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Sinais de Pontuação

Pontos de Vista
Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português quando
estourou a discussão.
— Esta história já começou com um erro — disse a Vírgula.
— Ora, por quê? — perguntou o Ponto de Interrogação.
— Deveriam me colocar antes da palavra "quando" — respondeu a Vírgula.
— Concordo! — disse o Ponto de Exclamação. — O certo seria:
"Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português, quando
estourou a discussão".
— Viram como eu sou importante? — disse a Vírgula.
— E eu também — comentou o Travessão. — Eu logo apareci para o leitor saber
que você estava falando.
— E nós? — protestaram as Aspas. — Somos tão importantes quanto vocês.
Tanto que, para chamar a atenção, já nos puseram duas vezes neste diálogo.
— O mesmo digo eu — comentou o Dois-Pontos. — Apareço sempre antes das
Aspas e do Travessão.
— Estamos todos a serviço da boa escrita! — disse o Ponto de Exclamação. —
Nossa missão é dar clareza aos textos. Se não nos colocarem corretamente, vira
uma confusão como agora!
— Às vezes podemos alterar todo o sentido de uma frase — disseram as
Reticências. — Ou dar margem para outras interpretações...
— É verdade — disse o Ponto. — Uma pontuação errada muda tudo.
— Se eu aparecer depois da frase "a guerra começou" — disse o Ponto de
Interrogação — é apenas uma pergunta, certo?
— Mas se eu aparecer no seu lugar — disse o Ponto de Exclamação — é uma
certeza: "A guerra começou!"
— Olha nós aí de novo — disseram as Aspas.
— Pois eu estou presente desde o comecinho — disse o Travessão.
— Tem hora em que, para evitar conflitos, não basta um Ponto, nem uma Vírgula,
é preciso os dois — disse o Ponto e Vírgula. — E aí entro eu.
— O melhor mesmo é nos chamarem para trazer paz — disse a Vírgula.
— Então, que nos usem direito! — disse o Ponto Final. E pôs fim à discussão.
(Conto de João Anzanello Carrascoza, ilustrado por Will. Revista Nova Escola - Edição Nº 165 - Setembro de 2003)
O Mistério da herança - texto para trabalhar a pontuação.

Esse texto é excelente para trabalhar pontuação em sala de aula de uma forma
leve e divertida. Desperatá o interesse dos alunos.

Que tal aproveitar um texto que anda circulando pela internet, para realizar, em
sala de aula, uma vivência lúdica e divertida sobre a importância da correta
pontuação em um texto? Esta é mais uma proposta pedagógica , para enriquecer
as atividades do professor de Produção Textual.

Este exercício apropria-se de um texto que tem circulado pela internet, como
simples brincadeira. Na proposta pedagógica aqui criada, o objetivo é demonstrar
aos alunos que uma vírgula, um ponto de interrogação ou um ponto final,
corretamente empregados, podem, sim, fazer toda a diferença. É importante que
o professor, na etapa inicial do exercício, relembre alguns aspectos principais da
pontuação e os cuidados para os erros mais comuns devido ao seu emprego
indevido. Outro aspecto importante a ser abordado: a importância da clareza no
desenvolvimento de um texto.

Desenvolvimento:

1. Dividir a sala em quatro subgrupos (ou múltiplos de quatro, para salas


maiores).

2. Entregar papel e caneta. No papel, para criar um certo “clima”, o professor


pode desenhar uma moldura bem bonita, contendo dentro dela a palavra
“Testamento” e o texto que será trabalhado.

3. Contar à história que dará origem ao exercício:

O Mistério da Herança

Um homem rico estava muito mal, agonizando. Dono de uma grande fortuna,
não teve tempo de fazer o seu testamento. Lembrou, nos momentos finais, que
precisava fazer isso. Pediu, então, papel e caneta. Só que, com a ansiedade em
que estava para deixar tudo resolvido, acabou complicando ainda mais a
situação, pois deixou um testamento sem nenhuma pontuação. Escreveu assim:

'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta
do padeiro nada dou aos pobres.'
Morreu, antes de fazer a pontuação.

