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N º 1 8 6 - D E Z E M b r O / j a n e i r o - 2 0 1 5 - w w w. r e v i s ta m t. c o m . b r - R $ 1 5 , 0 0
ESTUDO DE MERCADO - Panorama de um ano desafiador
ESTUDO DE
MERCADO
Panorama de um
nº186 - DEZEmbro/janeiro - 2015
ano desafiador
Disponível
para download
Entrelinhas de uma
retração anunciada
Segundo o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de frotas, mais por necessidade operacional que por expansão
Equipamentos para Construção, em 2014 a comercialização efetiva no número de equipamentos.
de equipamentos de construção retraiu cerca de 6% em Já no caso da importação, o Estudo de Mercado estima
relação ao ano anterior. De acordo com o trabalho, foram que houve uma retração de algo em torno de 27% em
vendidas 67,7 mil máquinas no ano, contra mais de 72 mil relação a 2013. Os fatores para esse resultado são a própria
unidades comercializadas em 2013. Considerando apenas desaceleração do mercado interno com a desvalorização
a Linha Amarela, a diminuição foi de 12,7% nas vendas em cambial e a entrada de novos fabricantes globais em
relação ao mesmo período do ano passado. território nacional.
Significativa, a queda decorre basicamente de fatores O fato é que a entrada de produtos importados caiu mais
como a desaceleração da economia brasileira e a que as vendas internas, mostrando que o mercado brasileiro
morosidade dos investimentos em infraestrutura, com vem sendo majoritariamente suprido por fabricantes
projetos que ainda não se materializaram em obras. No nacionais, que ampliaram sua participação para 75% do
entanto, alguns aspectos precisam acrescidos ao contexto. total. Nesse ponto, é possível concluir dos números que o
Excetuando-se as compras do governo impulsionadas Brasil consolidou-se definitivamente como polo produtor
em 2013 pelo PAC, a queda total registrada foi de de equipamentos, o que não vai mais mudar daqui para
3,7%, o que mostra a dependência dos investimentos frente. Por fim, também temos de olhar para o crescimento
do governo que o setor viveu nos últimos exercícios e, histórico do setor. A Linha Amarela avançou 10% por ano
após o fim deste ciclo, a necessidade de se reforçar a nos últimos oito anos, ao passo que os demais equipamentos
participação junto ao setor privado, que – como se sabe registraram aumento de 8,5% nas vendas desde 2007.
– historicamente sempre foi o principal comprador de Portanto, se o cenário atual não é tão bom, devemos
equipamentos para construção no país. considerar que é possível reverter o quadro, partindo de
Outro aspecto importante a se destacar é que a população informações estratégicas como essas que a Sobratema
de máquinas com até quatro anos está caindo, causando fornece ao mercado e o leitor pode conferir na síntese
o envelhecimento do parque nacional. Como, de maneira publicada pela primeira vez nas páginas de M&T.
inversa, a população de equipamentos com até dez anos é Boa leitura e Feliz Ano Novo.
crescente (a uma taxa estimada de 7% ao ano até 2019),
desenha-se uma provável retomada já a partir de 2016, Claudio Schmidt
quando deve começar a ser feita uma renovação dessas Presidente do Conselho Editorial
dezembro/janeiro - 2015 3
12
Paulo Oscar Auler Neto (Odebrecht)
Silvimar Fernandes Reis (Galvão Engenharia)
Conselho Fiscal
Álvaro Marques Jr. (Atlas Copco) – Carlos Arasanz Loeches (Loeches) – Dionísio Covolo
Jr. (Metso) – Marcos Bardella (Brasif) – Permínio Alves Maia de Amorim Neto (Getefer) –
Rissaldo Laurenti Jr. (SW)
Diretoria Regional
Ameríco Renê Giannetti Neto (MG) (Barbosa Mello) – Gervásio Edson Magno (RJ / ES)
(Queiroz Galvão) – José Demes Diógenes (CE / PI / RN) (EIT) – José Érico Eloi Dantas (PE / PB)
(Odebrecht) – José Luiz P. Vicentini (BA / SE) (Terrabrás) – Luiz Carlos de Andrade Furtado (PR)
(Consultor) – Rui Toniolo (RS / SC) (Toniolo, Busnello)
ESTUDO DE MERCADO
Diretoria Técnica
Aércio Colombo (Auxter) – Afrânio Chueire (Volvo) – Agnaldo Lopes (Komatsu) – Ângelo
Cerutti Navarro (U&M) – Benito Francisco Bottino (Odebrecht) – Blás Bermudez Cabrera
Um ano difícil para o setor
(Serveng Civilsan) – Cláudio Afonso Schmidt (Odebrecht) – Davi Morais (Sotreq) – Edson Reis
Del Moro (Yamana) – Eduardo Martins de Oliveira (Santiago & Cintra) – Fernando Rodrigues
dos Santos (Ulma) – Giancarlo Rigon (BSM) – Gino Raniero Cucchiari (CNH) – Guilherme R. de
Oliveira Guimarães (Andrade Gutierrez) – Ivan Montenegro de Menezes (Vale) – Jorge Glória
(Comingersoll) – Laércio de Figueiredo Aguiar (Queiroz Galvão) – Luis Afonso D. Pasquotto
20
(Cummins) – Luiz A. Luvisário (Terex) – Luiz Gustavo R. de Magalhães Pereira (Tracbel) –
Marluz Renato Cariani (Iveco) – Maurício Briard (Loctrator) – Paulo Carvalho (Locabens)
– Paulo Esteves (Solaris) – Paulo Lancerotti (BMC Hyundai) – Pedro Luiz Giavina Bianchi CONTROLE DE EMISSÕES
(Camargo Corrêa) – Ramon Nunes Vazquez (Mills) – Raymond Bales (Caterpillar) – Ricardo
Lessa (Stetter) – Ricardo Pagliarini Zurita (Liebherr) – Roberto Leoncini (Scania) – Rodrigo
Konda (Odebrecht) – Roque Reis (CNH) – Sérgio Barrêto da Silva (Renco) – Valdemar Suguri
A vez dos equipamentos pesados
(Komatsu) – Wilson de Andrade Meister (Ivaí) – Yoshio Kawakami (Raiz)
Diretoria Executiva
Diretor Comercial: Hugo José Ribas Branco
Diretora de Comunicação e Marketing: Márcia Boscarato de Freitas
Assessoria Jurídica
Marcio Recco
Revista M&T – Conselho Editorial
26
Comitê Executivo: Claudio Afonso Schmidt (presidente) – Eurimilson Daniel –
Norwil Veloso – Paulo Oscar Auler Neto – Permínio Alves Maia de Amorim Neto –
Silvimar Fernandes Reis CONTROLE DE EMISSÕES
Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, Cesar A. C. Schmidt,
Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz Carlos de A. Fabricantes adaptam-se às
Furtado, Mário Humberto Marques e Pedro Luiz Giavina Bianchi
Produção novas regras
Editor: Marcelo Januário
Jornalista: Melina Fogaça
Reportagem Especial: Rodrigo Conceição Santos
Revisão Técnica: Norwil Veloso
Gerente Comercial: Flávio Campos Ferrão
Publicidade: Diego Santos Batista, Edna Donaires,
Evandro Risério Muniz, Suelen de Moura e Suzana Scotini Callegas
36
Assistente Comercial: Renata Oliveira
Circulação: Julierme F. S. de Oliveira
Produção Gráfica: Diagrama Marketing Editorial
BAUMA CHINA
A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia,
gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários O passo do dragão
de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da
SOBRATEMA.
Tiragem: 13.000 exemplares
Circulação: Brasil e América Latina
Periodicidade: mensal
Impressão: Duograf
48
Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192
LANÇAMENTO
Auditado por: Filiado à:
w w w. a n a t e c . o r g . b r
Asseio urbano
Latin America Media Partner:
4 REVISTA M&t
50
r$ 15,00
estuD
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modelo 721E realiza manobra
Panorama
Logística de precisão
De um
circular sobre terreno arenoso
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fiaDo
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(Foto: Case CE).
E
MSPEATnROUCDAODDOE
nº186
- DeZem
bro/janeir
AnO RDAEMSAA DE UM
o - 2015
fiA DOR
56 FINANCIAMENTO
Dispo
para Down nível
loaD
74
MINERAÇÃO
Reaproveitamento da água
62
TELEMETRIA impulsiona tecnologias
Gestão integrada cada
vez mais próxima
64 LEGISLAÇÃO
Polêmica à vista
77 A ERA DAS MÁQUINAS
O desenvolvimento das esteiras
80
MOMENTO EXPO
68
SEGURANÇA Investimento recorde
A redução de riscos e Cidades do futuro
nos canteiros
70 INSTITUCIONAL
Tendência irreversível 85 MANUTENÇÃO
Vida útil plena e produtiva
ENTREVISTA - LI QIANJIN
71 TORRES DE ILUMINAÇÃO
Luz nos canteiros 89 “A indústria chinesa pôs
fim ao monopólio no
mercado de equipamentos”
SEÇÕES
06 84
painel internacional 92 Compactos
& Ferramentas 96 Tabela de Custos 98 coluna do yoshio
Liebherr introduz
novos modelos de dozers
A fabricante expandiu sua linha de dozers para o mercado
norte-americano com a inclusão de novas máquinas nas clas-
ses de 30 a 40 ton. Segundo a empresa, a principal inovação
dos modelos PR 746 e PR 756 Litronic é a estação de trabalho
remodelada, o que inclui aperfeiçoamento da visão da lâmina
por meio de diversas modificações no layout.
WEBNEWS
Filial Distribuição Aquisição Expansão Fábrica Escritório
Em parceria com a A John Deere Constru- Por US$ 220 mi- A Sumitomo Rubber A Kobelco Cons- A divisão Material
MLX Máquinas, a ção abriu sua primeira lhões, o Grupo Weir Industries anunciou truction Machinery Handling Machines
Sany inaugurou filial loja no estado do Rio Minerals adquiriu sua mais nova sede abriu as portas de do Grupo Mant-
em Contagem (MG), de Janeiro. Localizada a Trio Engineered na África do Sul, com sua nova fábrica em sinen expande as
em uma área de em Itaboraí, o esta- Products, fabrican- plano de investimen- Katy, no Texas. A suas operações
3.200 m² que inclui belecimento será filial te sino-americana to de aproximada- unidade atenderá na América Latina
estoque de peças do distribuidor Inova de equipamentos mente 100 milhões a clientes dos EUA, com a abertura de
e showroom de Máquinas. para britagem e de dólares. Canadá e América escritório de vendas
equipamentos. separação. Latina. em São Paulo.
6 REVISTA M&t
M&T EXPO
As principais empresas do setor já
confirmaram sua participação na M&T
Pneu de Expo 2015, que será realizada de 9 a 13
empilhadeiras ganha de junho, no São Paulo Expo Exhibition &
Convention Center. Além da exposição, a
novo padrão feira sediará um Congresso para debater
A Continental Specialty Tires (CST) os principais temas relacionados ao setor
apresenta o modelo compacto SC8 de equipamentos para construção, mine-
para manipulação de materiais, espe- ração e agricultura. Informações:
www.mtexpo.com.br
cialmente desenvolvido para o mer-
cado asiático. Apresentado como um
dos mais sólidos da marca, o modelo INTELIGÊNCIA
oferece padrão de profundidade extra
DE MERCADO
A Pesquisa Principais Investimentos em
de até 54,4 mm e garante tração em Infraestrutura no Brasil até 2019 compila
qualquer superfície. informações de 6.068 obras em andamen-
to, divididas em oito setores da economia,
por região e estado. O montante previsto
é de cerca de R$ 1,17 trilhão. Lançada
recentemente, a publicação pode ser
adquirida na Loja Sobratema:
Controle de tração reduz custos www.sobratema.org.br/LojaSobratema
A Meritor traz ao mercado uma nova solução destinada a caminhões com configura-
ção de eixos 6x4. Com capacidade de carga de 57 a 100 t, o eixo traçado tandem permi- CURSOS IN
te controlar a distribuição da tração entre o eixo anterior e posterior de acordo com a COMPANY
condição de operação do veículo, gerando economia de combustível de 3% a 6%. No último ano, o Instituto Opus promo-
veu uma série de cursos in company para
construtoras de todo o Brasil, incluindo
Andrade Gutierrez, Milplan, Odebrecht e
outras. Rigger, supervisor de rigging, sina-
leiro amarrador, operador de guindauto e
operador de ponte rolante e pórtico estão
entre os cursos ministrados. Informações:
www.sobratema.org.br/Opus
DEZEMBRO/janeiro - 2015 7
PERSPECTIVA ERRATA
Primeiro foi a crise europeia e, depois, Diferentemente
do que afirma a
o câmbio desvalorizado que encareceu reportagem “Nível
o equipamento brasileiro nos últimos avançado” (edição
nº 185, de novem-
anos. O impacto que isso trouxe aos
bro), a Ammann
negócios é muito simples: no nosso caso, não produz solu-
chegamos a ter 20% do faturamento ções para micro-
pavimentação.
oriundo de exportações. Hoje, essa
O comentário da
representatividade é quase zero”, empresa refere-se
apenas às tecnolo-
destaca Marcos Cló, diretor comercial da CZM
gias mais usuais no
mercado.
