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Introdução ao estudo do direito/ Alysson Leandro Mascaro. -5. Ed. – São Paulo: Atlas
2015.
O que é Direito?
com outras formas e relações sociais, ideologias, valores e aparatos institucionais. Essa
interação é dinâmica e dela surgem conflitos entre classes sociais de cunho valorativo,
moral e ideológico, gerando fenômenos como machismo, homofobia, xenofobia,
nacionalismo, regionalismo, racismo e dominação religiosa. Várias dessas relações são
circunstanciais, ao contrario da dominação estatal - detentor do monopólio do poder físico,
dos julgamentos e da normatização política do estado - que gera vínculos e formas
estruturais ao capitalismo.
NORMATIVIDADE
Em todo corpo social existem regras e, apesar de poderem ou não ser seguidas, sem
elas a vida seria inimaginável. Dessa forma, existe uma relação de importância e
complexidade nas regras que faz com que os seres humanos escolham algumas em
detrimento das outras. Se observarmos esse fenômeno no decorrer da história, veremos um
complexo de ordenamentos jurídicos que se sucede, se sobrepõe se contrapõe e se integra.
Com isso, observa-se que grande porção das regras morais também é jurídica. Quando
essas regras são impostas pelo Estado são chamadas de normas jurídicas. Desse modo, a
ordenação normativa é constituída pelo conjunto de valores de uma comunidade.
Geralmente no sentido de norma, acorre-nos a idéia de sanção, não como simples
reprimenda social, mas como punição propiciada pelo ordenamento. Quando a norma é
comparada à lei, nota-se uma distinção entre os conceitos tendo em vista que a lei é um
mandamento mais específico, como manifestação do Direito Positivo.
As leis éticas que, ao contrario das leis físicas, tem a característica da imperatividade
sob o prisma sociológico e, quando pertencentes ao ordenamento jurídico, tornam-se
normas ou leis jurídicas. Dessa forma, a lei pode ser considerada, quanto à forma, como
norma escrita promulgada pelo poder público. Vale salientar que, para que seja virtuosa, a
lei precisa preencher os requisitos previstos na lei fundamental do Estado, a “Constituição”.
3 Características da norma
4 Sansão e autotutela
5 Sansao premial
Ao lado das sanções penais, temos sanções premias que oferecem um beneficio ao
destinatário. O prêmio contido na norma, porém, como assume parte da doutrina, não é
modalidade de sanção, mas apenas uma ação integrante de estrutura da norma ou
complementada por outra.
6 Definição de lei
Existe uma grande diversidade de definições para lei. Nesse caso será conceituada
como uma regra geral de direito, abstrata e permanente, dotada de sanção, expressa pela
vontade de uma autoridade competente, de cunho obrigatório e de forma escrita.
7 Classificação
As leis podem ser classificadas por vários critérios. Há, no entanto, categorias
básicas presentes em todas as classificações. Quanto à origem, legislativas de onde
promanan; quanto à duração, são temporárias ou permanentes; quanto à amplitude ou
alcance, podem ser gerais, especiais, excepcionais e singulares; quanto à força obrigatória,
podem ser cogentes ou dispositivas; quanto à plenitude de seu sentido, podem ser
autônomas ou não autônomas; normas interpretativas.
A doutrina não logrou êxito em estabelecer uma nítida diferenciação entre existência
e validade. Dessa forma pode-se considerar o “existir” como relação de obediência ao
principio da competência e do procedimento adequado, enquanto valer depende da inteira
harmonia com as normas superiores. Já na validade examinam-se as condições existenciais
da norma jurídica, o que requer o emprego de critérios técnicos, sendo tal abordagem,
portanto, eminentemente formal. No que diz respeito a eficácia, pode-se dizer que é
qualidade de algo que produz o efeito esperado ou satisfatório. Com isso, a lei só poderá ser
considerada eficaz se gerar efeitos e atuar sobre a sociedade.
A norma deve ter, como regra geral, uma abrangência mais ou menos ampla, isto é,
uma generalidade e abstração, para situações futuras. Dessa forma, a lei, uma vez
promulgada e publicada, só poderá atingir relações jurídicas que a partir da sua vigência
ocorrem. Em situações excepcionais o regime democrático prevê hipóteses nas quais as leis
atinjam efeitos pretéritos. O efeito retroativo deve ser visto com exceção a confirmar a regra
pela qual a lei é uma norma para o futuro.
10 conflito de normas