A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes. O objetivo deste


exercício é que cada um dos grupos traga a fortuna para o seu lado. Ou seja, a
partir de agora, cada um dos grupos agirá como se fossem os advogados dos
herdeiros. O grupo 1 representará o sobrinho. O grupo 2 representará a irmã. O
grupo 3 deverá fazer com que o padeiro herde a riqueza. E, finalmente, o grupo 4
deverá será responsável para a riqueza do falecido chegar apenas às mãos dos
pobres.

Ao final do exercício, o professor divulgará como deveria ficar cada um dos


textos.

Resposta:

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a
conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito :

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta
do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a
conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Então, chegaram os pobres da cidade. Espertos, fizeram esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais ! Será paga a
conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.
Santos nomes em vão - Texto para aula de Português. Variação linguística.

Texto para ser usado em aulas com tópicos sobre a variação línguística. Serve
bem à exemplicação das variações da lingua.

Drama verídico e gerado por virgulazinhas mal postas, cúmplices de tantas


reticências.

Praxedes é gramático. Aristarco também. Com esses nomes não poderiam ser
cantores de rock. Os dois trabalham num jornal. Praxedes despacha as
questiúnculas à tarde. Aristarco, à noite. Um jamais concordou com uma vírgula
sequer do outro, e é lógico que seja assim. Seguem correntes diversas. A
gramática tem isso: é democrática. Permitindo mil versões, dá a quem sustenta
uma delas o prazer de vencer.

Praxedes é um santo homem. Aristarco também. Assinam listas, compram rifas,


ajudam quem precisa. E são educados. A voz dos dois é mansa, quase um
sussurro. Mas que ninguém se atreva a discordar de um pronome colocado por
Praxedes. Ou de uma crase posta por Aristarco. Se a conversa ameaça
escorregar para os verbos defectivos ou para as partículas apassivadoras, melhor
escapar enquanto dá. Porque aí cada um deles desanda a bramir como um leão.
[...]

Para que os dois não se matem, o chefe pôs cada um num horário. Praxedes,
mais liberal (vendilhão, segundo Aristarco), trabalha nos suplementos do jornal,
que admitem uma linguagem mais solta. Aristarco, ortodoxo (quadradão, segundo
Praxedes) assume as vírgulas dos editoriais e das páginas de política e
economia. [...]

Sempre estiveram a um passo do quebra-pau. Hoje, para festa dos ignorantes e


dos mutiladores do idioma, parece que finalmente vão dar esse passo. É dia de
pagamento e eles se encontram na fila do banco. Um intrigante vem pondo fogo
nos dois há já um mês e agora ninguém duvida: nunca saberemos quem é o
melhor gramático, mas hoje vamos descobrir quem é o mais eficiente no braço.

Aristarco toma a iniciativa. Avança e despeja:

- Seu patife, biltre, poltrão, pusilânime.

Praxedes responde à altura:


- Seu panaca, almofadinha, calhorda, caguincha.

Aristarco mete o dedo no nariz de Praxedes:

- É a vossa progenitora!

Praxedes toca o dedo no nariz de Aristarco:

- É a sua mãe!

Engalfinham-se, rolam pelo chão, esmurram-se.

Quando o segurança do banco chega para apartar, é tarde, Praxedes e Aristarco


estão desmaiados um sobre o outro, abraçados, como amigos depois de uma
bebedeira.

O guarda pergunta à torcida o que aconteceu. Um boy que viu tudo desde o início
explica:

- Pra mim, esses caras não é bom de bola. Eles começaram a falá em
estrangeiro, um estranhô o outro, os dois foram se esquentando, esquentando, e
aí aquele ali, ó, que também fala brasileiro, pôs a mãe no meio. Levô uma
bolacha e ficô doido: enfiô o braço no focinho do outro. Aí os dois rolô no chão.

Para a sorte do boy, Aristarco e Praxedes continuavam desacordados.

