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DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO – ENSAIO DE SIMULTANEIDADE

Sumário

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... ..............2

2 DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO............................................................................ .........3

2.1 O arco voltaico nos disjuntores de alta tensão ...................................................................... .......3

2.2 Características Principais de um disjuntor................................................................... .................4

2.3 Condições de operação de um disjuntor................................................................................ .......4

2.4 Tipos de Disjuntores ........................................................................................... ........................4


2.4.1 Disjuntor a óleo:.................................................................................................... .................5
2.4.1.1 Disjuntores a pequeno volume de óleo (PVO)....................................... ........................6
2.4.1.2 Disjuntor a grande volume de óleo (GVO).......................................... ...........................8
2.4.2 Disjuntor a ar comprimido..................................................................................... .................9
2.4.2.1 Vantagens e Desvantagens............................................................................................. 9
2.4.3 Disjuntor a sopro magnético ..................................................................... ..........................10
2.4.4 Disjuntores a vácuo .................................................................................................... .........11
2.4.4.1 Aplicações......................................................................................................... ............13
2.4.4.2 Manutenção.......................................................................................... ........................13
2.4.4.3 Formação e Extinção do Arco Elétrico no Vácuo................................ .........................14
2.4.5 Disjuntores a gás (SF6)............................................................................. .........................14

2.5 Manutenção de Disjuntores............................................................................... .........................17


2.5.1Pequeno volume de óleo....................................................................................................... 17

3 ENSAIO DE SIMULTANEIDADE........................................................................................ 19

3.1Disjuntor de grande volume de óleo............................................................................................ .19

3.2Disjuntores a Ar ou SF6.............................................................................................. .................19

3.3 Relatório do ensaio de simultaneidade................................................................. ......................20


3.3.1Objetivo.......................................................................................................................... .......20
3.3.2Introdução................................................................................................................ .............20
3.3.3 Desenvolvimento................................................................................................................. .20
3.3.4Esquema de ligação............................................................................................................. .22

4CONCLUSÃO.................................................................................................. ...................23

5 BIBLIOGRAFIA..................................................................................... ............................24

Cap. – Pág.1
DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO – ENSAIO DE SIMULTANEIDADE

1 INTRODUÇÃO
Apresentaremos neste projeto um ensaio de grande importância dos disjuntores de
alta tensão, o ensaio de simultaneidade, falaremos de sua importância, qual a conseqüência
se não houver este ensaio, mostraremos também a parte prática, na qual nossa equipe
mostra como foi feito o ensaio, relataremos como foi o comportamento do nosso disjuntor,
quais o momentos críticos do ensaio, as dificuldades que passamos para que o disjuntor
pudesse apresentar resultados satisfatórios, mostraremos os esquema de ligação, fotos,
estudos, e equipamento que utilizamos para podermos desmontar o nosso disjuntor,
falaremos da principais partes do disjuntor que também influenciaram no ensaio,
mostraremos os equipamentos que são utilizados atualmente para se fazer corretamente o
ensaio, citaremos empresa que trabalham na manutenção de subestações e executam este
ensaio.
Vamos dar uma idéia básica de quais o tipos de disjuntores existem no mercado,
seu principio de funcionamento, suas vantagens,e desvantagens, a manutenção a ser feita,
seus ensaios, e os principais cuidados que se deve ter em sua manutenção.

1 Introdução Cap.1 – Pág.2


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2 DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO


O disjuntor é um dispositivo mecânico de manobra, capaz de estabelecer, conduzir e
interromper correntes nas condições normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir
durante um tempo especificado e interromper correntes sob condições anormais
especificadas do circuito, tais como as de curto circuito.
Os disjuntores de alta tensão, são os principais elementos de segurança, bem como
os mais eficientes e complexos aparelhos de manobra em uso nas redes elétricas.
Possuem um capacidade de fechamento e ruptura que deve atender a todos os requisitos
preestabelecidos de manobra sob todas as condições normais e anormais de operação.
Além dos estados estacionários de fechado e aberto, definem-se ambos os estados
de transição de manobra de fechamento ou ligamento e manobra de abertura ou
desligamento.
No estado ligado ou fechado o disjuntor deve suportar a corrente nominal da linha
sem que venha a aquecer além dos limites permissíveis. No estado aberto ou desligado a
distância de isolamento entre contatos deve suportar a tensão de operação, bem como
sobretensões internas, devido a surto de manobras ou descargas atmosféricas.
Quando da manobra de fechamento, o disjuntor deve também, no cado de um curto
circuito, atingir de maneira correta a sua posição fechada e conduzir a corrente de curto
circuito.
Quando da manobra de abertura, o disjuntor deve dominar todos os casos de
manobras possíveis da rede onde está instalado.
Além das manobras com correntes de cargas, ele deve interromper com segurança
altas correntes de curto circuito indutivas, e não deve interromper prematuramente
pequenas correntes indutivas a fim de não provocar sobretensões.
Além disso existem as correntes capacitivas, manobra sob oposição de fase, como
exemplos de situações difíceis onde o disjuntor é chamado a operar.
Um disjuntor moderno está em condições de interromper a corrente, sob todas estas
condições, com um tempo de duração do arco voltaico de 5 a 20 ms. Convém lembrar que
os disjuntores, frequentemente instalados ao tempo, permanecem meses e meses no
estado estacionários ligado, conduzindo a corrente nominal sob condições climáticas das
mais variadas proporcionando, às vezes, variações de temperatura em dezenas de graus
centígrados, agentes atmosféricos agressivos a vários de seus componentes e outras
condições adversas. Após todo este tempo de inatividade operacional mecânica, deve estar
pronto para interromper uma corrente de curto-circuito, sem o menor desvio das
especificações, pois qualquer falha de manobra resultaria em incalculáveis danos materiais
e, eventualmente, pessoais.
Do exposto depreende-se que um confiabilidade total é exigida do disjuntor de
potência e esta confiabilidade deve ser conseqüência de um projeto racional e um controle
de qualidade extremamente rigoroso, que vai desde a seleção de matérias-primas,
passando pela revisão de entrada, ensaio de materiais, controle dos processos de
fabricação, ensaios de subconjuntos, até os ensaios finais.