8 REVISTA M&t
10 REVISTA M&t
Escavadeiras SDLG.
Sob medida para o deSenvolvimento do paíS.
Além de uma rede de distribuidores ampla, ágil e eficiente, agora a SDLG também conta com escavadeiras
produzidas no Brasil. Para marcar esse momento, as primeiras máquinas serão uma edição comemorativa.
E com as soluções financeiras exclusivas da SDLG Financial Services você pode adquirir a sua com
facilidade e muito mais vantagens. Esteja você em uma metrópole como Rio de Janeiro ou no interior do
país, as Escavadeiras SDLG são ideais para o seu negócio. E sob medida para um país cada vez maior.
Visite um distribuidor e conheça mais sobre a tecnologia na medida certa da SDLG.
www.sdlgla.com
Um ano difícil
para o setor
Vendas na Linha Amarela recuam 12,7% em comparação a 2013, enquanto a queda geral foi de
6,1%, amortecida em parte pela recuperação no segmento de caminhões rodoviários
Por Brian Nicholson
LIEBHERR
12 REVISTA M&t
dezembRO/janeiro - 2015 13
14 REVISTA M&t
CADA BATIDA
CONTA
DISTRIBUIDORES NO BRASIL
DCML: Amapá – Maranhão – Pará PROBELT: Distrito Federal – Goiás – Tocantins TEC ROCK NORDESTE: Alagoas – Ceará – Paraíba
marketing@dcml.com.br probelt@uol.com.br Pernambuco – Rio Grande do Norte
(91) 3073-2700 (62) 3204-2477 tecrocknordeste@tecrocknordeste.com.br
(81) 3040-6295
GETEFER: Mato Grosso – Mato Grosso do Sul
Paraná – São Paulo ROCK BRIT: Minas Gerais – Rio de Janeiro TECDRAULICA: Rio Grande do Sul – Santa Catarina
getefer@getefer.com.br vendas@rockbrit.com.br sandvik@tecdraulica.com.br
(11) 5666-1795 (31) 3393-4240 (48) 3462-2525
Sandvik Mining and Construction Oy / Lahti, Finland / +358 205 44 151 / rammer@sandvik.com / www.rammer.com
16 REVISTA M&t
18 REVISTA M&t
sultado.
Saiba mais:
Estudo Sobratema: www.sobratema.org.br/EstudoSobratema
Guia Sobratema: www.guiasobratema.org.br
Pesquisa Sobratema: www.sobratema.org.br/Pesquisa
dezembRO/janeiro - 2015 19
CATERPILLAR
20 REVISTA M&t
O
Por Thomas Tjabbes
Brasil está prestes a se nos moldes de todas as homologações pelo Proconve-7, que inclui motores
tornar o primeiro país do Proconve antes direcionadas ape- com até 100 unidades vendidas ao
latino-americano a ter nas a veículos rodoviários, como au- ano. Mas para os equipamentos fora
uma legislação para tomóveis e caminhões. No caso dos de estrada, em razão do volume ainda
controle de emissão de poluentes e equipamentos fora de estrada, como menor de vendas e maior variedade
ruídos para equipamentos fora de es- a maioria dos fabricantes é de origem de propulsores, esse número cai para
trada. Isso porque, a partir de 1º de estrangeira e, portanto, já está habi- 50 unidades ao ano.
janeiro de 2015, todos os equipamen- tuada com tecnologias de motoriza-
tos novos – sejam nacionais ou im- ção que atendem aos padrões Tier e MUDANÇAS
portados – devem obrigatoriamente Euro Stage em estágios avançados, a Conforme determinação do Co-
atender aos níveis estipulados na pri- transferência para o Brasil tende a ser nama, a implantação do Mar-1 será
meira fase do Programa de Controle mais natural e pouco traumática. realizada em etapas, aplicadas para
de Poluição do Ar por Veículos Auto- Ainda para os importados, também grupos de motores e tipos de opera-
motores para Máquinas Agrícolas e estão previstas algumas facilidades ção. Para 2015, a resolução estabele-
Rodoviárias (Proconve/Mar-I). A me- para o futuro, como a aceitação de ce limites para motores de nova con-
dida segue as diretrizes estipuladas motores já validados internacional- figuração e aplicação rodoviária, com
na resolução Conama 433, publicada mente pelos padrões europeu ou potência de 37 a 560 kW, definindo
em julho de 2011 pelo Conselho Na- norte-americano. A medida será apli- os valores máximos na emissão de
cional do Meio Ambiente, seguindo o cada a motores com baixo volume de monóxido de carbônico (CO), hidro-
mesmo padrão de controle adotado vendas no Brasil e terá sistemática se- carbonetos (HC), óxido de nitrogênio
por suas similares norte-americana melhante à aplicada para caminhões (NOx) e material particulado (MP).
(EPA Tier III) e europeia (Euro Stage
IIIA).
Segundo o Conama, os equipamen-
tos serão homologados pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-
cursos Naturais Renováveis (Ibama),
dezembRO/janeiro - 2015 21
REPRODUÇÃO
pamento rodoviário as “máquinas
autopropelidas de rodas, esteiras ou
pernas, que possuem equipamentos
ou acessórios projetados, principal-
mente para realizar operações de
abertura de valas, escavação, carre-
gamento, transporte, dispersão ou
compactação de terra e materiais si-
Desde 1º de janeiro, equipamentos fora de estrada devem atender às resoluções do Proconve/Mar-I
milares”. Portanto, nesse rol, entram
as escavadeiras hidráulicas, tratores Os limites para emissão de poluentes
com lâmina, pás carregadeiras, mo- Potência P CO² HC + Nox MP
toniveladoras, retroescavadeiras e (kW*) (g/kWh) (g/kWh) (g/kWh)
rolos compactadores. 130 ≤ P ≤ 560 3,5 4 0,2
Em janeiro de 2017, as exigências 75 ≤ P < 130 5 4 0,3
se estendem a todas as faixas de mo- 37 ≤ P < 75 5 4,7 0,4
tores (a partir de 19 kW) e configura- 19 ≤ P < 37 5,5 7,5 0,6
*Potência máxima de acordo com a Norma ISO 14396:2002, que a critério do Ibama poderá adotar norma ABNT equivalente.
ções já vendidos no Brasil, de acordo Inclui máquinas rodoviárias e agrícolas.
com a tabela apresentada pela reso-
lução. Para equipamentos de terra- Proconve/Mar-1 exigirá as reduções automóveis e caminhões nos Estados
plenagem com potência entre 130 e em motores de, no mínimo, 75 kW. Unidos e Europa, o Mar-II terá redu-
560 kW, por exemplo, os motores não Para os motores de menor potência ções significativas nas emissões de
poderão emitir mais de 3,5 gramas de em equipamentos agrícolas (de 19 material particulado e NOx.
CO2 e 0,2 gramas de material particu- até 75 kW), a medida valerá apenas a Na passagem do Tier III para o Tier
lado por kWh. Para HC e NOx, o limite partir de 2019. IV, que teve início em 2011, houve re-
fica abaixo de 4 g/kWh (confira tabe- dução de 90% na emissão de material
la ao lado). particulado e 45% na de NOx. Com a
Já no setor agrícola, as máquinas SEGUNDA FASE implementação final da medida nor-
para preparo de solo, plantio e co- Apesar da corrida legislativa para
te-americana, que entrou em vigor
lheita também entram na resolução. acompanhar pari passu as normas
em 2014, houve novo corte de 45%
Nessa definição, podem ser incluídas Tier e Euro, que já se encontram em
de NOx, praticamente eliminando a
colheitadeiras, tratores agrícolas, cei- níveis muito mais rígidos, ainda não
emissão desses dois poluentes.
fadoras e enfardadeiras, entre outras. há uma definição sobre a segunda
Para alcançar esses níveis de efici-
Para essas máquinas, a mudança virá fase do Proconve/Mar-I. Todavia, se
ência, os motores a diesel podem ser
principalmente em 2017, quando o o processo seguir o que ocorreu com
equipados com dois tipos de tecnolo-
gias, que já são utilizadas inclusive em
Limites para emissão de ruídos caminhões brasileiros desde 2013,
Tipo de máquina Nível de potência sonora [em dB(A)/1pW] atendendo ao Proconve P7. Um deles,
Tratores de esteiras com lâmina, pás carregadeiras o sistema de Recirculação dos Gases
de esteiras, retroescavadeiras de esteiras 106
de Exaustão (RGE), permite que parte
Tratores com lâmina de rodas, pás carregadeiras dos gases liberados na exaustão seja
de rodas, retroescavadeiras de rodas, motonivela- 104 reutilizada na admissão. “Com isso,
doras, rolos compactadores não vibratórios
além da redução de poluentes lança-
Rolos compactadores vibratórios 109 dos ao ar, há também redução da tem-
peratura de combustão, diminuindo
Escavadeiras 96 principalmente as taxas de formação
*Máquinas rodoviárias.
22 REVISTA M&t
REPRODUÇÃO
de NOx e material particulado”, afir-
ma Guilherme Ferreira, gerente de
produto da LiuGong Latin America.
Já o sistema de Redução Catalítica
Seletiva (SCR) é uma tecnologia seme-
lhante, que eleva a eficiência da com- Há tempos, fabricantes globais já utilizam
tecnologia mais limpa no exterior
bustão ao utilizar um catalisador e uma
solução composta por ureia (Arla 32), ser armazenado em tanque próprio e senta 10 partículas por milhão (ppm)
ativando reações químicas que redu- não deve ser misturado ao óleo die- de enxofre na composição. Hoje, os
zem as emissões de NOx. “Contudo, sel. Segundo especialistas, há atual- equipamentos pesados ainda podem
para aplicá-la em equipamentos pesa- mente uma grande disponibilidade utilizar, por regulamentação da ANP,
dos precisamos melhorar a qualidade do agente Arla 32 no país, que possui o diesel S-500, com 500 ppm de en-
do combustível distribuído no país”, uma rede de distribuição crescente. xofre. Apesar de ser considerado um
afirma Odirlei Ducatti, engenheiro es- Mas, como cita Ducatti, a qualidade contaminante proveniente dos deri-
pecialista sênior da Caterpillar. do combustível é primordial para que vados de petróleo, o enxofre tem teor
O Agente Redutor Líquido Automo- essas tecnologias funcionem bem, controlado para evitar a formação de
tivo, ou Arla, é uma solução aquosa à precisando apresentar teores cada produtos corrosivos no tanque, como
base de 32% de ureia e o restante de vez menores de enxofre. É o caso do vapor de água, além de aumentar a
água desmineralizada. O agente deve diesel S-10 para caminhões, que apre- lubricidade.
24 REVISTA M&t
System
SOLUÇÕES
SOLUÇÕES EM
EM TROCA
TROCA DE
DE ÓLEO
ÓLEO MÓVEL
MÓVEL
LOCADORAS DE MÁQUINAS
LOCADORAS DE GERADORES | COMPRESSORES
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MINERAÇÃO
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Fabricantes adaptam-se
às novas regras
CATERPILLAR
Com boa parte dos motores já preparada para o Tier III, empresas focam em volume e
E
desenvolvimento para reduzir o impacto no preço e disponibilidade das máquinas
nquanto o mercado se folga – das exigências do Mar-I. Se- ao Proconve/Mar-I, prevendo a re-
prepara para atender às gundo Gabriel Freitas, especialista de gularização do restante até 2017, de
requisições do Mar-I, a produto da empresa na América Lati- acordo com a tabela progressiva do
principal questão debati- na, o grupo CNH Industrial (que con- Conama. “A nossa frota está atuali-
da nessa primeira etapa do programa trola as marcas Case e New Holland) zada há algum tempo, pois nos man-
recai sobre disponibilidade, preço e já investiu 30,5 milhões de reais na temos alinhados às exigências inter-
vendas dos equipamentos. Afinal, em adequação das linhas de produtos às nacionais”, explica Odirlei Ducatti,
termos tecnológicos, a transição já regras definidas pelo Mar-I. Com esse engenheiro especialista sênior da
não representa um grande problema aporte, a New Holland Construction Caterpillar e coordenador do grupo
para os fabricantes. afirma já possuir 80% das máquinas da comissão técnica da ABNT/CB-5,
Nas projeções da Case CE, por saindo de fábrica com o Tier III, de- responsável pela definição da NBR/
exemplo, aproximadamente 75% do vendo totalizar a produção neste pa- ISO 8178.
portfólio brasileiro de equipamentos drão no decorrer deste ano. Para Marcos Rocha, gerente de
já saem de fábrica equipados com O mesmo caso ocorre com a Ca- produto da New Holland Construc-
motores Tier III, uma classificação terpillar, que já possui em torno de tion, exigências semelhantes às
que garante o cumprimento – com 90% dos equipamentos adequados do Tier III já são de conhecimento
26 REVISTA M&t
Anuncio_Atlas
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18/12/2014 09:43:10
CONTROLE DE EMISSÕES
FPT
do mercado de construção há um
bom tempo e, portanto, não repre-
sentam novidade para as empresas
com presença global. Em razão dis-
so, ele acredita que o mercado de
máquinas fabricadas no Brasil terá
um provável aumento nas vendas,
devido principalmente ao padrão
elevado obtido. “Além da questão
ambiental, o resultado dessa norma
também será de frear a importação
de máquinas sem qualidade, como
acontece com muitas chinesas”, diz.
