Você está na página 1de 8

Universidade São Judas Tadeu

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais


Curso de Psicologia
A Clínica Psicodinâmica na Sociedade

Projeto de Intervenção em Psicologia Comunitária -??

Profª. Lucilena Vagostello CRP 06/34206-2


Profº. Luís Gustavo Vechi CRP: 06/45919

Eutália Azevedo Ivamoto


Jucélia Caíres Santos
Miriam Forte
Simone Neves de Souza

5ºAPSN – NCP G3

São Paulo, 2010


Introdução

Somos alunos da disciplina A Clínica Psicodinâmica na Sociedade (ACPSOC),


ministrada no curso de Psicologia da Universidade São Judas Tadeu. Está disciplina
pressupõe a realização de estágios em grupos da comunidade com a finalidade de transformar
em prática as teorias desenvolvidas em sala de aula. Este estágio terá como membros quatro
coordenadores por sessão que terão como proposta trabalhar como colaboradores na busca de
soluções dos desafios desenvolvidos na sociedade.
A atividade acima citada está pautada pela Psicologia Comunitária que almeja a
transformação da comunidade, de modo a tornar seus integrantes co-responsáveis na busca de
soluções e superação dos desafios do quotidiano. Essa psicologia propõe intervenções que
visam transformar a crise e a carência em oportunidade para o desenvolvimento de
competência dos participantes: ao favorecer que o indivíduo se (re) descubra como sujeito; ao
colocá-lo em rede, retirando-o do isolamento e; ao valorizar o seu “saber” e as referências
culturais que detém (Barreto, 2005).

População-alvo

Neste projeto vamos trabalhar com o grupo de idosas do programa “Prevenção em


quedas” que freqüentam a clínica de Fisioterapia da Universidade São Judas Tadeu que, após
uma breve observação e coleta de dados, apresentaram um tema em comum, isto é, a
integração do grupo, a importância das relações de amizade.

Objetivo

A intervenção proposta objetiva a integração do grupo, oferecendo a cada participante


oportunidade de abordar o tema supracitado.

Método

O trabalho será realizado por meio do procedimento de Terapia Comunitária. Esse


procedimento cria um espaço coletivo para o partilhar de experiências de vida, da construção
de laços (identidade grupal) e singularização (identidade individual) dos participantes, que no
caso será a integração do grupo.
A Terapia Comunitária será realizada com 15 participantes do programa “Prevenções
em quedas” que freqüentam a clínica de Fisioterapia da Universidade São Judas Tadeu nas
quartas-feiras no período matutino. Os pacientes têm entre 70 a 92 anos de idade, todos do
sexo feminino. As atividades serão realizadas em quatro sessões com duração de 60 minutos
cada, nos quais serão realizadas atividades que atendem a demanda de acordo com a
necessidade dos idosos. Segundo acordo da Assembléia Mundial do Envelhecimento (World
Health, 1982) assume a condição de idoso todas aquelas pessoas com sessenta anos ou mais.
A população foi previamente consultada sobre o interesse em participar do grupo no
momento em que foi levantado o objetivo dos encontros. As sessões consistem em auxiliar o
grupo de idosas a trabalhar a interação entre si e os padrões de relacionamentos.

Primeira Sessão

Acolhimento e enquadre. A contextualização será realizada com a discussão do tema


musical “Eu Quero Ser Apenas” Erasmo Carlos/Roberto Carlos, com a finalidade de trabalhar
as diferenças que surgem no grupo.

Segunda Sessão
Será definida, após verificar necessidade do grupo, através da escuta da primeira sessão

Terceira Sessão

Quarta Sessão

Fechamento

Referências Bibliográficas

Barreto, A.P. (2005). Terapia Comunitária – passo a passo. Fortaleza: LCR


World Health (1982, Fevereiro/Março). World Health. Magazine of The World Health
Organization. Geneva, Suiça.