2.1 O arco voltaico nos disjuntores de alta tensão


O estudo do arco voltaico é fundamental para a compreensão exata do processo de
corrente em sistema de alta tensão. Este assunto tem concentrado as atenções e o trabalho
de centenas de pesquisadores isolados e em instituições de pequisas públicas e da
empresa privada nas últimas 5 décadas, tal é a sua importância no projeto e concepção nos
disjuntores de potência.
O grande problema neste estudo é a modelagem matemática do arco voltaico.
Existem inúmeros modelos, cada qual para determinadas situações e sujeitos a inúmeras

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.3


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limitações, dada a tremenda, complexidade do assunto, quer no que diz respeito à parte
matemática propriamente dita, quer na parte prática de medição, registro, etc..., do
fenômeno.
Ainda não se chegou a um equação única que defina o comportamento do arco
voltaico para todas as situações, razão pela qual um disjuntor não pode ser projetado
através de uma seqüência de cálculos provenientes de princípios teóricos como se faz, por
exemplo, com um motor elétrico.
O projeto deve se desenvolver mediante ensaios de potências em circuitos diretos
ou sintéticos feitos paralelamente, a fim de se comprovar a eficiência da câmara de
interrupção e seus componentes internos nas mais variadas situações.

2.2 Características Principais de um disjuntor

1. Tensão Nominal - É aquela para qual o disjuntor foi construido


2. Corrente Nominal – É o valor máximo da intensidade de corrente que pode circular
por suas partes condutoras, sem aquecê-las.
3. Capacidade de ruptura – É a propriedade que um disjuntor tem em poder
interromper até correntes de curto-circuito.
4. Capacidade de fechamento – É a propriedade que um disjuntor tem em poder
efetuar o fechamento em presença de curto-circuito.

2.3 Condições de operação de um disjuntor


Os disjuntores devem satisfazer as seguintes condições:

1. Abrir e fechar um circuito no menor tempo possível.


2. Conduzir a corrente de carga das linhas
3. Deve suportar termicamente a corrente nominal de carga do sistema
4. Suportar térmica e mecanicamente a corrente de curto circuito do sistema por um
determinado tempo segundo especificações do fabricante.
5. Isolar tensão do sistema, em relação a terra, e entre seus pólos, sob quaisquer
condições do meio ambiente (sob chuva, a seco, em atmosfera poluída, etc)
6. Ter adequada resistência mecânica, não ser afetado por vibrações, ser compacto,
requerer pouca manutenção e ser de fácil montagem.

2.4 Tipos de Disjuntores


O que caracteriza um tipo determinado de disjuntor é maneira pela qual os arcos
elétricos são extintos em seus contatos.
Tipos principais

● A óleo (câmara de extinção em pequeno e grande volume de óleo)

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.4


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● Ar comprimido (sopro pneumático)


● Sopro Magnético
● A gás (SF6 – Hexafluoreto de enxofre)

