo e económico, a área tratada
tem carácter residencial, mas é marcada por
importantes construções de carácter religioso.
O percurso seleccionado encontra-se
numa das áreas de ocupação mais antigas
junto do Convento de São Vicente de Fora,
o qual foi fundado por D. Afonso Henriques
em 1147, na sequência da conquista
de Lisboa aos Mouros. A área analisada tem
por base dois largos articulados entre
si e situados em níveis diferentes. O espaço
é marcado pela Igreja de São Vicente
50m 50m
Área de estudo de Fora, construída entre 1582 e 1629.

[ 3 0]
elementos de análise morfológica
O percurso tem inicio na esquina
da Rua da Voz do Operário com a Rua Arco
Grande de Cima, tendo do lado sul o Largo
de São Vicente e do lado norte o Jardim João
Lopes, ao qual se acede por uma rampa

lisboa 2
de forte inclinação. O extremo da Rua Arco
Grande de Cima é definido por uma
passagem com um arco a partir do qual
se tem acesso ao Campo de Santa Clara
enquanto que para poente a Rua de São
Vicente conduz a vista até ao ponto
de referência da Igreja de Santa
Cruz do Castelo.

Lisboa 1813

lisboa 3
[ 3 1]
Lisboa 1575
2 . L o c a l i z a ç ã o - 2 . 2 . Pe l o u r i n h o - S a l v a d o r
A cidade de Salvador situa-se
Pelourinho - Salvador no estado da Bahia, foi fundada em 1549
pela expedição de Tomé de Souza, com
o objectivo de ser vir de capital política,
religiosa e económica da colónia do Brasil.
Salvador foi durante séculos o centro

Salvador 4
da exportação de açúcar e de chegada
de escravos, os quais constituíam a principal
força laboral na colónia até à recente data
de 1888. Situada na baía de Todos-os-Santos,
a cidade distribui-se por dois níveis, uma
cidade alta, destinada às zonas residenciais
e a d m i n i s t r a t i v a s, e u m a c i d a d e b a i x a
relacionada com as actividades do porto.

Salvador 5
Área de estudo 100m

[ 3 2]
elementos de análise morfológica
O percurso seleccionado situa-se na parte
alta da cidade entre o Largo do Carmo, onde
se encontram a Igreja da Ordem Terceira
do Carmo, e o Convento do Carmo, desce

Salvador 7
a Ladeira do Carmo, marcada pela escadaria
que dá acesso à Igreja do Santíssimo
Sacramento, da Rua do Passo até ao Largo
do Pelourinho. Este largo recebe várias ruas
secundárias; Rua A. Gomes, Rua das Flores,
Largo do Passo e Rua do Tabuão. Este Largo
é marcado pela Casa do Benin e pela Igreja
de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
e, a sul, na parte mais elevada, pelo edifício
da actual Fundação Jorge Amado. Do topo
sul da Largo o percurso segue pela Rua Alfredo
de Brito (onde se encontra a transparência
que permite a vista sobre a baía de Todos
os Santos, até ao Terreiro de Jesus, marcado Percurso Pelourinho - Salvador Salvador - Sec.XVII

p e l a I g r e j a d a O r d e m Te r c e i r a d e S ã o
Francisco, Igreja São Pedro dos Clérigos

Salvador 6

Salvador 8
e pela Catedral Basílica. Daqui segue pelo
Largo do Cruzeiro de São Francisco até
à Igreja do Convento de São Francisco.
To d o o p e r c u r s o é d e f i n i d o p o r
construções de dois e de três pisos com
funções residencial e de serviços. Toda a área
foi objecto de um vasto programa
d e r e a b i l i t a ç ã o, c u j a p a r t e m a i s v i s í v e l
se observa a partir de 1992. Anteriormente,
em 1985, o centro histórico de Salvador
já tinha sido reconhecido pela UNESCO como
Pa t r i m ó n i o C u l t u r a l d a H u m a n i d a d e.
Salvador - Sec.XVI Salvador - Sec.XVII

[ 3 3]
2. Localização - 2.3. Stare Mestro - Bratislava
Bratislava, a capital da Republica
Stare Mesto - Bratislava da Eslováquia, situa-se junto ao rio Danúbio
na proximidade das fronteiras com a Áustria,
a Hungria e a República Checa. Anteriormente
denominada Presburg foi também capital
da Hungria ate 1784 sob o nome de Pozsony.

