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20/09/2018

Arquitetura medieval primitiva e a arquitetura românica Arquitetura Carolíngia


• Uma vez que o feudalismo significou a fragmentação geopolítica da Europa, os estilos de arquitetura tinham caráter obrigatoriamente
regional ou mesmo local;
Características artística e arquitetônica:
• Os Francos se assentaram na futura França;
• A sua expressão arquitetônica vai incidir especialmente na construção religiosa caracterizada por pinturas murais, pelo uso
• Borgonheses, no centro leste da França; de mosaicos e baixos-relevos.
• Lombardos no norte da Itália; - nome Borgonha e Lombardia; • Uma das mais significativas construções deste período é a Catedral de Aachen na Alemanha.
• Godos e visigodos se tornaram inesquecíveis no estilo de arquitetura gótica; • As artes decorativas assumem também um lugar de destaque, especialmente no que diz respeito à produção de marfins,
• Os vândalos, são ligados a palavra vandalismo pela devastação absoluta que causavam nas áreas que invadiam; joalheria e iluminuras, esta última caracterizada por um traço extremamente dinâmico, forte e liberto transmitindo
energia rítmica.
• Os nômades se assentaram gradualmente, se converteram ao cristianismo e tentaram dar continuidade as tradições de governo
romanas; • Igreja com cripta envolta por deambulatório;
• A cultura romana se baseava na vida urbana e dependia de um governo centralizado e forte; • Domínio da pedra
• Os assentamentos urbanos e a economia monetária que sustentava o governo de Roma foram substituídos por pequenas unidades • Inspirada na tradição romana e nas influencias bizantinas, a arte carolíngia foi humana, realista, figurativa e monumental;
agrícolas organizadas por lideres locais;
• As construções possuíam exteriores maciços, pesados e severos e interiores ricamente decorados com pinturas murais,
• Os camponeses cultivavam o solo em troca de um subsistência miserável e da proteção militar oferecida pelos lideres; mosaicos e baixos-relevos;
• Com o tempo esse sistema se transformou em um sistema feudal, abarcando todos os níveis sociais; • Algumas igrejas apresentavam uma construção acoplada que abria em tribuna para o interior – local onde o imperador
• O feudalismo significou a fragmentação geopolítica da Europa; assistia aos ofícios e, exteriormente, funcionava como um pórtico, ladeado por duas torres;
• A arquitetura tinha característica obrigatoriamente regional; • Baseia-se nos antigos prédios paleocristãos e bizantinos;
• Em termos de desenvolvimento da arquitetura, foi mais significativo o esforço que surgiu por toda a Europa, de modo tímido ate um • Igreja paleocristãs – campanários ou torres de sino independentes;
tanto grosseiro, de construção de igrejas e monastérios de alvenaria e com abobadas que resistissem a incêndios. Aos poucos os
pedreiros e canteiros medievais, um dos poucos grupos de indivíduos dentro do sistema feudal que tinha o direito de ir e vir com • Igrejas carolíngias – campanários e torres incorporados à arquitetura;
bastante liberdade, passaram a migrar, fazendo da idade média um período de construção de muitas edificações extraordinárias;