2.4.1 Disjuntor a óleo:


São Aqueles Cujos contatos principais operam imersos em óleo isolante, o qual
serve tanto para extinção de arco como para isolar as partes energizadas do contato com o
tanque.
A extinção do arco é devida à decomposição do óleo, provocada pela temperatura do
arco, que a decompõe nos seguintes gases:
Hidrogênio (66%), acetileno (17%), metano (9%), outros gases (8%). A proporção de cada
gás depende de cada tipo de óleo usado)
O hidrogênio é o principal responsável pela extinção do arco, pois suas ótimas
propriedades refrigerantes retira o calor do arco, facilitando a extinção. Os gases produzidos
pela decomposição do óleo são soprados transversalmente ou ao longo do arco,
dependendo do tipo da câmara do disjuntor (câmara axial ou transversal).
Nesse Caso, a extinção é essencialmente um fenômeno termodinâmico onde a quantidade
de gás (responsável pelo sucesso de extinção à proporcional à corrente de interrupção.
Logo, esse tipo de disjuntor tem mais facilidade em interromper altas correntes que
baixas correntes (15 a 150 A), devido a formação dos gases ser mais lenta (principalmente
correntes capacitivas). Em geral, a extinção do arco ocorre na primeira passagem da
corrente pelo zero, caso não haja extinção, na segunda pelo zero, os contatos já estarão
mais afastados e haverá também maior quantidade de gases e conseqüentemente maior
probabilidade de extinção do arco.
Também esse tipo de disjuntor tem sua capacidade limitada para altas correntes de
curto circuito, sendo mais adequadas para média corrente. Nos modernos disjuntores a
óleo, os problemas de interrupção e baixas correntes são solucionados pela injeção de jato
de óleo ou pela pressurização da câmara de extinção.
Afim de prevenir o acumulo de resíduos condutores à base de carbono, formado pela
decomposição do óleo pelo efeito do arco elétrico, as câmaras desse tipo de disjuntor não
devem ser instalados na posição horizontal.
Apesar da avançada tecnologia empregada na construção de modernos disjuntores,
o óleo desse tipo de disjuntor tem que ser recuperado após um pequeno número de
interrupções de corrente de curto (em média 5), afim de se manter as suas características
dielétricas.
Este fato torna pouco recomendável a utilização desse tipo de disjuntores para
religamentos e circuitos com maiores probabilidades de faltas.

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.5


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Fig. 2.1: Disjuntor a óleo

2.4.1.1 Disjuntores a pequeno volume de óleo (PVO)


Este tipo de disjuntor representa uma evolução no sentido em que se procurou
projetar uma câmara de extinção com fluxo forçado de óleo sobre o arco elétrico. Desta
maneira, aumentou-se a eficiência do processo de interrupção da corrente e diminuiu-se
consideravelmente o volume de óleo no disjuntor. O desenho esquemático mostra um corte
da câmara interruptora.

Fig. 2.2: Vista em corte de um pólo do disjuntor PVO tipo


3AC para média tensão da Siemens

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.6


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A figura 2.3 mostra o funcionamento do dispositivo de fluxo de óleo.

Fig. 2.3: Seqüência de extinção na câmara de um disjuntor PVO – 3AC, da Siemens

Nesta seqüência, vemos primeiramente o dispositivo na posição ligado.

A imagem seguinte mostra como fluxo de óleo é obtido pelo movimento descendente do
contato móvel durante a operação de abertura do disjuntor. O óleo contido na parte inferior
do recipiente é forçado para cima pela abertura da haste do contato móvel.
A imagem subseqüente mostra a interrupção de correntes mais elevadas. Nestes
casos, um fluxo de óleo adicional é gerado pela própria corrente do arco. Quando a base do
arco, localizada abaixo da ponta do material isolante do contato móvel, ultrapassar o furo da
base da câmara, forma-se uma bolha de gás no compartimento inferior da câmara de
extinção que só pode expandir-se para baixo. Tal bolha comprime o óleo através do canal
formado pelo espaçamento entre a tampa e a base da câmara.
Os gases que se formam no compartimento superior envolvem o contato fixo no
cabeçote do pólo. O volume de ar no interior do recipiente superior destina-se a equalizar o
aumento da pressão do óleo nesta operação de extinção. O vapor de óleo volta a se
condensar, depositando-se sobre o óleo e os gases escapam lentamente pelas válvulas de
expansão, processo que leva alguns minutos.
O fluxo de óleo que atravessa o canal anelar atua na fase decisiva do deslocamento
do contato móvel. Este fluxo é orientado de tal forma que atinja o arco elétrico por todos os
lados como um jato radial, sem provocar alongamentos.
Este tipo de câmara é classificado como câmara axial, já que o arco recebe fluxo
transversal de óleo ao longo de toda a circunferência da câmara e extinguindo-o sem
abandonar a posição axial da câmara.
Usualmente, os disjuntores PVO cobrem a media tensão em praticamente toda a
gama de capacidades disruptivas ate 63kA. Em níveis de 138kV, a sua capacidade de
ruptura por câmara esta limitada normalmente em 20kA. Desta forma, fica claro que para
correntes de curto-circuito superiores a este padrão (ate 50kA são comuns), devem ser
empregadas varias câmaras em serie com o uso obrigatório de capacitores de equalização

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.7


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e acionamentos mais potentes e conseqüentemente o uso de equipamentos mais


complexos.
Seu uso também se limita a tensões máximas de 60 a 65 kV por câmara quando em
bancos de capacitores e linhas em vazio. Da mesma maneira, se faz necessário,
dependendo das características do disjuntor e do circuito a ser chaveado, ter varias
câmaras em serie.

