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RESUMO

Aluno: Hilton José Dantas de Freitas

Introdução ao estudo do direito/ Alysson Leandro Mascaro. -5. Ed. – São Paulo: Atlas
2015.

O que é Direito?

O texto inicia demonstrando variedades de aplicação para o termo direito e, com


isso, a grande dificuldade de mensurar seu significado e caráter. Os fenômenos jurídicos
para serem entendidos devem ser estudados através da história investigando fatos
concretos e, a partir deles, alcançar uma concepção teórica. Nas civilizações de períodos
passados, o conceito misturava com religião, política e moral. Já nos tempos modernos,
com o advento de certas condições sociais proporcionadas principalmente pelo
aparecimento do capitalismo, esses termos foram devidamente distintos e o direito ganha
especificidade - torna-se um fenômeno singularizado. Dessa forma chega-se ao
entendimento de que o direito dos tempos modernos é indicado, não pelo assunto que trata
(identificação quantitativa), mas os mecanismos que dão especificidade ao direito em
qualquer assunto (identificação qualitativa). Em virtude desse amadurecimento do direito -
que acompanha o crescimento do capitalismo – entra em cena um organismo que passa a
regular os comportamentos, atos e relações sociais: o Estado. Dessa forma, conclui-se que
é o capitalismo quem configura as condições para que o direito se torne um ramo do
conhecimento fortemente influenciado pelo ente estatal.

Forma jurídica e estrutura social

A forma jurídica, através de suas relações qualitativas e quantitativas se molda de


forma relacional e estrutural na sociedade capitalista. Interage

com outras formas e relações sociais, ideologias, valores e aparatos institucionais. Essa
interação é dinâmica e dela surgem conflitos entre classes sociais de cunho valorativo,
moral e ideológico, gerando fenômenos como machismo, homofobia, xenofobia,
nacionalismo, regionalismo, racismo e dominação religiosa. Várias dessas relações são
circunstanciais, ao contrario da dominação estatal - detentor do monopólio do poder físico,
dos julgamentos e da normatização política do estado - que gera vínculos e formas
estruturais ao capitalismo.

A evolução histórica do Direito


O direito é um fenômeno que, se analisado por um viés histórico, demonstra
estruturas jurídicas com formatações bem diferentes das atuais. O Direito Romano e o
feudalismo - sociedades onde predominava a relação de dominação através da servidão e
escravidão baseadas na legitimação de base religiosa e mítica - têm estruturas políticas,
sociais e jurídicas bem diferentes das atuais. Na Idade Moderna, através da prática de
atividades burguesas, dá-se inicio a estrutura econômica capitalista que faz surgir o Estado
Moderno, este diferindo dos anteriores em virtude de uma forma de exploração indireta que
se dá, nos moldes capitalistas, através da relação de trabalho entre burgueses e proletários.
A partir do século XVIII, no Iluminismo, o Estado de Direito favoreceu um prospero
crescimento da burguesia que, concretiza seu espaço na Revolução Francesa e, a partir do
século XIX passa a regulamentar-se exaustivamente por meio de suas leis dando espaço ao
surgimento de uma nova corrente de pensamento: o juspositivismo. A partir desse fato o
Estado se torna o elemento garantidor dos elementos capitalistas.

Introdução ao estudo do Direito: primeiras linhas/Silvio de Salvo Venosa – 5.ed.rev. e


atual – São Paulo: atlas 2016.

NORMATIVIDADE

1 Regras, normas e leis

Em todo corpo social existem regras e, apesar de poderem ou não ser seguidas, sem
elas a vida seria inimaginável. Dessa forma, existe uma relação de importância e
complexidade nas regras que faz com que os seres humanos escolham algumas em
detrimento das outras. Se observarmos esse fenômeno no decorrer da história, veremos um
complexo de ordenamentos jurídicos que se sucede, se sobrepõe se contrapõe e se integra.
Com isso, observa-se que grande porção das regras morais também é jurídica. Quando
essas regras são impostas pelo Estado são chamadas de normas jurídicas. Desse modo, a
ordenação normativa é constituída pelo conjunto de valores de uma comunidade.
Geralmente no sentido de norma, acorre-nos a idéia de sanção, não como simples
reprimenda social, mas como punição propiciada pelo ordenamento. Quando a norma é
comparada à lei, nota-se uma distinção entre os conceitos tendo em vista que a lei é um
mandamento mais específico, como manifestação do Direito Positivo.