Arquitetura Medieval Primitiva Arquitetura Carolíngia


• A arquitetura medieval foi desenvolvida durante o período da Idade Média, ou seja, entre os séculos V e XV. Foi um longo Palácio de Carlos Magno, Aachen 792 – 814;
período da história em que prevaleceu os estilos românico e gótico. Composto por :
• Uma vez que a Idade Média esteve essencialmente controlada pela religião e o poder da Igreja, as obras arquitetônicas • Capela palatina; - abobadas de aresta sobre o claustro e abobadas de berço.
religiosas cristãs dessa época expressam essa caraterística, com diversas construções como igrejas, catedrais, basílicas, • Átrio;
mosteiros, dentre outros. • Galeria;
• Além disso, muitos castelos foram erigidos no contexto feudal e teocêntrico do medievo. • Basílica ou salão de audiências ou ainda sala das assembleias;
Características: • A planta do conjunto baseia-se no palácio de Latrão em Ravena;
• As principais características da arquitetura medieval são: • A capela foi inspirada na capela de San Vitale, em Ravena;
• O salão de audiências, segue o esquema de uma basílica romana;
• Temas religiosos
• Pouco conhecimento técnico para replicas as edificações romãs
• Arte monumental • Comparadas as romanas, as construções carolíngias tem aspecto mais grosseiro;
• Estilo românico • Sobram somente os prédios construídos em pedras ou suas fundações;
• Estilo gótico Portal da abadia, lorsch, c.800
• Uso de arcos e abóbodas • Arcos – arcos de triunfo romanos;
• Arco tríplice – marcava a entrada do átrio da antiga basílica de são Pedro;
• Padrões decorativos geométricos – sarcófagos do período romano tardio;
• Colunas e pilares de influencia romana;
 Foge do classicismo romano:
• Telhado com duas águas muito íngremes;
• Azulejos decorativos vermelhos e brancos;

Arquitetura Carolíngia Arquitetura Carolíngia


Contexto histórico:
Oratório de Germigny-des-Prés 806-10
• A arte carolíngia refere-se à arte do período de Carlos Magno, estendendo-se pelos seus sucessores (entre 780 e 900 d.C.) e alargando a sua
influência ao período posterior da arte otoniana. • Construído por Teodolfo, bispo de Orleans, abade de Fleury e conselheiro íntimo de Carlos Magno;
• Carlos Magno foi a figura política mais poderosa da Alta Idade Média, pois seus exércitos assumiram o controle de extensos territórios ao norte da
Europa. • Concebido como um pequena capela para isolamento e reza;
• Carlos foi responsável pela imposição do Cristianismo e pelo ressurgimento da arte antiga. • Mosaico representando a arca da Aliança – influencia bizantina;
• Após sua coroação, tornou-se grande patrono das artes.
• Nessa edificação pode-se identificar elementos das civilizações romana, paleocristã, bizantina, islâmica e do norte da
• Estes dois momentos da arte medieval são considerados os antecessores do românico e bases da arte gótica.
Europa fundidos em algo que deve ser considerado a aurora de uma arquitetura típica da Europa Ocidental.
• Além de pautar por uma forte herança céltico-germânica, a arte carolíngia inspira-se na arte romana da Antiguidade Clássica no
chamado renascimento carolíngio, resultando numa comunhão entre elementos clássicos e o característico espírito emocional e conturbado da • Planta baixa em cruz grega;
Idade Média.
Características • Torre central de base quadrada;
• Incentiva educação e cultura clássica ( Greco-Romana) • Arcos em ferradura na planta e elevações – influencia de igrejas moçárabes da Espanha;
• Incentivo a instrução – escolas com apoio da Igreja
Monastérios:
• Formação de uma corte com os principais sábios da época
• Incentivo a formação de Preceptores • O layout básico das abadias beneditinas é conhecido pela planta baixa da Abadia de Saint Gall;
• Monges Copistas • Desenho de arquitetura mais antigo do período medieval;
• Cantos Gregorianos
• C.817
• Modelos Clássicos na Arquitetura
• Arte e letras
• A planta determina quais os principais elementos de um monastério beneditino;
• Unificação da liturgia e do sistema monetário; • Se tornou um modelo que seria usado como base dos projetos monásticos nos 400 anos seguintes;
• Revitalização do monarquismo beneditino;
• Formalização do sistema feudal;
• Nomeação de familiares e amigos para posições-chaves no mundo eclesiástico;

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Arquitetura Carolíngia A Arquitetura Vikings