(DREWNICK, Raul.O Estado de São Paulo,Caderno 2, p. 2, 1998)


Texto: A Lingua Portuguesa agradece... Nossos ouvidos também.
O texto oferece uma maneira simples de verificar várias palavras que são
pronunciadas pelas pessoas de forma incorreta, segundo a variante padrão da
linguagem.
Com algumas pequenas adaptações é possível utilizá-lo em sala de aula.
Certamente renderá uma aula leve e até divertida. Pode-se também distribuir aos
alunos a título de curiosidade. Certamente eles aprenderão a pronuncia correta de
algumas palavras.
Não diga:
-Menas (sempre menos)
-Iorgute (iogurte)
-Mortandela (mortadela)
-Mendingo (mendigo)
-Trabisseiro (travesseiro)
-Trezentas gramas (é O grama e não A grama)
-Di menor, di maior (é simplesmente maior ou menor de idade)
-Cardaço (cadarço)
-Asterístico (asterisco)
-Beneficiente (beneficente - lembre-se de Beneficência Portuguesa)
-Meia cansada (meio cansada)
A forma correta de pronunciar é a que está entre parênteses.
Lembre-se também:
- Mal - Bem
- Mau - Bom
-A casa é GEMINADA (do latim geminare = duplicar) e não GERMINADA que
vem de germinar, nascer, brotar
-O certo é CUSPIR e não GOSPIR.
-O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou
da cozinha.
-Se você estiver com muito calor, poderá dizer que está "suando" (com u) e não
"soando", pois quem "soa" é sino!
-O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO. Plantas têm
espinhos.
-Homens dizem OBRIGADO e mulheres, OBRIGADA;
-O certo é HAJA VISTA (que se oferece à vista) e não HAJA VISTO;
-“FAZ dois anos que não o vejo" e não "FAZEM dois anos";
-POR ISSO e não PORISSO;
-"HAVIA muitas pessoas no local" e não "HAVIAM";
-"PODE HAVER problemas" e não "PODEM HAVER...";
-PROBLEMA e não POBLEMA ou POBREMA;
-A PARTIR e não À PARTIR;
-Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer e não para MIM fazer, para
mim
comprar ou para mim comer (mim não conjuga verbo; apenas "eu, tu, eles, nós,
vós, eles");
-Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com "uma dó";
a palavra dó no feminino é só a nota musical (do, ré, mi, etc etc.);
-As pronúncias: CD-ROM é igual a ROMA sem o A. Não é CD-RUM (nem CD-
pinga, CD-vodka, etc). ROM é abreviatura de Read Only Memory - memória
apenas para leitura; HALL é RÓL não RAU, nem AU;
E, agora, o horror divulgado pelo pessoal do TELEMARKETING: Não é "eu vou
estar mandando", "vou estar passando", vou estar verificando e sim eu vou
MANDAR , vou PASSAR e vou VERIFICAR (muito mais simples, mais elegante e
CORRETO).
-Da mesma forma, é incorreto perguntar: COM QUEM VOCÊ QUER ESTAR
FALANDO? Veja como é o correto e mais simples: COM QUEM VOCÊ QUER
FALAR?
-Ao telefone não use: “Quem gostaria?” É de lascar...
-Não é elegante você tratar por telefone pessoas que não conhece utilizando
termos como: querido(a), meu filho(a), meu bem, amigo(a)... Utilize o nome da
pessoa ou Senhor, Senhora.
Por último, e talvez a pior de todas: por favor, arranquem os benditos SEJE e
ESTEJE do seu vocabulário (estas palavras não existem).
Mande aos seus amigos: se circula tanta bobagem pela internet, por que não
circular coisa útil? A Língua Portuguesa agradece.
(Texto anônimo encontrado na Internet.)
Pneu Furado - Luís Fernando Veríssimo - exemplo de crônica, fácil leitura e
interpretação.

Esse texto é bem leve e pode ser usado de várias forma pelo professor, uma delas poderia
ser exemplificar o gênero crônica.