2.4.1.2 Disjuntor a grande volume de óleo (GVO)


Este é o tipo mais antigo de disjuntores a óleo. No passado consistia apenas de um
recipiente metálico com os contatos simplesmente imersos no óleo sem nenhuma câmara
de extinção.
Hoje, os disjuntores GVO, possuem câmaras de extinção onde se força o fluxo de
óleo sobre o arco. Como nesses disjuntores o tanque de óleo está aterrado, são
frequentemente denominados disjuntores “dead tank” ou “dead tank breakers”.
Nas potências mais baixas, as três fases, normalmente, estão imersas em um único
recipiente e nas mais elevadas o encapsulamento é monofásico.

Fig. 2.4: Vista em corte de um disjuntor a grande


volume de óleodo tipo TDO (Siemens- Allis)

A figura 2.4 mostra a seção de um disjuntor GVO para tensões de 45 a 72,5 kv com
capacidade de ruptura de 20 a 31,5 KA. Note-se a existência das câmaras de extinção que
iremos descrever no próximo item , pois elas forma desenvolvidas para os disjuntores a
pequeno volume de óleo e posteriormente, adaptadas aos disjuntores GVO. Note-se
também a existência do transformador de corrente montado na própria bucha, o que é uma
construção bastante comum para este tipo de disjuntores.
Os disjuntores GVO são usados em média e alta tensão até 230 kv. Apesar de
serem tecnicamente ultrapassados em relação a outros tipos de disjuntores, o seu uso é
ainda muito difundido nos E.U.A., devido ao seu custo local competitivo e devido aos
critérios de aplicação seletiva das concessionárias americanas para os equipamentos de
manobra.

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.8


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2.4.2 Disjuntor a ar comprimido


No disjuntor a ar comprimido, o meio de extinção é basicamente o nitrogênio contido
no ar, o qual também é responsável pela isolação interna do disjuntor. O gás de extinção é
propelido em um jato de alta velocidade em geral na direção transversal do arco, sendo a
velocidade função de pressão do ar na câmara de extinção, a qual varia de 16 a 30 kg/cm².
Desta forma, a extinção do arco é independente da corrente a ser interrompida.
O jato de gás, resfria o arco e sopra os gases quentes para fora da área de contato.
Sendo o curso dos contatos móveis relativamente pequeno, estes disjuntores tem menor
tempo de extinção do arco, sendo o seu tempo de interrupção da ordem de 2 ciclos. A
poluição dentro da câmara é baixa. O ar comprimido não é usado somente como meio de
extinção, mas também para acionamento de mecanismo dos contatos e dos contatos
auxiliares. A regeneração da rigidez dielétrica entre os contatos é pequena nos primeiros
instantes, aparecendo na curva um patamar, sendo a duração deste, diretamente
proporcional à corrente. Após o patamar, a rigidez dielétrica cresce rapidamente.
Em geral este tipo de disjuntor não encontra maiores dificuldades para interromper
altas correntes. Entretanto, devido a necessidade de altíssimas pressões no seu esquema
de controle de sistemas de compressores adequados, o seu custo final é elevado, tornando-
o pouco competitivo com outros tipos de disjuntores.
Esquema especial de controle da pressão da câmara de interrupção desse tipo de
disjuntor deve ser previsto, pois em caso de baixos valores de pressão no ar na câmara, o
disjuntor perde sua capacidade de isolamento. Nesse caso o disjuntor deve ser
automaticamente isolado pelos seus seccionadores à ele associado.
Devido ao elevado nível de ruído por ocasião da interrupção da corrente de curto, em
geral esse tipo de disjuntor deve ser equipado com supressores de ruído.
Os maiores problemas desse disjuntor está no seu sistema de ar comprimido
geralmente empregam o princípio de ruptura múltipla, isto é, o arco em cada pólo se
extingue em várias câmaras, desta forma, pode-se elevar o poder de ruptura do disjuntor.
Para isto é preciso que a tensão total se distribua uniformemente entre os diferentes pontos
de ruptura.
A solução mais simples consiste no emprego de capacitores acoplados em paralelo
com as câmaras de extinção submetidas às maiores solicitações.
Se os valores de ruptura forem mais elevados, deve-se empregar resistências
ligadas em paralelo com as câmaras de extinção.

Fig. 2.5: Disjuntor a ar comprimido

2.4.2.1 Vantagens e Desvantagens


As vantagens do uso do ar comprimido são:

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● A disponibilidade do material (ar) em sua forma natural descarta a possibilidade de


problemas ambientais e deixa o custo mais baixo, pois com outros materiais poderia haver
custos de renovação ou reprocessamento do material.