Abadia de Saint Gall, c. 817: Contexto Histórico:
• Contém os componentes necessários para uma comunidade religiosa autossuficiente; • Os Vikings viviam nos atuais territórios da Groenlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia. Chamamos de “Era
Viking” o período entre os anos de 800 a 1100, quando se expandiram para além destas fronteiras.
• Foi projetado para 110 monges;
• A partir do século VIII, os Vikings começaram a deixar seu território à procura de novas terras.
• 130 a 150 trabalhadores e criado;
• Invadiram e se estabeleceram principalmente na Islândia e no Reino Unido
• A maior edificação do monastério era a igreja;
• Os Vikings que se estabeleceram no norte da França foram denominados normandos e invadiram a Inglaterra no século
• Igreja; XI. Esta dominação teve fim com o rei inglês Henrique II, em 1154.
• Basílica com duas extremidades com um semicírculo oeste; • Os vikings cobravam um tributo anual (o danegeld) dos territórios conquistados e também lucravam com a pirataria
organizada contra as cidades da Europa.
• Torres cilíndricas gêmeas;
Artes:
• Telhado com tesouras de madeira;
• arte elaborada.
• Espaço de culto reservado para os monges;
• costumavam fazer relevos com motivos vegetais e de animais no casco dos seus barcos.
• Altares distribuídos ao longo de todo o comprimento da nave central, nos transeptos e na abside – liturgia medieval exigia
• As armas e capacetes também eram ricamente esculpidos com desenhos que tanto significavam o status social como
altares múltiplos para se homenagear individualmente os santos; proteção.
• Claustro, ao sul: • inscrições feitas com runas, o alfabeto utilizado, em pedras esculpidas, objetos do cotidiano;
• Pátio central com planta quadrada de 30 m de lado; • Igualmente, as mulheres da alta sociedade costumavam se enfeitar com joias e amuletos feitos com os mais variados
• Rodeado por um pórtico coberto com arcada que conectava os principais prédios; materiais como ossos de animais e cascas de tartaruga.
• Padrões entrelaçados baseados em formas animais e vegetais estilizadas;
• Seus ornamentos entrelaçados foram adotados pela arquitetura Românica;

Arquitetura Otoniana A Arquitetura dos Vikings


Contexto Histórico: Igreja de Urnes:
• Para além dos reis, um dos grandes patronos desta arte é o Bispo Bernado de Hildesheim. • Estrutura básica é constituída de toras verticais;
• A arquitetura otoniana , por várias características uma extensão das tradições carolíngias – ela é a expressão germânica do • Apoia-se em quatro travessa de soleira cruzadas, formando um chassi;
Românico;
• O chassi é elevado, afastado do solo, por grandes pedras planas, situadas nas
• Refere-se à arquitetura vigente na área de língua alemã, a partir do reúno de Otão o Grande (936-975), Imperador do intersecções das travessas;
Sacro-Império Romano-Germânico, que incluía à época a Alemanha e o norte da Italia;
• Essas pedras são fundamentais nas quinas, para fazer a proteção da estrutura de
• Inspira-se na tradição da arquitetura carolíngia; madeira contra a umidade do solo;
• Também sofreu influência da arquitetura das basílicas paleocristãs; • As paredes externas baixas, são compostas de tabuados verticais ancordos nas
• Foi impulsionada tanto pelos reis otonianos como por figuras religiosas destacadas, como bispos e abades das cidades e colunas das quinas, que se apoiam em outro chassi externo de travessa de
mosteiros germânicos; soleira;
Características: • As paredes de cima contra ventadas na altura do que seria o piso de um segundo
pavimento por uma ou mais cintas que unem os montantes de toras; seguem a
• Planta de dupla cabeceira; linha vertical da estrutura ate os caibros;
• Entradas laterais; • A igreja tem o interior bem escuro;
• Planta de dupla cabeceira e entradas laterais, com dois transeptos contrapostos, com tribuna e com torres no cruzeiros e
nos extremos dos transeptos.
• Ausencia de janelas, a luz e a ventilação só entravam por pequenas aberturas
circulares ( olhos- de-boi) no alto das paredes;
Esculturas:
• Utilização de relevos em bronze;
• Figuras em madeira;