Batislava 9
Esta cidade que se encontra referenciada
desde o século X, teve um grande papel
na história militar e económica da região.

Área de estudo 200m

[ 3 4]
Percurso Stare Mesto - Bratislava
elementos de análise morfológica
O percurso seleccionado situa-se
na parte mais antiga da cidade entre a praça
Primaciálne Nam, marcada pelo Palácio
Primaciálny Palác, construído no fim do século
XVIII, e o lado norte da antiga Câmara
Municipal, percorre a estreita Rua de Kostolná,
para chegar à Praça Hlavné Nam referenciada
d e s d e o s é c u l o X I V, a n t e r i o r m e n t e
denominada por Hautplatz, (1783), Franz
Joseph (1850) e 4 de Abril data da libertação
da cidade pelo Exercito Soviético. Rodeada
por edifícios com diferentes funções, esta

Batislava 11
praça é marcada pela antiga Câmara
Municipal, actual Museu Municipal, de traça
gótico tardio e pela fonte dita de Rolland,
construída no fim do século XVI. Esta praça
dá acesso a uma outra praça denominada
Frantis Kánske Nam, e, depois, pela Rua
de Biela chega-se à Rua Ventúrska Mickalská,
e f i n a l m e n t e à p a s s a g e m p e l a To r r e
Mickalscka que é a única porta medieval
da cidade que chegou até aos nossos dias.
Esta torre data da primeira metade do século
XIV, foi alteado no século XVI e reconstruída
no seu actual aspecto no fim do século XVIII.

Bratislava - Séc.XVIII

[ 3 5]
2. Localização - 2.4. Plaza Mayor - Trujillo
Trujillo é uma pequena cidade situada
Plaza Mayor - Trujillo na Estremadura espanhola. No tempo
dos romanos era conhecida por Turgalium.
Foi habitada também por Celtas e Mouros.
Esta cidade é dominada por um castelo
e rodeada parcialmente por fortificações.

Trujillo 12
É conhecida por ter sido o lugar
de nascimento de Francisco Pizarro existindo
deste, na praça central uma estátua equestre.
Como em muitas outras cidades históricas
de Espanha o centro é ocupado por uma
“Plaza Mayor ” que foi construída entre
os séculos XVI e XVII, a qual está totalmente
recuperada.

Área de estudo 100m

Percurso Plaza Mayor - Trujillo

[ 3 6]
elementos de análise morfológica
O percurso seleccionado percorre
no seu todo esta praça, de planta
e c o n s t r u ç ã o i r r e g u l a r, d e m o d o
a compreender-se a característica
de continuidade da sua envolvente. Marcada
por edifícios de arquitectura notável, contem
por si só quase todos os elementos de análise
mor fológica estudados neste livro.

Trujillo 13
Trujillo - Séc.XIX

[ 3 7]
elementos de análise morfológica

333 Percepção de Conjunto

3.1. Percurso São Vicente de Fora - Lisboa


3.2. Percurso Pelourinho - Salvador
3.3. Percurso Stare Mesto - Bratislava
3.4. Percurso Plaza Mayor - Trujillo
3 . Pe r c e p ç ã o d e C o n j u n t o - 3 . 1 . Pe r c u r s o S ã o V i c e n t e d e F o r a - L i s b o a

Percurso São Vicente de Fora - Lisboa

Lisboa 14
5
6
3
1
4
2

Lisboa 16
Lisboa 15
1 2

[ 4 0]
elementos de análise morfológica

Lisboa 17

Lisboa 19
3 5

Lisboa 20
Lisboa 18

[ 4 1]
4 6
3 . Pe r c e p ç ã o d e C o n j u n t o - 3 . 2 . Pe r c u r s o Pe l o u r i n h o - S a l v a d o r