PNEU FURADO

O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro,


olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha.
Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo
"Pode deixar". Ele trocaria o pneu.
- Você tem macaco? - perguntou o homem.
- Não - respondeu a moça.
- Tudo bem, eu tenho - disse o homem - Você tem estepe?
- Não - disse a moça.
- Vamos usar o meu - disse o homem.
E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça.
Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou
ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar.
Dali a pouco chegou o dono do carro.
- Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
- Coisa estranha.
- É uma compulsão. Sei lá.

(Luís Fernando Veríssimo. Livro: Pai não entende nada. L&PM, 1991).

Quais são as características de uma crônica.

As características a seguir são referidas por vários dos autores que buscaram compreender
a estrutura da crônica como estilo literário.

Lembremos que chronos é relativo a tempo, é podemos perceber claramente a vinculação


entre chronos e crônica.

A crônica, breve resgisto de um determinado momento, está dentro da categoria de textos


narrativos, pois relata algum fato ou situação usando o tempo cronológico e a descrição
dos acontecimentos.
- texto ligada à vida cotidiana;
- narrativa informal, familiar, intimista;
-uso da oralidade na escrita: linguagem coloquial;
-sensibilidade no contato com a realidade;
-síntese; (a crônica se passa em um curto período de tempo, por isso os fatos não podem ter
grandes desdobramentos).
-uso de fatocotidiano, corriqueiro, como meio ou pretexto para o artista exercer seu estilo e
criatividade;
- uma certa dose de lirismo;
-natureza ensaística;
-leveza;
-diz coisas sérias através de uma aparente conversa fiada;
-uso do humor;
-brevidade; geralmente é um texto curto.
-por ser baseada em um fato contemporâneo (da época em que o autor escreve: está
sujeita a uma rápida desatualização e à fugacidade do tempo.
Exercicios sobre Concordância com gabarito

Gramática - exercícios para fixar Concordância.

Assinale com “C “ as frases corretas quanto a concordância e com “ I ” as frases


incorretas:

1) ( ) Falou o Ministro e todos os seus assessores.


2) ( ) Saiu agora mesmo daqui seu tio e suas primas.
3) ( ) Não só os alunos, como também o diretor faltou às aulas.
4) ( ) Fumar e beber faz muito mal à saúde.
5) ( ) O comer e o dormir engordam.
6) ( ) Não só eu, mas também meus filhos estão com gripe.
7) ( ) Bebida, festas, dinheiro, mulheres, nada o tornava alegre.
8) ( ) Céu, mar, terra, rios, sol planetas, animais tudo se constituem dos mesmos
elementos.
9) ( ) Tanto o marido como a mulher mentiu.
10) ( ) Deverá viajar conosco Ademir e Adriana.
11) ( ) Deus e demônio, brancos e negros, crentes e ateus, mulheres e homens, ninguém o
igualava em tragédias ou em comédias.
12) ( ) Tanto você quanto eu estou na mesma situação.
13) ( ) O burro, o asno e o preguiçoso, sem pancadas, nenhum se mexe.
14) ( ) Veio ao aeroporto Giovanna, Lucas, Gabriel e os primos.
15) ( ) Giovanni ou Otaviano dirigirão o automóvel.
16) ( ) Chegou uma carta e um telegrama para Vossa Excelência.
17) ( ) Perder e ganhar é do esporte.
18) ( ) Os Sertões foram publicados em 1902 e são de autoria de Euclides da Cunha.
19) ( ) Luís, bem como seus irmãos, virá comigo.
20) ( ) As estrelas parecem brilhar mais intensamente hoje
21) ( ) As estrelas parece brilharem mais intensamente hoje
22) ( ) As crianças parece estarem com fome.
23) ( ) Vossa Santidade estejais em paz, que cuidaremos da sua segurança.
24) ( ) Tudo parecem rosas na vida.
25) ( ) Aquilo parecem fogos de artifício.