Arquitetura Otoniana Arquitetura Pré-Românica


Igreja de S. Miguel de Hildesheim – 1010-33, Alemanha Principais características:
• Surge entre 1000 e 1250;
• Basílica
• Marcado pelas semelhanças com a arquitetura da Roma antiga;
• Absides nas duas extremidades, e entrada pelas naves laterais – como nas basílicas romanas;
• O emprego do arco pleno ou arco de meio ponto;
• Segue o modelo da abadia de Saint Gall; • Edificações volumosas e pesadas;
• Abside leste – altar • As paredes espessas, davam sustentação ao peso das abóbadas das coberturas e serviam para o contraventamento;
• Abside oeste – plataforma elevada para o imperador e sua corte se sentarem; • Paredes tinham função estrutural;
• Iluminação – clerestórios – aberturas simples perfuradas na parede da nave central; • Os vão de portas e janelas eram limitados para não comprometer a integridade da edificação;
• Uso da abóboda de berço e da abóboda de aresta;
• Arcadas que separam a nave central das laterais seguem o ritmo A-B-B-A – pilares a alternados por duas colunas b;
O Monastério de Saint Martin de Canigou – 1001 -26:
• Arcos policromados;
• Localizado no sudeste da França;
• Capiteis com entalhes variados – exemplos italianos; • Exemplifica a difusão do monasticismo;
• Forro de madeira pintado; • Foi financiado pelo Conde de Cerdagne – senhor feudal da região – para pagar seus pecados;
• Uma das primeiras igrejas românicas totalmente abobadadas;
• Passou por um restauro em meados do sec. XX;
• Foi implantado em um terreno de difícil acesso;
• A presença de uma fonte de agua no terreno possibilitou a sua implantação;
• O monastério nunca abrigou mais de 30 monges;
• Uma pequena comunidade monástica ainda mora lá;

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Arquitetura Pré-Românica Estilo Românico


O Monastério de Saint Martin de Canigou – 1001 -26:
Decoração exterior:
• A torre, de planta quadrada, se eleva contígua à igreja, protegendo a entrada da abadia;
• No exterior do edifício, a decoração escultórica esta limitada ao portal e à cornija;
• As ameias escalonadas no alto da torre lembram as fortificações islâmicas encontradas na vizinha Espanha;
• Claustro e outras edificações se ajustam ao terreno numa forma quadrangular irregular; • As cornijas eram decoradas com arcos cegos e cachorradas, que podiam ter também uma função de suporte da cornija;
• A igreja é uma basílica sem transeptos, mas com absides finalizando as naves laterais e a nave central; • A fechar os algerozes, existiam gárgulas, que serviam para escoar a agua da chuva ;
• As abobadas de berço das naves laterais e central se apoiam em 10 suportes – 8 colunas e 2 pulares – e também nas grossas • As rosáceas trabalhadas com motivos geométricos e florais;
paredes;
• Os grandes janelões;
• Pequenas janelas nas extremidades leste e oeste – interior muito escuro;
• O portal, que tanto podia ser simples como encaixado num pórtico saliente. O mais vulgar possui:
• Estilo românico • Uma entrada chanfrada, ou ombreira, ornamentada com colunelos;
Contexto histórico: • Uma porta simples ou dupla, que tem a meio do vão uma coluna, também esculpida, que sustenta a arquitrave,
decorada com um relevo esculpido;
• O estilo românico surgiu na Itália e na França e se desenvolveu na Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII) na Europa.
principalmente nas igrejas. Até então a arte tinha se fragmentado em vários estilos e o românico é o primeiro a trazer uma • Um tímpano, espaço semicircular circundado por arcos de volta inteira, sustentado pelo lintel;
unidade nesse panorama.
• Foi uma época que conheceu bem o tratado de Vitrúvio, de Architetura, e que, na sua essência, respeitou os conceitos ali Havia diferenças entre a arte executada nas diversas regiões europeias, de acordo com as influencias
postulados: ordenação, disposição, conveniência e distribuição; regionais recebidas;
• A base estrutural do Românico deriva da tradição construtiva romana: Os mosteiros:
• Arco de volta perfeita;
• Os mosteiros eram os mais importantes núcleos culturais e artísticos deste período;
• As abóbadas;
• Os muros;
• Focos de difusão do estilo românico e das invenções nas técnicas de construção;
• Os contrafortes • Tipologia arquitetônica ditada pelas ordens religiosas;