No entanto, a fabricante de equi- Mercado brasileiro já é majoritariamente provido
por equipamentos com motores Tier III, com
pamentos fora de estrada LiuGong tecnologia adequada às novas regras para emissões
defende que a tecnologia também já
está avançada em muitos fabrican- maior deles é equalizar uma quanti- sim como ocorreu em 2012 com a
tes chineses de grande porte. Além dade elevada de atividades simultâ- chegada do Proconve-7 para cami-
das máquinas comercializadas que neas na fábrica, devido ao volume de nhões, a empresa não descarta uma
já atendem ao Tier III, o restante dos motores envolvidos. “Por conta disso, possível antecipação de compras no
modelos não certificados dessas mar- estamos nos preocupando em garan- final do ano, o que ainda não é pos-
cas seguirá um plano de migração tir o mínimo aumento nos custos e, sível aferir e poderia gerar um im-
para atender aos requisitos do Mar-I ao mesmo tempo, alcançar o menor pacto nas vendas em 2015. “Apesar
até 2016, também em consonância impacto possível na arquitetura do disso, com o trabalho que tivemos
com a tabela de referência. veículo”, afirma o especialista da fa- na adequação tecnológica dos mo-
bricante de motores fora de estrada tores e na minimização dos custos,
do grupo CNH. os possíveis incrementos no preço
DESAFIOS O diretor também explica que, as- final não ficarão altos e deverão ser
Porém, apesar das facilidades trazi-
das com a transferência de tecnologia
estrangeira, restam alguns desafios a
serem vencidos. De acordo com Ale-
xandre Xavier, diretor de engenharia
da FPT Industrial na América Latina, o
VOLVO CE
28 REVISTA M&t
CORREIA V ALTERNADOR
Código: J911566 Código: 1964860C1
R$ 36,29
W20E W20
R$ 2.285 ,49
521D 621D 721E 821E W20E W20
32 REVISTA M&t
CATERPILLAR
Após três meses de tolerância, máquinas
já produzidas que não forem comercializadas
precisarão receber as adequações
34 REVISTA M&t
+ clientes satisfeitos
+ desenvolvimento
+ crescimento
+ oportunidades
+ parcerias
+ produtividade
+ resultados
+ negócios
+ projetos
MT_186.indb
Untitled-1 135 18/12/2014
24/11/201410:41:08
17:51:33
Odopasso
BAUMA CHINA
dragão
Evento comprova o salto qualitativo que a China já
alcançou em seus equipamentos e tecnologias, reafirmando
o crescente protagonismo do país asiático no setor
U
Por Marcelo Januário
36 REVISTA M&t
dezembRO/janeiro - 2015 37
38 REVISTA M&t
www.terex.com/cranes
ENTREGAR SUCESSO é a nossa motivação. Somos um fabricante global com fortes raízes locais e uma
ampla linha de produtos que reflete nossa EXPERIÊNCIA de mais de um século. Temos compromisso
com a RAPIDEZ, procurando oferecer alto nível de resposta ao cliente e retorno sobre o investimento.
Pois, o que realmente interessa são os RESULTADOS dos nossos clientes.
© Terex Cranes 2014. Todos os direitos reservados. Terex é marca registrada da Terex Corporation nos Estados Unidos da América do Norte e em muitos outros países.
Terex Cranes
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BAUMA CHINA
LG6460E tem peso operacional de 44,5 ton e caçamba
de 2,1 m3, além de receber chassi com design renovado
e motor Tier III. Já a carregadeira de rodas L9120F é um
equipamento de 36 ton e 6 m3, equipado com transmissão
hydro-shift, força de arranque de 260 kN e motor de tor-
que elevado, que atende aos padrões Tier III de emissões
da região. “Somos reconhecidos pela qualidade de nossas
carregadeiras, mas também temos um portfólio forte co-
brindo uma ampla gama de equipamentos”, afirmou Guo
Shaohua, diretor de comunicação da SDLG. “Na bauma,
quisemos oferecer ao mercado alguns insights sobre nos-
sos planos futuros, por isso apresentamos essas máquinas
Com 44,5 ton, a escavadeira LG6460E foi apresentada pela SDLG conceituais.”
ponto forte foi a apresentação dos primeiros protótipos Já a Shantui divulgou suas ações de reposicionamento, de
de estações móveis de britagem e usinas de classificação, modo a fazer frente à crescente concorrência. Para tanto, a
desenvolvidas para o mercado asiático pela joint-venture empresa expandiu suas áreas de atuação, abrangendo no-
LiuGong-Metso Construction Equipment. vos segmentos para além do negócio de bulldozers no qual
A XCMG levou à feira sua linha de produtos para constru-
ção de estradas. Inaugurada em maio do ano passado, sua
nova fábrica na China tem capacidade de produção anual
de dez mil compactadores, 3.500 motoniveladoras, 600
pavimentadoras e 500 fresadoras. No portfólio se desta-
cam seis modelos da Linha G de motoniveladoras (GR100,
GR135, GR165, GR180, GR215 e GR300), com saídas de 75,
101, 123, 134, 160 e 224 kW, respectivamente. “Nosso ob-
jetivo é conquistar a liderança no mercado de equipamen-
tos para construção de rodovias”, afirmou Guo Chaohui, Guindaste da Tadano representou a tecnologia japonesa no evento
gerente do segmento de roadbuilding da fabricante. “Para
isso, queremos introduzir a empresa no mercado interna- teve origem. As soluções para concreto – principalmente
cional e aumentar progressivamente nosso portfólio.” autobetoneiras, centrais e bombas – se enquadram nesse
Quem também quer aumentar sua penetração global é esforço, visando a concorrer com outros players já estabe-
a SDLG, que apresentou nove máquinas em seu estande, lecidos neste segmento. “Há alguns anos, compramos uma
com destaque para modelos conceituais. A escavadeira fábrica de equipamentos para concreto em Wuhan, entran-
do neste nicho”, afirmou o gerente da empresa Will Zhu,
Shantui aproveitou o evento para divulgar ações de reposicionamento
complementando que o objetivo é crescer também no mer-
cado internacional. “Nos últimos dois anos, nossas vendas
têm avançado em outros países, como Venezuela, Equador,
Cuba e Brasil”, revelou.
Dentre os orientais, os japoneses também marcaram
presença. A Tadano exibiu o guindaste GT- 350E, ao lado de
outros destaques. O modelo é um equipamento de 80 ton
com cinco seções de lança, cujo comprimento total chega a
14,3 m, com largura de 3,3 m e altura de 3,7 m.
Além de carregadeiras de rodas, a Komatsu expôs oito
de suas escavadeiras hidráulicas, sendo quatro novas,
incluindo os modelos PC300-8 (32 ton) e PC360-8 (33,5
ton), que possuem propulsores Komatsu SAA6D114E-3
40 REVISTA M&t
42 REVISTA M&t
Estabilizador de solo WR 250 é a aposta da Wirtgen para o mercado oriental Com inovações, a escavadeira Liebherr R 966 foi apresentada ao público na China
profundidade de escavação de 6,04 m e força de desagre- Em um estande com 2 mil m2, o Grupo Fayat exibiu tec-
gação de 82,3 kN (87 kN com power boost). “Após uma dé- nologias para compactação, fresagem e pavimentação de
cada de crescimento rápido, a indústria de equipamentos suas três marcas, Bomag, Marini e Breining. Em destaque,
de construção da China está passando por um período de a empresa exibiu três novos modelos de rolos compacta-
adaptação”, disse Martin Weissburg, presidente global da dores da Bomag, incluindo o BW 151 AD-5, um modelo ar-
Volvo CE. “Mas acreditamos que a China ainda é um merca- ticulado com motor Tier IV e novos recursos de gerencia-
do com enorme potencial.” mento da operação. O novo integrante da Série 5 tem peso
O Grupo Wirtgen expôs 38 máquinas das marcas Wir- operacional de 7,6 ton, motor Kubota de 73,2 hp e largura
tgen, Vögele, Hamm e Kleemann. No estande, a empresa de trabalho de 1.680 mm.
mostrou 13 equipamentos das divisões de roadbuilding e Com estandes nas áreas interna e externa, a Liebherr le-
mineração produzidos na fábrica de Langfang para aten- vou à China suas mais recentes tecnologias em escavadei-
der ao mercado local. A Wirtgen exibiu o estabilizador de ras, carregadeiras e guindastes, além de, pela primeira vez,
solo WR 250, um modelo com 580 kW de potência espe- apresentar componentes. Destinada a operações em mine-
cialmente projetado para estabilizar solos pesados e lama- ração e pedreiras, a escavadeira de esteiras R 966 possui
centos. O equipamento é indicado para trabalhos de reci-
Focada no mercado local, a John Deere promoveu o lançamento de três escavadeiras
clagem e pulverização, transformando pavimentos de até
25 cm de espessura em granulado homogêneo.
44 REVISTA M&t
PLATAFORMA WT 700
ALCANCE VERTICAL DE ATÉ 70m, LIFETIME EXCELLENCE
46 REVISTA M&t
Saiba mais:
A Sandvik aproveitou a bauma China para lançar seu novo britador CI532 HSI bauma China: www.bauma-china.com
Asseio urbano
De olho no crescente mercado de equipamentos para engenharia sanitária, a fabricante
D
XCMG traz ao Brasil sua linha importada de soluções de limpeza urbana
XCMG
esde outubro, a multina-
cional chinesa XCMG vem
disponibilizando uma
linha completa de veícu-
los para limpeza urbana. Segundo Li
Qianjin, gerente geral da empresa no
Brasil, a família de equipamentos já é
comercializada há mais de 10 anos na
China e inclui desde autovarredeiras
até caminhões de compressão de lixo.
“Por enquanto, os equipamentos são
todos importados, sendo que o por-
tfólio está disponível a partir da equi-
pe de vendas para equipamentos da
Linha Amarela da XCMG”, diz Qianjin.
Segundo a empresa, a fábrica brasi-
leira em Pouso Alegre (MG) – que tem
uma capacidade produtiva de até 7 Autovarredeira de dois eixos pode ser encomendada para fabricação no Brasil
mil equipamentos ao mês – pode re-
ceber a linha em breve, dependendo índice de nacionalização de 60%. Qianjin. “Por isso, acreditamos que a
da recepção dos produtos no merca- Trata-se de um caminhão de dois demanda por equipamentos de lim-
do nacional. “Ainda não temos pro- eixos, equipado com varredeira a jato peza urbana será enorme nos próxi-
jeção de fabricar a linha de limpeza de alta pressão, incorporada entre os mos anos, o que justifica o lançamen-
urbana no Brasil e só a anunciaremos eixos. Diferentemente de outras au- to dessa linha de produtos para este
após validar a demanda interna para tovarredeiras do mercado, o controle mercado.”
esse tipo de produto”, ressalta Qian- da operação é centralizado na cabine Com faturamento de mais de 16
jin. “Porém, adianto que a fábrica na- do veículo, enquanto o mecanismo de bilhões de dólares em 2012, a XCMG
cional está preparada para fabricar acionamento entre o motor auxiliar e ocupa a 5ª posição mundial na venda
qualquer equipamento produzido o implemento é feito com ligação di- de equipamentos da Linha Amarela.
pela XCMG na China, inclusive os de reta na embreagem. Além da fábrica inaugurada recen-
limpeza urbana.” Ao disponibilizar esse produto, a temente, a empresa controlada pelo
empresa aposta no crescimento de governo chinês possui no Brasil (leia
serviços de engenharia sanitária no entrevista a partir da pág. 89) um
DESTAQUE país, um dos nichos que devem viven- centro de distribuição de peças e ser-
Na nova linha, a XCMG classifica ciar maior mecanização nos próximos viços técnicos com 50 mil m², locali-
como principal destaque a autovar- anos. “O Brasil é um país grande, com zado na cidade de Guarulhos (SP).
redeira, que inclusive também pode belezas naturais incontestáveis e uma
ser encomendada para fabricação na população cada vez mais preparada Saiba mais:
unidade de Pouso Alegre (MG), com no que tange à cidadania”, pontua XCMG: www.xcmgbrasil.ind.br
48 REVISTA M&t
IMAGENS: EMBRAPORT
Logística de
precisão
H
Com pouco mais de um ano
de atividades, o Terminal
Embraport utiliza alguns
dos equipamentos mais
á pouco mais de um
ano, a Empresa Brasilei-
ra de Terminais Portuá-
rios (Embraport) opera
um terminal próprio na margem
esquerda do Porto de Santos (SP).
Trata-se da maior operação priva-
para operações portuárias.