Percurso Pelourinho - Salvador

Salvador 21
1

2
3

Salvador 22

Salvador 23
6

1 2

[ 4 2]
5
Salvador 26

Salvador 24

6
Salvador 27
4

Salvador 25
elementos de análise morfológica

[ 4 3]
3 . Pe r c e p ç ã o d e C o n j u n t o - 3 . 3 . Pe r c u r s o S t a r e M e s t o - B r a t i s l a v a

Percurso Stare Mesto - Bratislava

Bratislava 28

Bratislava 29
6

5 1
4 2

[ 4 4]
2
Bratislava 30

4
Bratislava 32

5
3

Bratislava 33 Bratislava 31
elementos de análise morfológica

Bratislava 34
[ 4 5]
3 . Pe r c e p ç ã o d e C o n j u n t o - 3 . 4 . Pe r c u r s o P l a z a M a y o r - T r u j i l l o

Percurso Plaza Mayor - Trujillo

Trujillo 35

Trujillo 36
1

2
5 4 3

[ 4 6]
4
Trujillo 39
2
Trujillo 37

5
3

Trujillo 40 Trujillo 38
elementos de análise morfológica

[ 4 7]
elementos de análise morfológica

444 Elementos Formais

4.1. Linha
4.2. Simetria
4.3. Ritmo
4.4. Hierarquia
4.5. Limite
4.6. Horizonte
4.7. Recorte
4.8. Textura
4.9. Cor
4.10. Ferro Forjado
4.11. Eixo
4. Elementos Formais - 4.1. Linha

Linha
Linha (Do lat. linea). 1. Fio de algodão, seda, para circulação ferroviária. 21. Percurso, via
linho ou outro material, de grossura variável, seguida por um serviço de transporte terrestre,
geralmente torcido, usado para fins diversos, marítimo ou aéreo. 22. Ser viço regular
especialmente para a costura. 2. Fio grosso de transportes entre dois pontos por determinada
e resistente. 3. Fio de nylon ou outro material, v i a . 2 3 . R u m o, o r i e n t a ç ã o, c a m i n h o.
geralmente com anzol numa das extremidades, 24. Orientação de comportamento; regra
usado para pescar. 4. Sistema de fios de vida, princípio de acção. 25. Correcção
ou de cabos destinado ao transporte de energia de modos, de compostura. 26. Ideologia que
eléctrica. 5. Sistema de fios através do qual inspira um ou mais indivíduos. 27. Orientação
se estabelece a comunicação telefónica no processo de construção ou de criação.
ou telegráfica. 6. Circuito de comunicação que 28. Orientação, tendência da moda numa
serve cada assinante do telefone. 7. Traço determinada estação ou para uma determinada
continuo de uma só dimensão. 8. Geom. faixa etária. 29. Sequência, série de pessoas
Conjunto dos pontos do plano ou do espaço ou coisas alinhadas na mesma direcção.
que resultam de um inter valo por uma 30. Sequência dos graus de parentescos,
transformação contínua. 9. Traço real ou fictício conjunto de pessoas que provêm do mesmo
que delimita duas porções de espaço. 10. Traço tronco. 31. Tip. Série de caracteres alinhados
horizontal de uma página sobre o qual se alinham para posterior impressão. 32. Série de palavras
sequências de palavras. 11. Cada um dos traços escritas ou impressas que formam um traço,
horizontais e paralelos que formam uma pauta seguindo a mesma direcção nos limites
de música. 12. Cada um dos traços na palma da página. 33. Conjunto de produtos de beleza
da mão e que é lido pelos quiromantes para, ou de outros artigos complementares e ligados
pretensamente, prever o futuro às pessoas. por certas qualidades. 34. Mil. Conjunto
13. Delineamento de uma figura pelo traçado de soldados em formatura, uns ao lado dos
aparente dos contornos. 14. Elegância, peso outros. 35. Mil. Série de unidades que ocupam
e medidas equilibradas do corpo; boa aparência determinada posição estratégica
física. 15. pl. Efeito estético produzido pelos de alinhamento. 36. Mil. Conjunto de fortificações
traços gerais de uma composição. 16. Forma, de defesa de uma área, dispostas segundo
tipo de corte dos modelos de vestuário de uma determinado alinhamento. 37. Desp. Conjunto
mesma colecção. 17. pl. Aspectos, pontos de jogadores que, ao iniciar-se o jogo, estão
ou a disposição geral destes. 18. Traço fictício a igual distância da divisória da duas partes
numa determinada direcção. 19. Aquilo que do campo e costumam desempenhar uma
é estreito, longo e contínuo. 20. Sistema de carris função idêntica. 38. Desp. Traçado que demarca