Gabarito dos exercícios sobre concordância.1.C - 2.C - 3..I - 4.C- 5.C - 6.I - 7.C - 8.I -
9.I -10.C - 11.C -12.I - 13.C - 14.C - 15.I - 16.C - 17.I -18.C - 19.C - 20.C - 21.C - 22.C -
23.I - 24.C - 25.C
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Interpretação de textos - Princípios básicos para interpretar um texto.

PEQUENO DICIONÁRIO DE INTERPRETAÇÃO.

A - Atenção ao ler o texto é fundamental.

B - Busque a resposta no texto. Não tente adivinhá-la. “Chute” só em último caso.

C - Coesão: uma frase com erro de coesão pode tornar um contexto indecifrável.
- Contexto: é o conjunto de idéias que formam um texto ---> o conteúdo.

D - Deduzir: deduz- se somente através do que o texto informa.

E - Erros de Interpretação:
• Extrapolação ( viagem ): é proibido viajar. Não se pode permitir que o pensamento voe.
• Redução: síntese serve apenas para facilitar o entendimento do contexto e para fixar a
idéia principal. Na hora de responder lê-se o texto novamente.
• Contradição: é proibido contradizer o autor. Só se contradiz se solicitado.

F – Figuras de linguagem: conhecê-las bem ajudam a compreender o texto e, até, as


questões.

G – Gramática: é a “alma” do texto. Sem ela, não haverá texto interpretável. Portanto,
estude-a bastante.

H - História da Literatura: reconhecer as escolas e os gêneros literários é fundamental.


Revise seus apontamentos de literatura.

I – Interpretação: o ato de interpretar tem primeiro e principal objetivo a identificação da


idéia principal.
• Intertexto: são as citações que complementam, ou reforçam, o enfoque do autor .

J – Jamais responda “de cabeça”. Volte sempre ao texto.

L – Localizar-se no contexto permite que o candidato DESCUBRA a resposta.

M – Mensagem: às vezes, a mensagem não é explícita, mas o contexto informa qual a


intenção do autor.
N – Nexos: são importantíssimos na coesão. Estude os pronomes relativos e as conjunções.

O – Observação: se você não é bom observador, comece a praticar HOJE, pois essa
capacidade está intimamente ligada à atenção.

• OBSERVAÇÃO = ATENÇÃO = BOA INTERPRETAÇÃO.

P – Parafrasear: é dizer o mesmo que está no texto com outras palavras. É o mais
conhecido “pega – ratão“ das provas.

Q – Questões de alternativas ( de “a” a “e” ): devem ser todas lidas. Nunca se convença de
que a resposta é a letra “a” . Duvide e leia até a letra “e”, pois a resposta correta pode estar
aqui.

R – Roteiro de Interpretação

Na hora de interpretar um texto, alguns cuidados são necessários:

a) ler atentamente todo o texto, procurando focalizar sua idéia central;


b) interpretar as palavras desconhecidas através do contexto;
c) reconhecer os argumentos que dão sustentação a idéia central;
d) identificar as objeções à idéia central;
e) sublinhar os exemplos que foram empregados como ilustração da idéia central;
f) antes de responder as questões, ler mais de uma vez todo o texto, fazendo o mesmo com
as questões e as alternativas;
g) a cada questão, voltar ao texto, não responder “de cabeça”;
h) se preferir, faça anotações à margem ou esquematize o texto;
i) se o enunciado pedir a idéia principal, ou tema, estará situada na introdução, na
conclusão, ou no título;
j) se o enunciado pedir a argumentação, esta estará localizada, normalmente, no corpo do
texto.
S – Semântica: é a parte da gramática que estuda o significado das palavras. É bom
estudar: homônimos e parônimos, denotação e conotação, polissemia, sinônimos e
antônimos. Não esqueça que a mudança de um “i “ para “e” pode mudar o significado da
palavra e do contexto.
IMINENTE ---> EMINENTE
T – Texto: basicamente, é um conjunto de IDÉIAS
(ASSUNTO) ORGANIZADAS(ESTRUTURA).
- INTRODUÇÃO-ARGUMENTAÇÃO-CONCLUSÃO
U – Uma vez, contaram a você que existem a ótica do escritor e a ótica do leitor. É
MENTIRA! Você deve responder às questões de acordo com o escritor.
V – Vícios: esses “errinhos” do cotidiano atrapalham muito na interpretação. Não deixe
que eles interfiram no seu conhecimento.
X – Xerocar os conteúdos, isto é, decorá-los não é o suficiente: é necessário raciocinar.
Z – Zebra não existe: o que existe é a falta de informação. Portanto, informe-se .
(Autoria de Lúcia Piva)
Gramática com textos: 6º ano - presente do indicativo