A primeira tecnologia de ponta é o
escâner. Hoje, as cargas que entram e
saem da Embraport são vistoriadas
pela solução. O mesmo acontece com
outros terminais no Porto de Santos
(SP), mas, segundo o gerente de ma-
avançados do setor, da do setor, com capacidade para nutenção da Embraport, José Roberto
movimentar cerca de 1,2 milhão de Rocco Júnior, a empresa já havia ado-
como transtêineres TEUs (unidade equivalente a um tado a tecnologia antes mesmo da exi-
equipados com câmaras de contêiner de 20 pés) por ano. O pro- gência do Porto, atendendo a um cri-
jeto recebeu investimento de R$ 2,3 tério próprio de combate a fraudes.
monitoramento bilhões em sua concepção, fruto de “Os scanners são equipamentos de
uma sociedade entre a Odebrecht inspeção por Raios-X que ficam po-
TransPort e a DP World. Instalado sicionados em locais estratégicos do
em área com acesso por vias maríti- terminal”, diz ele. “Atualmente, 65%
ma, rodoviária e ferroviária, o empre- da carga movimentada no terminal
endimento conta com 653 m de cais são escaneadas.”
na primeira fase de operação e ilustra O especialista explica que o escâ-
esta reportagem de M&T sobre o que ner reduz a necessidade de os con-
há de mais moderno em equipamentos têineres serem posicionados e ins-
50 REVISTA M&t
52 REVISTA M&t
BoBCat
de carregadeiras Bobcat em 2014
Saiba mais:
Embraport: www.terminalembraport.com.br
Portomaq: www.portomaq.com.br
54 REVISTA M&t
EMPHASIS
TAXAS*
A PARTIR DE
%
Imagem meramente ilustrativa. Consulte versões disponíveis.
A.M.
COMPACTADOR DE
ALTO RENDIMENTO
O MELHOR COMPACTADOR
DO MERCADO AGORA MAIS
PERTO DE SUA OBRA EXCELENTE
CUSTO/BENEFÍCIO
* Taxa Finame vigente no mercado. 0,37% a.m. para financiamentos contratados por Beneficiária/Grupo Econômico com Receita
Operacional Bruta (ROB)/Renda anual ou anualizada inferior ou igual a R$ 90.000.000,00 (noventa milhões de reais), de acordo com regras
vigentes do BNDES. Consulte taxas FINAME para grupos com ROB acima de noventa milhões de reais. Informações e condições a serem
validadas no seu Dealer Bomag Marini mais próximo. Base de preços setembro de 2014.Taxas Finame validas até 31/12/2014.
JOHN DEERE
Caminho das pedras
Até o Finame teve menos requisições no último ano, mostrando que nem mesmo a possibilidade
de financiamento a juros mais baixos minimiza os impactos do baixo crescimento econômico
N
Por Rodrigo Conceição Santos
o Brasil, é usual que os exemplo, o mercado de financiamen- país, pode ser explicado pelas altera-
fabricantes apostem em to teria retraído cerca de 10% em ções nas condições de Financiamento
bancos próprios para 2014, comparado ao ano anterior. Já para Máquinas e Equipamentos do
intermediar o financia- os dados do BNDES apontam para Programa de Sustentação do Finan-
mento de equipamentos de Linha um cenário ainda pior em relação ao ciamento (Finame-PSI). Os juros ofe-
Amarela com o Banco Nacional do mercado de construção civil. Segundo recidos pelo BNDES, antes fixados em
Desenvolvimento Econômico e Social seu levantamento, equipamentos pe- 3% ao ano, passaram para 4,5% a.a.
(BNDES), uma vez que oferecem con- sados para essa finalidade apresen- em operações contratadas com pe-
dições especiais de pagamento aos taram uma queda de 27,5% na busca quenas empresas. E esse mercado é
clientes. Mesmo assim, no ano passa- por financiamentos, em comparação justamente um dos que mais crescem
do a economia apresentou obstáculos com o primeiro semestre de 2013. no Brasil, representando grande par-
para quem planejava renovar a frota. Um dos motivos da queda, além te do impulso de compra por equipa-
Segundo o Banco Caterpillar, por do baixo crescimento econômico do mentos com índice de nacionalização
56 REVISTA M&t
ANFAVEA
Nem por isso as grandes radas em fevereiro de 2014,
empresas, com faturamento em Indaiatuba (SP), naciona-
acima de R$ 90 milhões, fo- lizando a linha de máquinas
ram beneficiadas. Para elas, de construção. Como alter-
as taxas de financiamento nativa ao financiamento di-
do BNDES passaram de 3% reto com o BNDES/Finame,
para 6% a.a., o que dificulta a fabricante aposta também
a renovação do pátio de gran- nas condições do Banco John
des frotistas. “Desse modo, Deere e do Consórcio Nacio-
muitos beneficiários apro- nal da marca, principalmente
veitaram as melhores taxas para equipamentos agrícolas.
de 2013 para renovar seu Evidentemente, a empre-
maquinário, antecipando as sa faz projeções de longo
aquisições do ano passado”, prazo, baseadas nos dados
relata a empresa pública. A da Associação Brasileira de
expectativa do banco era de Tecnologia para Construção
que os financiamentos se e Mineração (Sobratema),
mantivessem neutros até o que apontam um crescimen-
final do ano, em parte pela to anual de 5,5% nas vendas
postergação dos investimen- até 2018. Tais informações
tos até o mês de novembro. levam em conta os investi-
mentos previstos em infra-
estrutura no país, calculados
APOSTAS em R$ 500 bilhões para os
Mesmo em um ano difícil, próximos três anos, além de
algumas fabricantes apostam outros R$ 700 bilhões nos
nos investimentos do merca- projetos não executados.
do de equipamentos no Bra- Nesse contexto, a Cater- Alterações nas condições de financiamento
sil. No caso da John Deere, pillar espera um ano difícil dificultaram a renovação de frotas em 2014
58 REVISTA M&t
GUIA SOBRATEMA
REFERÊNCIA PARA QUEM PROCURA INFORMAÇÕES
TÉCNICAS A RESPEITO DOS EQUIPAMENTOS
COMERCIALIZADOS NO BRASIL
ENGEMIX
Dispositivos de financiamento cumprem um papel anticíclico, mantendo o mercado ativo mesmo em cenários desfavoráveis
nas exigências mais flexíveis, poden- OPÇÕES sive, entram planos para toda a li-
do inclusive financiar equipamentos No Banco John Deere, também há nha de produtos, que são pagos em
usados, o que não é feito pelo Finame. possibilidade de financiamento para parcelas de até 100 vezes, de acordo
Segundo Souza, o Banco Caterpillar equipamentos importados, com ta- com o planejamento financeiro de
solicita uma entrada de 10%, finan- xas equivalentes às do Finame, assim cada cliente. “Por meio desta opção,
ciando a diferença do valor. Em mé- como a tradicional intermediação os clientes podem adquirir máquinas
dia, o banco está oferecendo prazos para máquinas nacionais, feita pelo John Deere de maneira planejada, uti-
de 48 meses, tanto para o Finame BNDES. No caso dos importados, en- lizando o consórcio como forma de
como para outros produtos. No caso tram escavadeiras de grande porte, investir ou renovar na sua frota”, afir-
do Finame, a empresa afirma que é motoniveladoras e tratores de esteira. ma Marques.
oferecida uma carência de até seis Segundo Roberto Marques, líder da Para ele, utilizar os bancos das
meses, prazo que pode ser estendido, divisão de construção e florestal da marcas é uma grande vantagem, pois
dependendo das condições financei- John Deere Brasil, a fabricante ofere- além de obter planos especiais para
ras de cada cliente. ce planos de financiamento por meio financiamentos, inclusive por meio
Para assegurar e mitigar os riscos do Consórcio Nacional, realizado em do BNDES, os clientes podem encon-
de inadimplência, todas as modali- parceria com a Randon Consórcios. trar em um único canal uma solução
dades de financiamento requerem Nesse caso, são oferecidos aos clien- tanto para a escolha dos equipamen-
aprovação prévia do crédito do clien- tes planos para programar a renova- tos como para sua aquisição.
te junto ao banco, sendo que a apro- ção ou a ampliação da frota, permi-
vação leva em conta as restrições tindo a escolha do melhor período de Saiba mais:
apontadas pelo Serasa ou atrasos no investimento. BNDES: www.bndes.gov.br
Caterpillar: www.cat.com.br
BCB. Nesses casos, o crédito é vetado No consórcio da fabricante, inclu- John Deere: www.deere.com.br
ao cliente.
60 REVISTA M&t
O
marcas para superar de vez o Calcanhar de Aquiles na gestão de frotas
mercado brasileiro conso-
REPRODUÇÃO
me mais de 30 mil equi-
pamentos pesados de
construção e mineração
(off-road) ao ano. São modelos de es-
cavadeiras, pás carregadeiras, retroes-
cavadeiras, motoniveladoras e outros,
classificados de forma genérica pelo
setor como Linha Amarela. Nas gran-
des frotas de mineradoras e empreitei-
ras de infraestrutura, são demandadas
milhares dessas máquinas, de diferen-
tes marcas e que invariavelmente pre-
cisam trabalhar em conjunto. E, como
Gestão integrada de frotas off-road é sonho antigo do setor
se sabe, essa complexidade constitui o
eficientes para as suas máquinas, mas falhas) para serem implementados
“Calcanhar de Aquiles” dos gestores de
que, por outro lado, só podem ser li- pelos fabricantes.
frota, que ainda não dispõem de uni-
dos e interpretados pelos painéis ló- Atualmente, cinco grandes empre-
formidade nas informações geradas
gicos programáveis (PLC) da própria sas já estão filiadas ao projeto: Case
em cada equipamento. A boa notícia é
marca. Ou seja, os parâmetros mape- Construction Equipment, Caterpillar,
que o mercado caminha a passos largos
ados por uma marca são diferentes John Deere, Komatsu e Volvo Cons-
para superar mais este gargalo.
dos parâmetros absorvidos por outra, truction Equipment, além de desen-
impedindo que o frotista tenha um volvedores de sistemas e fornecedo-
PROTOCOLOS acompanhamento geral e uma visão res de insumos para equipamentos,
Antes disso, vale contextualizar em igualitária dos seus equipamentos. como a Castrol Lubrificantes. “Com o
detalhes: cada marca de equipamento Trata-se de uma antiga reclamação avanço desse programa da AEMP, que
pesado utiliza um conjunto diferente dos profissionais do setor, que an- deve se estender para vários países,
de eletrônica embarcada para controlar seiam por soluções intercambiáveis, chegaremos cada vez mais próximos
seus componentes mecânicos, hidráuli- complementares e customizáveis. da gestão integrada de frotas off-ro-
cos e até pneus. São esses sistemas que Nos EUA, por exemplo, a AEMP (As- ad, permitindo aos gestores mapear
informam o nível de temperatura e de sociation of Equipment Management com detalhes os dados operacionais,
pressão hidráulica, o consumo médio Professionals) iniciou há tempos uma de manutenção e de segurança de
de combustível, as anomalias em deter- padronização nesse sentido, criando seus equipamentos para alcançar a
minadas peças etc. protocolos-padrão para a indústria. máxima produtividade nas obras ou
Para transmitir essas informações, Atualmente, o programa está na ver- nas minas”, diz Tarik Sarhan, diretor
cada fabricante desenvolve protoco- são 1.2, abordando 19 campos de da- geral da desenvolvedora de sistemas
los de comunicação próprios, mais dos (que também geram códigos de Telogis na América do Sul.
62 REVISTA M&t
dezembRO/janeiro - 2015 63
Polêmica à vista
ODEBRECHT
A revisão da NR-1 vem
sendo seguidamente adiada,
mesmo com sua relevância
como base para as demais
A tualmente, diversas nor-
mas relativas à saúde
e segurança no traba-
lho estão em revisão no
Brasil. Além da NR-12 e da NR-18,
também a NR-1 (Norma Regulamen-
tadora nº 1) está recebendo propos-
órgãos dos Poderes Legislativo e Ju-
diciário, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). Em suma, trata-se de
uma lei que estabelece procedimen-
tos para reduzir e mesmo eliminar os
riscos à saúde e integridade física e
normas e importância para a tas para alterações, mas a conclusão moral dos trabalhadores, aplicando-
deste processo vem sendo seguida- -se a todas as organizações e empre-
integridade do trabalhador mente postergada, no que pesem a gadores, que devem assumir os ris-
sua importância como base para as cos advindos do desenvolvimento de
demais normas e o impacto direto de atividades econômicas em qualquer
seu conteúdo para a integridade dos local de trabalho. O assunto, porém,
trabalhadores. abre espaço para muita discussão.
O principal escopo da NR-1 visa a
estabelecer as disposições gerais e os UNIFORMIZAÇÃO
requisitos mínimos para prevenção Segundo Robson Rodrigues da Sil-
em segurança e saúde no trabalho va, engenheiro civil de segurança do
(SST), obrigando ainda o atendimen- trabalho e representante da bancada
to às demais normas regulamentado- de governo no Comitê Permanente
ras pelas empresas privadas e públi- Nacional (CPN), a NR-1 deveria ser
cas, órgãos públicos da administração a primeira a ser alterada, pois é a di-
direta e indireta, bem como pelos retriz de todo o conjunto normativo
64 REVISTA M&t
dezembRO/janeiro - 2015 65
ODEBRECHT
dos riscos no ambiente de trabalho,
atribuindo ainda aos empregadores o
poder de definir o grau de risco (leia
Box sobre o assunto na pág. 65).