● A elasticidade que, ao contrário de materiais líquidos, permite que as estruturas de


suporte sejam modeladas sem preocupação com reações e transientes gerados por
pressão do arco.

● A mobilidade (propagação elevada da onda e da partícula) que permite que as estruturas


suportarem serem canalizadas facilmente, permite que o ar seja armazenado remotamente
de suas zonas de funcionamento reais e permite-o de acompanhar as expansões e as
contrações da coluna do arco que contribui desse modo à formação de arcos com período
curto, à erosão baixa dos contatos, às exigências de manutenção reduzidas e o torna
eminentemente apropriado para aplicações de alta velocidade do projeto.

● O fato de o ar ter características relativamente constantes independentemente da


temperatura ou pressão diminui os custos que poderia haver para manter um outro material
em condições de uso.

● O uso direto do meio como fonte de força mecânica necessária para controlar e dirigir o
disjuntor mecanicamente.

● O fato de o ar ser relativamente inerte torna o disjuntor compatível com os materiais de


construção mais baratos já presentes no mercado e não exige técnicas de manutenção
sofisticadas.

● A facilidade de se operar em altas tensões com um número não muito elevado de


disjuntores.

Ao contrário, as principais desvantagens do disjuntor de ar comprimido são:

● O custo relativamente alto do compressor e (se existir) do sistema de drenagem


particularmente em instalações pequenas ou onde cada disjuntor tem que ser alimentado
com suas próprias unidades subordinadas.

● O custo dos silenciadores que são necessários em lugares com restrição de níveis de
ruído.

● O alto custo das válvulas de pressão e encapsulamento.

● A pressão constante, o esforço de interrupção constante, característica do disjuntor que


em níveis atuais de luminosidade leva a um “chopping” de corrente e torna o uso de
resistores para controle de sobretensão obrigatórios.

2.4.3 Disjuntor a sopro magnético


Esse tipo de disjuntor, devido ao seu tipo de construção são mais utilizados em
sistemas industriais e são disponíveis para tensões de até 24 KV. Apresentam a vantagem
de necessitar pouca manutenção e suportar um número elevados de ciclos de operação.

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.10


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Em sistema de potência são utilizados em distribuição ou em serviços auxiliares das


subestações.
Nesses disjuntores, o arco é interrompido no ar, em presença de um intenso campo
magnético das ranhuras da câmara de extinção, onde ele é resfriado em contato com as
paredes da câmara. O arco é submetido a uma violenta queda de tensão, geralmente da
mesma ordem e grandeza de tensão da fonte. Nestas circunstâncias o arco se resfria,
devido ao alongamento de seu comprimento em contato com a parede da câmara.

Fig. 2.6: Disjuntor a


sopro magnético

Esses disjuntores são projetados de maneira a aumentar a resistência do arco de


modo a manter em cerca de 1/3 o valor da corrente nominal de curto circuito, para
finalmente extingui-la em seu zero. Portanto, a taxa de dissipação de energia é a máxima
que o disjuntor pode desenvolver, daí a sua limitação relativa para baixa tensão.

Fig. 2.7

2.4.4 Disjuntores a vácuo


Os disjuntores a vácuo comerciais são formados por um tubo cilíndrico de alta resistência
mecânica, em geral de vidro ou cerâmica, fechado por placas circulares plenas feitas de
uma liga metálica (ferro + níquel + cobalto). A uma das placas é preso o contato imóvel e,

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na oposta, há uma fole de aço inoxidável, de um lado soldada à placa e do outro ao contato
móvel. Uma blindagem metálica interna envolve o fole e, outra blindagem metálica envolve
o conjunto de contatos. Essas blindagens têm por finalidade aparar as partículas metálicas
que se desprendem dos contatos, devido ao arco elétrico, evitando que se depositem sobre
as paredes do tubo cilíndrico e do fole.
A pressão interna deste tipo de disjuntor pode variar entre 0,133x10-4 e 1,133x10-7
kPa, podendo aumentar com o passar do tempo (taxas mais altas de pressão causam
dificuldade na medição das taxas de vazamento).
Os contatos de um disjuntor a vácuo podem ser, em geral, de 3 tipos: contatos em
forma de disco de face plana, contato de pétalas em espiral ou contato dentado.