Estilo Românico Rotas de peregrinação


Os construtores românicos erguem edifícios com funções distintas: • Além do monasticismo, o período medieval foi marcado por outra importante instituição religiosa – a peregrinação;
• Igrejas para os fieis; • Todas as igrejas fundadas desde o período Carolíngio precisavam ter relíquias em seus altares que atraíssem peregrinos locais, nacionais e
internacionais;
• Mosteiros para os monges e abades; • Os centro de peregrinações mais famosos eram Jerusalém e Roma;
• Em 900 um novo centro de peregrinação surge rivalizando com Roma e Jerusalém – Santuário do apostolo Jacob – Santiago – na cidade de
• Castelos para os senhores feudais; Compostela;
Arquitetura religiosa: • Tendo apoio da igreja, Compostela se tornou meta de milhares de peregrinos;
• Aos poucos se desenvolveu uma rede completa de estradas e estalagens para atender os peregrinos rumo a Compostela;
• Edifícios de aspecto pesado, muros maciços, pequenas janelas; • Os monastérios tiveram as suas plantas modificadas em basílica, passando a incluir um deambulatório, como o Saint Philibert de Tournus,
~servindo como uma extensão das abóbodas laterais e oferecia uma passagem continua em tono de toda a igreja;
• Uso de arcos de volta perfeita e de abobadas de berço;
• Na extremidade leste, absidíolas foram agregadas ao deambulatório e as vezes haviam outras capelas no lado leste dos transeptos;
• Plantas de esquema longitudinal, basílical, com cabeceiras complexas e transepto desenvolvido; • Essas pequenas capelas com altares podiam ser visitadas pelos peregrinos sem que houvesse a interrupção das atividade litúrgicas realizadas
no coro;
• 3 ou 5 naves ( se forem grandes igrejas de peregrinação); • Igrejas foram construídas em resposta às peregrinações, sendo comumente encontradas nas principais estradas que levam a Compostela;
• As igrejas serão as maiores até então devido a uma evolução dos métodos construtivos e dos materiais; • A maioria das igrejas são similares em planta baixa, tamanho e detalhes de arquitetura que nos mostram claramente que as ideias artísticas
eram levadas ao longo das estradas;
• A pedra será o principal material de construção, reforçando o seu aspecto pesado; • A mais antiga Saint Martin, sofreu uma reforma em 981, onde foi introduzido o esquema de absidíolas e deambulatório conectado a uma
grande nave central com um transepto espaçoso;
• O telhado de madeira será trocado por abobadas de berço e aresta, mais condizentes com uma igreja que • Saint Sernin, é um dos maiores monumentos da arquitetura Românica;
representa a “fortaleza de Deus”; • Sua elevação oeste nunca foi finalizada e sua torre do cruzeiro foi muito ampliada durante o período gótico;
• As colunas sustentam as abóbadas;

Estilo Românico Cluny


A planta das igrejas românicas: Contexto histórico:
Dois modelos: • A ordem de Cluny é uma ordem religiosa monástica católica;
• Planta centrada ( em cruz grega, hexagonal, octogonal ou circular), de influencia oriental e pouco utilizada; • É considerada como a sucessora da ordem de são Bento no chamado movimento monacal.
• Planta de tipo basilical, em cruz latina – as dominantes; • A partir do séc. X e até o séc. XII, o mosteiro de Cluny celebrizou-se pela influencia moralizadora de seus membros no
• A nave principal, sempre orientada no sentido este-oeste, é mais alta e larga que as laterais; seio da Igreja Católica, movimento que ficou conhecido como reforma de Cluny;
• O comprimento da igreja é um múltiplo da largura da nave central e as naves laterais um submúltiplo • Juntamente com os movimentos reformistas liderados por são bento de anani, pela ordem dos Cartuxos e pelos
daquela; monges da ordem de Cister, conseguiram conter parte do relaxamento de costumes que havia invadido a vida
monástica e eclesiástica, na Europa á época, reflexo da intromissão da politica e suas manipulações no seio da fé;
• Espécie de corredor ou nave curvilínea que prolonga as naves laterais e contorna, em semicírculo, a abside
principal. Contem 3 a 5 capelas radiantes absidiais que formam, conjuntamente com a abside e o • A ordem Benedita preceituava a pobreza, a castidade, a obeciencia, a oração e o trabalho e a obrigação de hospedar
deambulatório, a cabeceira; peregrinos e viajantes;
• As capelas radiantes serviam para instalar os altares secundários; • Em 910 é criada no sul da França a Ordem de Cluny, cedida por Guilherme, Duque da Aquitânia;
• No alinhamento da nave principal situa-se a abside principal que contém a capela-mor onde se situa o altar; • Funda o mosteiro de Cluny I, com tradições Senobítica e orientação Beneditina, mas que tem como caracteristtica
• O cruzeiro situa-se no ponto do cruzamento, espaço encimado pela torre lanterna ou zimbório; impar, não estar submeticp ao Duque de Aquitânia e sim ao Papa;