Mais sobre gramática

GRAMÁTICA COM TEXTOS:

 SÉRIE COMPLETA

6º ano

 Pretérito perfeito e imperfeito


 Presente do indicativo
 Futuro do presente
 Subjuntivo e imperativo

7º ano

 Pronomes pessoais e possessivos


 Período simples e ordem direta
 Complemento verbal
 Complemento nominal

8º ano

 Pronomes como elementos coesivos


 Sinônimos, hiperônimos e hipônimos
 Ponto final, ponto e vírgula e dois pontos
 Vírgula

9º ano

 Coordenação e subordinação de períodos


 Construções contrastivas no discurso argumentativo
 Relações causais e explicativas no discurso argumentativo
 Modalizadores do discurso

Introdução
Esta é a segunda de uma série de 16 sequências didáticas que fazem parte de um programa
de estudo de gramática para 6º a 9º ano do Ensino Fundamental. Confira ao lado todas as
aulas da série.

Conteúdo
O Presente do Indicativo e seus usos.

Objetivos
Refletir sobre os usos do presente indicativo na língua portuguesa e propor aos alunos
situações de produção em que esses usos ocorram.

Tempo estimado
Seis aulas

Ano
6º ano
Desenvolvimento

1ª etapa - O tempo presente no poema de Drummond

Inicie a aula pedindo que os alunos se reúnam em duplas. Em seguida, proponha que leiam
dois textos: o poema Nota Social, de Carlos Drummond de Andrade, e o texto A Teia da
Vida, de Darcy Ribeiro. Comente com a classe que os dois apresentam verbos no presente
e peça que tentem explicar, com base nessa primeira leitura, os diferentes usos desse tempo
verbal.

Nota Social Carlos Drummond de Andrade

1 O poeta chega na estação.


2 O poeta embarca.
3 O poeta toma um auto.
4 O poeta vai para o hotel.
5 E enquanto ele faz isso
6 como qualquer homem da terra,
7 uma ovação o persegue
8 feito vaia.
9 Bandeirolas
10 abrem alas.
11 Bandas de música. Foguetes.
12 Discursos. Povo de chapéu de palha.
13 Máquinas fotográficas assestadas.
14 Automóveis imóveis.
15 Bravos ...
16 O poeta está melancólico.
17 Numa árvore do passeio público
18 (melhoramento da atual administração)
18 árvore gorda, prisioneira
19 de anúncios coloridos,
20 árvore banal, árvore que ninguém vê
21 canta uma cigarra.
22 Canta uma cigarra que ninguém ouve
23 um hino que ninguém aplaude.
25 Canta, no sol danado.
26 O poeta entra no elevador
27 o poeta sobe
28 o poeta fecha-se no quarto.
29 O poeta está melancólico

ANDRADE, Carlos Drummond. Sentimento do Mundo. Rio de Janeiro: Record, 1998.

A Teia da Vida Darcy Ribeiro

A vida é uma teia intrincada em que cada ser se relaciona com muitíssimos outros, numa
coexistência de complementaridade e interdependência. A forma mais geral dessa relação é
chamada pirâmide de vida. Na sua base, ficam as plantas, que se alimentam de terra, de
água, de ar e do solo, para vicejar. Acima delas ficam os animais herbívoros, como as
vacas, os cavalos, os elefantes, os que comem enorme quantidade de vegetais, capins
folhas, cascas, raízes, para construir e manter seus corpos. Mais acima, ficam os
carnívoros, como as onças, que se alimentam da carne dos herbívoros.
Nós, seres humanos, confundimos tudo, porque somos onívoros, quer dizer, comemos
tanto alface, como outras folhagens, como amendoim, coco, e ainda, e sobretudo, carne de
peixe, de porco, de boi e de galinha. (...)