IMPACTOS
De acordo com Branco de Mello, a
Branco de Mello: empresas maiores já se adequam aos conceitos de gestão, mas restam pontos polêmicos a discutir
proposta da nova NR-1 foi embasada
em uma norma de gestão para aplica-
ção dos conceitos de PDCA (acrônimo ção da norma no trabalho executado versão da lei, o profissional da Ode-
para “Plan”, “Do”, “Check” e “Action”, no domicílio que, com certeza, não brecht avalia que as construtoras não
no sentido de corrigir ou agir de for- pode ser comparado com aquele de- irão enfrentar grandes conflitos, pois
ma corretiva) sobre as demais nor- sempenhado no estabelecimento do muitas já trabalham com os conceitos
mas regulamentadoras. empregador, onde há maior controle”, de PDCA em seu Sistema de Gestão In-
No entanto, como destaca o enge- diz Branco de Mello. tegrado em Qualidade (SGI). “Porém,
nheiro, ocorre redundância em rela- Ainda segundo o especialista, os pro- esses itens mais polêmicos citados na
ção às demais NR já em vigor, como é fissionais da área que têm debatido as norma, como a questão da integrida-
o caso, por exemplo, da NR-9 (Progra- disposições gerais da norma ainda dis- de moral e do trabalho executado no
ma de Prevenção de Riscos Ambien- cordam sobre a inclusão de “integrida- domicílio, poderão sim trazer sérias
tais), que já exige as etapas de anteci- de moral” dos trabalhadores no escopo complicações a todos os segmentos”,
pação e reconhecimentos dos riscos, da norma. “No meu entendimento, uma interpõe. “Por isso, acredito que de-
estabelecimento de prioridades e norma regulamentadora não deve in- vem ser extraídos da nova proposta
implantação de medidas de controle, cluir o assunto da integridade moral, de texto da NR-1.”
incluindo avaliação, monitoramento, que evidentemente é um assunto sério,
registro e divulgação dos dados sobre mas que deve ser tratado em outra es- Saiba mais:
Fundacentro: www.fundacentro.gov.br
a exposição dos trabalhadores. “Ou- fera”, ele comenta. MTE: portal.mte.gov.br/seg_sau/consultas-publicas.htm
tro fato que deve ser citado é a aplica- Em relação aos impactos da nova Sobratema: www.sobratema.org.br
66 REVISTA M&t
A redução de riscos
nos canteiros
Seguindo algumas diretrizes, é possível alcançar níveis elevados de segurança
e obter uma redução mútua de riscos de acidentes nas obras de engenharia
N
Por Camilo Filho
MAKRO
quer projeto, seja de O próximo passo é o conhecimento
construção civil, petro- dos tipos de içamentos, com seus res-
química, naval ou outro, pectivos pesos e dimensões. A seguir,
é comum a utilização de equipamen- o pessoal de segurança deve verifi-
tos de movimentação de cargas, em car o peso da carga, altura e raio de
especial os guindastes, exigindo a operação de cada içamento, ou seja,
consideração das necessidades espe- estabelecer um plano de rigging para
cíficas quanto à segurança das má- cada movimentação. Isto é funda-
quinas, dos operadores e da área ao mental inclusive para o isolamento da
redor. área e procedimentos de emergência,
Guindastes não são brinquedos gi- incluindo rotas de emergência, áreas
gantes, mas ferramentas que fazem de agrupamento para evacuação, de
com que a indústria da construção descanso, refeições e sanitários.
alcance os objetivos de seus projetos. Posteriomente, devem ser levados
Seguindo algumas diretrizes, é possí- em consideração o tipo e o tamanho
vel alcançar altos níveis de segurança do guindaste que será mobilizado
e obter redução mútua de riscos nas para o site, de modo que a área este-
obras, seja por meio de pré-planeja- ja preparada não só para o içamento
mento como com treinamentos con- propriamente dito, como para a mon-
tínuos de colaboradores para opera- tagem da máquina, preparativos das
ções com guindastes e movimentação peças a serem içadas e demarcação
Guindastes não são brinquedos gigantes
em geral. da área de contingência, viabilizan-
do um içamento seguro. Além disso, ção. O gestor deve assegurar-se de
REDUÇÃO MÚTUA somente pessoal com experiência, que todo o pessoal envolvido na ope-
treinado e qualificado em operações ração entende seu trabalho, respon-
Basicamente, isso é o que se chama
com guindastes, sinalização e rigging sabilidades e absoluto comprometi-
de “redução mútua de risco”, um pro-
deve ser permitido nas operações de mento com a segurança, sua e de seus
cedimento que inclui diferentes pas-
içamento. pares. Afinal, segurança é responsabi-
sos. O primeiro item é conscientizar
Por fim, resta emitir a Permissão lidade de todos.
os profissionais de suas responsabi-
lidades por meio de DDS’s, palestras, de Trabalho (P.T.) e fiscalizar, sempre.
treinamentos e outros meios, envol- Procedimentos, normas e diretrizes *Camilo Filho é especialista em içamentos pesa-
dos, membro da Association of Crane & Rigging
vendo todos os colaboradores que são muito importantes, mas sua mera Professionals (ACRP) e engenheiro de equipa-
atuem diretamente na operação e aplicação nada resolve sem fiscaliza- mentos na Odebrecht.
68 REVISTA M&t
Tendência irreversível
Sobratema e Abendi
MELINA FOGAÇA
assinam acordo referente
à Certificação de Terceira
Parte, projeto que busca
estabelecer um novo patamar
de qualificação profissional
E
para o setor da construção
m dezembro, a Sobrate-
ma (Associação Brasi-
leira de Tecnologia para
Construção e Mineração)
e a Abendi (Associação Brasileira de Mamede e Ferreira: esforço conjunto por melhorias na segurança operacional
Ensaios Não Destrutivos e Inspeção)
tadoras em vigência no país. Além ra, presidente da Abendi, a certifica-
selaram a parceria iniciada em 2013
disso, a certificação representa um ção é uma tendência internacional,
com a assinatura do acordo referente
diferencial para o profissional, pois que beneficia profissionais, empresas
à Certificação de Terceira Parte, que
reforça seu comprometimento com e a própria sociedade. “A certifica-
promove a qualificação e certificação
o cumprimento das normas de segu- ção é boa para os profissionais, pois
de profissionais no setor.
rança. “Com as certificações, as em- garante mais empregabilidade, tor-
Inicialmente, o projeto – que tem
presas também obterão ganhos de nando sua atividade mais reconhe-
base na norma ISO 17024 – certifi-
competitividade, tendo como resulta- cida, assim como para as empresas,
cará profissionais que atuam no seg-
do a melhoria dos serviços prestados pois encontrarão profissionais com a
mento de içamento e movimentação
e a redução de retrabalho, custos com qualificação requerida”, diz Ferreira.
de cargas, como rigger, supervisor
seguros e sinistros”, destaca. “Mas, acima de tudo, é benéfica para a
de rigging, sinaleiro amarrador e
sociedade, pois um profissional quali-
operadores de guindastes, gruas,
ficado reduz o risco de acidentes.”
guindautos, pontes rolantes e pórti- MULTIPLICADORES De fato, segundo Wilson de Mello
cos. Mas o projeto tende a expandir- Mamede frisa que a parceria pre-
Jr., diretor de Formação e Certifica-
-se para outros segmentos. “A partir vê ainda a formação e certificação de
ção da Sobratema, a parceria vislum-
de agora, já estamos trabalhando instrutores, que atuarão como multi-
bra um novo patamar de qualificação
na certificação para operadores de plicadores de conhecimento, além do
profissional, reduzindo o alto número
equipamentos da Linha Amarela” credenciamento de centros de treina-
de acidentes e óbitos ainda registrado
afirma Afonso Mamede, presidente mento. Isso significa que, com o tem-
no setor. “Não podemos aceitar que a
da Sobratema. po, diversos cursos estarão disponí-
indústria de construção gere mais de
Segundo ele, o projeto proporciona veis, com métodos, cargas horárias e
um óbito ao dia, principalmente devi-
uma garantia de que o profissional processos padronizados, de modo a
do à falta de qualificação de profissio-
possui qualificação para executar as garantir um conteúdo programático
nais”, finaliza.
atividades com qualidade e seguran- abrangente e garantir a formação e
ça, segundo padrões estabelecidos reciclagem dos profissionais. Saiba mais:
pelas principais normas regulamen- Para Luiz Fernando Corrêa Ferrei- Abendi: www.abendi.org.br
Sobratema: www.sobratema.org.br
70 REVISTA M&t
Luz nos
canteiros
Essenciais para trabalhos
noturnos ou em obras com
luminosidade escassa, torres
de iluminação viabilizam
operações que não podem parar
dezembRO/janeiro - 2015 71
HIMOINSA
tem nove metros de altura e está pre-
parada para resistir a temperaturas
que variam de -20°C a 45°C, além de
possuir autonomia de trabalho de até
70 horas ininterruptas. Ou seja, não é
por falta de luz que a obra vai parar.
DIFERENCIAIS
Outro diferencial deste tipo de equi-
pamento é a praticidade do transpor-
te, um fator evidentemente muito va-
lorizado por responsáveis de projetos
construtivos, assim como no setor de
mineração, no qual as equipes preci-
sam se deslocar de um lugar a outro Equipamentos resistem a variações de temperatura, ventos e turnos ininterruptos de operação
nas jazidas, em função das diversas
fases de extração. conta com um modelo de equipamen- A propósito, o modelo LTA6 recen-
Nesse sentido, segundo Fred to desenhado especificamente para o temente ganhou produção nacional,
Shen, gerente regional de vendas mercado brasileiro. Conforme explica com a inauguração de uma fábrica
da Himoinsa, o mastro da AS4006 Eder Rodrigues, diretor comercial da da empresa em Contagem (MG), a
é exemplar, pois pode ser dobrado Himoinsa do Brasil, “o modelo LTA6 primeira da marca na América do
manualmente no sentido horizontal, foi projetado especialmente para Sul e que também produz grupos
garantindo um transporte facilitado atender aos requisitos técnicos do geradores de 23 a 750 kVA. “Com o
que reduz o tempo de trabalho e, con- público brasileiro, incluindo um chas- crescimento do interesse pelo setor
sequentemente, contribui para o au- si com contenção de 110% dos líqui- de locação, vimos uma grande opor-
mento da produtividade. dos, que contribui para maior prote- tunidade para iniciarmos a produção
Mas o portfólio da empresa também ção ao meio ambiente”. local“, afirma Rodrigues.
72 REVISTA M&t
Saiba mais:
Atlas Copco: www.atlascopco.com.br
Himoinsa: www.himoinsa.com.br
Wacker Neuson: www.br.wackerneuson.com
Weber MT: www.webermt.com.br
dezembRO/janeiro - 2015 73
Reaproveitamento da água
impulsiona tecnologias
Em tempos de seca, a CDE traz ao mercado brasileiro suas soluções tecnológicas que
E
reaproveitam a água e demais materiais utilizados na produção de areia industrial
m âmbito mundial, re- a empresa irlandesa CDE – que atua Isso é possível com a recirculação
aproveitar o material com classificação de materiais nos de água doce pela unidade, dimi-
utilizado nas opera- setores de mineração, construção, nuindo o volume necessário do
ções tornou-se uma areias industriais e ambiental – (cada vez mais) precioso líquido.
preocupação constante para em- desenvolve equipamentos que se De fato, segundo o gerente regional
presas de diversos setores, espe- notabilizam pela recuperação da Pedro Freire, o foco da CDE é fornecer
cialmente na construção e mine- água, como uma planta para pro- soluções que reaproveitem ao má-
ração. E, em relação à água, isso é dução de areia industrial e clas- ximo a água utilizada no sistema de
ainda mais verdadeiro. Sem falar sificação de rejeitos de britagem lavagem do material. “A CDE é cons-
que, além de reduzir o impacto denominada AquaCycle, composta ciente quanto ao impacto ambien-
ambiental, a reciclagem também por um sistema de tratamento que tal, especialmente nas minerações,
ajuda a garantir uma produção recupera até 90% da água utiliza- principalmente em relação ao uso da
mais eficiente, diminuindo custos da nas unidades de classificação, água”, diz ele. “Por isso, fazemos de
e aumentando a produtividade. além de permitir reduções signi- tudo para obtermos um reaproveita-
Apostando neste conceito-chave, ficativas nos custos operacionais. mento mais eficaz possível.”