Fig. 2.8: Corte de uma


câmara a vácuo

Um critério decisivo é o comportamento de chaveamento previsível e estável. Isso


requer um princípio de chaveamento que não permita nem alterações do meio de extinção
nem do sistema de contato. Em disjuntores convencionais, como disjuntores a PVO ou a
SF6, um movimento relativo entre o arco elétrico e o meio de extinção deve ser produzido
para a extinção do arco elétrico. Dependendo do modo de chaveamento podem ocorrer
falhas na capacidade de chaveamento de alguns disjuntores. Em disjuntores a vácuo, essas
falhas no comportamento de extinção não ocorrem, pois aqui não é esperada nenhuma
influência do arco elétrico. Uma qualidade uniforme do vácuo, um material de contato
apropriado, assim como um sistema de contato suficientemente dimensionado, garante um
comportamento de chaveamento seguro em toda faixa de corrente.
O vapor metálico gerado em uma câmara de vácuo no processo de desconexão tem
uma tensão de manutenção tão baixa que a energia ali liberada quase não desgasta o
material de contato, que simplesmente se recombina com a superfície após a extinção do
arco. As propriedades necessárias do material de contato para um comportamento de
chaveamento seguro são mantidas. Além disso, o disjuntor a vácuo ainda demonstra uma
particularidade que é única nos aparelhos de chaveamento: devido à ação de chaveamento
em si melhora-se a pressão interna em uma câmara a vácuo. Isso significa um vácuo
perfeito mesmo no fim da vida útil mecânica de uma câmara a vácuo.

Essas duas propriedades contribuem para que a capacidade de chaveamento não


piore durante sua vida útil total. Em disjuntores convencionais, no entanto, deve-se contar
com uma alteração das propriedades de chaveamento em paralelo com o crescente ciclo do
mesmo, pois o arco elétrico do chaveamento influencia negativamente tanto o material de
contato como também o gás ou o óleo.

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2.4.4.1 Aplicações
Muitos fabricantes, que até o momento ofereciam somente disjuntores a SF6, estão
adotando cada vez mais disjuntores a vácuo em seus programas de média tensão. O
campo de utilização do princípio de chaveamento a vácuo está se expandindo, por exemplo,
quando aplicado no lugar das tradicionais chaves seccionadoras de manobra sob carga.
Sobre os contatores a vácuo, que já estão no mercado há mais de 25 anos, há
aperfeiçoamentos até o nível de tensão de 24kV. Até mesmo no campo de alta tensão,
acima de 52kV, os disjuntores a vácuo começam a ser aplicados.

Fig. 2.9: Desenvolvimento dos princípios de


extinção para disjuntores de média tensão no
mercado mundial.

2.4.4.2 Manutenção
Os disjuntores a vácuo não necessitam de manutenção. No entanto, o que pode
ocorrer é a perda do vácuo, que ocasionaria no desgaste de seus contatos, causada pela
liberação de vapor metálico da superfície dos contatos. Para que isso não ocorra, existem
testes para a verificação das condições de vácuo. Entre eles, iremos citar 2 tipos:
● Aplicação de uma tensão em corrente contínua elevada (dependendo da tensão
suportada pelo modelo) à blindagem e ao contato imóvel, verificando se há ou não
descarga elétrica, ou então, medindo a corrente que flui.
● Verificação da força aplicada à haste do contato móvel necessária para colocar o
interruptor na posição aberta e comparar com a fornecida pelo fabricante (caso
fornecida).

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.13


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Fig. 2.10: Câmaras de interrupção a vácuo


para média tensão

2.4.4.3 Formação e Extinção do Arco Elétrico no Vácuo


Nos contatos cilíndricos de cobre revestidos de molibdênio e com sulcos
concêntricos cheios de uma liga de bismuto, a corrente elétrica circulará de preferência pela
superfície de molibdênio devida a sua menor resistência de contato. No instante em que os
contatos começam a ser separados, numa operação de abertura do disjuntor, surgem arcos
entre as superfícies do molibdênio. Nesses pontos da superfície, a temperatura se torna
bastante elevada, sendo suficiente para a vaporização metálica da liga cobre-bismuto,
fazendo com que a corrente elétrica se transfira para essa ponte metálica, sendo mantida
até se atingir um valor no qual o arco se torne instável, quando os contatos já estão
suficientemente afastados.
O arco é então extinto e a corrente é interrompida, fazendo com que o vapor
metálico condutivo condense sobre superfícies metálicas em poucos microssegundos,
restabelecendo rapidamente a rigidez dielétrica entre os contatos.

2.4.5 Disjuntores a gás (SF6)


Nesse tipo de disjuntor, a interrupção do arco é, feito de maneira semelhante ao ar
comprimido, onde o meio isolante e extintor é o gás SF6, que por suas melhores
propriedades isolantes e extintoras, permitem o uso de pressões mais baixas na câmara de
interrupção.
Os modernos disjuntores a SF6 utilizam do sistema a pressão única na câmara de
extinção, a qual é hemerticamente selada. Nesse caso, o fluxo de gás é dirigido ma direção
do arco pelo próprio movimento dos contatos móveis do disjuntor. Os primeiros disjuntores a
SF6 fabricados, utilizaram sistema de dupla pressão: alta pressão na câmara de
interrrupção e baica pressão na parte de isolamento.
Devido às suas características e à não decomposição em componentes condutores, a
manutenção das características em contato com o arco, etc, a câmara de um disjuntor a
SF6 praticamente não necessita de manutenção, além de permitir uma maior liberdade no

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.14


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seu projeto.
Por ter um gás com alta propriedade isolante, o disjuntor a SF6 estável o seu
isolamento, mesmo à pressão atmosférica, facilitando assim o sistema de controle da
pressão do gás.