RIBEIRO, Darcy. Noções das Coisas. São Paulo: FTD, 1995, p. 40.

Dê um tempo para que a turma realize a atividade. Em seguida, peça que compartilhem
suas observações. O que eles sabem sobre o tempo presente? Quando ele é usado? Com
base nos conhecimentos apresentados pela classe, passe para uma análise conjunta do
poema.

Certifique-se que os alunos compreenderam as situações nele apresentadas. Elas podem ser
divididas em quatro: a chegada do poeta; a sua aclamação; o canto da cigarra que ninguém
percebe; a ida do poeta para o quarto. Enumere os versos e assinale, no poema, os trechos
correspondentes a cada situação.

Uma vez assegurada essa compreensão, discuta com os alunos o teor das ações do poeta
nos versos 1, 2, 3 e 4 e nos versos 26, 27, 28. Nesses versos, embora o presente marque o
instante de ocorrência das ações, elas possuem um caráter sucessivo: primeiro o poeta
chega, depois embarca, vai para o hotel, entra no elevador, sobe. O eu lírico poderia ter
apresentado essas ações no passado, mas escolheu o tempo presente. Essa escolha possui
significados. Ela sugere a simultaneidade entre o evento e a narração, entre as ações do
poeta e a apresentação delas. Essa simultaneidade, por sua vez, é recriada no momento da
leitura; o leitor tem a impressão de visualizar a cena quando a lê. Isso dá a ela maior
vivacidade.

Nos trechos que vão do verso cinco ao quinze e do verso dezessete ao vinte e cinco temos
o povo ovacionando o poeta e o canto da cigarra. Essas ações são simultâneas às do poeta.
O uso da expressão "enquanto isso" reforça a simultaneidade. Os versos 16 e o 29
mostram, por meio do emprego do verbo "estar", um estado do poeta que não se altera - a
melancolia.

Para finalizar a abordagem do poema, assinale as oposições no seu interior. A primeira


ocorre entre as ações dos homens e as da natureza - a cigarra e a árvore alheias ao rebuliço
ocasionado pela chegada do poeta e os homens alheios à natureza; a multidão aclama o
poeta e ninguém ouve o canto da cigarra. A segunda ocorre entre a alegria do povo e a
melancolia do poeta. Essas oposições ganham força pelo uso do presente; um mesmo
tempo une todas as ações.

2ª etapa - A reconstrução do poema de Drummond


Proponha aos alunos a realização de uma produção que imite o poema de Drummond.
Nessa produção, eles devem apresentar, de modo fictício, a chegada de uma professora na
sala de aula, captando as ações dela, dos alunos e de um terceiro elemento, que pode ser
um elemento da natureza (o pardal no pátio, o vento nas árvores, o sol no céu) ou humano
(a faxineira varrendo, as crianças fazendo educação física ou brincando no pátio). O
importante é que todas as ações estejam no presente e que ocorra a simultaneidade entre as
ações da professora, dos alunos e do terceiro elemento. A produção deve ser feita em dupla
e lida para o grupo classe. Assinale no decorrer da leitura os aspectos envolvidos no uso do
tempo presente: a narração de ações lineares como instantâneas, sugerindo vivacidade, e a
simultaneidade das ações da professora, as dos alunos e as do elemento externo.

Pergunte aos alunos se eles conhecem outros usos para o tempo presente. Para a próxima
aula, peça que tragam o livro de Ciências.

3ª etapa - O presente nos textos científicos


Inicie a aula com retomando o texto "A Teia da Vida". Peça que a turma releia-o.