MELINA FOGAÇA
74 REVISTA M&t
MELINA FOGAÇA
De acordo com a empresa, o siste-
ma AquaCycle pode ser integrado a
operações de pedreiras, reciclagem
e mineração, especialmente em uni-
dades de classificação que proces-
sem materiais diversos como areia,
cascalho, pedra britada, minério de
ferro e outros. Como enfatiza Edu-
ardo Lemes, engenheiro técnico da
empresa, a implantação desse tipo
de sistema para tratamento otimi-
za a reutilização da água e diminui Tendência em pedreiras é de processar a própria areia, levando à necessidade de reciclar a água
drasticamente o nível de rejeito de O objetivo é projetar um sistema de da planta. “Na Britagem Barracão, a
material. processamento de pedra calcária em combinação das soluções EvoWash
O especialista refere-se ainda a um sua unidade, localizada a 40 km de e AquaCycle integra diversas fases
problema recorrente no setor, em Belo Horizonte, utilizando para isso o de processamento, resultando em
que os fluxos de rejeitos (compostos espessador AquaCycle A600. uma redução significativa de gas-
por rochas trituradas misturadas aos Já em Santa Catarina, com o obje- tos para uma planta pequena como
efluentes nos processos oriundos das tivo de diminuir problemas com es- essa”, afirma Torresan, acrescentan-
fases de processamento de minérios) paço físico e desperdício de água e do que a pedreira em Gaspar atua na
são normalmente descarregados em material reutilizáveis, a companhia classificação de produto nobre, com
barragens. “Por meio de uma centrí- Britagem Barracão também inves- granulometria abaixo de 5 mm e já
fuga ou de um filtro prensa, é possí- tiu em uma solução modular de la- pronto para o mercado.
vel eliminar a necessidade da criação vagem da CDE Brasil, aumentando a Tais exemplos mostram o cresci-
dessas barragens de rejeitos”, explica eficiência em sua pedreira de Gaspar, mento da penetração das soluções
Lemes. “E isso traz benefícios signifi- como garante Juarez Torresan, CEO em território nacional, mas outros
cativos à saúde, segurança e susten- da empresa Vento Sul, representante países também já registram cases
tabilidade ambiental da unidade de da CDE naquele estado. “A Britagem de sucesso da CDE do Brasil. Na
atuação.” Barracão provavelmente é a primeira Venezuela, por exemplo, a empresa
Outro ponto a se destacar é a ten- companhia brasileira a produzir clas- montou uma unidade – junto com a
dência atual de as pedreiras, ao invés sificação de finos por meio do sistema construtora Camargo Corrêa – em
de repassarem o material a terceiros CDE para lavação de finos de brita- uma pedreira nos arredores de Ca-
para abastecer o setor de concreto, gem”, diz ele. racas. Lá, a solução escava areia e
processarem a própria areia. “Com No caso, a solução utilizada inclui agregados do leito de um rio local,
isso, as britagens que produzem areia uma unidade de recuperação de ma- utilizando o material para produzir
industrial agora precisam reaprovei- teriais finos denominada EvoWash, concreto.
tar a água”, afirma o engenheiro. que é capaz de transformar o pó de Para esta operação, a CDE utilizou
brita em areia industrial com es- uma unidade de classificação móvel
CASES pecificação, removendo a fração de M2500 E3, capaz de – segundo a fa-
Nessa linha, uma das experiências materiais grossos de seus rejeitos. bricante – obter um produto de areia
mais recentes com as soluções da CDE Além disso, em uma faixa modular e agregados de boa qualidade e me-
vem ocorrendo no estado de Minas de produtos, a planta também con- lhor dimensionamento, devolvendo o
Gerais, onde uma planta totalmen- ta como um espessador AquaCycle material para a unidade de peneira-
te automatizada foi adquirida pela A400, utilizado para reciclar e re- mento e britagem onde é gerada areia
empresa Mineração Lapa Vermelha. circular até 90% da água em torno classificada de 0 a 5 mm.
dezembRO/janeiro - 2015 75
MELINA FOGAÇA
Segundo o diretor global da CDE,
Brendan McGurgan, a empresa irlan-
desa – que atua em várias partes do
mundo – mantém no Brasil um ser-
viço de atendimento pós-venda bem
estruturado, de modo a garantir a
produtividade das soluções.
Nessa linha, o executivo afirma que a
empresa conta com um sistema deno-
minado ProMan, que consiste em um
processo de gerenciamento com um
único ponto de contato durante o ciclo
de vida do projeto, estabelecendo um
relacionamento direto com os enge-
nheiros que projetaram a unidade.
McGurgan explica que cada proje-
to demanda uma elaboração especí-
fica e cuidadosa, que leve em conta Também na mineração, setor de pós-venda ganha proeminência crescente como fator de competitividade
as características do local, materiais, lidade passa do gerente de projeto comenta. “E, depois disso, quando
prazos e requisitos do projeto. “Este para a equipe do serviço denomina- a planta já está rodando, gastamos
sistema já foi implementado em di- do CustomCare, que inclui serviços ainda mais uma semana com trei-
versos projetos internacionais, como de manutenção preventiva, contratos namento especifico para pessoas de
no Reino Unido e Irlanda, Oriente Mé- personalizados e diversos programas várias áreas, como operação, parte
dio, África e, agora, América do Sul”, de treinamento de operadores. elétrica, manutenção etc.”
sublinha. “O intuito da empresa não con-
Após a instalação e comissionamen- siste apenas em ir ao local e insta- Saiba mais:
to de uma unidade CDE, como explica lar o produto. Nós também comis- CDE: www.cdedobrasil.com
Vento Sul: www.ventosul.net
o engenheiro Lemos, a responsabi- sionamos e fazemos o ajuste final”,
tes, a CDE vê o Brasil como um novo para diversas partes do mundo. Além do
mercado, com grande potencial a ser mercado interno, o escritório no Brasil
explorado por suas soluções. A empresa atende ao mercado de outros países da
aportou no país em 2012, após verifi- América Latina, como Argentina, Colôm-
car que o mercado brasileiro era um dos bia, Chile e Venezuela. “Toda economia
poucos no qual ainda não tinha pene- passa por altos e baixos e, mesmo em um
tração comercial, tornando-se um lugar cenário oscilante como agora, nós preten-
propício para investimentos, principal- demos apostar no país por décadas”, diz
mente no setor nacional de mineração, Brendan McGurgan diretor geral da CDE
principal área a ser explorada por seus Global. “Para 2015, acredito que seja um
produtos. ano de investimento e crescimento no
Por enquanto, todos os equipamentos Brasil. Estamos otimistas e, além disso,
da empresa são projetados e fabricados gostamos de desafios.”
76 REVISTA M&t
Na década de 30, começaram a ser xasse de algo ser fora do comum longa linha de tratores IHC. Os tra-
desenvolvidos os tratores e carre- para se tornar a opção mais usada, tores inicialmente produzidos pela
gadeiras de esteiras, nos quais a nitidamente superior aos motores Monarch passaram a usar a marca
elevação e descarga das caçambas Otto em trabalhos pesados ou em Allis-Chalmers e foram equipados
eram feitas por guinchos e cabos, locais muito frios ou muito quen- com lâminas de diversos fabricantes.
com estruturas de aparência muito tes. De fato, sua eficiência e baixo Os tratores da Case foram equipados
estranha para os padrões atuais. consumo de combustível foram com esteiras Trackson, da mesma
Mas o sucesso da inovação foi muito extremamente significativos no forma que os tratores Fordson.
rápido. contexto da época, como relatou a Em 1935, surgiu o até então maior
Nessa mesma época, a Eimco revista “Die Bauindustrie”, em 1938: trator de esteiras do mercado, o
criou uma carregadeira de descarga “Atualmente, o motor diesel serviu, Caterpillar RD8, com 14,8 t e 110
pela traseira, que foi produzida e quase sem exceção, como fonte de hp, antecessor do que seria o mais
copiada por vários outros fabrican- potência para tratores de esteiras. famoso trator desse tipo, o Cat D8.
tes até a década de 50. Aliás, os Comparado com os motores a ga- No final daquela década, surgiram os
tratores de esteiras surgiram como solina, tem um consumo de com- Cat D4, D6 e D7, enquanto a Interna-
uma solução bastante prática, uma bustível 75% mais econômico”. tional introduziu a série TD e a Allis-
vez que suas esteiras substituíam -Chalmers lançou a série HD.
(com vantagens) os trilhos até en- PIONEIROS E novos implementos foram sendo
tão utilizados. Nessa época, surgiram diversos introduzidos. Em 1931, a LeTourneau
Em 1931, foi produzido o primei- fabricantes de equipamentos de passou a usar escarificadores puxa-
ro trator Caterpillar Sixty, que usava construção, que logo se tornariam dos por tratores na construção da
um motor bastante “exótico” para famosos por seus tratores. Em 1932, rodovia de acesso a Hoover Dam. De-
a época. Mas não demorou muito o “ TracTractor” da International Mc rivados de arados e escarificadores
para que o motor a Diesel dei- Cormick Deering daria origem à de solo, tais implementos pesavam
Este Euclid TC 12 com lâmina operada a
de 3 a 4 t e foram bastante utilizados
cabo aparenta ser demasiadamente compacto, também em outras obras.
considerando sua potência de 390 cv
IMAGENS: REPRODUÇÃO
dezembRO/janeiro - 2015 77
78 REVISTA M&t
A M&T Expo Máquinas e Equipamentos, Feira e Congresso, segundo seus expositores e visitantes, é o evento do setor da
construção que mais gera negócios, tecnologia e conhecimento. Em 2015, a M&T EXPO terá mais de: 500 expositores, 1.000
marcas, 110.000 m2 de área e 54.000 visitantes com alto poder de decisão e influência.
de 9 A 13 de JunHO de 2015 | sÃO PAulO/sP | brAsil | GArAnTA Já A suA áreA WWW.MTeXPO.cOM.br
Realização Local
imagens: reprodução
R$ 1,17 tri em mais
de 6 mil obras, país
espera superar gargalos
em segmentos como
transporte, energia, óleo &
gás, saneamento, habitação,
indústria e outros
N
os últimos anos, a área
da infraestrutura es-
teve em evidência nas
agendas dos governos
federal, estadual e mu-
nicipal. Foram anunciados programas de
fomento, como o PAC (Programa de Ace-
leração do Crescimento) e o PIL (Progra-
ma de Investimentos em Logística), que
vêm contribuindo para o desenvolvimen-
to do setor. As concessões rodoviárias e
aeroportuárias são exemplos de ações
que movimentaram as empresas do seg- xas ou duplicações.” nal do ano, os aportes financeiros no setor
mento e trouxeram expectativas impor- No caso das concessões dos aeroportos, para os próximos cinco anos giram em torno
tantes para a cadeia construtiva. Marques analisa que elas deverão seguir o de R$ 1,17 trilhão. Ao todo, são 6.068 obras
Para Mário Humberto Marques, vice-presi- mesmo caminho saudável das rodoviárias. em andamento, em projeto e intenção, con-
dente da Sobratema, o programa de conces- Para 2015, a expectativa é que o governo tabilizadas e divididas em oito setores da
sões rodoviárias acertou ao deixar os investi- estabeleça novas concessões de infraestru- economia: transportes, energia, óleo & gás,
dores dominarem a elaboração dos ‘Planos de tura, que se transformarão em obras a par- saneamento, infraestrutura de habitação,
Negócios’ e os riscos envolvidos. “O governo tir de 2016. “No entanto, para isso ocorrer, infraestrutura esportiva, indústria e outros.
tem exercido, cada vez mais, o papel de regu- serão necessárias ações de ajuste fiscal e “Se esses empreendimentos forem realiza-
lador do processo licitatório, sem interferir na adequações nos programas para que saiam dos, haverá uma mudança positiva no seg-
elaboração dos planos”, explica. “E algumas do papel as licitações nas áreas de portos e mento”, afirma Marques. Algumas obras
restrições ambientais estão sendo tratadas ferrovias”, avalia o especialista. citadas na pesquisa incluem o Superporto
para dar mais agilidade ao início das obras, De acordo com a “Pesquisa Principais do Espírito Santo, o Trem de Alta Velocida-
como é o caso da simplificação dos processos Investimentos em Infraestrutura no Brasil de (TAV), a Ferrovia Minas-Bahia, as Usinas
ambientais para a construção de terceiras fai- até 2019”, publicada pela Sobratema no fi- Hidrelétricas de Belo Monte, Jirau e Santo
80
O
710 de Belo Horizonte, a Perimetral de Por- 2033. Do total de investimentos previstos,
Brasil tem pressa. Sem to Alegre, o Tunel Santos-Guarujá, a Ponte 59% bilhões virão de recursos federais e 41%
tempo a perder, as ne- sobre o rio Baetatã em Magoragipe (BA), a de recursos de outros agentes, como go
cessidades gritantes Travessia de Juazeiro (BA), entre outras. vernos estaduais e municipais, prestadores
de infraestrutura nas Incluindo esgotamento sanitário, abas- de serviços de saneamento e iniciativa.
grandes e médias cida- tecimento de água e coleta de resíduos A propósito, levantamento da ABDIB
des brasileiras exigem que, cada vez mais, sólidos, os investimentos em saneamento (Associação Brasileira da Infraestrutura e
se invista em transporte público, sanea- básico chegam a R$ 35,8 bilhões, incluindo Indústria de Base) aponta que a atuação do
mento básico, habitações, educação, saú- 1.500 obras tocadas por prefeituras, gover- segmento privado nas operações de abas-
de e sustentabilidade dos municípios.
Metrofor
Para isso, os municípios vêm elevando o
nível de prioridade de seus investimentos,
promovendo a ampliação de sistemas de es-
gotamento sanitário, anéis viários, corredo-
res de ônibus, linhas de metrô e trens, BRTs
(Bus Rapid Transit), monotrilhos e VLTs (Veí-
culo Leve sobre Trilhos), assim como a pavi-
mentação de ruas, urbanização de bairros e
construção de moradias populares, creches,
escolas e hospitais.