2 lei ou norma e extensão da sua imperatividade

As leis éticas que, ao contrario das leis físicas, tem a característica da imperatividade
sob o prisma sociológico e, quando pertencentes ao ordenamento jurídico, tornam-se
normas ou leis jurídicas. Dessa forma, a lei pode ser considerada, quanto à forma, como
norma escrita promulgada pelo poder público. Vale salientar que, para que seja virtuosa, a
lei precisa preencher os requisitos previstos na lei fundamental do Estado, a “Constituição”.

3 Características da norma

A norma jurídica possui uma série de características bem peculiares. A


imperatividade que, apesar de não estar presente em todas as normas, é essencial à norma
jurídica tendo em vista que esta é tipicamente um comando legal, portanto imperativo. A
hipotecidade é de grande relevância na norma jurídica pois esta contém a previsão
genérica, a hipótese, de um fato ou conduta com o conseqüente enunciado do que ocorrerá
em caso de transgressão. Com isso ocorre um juízo hipotético do qual decorrem certas
conseqüências. Com relação a generalidade e abstração, a normal se mostra geral e
abstrata, no direito contemporâneo, pois não deve regular um caso particular mas todas as
situações fáticas que se submetem à sua descrição. Por fim a bilateralidade é percebida na
norma jurídica, ao descrever, estabelecer e impor condutas em que existe na relação de
direitos de uns aos deveres de outrem.

4 Sansão e autotutela

No ordenamento jurídico moderno restaram resquícios da autotutela, como a autodefesa ou


desforço imediato de ataque à posse e à legitima defesa penal. Nessas situações a lei
permite a defesa de mão própria, dentro de certos limites, porque não tempo hábil para
recorrer ao organismo estatal. Contudo, quando o aparato estatal é falho o instinto primitivo
da autotutela vem a tona , colocando em risco a sobrevivência e a manutenção do Estado.

5 Sansao premial

Ao lado das sanções penais, temos sanções premias que oferecem um beneficio ao
destinatário. O prêmio contido na norma, porém, como assume parte da doutrina, não é
modalidade de sanção, mas apenas uma ação integrante de estrutura da norma ou
complementada por outra.

6 Definição de lei

Existe uma grande diversidade de definições para lei. Nesse caso será conceituada
como uma regra geral de direito, abstrata e permanente, dotada de sanção, expressa pela
vontade de uma autoridade competente, de cunho obrigatório e de forma escrita.

7 Classificação
As leis podem ser classificadas por vários critérios. Há, no entanto, categorias
básicas presentes em todas as classificações. Quanto à origem, legislativas de onde
promanan; quanto à duração, são temporárias ou permanentes; quanto à amplitude ou
alcance, podem ser gerais, especiais, excepcionais e singulares; quanto à força obrigatória,
podem ser cogentes ou dispositivas; quanto à plenitude de seu sentido, podem ser
autônomas ou não autônomas; normas interpretativas.

8 Existência e validade. Eficácia

A doutrina não logrou êxito em estabelecer uma nítida diferenciação entre existência
e validade. Dessa forma pode-se considerar o “existir” como relação de obediência ao
principio da competência e do procedimento adequado, enquanto valer depende da inteira
harmonia com as normas superiores. Já na validade examinam-se as condições existenciais
da norma jurídica, o que requer o emprego de critérios técnicos, sendo tal abordagem,
portanto, eminentemente formal. No que diz respeito a eficácia, pode-se dizer que é
qualidade de algo que produz o efeito esperado ou satisfatório. Com isso, a lei só poderá ser
considerada eficaz se gerar efeitos e atuar sobre a sociedade.

9 Retroatividade e irretroatividade da norma

A norma deve ter, como regra geral, uma abrangência mais ou menos ampla, isto é,
uma generalidade e abstração, para situações futuras. Dessa forma, a lei, uma vez
promulgada e publicada, só poderá atingir relações jurídicas que a partir da sua vigência
ocorrem. Em situações excepcionais o regime democrático prevê hipóteses nas quais as leis
atinjam efeitos pretéritos. O efeito retroativo deve ser visto com exceção a confirmar a regra
pela qual a lei é uma norma para o futuro.

10 conflito de normas

Revogação é um termo que a derrogação e a ab-rogação. Na derrogação, a lei nova apenas


revoga parcialmente a lei anterior. Na ab-rogação, a revogação atinge completamente a lei
anterior. Há, por vezes, leis novas que são incompatíveis com leis antigas, gerando o que
chamamos de conflito de normas.

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