[ 5 0]
elementos de análise morfológica

espaços de competição ou zonas de jogo em

Lisboa 43

Lisboa 44
campos ou recintos desportivos. 39. Desp. Espaço
compreendido entre os corpos dos dois
adversários, no jogo de esgrima. 40. Tip. Fio
metálico com que se divide uma página em
colunas no sentido vertical. 41. Constr. Trave
horizontal sobre a qual assentam as pernas
da asna e o pendoral, formando parte
da armação que suporta o telhado. 42. Bras.
(RJ). Cerimónia ritual na macumba. 43. pl.
M e n s a g e m e s c r i t a, b r e v e; c a r t a c u r t a.
44. Baptismo da linha. 45. de primeira linha.
46. Linha das apsides. 47. Linha de montagem,
conjunto formado por máquinas, equipamentos
e o p e r á r i o s q u e r e a l i z a m, c o n s e c u t i v a
e continuamente, as operações. 48. Linha
equinocial, Geog., a imaginária que divide
a Terra em dois hemisférios; equador terrestre.
49. Linha inominada, Anat. Saliência da face
interna do osso ilíaco. 50. Linha ventral,
Bot., traço de união das margens de um carpelo
fechado.
Bratislava 41

Bratislava 42

[ 5 1]
4. Elementos Formais - 4.1. Linha

Lisboa 45

Lisboa 46
[ 5 2]
elementos de análise morfológica

Salvador 47

Salvador 48
[ 5 3]
4. Elementos Formais - 4.1. Linha

Trujillo 49
[ 5 4]
elementos de análise morfológica

Trujillo 50

[ 5 5]
4. Elementos Formais - 4.2. Simetria

Simetria
Simetria (Do lat. symmetria). 1. Qualidade

Lisboa 51
do que é simétrico, do que está regularmente
disposto em relação a uma linha mediana.
2. Semelhança entre duas partes de alguma
coisa. 3. Harmonia resultante de certas
combinações e proporções regulares. 4. Literat.
Modo de estruturação da frase, do verso,

Salvador 52
tendente a criar equivalência, harmonia rítmica,
obtidas com perfeições. 5. Anat. Disposição
regular da maior parte dos órgãos do corpo,
pela qual uma de duas partesé igual à outra.
6. Geom. Transformação pontual que a cada
ponto M associa M’ tal que todos os fragmentos
de recta MM’ ou têm um ponto médio fixo
(simetria em relação a um ponto, o centro
de simetria) ou uma recta fixa como mediatriz
(simetria em relação a um eixo, o eixo de simetria)
ou um plano fixo como plano mediador (simetria
em relação a um plano, o plano de simetria).
7. Geom. Disposição de partes semelhantes
dispostas de forma análoga, em relação a um
plano, a uma recta, a um ponto. 8. Mat.
Propriedade de uma função cujo valor não
se altera quando se trocam entre si quaisquer
das variáveis de que depende.

[ 5 6]
elementos de análise morfológica

Bratislava 54
Bratislava 53

Salvador 55
[ 5 7]
4. Elementos Formais - 4.2. Simetria

Lisboa 56
[ 5 8]
elementos de análise morfológica

Trujillo 57
[ 5 9]
4. Elementos Formais - 4.3. Ritmo

Ritmo
R i t m o ( D o l a t. r h y t m u s ) . 1 . S u c e s s ã o
de fenómenos mais ou menos regulares, que