APORTES
De acordo com a pesquisa “Principais In-
vestimentos em Infraestutura no Brasil até
2019”, publicada pela Sobratema no final
do ano, os aportes financeiros nessas áre-
as estão estimados em R$ 1,17 trilhão entre
2014-2019. Ao todo, são 6.068 obras em an-
damento, nas áreas de transporte, energia,
óleo & gás, saneamento, infraestrutura de
habitação, transporte, indústria e outras.
82
Reprodução
para a urbanização de bairros e construção
habitacional.
Setor de transporte e mobilidade urbana é o que mais receberá aportes até 2019
ESTÍMULOS taxa Selic (atualmente em 11,25% ao ano), o e que os entes acabem pagando à União
No final do ano, o Senado aprovou por que for menor. juros mais elevados do que os vigentes no
unanimidade o projeto de lei que altera o in- Isso significa que, quando a fórmula IPCA mercado.
dexador das dívidas de estados e municípios for maior que a variação acumulada da taxa Além disso, ao passar pela Câmara o pro-
com a União. O projeto atualiza o indexador Selic, a própria taxa básica de juros será o in- jeto incluiu um artigo que faz retroagir ao
das dívidas, trocando o IGP-DI (mais 6% a 9% dexador. O objetivo é evitar que a soma dos início dos contratos a aplicação do limitador
ao ano) pelo IPCA (mais 4% anual) ou pela encargos fique muito acima da taxa de juros da taxa Selic. Na prática, essa alteração ofe-
rece um desconto no estoque da dívida para
Feira tem foco em cidades as cidades e os estados.
Diante da constatação que os investimentos em infraestrurura, construções e obras cada O relator do projeto, senador Luiz Hen-
vez mais ocorrem no âmbito das cidades e municípios, a Sobratema elegeu como foco central rique (PMDB-SC), disse que sua aprovação
da Construction Expo 2016 (Feira e Congresso de Edificações e Obras de Infraestrutura) o vai possibilitar aos entes federados deve-
tema “Cidades em Movimento: Soluções Construtivas para os Municípios”. dores a retomada da capacidade de inves-
O evento apresentará uma oportunidade para a esfera privada apresentar suas inovações timento. “Em termos de obras e ações da
para obras nos municípios que atendam às necessidades de órgãos públicos em termos de iniciativa pública, o Brasil está investindo
produtividade, qualidade, redução de custos e agilidade. Para os profissionais da esfera públi- apenas 2,5% do Produto Interno Bruto e
ca, será uma chance de entrar em contato com as melhores soluções em materiais, serviços, deveria investir no mínimo 5%. para ter-
equipamentos e tecnologias que permitirão a realização de seus empreendimentos habita- mos um crescimento do PIB e um desen-
cionais e de infraestrutura. volvimento sustentável”, pontua. “E, em
A feira Construction Expo será realizado em junho de 2016, em São Paulo, reunindo mais razão da transformação do caráter usuá-
de 20 mil visitantes altamente qualificados, compostos predominantemente de lideranças e rio dessa dívida, os estados perderam a
dirigentes de construtoras e representantes de prefeituras e municipios de todo o país. capacidade de investimento.”
83
Infraestrutura aeroportuária
é prioridade na América Latina
Entre reformas, ampliações e construções de novos aeroportos, estão sendo investidos
mais de US$ 17,9 bilhões na região, cuja demanda de passageiros aumenta ano a ano
Segundo estimativa da Associação Inter-
reprodução
nacional de Transporte Aéreo (IATA), o trá-
fego de passageiros nos aeroportos latino-
-americanos terá um crescimento anual de
4,7% até 2034. Se essa previsão se cumprir,
o número de passageiros chegará a 605 mi-
lhões ao ano (contra os atuais 242 milhões),
o que garantiria à América Latina um índice
de 8,3% do mercado mundial de aviação.
Atualmente, os países da região contam
com 574 aeroportos e cerca e 100 linhas aé-
reas em operação, mas essa estrutura já não
atende à demanda e, por isso, o setor se mo-
vimenta para ampliá-la. Nesse sentido, di- Projeto do novo Aeroporto Internacional da Cidade do México,
que a partir de 2020 atenderá a cerca de 50 milhões de passageiros por ano
versos países vêm investindo na construção,
reforma ou ampliação de aeroportos, movi- obras do primeiro aeroporto executivo pri- O Chile também investe em seu princi-
mentando um volume de US$ 17,9 bilhões. vado do país, na cidade paulista de São Ro- pal aeroporto, o Arturo Merino Benitez, em
No começo do ano passado, o governo que. O projeto receberá investimento de cer- Santiago. Em fevereiro, o governo licitará
brasileiro anunciou investimentos de US$ ca de US$ 223 milhões em sua etapa inicial. o projeto que – com investimentos de US$
733 milhões para a construção e reforma 700 milhões – contempla a ampliação do
de 67 estruturas aeroportuárias na região REGIÃO atual terminal de passageiros, além da cons-
Norte do país, dentre os quais se encontram Se no Brasil os projetos pressupõem in- trução de outro. Dessa forma, pretende-se
novas construções na Ilha de Marajó (PA), vestimentos de mais de US$ 3,5 bilhões, no triplicar a capacidade do aeroporto, que
em Bonfim e em Rorainópolis (RR). México somente o novo Aeroporto Interna- poderá receber o tráfego de 50 milhões de
Além disso, prosseguem as reformas do cional da Cidade do México (AICM) receberá pessoas ao ano em 2045.
Galeão-Tom Jobim (RJ), um dos maiores nada menos que US$ 12,4 bilhões. No segundo trimestre, se iniciariam as
aeroportos da região. Com investimento Na primeira fase, que deve ser concluída obras do Aeroporto Internacional de Chin-
de US$ 909 milhões nos próximos dois até 2020, o aeroporto terá capacidade para chero, no Peru. O investimento total será
anos, serão erigidos 26 novos pontos de mais de 50 milhões de passageiros por ano, de US$ 538 milhões, contemplando um ter-
embarque, além de 68 novos balcões para o que o colocaria na 20ª posição em âmbito minal de 40 mil m² e capacidade de trans-
check-in, 47 slots para aviões e 2,7 mil va- mundial (e o 1º na América Latina), conside- portar 4,5 milhões de passageiros por ano,
gas para veículos particulares. Com isso, rando dados de 2013. podendo chegar a 5,7 milhões.
pretende-se duplicar a capacidade des- Ainda no México, o Aeroporto Internacio- Entre os demais investimentos atual-
te aeroporto. No Rio de Grande do Sul, o nal de Cancún prepara uma nova etapa de mente em execução, encontram-se ainda
principal projeto é a construção do Aero- expansão com a construção de um quarto os aeroportos Scarlett Martínez (Panamá),
porto Internacional 20 de Setembro, em terminal de passageiros, que se somará à Palmerola (Honduras), Costa Esmeralda
Portão, que terá capacidade para 40 mi- ampliação do terceiro terminal. Ao todo, (Nicarágua), Aeroporto do Café (Colômbia)
lhões de passageiros por ano e está orçado está previsto aumento de 30% na capacida- e Pisco (Peru), iniciativas menores, mas que
em cerca de US$ 1,6 bilhão. de, chegando a 25 milhões de passageiros em conjunto demandarão investimentos
Em breve, também serão iniciadas as por ano já em 2017. próximos a US$ 650 milhões.
84 REVISTA M&t
estinados à alimenta-
imagens: eprodução
SAPATAS
M a i s r o b u s t o s, o s a l i m e n t a d o r e s d e
sapatas são basicamente constituídos
p o r u m a e s t e i ra m e t á l i c a , f e i t a d e p l a -
c a s f u n d i d a s o u l a m i n a d a s, p a ra f u s a d a s
e m d u a s c o r r e n t e s d e e s t e i ra d e t ra t o r.
A e s t e i ra t a m b é m é s u p o r t a d a p o r r o l e -
DEZembro/janeiro - 2015 85
86 REVISTA M&t
Sistemas de alimentação recebem impacto contínuo de pedras pesadas, o que aumenta a necessidade de procedimentos periódicos de manutenção
DEZembro/janeiro - 2015 87
Saiba mais:
Astec: www.astecworld.com
Metso: www.metso.com
88 REVISTA M&t
C
om faturamento de mais de 16 bilhões de dó-
imagens: xcmg
DEZEMBRO/Janeiro
dezemBRO/2014
- 2015 89
90 REVISTA M&t
DEZEMBRO/Janeiro - 2015 91
ompactos &
Ferramentas
gedore
Proteção de
máquinas e usuários
Utilizados em diferentes ramos da indústria, os extratores são ferramentas essenciais em
oficinas de manutenção e desmontagem de máquinas e equipamentos
Por Melina Fogaça
Com o objetivo de otimizar o trabalho na indús- Além da proteção ao usuário, a ferramenta tam-
tria e oferecer alternativas na área de manutenção, bém garante a estanqueidade dos sistemas. Segundo
ferramentas como os extratores facilitam sensivel- Walter Anetezeder, gerente de produtos da SKF, o
mente o trabalho de remoção de rolamentos, buchas, emprego de um extrator mecânico básico é uma das
polias e engrenagens, protegendo simultaneamente formas mais comuns de desmontagem de rolamentos
os componentes da máquina e a integridade física do pequenos e médios. “O uso do extrator de garra, por
usuário. exemplo, protege o rolamento contra danos durante a
Essa, aliás, é uma função que nem sempre é facil- desmontagem”, diz ele.
mente percebida. “De fato, os extratores também
visam a facilitar e proteger o usuário na operação de ADEQUAÇÃO
desmontagem de conjuntos de máquinas e equipa- Mas para obter tais resultados também é importan-
mentos”, afirma Francisco Arruda, coordenador de te saber aplicar a ferramenta correta. Para proteger
promoção técnica da Gedore. os componentes das máquinas e a integridade física
Com um amplo espectro de utilização, os extrato- do usuário, a seleção da ferramenta adequada para
res – cuja aplicação requer um sistema mecânico ou extração hidráulica é um passo muito importante,
hidráulico – podem ser utilizados tanto em minas, garantindo que o trabalho de remoção de rolamentos,
pedreiras e estaleiros como em oficinas de manuten- engrenagens, polias e buchas seja realizado de forma
ção, reparo de máquinas agrícolas, retífica de motores segura e eficaz.
e outros ambientes. Por isso, é preciso atentar para os diferentes tipos
92 REVISTA M&t
gedore
necessária uma fixação mais segura.
Outras características importan-
tes são a válvula de alívio (que evita
danos aos componentes do extrator e
o risco de acidentes nos casos em que
há sobrecarga de extração) e a ponta
cônica (localizada na extremidade do
Extratores
protegem os cilindro hidráulico e ativada por mola,
rolamentos durante a possibilitando uma retração rápida da
desmontagem Válvulas de serviço on/off
haste do cilindro após o término da chegam ao Brasil
de extratores disponíveis no mercado, extração). A Danfoss traz ao Brasil produ-
estudando detalhes da aplicação e os Em relação à dimensão, como ex- tos para aplicação em aquecimento
componentes a serem removidos, de plica a SKF, geralmente o profissional e resfriamento distrital. Dentre as
modo a selecionar o extrator hidráu- escolhe um extrator hidráulico com soluções disponibilizadas pela em-
lico mais apropriado. Nesse sentido, força máxima (em toneladas) de sete presa estão as válvulas de serviço,
atualmente o usuário tem à disposi- a dez vezes maior que o diâmetro que possibilitam a realização de
ção os extratores para rolamentos dos do eixo (em polegadas). O alcance é intervenção, manutenção e reparos
tipos externo, interno e para mancais. outro ponto a ser analisado para que o nos sistemas, permitindo que seja
Grosso modo, o extrator externo é trabalho de extração seja satisfatório. desligado por períodos determina-
uma ferramenta que remove compo- Nesse ponto, é necessário que exista a dos de tempo.
nentes mecânicos por meio do – como maior distância possível entre a ponta
cônica do cilindro hidráulico e a super- www.danfoss.com
o nome diz – anel externo. Inver-
samente, com o extrator interno a fície estriada das garras.
remoção é realizada pelo anel interno,
utilizando acessórios sobressalentes MODELOS
específicos (como dispositivos saca- Como destaca Anetezeder, a linha
-rolamentos) para realizar esse tipo de de extratores mecânicos da empre-
trabalho. Já o extrator para mancais é sa SKF inclui a série TMMA, com os
uma ferramenta que remove rola- modelos TMMA 60, TMMA 80 e TMMA
mentos de alojamentos e eixos, por 120, que basicamente diferem em
exemplo, também utilizando acessó-
rios específicos na operação.