Fig. 2.11: Disjuntor a gás (SF6)

O gás SF6 é um gás inerte, não atacando plásticos, metais ou outras substâncias
utilizadas na construção de disjuntores. Entretanto, o SF6 devido a alta temperatura
causada pelo arco decompõe-se em vários componentes, principalmente SF4 e SF2, juntos
com pequenas quantidades de S2, F2, S, F e etc, os quais são corrosivos. Por tanto o
grande problema na fabricação desse tipo de disjuntor está na tecnologia e controle de
qualidade dos materiais a serem empregados em contato com o gás.

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.15


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Fig. 2.12: Unidade interruptora

O SF é um gás não tóxico, não inflamável e 5 vezes mais denso que o ar.

Fig. 2.13: Mecanismo de operação

No caso de Vazamento, o gás ocupa as partes mais baixas das instalações,


tornando a atmosfera irrespirável, devido a falta de oxigênio.

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.16


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2.5 Manutenção de Disjuntores


A manutenção de um disjuntor de alta tensão requer os seguintes passos:
● Limpeza dos equipamentos;
● Lubrificação dos contatos;
● reaperto geral;
● calibração dos relés de proteção;
● troca de óleo isolante dos pólos;
● testes e ensaios diversos de acordo com cada caso
● Megger, Hipot, Altas correntes, polarida, curto circuito proporcional de
transformadores, resistências de contatos,
● relação de transformação;
● simultaneidade de contatos.

2.5.1 Pequeno volume de óleo


A manutenção dos disjuntores de pequeno volume de óleo requer
fundamentalmente, cuidados com os seguintes componentes: óleo isolante, contatos,
buchas, atuador mecânico e circuitos auxiliares.
Os cuidados com o óleo são idênticos, em grande parte, aos que são realizados na
manutenção de transformadores. Devem ser adotadas, por exemplo, as práticas:

● Extração do óleo para ensaios de umidade e de rigidez dielétrica;


● técnica de ensaio de rigidez dielétrica;
● enchimento com óleo.

Há porém diferenças no que concerne às características admissíveis para óleo de


enchimento de disjuntores, como se indicará.
Também a degradação do óleo num disjuntor, após um certo número de atuações, é
muito rápida, devido às decomposições e cabornizações produzidas pelo arco elétrico. Os
ensaios de verificação e os tratamento de óleo serão mais freqüentes.
A parte mecânica requer cuidados especiais pois dela depende o bom desempenho
do disjuntor.
Deve ser verificada, no teste de recepção e após a manutenção, ou mesmo
preventivamente, a simultaneidade dos pólos.
Também deve-se proceder quando necessário, testes de medição dos tempos de
abertura e fechamento.
Outras verificações muito importantes para a manutenção são:
● Verificação da resistência ôhmica dos contatos principais;
● Verificação dos contatos auxiliares;

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.17


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● Verificação dos resistores de fechamento (se houver existência)


● Medir resistência de isolamento;
● Medir tempo de abertura e de fechamento;
● simultaneidade de fechamento e abertura das 3 fases;
● medir fator de potência
● Oscilografar os tempos de abertura e fechamento.

Nos disjuntores de corrente alternada de alta e extra tensão é necessário proceder


a ensaios mais elaborados que a manutenção deve dominar. Estes ensaios são executados
não só na recepção como também após trabalhos de revisão mecânica e elétrica ou de
manutenção corretiva.
Estes ensaios são normalmente designados como: ensaios sintéticos com métodos
de injeção. Pela sua complexidade, só podem ser, normalmente, feitos no fabricante.

2 Disjuntores de alta tensão Cap.2 – Pág.18


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3 ENSAIO DE SIMULTANEIDADE
O ensaio de simultaneidade consiste em verificar se o tempo de fechamento dos 3
contatos do disjuntor são iguais.
Este ensaio é feito após a manutenção do disjuntor, é de grande importância este
ensaio pois se um dos contatos não fechar ao mesmo tempo que os outros dois, haverá um
desequilíbrio de fases, desligando o próprio disjuntor.
As técnicas para este ensaio são descritas a seguir.

3.1 Disjuntor de grande volume de óleo

O método adotado é muito simples. São estabelecidos três circuitos alimentados por
uma baixa tensão alternada ou contínua, e constituídos cada um pelo contato do disjuntor e
por um lâmpada.
O disjuntor é fechado por meios manuais. Antes da regulagem de espaço entre entre
contatos, as três lâmpadas acendem em momentos diferentes.
O ajuste da simultaneidade dos pólos consiste, evidentemente, em levar as
lâmpadas a acender no mesmo momento.