Bratislava 58

Lisboa 59
constituem um todo, ao longo do tempo.
2. Repetição regular de uma variação
ou de uma alternância. 3. Velocidade a que
decorrem as diferentes etapas de um processo
ou de um trabalho. 4. Desenvolvimento
e correlação harmoniosa entre elementos
expressivos e estéticos de um trabalho artístico
ou de literário. 5. Mús. Disposição periódica dos
tempos, ou partes de tempo, da qual resulta
o compasso. 6. Literat. Sequência de tempos
fortes e fracos de um verso. 7. Bras. Mús. Conjunto
de instrumentos de percussão que marcam
a cadência que ordena sons fortes e fracos.
8. Bras. Mús. Conjunto de músicos que, num
grupo ou banda, tocam instrumentos
de percussão. 9. Ritmo de galope, cadência
provocada pelo passo constante e acelerado
dos equídeos.

[ 6 0]
elementos de análise morfológica

Salvador 60
Lisboa 61

Lisboa 62
[ 6 1]
4. Elementos Formais - 4.4. Hierarquia

Hierarquia
Hierarquia 1. Distribuição ordenada dos graus
dos poderes eclesiásticos, civis, militares. 2.
Ordenação ou graduação do poder, da
autoridade, das funções dentro de uma
i n s t i t u i ç ã o. . . , c o r r e s p o n d e n t e à s v á r i a s
categorias de funcionários. 3. Série crescente
ou decrescente de graus ou escalões. 4.
Autoridade do grande sacerdote ou chefe
dos sacerdotes, na antiga Grécia.

Salvador 63
[ 6 2]
elementos de análise morfológica

Lisboa 64

Lisboa 65

Lisboa 67
Salvador 66

[ 6 3]
4. Elementos Formais - 4.4. Hierarquia

Trujillo 68

[ 6 4]
elementos de análise morfológica

Trujillo 69
[ 6 5]
4. Elementos Formais - 4.5. Limite

Limite
Limite (Do lat. limes, -mitis) 1. O que estrema,
o que separa dois terrenos ou territórios contíguos.
2. Linha que marca o fim de uma extensão.
3. Us. pl. Confins, lugares longíquos. 4. Momento,
data, época que marca o começo e/ou o fim
de um espaço de tempo. 5. Ponto extremo que
se não pode ou não deve ultrapassar. 6. funç.
adj. Que é extremo, que atingiu o grau máximo:
que é derradeiro. 7. Limite de uma sucessão.

Lisboa 70
5

2
3

São Vicente de Fora - Lisboa


[ 6 6]
3
1
Lisboa 73 Lisboa 71

4
2

Lisboa 74 Lisboa 72
5
elementos de análise morfológica

Lisboa 75
[ 6 7]
4. Elementos Formais - 4.5. Limite

Salvador 76
1

4
3
2

Salvador 77

Salvador 78
1 2

Pelourinho - Salvador
[ 6 8]
elementos de análise morfológica

Salvador 80
Salvador 79

3 4

[ 6 9]
4. Elementos Formais - 4.5. Limite

Bratislava 81
6 3

5 1

Bratislava 82

Bratislava 83
1 2

Stare Mestro - Bratislava


[ 7 0]
3
Bratislava 84

Bratislava 85
elementos de análise morfológica

6
5

Bratislava 87 Bratislava 86
[ 7 1]
4. Elementos Formais - 4.5. Limite

Trujillo 88

Trujillo 89
3

4 2
1

Plaza Mayor - Trujillo 1

[ 7 2]
elementos de análise morfológica

Trujillo 90

Trujillo 91

Trujillo 92
2 3 4

[ 7 3]
4. Elementos Formais - 4.6. Horizonte

Horizonte
Horizonte (Do lat. horizon, -ontis). 1. Geog. Linha
circular que limita a observação visual e que
parece unir o céu e a terra. 2. Geog. Parte
do céu, da terra...Próxima desta linha. 3. Espaço
visível da superficie terrestre ou que a vista
alcança. 4. Qualquer espaço ou extensão.
5. Astr. Círculo máximo da esfera celeste
perpendicular à vertical do lugar. 6. B.-Art Linha
que termina a representação do céu num
quadro. 7. Aquilo que sucede ou pode suceder
ao momento presente; sorte futura. 8. Geol. Zona
paleontológica onde se encontra o mesmo fóssil
característico. 9. Geol. Camada do solo
relativamente homogénea na composição
e estrutura. 10. pl. Geol. Camdas do solo
genericamente relacionadas entre
si. 11. Horizonte matemático, plano tangente
à superfície da Terra no local de observação.