Após a leitura, observe se os alunos compreenderam o trecho. Discuta com eles o objetivo
do texto: explicar o que é a teia da vida, ou seja, a cadeia alimentar e definir o que são
herbívoros, carnívoros e ovíparos. Releia o texto e vá sublinhando com os alunos a
ocorrência dos verbos no presente. Terminada a leitura, peça para que procurem explicar
esse uso no texto de Darcy Ribeiro. Dê um tempo para que discutam em dupla e para que
anotem a possível explicação no caderno. Ouça o que responderam e, caso não tenham
chegado à conclusão correta, explique que, nesse caso, as afirmações do texto têm caráter
de verdade científica e o pressuposto é que sejam válidas independente do tempo; por isso
o uso do presente.
Escolha um trecho do livro de Ciências em que o mesmo procedimento ocorra e leia-o,
marcando o uso do presente. Pode ser um trecho já estudado ou ainda a ser investigado.

Como exercício proponha a seguinte atividade. Entregue aos alunos uma notícia sobre
algum fato inusitado - relatos sobre a descoberta de objetos voadores não identificados, a
história do ET de Varginha, o chupa-cabras, entre outros - e proponha que eles aproveitem
as informações contidas na reportagem como se fossem fatos reais e produzam um
parágrafo de um texto científico. Por exemplo: "os chupa-cabras são animais que habitam e
região do Mato Grosso...". A turma deve utilizar o tempo verbal que caracteriza a
apresentação de verdades científicas. Ao final, peça que alguns alunos leiam as suas
produções.

4ª etapa - O presente nas manchetes de jornal


Leve para a sala de aula alguns jornais do dia. Escolha algumas manchetes redigidas no
presente e as escreva na lousa. Eleja manchetes de cadernos variados - esportes,
entretenimento, cotidiano, política. Peça aos alunos que as copiem. Pergunte a eles o
motivo do uso do presente nesse caso dado que as notícias se referem a fatos já ocorridos.
Aqui, novamente, aparece o papel da ênfase. A manchete no presente causa mais impacto,
pois traz o fato para o momento da leitura. Faça alusão ao poema de Drummond analisado
na primeira aula dessa sequência.

Como exercício, selecione algumas pequenas notícias, suprima os seus títulos e peça aos
alunos que os reconstituam, usando o tempo passado e o presente. Escolha notícias de
caráter científico, tecnológico, abordagens de saúde ou direitos do cidadão. A turma vai
perceber a diferença de ênfase no uso de cada tempo verbal: a manchete no presente
produz um impacto maior no leitor, pois traz a notícia para o momento atual; a manchete
no passado coloca uma distancia entre o que é afirmado e o momento da leitura.

Como tarefa para casa, peça que assistam a um telejornal e anotem três chamadas que
estejam no presente. Discuta com eles a diferença entre uma chamada no tempo passado e
outra no presente.

5ª etapa - Outros usos do presente


Retome a tarefa proposta aos alunos. Ouça as manchetes que anotaram e discuta os usos do
presente em cada uma delas.

Feito isso, aponte à turma outros usos do presente.

1- Uso do presente para indicar ação futura. Nesse caso, é comum que o verbo venha
acompanhado de um elemento sinalizador do futuro, como um advérbio. Amanhã eu vou à
escola.

2- Uso do presente para indicar ações habituais: Eu acordo e almoço cedo todos dias.

3 - Um outro caso indica expressão que tem sentido de tempo presente:

Verbo estar mais gerúndio: expressão comum na oralidade para indicar ação simultânea à
fala. Estou trabalhando há muito tempo.

Com a classe, construa um pequeno texto que sintetize os vários usos do presente
discutidos em classe. Caso o grupo tenha uma gramática indicada para estudo, leia com
eles as observações a respeito do presente do Indicativo após a realização da síntese do
grupo. Você pode também selecionar trechos de uma outra gramática para essa leitura.

Avaliação

Nessa aula, realize exercícios individuais para avaliar a aprendizagem dos alunos. Dê a
eles vários provérbios acompanhados de um texto explicando o que são provérbios.
Pergunte por que os provérbios são redigidos no presente e por que o texto em que são
explicados também está no tempo presente.

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