3.2 Disjuntores a Ar ou SF6

Nos disjuntores a ar ou a SF6 o ensaio de fechamento simultâneo é,


habitualmente, realizado nas seguintes condições:
● Disjuntor no local de instalação já montado;
● Alimentação dos 3 pólos com uma tensão auxiliar contínua de 12 volts(dada por
exemplo, por uma bateria);
● Limitação da corrente (após o fechamento) com 3 resistores com um valor na ordem
das dezenas de Ohms;
● Conexão de um osciloscópio de 3 canais, com entrada ligadas aos terminais dos
resistores;
● Estabelecimento do circuito da bobina de fechamento;
● Envio de um sinal de corrente da bobina de fechamento para o osciloscópio.
● Envia-se sinal de fechamento do disjuntor
● Mede-se os tempos de fechamento a partir dos resultados mostrados no
osciloscópio, verificando-se a simultaneidade dos pólos;
● Os ajustes mecânicos permitirão a melhor simultaneidade possível.

3 Ensaio de simultaneidade Cap.3 – Pág.19


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3.3 Relatório do ensaio de simultaneidade


3.3.1 Objetivo
Verificar a simultaneidade dos três contatos do disjuntor da figura 3.1, os três
contatos tem que fechar ao mesmo tempo.

Fig. 3.1: Disjuntor a pequeno volume de óleo

3.3.2 Introdução
Neste ensaio temos como objetivo principal verificar se os 3 contatos do
disjuntor usado no ensaio, estão fechando simultaneamente.
Caso contrário com o auxílio de três lâmpadas ligadas em série com cada contato,
efetuaremos a regulagem.
3.3.3 Desenvolvimento
Para compreendermos um pouco mais sobre o disjuntor no qual foi feito o ensaio,
tivemos que desmontar um dos contatos dele, para verificar, a ordem de montagem,
conhecer melhor os componentes que este é constituído.

Fig. 3.2: Disjuntor desmontado

Feito o estudo, montamos novamente o disjuntor, e seguimos o esquema de ligação


da figura Fig. 3.5, no qual curto circuitamos o neutro dos três contatos, e ligamos a fase
nele e em série ligamos a lâmpada em cada um dos contatos.
Seguido todo o processo, operamos manualmente o disjuntor, e verificamos que

3 Ensaio de simultaneidade Cap.3 – Pág.20


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apenas umas das lâmpadas do disjuntor acendeu, vamos numerar como contato 3.
Constatado o erro da simultaneidade, partimos para regular os outros dois contatos
do disjuntor, o contato 1 e 2, para que eles pudessem fechar ao mesmo tempo.
Abrimos a a tampa do contato 1 e abaixamos o máximo possível seu contato,
utilizamos um multímetro e botamos na escala de continuidade, quando o multímetro apita,
significa que o contato 1 estaria fechando corretamente, mesmo abaixando o máximo
possível o contato 1, não obtivemos êxito.
A idéia do nosso orientador, foi afastar e levanta um pouco o contato 3, para que o
contato 1 pudesse fechar, obtivemos êxito dessa maneira, o contato 3 e 1 estamos
simultâneos.
No contato 2, foi feito outro furo no isolador (Fig.3.3) que força o contato 2 a fechar,
fazendo este furo, a tamanho do isolador praticamente aumenta, conseguindo, fechar o
contato 2, assim finalizando o experimento.

Fig. 3.3: Demonstração - furo no isolador

Refeita toda a ligação e montagem do disjuntor , operamos manualmente o disjuntor


e vimos a três lâmpadas acenderem ao mesmo tempo, ou seja os contatos do disjuntor
fecharam ao mesmo tempo, assim o ensaio de simultaneidade está completo.

Fig. 3.4: Esquema de ligação - feito em sala

3 Ensaio de simultaneidade Cap.3 – Pág.21


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3.3.4 Esquema de ligação

Fig. 3.5: ensaio de simultaneidade

3 Ensaio de simultaneidade Cap.3 – Pág.22


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4 CONCLUSÃO
Após conclusão do ensaio, verificamos a importância da regulagem destes
contatos, uma vez que não fechando juntos, prejudica os contatos do disjuntor e
dependendo do grau de desrregulagem, fazendo com que os dispositivos de proteção
atuem efetuando o desligamento do próprio disjuntor.

4conclusão Cap.4 – Pág.23


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5 BIBLIOGRAFIA

Fontes de pesquisa : www.google.com.br


Disjuntores de alta tensão – Roberto Colombo – Nobel/Siemens
Publicação do GCOI SCM-015 e SCM-031
Curso básico de medidas elétricas – Stout, Melville B vol 1 e 2
Hartman Braun e GE – Catalogos e medidores
Medidas elétricas – Rizzi, Álvaro P., Editora EFEI
Curso para operadores de SE( Eletrosul)
Apostilas – Celesc
Catálogo de fabricantes
Publicações de revistas.

5 Bibliografia Cap.5 – Pág.24

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