Lisboa 93
[ 7 4]
elementos de análise morfológica

Salvador 94
Lisboa 95

Salvador 96
[ 7 5]
4. Elementos Formais - 4.7. Recorte

Recortes
Recorte (Deriv. regres. de recortar). 1. Acção
de recortar. 2. Desenho ou lavor obtido através
do recorte de uma superfície plana. 3. Forma
apresentada por alguns objectos que parecem
recortados. 4 . Saliência ou depressão nos bordos
de um objecto. 5. Bot. Divisão dos bordos
de uma folha vegetal. 6. Geog. Contorno
acidentado nas costas marítimas, no leito dos
rios. 7. Relevo eminência, destaque, evidência.
8. Apuro, rigor, precisão. 9. Artigo, notícia...
de jornal ou revista que se corta para guardar
separadamente. 10. Pedaço de papel que
contém aquele artigo, notícia. 11. Tip. Trabalho
que faz parte do alçamento das folhas para

Salvador 97
preparar a sua impressão. 12. Taurom. Movimento
do toureiro através do qual evita a marrada
do touro quando este investe. 13. Taurom.
Remate vistoso feito com a capa quando esta
tom rapidamente um movimento contrário
ao que levava anteriormente.

[ 7 6]
elementos de análise morfológica

Salvador 99
Salvador 98

[ 7 7]
4. Elementos Formais - 4.7. Recorte

Bratislava 100
[ 7 8]
elementos de análise morfológica

Trujillo 101

[ 7 9]
4 . E l e m e n t o s F o r m a i s - 4 . 8 . Te x t u r a

Texturas
Textura (Do lat. textura). 1. Acção ou resultado

Salvador 102
de tecer. 2. Disposição dos fios de uma coisa
tecida. 3. Disposição das partículas de um corpo.
4. Arranjo ou organização das partes
ou elementos de uma obra, de um todo.
5. Geol. Característica de uma rocha que resulta
do grau de cristalização, dimensão do grão e
relações geométricas entre os seus constituintes.

Salvador 103
Lisboa 104
[ 8 0]
elementos de análise morfológica

Lisboa 106
Lisboa 105

Lisboa 107
[ 8 1]
4 . E l e m e n t o s F o r m a i s - 4 . 8 . Te x t u r a

Bratislava 108

Lisboa 109
[ 8 2]
elementos de análise morfológica

Lisboa 110

Lisboa 111
[ 8 3]
4. Elementos Formais - 4.9. Cor

Cor
Cor 2 (Do lat. color, õris). 1. Impressão visual

Lisboa 113
produzida por um corpo iluminado, que varia
segundo a natureza do corpo ou a luz que
o ilumina; propriedade que os corpos têm
de absorver ou reflectir a luz em maior ou menor
grau. 2. O que se opõe ao preto e ao branco.
a cores. 3. Tom rosado ou moreno da tez.
4. Substância cosmética para aplicar no rosto
a fim de ocultar a palidez. 5. Substância corante
como pigmento, tinta...6. Bandeira, pavilhão.
7. Impressão viva causada pelo que é original
ou pitoresco; realce, relevo. 8. Opinião; partido
que se toma. 9. Carácter, feição. 10. Aparência,
aspecto. cores de saúde, aspecto saudável
do rosto, com faces rosadas. 11. Aparência
falaciosa; disfarce.12. Tons de uma bandeira
ou insígnia distintivas ou representativas de uma

Lisboa 112
entidade, grupo, equipa, partido. 13. Manteiga
de cor. a cores, loc. adv. Com recurso à cor.