• Algumas igrejas românicas possuem o nartéx ou por um átrio; • Protetores do mosteiro – apóstolos Pedro e Paulo ou seja o Papa;

• Clerestório, Arcada principal, Tribuna, Trifório • Durante o abaciado de Odon (927-942), em 931 o Papa consede o direito a cluny se reformar estabelecendo vinculo
com outras casas, integrar qualquer mosteiro que queira seguir a regra de Cluny;
Sistemas de suporte:
• Trompas, Pendentes, Tramos, arcos torais, arcos dorneiros, arcos cruzeiros,

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Estilo Românico Monastérios Cistercienses


A ordem de Cluny Arquitetura:
• Contribuíram para difundir as boas praticas de construção pela Europa e o estilo românico;
Arte: • Posteriormente muitos conventos foram ampliados e surgiram construções mais elaboradas;
• Traduz-se pela imagem, pois representa através de imagens o que é a verdade do cristianismo, o que se revelava, ou seja, pelo • Muitos monastérios em diversas regiões da Europa compartilharam o caráter objetivo e despojado da arquitetura cisterciense;
fato da missa ser feita em latim, ela se apresenta através do exercício imagético;
• As suas construções prescindem dos adornos, em consonância com os preceitos da sua ordem de ascetismo rigoroso e pobreza, conseguindo
• A arte faz parte da dimensão de representação do cristianismo; uns espaços conceituais, limpos e originais.
• As catedrais românicas são escuras, as gravuras são grotescas, sente-se oprimido pelo ambiente; • O seu estilo inscreve-se no final do românico, com elementos do gótico inicial, o que foi chamado de ”estilo de transição”
• Cluny por ser uma catedral românica tinha todas características das igrejas romanas, mas com uma altura diferente e a • A Ordem, seguindo a Regra de São Bento, observa o isolamento e a clausura, pelo qual esta arte é desenvolvida em contruções interiores para
espessura das paredes mais grossas, mas mantinha as características principais da igreja romana; o uso dos monges: igreja, claustro, refeitório ou sala capitular;
• Em 1050 Cluny III é fundada; • Na idade média, a arquitetura de igrejas e mosteiros buscava transmitir a preponderância da vida eterna prometida no cristianismo, pelo qual
foi uma referencia constante a descrição da Jerusalém celestial do apocalipse;
• Apresentava características da arquitetura românica tardia; • Esta forte simbologia refletiu-se nos mosteiros na procura de uma cidade de Deus ideal, baseada na organização por quadrados das diferentes
• Baseava na planta baixa da basílica romana; zonas;
Estrutura: • A arquitetura cisterciense surgiu na época final d arte românica na zona de influencia do Condado de Borgonha e de Cluny.
Os seus construtores recolheram as novidades do século anterior, cheio de inovações arquitetônicas: a pedra em aparelho e as abóbadas de
• Demostrava os avanços no processo de edificar; pedra que substituíram as de madeira que se incendiavam com facilidade;
• Abobadas construídas na forma de um arco apontado foram empregadas na cobertura das naves central e lateral; • Em várias igrejas românicas da zona apreciam-se as formas construtivas que depois empregaram os cistercienses;
• A igreja do mosteiro de Payerne, terminada de construir em 1050, reunia todas as novidades acumuladas dos cluniacenses e conservou-se até
• A abobada de berço não era única mas descontinua com arcos transversais em cada vão; a atualidade sem modificações. Observam-se os arcos da abóbada de berço que continuam no alçado até o chão. A abside tem duas filas de
• Os pares de nave laterais com alturas diferentes, contra ventavam as abobadas da nave central; janelas que iluminam a nave central.
• Ancy-le-Duc era um priorado que terminou nos primórdios do século XII. A sua planta era similar a Cluny II: três naves, um transepto e
• Cada elemento da planta baixa ( girola, transepto, nave central, anterior) era expresso como um volume individual no cinco absides. O seu alçado tem pilares cruciformes com pilastras circulares embebidas nos quatro lados, umas continuam até a abóbada e as
exterior; outras desenvolvem os arcos formeiros do muro da nave central (modelo usado posteriormente pelos cistercienses). A abóbada da nave
central, igual a as laterais, foi coberta com abóbadas de aresta, podendo, graças a isso, iluminar a nave central com grandes vitrais. A igreja de
• Formavam um conjunto integrado e coerente; Vézelay foi construída da mesma forma que Ancy-le-Duc e no desenho podem-se apreciar estes pormenores.