Anexos
1 DINÂMICA 1:“VER O PRÓXIMO COM AMOR”
2 DINÂMICA 2:“EU E O OUTRO”
3 TEXTO 1:“EU E O OUTRO”
ANEXO 1
DINÂMICA 1:“VER O PRÓXIMO COM AMOR”

Material utilizado:
2 folhas de papel oficio e caneta.
Nº de participantes: Máximo de 15 pessoas
Tempo aproximado: 30 minutos
Procedimento:
Cada participante receberá uma folha de papel e deverá fazer um chapéu (dobradura
como se fazia quando criança, auxiliado pelo orientador ).Colocar na aba o nome. Em
seguida, o chapéu será passado pelo círculo, e cada um escreverá, no mesmo, uma qualidade
que vê no dono do chapéu (apenas uma palavra, ex. corajoso, humilde, descontraído, honesto,
amigo, otimista, educado, etc...)
Questionamentos:
• Cuidei bem do chapéu do meu colega ou deixei amassar?
• Senti-me bem escrevendo a qualidade dos outros?
• Vou me orgulhar de colocar meu chapéu na cabeça?

Reflexão: O nosso amor para com o próximo deve ser sincero, devemos considerar o
outro digno de estima.
Geralmente, temos facilidade em mostrar as falhas e dificuldades em fazer elogios.
Entretanto, gostamos imensamente que digam os valores positivos que temos e, ficamos
tensos, preocupados que descubram o nosso lado negativo.
Vamos usar nossos sentidos para perceber sempre o lado bom das pessoas e, quando
sentirmos que nossa crítica pode ajudar no crescimento do outro, que esta seja sincera,
objetiva, mas feita de uma maneira carinhosa para que não ofenda nosso amigo.
ANEXO 2
“EU E O OUTRO”

Material utilizado:
Papel, lápis, borracha e música
Nº de participantes: Máximo de 20 pessoas

Tempo aproximado: 30 minutos

Procedimento:
Formar duplas. Cada participante receberá uma parte do material e, ao som de um
fundo musical, deverá tentar se desenhar. Após alguns minutos, o orientador deverá
interromper a música e o trabalho, solicitando que troquem o material, para que o colega
termine a seu desenho e vice-versa.
Observar as atitudes. Concluído o trabalho, as obras- primas deverão ser expostas.
Reunir grupos para os questionamentos:
• Como me senti dando minhas próprias formas?
• Aceitei que meu colega terminasse meu trabalho, ou tive receio?
• Como desenhei o meu colega? Com amor?
• Como recebi o trabalho de volta?

ANEXO 3
“TREM DA VIDA”

Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem.
Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada. Isto mesmo, a vida
não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes,
surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.
Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas, que
julgamos estarão sempre nessa viagem conosco: Nossos pais. Infelizmente, isso não é
verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e de
sua companhia insubstituível...Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas
interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos,
amigos e amores maravilhosos, filhos e netos.
Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio, outras encontrarão nesta viagem
somente tristezas, ainda outras circularão pelo trem, prontas a ajudar a quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas, outras tantas passam por ele de uma
forma que, quando desocupam o acento, ninguém sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em
vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados fazer esse trajeto separados deles, o
que não impede, é claro, que durante a viagem, atravessemos, com grande dificuldade nosso
vagão e cheguemos até eles...Só que, infelizmente, jamais poderemos nos sentar ao seu lado,
pois já terá alguém ocupando aquele lugar. Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos,
sonhos, fantasias, esperas, despedidas...Porém, jamais, retornos.
Façamos essa viagem, então, da melhor forma possível, tentando nos relacionar bem
com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor,
lembrando sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e,
provavelmente, precisaremos entender isso porque nós também fraquejaremos muitas vezes e,
com certeza, haverá alguém que nos entenderá.
O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito
menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
Fico pensando, se, quando descer desse trem, sentirei saudades... Acredito que sim,
me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido, deixar meus filhos
continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança de
que, em algum momento estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar
com uma bagagem que não tinham quando embarcaram...O que vai me deixar feliz será
pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa. Amigos façamos
com que a nossa estada, nesse trem, seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando
chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para
aqueles que prosseguem a viagem...

Você também pode gostar