[ 8 4]
elementos de análise morfológica

Bratislava 115
Salvador 114

Lisboa 116
[ 8 5]
[ 8 6]
4. Elementos Formais - 4.9. Cor

Lisboa 118 Salvador 117

Lisboa 121 Lisboa 120 Lisboa 119

Salvador 122
elementos de análise morfológica

Lisboa 125
Salvador 123
Salvador 124

[ 8 7]
[ 8 8]
4. Elementos Formais - 4.9. Cor

Lisboa 127 Trujillo 126

Trujillo 130 Trujillo 129 Bratislava 128


elementos de análise morfológica

Lisboa 131
[ 8 9]
4. Elementos Formais - 4.10. Ferro Forjado

Ferro Forjado
Forjar (De forja + suf. –ar). 1. Trabalhar na forja
um metal ou uma liga metálica. 2. Criar um
objecto a partir de metal trabalhado na forja.
3. Determinar ou determinar-se a configuração,
as características ou a natureza de alguma coisa.
4. Dar ou ter origem. 5. Fazer a imitação
de alguma coisa, com o objectivo de a fazer
passar pelo objecto real ou genuíno. 6. Construir,
recorrendo à imaginação, ao raciocínio.

Batislava 133
Bratislava 132

[ 9 0]
Lisboa 135 Lisboa 134

Salvador 137 Salvador 136


elementos de análise morfológica

[ 9 1]
4. Elementos Formais - 4.11. Eixo

Eixo
Eixo (Do lat. axis). 1. Linha recta, real

Lisboa 138

Salvador 139
ou imaginária, em torno da qual um corpo
efectua ou pode efectuar movimento
de rotação. 2. Linha imaginária que divide
longitudinalmente. 3. Linha principal que divide
um corpo em partes perpendicularmente
simétricas ou equilibradas. 4. Peça sobre a qual
se articulam outras peças que descrevem em
torno dela um movimento circular. 5. Direcção
ou sentido. 6. Sistema geográfico que se dispõe
longitudinalmente e que funciona como
elemento agregador e de comunicação entre
povos ou no seu seio. 7. Base em que se apoia
uma teoria, uma acção, um princípio. 8. Jogo
de crianças, em que cada uma salta por cima
das costas, encurvadas, das outras colocadas
a distâncias iguais. 9. Recta em que se fixou
uma origem, um sentido positivo e uma unidade
de medida. 10. Bot. Órgão central dos veculares.
11. eixos ópticos, direcções (uma ou duas)
ao longo das quais não se dá o fenómeno
da refracção dupla e em que o feixe luminoso
não é desdobrado quando se propaga. 12. eixo
cristalográfico, Miner, linha imaginária
de referência que passa pelo centro de um
cristal, para o orientar e definir no espaço,
podendo ou não coincidir com os eixos de
simetria. 13. Potências do Eixo. 14. eixo
sintagmático, Ling., em que se combinam as
unidades. 15. eixo cerebroespinal, Anat.,
o conjunto do cérebro e da medula espinal.

[ 9 2]
elementos de análise morfológica

Lisboa 141
Trujillo 140

[ 9 3]
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Todas as imagens foram obtidas por docentes e alunos
do Curso de Licenciatura em Urbanismo e do Curso
de Mestrado em Urbanismo da ULHT. Projecto
Morfologia Urbana, em curso no Centro de Estudos
de Sociourbanismo (integrado na Unidade de Estudo
e Investigação em Ciências Sociais Aplicadas FCT – Projecto desenvolvido pelo Centro de Estudos
ID 462), com excepção das seguintes: de Sociourbanismo (integrado na Unidade de Estudo
p.14, SITTE, Camillo (1889), Der Städtebau nach e de Investigação em Ciências sociais Aplicadas,
seinen Kunstlerischen Grundsiitzen, Graeser, Viena FCT – ID: 462) nos anos lectivos 2003/2006, no âmbito
p.17, LYNCH, Kevin, (1999), A imagem da cidade; do Curso de Licenciatura em Urbanismo e do curso
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p. 22, CULLEN, Gordon, (1996), Paisagem urbana;
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Ed. Construcciones Abreu, S.A. - 2005

O Centro de Estudos de Sociourbanismo agradece


a autorização para reprodução de imagens às Edições
70, Lisboa; Instituto do Património Artístico e Cultural
da Bahia IPACA; e Directora Sílvia Athayde do Museu
de Arte da Bahia, Salvador

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