Estilo Românico Normanda


Arquitetura normanda Inglaterra
Aquitânia Contextualização:
• Surgimento da variantes do estilo românico na França; • Conquista da Inglaterra em 1066;
• Compartilham herança das influencias romanas; • Edificações anglo-saxã, pequenas e mal construídas;
• Porem ferem em termos de materiais, culturas e interesses artísticos de cada local; • Guilherme reorganizou a Igreja e fomentou a construção de castelos, igrejas e monastérios;
• Arquitetura aberta a influencias, especialmente da cristandade oriental; • Os edifícios mostram proporções enormes em geometrias simples, a maçonaria com pequenos grupos de escultura,
talvez como arcadas cegas, e espaços concentrados de capitéis e portais redondos e no tímpano sob um arco.
• Apesentava uma arquitetura que talvez fosse a mais aberta a varias influencias de outras partes da Europa, especialmente da • O “arco normando” é o arco redondo.
cristandade oriental;
• As molduras normandas são esculpidas ou incisas com ornamentos geométricos, como os padrões em viga,
• Encontra-se 70 igrejas com cúpulas, elemento pouco presente na arquitetura medieval da Europa ocidental; freqüentemente chamados de “molduras em zig-zag”, em torno de arcos.
• Influencia Bizantina é evidente pelo uso de pendentes e outros elementos típicos da Europa ocidental; • As igrejas cruciformes frequentemente tinham chancelros profundos e uma torre de cruzes quadradas que
permaneceu como uma característica da arquitetura eclesiástica inglesa.
• Grande variedade de plantas e de coberturas;
• Centenas de igrejas paroquiais foram construídas e as grandes catedrais inglesas foram fundadas a partir de 1083.
• Exuberante decoração esculpida; • Catedral de Saint Cuthbert – durham;
• O corte das pedras, são refinados; • Substituia uma igreja monástica anterior;
• Arcos ogivais; • Grande volumetria;
Ex: Igreja de Notre- Dame-la-Grande e Igreja de Saint Front; • Inovador e extensivo uso de abóbodas nervuradas;
• Padrões geométricos em seus pilares, arcos e nervuras;
• Duas torres na fachada oeste e uma torre de cruzeiro;

•Provença
• Situada na costa do mediterrâneo e próxima da Itália;
• Permaneceu fiel a tradição da arquitetura clássica romana;
• A região foi importante província romana;
• Manteve-se exatamente fiel à tradição da arquitetura clássica da
Roma antiga;
• Fachada baseada no modelo romano de arco de triunfo;
• Colunas coríntias bem proporcionadas;
• Esculturas em um contexto de arquitetura clássica;
• Apresenta uma arquitetura românica com forte influencia clássica na
composição, nas proporções e nos detalhes;

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