Rosqueadeira elétrica
CARACTERÍSTICAS
opera em locais restritos
Dentre outras, as principais ca-
Produzida pela Ferrari, a ros-
racterísticas técnicas de extratores
riosul tools
DEZembro/janeiro - 2015 93
RADAR
tamanho e força de com uma placa extratora
remoção. de três seções e uma
Os produtos da em- manta protetora para
skf
presa contam ainda o extrator. Em conjun-
com um sistema pa- to, esses componentes
tenteado, denomina- proporcionam uma
do EasyPull, com bra- desmontagem fácil e
ço acionado por mola. segura dos rolamentos,
“Esse mecanismo tais como rolamentos
Fixadores agregam de abertura permite autocompensadores de
eletrônica aos parafusos que seja posicionado rolos, polias e volantes,
Modelos diferem em
Neste ano, a Ciser lançará seus atrás do componente tamanho e força de remoção descreve o especialista.
fixadores inteligentes, que além
com um único movi- A empresa apresenta
de unir duas peças carregam um mento”, diz Anetezeder. “Além disso, também extratores de garra da série
dispositivo eletrônico que funciona
o braço de autotravamento ajuda a TMMP, que proporcionam um bom
como sensor de segurança, indi-
evitar o risco de o extrator deslizar alinhamento, evitando danos ao eixo
cando quando ocorre afrouxamen-
sob a ação de carga, garantindo maior e um aperto superior para rolamentos
to. A solução agrega eletrônica no
segurança à operação.” médios e grandes. A força de des-
parafuso sem alterar as caracte-
A série TMMA da SKF também montagem da série pode variar de 6 a
rísticas de resistência à tração e
disponibiliza extratores com o sistema 15 toneladas.
vibração, diz a empresa.
EasyPull hidráulico. O conjunto TMMA Ainda para trabalhos pesados, como
75H/SET e 100H/SET oferece uma explica o gerente de produtos, a SKF
www.ciser.com.br combinação do sistema hidráulico produz os extratores de garra da série
94 REVISTA M&t
“A seleção da
ferramenta adequada
é um passo muito
importante para garantir
que o trabalho de
remoção de rolamentos, Produto reduz consumo
engrenagens, polias e de lubrificantes em
buchas seja realizado de ferramentas de corte
forma segura e eficaz.” A Quimatic apresenta um novo
sistema para aplicação de fluidos
que substitui o uso do produto na
forma líquida pela pulverização em
forma de névoa, no ponto exato
de cisalhamento entre a peça e a
ferramenta de corte. Segundo a
TMHP, que são extratores acionados e buchas, de cubos de roda, de vo-
fabricante, a solução reduz em até
hidraulicamente e autocentralizado- lantes automotivos e de articulações
50% o consumo de fluido de corte.
res, indicados para trabalhos que exi- esféricas.
gem o emprego de forças de desmon- Segundo Arruda, a Gedore tam- www.quimatic.com.br
tagem de 15, 30 e 50 toneladas. bém oferece três opções de extra-
Já para rolamentos rígidos de esfe- tores hidráulicos. O portfólio inclui
ras, o kit extrator TMMD 100 foi pro- o saca-polia hidráulico com bomba,
jetado para permitir a desmontagem o fuso hidráulico HSP (com três
fácil e rápida de 71 diferentes tipos de opções de medidas e capacidades
rolamentos, com ajuste interferente oferecidas em conjunto ou adaptá-
nos dois anéis, como acresce o espe- veis aos extratores) e o modelo 1,55
cialista. “Este extrator é apropriado HYD, que é um atuador hidráulico
para uso em aplicações com mancais que pode ser utilizado em conjunto
cegos e aplicações de eixos”, afirma com os diversos modelos de extra-
Anetezeder. “Além de desmontar rola- tores da empresa, para auxiliar na
mentos abertos, o TMMD 100 pode ser extração. “Os saca-polias das séries
usado para desmontar rolamentos ve- 1.06 e 1.07 oferecem flexibilidade
Adesivo híbrido oferece
com duas ou três garras em vários
maior resistência
dados, após a remoção da vedação.”
O novo adesivo híbrido Loctite
tamanhos, de diferentes formas e
4090 da Henkel combina a força
OP ÇÕES comprimentos e diversos sistemas
de adesão do epóxi e a aplicação
A marca Gedore também conta com de fixação, com a possibilidade de
de um cianoacrilato, apresentando
diversos tipos de extratores, como os substituição do fuso mecânico pelo
resistência de alto impacto e vibra-
modelos com garras deslizantes, fixas hidráulico, com um sistema modular
ção em uma grande variedade de
e articuladas, além dos modelos para que permite adequar sua ferramenta
substratos, como metais, plásticos
utilizações específicas, como extração para variadas situações de extra-
e borrachas. O produto preenche
de porcas encravadas, de rolamentos ção”, finaliza o coordenador.
folgas de até 5 mm e resiste a
*Compactos & Ferramentas é um suplemento especial da temperaturas de até 150ºC.
Saiba mais:
revista M&T - Manutenção & Tecnologia. Reportagem, Gedore: www.gedore.com.br
SKF: www.skf.com/br
www.henkel.com.br
coordenação e edição: Redação M&T.
DEZembro/janeiro - 2015 95
m.o. operação
Equipamento
Mat. Rodante
Propriedade
Manutenção
Comb./Lubr.
Total
Caminhão basculante articulado 6x6 (25 a 30 t) R$ 96,46 R$ 73,64 R$ 21,34 R$ 62,37 R$ 34,50 R$ 288,31
Caminhão basculante articulado 6x6 (30 a 35 t) R$ 161,50 R$ 106,45 R$ 27,51 R$ 76,54 R$ 34,50 R$ 406,50
Caminhão basculante fora de estrada 30 t R$ 68,12 R$ 53,58 R$ 32,72 R$ 41,11 R$ 34,50 R$ 230,03
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t) R$ 31,84 R$ 26,90 R$ 5,46 R$ 14,18 R$ 25,50 R$ 103,88
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 45 t) R$ 43,08 R$ 30,84 R$ 7,97 R$ 28,35 R$ 25,50 R$ 135,74
Caminhão basculante rodoviário 8x4 (36 a 45 t) R$ 59,81 R$ 38,34 R$ 9,39 R$ 31,18 R$ 25,50 R$ 164,22
Caminhão comboio misto 4x2 (6 reservatórios) R$ 36,96 R$ 24,90 R$ 3,77 R$ 9,64 R$ 24,48 R$ 99,75
Caminhão guindauto 4x2 (12 tm) R$ 29,36 R$ 23,20 R$ 3,77 R$ 9,64 R$ 22,44 R$ 88,41
Caminhão irrigadeira 6x4 (18.000 litros) R$ 40,28 R$ 26,84 R$ 4,71 R$ 7,37 R$ 27,00 R$ 106,20
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³) R$ 38,49 R$ 29,04 R$ 5,71 R$ 31,18 R$ 28,50 R$ 132,92
Carregadeira de pneus (2 a 2,6 m³) R$ 54,48 R$ 36,32 R$ 6,62 R$ 39,69 R$ 28,50 R$ 165,61
Carregadeira de pneus (2,6 a 3,5 m³) R$ 76,92 R$ 46,53 R$ 8,46 R$ 45,36 R$ 28,50 R$ 205,77
Compactador de pneus para asfalto (18 a 25 t) R$ 55,02 R$ 24,68 R$ 5,26 R$ 28,35 R$ 28,56 R$ 141,87
Compactador vibratório liso / pé de carneiro (10 t) R$ 57,47 R$ 25,34 R$ 0,71 R$ 39,69 R$ 25,20 R$ 148,41
Compactador vibratório liso / pé de carneiro (7 t) R$ 45,46 R$ 22,06 R$ 0,67 R$ 34,02 R$ 25,20 R$ 127,41
Compressor de ar portátil (250 pcm) R$ 9,02 R$ 12,32 R$ 0,05 R$ 39,69 R$ 15,60 R$ 76,68
Compressor de ar portátil (360 pcm) R$ 11,47 R$ 13,58 R$ 0,05 R$ 48,20 R$ 15,60 R$ 88,90
Compressor de ar portátil (750 pcm) R$ 22,61 R$ 19,02 R$ 0,10 R$ 73,71 R$ 15,60 R$ 131,04
Escavadeira hidráulica (15 a 17 t) R$ 43,73 R$ 32,76 R$ 2,00 R$ 25,52 R$ 33,00 R$ 137,01
Escavadeira hidráulica (17 a 20 t) R$ 44,71 R$ 33,19 R$ 2,48 R$ 39,69 R$ 33,00 R$ 153,07
Escavadeira hidráulica (20 a 25 t) R$ 45,30 R$ 32,93 R$ 4,14 R$ 53,86 R$ 36,00 R$ 172,23
Escavadeira hidráulica (30 a 35 t) R$ 61,36 R$ 41,49 R$ 6,39 R$ 85,05 R$ 39,00 R$ 233,29
Escavadeira hidráulica (35 a 40 t) R$ 74,35 R$ 47,43 R$ 7,25 R$ 104,90 R$ 39,00 R$ 272,93
Escavadeira hidráulica (40 a 46 t) R$ 118,53 R$ 67,62 R$ 7,36 R$ 119,07 R$ 39,00 R$ 351,58
Motoniveladora (140 a 180 hp) R$ 66,19 R$ 39,82 R$ 4,36 R$ 45,36 R$ 42,00 R$ 197,73
Motoniveladora (190 a 250 hp) R$ 76,05 R$ 44,04 R$ 5,14 R$ 56,70 R$ 42,00 R$ 223,93
Retroescavadeira (70 a 95 hp) R$ 36,34 R$ 18,94 R$ 2,89 R$ 22,68 R$ 28,50 R$ 109,35
Trator agrícola (90 a 110 hp) R$ 22,76 R$ 14,07 R$ 1,64 R$ 28,35 R$ 29,40 R$ 96,22
Trator de esteiras (100 a 120 hp) R$ 78,66 R$ 39,48 R$ 4,80 R$ 42,52 R$ 27,00 R$ 192,46
Trator de esteiras (120 a 160 hp) R$ 85,96 R$ 39,43 R$ 6,35 R$ 45,36 R$ 27,00 R$ 204,10
Trator de esteiras (160 a 180 hp) R$ 79,03 R$ 46,14 R$ 7,92 R$ 56,70 R$ 31,50 R$ 221,29
Trator de esteiras (250 a 380 hp) R$ 148,98 R$ 93,06 R$ 19,56 R$ 107,73 R$ 36,00 R$ 405,33
• O Custo Horário Sobratema reflete unicamente o custo do equipamento trabalhando em condições normais de aplicação, utilizando-se valores médios, sem englobar horas
improdutivas ou paradas por qualquer motivo, custos indiretos, impostos e expectativas de lucro. Os valores acima, sugeridos pela Sobratema, correspondem à experiência
prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela
marca escolhida, o local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidade de execução do serviço. Valores referentes
a preço FOB em São Paulo (SP). Mais informações no site: www.sobratema.org.br
• A consulta ao site da Sobratema, gratuita para os associados, é interativa e permite a alteração dos valores que entram no cálculo. Descritivo: Equipamentos na configuração
padrão, com cabina fechada e ar condicionado (exceto compactador de pneus e trator agrícola), tração 4x4 (retroescavadeira e trator agrícola), escarificador traseiro
(motoniveladora e trator de esteiras > 120 hp), lâmina angulável (trator de esteiras < 160 hp) ou reta (trator de esteiras > 160 hp), tração no tambor (compactador),
PTO e levantamento hidráulico (trator agrícola). Caminhões com cabina fechada e ar condicionado, caçamba com revestimento (OTR), retardador (OTR), comporta traseira
(articulado), caçamba 11 m³ solo (basculante rodoviário 26 a 30 t) ou 12 m³ rocha (basculante rodoviário 36 a 45 t), tanque com bomba e barra espargidora (irrigadeira).
Caminhão comboio com 3.500 l a diesel, 1.500 l água, 6 reservatórios e bomba de lavagem. Referência: Fevereiro/2014
96 REVISTA M&t
LIUGONG www.liugong.com/pt_la/ 51
T
alvez seja cedo para avaliar o que nos aguarda em 2015, mas o fato é
que já há alguns meses a maioria das empresas concluiu o planejamen-
to para o ano que começa agora, na verdade sem tanto entusiasmo e
preocupadas com um mercado que promete ainda menos resultados
do que os obtidos no ano passado.
Inevitavelmente, a incógnita que ora se descortina nos coloca algumas questões de
fundo. O que os profissionais devem considerar nesta situação? Como elaborar planos
marcelo vigneron
capacidade de A cada ciclo do mercado, surgem oportunidades valiosas de estabelecer uma distân-
cia em relação aos concorrentes. O momento de mudança trazido por uma crise consti-
abstração e coragem tui uma dessas oportunidades inestimáveis de diferenciação. São aqueles que enfrentam
o risco e adotam estratégias claras, com concentração de recursos em poucas ações, que
para executá-las” podem sair mais fortes dessas fases desafiadoras.
Desta vez, que tal controlar o seu receio de mudar, combater a busca intrínseca pela
segurança e assumir um pouco de risco para distanciar-se dos que ficarão paralisados?
Lembre-se que é necessário sair da sombra para ser iluminado e visto. Feliz 2015!
*Yoshio Kawakami
é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema
98 REVISTA M&t
www.manitou.com
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www.liebherr.com.br
info.lbr@liebherr.com
www.facebook.com/LiebherrConstruction
The Group
MT_186.indb 100 18/12/2014 10:43:49